Universidade da Beira Interior quer ser compensada pelo subfinanciamento

  • Lusa
  • 30 Abril 2025

A UBI recebe por aluno 1.533 euros, abaixo dos 1.746 euros da média nacional e dos 1.978 euros da universidade financiada “com maior valor no continente”, indica o reitor.

O reitor da Universidade da Beira Interior (UBI) apelou esta quarta-feira à tutela para que compense a instituição, através da assinatura de um contrato-programa, pelos desequilíbrios originados pelo subfinanciamento desde 2009.

Durante a sessão solene comemorativa dos 39 anos da UBI, Mário Raposo afirmou que, apesar de o valor já ter começado a ser corrigido, a conclusão do acerto só está prevista para 2027 e que a universidade, com sede na Covilhã, continua a ser a menos financiada por aluno.

Esperamos que a UBI possa realizar, é o que espero para o futuro, um contrato-programa com o Governo, no sentido de poder efetuar os necessários investimentos para a sua expansão e para a requalificação do imobilizado, porque é uma questão de justiça para com a nossa universidade”, frisou o reitor.

Mário Raposo, que não se recandidata ao cargo, destacou a “tremenda falta de equidade” para com os alunos da instituição. Segundo o reitor, o subfinanciamento ao longo de 16 anos prejudicou investimentos na instituição.

“Não posso deixar de lamentar que este processo tenha prejudicado a nossa instituição ao longo de uma década e meia e que a UBI nunca venha a ser ressarcida dos valores a que teria direito, estimados em mais de 40 milhões de euros, o que afetou o seu desenvolvimento e prejudicou a sua competitividade”, realçou Mário Raposo.

O representante máximo da universidade localizada na Covilhã, no distrito de Castelo Branco, congratulou-se por já ter começado a ser feita a correção orçamental e a transferência ter passado de 26 milhões de euros em 2021 para 39 milhões de euros em 2025. “Ainda não atingimos o orçamento real a que temos direito, mas já tivemos uma grande evolução, fruto da nossa capacidade reivindicativa junto da tutela”, referiu.

De acordo com Mário Raposo, a UBI recebe por aluno 1.533 euros, abaixo dos 1.746 euros da média nacional e dos 1.978 euros da universidade financiada “com maior valor no continente”. Durante a intervenção, o reitor informou que este ano será lançado o concurso para a criação do Centro de Simulação de Cirurgia Robótica da Faculdade de Ciências da Saúde, “um pequeno acrescento” e não a desejada construção de um novo edifício.

O procedimento para a remodelação da Cantina de Santo António foi aberto este mês e está em fase de projeto o alargamento da Faculdade de Artes e Letras, que “necessita urgentemente de novas instalações”. O presidente do Conselho Geral da UBI, João Casteleiro, disse que a instituição “não é apenas um espaço de ensino e investigação, é um farol de desenvolvimento”.

Os 39 anos do aniversário da UBI ficaram também marcados pela atribuição do doutoramento ‘honoris causa’ ao presidente executivo do banco BPI, do Grupo CaixaBank, João Pedro Oliveira e Costa. “Estamos perante uma pessoa invulgar pelo seu talento, rigor, responsabilidade, capacidade de liderança e um ser humano com grandeza nos princípios éticos, profissionais, relacionais, de solidariedade e com visão para a sustentabilidade futura”, sustentou o reitor.

A instituição, apontou Mário Raposo, tem mais de 10 mil alunos em todos os graus de ensino. Na cerimónia esteve presente o ministro da Economia, Pedro Reis.

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BCP distribui 1,8 milhões de ações por dirigentes e trabalhadores

Banco liderado por Miguel Maya aprovou ainda a distribuição de 453 milhões em dividendos, ou três cêntimos por ação, relativos ao exercício de 2024.

O BCP entregou 1,8 milhões de ações a dirigentes e colaboradores do banco, como parte da remuneração variável atribuída pela instituição liderada por Miguel Maya, que fechou o último ano com um lucro recorde de 906,4 milhões de euros. Acionistas aprovaram ainda a distribuição de 453 milhões de euros em dividendos.

“O Banco Comercial Português, S.A. informa que, no passado dia 24 de abril, procedeu à entrega de 1.885.568 ações a Dirigentes e Colaboradores do Grupo BCP, como parte da remuneração variável, em cumprimento das Políticas de Remuneração em vigor e considerando o regime fiscal específico de cada um dos beneficiários”, adianta o banco em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Segundo o mesmo documento, as ações distribuídas “representam aproximadamente 0,01% da totalidade das ações representativas do capital social” do banco e “correspondem ao pagamento de remuneração variável respeitante ao exercício de 2024, bem como aos valores de remuneração variável diferidos relativamente aos anos de 2023, 2022, 2021, 2020 e 2019, se aplicável”.

Noutro comunicado, o BCP adianta que os acionistas aprovaram em assembleia-geral a distribuição de 453,4 milhões de euros em dividendos, um valor calculado com base nos três cêntimos que serão pagos por cada ação.

O banco tem ainda em curso um programa de recompra de ações no valor de 200 milhões de euros, que arrancou em abril. Este plano decorrerá até 14 de outubro e faz parte do plano estratégico 2025-28 que prevê distribuir até 75% dos lucros.

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Novabase propõe aumento de capital de até 1,3 milhões para distribuir dividendos em ações

A Assembleia Geral de acionistas da tecnológica portuguesa realiza-se no próximo dia 22 de maio.

Os acionistas da Novabase vão votar um novo aumento de capital social dos atuais 1.072.866,06 euros para cerca de até 1,3 milhões de euros (1.348.263,30 euros) para distribuir dividendos por via de ações.

A deliberação vai realizar-se na próxima Assembleia Geral (AG), que está prevista para 22 de maio, de acordo com a informação transmitida esta sexta-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

O aumento de capital far-se-á através da “emissão de até 9.179.908 novas ações ordinárias, a subscrever e realizar pelos acionistas (…) que optem por receber novas ações, através de entradas em dinheiro correspondentes à aplicação da totalidade ou parte do respetivo dividendo em dinheiro”, segundo a proposta da administração.

O conselho de administração da empresa propôs, em fevereiro, o pagamento de um dividendo de 1,35 euros por ação, o que corresponde à distribuição de 48,3 milhões de euros pelos acionistas.

Já no ano passado, os acionistas da Novabase aprovaram em AG de acionistas a realização de um aumento de capital no valor de 796 mil euros para distribuir pelos acionistas que optem por receber os seus dividendos, no valor de 1,79 euros por cada título, em ações.

Num dos comunicados enviados à CMVM esta tarde, a tecnológica propõe também que os acionistas deliberem sobre a compra e venda de ações próprias. “Incluindo direitos à sua aquisição ou atribuição, sujeita a decisão do órgão de administração da adquirente seja de forma isolada, seja no contexto de programas de recompra de ações próprias que venham a ser aprovados nos termos legais”, lê-se no documento.

A Novabase viu os lucros afundarem 86,4% para 6,4 milhões de euros em 2024, depois de em 2023 terem mais que quintuplicado em relação ao ano anterior. A motivar a queda no resultado líquido, ainda assim positivo, esteve a venda da Neotalent.

“A evolução do resultado líquido foi impactada pelo ganho de 38,4 milhões de euros da venda do negócio Neotalent em 2023, apresentado em operações descontinuadas. Em 2024, foi registado um acerto à mais-valia após apuramento final das cláusulas de preço definidas no contrato”, esclareceu a Novabase.

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CTT concluem aquisição da espanhola Cacesa por 106,8 milhões

Empresa de correios portuguesa adquiriu a totalidade do capital da Cacesa, num negócio que avalia a companhia espanhola em 89,1 milhões de euros.

Os CTT completaram a aquisição da espanhola Compañia Auxiliar al Cargo Expres (Cacesa), num negócio de 106,8 milhões de euros, informou a empresa de correios em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

O negócio, realizado através da subsidiária CTT Expresso, tinha sido anunciado no passado dia 18 de dezembro de 2024 e tem um valor total de 106,8 milhões de euros, adiantou a empresa liderada por João Bento.

Segundo o mesmo comunicado, no final de março de 2025 a empresa detinha uma posição líquida de caixa de 17,6 milhões de euros, com a aquisição a valorizar os ativos da Cacesa em 89,1 milhões de euros, um valor que “corresponde a um múltiplo de EBIT de 5.2x”.

A conclusão da aquisição está em linha com aquilo que eram as previsões dos CTT, que antecipam que a operação estivesse concluída em março ou abril deste ano, mas o objetivo é criar sinergias superiores a cinco milhões de euros.

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Spinumviva. IL acusa Montenegro de “afronta aos portugueses”. Chega critica “joguetes políticos”

  • Lusa
  • 30 Abril 2025

"Isto é absolutamente inaceitável e significa não estar à altura das responsabilidades”, criticou Rui Rocha. Também o líder do Chega questiona Montenegro “se anda a brincar” com os portugueses.

O líder da IL acusou esta quarta-feira o primeiro-ministro, Luís Montenegro, de ter feito uma “afronta aos portugueses” ao só revelar agora informação sobre a Spinumviva que já tinha há semanas, perguntando-lhe se está “a brincar com o país”.

O jornal Expresso noticiou esta tarde que o primeiro-ministro, Luís Montenegro, entregou, a poucas horas do frente-a-frente televisivo que o vai opor ao secretário-geral do PS, uma nova declaração de interesses à Entidade para a Transparência, na qual revela sete novo clientes da Spinumviva.

Em declarações aos jornalistas após uma reunião com o Sindicato Nacional da Polícia (SINAPOL), em Lisboa, Rui Rocha considerou que a gestão deste processo por Luís Montenegro “é uma afronta aos portugueses”.

“Se os dados existem, porque é que nós vamos a eleições? Porque é que se traz o país para uma crise política não apresentando os dados no momento certo e agora, a 15 dias das eleições, se apresentam mais factos que, de certeza, já eram do conhecimento de Luís Montenegro, e se atrasam semanas, meses, a divulgação desses factos?”, questionou. Rui Rocha perguntou porque é Luís Montenegro, existindo esses dados, não os divulgou de imediato, “logo quando a questão surgiu”.

Porque é que esperou tanto tempo? Está a fazer uma gestão tática, em função do dia dos debates, desta matéria? Eu creio que isto é absolutamente inaceitável e significa não estar à altura das responsabilidades”, acusou.

Além de Luís Montenegro, Rui Rocha deixou também críticas ao secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, considerando que tem manifestado “avanços e recuos sobre a necessidade ou não de uma comissão parlamentar de inquérito” à Spinumviva.

“Eu pergunto mesmo: estão Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos a brincar com o país? Estão a brincar com os portugueses?”, disse, perguntando se os dois líderes “não consideram que há tantas coisas, tantos desafios, tantos problemas em Portugal, da saúde à habitação, da segurança ao crescimento económico, que justificavam que se comportassem como adultos nesta matéria”.

“Eu creio que não o têm feito e merecem toda a condenação política por esta falta de sentido de Estado, por esta falta de respeito pelos portugueses”, defendeu, questionando “o que é que esta gente está a fazer ao país”.

Chega acusa Montenegro de “joguetes políticos”

O líder do Chega acusou o primeiro-ministro de “não ter limites” e de brincar com os portugueses por entregar uma nova declaração de interesses no Portal da Transparência em véspera de debates televisivos.

“Estas declarações de interesses não são joguetes políticos, são coisas sérias, e se o primeiro-ministro tinha esta informação então já o devia ter dito e teria evitado tudo o que está a acontecer no país”, disse esta tarde André Ventura aos jornalistas, no final de uma visita aos Bombeiros Voluntários de Mira, no distrito de Coimbra.

O presidente do Chega questionou o líder do PSD e candidato a primeiro-ministro pela Aliança Democrática (AD) “se anda a brincar” com os portugueses, salientando que o país não tem explicações sobre empresa familiar de Luís Montenegro há mais de um mês. “O primeiro-ministro não quis responder a uma série de questões que metiam em causa a sua integridade e transparência, e agora, a uns dias das eleições, submete uma nova declaração no Tribunal Constitucional”, enfatizou.

Para André Ventura, “isto seria para rir se não fosse uma tragédia, uma falta de integridade, de transparência”, questionando o primeiro-ministro por que razão “não o fez antes”.

(Notícia atualizada às 19h)

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“Vivemos a tempestade perfeita em Portugal: salários baixos e fiscalidade elevada”, afirma Pais Antunes

Pais Antunes alerta que empresas grandes são ainda mal tratadas, nomeadamente do ponto de vista fiscal. Sobre a tecnologia, deixa claro que IA vai criar novos empregos, pelo que não há que ter medo.

Luís Pais Antunes, presidente do Conselho Económico e Social, encerrou segunda edição da Conferência Anual do Trabalho.Henrique Casinhas/ECO

O presidente do Conselho Económico e Social (CES) sublinhou esta quarta-feira que o país enfrenta uma “tempestade perfeita” composta por baixos salários e níveis elevados de fiscalidade. Na segunda edição da Conferência Anual do Trabalho, organizada pelo Trabalho by ECO, Luís Pais Antunes defendeu ainda que é preciso que as empresas cresçam para suportar vencimentos mais expressivos, mas deixou a nota de que as grandes companhias ainda hoje “são mal tratadas”.

“A minha primeira reflexão tem que ver com a tempestade perfeita que vivemos em Portugal: salários baixos e fiscalidade elevada. Estão relacionadas entre si”, afirmou o responsável, a quem coube encerrar os trabalhos.

Na visão de Pais Antunes, o problema fiscal não está necessariamente nas taxas de IRS, mas nos escalões, que levam a que as taxas mais elevadas sejam aplicadas a rendimentos que noutros países ainda beneficiariam de impostos mais leves.

Ainda sobre a fiscalidade, mas no que diz respeito às empresas, o responsável alertou que o crescimento é hoje penalizado do ponto de vista tributário, quando, na verdade, o caminho do país terá de ser feito com as micro empresas a passarem a pequenas, as pequenas a médias e as médias a grandes. “Só assim vamos ter níveis salariais superiores“, assinalou o mesmo.

Vivemos muito agarrados a uma mentalidade ‘small is beautiful’. Tratamos mal as grandes empresas e isso é contrário às nossas necessidades de desenvolvimento económico e social.

Luís Pais Antunes

Presidente do CES

“Vivemos muito agarrados a uma mentalidade ‘small is beautiful’. Tratamos mal as grandes empresas e isso é contrário às nossas necessidades de desenvolvimento económico e social“, observou, assim, Pais Antunes.

Por outro lado, o presidente do CES chamou a atenção para a transformação do mundo do trabalho, à boleia da tecnologia, deixando claro que “não há que temer o impacto das diferentes revoluções tecnológicas“. Por exemplo, nos últimos 25 anos, as transformações foram muitas, mas o volume de emprego não mirrou, uma vez que, a par dos empregos destruídos, foram criados muitos postos de trabalho novos, indicou.

Não tenho a menor dúvida que a inteligência artificial trará muitos novos empregos. Isso aumenta o grau de exigência: obriga a uma formação contínua permanente“, disse ainda sobre este ponto Pais Antunes.

O último desafio identificado pelo presidente do CES foi a longevidade, que obrigará a “alterações do ponto de vista do enquadramento legal e regulamentar para acomodar a nova realidade demográfica”.

Continuamos com o modelo de enquadramento legal do trabalho à luz de meados do século XX. O sistema é basicamente o mesmo.

Luís Pais Antunes

Presidente do CES

“É contraproducente, do ponto de vista dos valores que defendemos, colocarmos a tónica na diversidade e flexibilidade, mas, depois, do ponto de vista regulamentar e legal do mundo do trabalho damos provas de enorme rigidez“, atirou Pais Antunes.

Continuamos com o modelo de enquadramento legal do trabalho à luz de meados do século XX. O sistema é basicamente o mesmo, quando o mundo é bem mais diversificado”, acrescentou o responsável, que rematou com o recado de que é preciso olhar para os problemas do presente, mas sobretudo ter uma visão a dez e 20 anos.

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Microsoft vai aumentar em 40% capacidade de centros de dados na Europa até 2027

  • Lusa
  • 30 Abril 2025

A Microsoft anunciou que irá aumentar a capacidade dos seus centros de dados na Europa em 40% nos próximos dois anos, sendo que esta iniciativa será implementada em 16 países europeus.

A Microsoft planeia aumentar a capacidade dos seus centros de dados na Europa em 40% nos próximos dois anos, no âmbito dos seus compromissos digitais europeus, adiantou a empresa.

A Microsoft pretende a manutenção da resiliência digital, a proteção da privacidade dos dados e o apoio à cibersegurança, tendo declarado a sua intenção de continuar a impulsionar o seu compromisso de proporcionar estabilidade digital na Europa, especialmente em tempos de “volatilidade geopolítica”.

Num discurso no Atlantic Council, citado pela Europa Press, o presidente da Microsoft, Brad Smith, anunciou vários objetivos da empresa tecnológica para cuidar dos seus compromissos digitais europeus, a fim de garantir uma “confiança sólida” como infraestrutura digital da qual dependem os países europeus, bem como promover “um futuro digital mais seguro e competitivo”.

Um desses objetivos é expandir a sua infraestrutura de nuvem e Inteligência Artificial (IA) na Europa, a fim de permitir que cada país utilize estas tecnologias para reforçar a sua competitividade económica, como se afirma num comunicado.

Concretamente, a Microsoft anunciou que irá aumentar a capacidade dos seus centros de dados na Europa em 40% nos próximos dois anos, sendo que esta iniciativa será implementada em 16 países europeus, duplicando a capacidade e resultando em operações de nuvem em mais de 200 centros de dados em todo o continente.

A infraestrutura baseia-se em centros de dados de cloud [nuvem] pública, que são a base do ecossistema de cloud diversificada que a Microsoft pretende promover em toda a Europa, e centros de dados de cloud soberana, ou seja, uma abordagem diversificada em que a empresa tecnológica se alia a empresas em países específicos para formar clouds operadas sob o controlo desse país. É o caso da Bleu em França.

Esta iniciativa pretende ainda colaborar com fornecedores europeus de serviços em nuvem para oferecer aplicações e serviços Microsoft nas suas infraestruturas locais de nuvem e manter a resiliência digital da Europa, criando uma nuvem europeia e implementando um Compromisso de Resiliência Digital em todos os seus contratos com os governos europeus.

O presidente da Microsoft abordou ainda a proteção de privacidade de dados europeus e o apoio à competitividade económica.

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Portugal paga 3,375% para levantar 3 mil milhões em emissão sindicada a 15 anos

A segunda operação sindicada contou com uma procura superior a 15,8 mil milhões de euros, um montante que supera em 5,3 vezes a oferta. Prémio exigido superou o da emissão de janeiro.

Portugal colocou esta quarta-feira três mil milhões de euros com a abertura de uma nova linha de dívida a 15 anos, com uma taxa de juro de 3,375%, através de uma emissão sindicada, que teve uma procura que superou em 5,3 vezes a oferta. Prémio cobrado pelos investidores é superior ao exigido na sindicada realizada no arranque do ano.

A emissão recebeu ordens no valor de 15,8 mil milhões de euros, segundo os números divulgados pelo IGCP. Com este financiamento, a República já executou cerca de 10,9 mil milhões de euros da emissão anual de Obrigações do Tesouro Português, o que equivale a cerca de 53% do programa de financiamento de 20,5 mil milhões de euros para este ano.

“Uma vez mais, o IGCP mostrou-se recetivo às condições de mercado prevalecentes, aproveitando uma janela de emissão clara, na sequência de um cenário estável no mercado de obrigações do Tesouro do Euro, num contexto de maior volatilidade global”, explica o instituto que gere a dívida pública

A operação, que foi realizada através da contratação de um sindicato de seis bancos internacionais – BBVA, Deutsche Bank, Goldman Sachs, JPMorgan, Novo Banco e Santander – marca a segunda de três emissões sindicadas previstas pelo IGCP para 2025.

Tal como tem feito nos últimos anos, o IGCP realizou a primeira emissão sindicada do ano em janeiro. Portugal colocou 4 mil milhões de euros em obrigações a 10 anos, com um cupão de 3,074%. Nessa ocasião, a procura dos investidores superou os 25 mil milhões de euros — 6,4 vezes acima da oferta –, num sinal claro da confiança internacional na dívida portuguesa.

O preço da emissão desta quarta ficou fechado em 3,375%, o equivalente à taxa midswap acrescido de um spread de 92 pontos base, quando na operação de janeiro o prémio exigido pelos investidores se ficou pelos 55 pontos.

Em termos de distribuição por tipo de investidor, 30,8% dos novos títulos com maturidade em junho de 2040 ficaram nas mãos de gestores de fundos e 26,4% foram comprados por bancos, detalha o IGCP em comunicado.

Quanto a geografias, a maioria da procura veio da Europa (88,7%), com o Reino Unido à cabeça (24,6%); seguido pela Alemanha, Áustria e Suíça (18,2%); França, Itália e Espanha (17,9%); e Portugal (14,1%).

Ao contrário dos tradicionais leilões de dívida, onde o Estado coloca títulos diretamente no mercado e os investidores apresentam as suas ordens, numa emissão sindicada o IGCP contrata um grupo restrito de bancos para aferir previamente o interesse dos grandes investidores institucionais.

(Notícia atualizada às 18h40)

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Apagão. Espanhola Vidrala com duas fábricas em Portugal vai contestar perdas “milionárias” em tribunal

Empresa que produz embalagens de vidro e tem fábricas na Marinha Grande diz que vai avançar com uma ação judicial devido aos prejuízos causados pela paralisação na Península Ibérica.

A fabricante de embalagens de vidro espanhola Vidrala, que tem duas fábricas na Marinha Grande, calcula que o apagão de segunda-feira, 28 de abril, na Península Ibérica tenha causado “prejuízos milionários” ao grupo industrial e adianta que vai avançar com uma ação em tribunal para reclamar as perdas que sofreu.

Com cinco fábricas na Península Ibérica, duas das quais na Marinha Grande – a Santos Barosa e a Gallo Vidro –, que são responsáveis por metade das vendas consolidadas, o grupo vidreiro adianta que ficou sem eletricidade por 14 horas, impedindo os fornos elétricos da empresa, que funcionam a gás natural, de arrancarem. Uma paralisação que, segundo o presidente do grupo, Carlos Delclaux, “é claro” que irá originar uma ação legal, diz citado pelo Cínco Días.

O responsável não detalhou quem vai processar, nem o valor que irá reclamar, deixando essa decisão para os seus assessores legais, num momento em que a empresa ainda está a avaliar os prejuízos totais causados pelo “apagão”. Em tom irritado, Carlos Delclaux disse ainda que o apagão é “muito grave e colocava em risco as pessoas”, que trabalham em fábricas com fornos com temperaturas de 1.500 graus.

“Passámos por momentos terríveis”, em circunstâncias que o grupo nunca havia vivenciado em 60 anos de história, atirou Delclaux.

A quebra na eletricidade às 11h33 desta segunda-feira forçou a indústria a parar a produção e muitas fábricas admitem já atrasos nas entregas. Os empresários queixam-se ainda do impacto na reputação das empresas, que têm que comunicar aos seus clientes que não vão cumprir prazos.

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Dona do Correio da Manhã avança com despedimento coletivo

  • + M
  • 30 Abril 2025

O Sindicato dos Jornalistas denuncia, "com surpresa e choque", a intenção da Medialivre de proceder a um despedimento coletivo, focado nos fotojornalistas. Empresa confirma corte de 10 empregos.

A Medialivre está para avançar com um despedimento coletivo, focado nos fotojornalistas, visando a redução do número de trabalhadores nos meios do grupo, como os jornais Correio da Manhã, Record, Jornal de Negócios ou a revista Sábado, denuncia o Sindicato de Jornalistas (SJ) esta quarta-feira.

Fonte oficial da Medialivre diz que a empresa recrutou, ao longo dos últimos meses, “mais de 100 novos colaboradores para diversas áreas de desenvolvimento”. “Dentro da boa gestão, vamos reduzir até 10 postos de trabalho, numa área específica onde a empresa tem recursos em excesso para a sua atividade”, refere ainda, adiantando que a empresa conta com 730 trabalhadores.

O sindicato mostra “surpresa e choque”, criticando o dia escolhido para o anúncio. “Não é inocente a afronta feita a todos os que trabalham ao anunciar um despedimento coletivo na véspera do Dia do Trabalhador, que assinala mundialmente para as conquistas laborais do passado, cada vez mais deterioradas. O despedimento de jornalistas é grave o suficiente, ainda por cima num grupo que diz dar lucro, para dispensar a diatribe insultuosa de o comunicar na véspera do 1 de Maio”, lê-se em comunicado.

E, embora “ignorando a data”, o SJ diz-se “chocado pela forma como este despedimento coletivo foi comunicado aos trabalhadores: um facto consumado, sem qualquer hipótese de diálogo, e com pressa em dispensar estas pessoas”.

“Com o concluir de um dito processo de modernização e adaptação da estrutura produtiva (Projeto Alfa), que supostamente implicaria uma tranquila evolução, contando com todos os trabalhadores para o caminho de sucesso ambicionado, agora, sem aviso prévio, já há necessidade de reduzir os quadros”, refere o sindicato, acrescentando que o grupo comunicou despedimentos a “pelo menos a dez trabalhadores”.

Na semana passada, Luís Santana, CEO da Medialivre, enviou um email interno, ao qual o +M teve acesso, onde afirmava que tinha “chegado a hora Alfa”, naquela que é uma “expansão progressiva e incontornável” que “exige novos modelos organizacionais, novas maneiras de trabalhar, novas ferramentas e sobretudo uma cultura de convergência e colaboração para assegurar o crescimento e um futuro sustentável na realidade digital que se vive” na indústria.

O Sindicato de Jornalistas mostra-se ainda surpreendido com a decisão já que o grupo Medialivre, que tem Cristiano Ronaldo como acionista, “é dos poucos em Portugal que, pelo menos, apresenta resultados financeiros positivos”.

“Este procedimento, que vamos contestar por todas as vias, configura mais uma estocada profunda na fotografia, uma linguagem jornalística que está a ser levada à morte por administradores e diretores de empresas de comunicação social em Portugal. Não só se dispensam repórteres fotográficos dos quadros como se contratam cada vez menos serviços a freelancer. Muitas publicações conformam-se a usar fotos de propaganda das assessorias de imprensa de câmaras municipais, clubes de futebol e agências de comunicação, numa perfeitamente clara incompatibilidade entre publicidade, assessoria e o exercício do jornalismo. Outras, exigem fotos de telemóvel a redatores ou imagens amadoras do público”, critica também o sindicato.

No seu comunicado, o SJ apela ainda à mobilização dos jornalistas para que estes se juntem esta quinta-feira ao bloco do Sindicato dos Jornalistas que se realizar uma manifestação em Lisboa, a qual parte às 14h30 da Praça do Martim Moniz.

(Notícia atualizada às 18h54 com declaração da Medialivre)

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Sanofi vende 50% da dona das marcas Buscopan, Dulcolax e Bisolvon a fundo americano

Em Portugal, Pedro Gouveia manter-se-á a gerir o negócio da farmacêutica Opella após a aquisição por parte da sociedade de 'private equity' CD&R.

Em plena guerra comercial, concretizou-se um dos negócios transatlânticos mais esperados no setor da saúde internacional: a farmacêutica francesa Sanofi oficialmente a acordo com o fundo norte-americano Clayton Dubilier & Rice (CD&R) para venda de uma participação de 50% no seu negócio de medicamentos de venda livre (não sujeitos a receita médica).

A Opella é a terceira maior empresa do mundo na indústria de consumer health, que abrange os fármacos, vitaminas e suplementos que o consumidor pode adquirir livremente, inclusive em supermercados autorizados para o efeito. O portefólio inclui mais de 100 marcas, como Dulcolax, Buscopan, (Bisolvon) Mucosolvan, Allegra, Doliprane, Novanight, Telfast, entre outras.

Pedro Gouveia, que gere o negócio da Opella em Portugal, mantém-se como responsável nacional (country head) da Opella no país. “Em Portugal, abraçamos esta nova jornada Opella com ambição, foco e a determinação de simplificar o autocuidado para milhões. O que me apaixona neste negócio é o impacto real que temos na vida das pessoas todos os dias com proximidade, coragem, sentido de missão e um compromisso com a saúde sustentável”, afirmou o gestor, em comunicado divulgado esta quarta-feira pela Sanofi.

A Sanofi continua na estrutura acionista, com uma posição significativa de 48,2%, e a Bpifrance com os remanescentes de 1,8%. A principal mudança desta operação – considerada uma das maiores do ano em França – é que a Opella passará a ser autónoma.

Tornar-se independente não é apenas um marco. É o nosso momento. Estou orgulhosa da nossa talentosa equipa de 11 mil pessoas que tornou isto possível. Com os parceiros certos e um foco preciso, estamos prontos para remodelar a forma como as pessoas em todo o mundo gerem a sua saúde – de forma simples, confiante e nos seus termos”, comentou o presidente e CEO da Opella, Julie Van Ongevalle.

Em França, esta transação fez soar alarmes sobre a eventual perda de soberania sanitária ou despedimentos que daí pudessem vir, mas o governo gaulês foi cauteloso: “O meu compromisso é que o Doliprane [paracetamol] continue a ser produzido em França por trabalhadores de França”, disse ao canal BFM TV o então ministro da Economia e Finanças, Antoine Armand, garantindo que iam ser pedidas “garantias extremamente fortes” disso.

O presidente do conselho de administração da Delta Airlines e ex-presidente e CEO da Procter & Gamble, David Taylor, fica com o cargo de presidente do conselho de supervisão da Opella por decisão dos novos proprietários da empresa, uma vez que é assessor (senior advisor) da CD&R.

A Opella também tem a sede em França, emprega mais de 11 mil colaboradores, opera em 100 países, gere 13 unidades de produção e quatro centros de investigação e regista mais de 190 mil milhões de euros em vendas por ano. Dar autonomia à empresa fazia parte da estratégia da Sanofi desde que lançou a spin-off em 2024 para se focar em medicamentos com receita médica e vacinas.

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Helder Pedro: “A indústria automóvel investiu cerca de 200 mil milhões de euros na eletrificação, decorrente das normas estabelecidas para a descarbonização”

  • ECO
  • 30 Abril 2025

Helder Pedro, secretário-geral da Associação do Comércio Automóvel de Portugal (ACAP), é o convidado do oitavo episódio do podcast ECO Auto, uma iniciativa do ECO em parceria com o Mundo Automóvel.

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Helder Pedro é o convidado do oitavo episódio do podcast ECO Auto em parceria com o Mundo Automóvel. Licenciado em Direito, é Secretário-Geral da Associação do Comércio Automóvel de Portugal (ACAP), Vice-Presidente da Prevenção Rodoviária Portuguesa, com passagem pelo Comité Executivo da Associação dos Construtores Europeus de Automóveis (ACEA) e Vice-Presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP).

Neste episódio, Helder Pedro traçou uma radiografia do setor automóvel europeu e considera que Portugal é um barómetro da economia, dado o seu elevado contributo para a economia nacional: “O setor automóvel em Portugal representa 12% das exportações, 18% das receitas do Estado tem um peso significativo como contribuinte líquido, contribuindo com 18% das receitas do Estado através de 3 mil empresas e 150 mil empregos.”

Sobre o envelhecimento do parque automóvel nacional, o Secretário-Geral da ACAP considera que, para além do problema das emissões de CO2 que produzem, também se coloca uma questão de segurança rodoviária e refere que “há mais de 1 milhão e 600 mil veículos em Portugal a circular com mais de 20 anos de idade. Nos centros de abate, a idade média é superior a 25 anos. Há que haver uma norma de harmonização em termos europeus para que não haja um fluxo de carros usados importados que venha envelhecer o parque automóvel de outros países”.

Para inverter esta tendência, Helder Pedro sugere que os benefícios fiscais que já existem para as empresas devem manter-se ou até serem otimizados, mas sublinha que os particulares não podem ficar excluídos destas políticas de incentivo. Políticas que considera que devem ser definidas pela União Europeia para todos os países, dando também um forte contributo para a redução da importação de carros usados, que representa 50% do mercado, (mais de 106 mil veículos em 2024, com idade média de 7,7 anos).

Helder Pedro, secretário-geral da Associação do Comércio Automóvel de Portugal (ACAP), é o convidado do oitavo episódio do podcast ECO Auto

O Vice-Presidente da Prevenção Rodoviária Portuguesa também tem acompanhado a legislação do setor em Bruxelas e admite que “a União Europeia é caracterizada por um excesso de regulamentação e o setor automóvel tem anualmente 7 ou 8 regulamentos, obrigando a um investimento em ´compliance´ para a sua execução, que podia ser canalizado para a investigação e desenvolvimento”.

Em relação às metas impostas aos construtores no domínio da transição energética e o contributo para a descarbonização com a eletrificação das viaturas, Helder Pedro lembrou que “a indústria automóvel investiu cerca de 200 mil milhões de euros na eletrificação, decorrente das normas estabelecidas para a descarbonização impostas pelos regulamentos europeus“.

Já no que diz respeito à evolução dos pontos de carregamento na Europa, para além dos objetivos do AFIR, o responsável da ACAP refere os estudos que apontam para “3.5 milhões de pontos de carregamento em 2030 na União Europeia, uma meta ambiciosa tendo em conta o parque atualmente existente e sem que haja uma harmonização de objetivos para todos os países”. Sublinha, no entanto, que, apesar de Portugal estar em linha com os melhores – França, Alemanha e Dinamarca, existe uma grande assimetria no desenvolvimento das redes de carregamento por ausência da definição de objetivos para cada um dos países.

Por fim, Helder Pedro deixa um elogio ao desenvolvimento do setor da distribuição automóvel em Portugal afirmando que “Portugal, nos últimos anos, teve uma evolução significativa em relação ao modelo de distribuição e está atualmente mais avançado do que a Bélgica, Alemanha ou Espanha”.

O Podcast ECO Auto resulta de uma parceria com o Mundo Automóvel e está disponível no Spotify e na Apple Podcasts.

Também pode assistir ao podcast no vídeo abaixo:

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