Governo decide no verão de 2025 se dará novo “bónus” aos reformados

Pensionistas poderão receber novo "bónus" de 200 euros "se houver margem orçamental", explicou ministro das Finanças. Decisão será tomada no próximo verão.

A proposta de Orçamento do Estado para 2025, entregue esta quinta-feira, não traz aumentos extraordinários para os pensionistas, mas o ministro das Finanças adiantou esta quinta-feira que o Governo “irá tentar” repetir o suplemento extraordinário de 200 euros, se houver margem orçamental. A decisão será tomada no próximo verão, sinalizou Joaquim Miranda Sarmento.

“Se no próximo ano houver margem orçamental, repetiremos a medida que tomamos este ano, que foi apresentada em agosto e que foi agora concretiza, de um suplemento extraordinário para os pensionistas“, explicou o governante, na conferência de imprensa de apresentação da proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano.

Questionado sobre as condições concretas que determinarão se os reformados terão ou não um novo “bónus”, o ministro das Finanças detalhou que a medida será implementada, se, por altura do verão, a execução orçamental “estiver a correr melhor” do que o projetado, e houver um “valor que permita manter o objetivo de equilíbrio orçamental“.

“Se no decorrer da execução orçamental, quando chegarmos mais ou menos ao verão, as contas públicas estiverem bem, iremos tentar fazer um novo suplemento extraordinário de pensões“, assegurou Miranda Sarmento.

Na negociação das últimas semanas, o PS chegou a exigir um aumento extraordinário permanente das pensões, mas o Governo fechou a porta a isso, tendo posto em cima da mesa, em troca, um novo “bónus” para as reformas mais baixas, no modelo aplicado este mês.

Ainda assim, na proposta de Orçamento do Estado entregue esta tarde no Parlamento não há qualquer referência a esse potencial novo suplemento. O ministro das Finanças foi, por isso, questionado sobre o assunto, na conferência da imprensa, e Miranda Sarmento explicou, em reação, que a decisão só será tomada para julho ou agosto. A repetir-se o modelo aplicado este mês, em causa estará um bónus de 100 a 200 euros, para as pensões até 1.527,78 euros.

À parte deste suplemento, o ministro das Finanças garantiu na conferência de imprensa que o Governo irá aplicar a lei das atualizações regulares das pensões, que se baseia na evolução da economia e dos preços. Os dados que ditam essas subidas só serão conhecidos em novembro.

Complemento para idosos mais vulneráveis também sobe

Por outro lado, a proposta de lei do Orçamento do Estado não refere qualquer reforço do valor de referência do complemento solidário para idosos, mas o relatório que o acompanha aponta para um aumento de 30 euros no próximo ano, o que terá um impacto de 120 milhões de euros.

Significa que subirá para 630 euros, depois de ter aumentado 50 euros em junho deste ano. Em causa está uma prestação dirigida aos idosos mais vulneráveis, abrangendo, neste momento, cerca de 142 mil reformados. O Governo tem o objetivo de puxar o valor de referência para 820 euros até ao final da legislatura.

Atualizada às 20h16

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Taxa de tributação autónoma baixa e limites de preço aumentados em 10 mil euros

Taxas de tributação autónoma baixam em meio ponto percentual e limites dos valores das viaturas aumentam em 10 mil euros.

A proposta de Orçamento do Estado para 2025, entregue esta quinta-feira, avança com uma redução progressiva da tributação autónoma em sede de IRC aplicada às viaturas de empresas ou de empresários em nome individual, com o objetivo de chegar a um corte de 20% em 2028. Os limites dos custos das viaturas sobem em 10 mil euros, também em sede de IRS.

As taxas autónomas são reduzidas em meio ponto percentual e passam a ter os seguintes limites:

  • 8 % no caso de viaturas com um custo de aquisição inferior a € 37.500;
  • 25 % no caso de viaturas com um custo de aquisição igual ou superior a € 37.500 e inferior a € 45.000;
  • 32 % no caso de viaturas com um custo de aquisição igual ou superior a € 45.000.

Mantemos a suspensão do agravamento da tributação autónoma para as empresas que apresentem prejuízos fiscais”, anunciou ainda o ministro das Finanças, Miranda Sarmento, na conferência de imprensa no Ministério das Finanças. Além disso, não haverá lugar a tributação autónoma sobre os encargos suportados com oferta de espetáculos.

Os valores limite da tributação autónoma em sede de IRS também aumentam em 10 mil euros. Aos “encargos dedutíveis relativos a despesas de representação e a viaturas ligeiras de passageiros ou mistas cujo custo de aquisição seja inferior a (euro) 30.000, motos e motociclos” é aplicada uma taxa de 10%.

Aos encargos dedutíveis relativos a automóveis ligeiros de passageiros ou mistos, cujo custo de aquisição seja igual ou superior a (euro) 30.000″ é aplicada a taxa de 20%.

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Contas públicas com excedente orçamental de 0,3% do PIB

O Governo antecipa uma redução de 0,1 pontos percentuais do saldo orçamental em 2025 face ao excedente de 0,4% previstos para este ano por conta de uma subida da despesa acima da receita.

As contas públicas continuarão a apresentar um excedente orçamental no próximo ano, segundo as previsões do Governo espelhadas na proposta do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025).

“Para 2025, perspetiva-se um saldo orçamental de 0,3% do PIB (-0,1 pontos percentuais do PIB face a 2024) e um saldo primário positivo em 2,5% do PIB”, refere o Governo, notando que isso permitirá o cumprimento dos compromissos orçamentais e financeiros no quadro das novas regras de governação da União Europeia, assegurando a manutenção de contas públicas equilibradas e a redução da dívida pública em rácio do PIB.”

A proposta do OE2025 revela que a “diminuição do saldo orçamental em percentagem do PIB resulta de um aumento da despesa superior em 0,1 pontos percentuais ao da receita.”

A receita deverá crescer 6,4% em 2025 face ao ano anterior, impulsionada pela recuperação económica e pelo aumento da eficiência na cobrança fiscal, antecipa o Governo. Já a despesa registará um aumento de 6,6%, refletindo o reforço do investimento público e das políticas sociais.

O excedente previsto para 2025 surge num quadro macroeconómico em que o Executivo projeta um crescimento do PIB de 2,1%, uma aceleração face aos 1,8% estimados para 2024. No mercado de trabalho, o Governo antecipa a manutenção de uma taxa de desemprego baixa, nos 6,5%, praticamente inalterada face a 2024.

Esta evolução das contas públicas permitirá prosseguir a redução do rácio da dívida pública, que deverá cair para 93,3% do PIB em 2025, face aos 95,9% previstos para o final de 2024.

O Ministério das Finanças sublinha que estas projeções estão sujeitas a riscos, nomeadamente associados à evolução da conjuntura internacional e às tensões geopolíticas. No entanto, mantém uma perspetiva globalmente positiva para a economia portuguesa no próximo ano.

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Emissão de Certificados de Aforro duplica no próximo ano

Governo volta a contar com as famílias para financiar o Estado em 2025. Espera emitir perto de seis mil milhões de euros em Certificados de Aforro, o dobro deste ano.

O Governo volta a contar com as famílias para financiar o Estado no próximo ano. Espera, sobretudo, que os Certificados de Aforro voltem a captar o interesse do retalho, pois deverão captar seis mil milhões de euros, o dobro deste ano, compensando a nova fuga que se espera nos Certificados do Tesouro, de acordo com as estimativas que contam na proposta de Orçamento do Estado para 2025.

Em termos líquidos, as famílias deverão emprestar 2,5 mil milhões de euros ao Estado em 2025 e isto depois do contributo negativo de 1,2 mil milhões deste ano.

Para este cenário, o Governo está à espera que os Certificados de Aforro voltem a captar o interesse junto das famílias, a exemplo do que aconteceu em 2022, na expectativa de que os juros dos depósitos baixem e tornem estes certificados novamente atrativos.

Assim, estima emitir 5,968 mil milhões de euros através dos Certificados de Aforro, o dobro do que prevê emitir este ano (2,992 mil milhões), o que, em termos líquidos de resgates, permitirão um financiamento de 3,709 mil milhões.

Em relação aos Certificados do Tesouro, as emissões de 1,477 mil milhões de euros não compensarão as amortizações de 2,686 mil milhões, resultando assim num saldo líquido negativo de 1,208 mil milhões.

Em termos gerais, o financiamento do Estado em 2025 atingirá os 18,132 mil milhões em termos líquidos (que compara com os 7,751 mil milhões em 2024), que será assegurado sobretudo por via da emissão de Obrigações do Tesouro (10,3 mil milhões líquidos) e de Bilhetes do Tesouro (9,127 mil milhões líquidos).

O Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) terá um contributo de 843 milhões de euros.

Quanto às amortizações, o Estado terá um reembolso de 1,525 mil milhões de euros para fazer junto do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF), devidos por conta do resgate da troika em 2011 e outros mil milhões relativos às Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável (OTRV).

(Notícia atualizada às 17h01)

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Impostos sobre álcool, bebidas açucaradas e tabaco vão render mais 80 milhões ao Estado

O Executivo prevê um aumento dos impostos arrecadados com a venda destes produtos, devido ao aumento do consumo. Não haverá agravamento de impostos, nem sequer à taxa de inflação.

O Estado prevê arrecadar mais 80 milhões de euros com o Imposto sobre o álcool, as bebidas alcoólicas e as bebidas adicionadas de açúcar ou outros edulcorantes (IABA) e o Imposto sobre o Tabaco (IT), no próximo ano, devido à previsão de um aumento de consumo destes produtos. Não há qualquer agravamento do imposto aplicado.

Segundo a proposta do Orçamento do Estado para 2025, entregue há cerca de uma hora na Assembleia da República, as receitas geradas pelos impostos sobre o tabaco vão aumentar 4%, enquanto as bebidas alcoólicas e açucaradas deverão garantir uma subida da receita de 4,7%.

O Executivo liderado por Luís Montenegro espera arrecadar mais 63,7 milhões de euros com os impostos sobre o tabaco, enquanto a receita prevista para o IABA deverá crescer 16,4 milhões de euros, adianta o documento entregue esta quinta-feira na Assembleia da República. O Governo justifica estas previsões “em resultado do crescimento esperado no consumo privado“.

Tal como explicou o ministro das Finanças na conferência de imprensa onde está a apresentar o documento, o Governo não implementou qualquer agravamento aos impostos aplicados sobre estes produtos. “Não faremos qualquer atualização nos impostos ao consumo. ISP, bebidas alcoólicas, tabaco e veículos, não há agravamento nem sequer ao nível da inflação”, explicou Joaquim Miranda Sarmento.

No que diz respeito à despesa, o Executivo explica que, “relativamente ao IABA, é expectável que ocorra um acréscimo da despesa fiscal do Estado de 1,9%, fixando-se em 61,6 milhões de euros. A previsão é justificada essencialmente pela despesa fiscal associada à rubrica «álcool destinado a fins terapêuticos e sanitários» e, em menor escala, às isenções relacionadas com bebidas não alcoólicas, que se prevê totalizem, no seu conjunto, 50,5 milhões de euros, o que representa 82,1% da despesa fiscal em sede de IABA em 2025″.

O documento explica ainda que, no que diz respeito ao imposto sobre o tabaco, este não regista em Estado nenhuma despesa fiscal.

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IRS desce com a atualização dos escalões em 4,6% mas não garante neutralidade fiscal

A proposta do Orçamento do Estado para 2025 prevê um alívio fiscal através da subida dos limiares dos 9 níveis de rendimento do imposto. Mas fica abaixo dos 4,7% definidos no acordo com os parceiros.

O Governo vai atualizar os nove escalões do IRS em 4,6% o que dará um alívio fiscal adicional aos trabalhadores dependentes e pensionistas, segundo a proposta do Orçamento do Estado para 2025 entregue esta quinta-feira no Parlamento. “É o dobro da inflação prevista”, de 2,3% para 2025, salientou o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, durante a conferência de imprensa de apresentação do OE.

Na prática, rendimentos brutos anuais até 8.057 euros deixam de pagar IRS. Trata-se de uma atualização significativa de 354,34 euros (4,6%) face aos 7.703 euros atualmente isentos. Significa que salários brutos mensais até cerca de 886 euros vão ficar totalmente livres do imposto. Se o Governo não atualizasse os escalões, a isenção iria abranger ordenados até 861 euros mensais.

Esta medida cumpre a regra aprovada pela Assembleia da República e proposta pelo PSD, que dita que os limiares dos patamares de rendimento devem evoluir de acordo com o deflator do PIB e o PIB por trabalhador, mas não garante a neutralidade, uma vez que a atualização de 4,6% fica abaixo do que ficou definido no acordo tripartido assinado pelos parceiros sociais, de 4,7%. Isto significa que esta subida salarial poderá ter um agravamento no imposto a liquidar no ano seguinte, em 2026.

O pacto firmado com patrões e sindicatos, exceto CGTP, estabelece que os escalões devem ser atualizados para “assegurar a neutralidade fiscal das atualizações salariais”. Ora esse acordo dita que o salário médio deve subir 4,7%. Aliás, subir em média os vencimentos nesse montante e acima do salário mínimo, que vai evoluir para 870 euros, e aumentar os ordenados que estiverem abaixo da média também em 4,7% são as duas condições para as empresas beneficiaram da majoração de 50% dos encargos correspondentes ao aumento salarial, em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC).

Apesar da atualização proposta pelo Governo ficar uma décima aquém da subida dos vencimentos médios em 4,7%, trata-se de uma atualização substancial dos limiares dos escalões. Para este ano, por exemplo, o anterior ministro das Finanças, Fernando Medina, decidiu atualizar os patamares em apenas 3%, quando o acordo de rendimentos previa uma variação dos salários de 5%.

No relatório do OE, o Governo até apresenta simulações para os dois anos anteriores sobre a atualização que deveria ter sido aplicado caso a nova fórmula já tivesse sido aplicada. Assim, se este mecanismo tivesse sido utilizado em 2023 e 2022, “a taxa de atualização dos escalões do IRS em 2023 e 2024 teria sido de 11,1% e 9,1% respetivamente, em vez de 5,1% e 3%”.

“De forma proteger o rendimento das famílias, o Parlamento aprovou”, por proposta do PSD, uma medida “que veio introduzir no Código do IRS (Artigo 68º-B do CIRS) regras que garantem a aplicação de uma taxa de atualização dos escalões do IRS que corresponda, em média, ao aumento dos salários nominais, utilizando para tal uma fórmula que considera a evolução dos preços (através do deflator do PIB) e o crescimento da produtividade do trabalho (através do PIB por trabalhador)”, lê-se no relatório.

Assim, e de acordo com o mesmo documento, “passa a prever-se um mecanismo que permite que os aumentos dos rendimentos nominais que, por via do aumento do nível geral de preços, não correspondam a um aumento do seu poder de compra, não conduzam a um agravamento da sua taxa de tributação em IRS”.

Dedução específica volta a subir em função do IAS

A dedução específica, que é a parcela que abate ao rendimento para apurar a matéria coletável, isto é, sujeita a imposto, vai voltar a subir, o que dará um alívio extra no IRS a liquidar em 2026.

Mas ainda não se sabe qual o valor desse aumento, porque a taxa de variação anual do Indexante do Apoios Sociais (IAS) apurada no terceiro trimestre só será conhecida em novembro. “A atualização do IAS será a que resulta da lei, a que a lei prevê”, indicou o ministro das Finanças.

A atualização da dedução específica, que esteve congelada até 2023 durante mais de uma década nos 4.104 euros, em função do IAS foi uma novidade introduzida pelo Parlamento por proposta pelo BE. Essa alteração aplica-se já este ano, o que levou aquela parcela a dar um salto de 6% ou de 246,24 euros para 4.350,24 euros.

Como este ano o IAS subiu 6%, passando de 480,43 euros para 509,26 euros, a dedução específica também cresceu os mesmos 6%, de acordo com este novo regime. A fórmula de atualização do IAS tem em conta a média da taxa de crescimento médio anual do produto interno bruto (PIB) nos últimos dois anos terminados no terceiro trimestre do ano, apurada a partir das contas nacionais trimestrais do Instituto Nacional de Estatística e o valor da variação média do índice de preços no consumidor (IPC), sem habitação, nos últimos 12 meses, a publicar pelo INE em novembro.

(Notícia atualizada às 17h03)

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IRC das PME desce para 16% no próximo ano. Meta é baixar até 12,5%

Além da descida da taxa geral de IRC de 20% para 21%, o Governo pretende baixar também em um ponto percentual a taxa aplicada às PME.

O Governo pretende beneficiar também as PME com a descida do IRC, incluindo na proposta de Orçamento do Estado uma redução do imposto de 17% para 16%, sobre os primeiros 50 mil euros de matéria coletável. A taxa geral também baixa um ponto percentual, para 20%, mantendo a cedência feita nas negociações com o PS, segundo a apresentação feita pelo ministro das Finanças.

O Executivo pretende ir mais longe na descida do IRC para as PME, apontando um objetivo de chegar aos 12,5% no espaço de três anos, sem indicar o ritmo.

Já em relação a futuras descidas da taxa geral não é feita qualquer referência. Na proposta negocial que enviou ao PS, o Governo apontava para um objetivo de 17%, descendo um ponto percentual em casa ano. A vontade original do Executivo era chegar aos 15%.

A descida do IRC faz parte do acordo de rendimentos assinado este mês com os parceiros sociais, com exceção da CGTP. Resta saber se o Orçamento vai ser aprovado pelo Parlamento.

(Artigo atualizado com valor da matéria coletável para as PME)

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CFP endossa previsões do Orçamento do Estado, mas alerta para riscos externos

Embora valide as projeções, a CFP identifica "alguns riscos relevantes" sobre o atual cenário macroeconómico, especialmente o de "deterioração" expressiva da conjuntura internacional, em 2024 e 2025.

O Conselho das Finanças Públicas (CFP) validou as previsões macroeconómicas que constam na proposta para o Orçamento do Estado para 2025 (OE 2025). De acordo com o relatório publicado esta quinta-feira no site do Parlamento, a entidade liderada por Nazaré da Costa Cabral “endossa as previsões macroeconómicas apresentadas“.

No documento apresentado, o Ministério das Finanças prevê um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,8% este ano e de 2,1% em 2025, de acordo com o cenário macroeconómico do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) entregue esta quinta-feira no Parlamento e ao qual o ECO teve acesso. As perspetivas significam uma ligeira revisão em baixa para 2024 e em alta para 2025 face aos 2% para ambos os anos sinalizado aos partidos políticos nas reuniões de negociação da proposta orçamental.

“O crescimento pelo Ministério das Finanças para 2024 assenta na expectativa de um aumento do contributo da procura interna e de um contributo ligeiramente negativo das exportações líquidas”, lê-se no parecer doCFP. Quanto ao próximo ano, a entidade “o cenário subjacente antecipa uma desaceleração no crescimento na generalidade dos deflatores da procura interna”.

Ainda assim, o CFP identifica “alguns riscos relevantes” sobre o atual cenário macroeconómico, em particular perante um risco de uma “deterioração” expressiva, em 2024 e 2025, da conjuntura internacional comparativamente às previsões iniciais, “o que poderá penalizar de forma mais intensa as perspetivas de procura externa e afetar negativamente as exportações”.

Mesmo perante os riscos e a incerteza, a instituição liderada por Nazaré da Costa Cabral considera que “o cenário macroeconómico subjacente afigura-se como provável e prudente”, estando as previsões “globalmente alinhadas” com as projeções para a economia portuguesa, os preços das matérias-primas nos mercados internacionais e com as decisões de política monetária por parte do Banco Central Europeu (BCE), acrescentou.

(Noticia atualizada pela última vez às 17h05)

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Gasolineiras espanholas reforçam oferta “low-cost” em Portugal

  • Lusa
  • 10 Outubro 2024

A Petroprix e a Plenoil expandem as suas redes de postos de combustíveis em Portugal. A Petroprix pretende abrir 50 postos em Portugal enquanto que a Plenoil vai abrir 10 postos nos próximos meses.

De uma assentada, a Petroprix e a Plenoil apresentaram esta quinta-feira novos reforços para a oferta de postos de combustíveis “low-cost” em Portugal.. A Petroprix abriu um novo posto de abastecimento na Covilhã, segunda inauguração da empresa no país, depois de Águeda, enquanto que a Plenoil anunciou a abertura de 10 postos para os próximos meses.

O novo posto aberto pela Petroprix está situado na Quinta das Laranjeiras, na Covilhã, em Castelo Branco, e faz parte do plano da empresa de abrir 50 postos em Portugal entre 2025 e 2026. O posto de combustível segue o mesmo modelo de Águeda, primeiro posto da empresa no país. O serviço da Petroprix funciona 24 horas por dia, sete dias da semana, com capacidade para seis veículos em simultâneo. Além da Covilhã, a empresa já tem o posto de Matosinhos pronto para abrir em breve.

Ainda só em fase de anúncio está a Plenoil. Numa primeira fase do plano de expansão internacional, os espanhóis pretendem chegar aos dez postos de abastecimento nos próximos meses, nos distritos de Aveiro, Braga, Guarda, Lisboa, Porto, Viana do Castelo e Viseu. Tal como a compatriota, a Plenoil também terá abertura 24 horas por dia, contando com serviço automático durante a noite.

Tanto a Petroprix como a Plenoil justificaram a localização dos novos postos como uma estratégia para estarem mais próximos do consumidor português sem que este tenha que se deslocar por grandes distâncias para ter acesso aos postos “low cost” que estas empresas oferecem no seu país. Ambas decidiram entrar agora em Portugal, quando passam 11 anos da sua fundação.

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Governo prevê nova redução da dívida pública para 93,3% do PIB em 2025

O rácio da dívida pública deverá cair pelo quinto ano consecutivo em 2025 para o valor mais baixo desde 2009. Encargos com os juros da dívida devem aumentar "apenas marginalmente".

O Governo projeta uma nova diminuição do rácio da dívida pública e dos encargos com juros em 2025, de acordo com a proposta de Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) que o ECO teve acesso.

Segundo o documento, a dívida pública deverá cair para 93,3% do PIB em 2025, face aos 95,9% estimados para 2024 e 97,9% em 2023. “O crescimento do PIB nominal e o excedente primário contribuirão para a redução do rácio da dívida em, respetivamente, 9,1 pontos percentuais e cinco pontos percentuais do PIB, em 2024 e 2025”, lê-se no documento.

Esta trajetória descendente permitirá que Portugal continue a reduzir o peso da dívida a um ritmo superior ao da média da Zona Euro, contabilizando em 2025 o quinto ano consecutivo da queda do rácio da dívida pública. No entanto, “os ajustamentos défice – dívida e a despesa com juros darão um contributo no sentido do aumento do rácio da dívida, em termos acumulados nos dois anos, de 5,1 pontos percentuais e 4,3 pontos percentuais do PIB, respetivamente”, refere a proposta do OE2025.

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Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir o gráfico.

O Governo antecipa que no final de 2025 o saldo da dívida direta do Estado atinja 323,7 mil milhões de euros, mais 6,2% face aos 304,7 mil milhões de euros estimados para este ano. “A variação anual de 19 mil milhões de euros esperada em 2025 resultará essencialmente do aumento do saldo vivo de obrigações do Tesouro (11,1 mil milhões de euros)”, lê-se na proposta do OE2025.

Os números do Governo antecipam ainda que a dívida de curto prazo deverá aumentar cerca de 7,2 mil milhões de euros devido ao aumento do saldo de Bilhetes do Tesouro em 9,1 mil milhões de euros, que será “parcialmente compensado pela redução do saldo de CEDIC em 1,9 mil milhões de euros.”

Quanto aos encargos com a dívida pública, o Governo prevê que “o peso das despesas com juros no PIB deverá aumentar apenas marginalmente em 2025“, destacando que “dada a elevada maturidade média do stock, o impacto no serviço da dívida do aumento dos custos de financiamento em 2022 e 2023 continuará a ser mitigado pelo contributo da dívida emitida a taxas mais reduzidas.”

Segundo a proposta do OE2025, os juros e outros encargos da dívida pública fixar-se em 6.731 milhões de euros, mais 2,4% face aos 6.570 milhões de euros estimados para este ano.

As projeções do Governo apontam também para um aumento ligeiro da taxa de juro implícita da dívida pública. “Para este resultado contribui o efeito de substituição de dívida emitida anteriormente por emissões realizadas em 2022 e 2023, num contexto de subida das taxas de juro de mercado”, refere a proposta do OE2025.

Para o próximo no ano, “os efeitos de substituição do stock serão acompanhados por uma relativa estabilização das taxas de juro aplicáveis às novas emissões, perspetivando-se que a taxa de juro implícita permaneça aproximadamente constante.”

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Isenção no IRS para os jovens alargada a 10 anos

Trabalhadores até aos 35 anos e até ao sexto escalão de rendimentos vão ter direito ao benefício. A medida terá um impacto de 525 milhões de euros do lado da perda de receita.

Jovens até aos 35 anos, independentemente das habilitações académicas, e até ao sexto escalão de rendimentos vão ter direito a uma isenção em IRS durante 10 anos, segundo a proposta do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025). A medida vai ter um impacto de 525 milhões de euros do lado da perda de receita.

“Esta medida deverá chegar a 350 mil a 400 mil jovens”, estima o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento.

O Governo foi assim a meio caminho da exigência do PS que queria reduzir o período que o benefício, de 13 anos, que o Executivo da Aliança Democrática tinha proposto inicialmente. Atualmente o IRS dá uma isenção entre 100% e 25% durante cinco anos.

“O reforço do rendimento dos jovens é conseguido com a aposta no IRS Jovem, alargando a todos os jovens até aos 35 anos, independentemente do seu nível de escolaridade, prolongando a sua aplicação no tempo e aumentado os limites do rendimento isento de IRS”, lê-se no relatório do OE.

Questionado sobre qual o primeiro ano em que um jovem trabalhador pode começar a ter do benefício, o ministro das Finanças explicou que “conta a partir do momento em que passa a entregar IRS sozinho ou em conjunto” como o cônjuge. “No seu primeiro ano de trabalho, entra no regime de 10 anos, tendo como limite 35 anos”, reforçou Joaquim Miranda Sarmento.

Assim, “o Governo propõe neste Orçamento do Estado o alargamento do IRS Jovem, ampliando o regime a todos os jovens até aos 35 anos (independentemente do grau de escolaridade) e não fazendo depender a sua aplicação das habilitações académicas alargando a aplicação de tal regime de isenção, que passa a ter uma duração de 10 anos (ao invés dos cinco anos atualmente em vigor); e aumentando o limite máximo do rendimento até ao qual se aplicam as isenções (que passa dos atuais 10/20 ou 40 IAS para 55 IAS)”, indica o Governo.

A isenção passa então a abranger, durante os 10 anos do benefício, rendimentos até 55 vezes o Indexante de Apoios Sociais (IAS) ou 28.009 euros anuais de ganhos de trabalho dependente ou independente, o que corresponde a um salário bruto mensal de cerca de 2.000 euros. Este patamar vai no limiar imediatamente acima do sexto escalão do IRS.

A proposta fica acima do regime em vigor que dá isenção até 40 vezes o IAS (20.370 euros), no primeiro ano, de 30 IAS (15.277 euros), no segundo, de 20 IAS (10.184 euros), no terceiro e quarto anos de atividade, e de 10 IAS (5.095 euros), no quinto.

O faseamento da isenção do novo IRS Jovem também é mais vantajoso do que aquele que está em vigor. Assim, em vez de dar 100% de isenção, no primeiro ano, 75%, no segundo ano, 50%, no terceiro e quarto anos, e 25%, no último ano, com os limites acima referidos, o Governo propõe atribuir 100%, no primeiro ano, 75%, entre o segundo e quarto anos, 50% entre o quinto e o sétimo anos, e 25% de isenção, entre o oitavo e 10.º anos de atividade.

Fonte: Proposta do Orçamento do Estado para 2025

Esta proposta é muito diferente daquela que o Executivo tinha dado entrado no Parlamento sobe a forma de pedido de autorização legislativa e que já deixou cair precisamente esta quinta-feira, dia em que entregou a proposta orçamental no Parlamento.

Na versão inicial, o Executivo queria aplicar uma nova tabela aos jovens até aos 35 anos com taxas máximas de 15% e que iria beneficiar rendimentos até ao penúltimo e 8.º escalão de IRS, isto é, até 80.000 euros brutos anuais.

(Notícia atualizada às 17h04)

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Leia aqui a proposta de Orçamento do Estado para 2025

  • ECO
  • 10 Outubro 2024

O documento já deu entrada na Assembleia da República. Medidas aprovadas no Parlamento à revelia do Governo como a descida do IRS, do IVA da luz e o fim das portagens vão custar 740 milhões.

A pen com a proposta de Orçamento do Estado para 2025 já foi entregue à Assembleia da República. O documento, que acaba de ser publicado no site do Parlamento, já conta com medidas aprovadas pela oposição à revelia do Governo como a descida do IRS, do IVA da eletricidade e o fim das portagens que vão ter um impacto de 740 milhões de euros.

Leia aqui o relatório do Orçamento ou aqui:

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