Deputada Cristina Rodrigues absolvida no caso do “apagão informático” do PAN

  • Lusa
  • 15 Julho 2025

A deputada do Chega Cristina Rodrigues foi absolvida no processo em que foi acusada de um "apagão informático" de 'emails' do PAN quando era deputada deste partido.

A deputada do Chega Cristina Rodrigues foi absolvida esta terça-feira no processo em que foi acusada de um “apagão informático” de e-mails do PAN quando era deputada deste partido.

O tribunal entendeu que não ficaram provados os dois crimes de dano e acesso ilegítimo de que Cristina Rodrigues estava acusada pelo Ministério Público.

Para além de Cristina Rodrigues, este julgamento contou com outra arguida, Sara Fernandes, ex-funcionária do PAN, acusada pelo Ministério Público do crime de dano relativo a programas ou outros dados informáticos, em coautoria com a atual deputada do Chega. Sara Fernandes foi também absolvida.

O tribunal “entende que a prova produzida não foi suficiente para mostrar que tenham atuado do modo descrito na acusação”, referiu a juíza responsável pelo processo.

Em causa neste processo está um “apagão informático” nos e-mails de dirigentes do PAN em 2020, quando Cristina Rodrigues era ainda deputada do partido. O MP considerou que “as arguidas agiram de forma deliberada, livre e consciente, de acordo com um plano previamente traçado, com o objetivo de vedar o acesso do PAN e seus militantes ao conteúdo das mensagens de correio eletrónico” do partido, lê-se na acusação.

“As arguidas removeram da referida caixa de mensagens milhares de mensagens de correio eletrónico ali constantes, o que sabiam não ter autorização para fazer. Visavam as arguidas – e conseguiram – impedir o partido PAN de prosseguir a sua atividade política”, lê-se no despacho.

Nas alegações finais, o Ministério Público não pediu uma pena concreta, tendo considerado que “não é credível que alguém se faça desfiliar às 10h00 da manhã de um dia e esteja a fazer alterações a um ficheiro às 16h00 do dia anterior”.

O MP argumentou que bastava utilizar “algum senso comum” para “concluir, sem grandes saltos de raciocínio, que houve uma mudança massiva de diretórios e a seguir uma operação de delete”.

Na primeira sessão deste julgamento, Cristina Rodrigues negou os factos que constam na acusação do MP: “Para já, apenas digo que rejeito os factos que me são imputados”.

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Primeiro-ministro espera interessados na TAP vindos “de outras geografias”

  • Lusa
  • 15 Julho 2025

Primeiro-ministro espera que, no processo de reprivatização lançado pelo Governo, possam aparecer mais do que os três interessados já referidos na comunicação social, até "de outras geografias".

O primeiro-ministro defendeu esta terça-feira que a TAP tem “um elevado potencial” e disse esperar que, no processo de reprivatização lançado pelo Governo, possam aparecer mais do que os três interessados já referidos na comunicação social, até “de outras geografias”.

No encerramento das jornadas parlamentares PSD/CDS-PP, que decorreram em Évora, Luís Montenegro voltou a defender a opção do Governo pela reprivatização de 49,9% da companhia área, um processo lançado na semana passada.

“A minha expectativa é que não vão aparecer apenas aquelas três entidades que têm sido referidas na comunicação social. A minha expectativa é que, mesmo noutras geografias, outros grandes grupos de aviação terão pelo menos interesse, depois que se vão concretizar propostas, isso ninguém sabe. Vamos aguardar, o mercado falará”, disse.

Originalmente estatal, a TAP foi parcialmente privatizada em 2015, mas o processo foi revertido em 2016 pelo governo de António Costa, que retomou 50% da empresa.

No ano passado, o executivo de Luís Montenegro retomou o tema e manifestou intenção de avançar com a alienação de uma participação minoritária em 2025, processo lançado a 11 de julho. Desde então, têm decorrido negociações com grandes grupos europeus como a Air France-KLM, Lufthansa e IAG.

Montenegro considerou que, sem esta opção de reprivatização, a TAP “dificilmente se conseguirá aguentar”, embora reiterando que o Governo não fará uma venda “a qualquer preço” se não aparecer uma “proposta condigna”, cenário que não antevê.

O primeiro-ministro reiterou que o entendimento do Governo é que “não é vida continuar a atirar dinheiro” para TAP, mas defendeu que dizer isto não diminui o potencial da empresa.

“Ao mesmo tempo diz-se que, com a sua integração numa operação mais ampla, com outra capacidade de gestão e outro modelo de desenvolvimento de negócio, de facto, esta companhia tem um elevado potencial”, defendeu.

AD é “força central”. Montenegro recusa que Governo só fale de imigração

Na mesma ocasião, o primeiro-ministro defendeu que o PSD e o CDS-PP são hoje “a força central” da democracia, mais centrada na ação que na ideologia, e recusou críticas de que o Governo seja “monotemático” e só legisle sobre imigração.

“Nós somos mais do que nunca a força política central da nossa democracia, isso observa-se à vista desarmada, basta olhar para o Parlamento”, afirmou, considerando que os restantes partidos à esquerda e à direita têm “ideologias e posicionamentos” mais marcados.

Nesse sentido, o presidente do PSD e primeiro-ministro considerou que são estes dois grupos parlamentares que têm melhores condições para “construir pontes” com os dois lados do hemiciclo.

“Não estamos marcados por dogmas e ideologias que comprimem a nossa ação. Nós estamos muito mais marcados pela vontade e pela concretização da resolução dos problemas reais das pessoas”, afirmou, defendendo que PSD e CDS-PP constituem “uma força política de diálogo”.

No entanto, avisou que estes partidos que dão suporte ao Governo não veem o diálogo como o fim da sua ação política, mas apenas “como um instrumento para aproximar posições, não um meio para empatar decisões”.

Na sua intervenção de mais de meia hora, Montenegro procurou também contrariar as críticas de que as políticas da imigração constituem o “alfa e ómega” da ação do Governo, mas salientou que o programa do executivo foi votado pela maioria dos portugueses a 18 de maio.

“Há alguns agentes políticos cuja representação parlamentar os portugueses quiseram que fosse de um deputado, de três deputados, na melhor das contas de seis deputados, que falam com uma arrogância em nome dos portugueses para quem representa a maioria dos portugueses”, disse, num aparente recado a BE, PCP e Livre.

E acrescentou: “É que se na democracia as maiorias devem respeitar as minorias, também é uma regra de ouro das democracias que as minorias respeitem as maiorias”, apelou.

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Moedas consegue juntar CDS e IL em frente de direita para Lisboa

O presidente da Câmara de Lisboa, que nesta quarta-feira apresentará a recandidatura, conseguiu superar as resistências que ameaçavam uma frente de direita. Nuno Melo tinha ameaçado com CDS a solo.

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa vai a votos a 12 de outubro numa frente de direita com a Iniciativa Liberal e o CDS, numa coligação encabeçada pelo PSD. A notícia, avançada pela SIC e confirmada pelo ECO/Local Online, significa uma primeira vitória para o recandidato à câmara da capital, depois de divergências conhecidas no que toca à repartição de lugares com os parceiros desejados.

A este propósito, na convenção autárquica do CDS-PP, realizada este mês, Nuno Melo, presidente dos centristas, tinha ameaçado com uma candidatura a solo do seu partido, caso o acordo para Lisboa não respeitasse o que considera os direitos do partido.

“Onde o CDS desempenha com relevância o poder autárquico, expressando os seus valores nesses mandatos, e para entrarem outros, o CDS tem que sair, ou tem que baixar, não tendo a expectativa de exercer esses mandatos (…) então naturalmente aí o CDS concorrerá sozinho”, afirmou, no encontro realizado a 5 de julho em Albergaria-a-Velha.

Nas últimas autárquicas, a coligação Novos Tempos, que reuniu PSD, CDS, Aliança, MPT e PPM, alcançou 34,3% em Lisboa, vencendo por menos de 2.500 votos a coligação entre PS e Livre, encabeçada pelo então autarca Fernando Medina. A IL teve então 10.238 votos, correspondentes a 4,2%.

Para as autárquicas de 2025, a capital terá uma frente de direita e uma frente de esquerda em confronto. Juntando os votos de 2021, a primeira teria hoje 93.401 votos (número que inclui MPT e PPM, então na coligação, além do Aliança, entretanto extinto). Já a soma da votação do PS, Livre, Bloco de Esquerda e PAN nas autárquicas de há quatro anos perfaz 102.548 votos. O PCP, que se tem recusado a entrar nesta força de esquerda, conquistou 25.520 eleitores.

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PJ realiza buscas na Polícia Municipal de Loures por suspeita de corrupção e peculato

  • Lusa
  • 15 Julho 2025

A PJ realizou buscas esta terça-feira na Polícia Municipal de Loures por suspeita de crimes de corrupção, peculato, abuso de poder, falsidade informática e falsificação de documentos.

A Polícia Judiciária (PJ) realizou esta terça-feira de manhã buscas na Polícia Municipal de Loures por suspeita de crimes de corrupção, peculato, abuso de poder, falsidade informática e falsificação de documentos, segundo aquele órgão investigação criminal.

As buscas, que tiveram início às 09h00, foram também confirmadas à Lusa por fonte da Câmara Municipal de Loures, no distrito de Lisboa.

Em causa estão, segundo a PJ, “suspeitas da prática de diversos atos ilegais, por parte de elementos da Polícia Municipal, designadamente no levantamento e tramitação de autos de contraordenação”.

Estão a ser igualmente investigados “factos relacionados com a realização de serviços gratificados sem enquadramento legal e em benefício de empresas privadas, bem como o pagamento de trabalho suplementar e horas extraordinárias em incumprimento das disposições legais aplicáveis”.

A PJ indicou ter realizado no concelho uma operação policial no âmbito de seis inquéritos dirigidos pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Loures.

No âmbito da ação, foram executados “15 mandados de busca e apreensão e de pesquisa informática”, estando em causa “factos suscetíveis de consubstanciar a prática dos crimes de corrupção passiva, corrupção ativa, peculato, abuso de poder, falsidade informática e falsificação de documentos”.

Na operação participaram cerca de 30 inspetores e peritos da Unidade de Perícia Tecnológica e Informática da PJ.

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Tribunal da Relação dá razão à CP sobre serviços mínimos na greve de maio

O Tribunal da Relação considerou que deveriam ter sido fixados serviços mínimos de 25% da oferta programada, ao contrário do que foi definido pelo Tribunal Arbitral.

O Tribunal da Relação deu razão à CP no recurso apresentado pela empresa contra a não fixação de serviços mínimos pelo Tribunal Arbitral durante a greve que recorreu em maio. Acórdão diz que deveria ter sido garantida 25% da oferta programada, segundo uma publicação do ministro das Infraestruturas no LinkedIn.

A decisão do Tribunal da Relação altera a decisão do Tribunal Arbitral, não fixação de serviços mínimos, e fixa os serviços mínimos em 25% da oferta programada, com incidência em horas de ponta e linhas urbanas críticas”, escreve Miguel Pinto Luz.

Uma decisão que transitará em julgado a 26 de julho, já não podendo proteger os milhares de cidadãos que foram afetados naqueles dias, mas que se encontra alinhada com o que sempre defendemos: que o direito à greve tem de ser proporcionalmente compatibilizado com o direito de deslocação para o trabalho”, acrescenta.

A circulação de comboios da CP esteve parada em maio durante vários dias, devido a uma paralisação convocada por 15 sindicatos. Um período que coincidiu com a campanha eleitoral para as legislativas e que levou o ministro das Infraestruturas a afirmar que se tratava de uma greve “com motivações políticas”, acusação que agora repete.

O Tribunal Arbitral decidiu na altura, por unanimidade, não decretar serviços mínimos, mesmo para os primeiros três dias, quando a paralisação seria sentida de forma mais intensa. Uma decisão acompanhada pelo representante da CP. O coletivo de árbitros presidido por Jorge Bacelar Gouveia considerou que a concretização dos serviços mínimos “se revelou desaconselhável por não se garantir, quanto à percentagem que se julgou como correspondendo à satisfação das necessidades sociais impreteríveis sem, ao mesmo tempo, se aniquilar o núcleo fundamental do direito à greve, os mínimos padrões de segurança dos utentes no acesso às plataformas das estações ferroviárias e no uso das composições, segundo a informação obtida junto da empresa”.

A empresa de comboios decidiu depois recorrer para o Tribunal da Relação. “Uma vez que o Tribunal Arbitral do Conselho Económico e Social não decretou serviços mínimos para as greves convocadas pelas diferentes organizações sindicais, o que compromete gravemente o interesse público e penaliza desproporcionalmente os cidadãos, afetando o acesso ao trabalho, à saúde e à educação, a CP apresentou um recurso, junto do Tribunal da Relação de Lisboa, contestando esta decisão”, afirmou na altura a empresa em comunicado.

A paralisação levou na altura o primeiro-ministro e líder do PSD a apontar a necessidade de rever a lei da greve, intenção que foi vertida no Programa de Governo. Luís Montenegro usou este caso e a paragem do metro e Carris na véspera do feriado de Santo António para justificar as alterações durante o debate do Programa de Governo no Parlamento. “Num dia de festa, marcar um plenário durante toda a noite até às 06:00 para perturbar todos os outros cidadãos não é o cumprimento de um princípio de equilíbrio no exercício de direitos e o poder político tem de assumir as suas responsabilidades”, afirmou.

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Loures suspende demolições no Talude Militar. Solução provisória encontrada para três das 51 famílias desalojadas

Autarquia assegura que não permitirá que construção ilegal colmate crise da habitação e recusa dar prioridade às famílias afetadas na bolsa de casas municipais.

A Câmara de Loures, obrigada por uma decisão judicial a parar a demolição de construções ilegais no bairro do Talude Militar, anunciou, no início da tarde desta terça-feira, a suspensão dos trabalhos em curso. Mas assegura que não irá permitir “que se consolide a perceção de que a construção de habitações precárias é uma resposta legítima” à crise na habitação.

Em comunicado, a autarquia liderada por Ricardo Leão enfatiza ainda que não irá “permitir que a edificação ilegal de barracas represente uma via automática para a atribuição de habitação pública”.

O município, prossegue o comunicado da autarquia socialista, tem cerca de 1.000 pessoas em lista de espera por habitação municipal, “todas elas inscritas e avaliadas nos termos legais”.

“Na sequência da providência cautelar interposta por ocupantes destas construções, o Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa decretou, a título provisório, a suspensão das operações previstas para esta terça-feira. Enquanto o processo se encontra em apreciação, a Câmara Municipal de Loures cumprirá integralmente a decisão, suspendendo a intervenção prevista, em total respeito pelas instituições e pelo Estado de Direito”, indica a autarquia da Área Metropolitana de Lisboa.

Uma máquina demoliu uma barraca no bairro do Talude, durante uma operação da Câmara Municipal de Loures que anunciou a demolição de “mais de 60 habitações”, em Loures, 14 de julho de 2025.TIAGO PETINGA/LUSA

De acordo com a Câmara de Loures, desde o início das demolições, nesta segunda-feira, os serviços sociais foram contactados por 24 das 51 famílias afetadas, tendo sido duas encaminhadas para uma unidade hoteleira e outra para um centro de acolhimento.

No comunicado, lê-se que “foi também prestado apoio alimentar e apresentada a possibilidade de a Câmara assegurar o pagamento de um mês de caução e outro de renda, como apoio ao arrendamento no mercado habitacional”.

O Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa emitiu um despacho em que declara a Câmara de Loures “impedida de executar o ato de demolição” no bairro do Talude Militar. Na notícia da Lusa referia-se que Já foram demolidas 64 casas precárias, sendo que o comunicado da autarquia aponta para 51 famílias afetadas.

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Delta House faz-se à estrada para mostrar todas as marcas do grupo Nabeiro e “reforçar posicionamento de proximidade”

O Delta House On Tour promove ações de sampling, degustações, exposições e showrooms de produtos para dar a conhecer as marcas do grupo, objetivo também da recém-lançada marca umbrella Delta House.

É com o objetivo de apresentar a Delta House — a recente marca que agrega todas as marcas alimentares do Grupo Nabeiro sob uma identidade única — que o Delta House On Tour, um camião roadshow, vai percorrer o país de norte a sul. “Vai ser muito bom para darmos a conhecer as marcas” do grupo, entende o CEO, Rui Miguel Nabeiro.

O Delta House on Tour “vem reforçar o posicionamento de proximidade, com os nossos clientes, consumidores e parceiros. No fundo queremos aproximar e envolver os consumidores, reforçar a regionalidade com impacto, criar experiências imersivas dentro do camião com as marcas da Delta House”, disse numa apresentação aos jornalistas, esta terça-feira.

Este roadshow, que arrancou com uma presença no Nos Alive, vai viajar por um total de 36 localidades de 24 cidades, durante 33 semanas, até 26 de fevereiro. Durante este período, o Delta House On Tour promove ações de sampling, degustações com baristas, exposições, showroom de produtos e outras experiências.

Recuando no tempo, Rui Miguel Nabeiro explicou que numa altura em que a Delta ainda era dedicada 100% ao café “bateu-lhe” à porta a Nutrexpa, uma empresa espanhola que desafiou a Delta a distribuir em Portugal um produto à base de chocolate denominado Phoskitos. Embora essa aposta tenha sido um “fracasso”, marcou o início do caminho do grupo para a diversificação, uma vez que “percebemos que tínhamos aqui uma oportunidade”, explicou Rui Miguel Nabeiro numa apresentação junto ao Jardim da Praça do Império, em Belém.

Seguiu-se a Tetley, tendo depois o Grupo Nabeiro começado a representar diversas marcas internacionais e lançado outras marcas próprias. Atualmente, para além do café, o grupo conta com um portefólio com mais de 70 marcas no segmento alimentar — entre produtos como snacks, cogumelos, gelados, bebidas achocolatadas, águas, cervejas ou azeite e azeitonas — que representam 22% das vendas e uma faturação de cerca de 120 milhões de euros.

“Com esta multiplicidade de marcas, de territórios, de segmentos, sentimos que era o momento de agregar, organizar e consolidar, no fundo, reunir todas estas marcas sob o mesmo teto e criar uma casa para todas elas. Foi assim que apareceu a Delta House, criada com este propósito de consolidar todas as marcas do Grupo Nabeiro na área da distribuição alimentar, sob uma identidade única”, afirmou o responsável.

“No fundo, mais do que uma marca, é a materialização daquilo que é a nossa estratégia multicategoria café, alimentação e bebidas, e da nossa ambição de sermos reconhecidos em Portugal e, obviamente, além de fronteiras, como uma referência na distribuição e gestão de marcas alimentares“, acrescentou.

O grande objetivo é que se “perceba que há aqui um umbrella que dá a chancela de qualidade do grupo de Nabeiro a todas as marcas que representamos. Essa é a grande vantagem da Delta House — ‘arrumar’ o portefólio e dar a credibilidade que estas marcas merecem“, explicou ainda depois Rui Miguel Nabeiro aos jornalistas, à margem do evento.

A Delta House consegue assim “potenciar a estratégia de diversificação” do grupo, unificando as marcas num só sítio, “facilitar a abordagem das equipas comerciais“, e “promover um modelo flexível para integrar estas novas categorias e segmentos do setor alimentar, tornando-os atrativos para outras marcas e empresas que procurem representação dos seus produtos”, disse.

Delta Cafés, Delta Q, Go Chill, Belíssimo, Adega Mayor, Tetley, Corona, Stella Artois, Budweiser, Qampo, Monchique, Alardo, ou Unboring Snacks são algumas das marcas do universo do grupo agregadas agora nesta marca umbrella.

Esta estratégia materializa-se também no site thedeltahouse.com, que já substituiu o site da Delta Q, pelo que os consumidores já podem fazer online compras de todas as categorias e produtos da Delta House. Esta possibilidade de compra vai também ser alargada a outros países como França, Espanha ou Brasil. A plataforma foi também pensada numa ótica B2B (business-to-business), com os profissionais a poderem fazer as compras e encomendas através do site, assim como pedir assistência ou consultar documentação.

Com uma média de 10 mil visitantes diários, a nova casa digital do Grupo Nabeiro registou um crescimento de 20% no valor médio de compras desde o seu lançamento, adianta o grupo em comunicado.

Esta estratégia acarretou um “grande investimento“, apontou Rui Miguel Nabeiro. “Obrigou-nos a mudar não só a estrutura do site mas a plataforma que usámos. Adotámos uma plataforma internacional que nos vai ajudar a elevar as nossas vendas, o ticket, a experiência de compra dentro da loja online. E para já os resultados são muito animadores”, disse aos jornalistas.

“Estamos muito contentes com esta mudança porque permitimos às pessoas perceber que o grupo de Nabeiro tem um conjunto de marcas mais alargado do que apenas a Delta, que é a marca mais conhecida. E a Delta House serve também para proteger a Delta, porque a marca Delta é uma marca de cafés. Muitas vezes diz-se que Delta lançou gelados, mas a Delta não lançou gelados, neste caso a Delta House lança gelados, sim, mas a Delta é uma marca de café”, acrescentou.

Em relação à ambição de colocar a Delta no top 10 das marcas de café a nível global — para o qual ainda faltam escalar 12 andares — Rui Miguel Nabeiro acredita que esta estratégia “também vai ajudar nesse caminho”. “Quando hoje chegamos a um cliente já não vendemos só café, temos um portfólio muito interessante. Temos marcas conhecidas e muito fortes e acabam por ajudar-nos na relação com o cliente e a facilitar a vida ao cliente. Isso dá-nos também mais poder negocial e mais capacidade de alavancar as vendas“, explicou aos jornalistas.

Fazendo uma avaliação do negócio no primeiro semestre, Rui Miguel Nabeiro explicou que, do ponto de vista de faturação, “o número é grande”, embora tal se deva também à subida dos preços. “Crescemos 18% no primeiro semestre mas, tenho que dizer isto, muito alavancados por aumentos de preço, porque a matéria-prima obrigou-nos a subir. Mas não me posso queixar, não foi um primeiro semestre mau, não caímos em volume, que era uma preocupação muito grande com estes aumentos”.

“Estamos preocupados com estes aumentos mas não me posso queixar. Ficámos muito satisfeitos e, em particular, com uma ótima performance no primeiro semestre em Espanha, que continua a crescer acima de 20%, o que é muito bom. A Biedronka também, na Polónia, com uma ótima performance, já perto dos 30% de quota de mercado. Foi, de facto, um bom primeiro semestre”, diz o líder do grupo que registou uma faturação de 570 milhões de euros em 2024.

Para o segundo semestre, as perspetivas passam por “continuar este bom ritmo e fechar bem o ano”, aponta Rui Miguel Nabeiro, que se mostra “otimista”. “Acho que este é um bom kick-off que estamos a dar para o segundo semestre“, conclui.

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Bancos dos EUA batem previsões, mas cresce o nervosismo entre os banqueiros

Os resultados do segundo trimestre do JP Morgan e do Wells Fargo confirmam a robustez do sistema financeiro, mas os seus líderes alertam para a persistência de “riscos significativos” no horizonte.

O Welss Fargo é um dos quatro grandes bancos dos EUA, juntamente com o JPMorgan Chase, o Bank of America e o Citigroup.

Dois dos maiores bancos norte-americanos apresentaram esta terça-feira os resultados do segundo trimestre, que mostraram números acima da maioria das previsões dos analistas, confirmando a solidez do sistema financeiro norte-americano numa altura de crescentes incertezas económicas globais.

O Wells Fargo registou lucros de 5,49 mil milhões de dólares no segundo trimestre, que corresponde a 1,60 dólares por ação, batendo em 13,4% a estimativa média dos analistas (1,41 dólares). “Os nossos resultados do segundo trimestre refletem o progresso que estamos a fazer para produzir consistentemente resultados financeiros mais fortes, com lucro líquido e lucro por ação diluído superiores tanto ao primeiro trimestre quanto ao ano anterior”, refere Charlie Scharf, CEO do Wells Fargo, em comunicado, sublinhando ainda que o banco recomprou mais de 6 mil milhões de dólares em ações no semestre e o plano de aumentar o dividendo no terceiro trimestre — sujeito a aprovação do conselho de administração.

Já o JP Morgan Chase fechou as contas do segundo trimestre com lucros de 15 mil milhões de dólares, cerca de 5,24 dólares por ação, superando em 17,2% as previsões dos analistas que apontavam para 4,47 dólares por ação. “Reportámos outro trimestre de resultados sólidos, gerando lucro líquido de 15 mil milhões de dólares ou lucro líquido de 14,2 mil milhões de dólares excluindo um item significativo”, refere Jamie Dimon, CEO e chairman do JP Morgan em comunicado.

Apesar de salientar que “a economia dos EUA manteve-se resiliente no trimestre” e que “a finalização da reforma fiscal e a potencial desregulamentação são positivas para as perspetivas económicas”, o banqueiro alerta para a persistência de “riscos significativos”, “incluindo tarifas e incerteza comercial, condições geopolíticas em deterioração, défices fiscais elevados e preços de ativos elevados”, antecipando “volatilidade e incerteza contínuas” nos próximos meses.

O Well Fargo baixou o guidance para o resto do ano, após mais um trimestre de baixo crescimento da margem financeira, apontando agora para um crescimento em linha com o registado em 2024.

As contas do segundo trimestre do Wells Fargo revelam ainda receitas de quase 21 mil milhões de dólares, superando as estimativas de 20,75 mil milhões de dólares dos analistas que acompanham o banco. A provisão para perdas de crédito ficou em 1,01 mil milhões de dólares, abaixo dos 1,16 mil milhões esperados pelos analistas, e o retorno sobre o capital próprio (ROE) atingiu 12,8%, superando as previsões de 11,3%.

Porém, o Well Fargo baixou o guidance para o resto do ano, após mais um trimestre de baixo crescimento da margem financeira. O banco liderado por Charlie Scharf fechou o segundo trimestre com uma margem financeira de 11,7 mil milhões de dólares, ficando ligeiramente aquém das estimativas de 11,8 mil milhões de dólares dos analistas. Isso levou o Wells Fargo a reduzir sua meta de crescimento da margem financeira para 2025, ficando assim em linha com o crescimento de 2024, abaixo da orientação anterior de crescimento de 1% a 3%.

No JPMorgan, as receitas ajustadas alcançaram 45,68 mil milhões de dólares, batendo as estimativas de 44,05 mil milhões dos analistas. O banco beneficiou de um crescimento de 5% nos empréstimos médios em base anual e de 6% nos depósitos médios, referem as contas. A provisão para perdas de crédito foi de 2,85 mil milhões de dólares, inferior às previsões de 3,22 mil milhões.

O setor bancário americano entra assim no segundo semestre com sinais de solidez financeira, mas com os banqueiros a manterem um olhar atento às incertezas macroeconómicas globais e às potenciais mudanças nas políticas comerciais que podem impactar o crescimento económico nos próximos trimestres.

A cerca de duas horas da abertura de Wall Street, as ações do Wells Fargo estão a cair 2,6% e os títulos do JP Morgan registam uma valorização de cerca de 1% no pré-mercado.

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Dona da Sagres com nova liderança em Portugal

Desde 2008 parte do grupo Heineken, a SCC tem três unidades de produção, uma empresa de distribuição e cerca de 1.600 trabalhadores.

Julien Haex é o novo managing director da Sociedade Central de Cervejas e Bebidas (SCC), a dona da Sagres e água Luso, substituindo no cargo Boris Miloushev que irá liderar a Heineken na Roménia.

“É uma honra assumir a liderança de uma empresa com tanta história e tradição e tão bem enraizada na sociedade portuguesa como a Central de Cervejas, com marcas fortes e uma equipa com enorme talento. Estou entusiasmado por liderar esta organização rumo ao crescimento sustentável nos próximos anos e garantir que somos a primeira escolha dos clientes e consumidores”, afirma Julien Haex, managing director da SCC, citado em comunicado.

No grupo Heineken desde 2009, altura em que entrou no departamento financeiro, o profissional tem vindo a desempenhar diversas funções ao longo de mais de uma década nas áreas Comercial e Gestão de Receitas em diferentes países da América, África e Europa, destaca o grupo. Antes de assumir este mês de julho funções na SCC, empresa detida pela Heineken, liderava a Heineken Peru.

Com 38 anos, licenciado em Economia pela Universidade de Utrecht, Julien Haex tem ainda um mestrado em Gestão Internacional pela IE Business School de Madrid.

Desde 2008 parte do grupo Heineken, a SCC tem três unidades de produção — uma em Vialonga, para as área de cervejas e sidras, bem como duas de captação e engarrafamento da água Luso, a água de nascente do Cruzeiro e a água mineral natural gaseificada Castello. Tem ainda uma empresa de distribuição, a Novadis. Conta com cerca de 1.600 colaboradores.

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Santana sugere que reforço do investimento em Defesa pode implicar cortes na ferrovia

  • Lusa
  • 15 Julho 2025

Autarca da Figueira da Foz diz que “ou a economia cresce” ou há um “zunzum” de que os cortes para reforçar o investimento na Defesa podem ser na ferrovia. Tal seria um "erro crasso”, defende.

O antigo primeiro-ministro Pedro Santana Lopes disse esta terça-feira esperar que o reforço anunciado do investimento em Defesa não signifique cortes na ferrovia, dizendo ter ouvido “um zunzum de alta fonte” nesse sentido.

O presidente da Câmara da Figueira da Foz, independente mas recandidato com o apoio do PSD, foi um dos oradores nas jornadas parlamentares do PSD/CDS-PP, que terminam esta terça-feira em Évora, num painel sobre “O Poder Local e a Reforma do Estado”.

“Há um zunzum, um zunzum, mas de alta fonte, de que não se mexe no Estado Social para reforçar o investimento na Defesa. Então mexe-se onde? Ou a economia cresce ou há um zunzum de que o corte pode ser na ferrovia. Nalgum lado tem que haver corte, eu só quero dizer que na ferrovia é um erro crasso“, avisou.

Sobre o tema do painel, Santana Lopes admitiu que “é uma ousadia” o segundo Governo de Luís Montenegro ter criado um ministério próprio para a Reforma do Estado, mas disse ter cada vez mais dúvidas sobre os poderes das estruturas intermédias.

“Eu que, até certa altura, sempre admiti o caminho da regionalização, hoje em dia tenho mais medo das entidades regionais do que da dependência do poder central“, afirmou.

Por isso, defendeu, a guerra não pode ser “só à burocracia, tem de ser aos pequenos poderes, aos ditadorezinhos”, que considera existirem por vezes nas estruturas intermédias.

O outro orador do painel, o candidato do PSD/CDS-PP/IL à Câmara Municipal do Porto, Pedro Duarte, mostrou-se mais entusiasmado com a reforma do Estado, dizendo ter uma confiança “total e absoluta” na visão do primeiro-ministro, que classificou como “uma mudança de chip”.

“Depois de oito anos em que também nesta matéria houve uma absoluta apatia, aqueles onze meses de aprendizagem já permitiram que o próprio primeiro-ministro tenha percebido de forma absolutamente clara e inequívoca que esta é uma matéria fundamental para o futuro do país e está a assumi-la como tal”, defendeu.

Pedro Duarte considerou que a reforma do Estado pode ser “uma grande oportunidade” também para os autarcas, onde espera incluir-se a partir das eleições de 12 de outubro.

“E já agora, se for preciso uns projetos-piloto para experimentar este aprofundamento da descentralização, o Porto estará disponível para darmos o pontapé de saída, como eu estou certo que outros estarão”, disse.

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Exportações da metalurgia para EUA estão a cair “todos os meses a dois dígitos”

As exportações para os EUA da metalomecânica e metalurgia, o setor mais exportador da economia portuguesa, desceram mais de 14% até maio, de 320 milhões de euros para 274 milhões.

A imposição de tarifas por parte da administração norte-americana já está a ter impacto nas exportações para os Estados Unidos. O setor da metalurgia e metalomecânica, o mais exportador da economia nacional, tem registado quedas mensais de dois dígitos nas vendas para o país. No acumulado dos primeiros cinco meses do ano, as exportações do setor que tiveram como destino os EUA recuaram mais de 14%.

Estamos a decrescer nas exportações para os EUA todos os meses a dois dígitos“, adianta ao ECO Rafael Campos Pereira, vice-presidente da Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal (AIMMAP).

Depois de anos a crescer para os EUA e com exportações de mil milhões de euros para o país, as vendas da metalurgia e metalomecânica para esta geografia recuaram 14,3% nos primeiros cinco meses do ano, passando de 320 para 274 milhões de euros até maio, detalha o responsável.

Estamos a decrescer nas exportações para os EUA todos os meses a dois dígitos. [O anúncio de tarifas de 30%] vem agravar uma situação que já era complicada.

Rafael Campos Pereira

Vice-presidente da AIMMAP

Rafael Campos Pereira destaca que o anúncio de tarifas de 30% sobre todos os bens exportados da União Europeia para os EUA, a partir do dia 1 de agosto, “vem agravar uma situação que já era complicada“. Do lado das empresas, diz, “o que estão a fazer é procurar alternativas”.

Há algumas empresas [que já têm unidades industriais no país] que estão a produzir mais internamente, como a Metologalva ou a JS Moreira, e outras estão a procurar países que possam ser veículos” para pagar taxas aduaneiras mais baixas, explica o vice-presidente da AIMMAP.

Apesar do travão nas vendas para os EUA, o setor tem vindo “a crescer noutros mercados, como por exemplo o Canadá e Marrocos”. Em termos globais, o setor registou, até maio, 10,3 mil milhões de euros em exportações, o que representa uma ligeira desaceleração de 0,6% face ao período homólogo.

A “segurar” o volume de exportações estiveram países como a Turquia, onde as vendas passaram de 100 para 216 milhões de euros, ou o Canadá, com um crescimento de 25 para 50 milhões de euros. Olhando apenas para o mês de maio, a indústria exportou 2,3 mil milhões de euros, mais 9% que no mesmo período do ano passado e o quinto melhor mês de sempre.

Perante os números registados nos primeiros cinco meses do ano, o vice-presidente da associação está confiante que o setor irá conseguir, pelo menos, manter as exportações de 24 mil milhões de euros registadas no ano passado.

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Já pode pagar por aproximação com o iPhone através do MB Way

  • ECO
  • 15 Julho 2025

Pagamentos contactless através da tecnologia NFC já estão disponíveis para os utilizadores da app MB Way com equipamento iOS (iPhone).

Os pagamentos contactless através da tecnologia NFC (Near Field Communication) já estão disponíveis para os utilizadores da app MB Way com equipamentos iOS (iPhone) –algo que já era possível em dispositivos Android.

Até agora, esta funcionalidade só se encontrava reservada para soluções desenvolvidas pela Apple. Mas a entrada em vigor da Lei dos Mercados Digitais (DMA) da União Europeia obrigou a fabricante do iPhone a abrir o acesso à tecnologia de pagamento por aproximação a aplicações desenvolvidos por terceiros, como anunciou agora o MB Way, que destaca que se trata da primeira app da Zona Euro a permitir pagamentos NFC em iOS.

“Acreditamos que este é um avanço importante para o mercado dos pagamentos digitais em Portugal e na Europa”, afirma Madalena Cascais Tomé, CEO da SIBS.

“Através desta atualização conseguimos garantir aos utilizadores do MB WAY em iOS a mesma experiência que já era possível em dispositivos Android, promovendo maior equidade e opções de escolha”, acrescenta.

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