Pedro Nuno Santos já publicou documentação sobre casas de Lisboa e Montemor-o-Novo

  • Lusa
  • 17 Abril 2025

“As denúncias são anónimas, mas a verdade é pública”, disse o secretário-geral do PS, depois de se saber que está a ser alvo de uma averiguação preventiva do Ministério Público.

A documentação prometida pelo líder do PS, Pedro Nuno Santos, sobre a compra das suas duas casas foi publicada esta quinta-feira no site da campanha, estando disponíveis escrituras, contratos, cadernetas prediais ou notificações sobre IMI.

Na quarta-feira, na sequência da notícia de que o Ministério Público abriu uma averiguação preventiva sobre compra de duas casas em Lisboa e em Montemor-o-Novo, Pedro Nuno Santos prometeu publicar estes documentos esta quinta-feira, pediu para ser ouvido pelo Ministério Público e disse que “quem não deve não teme, quem não teme não foge”.

No topo do site da campanha para as legislativas — https://ofuturoeja.pt/ — e sob o lema “quem não deve não teme”, são disponibilizados nove documentos sobre este património, assim como notícias e respostas à comunicação social que foram dadas na altura em que este caso veio a público, em 2023.

Usando outra das frases ditas na véspera pelo líder do PS de que “as denúncias são anónimas, mas a verdade é pública”, entre os documentos disponibilizados estão as escrituras das duas casas, contratos de compra e venda, contratos de promessa de compra e venda, notificação da AT sobre o novo IMI da Casa de Montemor-o-Novo, cadernetas prediais ou um contrato de doação de ações da Tecmacal, empresa do pai do líder socialista.

Pedro Nuno Santos afirmou na quarta-feira à noite aos jornalistas que foi com “surpresa que soube pela imprensa” desta questão e disse estranhar a coincidência e o momento da divulgação da notícia. O líder socialista assegurou que não foge ao escrutínio e que está disponível para o mesmo, ao contrário do primeiro-ministro, Luís Montenegro, que acusou de não o fazer.

O Ministério Público (MP) abriu uma averiguação preventiva na qual é visado o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, confirmou à Lusa a Procuradoria-Geral da República (PGR). “Na sequência de receção de denúncias e tendo em vista a recolha de elementos, o Ministério Público determinou a abertura de uma averiguação preventiva”, referiu fonte oficial da PGR, sem adiantar mais detalhes sobre o caso.

Segundo o jornal Observador, que avançou a notícia, em causa estão suspeitas relacionadas com a aquisição de um imóvel em Lisboa e outro em Montemor-o-Novo. A averiguação preventiva “corre termos” no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), no qual é investigada a criminalidade económico-financeira mais complexa.

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Só 13% das entidades cobram aos consumidores consoante os resíduos que produzem

A tarifa dos resíduos é na maior parte do país indexada à água que se consome. Quer-se que as pessoas e empresas passem a pagar pelos resíduos que produzem, mas poucas entidades o aplicam.

Apenas 31 entidades gestoras, num universo de 237, tinham alguma modalidade de sistema Pay as You Throw (PAYT), que foi implementado em 2024, indica a Entidade Reguladora dos Serviços de Água e Resíduos (ERSAR), num relatório sobre o tema publicado esta quinta-feira.

O PAYT pressupõe que a componente variável dos tarifários para a gestão de resíduos passa a ser calculada em função da quantidade de resíduos produzidos pelos consumidores. Algo que, a partir de 1 de janeiro de 2030, será obrigatório por lei para todos os consumidores domésticos.

Entre as 31 entidades gestoras que estão a implementar este sistema, cerca de metade (17) estão a fazê-lo junto dos utilizadores domésticos. Contudo, apenas quatro entidades o fazem em toda a sua área de intervenção, com as restantes 13 a aplicarem o PAYT apenas em determinados bairros ou freguesias. A estas somam-se 48 que têm planos para o fazer até 2030, o que elevaria o âmbito de aplicação para 11% dos alojamentos existentes em Portugal, ao invés dos atuais 2%.

No que diz respeito aos utilizadores não domésticos, são 26 as entidades que aplicavam, em 2024, os sistemas PAYT. Neste universo contam-se contratos com o setor de hotelaria, restauração, cafés, comércio, serviços, indústrias, instituições particulares de solidariedade social e escolas. São 12 as entidades que aplicam os sistemas PAYT em simultâneo junto de domésticos e não domésticos.

A efetiva implementação deste tipo de mecanismos continua a ser residual em Portugal“, nota a ERSAR no texto do relatório, apesar de reconhecer “uma ligeira melhoria” em 2024. É notória a larga distância destes registos à meta que está inscrita no PERSU 2030, de 50% de municípios aderentes até 2025 — no ano passado, a fasquia dos municípios que tinham avançado para a implementação estava ainda nos 20%.

Entre as dificuldades e constrangimentos apontados pelas entidades gestoras, resume o relatório, encontram-se a falta de apoio financeiro e de recursos humanos, a existência de outras prioridades, a falta de conhecimento prático e a indefinição das soluções técnicas e do modelo tarifário. Do lado do utilizador, regista-se a deposição ilícita dos resíduos na via pública e em contentores de terceiros, os resíduos associados ao turismo, a contestação por parte da população e a fraca adesão à separação dos resíduos.

Mas como funciona um sistema assim?

Guimarães já tem implementado um sistema PAYT desde 2016, afirmando-se como a primeira cidade a implementá-lo. “O nosso sistema é de sacos pré-comprados“, introduz Dalila Sepúlveda, diretora do departamento de Ambiente e Sustentabilidade da Câmara Municipal de Guimarães.

Os sacos usados para os cidadãos colocarem o lixo nas suas casas têm de ser adquiridos ou num espaço municipal ou solicitados através de um e-mail e pagos online, sendo que neste caso serão entregues na hora da recolha, ou em casa dos munícipes ou na respetiva caixa de correio. Os que contêm biorresíduos são biodegradáveis, enquanto os que se destinam a recicláveis são translúcidos, para ser desde logo visível se existe contaminação de resíduos.

São vendidos sacos de 15, 30 e 100 litros. O cidadão paga na fatura um valor fixo, correspondente a externalidades do serviço, e o resto da conta é pago através do valor de cada saco. Por exemplo, um saco de 100 litros custa 1,95 euros. Estes sacos são colocados em contentores próprios de cada utilizador, que este tem a responsabilidade de colocar à sua porta para que se faça a recolha. Caso o saco não seja adquirido junto da câmara, não há lugar à recolha.

Questionada sobre se se verificaram despejos de resíduos onde não é suposto, de forma a “fugir” ao sistema, Sepúlveda assume que no início sim, que se registavam mais dessas situações. Contudo, à medida que a população foi interiorizando o sistema e percebendo que compensava face ao anterior, estas situações foram-se tornando residuais.

Recolha seletiva aumenta. E fatura pode baixar

A implementação de sistemas de faturação e cobrança em função da produção e separação de resíduos “é um dos principais fatores de sucesso e de complementaridade para aumentar a recolha seletiva das várias frações de resíduos“, já que permite quantificar, separadamente, os resíduos resultantes da recolha seletiva e os resíduos indiferenciados e, assim, imputar-lhes uma tarifa que penalize a recolha indiferenciada em detrimento da seletiva, explica o regulador, em resposta ao ECO/Capital Verde.

No relatório, lê-se que, tanto na implementação junto de utilizadores domésticos como não domésticos, nota-se um aumento da recolha seletiva entre 5% a 150% e uma redução da produção de resíduos indiferenciados entre 3% a 30%.

No caso prático de Guimarães, em 2016 registava-se uma recolha seletiva de apenas 13% dos resíduos, sendo os restantes 87% recolhidos como indiferenciados. “Logo no primeiro ano, os resíduos indiferenciados passaram a 71% e os recicláveis atingiram os 29%“, recorda Dalila Sepúlveda.

Atualmente, a situação já se inverteu: 19% dos resíduos recolhidos são indiferenciados e os 81% dizem respeito aos recicláveis. E a quantidade de resíduos recolhidos também se reduziu, indica a responsável. Guimarães recolhe 288 quilos de lixo por habitante, a cada ano, que compara com uma média de 400 quilos em Portugal.

A maioria destes sistemas começou como projetos-piloto incentivados por fundos públicos. “A sua implementação implica um acréscimo de gastos de investimento e operacionais para as entidades gestoras“, continua o regulador. Isto porque é necessário que estas adaptem os seus sistemas de deposição e de faturação, e que adequem os mecanismos para apurar a produção de resíduos por cada consumidor.

Em Guimarães, por exemplo, é aplicado apenas na zona centro da cidade, a 12.000 utilizadores, entre domésticos e não domésticos, deixando para já de parte as restantes 47 freguesias que constituem o município.

É fundamental que as entidades gestoras iniciem este processo o mais cedo possível“, alerta ainda a ERSAR, olhando não só ao cumprimento dos prazos legais definidos para a implementação deste tipo de recolha, como também ao cumprimento das metas nacionais para o setor dos resíduos urbanos.

Já no que diz respeito ao consumidor, os incentivos decorrem da implementação do sistema: “Numa fase em que se antecipa um aumento dos custos da recolha e tratamento de resíduos em virtude das novas exigências ambientais, isso é, por si, um incentivo que a ERSAR considera relevante para que o consumidor tenha maior controlo sobre o valor final da sua fatura”.

Sobre o impacto na fatura dos consumidores, a ERSAR indica que dependerá do comportamento dos mesmos, isto é, se estes minimizam a produção e fazem a separação adequada dos resíduos, tirando partido, ou não. Em paralelo, para uma comparação justa com a situação atual, na qual os tarifários tomam como referência o consumo de água de cada um para a cobrança no que diz respeito aos resíduos, é necessário que os tarifários vigentes reflitam antes os custos efetivos do serviço.

Contudo, no caso prático de Guimarães, já é visível uma diferença neste caso positiva. Se, em média, uma família de quatro pessoas com a tarifa indexada à água, nesta cidade, pagaria cerca de seis euros pelos serviços de resíduos a cada mês, fazendo a separação de resíduos deverá descer os custos para cinco euros ou menos, aponta Dalila Sepúlveda.

Além disso, “se a taxa seletiva aumentar, podemos baixar ainda mais a tarifa“, indica a mesma responsável. Isto porque os municípios pagam pelo tratamento de resíduos. Enquanto os resíduos indiferenciados têm um custo de tratamento “alto”, o dos orgânicos é “baixo” e dos recicláveis “não têm custo, têm receita”.

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CEO da Nvidia voa para Pequim para discutir novas restrições dos EUA

Jensen Huang deslocou-se à capital chinesa a convite de uma organização afiliada do regime, no rescaldo da decisão de Trump de restringir a venda de certos processadores de IA para a China.

O CEO da Nvidia visitou Pequim esta quinta-feira, um dia depois de a empresa ter revelado que os EUA proibiram a empresa de vender os chips H20 na China, um tipo de processador vocacionado para inteligência artificial (IA) desenvolvido precisamente para ir ao encontro das restrições anteriores.

O Financial Times menciona um post da imprensa estatal chinesa na rede social Weibo, em que Jensen Huang surge em frente às câmaras depois de, alegadamente, se ter mostrado disposto a continuar a cooperar com a China, de acordo com a mesma publicação.

O gestor da empresa norte-americana ter-se-á deslocado àquele país asiático para discutir os impactos da decisão do Governo de Donald Trump de passar a exigir à Nvidia uma licença para exportar os seus chips para o mercado chinês, mas também para Hong Kong e Macau, indica o FT.

O convite partiu do Conselho para a Promoção do Comércio Internacional da China, uma organização afiliada do regime que se dedica a facilitar as relações comerciais sino-americanas, segundo o mesmo jornal.

Esta semana, um comunicado da Nvidia aos investidores revela que a empresa foi “informada pelo Governo dos EUA de que passou a ser necessário obter uma licença para poder exportar processadores H20 para a China. As autoridades temem que estes produtos “possam ser usados” ou sejam “desviados” para “um supercomputador” na China, explicou a tecnológica.

A Nvidia estimou um impacto de “cerca de 5,5 mil milhões de dólares” só nos resultados financeiros do primeiro trimestre devido a “produtos para inventário, compromissos de compra e reservas relacionadas”, que ficam agora, automaticamente, severamente condicionadas. Como tal, as suas ações afundaram 6,87% esta quarta-feira, para 104,49 dólares.

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Pilotos da Portugália fazem queixa da TAP à Concorrência

  • ECO
  • 17 Abril 2025

Sindicato considera que novo regulamento assinado entre a TAP e o SPAC "limita ilegalmente" o crescimento da Portugália no mercado e constitui uma "triste capitulação e cobardia empresarial".

O Sindicato Independente dos Pilotos de Linha Aérea (SIPLA) entregou uma denúncia junto da Autoridade da Concorrência (AdC), no dia 12 de março, em que considera que o novo Regulamento de Recurso a Contratação Externa (RRCE), assinado em 2023 entre a TAP e o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC), viola as regras da concorrência da União Europeia, a lei da concorrência portuguesa e o código do trabalho.

É “o resultado de uma inaceitável e miserável extorsão dita sindical e de uma verdadeira e triste capitulação e cobardia empresarial às mãos de uma clique que pretende ser uma casta única”, acusa o sindicato dos pilotos da Portugália na queixa, noticiada pelo Jornal de Negócios (acesso pago). Para o SIPLA, existem cláusulas no regulamento que “devem ser consideradas nulas, inválidas, ineficazes e lesivas da empresa e da economia”.

Na denúncia, o sindicato dos pilotos da Portugália argumenta ainda que o novo RRCE, que entrou em vigor no ano passado, “limita ilegalmente” o crescimento da Portugália no mercado, uma vez que a sua frota só pode “crescer na proporção de uma aeronave por cada seis aeronaves adquiridas pela TAP” e “não podem ser usadas aeronaves Airbus nem Boeing”. Atualmente com uma frota composta por 12 Embraer 190 (106 passageiros) e sete Embraer 195 (118 passageiros), com capacidade máxima de 2.098 passageiros nas 19 aeronaves, o SIPLA diz que este impedimento “vai afetar os níveis de produção e, em última linha, os seus lucros e a sua sobrevivência a médio prazo”.

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Voto em mobilidade nas legislativas marcado para 11 de maio com inscrição prévia

  • Joana Abrantes Gomes
  • 17 Abril 2025

Os eleitores que prevejam não estar no local de residência no dia 18 de maio podem votar antecipadamente, em mobilidade, no dia 11. Mas terão de se inscrever previamente.

O voto em mobilidade volta a ser antecipado nas eleições legislativas de maio, avança o Expresso. Quem não estiver em Portugal ou no local de residência no dia das eleições (18 de maio) pode votar no dia 11 em qualquer lugar do país, mas será necessária inscrição prévia.

De acordo com as instruções publicadas esta quinta-feira pela Comissão Nacional de Eleições (CNE), a inscrição tem de ser feita entre 4 e 8 de maio para os eleitores em geral, através do portal do Voto Antecipado ou carta enviada para a secretaria-geral do Ministério da Administração Interna, de modo a que seja recebida até 8 de maio, comunicando o nome completo, a data de nascimento, o número de identificação civil, a morada, a mesa de voto onde pretende ir votar e o endereço de correio eletrónico e/ou o contacto telefónico.

No dia 11 de maio, o eleitor inscrito para o voto em mobilidade deve dirigir-se à mesa de voto no município escolhido, identificar-se — de preferência através do Cartão de Cidadão ou do Bilhete de Identidade — e indicar a freguesia onde está recenseado. Após votar, é-lhe entregue o duplicado da vinheta de segurança que serve de comprovativo do exercício do direito de voto.

A possibilidade de voto antecipado é permitida também para os cidadãos recenseados em Portugal que estejam presos e não estejam privados de direitos políticos e para os doentes que se encontrem internados ou presumivelmente internados em estabelecimento hospitalar e impossibilitados de se deslocar à assembleia de voto no dia da eleição. Em ambos os casos, a inscrição tem de ser feita até 28 de abril, também por meio eletrónico ou por carta.

“Entre 5 e 8 de maio, o presidente da câmara municipal da área do estabelecimento prisional/hospitalar ou vereador credenciado desloca-se ao estabelecimento em que se encontre para recolher o seu voto”, indica a CNE.

Quanto ao voto antecipado de cidadãos recenseados no território nacional, mas deslocados no estrangeiro, este decorre nos dias 6, 7 e 8 de maio. Não implica inscrição prévia, mas é preciso consultar a lista de embaixadas ou consulados previamente definidos pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros.

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Sara Coelho, Diretora-Geral da Choice Car é a convidada do sétimo episódio do podcast ECO Auto

  • ECO
  • 17 Abril 2025

A Diretora- geral da Choice Car, Sara Coelho, passou pela área de corporate finance e turismo, antes de integrar a unidade de mobilidade e transição energética do Grupo Salvador Caetano.

Neste episódio Sara Coelho sublinha a mudança de comportamento em relação ao automóvel com várias soluções flexíveis de mobilidade, que alteram o sentimento de propriedade ainda bastante arreigado em alguns segmentos de mercado mas verifica-se uma tendência crescente para procurar soluções de mobilidade que não obriguem à propriedade. “A lógica da utilização de um veículo sem obrigar à sua posse é hoje uma tendência que se consolida perante as várias soluções existentes no mercado desde aluguer flexível, renting ou rent a car entre outras” e garante que a eletrificação das frotas é já uma realidade e um importante contributo para a descarbonização e redução das emissões de CO2. Os construtores estão sob pressão para reduzir os atuais indicadores e no caso de Portugal onde o parque automóvel elétrico ainda é inferior a 2%, a trajetória para atingir os objetivos da descarbonização é muito exigente.

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“Em relação à média europeia precisamos de duplicar este ano a venda de veículos elétricos ou eletrificados para compensar os níveis de emissões de CO2 exigidos e o mercado deverá ter que aumentar os incentivos à aquisição de viaturas elétricas.”

Sara Coelho também alerta para as metas previstas para a descarbonização que vão obrigar as cidades a introduzir novas iniciativas. “As cidades têm um grande desafio para mudanças substanciais que permitam uma melhor circulação no centro das cidades, mais espaços verdes, maior mobilidade partilhada e o alagamento dos transportes públicos, realidade que as cidades vão ter que acolher”.

Sara Coelho, Diretora-Geral da Choice Car é a convidada do sétimo episódio do podcast ECO Auto

Cidades como Londres introduziram as “Low emission zone” que já abrangem 9 milhões de habitantes e Madrid já obriga a que no centro, as viaturas sejam híbridas ou elétricas e medidas para a limitação da circulação de veículos que não sejam “Low Emission” serão cada vez mais frequentes, enquanto Paris desenvolveu o conceito dos 15 minutos de distância no trajeto entre a casa a escola e o trabalho para que não ocupem tanto espaço na circulação e assim tornar as cidades mais agradáveis.

A Missão das 100 cidades europeias está a criar iniciativas entre si para atingirem os objetivos da neutralidade carbónica previsto para 2030. “Portugal tem 3 cidades que integram a “Missão das 100 cidades”: Lisboa, Porto e Guimarães, que representam 65% do País, estão a criar condições para aumentar a mobilidade partilhada, maior percentagem de viaturas mais verdes, zonas de “kiss and ride” junto às escolas para evitar o estacionamento e o alargamento da oferta de transportes públicos”, concluindo que estamos a viver um momento de grande transformação no setor da mobilidade.

Quanto ao futuro dos veículos autónomos considera que o “game changer” da mobilidade são os veículos e a condução autónoma que vão mudar o paradigma da mobilidade, dado que um veiculo autónomo não vai precisar de ser estacionado e será mais partilhado” e adianta que a legislação será porventura o maior problema para a introdução dos veículos autónomos na Europa porque como sabemos os americanos inventam e criam, os chineses copiam e a Europa legisla, mas é inevitável que aconteça e com o uso de inteligência artificial vão saber com mais precisão onde se devem posicionar e terão rotas mais otimizadas.

O Podcast ECO Auto resulta de uma parceria com o Mundo Automóvel e está disponível no Spotify e na Apple Podcasts.

Se preferir, assista aqui:

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Hoje nas notícias: Portugália, Haitong Bank e professores

  • ECO
  • 17 Abril 2025

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

A TAP e o Sindicato dos Pilotos de Aviação Civil (SPAC) assinaram um regulamento em 2023 que, segundo o sindicato da Portugália, resulta numa “inconcebível castração económica” da operadora. A Guotai Haitong Securities está a equacionar vender o Haitong Bank, ex-BESI. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta quinta-feira.

Pilotos da Portugália fazem queixa da TAP à Concorrência

O Sindicato Independente dos Pilotos de Linha Aérea (SIPLA) entregou uma denúncia junto da Autoridade da Concorrência (AdC) em que considera que o novo Regulamento de Recurso a Contratação Externa (RRCE), assinado entre a TAP e o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC), viola as regras da concorrência da União Europeia, da lei da concorrência portuguesa e o código do trabalho. É “o resultado de uma inaceitável e miserável extorsão dita sindical e de uma verdadeira e triste capitulação e cobardia empresarial às mãos de uma clique que pretende ser uma casta única”, acusa o sindicato dos pilotos da Portugália.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Guotai Securities quer vender Haitong Bank em Portugal

A Guotai Haitong Securities, que resultou da recente fusão entre a Guotai Junan Securities e a Haitong Securities, disse em Xangai que estava a equacionar vender o Haitong Bank, ex-BESI. Numa reunião com banqueiros realizada naquela cidade chinesa, os novos donos do Haitong Securites disseram que, para a nova estratégia, o perfil do Haitong Bank não se encaixava. A corretora quer concentrar-se exclusivamente em “chinese securities” e quer que as subsidiárias internacionais sejam distribuidoras desses títulos, focando no modelo de open wealth management e distribuindo ações, obrigações, fundos, forex (câmbios), futuros e outros derivativos financeiros.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago)

Já se reformaram 1.500 professores desde janeiro

Em maio, 171 pro­fes­so­res pre­en­chem os requi­si­tos para a reforma, de acordo com a lista men­sal da Caixa Geral de Apo­sen­ta­ções. Desde 1 de janeiro, são 1.488 e, desde setem­bro, 3.160. Ainda assim, desde o arran­que do ano letivo, 1.264 pro­fes­so­res acei­ta­ram adiar a apo­sen­ta­ção e estão a dar aulas e a acu­mu­lar salá­rio com o suple­mento. O Governo já ultra­pas­sou a meta de mil docen­tes defi­nida no plano “+Aulas, +Sucesso”.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso indisponível)

Há mais 6.000 professores nas escolas do que no ano letivo passado

O ministro da Educação, Fernando Alexandre, disse que entre os professores que tinham saído do sistema e voltaram e os novos que nunca tinham dado aulas, o reforço de professores este ano foi de “mais de 6.000”. Apesar disso, para o próximo ano letivo, garante que serão precisas novas medidas, enquanto as que não funcionaram — em que inclui a que se destinava a trazer novamente para o sistema os aposentados — deverão “cair”. A formação exigida para dar aulas é a dimensão em que considera necessário atuar “com efeitos mais rápidos”, assinala, em entrevista ao Público e à Renascença.

Leia a entrevista completa no Público (acesso indisponível)

Nove casas vendidas pela diocese do Porto por 130 mil euros já são alojamento local

Em 2021, um total de nove casas localizadas na “Ilha das Oliveiras”, situada na Rua de Burgães, no Porto, foram vendidas pela diocese do Porto à empresa Mário Moreira & José Salgado por 130 mil euros. Atualmente, a zona está desabitada, mas duas das casas são alojamento local. Estas casas fazem parte de doações feitas há várias décadas à Igreja, algumas delas com indicações precisas de que deveriam servir os mais pobres e os mais necessitados.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

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Já é possível comprar bilhetes de avião na TAP a prestações

A companhia aérea tornou-se a segunda da Europa Ocidental a lançar o “compra agora pague depois” através da empresa sueca, que também tem acordos com Turkish Airlines, Cathay Pacific ou Lufthansa.

Os pagamentos faseados chegaram oficialmente ao site da TAP. A partir desta quinta-feira, os passageiros em Portugal podem reservar voos e escolher pagar os bilhetes no máximo em três prestações iguais sem juros. A funcionalidade resulta de um acordo estratégico entre a companhia aérea e a tecnológica das finanças pessoas Klarna.

A parceria torna a transportadora liderada por Luís Rodrigues na segunda na Europa Ocidental a lançar os produtos “compre agora pague depois” (formalmente conhecidos como BNPL – Buy Now Pay Later) da Klarna, que também tem acordo com concorrentes como a Turkish Airlines, a Cathay Pacific ou a Lufthansa.

O country manager da Klarna para Portugal e Espanha considera que reservar voos deve ser um processo “tão tranquilo” quanto a viagem que for feita. “Quer estejam a viajar para a Madeira para umas férias em família ou para Nova Iorque em trabalho, os passageiros portugueses podem agora escolher a Klarna no momento do pagamento, optando pela flexibilidade sem juros”, exemplifica Alexandre Fernandes, fazendo uma comparação aos dois negócios, porque enquanto a TAP liga os viajantes ao mundo a Klarna liga-os aos métodos de pagamento modernos.

“A TAP está a liderar o caminho na inovação, ao disponibilizar aos seus clientes soluções de pagamento de viagens inovadoras, de confiança e perfeitamente integradas. Esta parceria com a Klarna permite aumentar a nossa flexibilidade no que diz respeito aos pagamentos, e permite aos nossos clientes escolherem a opção que melhor se adapta às suas necessidades”, afirmou, em comunicado de imprensa, o diretor sénior de Corporate Finance da TAP, Renato Inácio.

A opção de pagamento flexível, estrategicamente lançada na semana da Páscoa, está disponível para cerca de 90 destinos na Europa, Américas e África.

Há duas semanas, a Klarna suspendeu os planos de entrada em bolsa nos Estados Unidos. A vaga de tarifas de Donald Trump levou o unicórnio dos pagamentos faseados a suspender a oferta pública inicial (IPO – Initial Public Offering). A decisão surge poucas semanas após a empresa ter apresentado a documentação necessária para dar seguimento ao IPO, cujo objetivo era uma avaliação de 15 mil milhões de dólares (cerca de 13,6 mil milhões de euros).

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O dia em direto nos mercados e na economia – 17 de abril

  • ECO
  • 17 Abril 2025

Ao longo desta quinta-feira, 17 de abril, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Salário mínimo supera mil euros até 2029? Ouça o podcast “Ao trabalho!”

O podcast "Ao trabalho!" traz-lhe as notícias que estão a marcar o mercado de trabalho, dos salários às novas tendências, todas as quintas-feiras.

O salário mínimo nacional vai chegar a 2029 acima dos mil euros? O PS e o PSD já apresentaram os seus programas eleitorais e ambos apontam para isso. Este é um dos temas do novo episódio do podcast “Ao trabalho!”, que lhe leva todas as quintas-feiras os principais destaques do mundo laboral em menos de cinco minutos.

Falamos também sobre a chegada ao terreno da “via verde” para contratar trabalhadores estrangeiros e ainda sobre os diplomados portugueses, que têm qualificações a mais para os empregos que exercem.

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Ordem dos Advogados com prejuízo de 338 mil euros

De dezembro de 2023 a dezembro de 2024, a Ordem dos Advogados passou de um saldo positivo de 934 mil euros para um prejuízo de 338,5 mil euros, segundo o relatório de contas relativo ao ano passado.

No espaço de um ano – de dezembro de 2023 a dezembro de 2024 – a Ordem dos Advogados (OA) passou de um saldo positivo de 934 mil euros para um prejuízo de 338,5 mil euros. Segundo o relatório de contas da instituição, liderada pela bastonária Fernanda de Almeida Pinheiro desde janeiro de 2023, “no que respeita ao resultado líquido do período, passou de 934.523,61 euros positivos para 338.540,37 euros negativos”.

O relatório respeita às contas do ano de 2024 e integra as contas individuais de todos os órgãos da OA – Conselho Geral e Conselhos Regionais, integrando estes, as contas dos Conselhos de Deontologia e das Delegações e Agrupamentos de Delegações da respetiva jurisdição territorial. Para apresentação, discussão e deliberação sobre o Relatório e Contas Consolidadas da Ordem dos Advogados relativo ao ano de 2024, a bastonária Fernanda de Almeida Pinheiro já convocou uma Assembleia Geral para reunir na sede do Largo de São Domingos, dia 30 de abril. Esta AG acontece uma semana antes da tomada de posse do novo bastonário eleito a 31 de março, João Massano. O advogado que, em declarações ao ECO/Advocatus, já assumiu que já pediu uma análise contabilística a estes resultados.

Ainda assim, o documento das contas consolidadas da Ordem dos Advogados fala de “um desempenho positivo, quer do ponto de vista económico, quer do ponto de vista do desempenho da execução orçamental. Pese embora não ser o objetivo da Instituição, o lucro, os seus resultados económicos e financeiros devem garantir um reforço sistemático do equilíbrio financeiro e demonstrar a libertação de meios suficientes para que possa cumprir as atribuições que lhe estão consignadas no Estatuto da Ordem dos Advogados”, diz o relatório. “Tal consegue-se com resultados económicos positivos, mas sobretudo com bom desempenho da execução orçamental, em observância do princípio do equilíbrio orçamental”.

Referindo-se ao resultado líquido negativo,”apesar de a Ordem dos Advogados apresentar um resultado líquido do exercício negativo, mantém uma boa capacidade de autonomia financeira e liquidez. De referir também que apesar de um resultado líquido do exercício negativo, o mesmo é amplamente absorvido pelos resultados transitados de anos anteriores que ascende a €11.170.722,86. O saldo da execução orçamental por seu lado é positivo, embora bastante inferior ao do ano anterior, principalmente devido à redução das receitas e a um ligeiro aumento da despesa”, conclui o mesmo documento.

A principal rubrica de créditos a receber, respeita às dívidas no pagamento de quotas de advogados e sociedades de advogados; cerca de 7 milhões de euros. As perdas de imparidade são calculadas com base na antiguidade das dívidas de quotizações com antiguidade superior a 8 anos. À data de balanço as dívidas de quotas com oito ou mais anos de maturidade, representavam cerca de 14% do total da dívida (ver quadro abaixo).

No total, em 2024, a OA recebeu 12, 3 milhões de euros. No ano anterior, em 2023, recebeu 11,8 milhões de euros em quotas, menos 500 mil euros.

Atualmente, os valores das quotas mensais são: 15 euros para advogado nos primeiros quatro anos de inscrição; 25 euros para um advogado no quinto ano e até perfazer o sexto ano de inscrição e 35 euros para advogado reformado com autorização para advogar, bem como para advogado com mais de seis anos de inscrição (a larga maioria).

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Recebi devolução das propinas em 2024. Tenho de declarar no IRS?

Milhares de jovens receberam, no último ano, o prémio salarial de valorização das qualificações (que corresponde à devolução das propinas). Apoio não paga IRS e, assim, não deve constar da Modelo 3.

Mais de 75 mil jovens receberam, no último ano, o prémio salarial de valorização das qualificações, medida desenhada ainda pelo Governo de António Costa, que corresponde, na prática, à devolução das propinas. Com a campanha de IRS agora em curso, impõe-se a pergunta: esse apoio deve ser declarado? Os fiscalistas ouvidos pelo ECO esclarecem que o prémio não está sujeito a imposto, pelo que não deve constar da declaração Modelo 3.

“A atribuição do prémio salarial de valorização das qualificações está dependente da circunstância de o beneficiário ter auferido rendimentos da categoria A ou B. Não obstante, sobre os montantes do prémio salarial, não incide IRS. Assim, por não ser sujeito a tributação, o prémio salarial de valorização das qualificações não deve constar na declaração de IRS, Modelo 3“, sublinha o fiscalista Francisco de Carvalho Furtado, da Broseta.

Maria Nunes Fonseca, advogada da J+Legal, concorda. “Sobre os montantes auferidos a este título não incide IRS, nem os mesmos constituem base de incidência de contribuições para a segurança social. ​Assim, o prémio salarial não é inscrito, pelos seus beneficiários, na declaração Modelo 3 de IRS“, realça.

Anunciada ainda pelo Governo de António Costa como forma de reter os jovens no país, esta medida dirige-se a quem tem até 35 anos, tenha concluído uma licenciatura ou mestrado no ensino público ou privado, em Portugal ou no estrangeiro, e declare em sede de IRS rendimentos de trabalho dependente ou independente.

A advogada Maria Nunes Fonseca avisa, por isso, que os jovens que queiram pedir o prémio este ano e no futuro têm de entregar a Modelo 3, uma vez que essa é uma “condição necessária para poder aceder ao incentivo“.

“Ou seja, não é reportar o prémio, mas sim o rendimento e a qualificação, para que lhe seja atribuído então o prémio”, salienta.

Por não ser sujeito a tributação, o prémio salarial de valorização das qualificações não deve constar na declaração de IRS, Modelo 3.

Francisco de Carvalho Furtado

Broseta

Os jovens têm direito a este prémio anualmente – que corresponde a 697 euros no caso dos licenciados e 1.500 euros no caso dos mestres –, durante o número de anos equivalente à duração regular do ciclo de estudos (regra geral, três anos, no caso de uma licenciatura).

Ainda em fevereiro, o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, adiantou que o Governo estava a avaliar a continuação desta medida. “O Governo não tomou ainda nenhuma decisão sobre esse mecanismo, mas, sim, está a ponderar se faz sentido e em que termos a manutenção da acumulação com um IRS Jovem que agora é muito“, explicou.

A legislatura acabou, porém, por ter um fim antecipado, com o chumbo da moção de confiança do Executivo, o que inviabilizou mudanças nestas medidas.

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