Nova sondagem mostra AD à frente mas ainda em empate técnico com PS

  • ECO
  • 17 Abril 2025

Sondagem feita na semana de arranque dos debates dos partidos coloca a AD à frente do PS nas intenções de voto dos portugueses nas legislativas de 18 de maio. Há 11% de indecisos.

Uma sondagem realizada pelo ICS/ISCTE para o Expresso e a SIC, cujo trabalho de campo foi feito na semana de arranque dos debates entre os candidatos às legislativas, mostra a Aliança Democrática (AD) à frente do PS, com com 33% e 29% das intenções de voto, respetivamente, com uma margem de erro que ainda mantém o empate técnico, noticia esta quinta-feira o jornal Expresso.

O Chega ocupa o terceiro lugar com 21%, seguido a grande distância dos liberais, com 4%. CDU e Bloco de Esquerda surgem com intenções de voto de 2%, cada. Já o Livre e o PAN aparecem com 1% nesta sondagem. Estes resultados excluem os abstencionistas e incluem a imputação dos indecisos.

Há 11% de indecisos e 12% que responderam que não iriam votar. Entre os que afirmam votar PS, 73% asseguram que não vão mudar de ideias até ao dia das eleições legislativas marcadas para 18 de maio. Já para os 81% dos inquiridos, que dizem votar AD, a escolha é definitiva.

O trabalho de campo foi realizado entre os dias 5 e 14 de abril e resulta de 803 entrevistas válidas entre 2.815 contactos, presenciais e com simulação de voto em urna.

Em março, a sondagem do ICS/ISCTE, a primeira após a queda do Governo, colocava a AD com 20% de intenção de voto direta, surgindo à frente do PS, que se fica pelos 15%.

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CTT investem 25 milhões em recompra de ações e vão propor redução de capital social

  • Lusa
  • 17 Abril 2025

Os CTT levaram a cabo três programas de recompra de ações próprias no montante global de 66,5 milhões de euros, tendo adquirido 16,18 milhões de ações representativas de 10,79% do capital social.

Os CTT concluíram o programa de recompra de ações, anunciado em julho do ano passado, tendo comprado mais de 4,6 milhões de ações por 25 milhões de euros e vão agora propor aos acionistas a redução do capital social.

Segundo um comunicado, publicado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), os CTT concluíram o programa de recompra de ações próprias da sociedade anunciado em 19 de julho de 2024 “tendo, ao abrigo deste programa, sido adquiridas 4,620 milhões de ações pelo montante global de 25 milhões de euros”.

A empresa indicou ainda que “desde 2022 até à presente data, os CTT levaram a cabo três programas de recompra de ações próprias no montante global de 66,5 milhões de euros, tendo adquirido 16,18 milhões de ações representativas de 10,79% do capital social dos CTT anterior aos três programas”.

Assim, destas 16,18 milhões de ações “foram canceladas 6,085 milhões de ações correspondentes ao primeiro programa” e “5,475 milhões de ações relativas ao segundo programa”. Já as “4,620 milhões de ações relativas ao presente programa serão oportunamente canceladas, em conformidade com o que vier a ser aprovado na Assembleia Geral Anual que ocorrerá em 30 de abril de 2025”, destacou o grupo.

Os CTT informam ainda que, tendo adquirido os 25 milhões de euros anunciados, o programa de compra pode dar-se “por concluído na presente data, terminando antes do final do seu período máximo de duração”, previsto entre de 22 de julho de 2024 a 22 de julho de 2025 (inclusive).

Em consequência, nesta data, “a sociedade detém um total acumulado de 5.908.046 próprias, representativas de 4,27% do seu capital social”, indicou.

Por fim, “sendo o objetivo único do programa de recompra a redução do capital social dos CTT mediante a extinção das ações próprias adquiridas” ao abrigo deste programa, “o Conselho de Administração submeteu para aprovação da Assembleia Geral Anual dos CTT de 2025 a realizar em 30 de abril uma proposta de redução do capital social dos CTT em até 4.250.000 euros correspondente à extinção de até 8.500.000 ações próprias representativas de até 6,14% do capital social da sociedade”.

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Trump ameaça “demitir” Powell se não baixar as taxas de juro: “Ele sai se eu pedir”

O presidente dos EUA intensificou as críticas ao presidente da Fed, depois de o BCE ter decidido mais um corte nas taxas. "Não está a fazer o seu trabalho. Não estou contente com ele", atirou.

Donald Trump ameaçou esta quinta-feira “despedir” o presidente da Reserva Federal norte-americana (Fed), Jerome Powell, se não baixar novamente as taxas de juro. “Não acho que Powell está a fazer o seu trabalho. Não estou contente com ele. Ele sai se eu lhe pedir“, afirmou, durante uma conferência de imprensa aos jornalistas, ao lado da líder italiana, Giorgia Meloni.

No entanto, o presidente dos EUA não pode exonerar diretamente os dirigentes da Fed. E Powell garantiu, no início de abril, que tencionava “permanecer no cargo até ao final do mandato”, até 2026.

As declarações mais duras do presidente norte-americano surgem depois de o Banco Central Europeu (BCE), o homólogo da Fed, ter decidido aprovar um novo corte das taxas diretoras em 25 pontos base.

Mas o presidente da Fed tem adotado uma postura mais prudente e já alertou que as tarifas anunciadas por Trump são “significativamente maiores do que o esperado” e que irão acelerar a inflação e travar a economia, criando incerteza sobre o rumo das taxas de juro. “É demasiado cedo para dizer qual será o caminho apropriado para a política monetária”, sinalizou.

Face a esta posição e depois de ver o BCE a avançar com o corte nas taxas de juro, Trump endureceu a voz contra Powell. Aos jornalistas disse mesmo que considera que a Fed “não tem pessoas inteligentes” e que Powell estava a “fazer jogos políticos”.

O líder republicano já tinha instado Powell, a 4 de abril, a reduzir as taxas de juro, dizendo na altura que seria “o momento perfeito”.

Desde o início do ano, a Fed tem mantido as suas principais taxas de juro entre 4,25% e 4,50%. Donald Trump nomeou Jerome Powell para dirigir a Reserva Federal no seu primeiro mandato, em 2018, mas agora acusa-o de politizar o banco central americano.

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Trabalhadores da Águas do Vimeiro vão estar em greve no dia 24 de abril

  • Lusa
  • 17 Abril 2025

Os trabalhadores querem "denunciar publicamente o chorrilho de ignóbeis ataques que têm sofrido da nova administração".

Os trabalhadores da Águas do Vimeiro vão estar em greve no dia 24 de abril, argumentando que a nova administração “tem tentado impor a sua vontade, assente em enorme prepotência, que bate no muro da legalidade”.

Os trabalhadores vão reunir-se durante o período da manhã à porta da empresa na Maceira, Torres Vedras, para “denunciar publicamente o chorrilho de ignóbeis ataques que têm sofrido da nova administração”, lê-se em comunicado enviado, esta quinta-feira, pelo Sindicato dos Trabalhadores da agricultura e das indústrias de alimentação, bebidas e tabacos de Portugal (SINTAB).

Entre as críticas denota-se ainda uma “opção clara da administração pelo ataque acentuado aos seus representantes, Dirigentes e Delegados Sindicais, na tentativa de os amedrontar e desmobilizar a sua capacidade agregadora pelos direitos e pela legalidade”.

São feitos relatos de práticas como alteração de horários em sinal de castigo e sem aviso prévio nem motivo, obrigar os trabalhadores a transportar os de garrafões de água, que pesam cerca de oito quilos, à mão após a avaria de um equipamento de transporte, bem como a tentativa da administração de impor a pausa para almoço a partir das 10:00.

Perante esta situação, gerou-se uma “onda de solidariedade de outras estruturas sindicais da CGTP, quer nas mensagens de solidariedade que vão chegando ao SINTAB, quer pelo repúdio desta forma de trabalhar completamente bafienta, pelo que o plenário do dia da greve contará com vários representantes de outros sindicatos”, indica a estrutura.

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Ventura exige que Pedro Nuno esclareça origem dos fundos com que comprou imóveis

  • Lusa
  • 17 Abril 2025

Líder do Chega está chocado com o valor das casas de Pedro Nuno e vai propor o reforço das obrigações declarativas por parte de titulares de cargos públicos quando adquirem imóveis de elevado valor.

O presidente do Chega manifestou-se esta quinta-feira “chocado” com o valor dos dois imóveis adquiridos pelo secretário-geral socialista, que estimou entre 1,3 e 1,4 milhões de euros, e exigiu saber se há fundos públicos na origem das aquisições.

Em conferência de imprensa, André Ventura também anunciou que, na próxima legislatura, vai propor a aprovação de um programa para reforçar as obrigações declarativas por parte de titulares de cargos públicos quando adquirem imóveis considerados de elevado valor. Segundo o líder do Chega, com o seu programa, em caso de ocultação dessas obrigações declarativas, a pena pode ir até três anos de prisão – uma matéria em relação à qual pediu consenso político.

Perante os jornalistas, André Ventura disse que já analisou a documentação disponibilizada pelo secretário-geral do PS sobre os processos relativos a dois imóveis que adquiriu em Lisboa e Montemor-o-Novo. “A aquisição de imóveis no valor de 1,3 ou 1,4 milhões de euros salta à vista – e não só salta à vista como choca o cidadão comum. Choca pelo valor e pela forma”, afirmou.

Para o presidente do Chega, subsistem “contradições” nas diversas declarações proferidas por Pedro Nuno Santos sobre este caso.

“Numa primeira resposta, parecia que tinha havido ajudas de uma determinada forma e de um determinado círculo familiar, mas, agora, parece que a explicação é outra para a obtenção desses fundos. Como é que um político tem este património para adquirir estes imóveis, sendo que, no caso, penso que os dois são titulares de cargo político ou de cargo público”, interrogou.

Ainda sobre a origem dos fundos para a compra das duas casas, o presidente do Chega exigiu que se apure se, nessas operações, estiveram envolvidos fundos públicos ou comunitários – ponto em que fez uma alusão ao pai de Pedro Nuno Santos, que é empresário. “As suspeitas ficam mais graves quando há a possibilidade, ainda que abstrata, de que fundos públicos tenham sido misturados com apoios privados ou empresariais e que tenham acabado nas ajudas à aquisição desses imóveis. Isto afeta-nos a todos”, sustentou.

Por outro lado, o presidente do Chega, a propósito dos processos com Pedro Nuno Santos e Luís Montenegro, referiu-se em paralelo à crise da habitação em Portugal para atingir os líderes do PS e do PSD.

No país da OCDE em que é mais difícil aceder à habitação, as pessoas assistem com estupefação a políticos que compram, ora a pronto, ora não a pronto, a casas de elevadíssimo valor, sem conseguirem compreender bem a proveniência desses fundos e de onde veio o dinheiro que permitiu essa aquisição. Isto por si só é suspeito, embora não seja condenatório de ninguém”, ressalvou.

Nesta conferência de imprensa, em vários momentos, André Ventura visou também o primeiro-ministro e presidente do PSD, Luís Montenegro, que também adquiriu recentemente imóveis. Disse mesmo que continuará a falar nestes temas ao longo da campanha eleitoral.

“A exigência de explicações não é nenhum voyeurismo, mas a necessidade de os portugueses compreenderem como é que alguns políticos chegam às funções que chegam e algum tempo depois conseguem comprar o que nenhum outro português, ou quase nenhum, consegue comprar ou adquirir”, disse.

A meio da manhã desta quinta, o secretário-geral do PS publicou a documentação por si prometida na quarta-feira sobre os processos de compra das suas duas casas. Essa documentação foi publicada no site da campanha do PS, estando disponíveis escrituras, contratos, cadernetas prediais ou notificações sobre IMI.

Na sequência da notícia de que Ministério Público abriu uma averiguação preventiva sobre compra de duas casas em Lisboa e em Montemor-o-Novo, Pedro Nuno Santos, em conferência de imprensa, além de ter prometido publicar estes documentos hoje, pediu para ser ouvido pelo Ministério Público e disse que “quem não deve não teme, quem não teme não foge”.

No topo do site da campanha para as legislativas – https://ofuturoeja.pt/ – e sob o lema “quem não deve não teme” são disponibilizados nove documentos sobre este património, assim como notícias e respostas à comunicação social que foram dadas na altura em que este caso veio a público, em 2023.

Na quarta-feira, o Ministério Público confirmou que abriu uma averiguação preventiva na qual é visado o secretário-geral do PS. A averiguação preventiva “corre termos” no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), no qual é investigada a criminalidade económico-financeira mais complexa.

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Tarifas. Meloni confiante na “unidade do Ocidente” na conversa com Trump

  • Lusa
  • 17 Abril 2025

“Acredito na unidade do Ocidente e acredito que temos simplesmente de conversar e encontrar o melhor meio-termo para crescermos juntos, é por isso que estou aqui”, disse Meloni na reunião com Trump.

A primeira-ministra italiana afirmou esta quinta-feira acreditar na “unidade do Ocidente” e nos potenciais resultados da conversa que vai manter com o Presidente norte-americano, Donald Trump, em Washington, para alcançar um acordo tarifário.

“Acredito na unidade do Ocidente e acredito que temos simplesmente de conversar e encontrar o melhor meio-termo para crescermos juntos, é por isso que estou aqui”, disse Giorgia Meloni no início do encontro com Trump na Casa Branca. Meloni acrescentou que se não acreditasse que os Estados Unidos são um parceiro fiável, não estaria agora em Washington.

O encontro entre Meloni e Trump ocorre num momento de negociações a alto nível, na sequência das tarifas impostas por Washington aos parceiros comerciais.

Estou certa de que podemos chegar a um acordo e estou aqui para ajudar. Não posso negociar em nome da União Europeia (UE). O meu objetivo seria convidar o Presidente Trump para uma visita oficial a Itália e ver se existe a possibilidade de organizar uma reunião semelhante com a Europa”, sublinhou Meloni, aludindo à necessidade de falar com franqueza.

Após a reunião, a primeira-ministra italiana avançou que Trump tinha aceite o convite para visitar Itália. E que iria aumentar as importações de gás liquefeito (LNG).

Meloni, que foi a única chefe de governo da UE presente na tomada de posse de Trump em janeiro passado, procura nesta visita assumir-se como a intermediária entre o bloco europeu e os Estados Unidos.

Nas vésperas deste encontro, Roma indicou procurar um compromisso de “tarifas zero” para bens industriais nas trocas comerciais entre ambos os blocos, mas vários responsáveis europeus advertiram contra iniciativas bilaterais nas negociações com os Estados Unidos que comprometam a unidade europeia.

Na semana passada, Bruxelas anunciou medidas para fazer face às taxas de 25% sobre o aço, alumínio e automóveis europeus, impostas pelos Estados Unidos, bem como tarifas de 20% ao bloco comunitário. Contudo, estas encontram-se suspensas, durante 90 dias, para permitir as negociações.

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Programação dos debates não fere representatividade, conclui a ERC

  • Lusa
  • 17 Abril 2025

A Comissão Nacional de Eleições tinha considerado, ao contrário, que a transmissão televisiva de debates em sinal fechado pode pôr em causa a igualdade de oportunidades dos partidos candidatos.

O Conselho Regulador da ERC concluiu que a programação dos debates que está fixada “não fere” o princípio da representatividade política e social das candidaturas de acordo com a lei, na sequência de uma queixa do Chega.

O partido liderado por António Ventura tinha apresentado uma queixa contra os operadores de televisão RTP, SIC e TVI, a propósito dos critérios utilizados na definição de debates televisivos entre os partidos com assento parlamentar para as eleições à Assembleia da República de 18 de maio de 2025.

Na deliberação, datada de 16 de abril, a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) deliberou que “a programação dos debates que se encontra fixada não fere o princípio de representatividade política e social das candidaturas na aceção consagrada na Lei n.º 72-A/2015, de 23 de julho”.

O regulador destaca “que o modelo dos debates resultou de uma programação e calendarização previamente acordadas entre operadores de televisão, apresentadas às diversas candidaturas”.

Reitera ainda, “em consonância com a decisão vertida na deliberação ERC/2025/126 (PLU-TV), que não se encontra na esfera de decisão da ERC a possibilidade de definir quem deve representar determinada candidatura, nem qual o representante que poderá ou não ser aceite por parte dos operadores de televisão, desde que salvaguardados os preceitos da Lei n.º 72-A/2015, de 23 de julho, que estabelece o regime jurídico da cobertura jornalística em período eleitoral”.

A ERC verifica que a distribuição dos debates entre candidaturas pelos serviços de programas de acesso não condicionado livre e acesso não condicionado por assinatura “obedeceu a critérios editoriais claramente identificados” e que, “tendo em conta a programação dos debates em que intervém o partido CH, o critério editorial aplicado pelos operadores não prejudica a respetiva candidatura em face das demais”.

Na quarta-feira, a Comissão Nacional de Eleições (CNE) considerou que a transmissão televisiva de debates em sinal fechado pode pôr em causa a igualdade de oportunidades dos partidos candidatos.

“Pode, de facto, a escolha do meio de transmissão (em sinal aberto ou fechado) prejudicar a efetiva igualdade de oportunidades das candidaturas consagrada no artigo 56.º da LEAR (Lei Eleitoral da Assembleia da República), segundo a qual estas têm direito a igual tratamento a fim de efetuarem, livremente e nas melhores condições, a sua campanha eleitoral”, justificou a CNE.

A posição consta de uma deliberação, divulgada em ata, referente a uma queixa apresentada pelo Chega contra a RTP, SIC e TVI pelos “pressupostos do debate televisivo”, que o partido diz inquinarem os princípios democráticos do processo eleitoral.

Em concreto, o Chega alega uma desigualdade de tratamento, por um lado, devido à escolha dos candidatos que vão representar a AD nos debates, repartidos entre os líderes do PSD, Luís Montenegro, e do CDS-PP, Nuno Melo, mas também devido à programação dos debates.

A maioria dos debates será transmitida em sinal aberto, na RTP1, RTP3, SIC e TVI, mas estão também agendados debates na SIC Notícias e na CNN Portugal, em sinal fechado.

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Teixeira Duarte volta aos lucros quatro anos depois. Carteira de encomendas salta para 1.540 milhões

Construtora fechou 2024 com lucros de 26 milhões de euros. O resultado operacional aumentou 84% para 70 milhões, o valor mais elevado desde 2020.

A Teixeira Duarte registou lucros de 26 milhões de euros em 2024, pondo fim a uma série de três anos consecutivos de prejuízos, segundo os resultados não auditados enviados esta quinta-feira ao mercado. A atividade da construtora beneficiou do forte aumento dos resultados operacionais.

O volume de negócios teve uma subida ligeira de oito milhões para 775 milhões, informa a empresa num curto comunicado ao mercado, onde adianta que o mercado interno foi responsável por apenas 42% dos rendimentos operacionais. A construção continua a ser a área de atividade mais relevante, com um peso de 56% nas receitas. Os rendimentos operacionais totais recuaram 3,4% para 843 milhões.

O resultado operacional da Teixeira Duarte aumentou 84% para 70 milhões de euros, alcançando o nível mais elevado desde 2020. O EBITDA (resultado antes de encargos com juros, impostos, apreciações e amortizações) cresceu 36% para 105 milhões, a soma mais elevada em cinco anos.

A carteira de encomendas na construção aumentou 43% para 1.540 milhões, sendo a mais alta desde 2018.

A empresa baixou ligeiramente (4 milhões) a dívida financeira líquida, para 643 milhões no final de 2024, enquanto o financiamento bancário bruto reduziu 16 milhões de euros.

O grupo anunciou no final de março o refinanciamento de 654,4 milhões de euros de dívida bancária contraída junto do BCP, Novobanco e Caixa, com o alongamento de maturidades e redução das taxas de juro, uma operação que beneficiou da melhoria dos resultados e das perspetivas positivas para o setor da construção.

Os resultados apresentados pela Teixeira Duarte são não auditados. A publicação dos documentos finais de prestação de contas “está prevista ocorrer no próximo dia 30 de abril, conjuntamente com os documentos dos órgãos de fiscalização e demais elementos para a Assembleia Geral anual”, esclarece o comunicado.

(notícia atualizada com correção do valor do volume de negócios)

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Sindicatos e CP não chegam a acordo e greve mantém-se em maio

  • Lusa
  • 17 Abril 2025

A paralisação para 7 e 8 maio foi convocada "contra a imposição de aumentos salariais, que não repõem o poder de compra", e pela "negociação coletiva de aumentos salariais dignos".

Os sindicatos representativos dos trabalhadores da CP – Comboios de Portugal não chegaram a acordo com a empresa a mantêm a greve marcada para os dias 7 e 8 de maio, disse à Lusa José Manuel Oliveira, da Fectrans. Segundo o coordenador da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), “não houve qualquer acordo ou possibilidade de evolução”, na reunião desta quinta-feira, depois de as estruturas terem apresentado um pré-aviso de greve, para aqueles dias.

Os sindicatos explicaram, na terça-feira, que a paralisação foi convocada “contra a imposição de aumentos salariais, que não repõem o poder de compra”, e pela “negociação coletiva de aumentos salariais dignos”. Segundo o dirigente sindical, “a proposta da CP é a reformulação do trabalho feito com vista à reformulação das grelhas salariais” que constam num relatório sobre “medidas excecionais, acordado entre a administração e sindicatos e entregue ao Governo”.

A proposta da transportadora, indicou, passa pela “reposição da diferença dos salários na CP com o SMN [salário mínimo nacional] de 2018” mas, “em vez de ter efeitos a 1 de janeiro deste ano, passaria para 1 de julho”, com “a dedução dos 34 euros do ato de gestão”. Segundo o mesmo responsável, “o aumento de 4% previsto para 01 de julho, deixaria de existir”.

O dirigente da Fectrans disse que “agora a administração quer alterar, reduzir as medidas extraordinárias de 12,4 milhões [de euros] para algo à volta de 3 milhões, que não resolve o problema de fundo, que é a incapacidade de manter os atuais trabalhadores e recrutar novos”.

Vários sindicatos representativos dos trabalhadores da CP entregaram um pré-aviso de greve na transportadora, para os dias 07 e 08 de maio, contra a imposição de aumentos salariais e outras reivindicações. Na nota, divulgada pela Fectrans as estruturas sindicais anunciam que a greve irá decorrer entre as 00:00 de 07 de maio e as 24:00 de 08 de maio.

Os trabalhadores pretendem ainda a “implementação do acordo de reestruturação das tabelas salariais, nos termos em que foi negociado e acordado”. No comunicado, as entidades destacaram que também “foi enviada uma carta aos ministros das Infraestruturas e das Finanças, subscrita por todas as organizações sindicais”, que apresenta várias exigências ao Governo.

Pretendem que o executivo “instrua a administração da CP a cumprir as medidas excecionais constantes do relatório final acordado com os sindicatos e que, segundo a própria administração, já foi remetido ao ministério que tutela a empresa”, destacando que “esse documento é um compromisso conjunto e não pode ser alterado unilateralmente”.

Querem ainda que sejam dadas “orientações claras para que a administração ultrapasse os valores que decidiu impor por ato de gestão e que analise com seriedade as contrapropostas das ORT’s [organizações representativas dos trabalhadores], sob pena de agravar ainda mais a instabilidade que se vive na empresa”.

O pré-aviso foi lançado pela Associação Sindical das Chefias Intermédias de Exploração Ferroviária (ASCEF), a Associação Sindical Independente dos Ferroviários da Carreira Comercial (ASSIFECO), a Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (FECTRANS), o Sindicato Nacional dos Transportes Comunicações e Obras Públicas (FENTCOP), o Sindicato Nacional dos Ferroviários do Movimento e Afins (SINAFE), o Sindicato Nacional Democrático da Ferrovia (SINDEFER) e o Sindicato Independente dos Trabalhadores Ferroviários das Infraestruturas e Afins (SINFA).

Assinam ainda o Sindicato Independente Nacional dos Ferroviários (SINFB), o Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Transportes e Indústria (SINTTI), o Sindicato Independente dos Operacionais Ferroviários e Afins (SIOFA), o Sindical Nacional de Quadros Técnicos (SNAQ), o Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Setor Ferroviário (SNTSF), o Sindicato dos Transportes Ferroviários (STF) e o Sindicato dos Trabalhadores do Metro e Ferroviários (STMEFE).

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PAN quer criação de Ministério da Proteção Animal e insiste em referendo às touradas

  • Lusa
  • 17 Abril 2025

A porta-voz do PAN garantiu ainda que o partido vai voltar a apresentar no parlamento uma proposta de referendo à abolição das touradas.

A porta-voz do PAN propôs esta quinta-feira a criação de um Ministério do Ambiente e da Proteção Animal e garantiu que o partido vai voltar a apresentar no parlamento uma proposta de referendo à abolição das touradas.

Em declarações aos jornalistas no âmbito de uma visita à Associação Zoófila Portuguesa, em Lisboa, a líder do PAN, Inês de Sousa Real, anunciou o compromisso com a proteção animal do programa eleitoral do partido, onde é proposta a criação de um Ministério do Ambiente e da Proteção Animal e de um Serviço Nacional de Saúde para animais (“SNS Animal”).

Para a porta-voz do PAN, “não faz sentido que seja o Ministério da Agricultura a ter a tutela do bem-estar dos animais” e a governação de Luís Montenegro é um exemplo disso mesmo, uma vez que, acrescentou, “quer voltar a abater animais de companhia”.

“Não existe [no Ministério da Agricultura] sequer a sensibilidade de perceberem que os animais são seres vivos, que carecem não só de atenção, (…) a maioria da sociedade portuguesa quer uma lei que, tal e qual como está em vigor pela mão do PAN, que não abata animais de companhia, mas também que promova a sua esterilização”, acrescentou.

O PAN pretende que o próximo Governo tenha uma secretaria de Estado dedicada à proteção animal dentro deste novo ministério e que tenha como principais funções combater o abandono animal e os maus-tratos, bem como controlar a “população de animais errantes” a partir de uma “campanha mais forte de esterilização”.

Inês de Sousa Real prometeu que o PAN vai insistir na descida do IVA para as rações e cuidados veterinários e anunciou também que o partido, caso volte a ser eleito, vai apresentar novamente uma proposta de referendo à abolição dos espetáculos tauromáquicos – uma proposta que foi rejeitada na última legislatura por Chega, CDS-PP, IL, PSD, PS e PCP.

O PAN vai novamente apresentar também proposta para pôr fim ao investimento público em touradas, com Sousa Real a lembrar que, sob a governação da AD, o Estado “deu a mão” às touradas ao baixar o IVA desses espetáculos “em vez de ajudar as famílias que têm animais de companhia”.

“Da parte do PAN, as associações e os portugueses sabem que contam para sermos uma voz ativa para defender os animais”, garantiu.

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PSD/CDS-PP anunciam candidato conjunto à Câmara de Portimão

Para "quebrar meio século de governação do PS" na Câmara de Portimão, as comissões políticas do PSD/CDS-PP anunciam como alternativa o gestor Carlos Gouveia Martins.

O gestor Carlos Gouveia Martins é o candidato do PSD/CDS-PP à presidência da Câmara Municipal de Portimão, no distrito de Faro, nas próximas eleições autárquicas que deverão acontecer entre setembro e outubro deste ano. Tem como adversário o atual presidente da autarquia, o socialista Álvaro Bila.

O anúncio foi feito esta quinta-feira, num comunicado conjunto das duas comissões políticas concelhias de PSD e CDS-PP de Portimão. Referem que esta candidatura “resulta de um entendimento sólido entre as estruturas locais, distritais e nacionais dos dois partidos, num momento em que a maior cidade do barlavento algarvio procura, com urgência, quebrar meio século de governação do Partido Socialista“.

Entretanto, lê-se na mesma nota, “decorrem negociações muito positivas para o alargamento da coligação, com o objetivo de agregar outros partidos e movimentos independentes que se revejam neste desígnio de mudança com seriedade”.

Carlos Gouveia Martins é o candidato do PSD/CDS-PP à presidência da Câmara Municipal de Portimão17 abril, 2025

Autarca desde 2017, Carlos Gouveia Martins foi líder da bancada municipal do PSD durante os últimos oito anos e presidente da bancada social-democrata na Assembleia Intermunicipal da Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL). Já presidiu à Comissão Política do PSD/Portimão e foi Conselheiro Nacional do PSD.

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Controlauto lança campanha assinada pela VML para reforçar posicionamento

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  • 17 Abril 2025

Com criatividade da VML, produção da Looks Good e consultoria da Pro(u)d, a campanha está presente em televisão, rádio e canais digitais. O planeamento de meios foi da Arena Media.

“Há mais de 30 anos consigo, em segurança” é a nova campanha lançada pela Controlauto para reforçar o seu posicionamento “enquanto marca de referência no setor, perita em segurança e com mais de 30 anos de experiência”.

No spot é mostrado um momento de transição geracional, com um avô a entregar o seu carro já aprovado à neta que acabou de passar no exame de condução. “A mensagem lembra que, em mais de 30 anos, a Controlauto já serve os netos dos seus primeiros clientes, que, em alguns casos, até poderão ter a mesma viatura, devidamente inspecionada e segura”, refere-se em nota de imprensa.

“Há mais de 30 anos que a Controlauto é sinónimo de confiança e segurança. Esta campanha celebra a história e o compromisso contínuo da Controlauto com os condutores e a segurança rodoviária. Queremos continuar a contribuir para viagens mais seguras e a ser o parceiro de confiança dos nossos clientes“, diz Hugo Bento, diretor de marketing do Grupo Brisa, citado em comunicado.

Com criatividade da VML, produção da Looks Good e consultoria da Pro(u)d, a campanha está presente em televisão, rádio e canais digitais. O planeamento de meios foi da Arena Media.

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