Setor da Defesa conta com mais de 400 empresas e AIP quer apoiar acesso a financiamento

  • Lusa
  • 17 Julho 2025

Número de empresas no setor da Defesa já supera 400, segundo a IdD Portugal Defence, e com o crescimento de instrumentos de financiamento, a AIP tem projeto para apoiar 40 nas candidaturas.

O número de empresas no setor da Defesa já supera as 400, segundo a IdD Portugal Defence, e com o crescimento de instrumentos de financiamento, a AIP tem um projeto para apoiar cerca de 40 empresas nas candidaturas.

À Lusa, o presidente do Conselho de Administração da IdD Portugal Defence, a holding estatal que gere as participações públicas nas empresas do setor, Ricardo Pinheiro Alves, adiantou que o universo de empresas portuguesas com atividade na área da Defesa já ascende a “mais de 400”.

Questionado sobre se a burocracia ainda é um problema neste setor, Ricardo Pinheiro Alves respondeu que “a burocracia é um problema em todas as áreas”.

Para ajudar com estas questões burocráticas e o acesso a mais instrumentos de financiamento, a Associação Industrial Portuguesa (AIP) tem um projeto para apoiar cerca de 40 empresas na submissão de candidaturas, disse à Lusa.

O investimento em Defesa tem sido um dos temas em destaque nos últimos tempos, nomeadamente devido aos conflitos na Ucrânia e no Médio Oriente, com a Comissão Europeia e a NATO a incentivarem a despesa nesta área e desenvolverem programas de financiamento.

Além do Fundo Europeu de Defesa, o presidente da AIP, José Eduardo Carvalho, diz que a associação está também atenta a “programas e instrumentos diretamente geridos pela NATO, como é o caso do programa DIANA e o Fundo de Capital de Risco (FIN — Nato Innovation Fund) que está fortemente capitalizado”.

Para poder apoiar este processo, a AIP tem um projeto que “permite identificar as potenciais empresas candidatas a estes programas e instrumentos, assegurar assistência técnica no cumprimento dos requisitos prévios de elegibilidade e apoiar a preparação de candidaturas e acompanhamento das mesmas junto das entidades financiadoras”, segundo indicou o responsável à Lusa.

O projeto tem também uma vertente de licenciamento de normas e requisitos aplicáveis ao setor da defesa e a AIP conta “apoiar e envolver 40 empresas na submissão de candidaturas a este programa”.

José Eduardo Carvalho sinaliza ainda que este é um setor onde “o peso das grandes empresas é significativamente maior do que o peso que elas têm na economia nacional”.

O presidente da AIP destaca que o aumento do investimento na defesa “está a despertar uma crescente expectativa não só sobre a estratégia, como nas áreas em que Portugal irá concentrar o seu investimento e respetivos programas de financiamento”.

Numa conferência sobre a economia da Defesa, organizada no final de junho, o responsável também tinha alertado que existe “pouca informação estatística sobre o contributo da indústria da Defesa na economia nacional” e que os dados divulgados por algumas instituições estão desatualizados.

Interrogado sobre o facto de apenas serem conhecidos dados sobre o setor de 2023 ou parciais de 2024, e vários especialistas alertarem para esta dificuldade, Ricardo Pinheiro Alves salientou que a “Informação Empresarial Simplificada de 2024, que reporta as contas individuais das empresas, ainda não está disponível”. “Há dados que são conhecidos, como o número de empresas que atuam na Defesa ou os que resultam da Conta Geral do Estado e da atividade do Ministério da Defesa e dos Ramos”, acrescentou.

Esta semana, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, anunciou que o Governo pretende apresentar alterações legislativas para “acelerar procedimentos” na área da Defesa.

“Quisemos, propositadamente, inscrever o investimento na área da Defesa como um dos elementos da reforma da administração que está em curso. É também aqui que nós queremos ter um Estado mais expedito, que resolve mais rápido. Para isso, muito brevemente, apresentaremos um conjunto de alterações legislativas que vão ser também relevantes para acelerar os procedimentos”, anunciou Luís Montenegro.

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Um modelo de atendimento pré-operatório virtual e baseado em valor melhora a segurança, a eficiência e a satisfação dos pacientes e profissionais

  • Servimedia
  • 17 Julho 2025

O trabalho, publicado no Journal of Clinical Medicine, foi realizado por profissionais dos hospitais universitários Fundación Jiménez Díaz, Rey Juan Carlos, Infanta Elena e General de Villalba.

Um grupo de profissionais e investigadores dos hospitais da Quirónsalud integrados na rede pública de Madrid (Sermas) — os hospitais universitários Fundación Jiménez Díaz (Madrid), Rey Juan Carlos (Móstoles), Infanta Elena (Valdemoro) e General de Villalba (Collado Villalba) — realizou um estudo que confirma que um modelo de avaliação e atendimento pré-operatório virtual baseado em valor pode melhorar a eficiência e a qualidade do atendimento, a satisfação dos profissionais e pacientes e o uso responsável e eficaz dos recursos, reduzindo custos desnecessários.

A crescente procura por cirurgias eletivas tornou a otimização da avaliação pré-operatória uma prioridade e consolidou a Medicina baseada em valor (VBHC, sigla em inglês para Value-based healthcare) como estratégia para oferecer a melhor e mais eficaz assistência ao paciente, incluindo a sua reorganização em torno de unidades de prática integradas (UPI).

O trabalho, realizado no Instituto de Investigação em Saúde da Fundação Jiménez Díaz (IIS-FJD) e impulsionado pela Unidade de Inovação Clínica e Organizacional (UICO) desta rede hospitalar, foi realizado pelo Dr. Javier Arcos, gerente da Fundação Jiménez Díaz; Marta del Olmo, gerente territorial do Rey Juan Carlos, Infanta Elena e General de Villalba e diretora de Experiência do Paciente dos quatro centros; o Dr. Jorge Short, gerente territorial adjunto dos três hospitais citados e subdiretor médico do primeiro deles; os doutores José Luis Gracia, Pablo Vigoa e Jorge Martínez, do Serviço de Anestesiologia do hospital de Villalba; Miguel Ángel Morales e Juan José Serrano, do Departamento de Sistemas e Tecnologia da Informação deste último centro; Catalina Paredes e Bernadette Pfang, da UICO e do IIS-FJD; Marco Antonio Villegas, da Faculdade de Engenharia Industrial da Universidade de Castilla La Mancha; e Juan Antonio Álvaro de la Parra e a Dra. Cristina Caramés, diretor de operações e diretora de assistência e investigação da Quirónsalud, respetivamente.

Concretamente, de acordo com o artigo «Efeitos da avaliação pré-operatória virtual baseada em valores na segurança, eficiência e satisfação do paciente e do profissional», recentemente publicado na revista científica «Journal of Clinical Medicine», «um modelo de atendimento pré-operatório baseado em valores e melhorado digitalmente pode melhorar os indicadores de eficiência e satisfação, reduzindo custos desnecessários e, potencialmente, melhorando a qualidade do atendimento».

«A reorganização dos cuidados pré-operatórios numa UPI virtual está associada a uma melhor experiência do paciente, tempos de avaliação mais curtos e menores taxas de cancelamentos cirúrgicos no mesmo dia da intervenção, mantendo o nível de segurança para o paciente e a duração total do processo, apesar do aumento do volume de procedimentos cirúrgicos», afirmam os investigadores. Além disso, acrescentam, este tipo de modelos, baseados no valor e otimizados digitalmente, podem «melhorar os indicadores de eficiência e satisfação, reduzindo custos desnecessários e melhorando potencialmente a qualidade dos cuidados».

Para chegar a esta conclusão, os investigadores realizaram um estudo observacional retrospectivo que incluiu 40 233 procedimentos cirúrgicos eletivos realizados num dos hospitais participantes no estudo entre 1 de janeiro de 2018 e 31 de dezembro de 2023 — 31 259 deles, correspondentes ao período posterior à implementação do modelo — e utilizaram métricas de segurança, eficiência e satisfação para analisar as mudanças nas complicações cirúrgicas, na eficiência e na satisfação dos pacientes antes e depois da implementação do modelo, bem como dos anestesiologistas com as avaliações virtuais, transferindo os dados para o prontuário eletrônico e realizando a formação digital dos utilizadores através da aplicação desenvolvida pelo próprio grupo, o Portal do Paciente.

O estudo observou uma diminuição nas cancelamentos no mesmo dia de 4,3 para 2,8 por cento dos procedimentos, sem aumento das complicações cirúrgicas. Quanto ao tempo total do processo, também não houve aumento, apesar de ter aumentado o número de cirurgias anuais. Finalmente, a satisfação dos pacientes e profissionais melhorou: metade dos primeiros indicou que a atenção pré-operatória virtual melhorou a conciliação entre vida profissional e pessoal e reduziu o esgotamento; enquanto os segundos viram reduzido para mais da metade (4,5 contra 10 minutos) o tempo médio necessário para completar a avaliação com a versão virtual, o que representou uma economia de tempo estimada em 716 horas/pessoa por ano, concordando que a avaliação virtual era mais eficiente do que a presencial.

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Governo deverá demitir presidente do INEM e acabar com direção executiva do SNS

  • ECO e Lusa
  • 17 Julho 2025

O Governo deverá demitir o presidente do INEM e acabar com a direção executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS), avança esta quinta-feira a Visão, citada pela RTP.

O Governo deverá demitir o presidente do INEM, Sérgio Janeiro, adianta esta quinta-feira a revista Visão, citada pela RTP. Também a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, deverá deixar o cargo, mas só no próximo ano.

A mesma revista sublinha, segundo a RTP, que nas próximas semanas deverá ser apresentado um pacote de medidas para a Saúde. Uma delas deverá ser o fim da direção executiva do SNS, passando de novo as decisões para a tutela.

Sobre o presidente do INEM, a Associação Nacional dos Técnicos de Emergência Médica (ANTEM) pediu nesta mesma quinta-feira a demissão de Sérgio Janeiro, acusando-o de insistir num “modelo ultrapassado” de emergência pré-hospitalar.

“Trapalhadas” no INEM

Numa nota a que a Lusa teve acesso, a ANTEM critica a insistência do INEM num modelo maioritariamente sustentado “por equipas de resposta com baixa diferenciação técnica”, que intervêm em mais de 90% dos pedidos de ajuda, e que “deveriam ter mais formação e treino”.

“Tal modelo, repetidamente contestado por especialistas e provedores do setor, continua a ser promovido, resultando num socorro de má qualidade, em detrimento da prestação de cuidados médicos de emergência adequados”, considera a associação.

A associação aponta ainda o que descreve como “trapalhadas” com o concurso público internacional para o serviço de helitransporte de emergência médica e considera “profundamente preocupantes” os acontecimentos recentes relativos ao funcionamento do INEM, com tempos de resposta “largamente ultrapassados”, “comprometendo gravemente a segurança e a vida dos cidadãos”.

A ANTEM diz igualmente que os casos que vieram a público sobre os atrasos no socorro — que envolveram mortes de utentes e alguns ainda em investigação pela Inspeção-Geral das Atividades em Saúde — “não são episódios isolados”, mas antes “reflexo de disfunções estruturais persistentes”, num serviço que “deveria ser exemplo em eficiência, rigor técnico e respeito institucional”.

INEM quer descentralizar CODU

Na quarta-feira, o presidente do INEM anunciou que o instituto pretende descentralizar o serviço do Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) para aumentar o recrutamento de profissionais, admitindo alguns postos de atendimento em teletrabalho, uma situação que a ANTEM contesta.

“É fundamental que o presidente do INEM tenha plena consciência de que as centrais de atendimento, aconselhamento e despacho médico de emergência são estruturas altamente especializadas, que exigem presença física de médicos devidamente preparados para decisões em tempo real”, afirma.

Perante esta situação, a ANTEM defende que o atual presidente do INEM, Sérgio Janeiro, “não reúne, neste momento, as condições para continuar a exercer funções”, considerando que a confiança na resposta de emergência “está profundamente abalada” e que a sua permanência no cargo “prejudica a credibilidade” do instituto e “compromete a segurança dos cidadãos que dele dependem”.

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Júri do Prémio Catalunya d’Ecodisseny seleciona 34 finalistas para a nova edição do prémio, que será entregue em outubro, em Barcelona

  • Servimedia
  • 17 Julho 2025

A cerimónia será realizada no Palau Robert, onde também será inaugurada uma exposição das candidaturas premiadas desta edição.

O Prémio Catalunha de Ecodesign 2025 já tem os seus finalistas. No total, foram selecionadas 34 candidaturas das 132 que se apresentaram em alguma das três categorias do concurso. Os vencedores e as menções honrosas serão anunciados no próximo dia 16 de outubro, numa cerimónia que terá lugar às 18h no Palau Robert, em Barcelona. Neste espaço, será também inaugurada uma exposição itinerante com as propostas vencedoras da edição, com o objetivo de aproximar o ecodesign dos estudantes e profissionais do setor e do público em geral.

O prémio, promovido pelo Departamento de Território, Habitação e Transição Ecológica, com a secretaria técnica da Agência de Resíduos da Catalunha, reconhece produtos e serviços que incorporam critérios ambientais ao longo do seu ciclo de vida.

Para cada uma das categorias Produto e Produto em Desenvolvimento, foram selecionadas 12 propostas finalistas que concorrerão a um prémio de 15 000 euros. No caso da categoria Design Jovem, são 10 as nomeações que competem por um prémio de 3.000 euros.

Além da dotação económica, os vencedores poderão participar em seminários de divulgação dos seus projetos e o vencedor do prémio de melhor Produto entrará gratuitamente na primeira fase dos Prémios Delta da ADI-FAD. Além disso, todas as candidaturas selecionadas farão parte do catálogo oficial, bem como da exposição virtual. Também poderão aceder a sessões de explicação sobre fontes de financiamento com a ACCIÓ, a Agência para a Competitividade das Empresas.

Desde a sua criação em 2001, o prémio, anteriormente conhecido como Premi Disseny per al Reciclatge, recebeu mais de 1000 candidaturas e premiou mais de 100 projetos inovadores. Na última edição, foram reconhecidas iniciativas como um tecido para vestuário de trabalho feito com fibras recicladas ou uma solução para tornar as embalagens de produtos de limpeza mais circulares.

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ISDIN lança conto com IA que promove a saúde da pele e a autoestima das crianças

  • Servimedia
  • 17 Julho 2025

O projeto Skintales permite criar uma história personalizada com IA que ajuda as crianças a aprenderem a amar o seu corpo e promove a empatia pela diversidade de tons de pele.

O laboratório ISDIN lançou o Skintales, um conto personalizado feito com inteligência artificial, com um triplo objetivo: educar sobre a importância de cuidar da pele para prevenir o cancro, promover a empatia pela diversidade de peles e ajudar as crianças a aceitar e amar o seu corpo.

O Skintales procura contribuir para o bem-estar de meninos e meninas, já que a empresa aponta que três em cada quatro menores de 12 anos odeiam o seu corpo e não gostam da sua aparência, de acordo com um estudo da organização de saúde mental juvenil do Reino Unido Stem4. Além disso, de acordo com uma investigação da revista médica JAMA Dermatology, publicada pela Associação Médica Americana (AMA), 73% dos menores com doenças de pele foram vítimas de bullying escolar.

«As doenças de pele não são apenas um problema físico. Na consulta, vejo frequentemente como a acne, a dermatite ou a psoríase afetam profundamente a autoestima, geram ansiedade e até provocam isolamento social, sobretudo nos mais jovens. Por isso, é fundamental visibilizar esta dimensão emocional e tratar a pele tendo também em conta o bem-estar psicológico do paciente», afirmou a Dra. Eulalia Baselga, dermatologista pediátrica.

O projeto faz parte do movimento ISDIN Love Your Skin para conhecer, amar e cuidar da pele com o objetivo de inspirar um futuro sem cancro de pele. «O nosso propósito na ISDIN é inspirar um futuro sem cancro de pele e, para isso, é fundamental educar desde a infância, porque 80% dos danos solares de toda uma vida são recebidos antes dos 18 anos e são cumulativos. Juntamente com a campanha escolar de fotoproteção, que realizamos há 30 anos, Skin Tales é outra ferramenta para conscientizar as crianças, de forma lúdica e participativa, sobre a importância de se protegerem do sol”, explica Juan Naya, CEO da ISDIN.

Ao aceder ao portal Skintales, pais, mães ou professores podem criar um avatar personalizado para cada criança. Através desta representação virtual, entra numa história onde encontra um espelho mágico que lhe lembra a importância de olhar para os corpos com amor e respeito, tanto para consigo mesmo como para os outros. A partir daí, desenvolve-se uma história que aborda temas como o cuidado da pele através da fotoproteção ou a necessidade de erradicar a estigmatização das condições dermatológicas.

CHAMADA DE ATENÇÃO

No âmbito da 78ª Assembleia Mundial da Saúde, realizada em maio, a OMS adotou uma resolução histórica que reconhece pela primeira vez as doenças cutâneas como uma prioridade de saúde pública global. Esta resolução destaca não só o peso médico destas condições, mas também as suas profundas consequências sociais e emocionais.

A OMS alerta que as pessoas que vivem com doenças de pele geralmente enfrentam discriminação, estigmatização e exclusão social, o que aumenta o risco de sofrer de transtornos mentais como ansiedade e depressão. Por isso, o organismo exorta os Estados-Membros e a comunidade internacional a integrar a saúde mental nos serviços dermatológicos, a promover a educação em autocuidado para pacientes e famílias e a promover ativamente a aceitação social, com o objetivo de reduzir o estigma associado a estas doenças.

Nesse sentido, a ISDIN lança Skintales como uma história com impacto positivo, uma alternativa à literatura infantil clássica que muitas vezes representa os vilões dos contos com peculiaridades físicas associadas à maldade.

“Historicamente, as bruxas são representadas com verrugas e o vilão do Rei Leão se chama Scar (cicatriz em inglês). As crianças tendem a acreditar no que ouvem e este conto explica-lhes que a beleza do seu corpo não está na sua forma, mas na forma como o usam: que foi feito para ser amado e que têm de se aceitar a si próprias e aceitar os outros», acrescenta Aurea Benito, psicóloga e Diretora de Pessoas da ISDIN.

O conto Skintales será incorporado à campanha de conscientização escolar da ISDIN sobre fotoproteção, que este ano comemora seu 30º aniversário. Nestas três décadas, o laboratório líder em fotoproteção e dermatologia formou mais de 7 milhões de crianças sobre a importância de se protegerem dos efeitos nocivos do sol. Com esta nova ferramenta educativa, a campanha é reforçada, dando também atenção à autoestima dos mais pequenos e ao respeito pela diversidade de peles.

Além disso, como parte do seu compromisso com a fotoproteção pediátrica, a ISDIN indicou que lançou recentemente outras iniciativas inovadoras. Um exemplo é o UV Tattoo To Learn, um autocolante temporário que avisa as crianças quando passam demasiado tempo ao sol sem proteção e as lembra de que devem aplicar protetor solar. Trata-se de um gesto fundamental, uma vez que a utilização de um protetor solar adequado durante os primeiros 18 anos de vida pode reduzir em 78 % o risco de cancro da pele na idade adulta.

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Hoje nas notícias: Governador, contribuição e urgências

  • ECO
  • 17 Julho 2025

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O primeiro-ministro vai anunciar na sexta-feira o nome que vai suceder a Mário Centeno na liderança do Banco de Portugal. O Tribunal Constitucional declarou a inconstitucionalidade, com força obrigatória geral, da Contribuição Extraordinária sobre o Setor Energético (CESE). Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta quinta-feira.

Montenegro anuncia sucessor de Centeno esta sexta-feira

Mário Centeno não vai ser reconduzido como governador do Banco de Portugal e o seu sucessor vai ser anunciado pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, na sexta-feira, dia em que o Governo se reúne em Conselho de Ministros. A escolha do próximo governador do banco central, segundo o Jornal de Negócios, deverá surpreender, pois deverá ser um nome fora do atual rol de candidatos que têm vindo a ser avançados. O escolhido para o cargo deverá vir de fora do país, mas fora da corrida estão o antigo ministro das Finanças Vítor Gaspar, até aqui diretor do departamento de finanças públicas do Fundo Monetário Internacional (FMI) e que deixa a instituição em novembro, e o economista Ricardo Reis, professor na London School of Economics, segundo a mesma publicação

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Constitucional acaba de vez com a CESE para o gás natural

Os juízes do Tribunal Constitucional declararam a inconstitucionalidade, com força obrigatória geral, da norma do regime jurídico da Contribuição Extraordinária sobre o Setor Energético (CESE) que prevê que as empresas concessionárias das atividades de transporte, de distribuição ou de armazenamento subterrâneo de gás natural devem pagar a contribuição. O acórdão data de 15 de julho, sendo que, dos 13 juízes conselheiros, seis votaram vencidos — um deles o próprio presidente do Tribunal Constitucional, José João Abrantes. Antes desta decisão, que tem um alcance mais geral, havia já sete acórdãos, proferidos em casos concretos, que tinham decidido pela inconstitucionalidade e, também, uma decisão sumária.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Diretor do SNS promete situação nas urgências melhor que a do verão passado

O diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS) garante que a situação nas urgências durante o verão vai ser melhor do que a do ano passado. “Não posso garantir que os problemas estão todos resolvidos. Agora, que a situação será menos má, será melhor do que no ano passado, podemos garantir. Temos todos os mecanismos para conseguir que isso aconteça”, afirmou Álvaro Almeida, em entrevista à RTP. O responsável assegura também que tem havido menos encerramentos e que, apesar das dificuldades, nenhuma região têm ficado totalmente desprotegida.

Leia a notícia completa na RTP (acesso livre).

Há acordo para coligação das esquerdas em Lisboa, só com PCP de fora

O PS, o Bloco de Esquerda (BE), o Livre e o PAN chegaram a acordo para uma candidatura comum à Câmara Municipal de Lisboa (CML), liderada pela ex-ministra e ex-líder parlamentar socialista, Alexandra Leitão. O PCP recusou alinhar na coligação e, simultaneamente, termina a relação antiga entre o PS e o movimento independente Cidadãos por Lisboa. Para o Executivo camarário (17 eleitos), o acordo prevê que os quatro primeiros lugares sejam do PS (incluindo-se aqui a candidata a presidente da Câmara), enquanto o 5.º lugar será do Livre, o 6.º do BE, o 7.º novamente do Livre, o 8.º do PAN e o 9.º novamente do PS. O Livre, invocando o resultado obtido nas últimas eleições legislativas, deverá encabeçar as candidaturas a duas freguesias — Alvalade e Areeiro –, podendo ainda liderar a de Avenidas Novas.

Leia a notícia completa no Expresso (acesso pago).

Incendiários responsáveis por mais de 80% da área ardida

Em 2024, os incendiários foram a principal causa de incêndios em Portugal, tendo sido responsáveis por 84% da área ardida com causa conhecida (um pouco mais de 84 mil hectares) e por 42% das ocorrências. As outras deveram-se a uso de fogo, como queimas e queimadas (41%), a causas acidentais e a naturais. Os fogos foram quase todos no Norte e Centro do país, regiões que concentram 97% da área ardida total (134 mil hectares).

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago).

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Vendas na América Latina e subida na bolsa marcam os seis meses de Murtra na Telefónica

  • Servimedia
  • 17 Julho 2025

«A nossa revisão será ambiciosa, será realizada com análise e com um rigor profissional», afirmou o presidente da Telefónica durante a Assembleia de Acionistas realizada em abril.

Marc Murtra assumiu a presidência da Telefónica em meados de janeiro de 2025. Seis meses depois, o seu mandato é marcado por dois marcos importantes, como são as vendas na América Latina e a subida da cotação da operadora, à espera de um terceiro grande marco nos próximos meses: o novo plano estratégico no qual a empresa vem trabalhando há semanas.

Nestes seis meses, a Telefónica anunciou cinco vendas na América Latina. Duas delas já estão fechadas, como as da Argentina e do Peru, e outras três, as da Colômbia, Uruguai e Equador, estão pendentes de aprovações regulatórias para seu fechamento.

Estas transações certificam a capacidade de decisão e execução da nova equipa de gestão, e o próprio Murtra reconheceu que continuarão a analisar as oportunidades que possam surgir nas restantes operações que a Telefónica tem na região.

Além disso, a Telefónica concluiu a compra de 50% da FiBrasil, passando a controlar a totalidade deste veículo, com o qual implanta fibra no Brasil, e reforça a sua posição num dos principais mercados da operadora.

Esta sequência foi bem recebida pelo mercado, que avalia positivamente a maior solidez que o Grupo consegue com elas, ao mesmo tempo que antecipa a capacidade da Telefónica para protagonizar mais operações para favorecer a consolidação em Espanha e na Europa.

Nos seis meses de presidência de Murtra, as ações da Telefónica valorizaram 13%, para 4,48 euros, mais do que duplicando o desempenho do setor de telecomunicações na Europa, que subiu 6% no mesmo período.

À ESPERA DO PLANO

Com este balanço favorável na bolsa, os investidores aguardam o grande encontro que terão com a operadora. Será o plano estratégico em que vem trabalhando há semanas e que a empresa já antecipou que apresentará antes do final do ano.

«A nossa revisão será ambiciosa, será realizada com análise e com um rigor profissional», afirmou o presidente da Telefónica durante a Assembleia de Acionistas realizada em abril.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 17 de julho

  • ECO
  • 17 Julho 2025

Ao longo desta quinta-feira, 17 de julho, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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5 coisas que vão marcar o dia

  • ECO
  • 17 Julho 2025

O Parlamento vai debater o Estado da Nação durante cerca de quatro horas. Já o INE vai revelar os preços na produção industrial de junho e o Eurostat os dados da inflação na Zona Euro. 

Esta quinta-feira, o Parlamento vai debater o Estado da Nação durante cerca de quatro horas. Já o Instituto Nacional de Estatística (INE) vai revelar os preços na produção industrial de junho e o Eurostat os dados da inflação na Zona Euro.

Parlamento discute o Estado da Nação

Pelas 15h00, os membros do Executivo e os deputados vão reunir-se na Assembleia da República para debater o Estado da Nação. Este será o segundo debate protagonizado pelo primeiro-ministro Luís Montenegro e, durante quatro horas, deverá ficar marcado por temas “quentes” como habitação, imigração, saúde, defesa e economia.

INE divulga preços na produção industrial

O Instituto Nacional de Estatística (INE) vai revelar esta quinta-feira os índices de produção industrial referente a junho. O índice de produção industrial aumentou 2,6% em maio, em termos homólogos, depois de uma queda também na ordem dos 2% em abril. O crescimento deveu-se essencialmente ao agrupamento de energia, que apresentou o contributo mais influente para a variação do índice total (2,7 pontos percentuais) ao crescer 18%.

Como evoluiu a inflação na Zona Euro?

O Eurostat vai divulgar os dados da inflação na Zona Euro e na União Europeia de junho. Em maio, a taxa de inflação homóloga da Zona Euro desacelerou para 1,9%, abaixo dos 2,2% registados em abril, e face aos 2,6% de há um ano. Na União Europeia, a taxa de inflação homóloga recuou para 2,2% em maio, face aos 2,4% registados em abril e aos 2,7% fixados no mesmo mês do ano passado.

ANA apresenta Relatório de Consultas

Esta quinta-feira, a ANA apresentar ao Governo o Relatório das Consultas, em que foram ouvidas 45 entidades, e do qual constará a proposta de alteração das especificações mínimas para a construção do novo aeroporto de Lisboa, no Campo de Tiro de Alcochete, para aproximá-las das necessidades atuais da aviação e baixar o custo da obra. No documento, a concessionária irá também apresentar propostas para alterar o anexo 16 do contrato de concessão, assinado em 2016, onde são definidas as características mínimas do novo aeroporto de Lisboa.

Banco Fomento apresenta resultados do 1.º semestre

Pelas 10h00, o Banco Português de Fomento vai apresentar os resultados do primeiro semestre. Em 2024, o Banco de Fomento teve um resultado líquido de 18,3 milhões de euros, menos 4,2 milhões face ao ano anterior. Os atrasos no lançamento das linhas InvestEU e menores níveis de concessão de crédito on lending explicaram esta quebra.

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Empresa de M&A portuguesa vai duplicar transações e entrar na Escandinávia

Após assinar parcerias estratégicas no Reino Unido e em Espanha, a Valuing Tools – que começou como uma loja online de avaliações de empresas até entrar no advisory financeiro – foca-se nos nórdicos.

A área das fusões e aquisições (M&A), apesar de estar a atravessar uma fase mais conturbada em termos de volume de negócios e capital mobilizado, tem conseguido motivar os empreendedores que pretendem utilizar esta estratégia para expansão e desenvolvimento das pequenas e médias empresas (PME) em Portugal.

Depois da pandemia, nasceram várias startups dedicadas a este setor, entre as quais a Valuing Tools. A empresa nacional, fundada em 2021 por António Gomes e João Vaz Leite, prepara-se agora para voar para os países nórdicos através de parcerias.

Neste segundo semestre, o foco estará na internacionalização para países como a Suécia, a Noruega e a Dinamarca, depois de fechar acordos estratégicos no Reino Unido e em Espanha.

“Atuamos maioritariamente em Portugal, mas convém estarmos presentes, fazermo-nos representar nas empresas ou em visitas a fábricas”, afirma o sócio João Vaz Leite. Nas geografias nórdicas “existe um nível de literacia financeira muito elevado e podem-nos ajudar a crescer como empresa, pegar nessas lições e dinamizá-las aqui em Portugal”, completa António Gomes.

O plano da fintech, que começou por ser uma mera loja online de avaliações de empresas e evoluiu para assessoria financeira, passa ainda por avaliar cerca de 400 empresas este ano – o quadruplo de 2024 – e duplicar as transações (empresas vendidas através da sua plataforma digital) para entre 10 a 15, revelaram ao ECO os sócios fundadores da Valuing Tools. Para tal, irá contratar mais duas pessoas e chegar a uma dezena de trabalhadores.

‘Escola de avaliação e M&A’

A dupla de gestores apercebeu-se de que as empresas de menor dimensão também enfrentam problemas de sucessão e necessidades de capital, mas não podem estar dependentes de grandes consultoras com elevados honorários, portanto era preciso encurtar os seus prazos de entrega e aumentar a literacia financeira em processos de fusão, compra e venda.

“Estes processos não são claros para os donos das empresas. Avaliar uma empresa para venda é turvo e partilhar documentação com uma entidade externa requer confiança. O nosso objetivo é desmistificar através da pedagogia – quase ser uma escola de avaliação e de M&A para todos – e explicar que não é assim tão penoso”, refere António Gomes.

Simultaneamente, nessa lógica de literacia, contam com um simulador de avaliação gratuito e digital, cujo software foi desenvolvido internamente e também funciona como anzol de clientela, que já variou de avaliações de 100 mil euros para 170 milhões de euros.

A diferença perante concorrentes como a Matoaka ou a Trespasse.com é que a Valuing Tools não é um marketplace de compra e venda de empresas. Ou seja, a sua equipa de assessores financeiros apoia os gestores tanto na aquisição como na venda, mas online só é possível vender (seller side). “Antes de ir para ali [website] existe consultoria por detrás”, esclarece João Vaz Leite, reconhecendo que existe uma concorrência significativa no mercado.

João Leite, partner da Valuing Tools

A faturação, em torno dos 200 mil euros, divide-se na metade entre as duas unidades de negócio: avaliação e advisory/M&A. “80% das leads [‘encomendas’] vêm para avaliação e 20% para a componente da M&A, onde o ticket [valor] é maior e equilibra”, acrescenta o engenheiro industrial que está responsável pela componente go-to-market na Valuing Tools.

Entre os quatro principais objetivos de fazer uma avaliação empresarial, preparar a entrada de investidores ou a venda é o que os empresários mais procuram, além de reforçar o poder negocial junto de bancos e parceiros, identificar áreas críticas e oportunidades de melhoria e tomar decisões estratégicas baseadas em dados concretos.

Idealmente, deviam pensar ‘para o ano vou vender a empresa, então vou avaliá-la agora para perceber o que posso fazer para melhorar até lá, para maximizar o valor e depois então voltar a avaliar para a venda‘. Felizmente, começamos a ter mais clientes com este sentido, de planeamento da saúde operacional e comparação com o seu setor”, assinala o sócio António Gomes, confesso apaixonado pela área de corporate finance.

António Gomes, partner da Valuing Tools

Questionado sobre o mercado transacional, o cofundador e sócio João Vaz Leite mostra-se otimista em relação à segunda metade do ano. “No início do ano, houve um travão autêntico em vários setores, mas acreditamos que o segundo semestre será melhor. Julho começou com outra abordagem. Nem se sente a silly season, porque há decisões tomadas, o IRC pago… Parece que as portas se abriram”, diz.

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“Não sentimos muitos obstáculos para atrair talento” para o hub de Lisboa da Iterable, diz CTO

Samya DasSarma, chief technology officer da Iterable, esteve em Lisboa e faz o balanço da evolução do hub da unicórnio americana.

O hub de Lisboa da Iterable está já a desenvolver certas funcionalidades para a plataforma de marketing assente em IA do unicórnio americano, inclusive para o novo Agente IA, o Nova. É o único hub fora dos Estados Unidos com equipas de desenvolvimento tecnológico e de produto.

“Estamos a embarcar numa visão impulsionada pela IA para a empresa, chamada Nova. Nessa visão, há uma parte de experimentação, que permite aos nossos clientes realizar diferentes experiências na nossa plataforma usando IA. Essa camada de experimentação está a ser construída em Lisboa”, adianta Samya DasSarma, chief technology officer da Iterable, ao ECO.

Um projeto a ser acompanhado por Andrew Boni, cofundador da Iterable e até agosto CEO do unicórnio, altura em que dará lugar na presidência executiva da empresa a Sam Allen, assumindo como chief scientist.

De visita a Lisboa, o CTO não esconde o entusiasmo em torno do hub da companhia, o terceiro fora dos Estados Unidos e o único com equipas a fazer desenvolvimento tecnológico e de produto. Em setembro, altura em que assinala um ano, o hub deverá atingir as 25 pessoas. E está a recrutar.

“À nossa escala, não sentimos muitos obstáculos para atrair e reter talento neste momento. E atraímos talento não apenas de Lisboa e Portugal, mas também do exterior. Temos engenheiros vindos de diferentes países: Amesterdão [Holanda], Eslováquia e Ucrânia. Cerca de 20% da nossa equipa de engenharia são estrangeiros e 80% locais”, diz Samya DasSarma.

Samya DasSarma, Chief Technology Officer da Iterable, em entrevista ao ECO.Hugo Amaral/ECO

O objetivo é, daqui a “dois, três anos” atingir as 100 pessoas. O CTO não se mostra preocupado com um potencial impacto negativo da política mais restritiva de imigração e nacionalidade nos seus esforços de recrutamento. “Estou a prever um crescimento de mais 60-70 pessoas nos próximos dois anos. Há talento suficiente na União Europeia para que possa responder a isso“, considera.

Nem considera que o AI ACT que levou startups, VC e grupos de lobbying de tecnológicas a pedir a sua suspensãotenha particular efeito na capacidade da empresa colocar cá fora inovação, dentro dos parâmetros de regulação.

“Todas as empresas de tecnologia querem agir rápido e quebrar barreiras. E, às vezes, olhamos para esses requisitos de conformidade como atrapalhando a inovação. Acredito que esses requisitos são absolutamente necessários para proteger os consumidores e as empresas, os seus dados, a sua privacidade e tudo mais”, diz o CTO.

“Estamos a observar atentamente essas mudanças e estamos preparados no nosso pipeline de desenvolvimento para integrar essas políticas para que nossos developers não desacelerem, e possamos vender produtos às empresas que lhes permita permanecer dentro da conformidade”, afirma.

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Autárquicas em Lisboa. Carlos e Alexandra disputam eleição na ‘fábrica’ de primeiros-ministros e Presidentes

Alexandra Leitão apresentou-se como candidata em janeiro, mas só agora anuncia coligação à esquerda. Carlos Moedas esperou por quarta-feira, já com a equipa completa. Quem sorrirá a 12 de outubro?

A Câmara de Lisboa é reconhecida como berço de líderes nacionais, com dois primeiros-ministros e um Presidente da República a passarem pela cadeira do poder na Praça do Município desde 1989, antes de chegarem aos mais altos cargos da política nacional. Este ano, as personagens principais são a ex-ministra e até há poucos meses número dois do PS nacional, Alexandra Leitão, e o atual presidente de Lisboa, surpreendente vencedor em 2021, quando interrompeu um ciclo vitorioso iniciado pelo edil António Costa.

O momento que se vive atualmente, com dois blocos a formarem-se para ganhar a câmara, remete-nos para 1989. Nesse ano, e sem saberem ainda, os lisboetas tiveram no boletim de voto dois futuros chefes de Estado, com Jorge Sampaio a levar de vencida Marcelo Rebelo de Sousa, a quem nem um mergulho no Tejo o fez desaguar na Praça do Município.

A vitória de Sampaio após uma década de poder de CDS e PSD sob a liderança do democrata-cristão Nuno Krus Abecassis (que Carlos Moedas não se esqueceu de nomear na sua apresentação decorrida nesta quarta-feira, chamando-o de “inesquecível”) foi possibilitada por uma inesperada aliança à esquerda com o PCP, que precedeu em 26 anos a “geringonça” criada por outro dos autarcas da história de Lisboa, António Costa.

Há 36 anos, PS, PCP, PEV e MDP/CDE, que se candidataram unidos, tiveram 181 mil votos. Na outra frente, a coligação do PSD de Marcelo, do CDS e o PPM não passaram dos 155 mil eleitores. Dos 17 vereadores em Lisboa, ficou 9/8 para Sampaio. Quatro anos antes, na derradeira vitória de Krus Abecassis, o PSD tivera 177.439 votos, a APU 109.013 e o PS, acabado de sair da primeira derrota legislativa para Cavaco Silva, ocorrida dois meses antes, ficou pelos 71.275 votos. Somados, PS e PCP poderiam ter batido a direita por 2.800 votos, e foi isso que Sampaio percebeu em 1985 e levou para 1989.

Só a destreza política do socialista a chamar a si um feroz rival do PS – o PCP de Álvaro Cunhal (secretário-geral que daria o seu lugar a Carlos Carvalhas ainda durante esse mandato autárquico –, permitiu levar a melhor sobre a direita em 1989. Lisboa, nesses anos iniciais da pertença do país à CEE (precursora da União Europeia) já era muito diferente da de 1976, quando o CDS teve cerca de 85 mil votos, mais que os 68 mil do PPD-PSD.

Numa esquerda com várias forças, as candidaturas mais votadas foram a FEUP (antecessora da APU e depois da CDU), que juntava PCP, MDP/CDE e a Frente Socialista Popular (cisão do PS de Soares), e o Partido Socialista. A primeira somou 92 mil votos, o PS conquistou 158 mil lisboetas. A capital era claramente de esquerda.

Mas voltando a 1989, é essa dinâmica de blocos que se repete agora em Lisboa, com coligações à direita e à esquerda (a confirmação de Alexandra Leitão chegou apenas nesta quinta-feira, um dia após o lançamento da candidatura liderada por Moedas) nos boletins de voto a 12 de outubro.

O que deve ser muito medido, pesado e até responsabilizado é se, na noite eleitoral, o Partido Socialista, numa coligação progressista que exista para a cidade, não conseguir ganhar as eleições pelo diferencial de votos correspondente aos votos no PCP — isto é, se os votos do PCP, juntando-se aos votos de uma coligação de esquerda progressista, fossem suficientes para retirar a câmara à direita –, os eleitores de esquerda vão ter que saber tirar as consequências e as conclusões dessa matéria.

André Rijo

Coordenador autárquico do Partido Socialista

De um lado, a equipa encabeçada pelo ainda presidente, Carlos Moedas, numa frente com PSD, CDS e Iniciativa Liberal, apresentada nesta quarta-feira, num evento decorrido na Estufa Fria e onde não faltou Luís Montenegro, a quem Moedas nunca se dirigiu como líder do PSD, mas sim como primeiro-ministro.

Do outro, a frente de esquerda encabeçada pela socialista Alexandra Leitão, juntando PS, Livre, Bloco de Esquerda e PAN. Ainda antes de ser oficial, era já uma coligação assumida dentro do PS lisboeta, e não desmentida pelo coordenador autárquico socialista na entrevista concedida ao ECO/Local Online este mês.

Nela, André Rijo deixava uma mensagem a João Ferreira, o comunista que tem conseguido manter a força do seu partido na capital. “O que deve ser muito medido, pesado e até responsabilizado é se, na noite eleitoral, o Partido Socialista, numa coligação progressista que exista para a cidade, não conseguir ganhar as eleições pelo diferencial de votos correspondente aos votos no PCP — isto é, se os votos do PCP, juntando-se aos votos de uma coligação de esquerda progressista, fossem suficientes para retirar a câmara à direita –, os eleitores de esquerda vão ter que saber tirar as consequências e as conclusões dessa matéria”.

Na mesma entrevista, o responsável pela coordenação autárquica do PS considerava que, nas autarquias em geral, os incumbentes levam vantagem. Por isso, e sinalizando este princípio, diz que Carlos Moedas leva vantagem sobre Alexandra Leitão.

Os bairros sociais “do” Chega e o PCP em oposição à “geringonça”

Enquanto a chamada direita democrática parte associada e deixa à parte o Chega, à esquerda há um avanço quase em uníssono, faltando o PCP para fazer o pleno. Que capacidade de tomar votos às duas frentes tem um Chega em crescendo nacional e, do outro lado, um PCP que tem perdido base eleitoral? Mas que, note-se, no cenário da frente de esquerda sem a sua chancela, será o único deste espetro político a dar alternativa aos eleitores de esquerda. Duas dúvidas a esclarecer a 12 de outubro.

Para estas eleições, o PS de Alexandra Leitão acredita que a coligação de Moedas teme a força entretanto ganha pelo Chega nos chamados bairros sociais da cidade, e que nas legislativas significou, como realça ao ECO/Local Online um presidente de junta socialista, a vitória do partido de Ventura na freguesia de Marvila com praticamente o dobro do resultado do PSD.

Marvila tem uma particularidade: concentra uma dezena dos designados bairros sociais. Talvez por isso, Moedas foi prolixo a referir-se a Marvila no seu discurso de apresentação de candidatura, onde não houve referências aos Novos Tempos, vencedores em 2021, e se destacou um “Por ti, Lisboa”. No outro extremo da cidade, no bairro da Boavista, o Chega levou a melhor nas três mesas de voto.

Para 12 de outubro, o Chega optou por não propor aos lisboetas um deputado do Parlamento nacional, ao contrário do que fez em Sintra, Amadora e Seixal, por exemplo. Na capital, prefere ir a jogo com um deputado municipal, Bruno Mascarenhas, eleito em 2021 para a Assembleia Municipal de Lisboa, numa candidatura liderada pelo apresentador de televisão Nuno Graciano (falecido em 2023), com quem Ventura se cruzava nos corredores do Correio da Manhã nos seus tempos de comentador de futebol.

Com Graciano, o Chega não iria além de 10.713 votos, abaixo dos 15.054 votos do BE e dos 25.520 do PCP-PEV. E muito aquém dos 80.869 do PS-Livre e também da coligação de direita, que somou 83.163 votos e levou Moedas a presidente de câmara por uns exíguos 2.294 votos, num universo de 243 mil lisboetas que foram às urnas.

O PCP, cujos votos de 2021, somados aos de Medina, teriam valido uma governação folgada de esquerda na câmara – nas autarquias não há possibilidade de coligações a posteriori e vence quem tem mais votos – repete o nome do vereador João Ferreira, que, conforme é público e o ECO/Local Online confirmou junto de fontes socialistas, se recusa terminantemente a alinhar numa versão autárquica da “geringonça” de 2015.

Contudo, pelo menos a nível nacional, o PCP de 2021 não é mesmo de 2025, e isso poderá significar que as forças da esperada coligação de esquerda absorvam parte deste eleitorado. Desde 2021, o país passou por três eleições legislativas de emagrecimento contínuo para os comunistas, acelerado pela invasão da Rússia à Ucrânia.

Em 2019, o PCP elegeu 12 deputados para São Bento, em 2022, já com a guerra em curso, caiu para metade, baixou para quatro em 2024 e após as eleições de 18 de maio soma três, um quarto dos lugares em que se sentava no Parlamento quando João Ferreira foi eleito para o atual mandato autárquico, com o melhor resultado municipal dos comunistas desde 2005.

Facas longas a 12 de outubro

Mas mesmo sem PCP na coligação, os dados de 2021 mostram potencial para uma noite de facas longas nas sedes de campanha de PS e PSD a 12 de outubro: se o bejense Carlos perder, será a segunda vez consecutiva que o incumbente em Lisboa sai derrotado. Moedas, que nesta quarta-feira se apresentou na Estufa Fria, não poupou nas críticas aos adversários.

Sem surpresa, Alexandra Leitão recebeu o ataque mais mordaz e Moedas até se permitiu lançar um repto “a todos os socialistas moderados que saibam que em comigo têm um porto de abrigo”. Apesar de o nome da destinatária não ser proferido, para bom entendedor uma rajada de palavras bastou: “O radicalismo que já conseguiu minar grande parte do PS e que tanto prejudicou o país, e que agora querem trazer este modelo falido para a nossa Lisboa”

Ainda nas contas que se preveem para 12 de outubro, se a lisboeta Alexandra não conseguir derrotar a direita, muitos socialistas questionarão, talvez mais ainda do que a sua prestação, a escolha de Pedro Nuno Santos, então líder do partido e ainda deputado em São Bento. É que pelo caminho ficou Marta Temido, a quem alegadamente as sondagens socialistas para 2025 sorriam.

Lisboa está a ser mal governada pelo PSD e pelo presidente de câmara atual. O PS tinha de fazer a sua maior aposta. Alexandra Leitão é a líder parlamentar do PS e a figura mais importante do PS depois de mim e do presidente [do partido]

Pedro Nuno Santos

À data, secretário-geral do PS

Em outubro de 2023, a ex-ministra da Saúde, “estrela” na luta contra a pandemia, surgiu numa entrevista ao Expresso após a sua eleição para presidente da concelhia de Lisboa. Ali, era apontada como a responsável pela preparação do programa para as autárquicas de 12 de outubro próximo. Questionada sobre se gostaria de liderar o município, mostrou-se enfática: “Gostaria de ser autarca!

E mais, quando questionada se poderia ser candidata: “Se isso for importante para Lisboa e para os lisboetas sim, claramente estarei presente e não virarei costas às dificuldades e a um combate por um projeto”.

Como se sabe, a 9 de junho de 2024, Temido seguia para outra capital europeia, Bruxelas, a liderar a comitiva socialista que venceu por menos de 40 mil votos os sociais-democratas, numa desforra da vitória ainda fresca e igualmente por “poucochinho” de Montenegro sobre Pedro Nuno Santos. A vitória que tirou espaço a Moedas para uma hipotética corrida ao PSD nacional.

Já para Lisboa, Pedro Nuno optou pela sua braço-direito e explicou porquê na apresentação da candidata, em janeiro, ainda sem qualquer coligação anunciada: “Lisboa está a ser mal governada pelo PSD e pelo presidente de câmara atual. O PS tinha de fazer a sua maior aposta. Alexandra Leitão é a líder parlamentar do PS e a figura mais importante do PS depois de mim e do presidente [do partido]”.

Pedro Nuno prosseguia: “O que é para nós claro é que da esquerda à direita começa a ser muito presente a ideia de que Carlos Moedas trabalha bem a sua imagem mas não consegue resolver problemas aos lisboetas. A escolha de Alexandra Leitão tem a ver com o perfil, com a dimensão política que granjeou ao longo dos últimos anos em Portugal, em representação do PS, o perfil de realização, de concretização que ela tem, e que nos oferece a possibilidade de podermos disputar a Câmara Municipal de Lisboa”.

Moedas com a IL, Leitão associa-se ao BE

Em 2021, o boletim de voto dos lisboetas registava Fernando Medina (PS/Livre) e Carlos Moedas (PSD/CDS-PP/Aliança/PPM/MPT), e ainda Beatriz Gomes Dias (BE), Bruno Fialho (PDR), Bruno Horta Soares (Iniciativa Liberal), João Ferreira (PCP), João Patrocínio (Ergue-te), Manuela Gonzaga (PAN), Nuno Graciano (Chega), Ossanda Líber (Somos Todos Lisboa), Sofia Afonso Ferreira (Nós, Cidadãos!) e Tiago Matos Gomes (Volt).

Na apresentação da candidatura de Fialho, o presidente da IL, João Cotrim Figueiredo dizia, sobre a não adesão à coligação liderada por Moedas, acreditar que os liberais seriam “capazes de retirar mais votos à esquerda, ao Partido Socialista e a Fernando Medina indo sozinhos, do que integrados numa frente eleitoral que acabará dominada pelos partidos que a compõem”.

Uma visão que Mariana Leitão, atual líder, não secunda. Numa entrevista publicada pela Lusa neste sábado, a recém-eleita presidente da IL dava nota da expectativa de estar presente em executivos autárquicos por via das coligações que fará com PSD e CDS, designadamente em Lisboa e no Porto.

Quanto ao Bloco de Esquerda, aplica-se a incógnita que vale para o PCP, mas numa interrogação ainda mais profunda, proporcional à crise visível nas últimas legislativas. Aquando das autárquicas de 2021, estavam na Assembleia da República 19 deputados bloquistas. Chegados a 2025, resta Mariana Mortágua.

Em Lisboa, nas legislativas de 2019, o BE conquistou 26.619 eleitores em Lisboa, bem acima dos resultados autárquicos ao longo do século na capital. Na eleição para a câmara em 2021, somou 15 mil, o que acentua a adesão superior dos alfacinhas ao Bloco quando se trata de legislativas.

Já a 18 de maio, a base eleitoral do partido no concelho encolheu até aos 8.500 votos, cerca de um terço do que obtivera em 2019. Num mero exercício matemático, numa proporção similar o BE não irá além dos 5.000 votos. Em 2021, até o PAN, também esperado nesta frente de esquerda, teve melhor resultado.

 

Nota: Artigo atualizado com a confirmação da coligação à esquerda, dada por Alexandra Leitão na manhã desta quinta-feira

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