Liga Portugal #8 O reencontro de Amorim, Benfica na Turkish e FC Porto com grande jogo

O Sporting, líder incontestado até ao momento, vai receber o Casa Pia; o Benfica vai à Choupana enfrentar o Nacional da Madeira e o FC Porto vai acolher o jogo cabeça de cartaz, com o Braga.

Última semana antes de o comboio da Liga Portugal fazer novamente a paragem que muitos adeptos não gostam tanto. A paragem de seleções. Finalizada a jornada 8, o futebol de clubes só vem quase duas semanas depois, com a Taça de Portugal, e o campeonato apenas no final do mês de outubro. O Sporting, líder incontestado até ao momento, vai receber o Casa Pia; o Benfica vai à Choupana enfrentar o Nacional da Madeira e o FC Porto vai acolher o jogo cabeça de cartaz, com o Braga.

Dando um flashback breve à última jornada, os principais destaques foram o primeiro ponto somado do Farense (empate com o AVS SAD a zeros); as goleadas do Benfica sobre o Gil Vicente (5-1), FC Porto ao Arouca (4-0) e o Braga com o Rio Ave (4-0); a vitória tranquila do Sporting (3-0) sobre o Estoril-Praia; a perda de pontos do Vitória SC e do Famalicão e mais uma vitória do Santa Clara, que está a fazer um início de temporada brutal na Primeira Liga.

Sporting x Casa Pia: Vida adulta traz frequentes dores de cabeça

Internamente não há ninguém como o Sporting na Primeira Liga. Até ao momento, pelo menos. A turma de Rúben Amorim tem dado lições semana a semana de como jogar um futebol ofensivo e variado, mantendo o controlo defensivo (sofreram muito pouco). Agora vão enfrentar o Casa de Pia de João Pereira, que tem crescido nos últimos tempos. Não esquecer que Rúben Amorim reencontra uma “casa” que conhece bem.

Um dos aspetos mais importantes que se observou na última jornada contra o Estoril-Praia foi a forma como o Sporting reagiu à perda e recuperou muitas bolas em zonas avançadas do terreno, fruto também de ter vários jogadores no meio-campo ofensivo. Nesta lógica, o Casa Pia de João Pereira deverá preocupar-se com a saída da primeira fase de construção e como superar a pressão dos leões, além de montar uma estratégia compacta e organizada no plano defensivo para travar o poder de força adversário. Não será nada fácil ainda por cima estando a jogar em Alvalade.

Além da ausência de Pedro Gonçalves – que obriga Rúben Amorim a procurar soluções criativas no corredor esquerdo – as maiores de cabeça do Sporting concentram-se na linha defensiva, pois Matheus Reis e Ousmane Diomande são baixas, Gonçalo Inácio e Eduardo Quaresma estão em dúvida e Jeremiah St. Juste em fase final de recuperação. Há Zeno Debast totalmente disponível. O Sporting mantém-se como uma equipa adulta e, tal como na vida, não é imune a problemas.

Nacional x Benfica: Águias voam cada vez alto e visitam agora a Madeira

Há vários estádios emblemáticos em Portugal e a Choupana é um deles. Ainda assim, nesta temporada, o Nacional não leva um bom registo em casa. Começou por ser goleado pelo Sporting por 6-1, venceu o Farense por 2-0 (não é um grande feito, pois o Farense só na última semana é que somou o primeiro ponto na Liga e isso diz muito) e perdeu 3-0 com o Braga. Depois da ressaca europeia do Benfica – goleada ao Atlético Madrid – a turma de Bruno Lage deverá vir com muito mais confiança. O que por vezes é muito bom, por vezes pode ser mau.

O Benfica está no melhor momento dos últimos tempos. Desde que Bruno Lage assumiu o comando, houve exatamente o que Rui Costa desejava: uma resposta num curto espaço de tempo, aproximação dos adeptos à equipa, melhor futebol e resultados. São já cinco vitórias consecutivas. O abandono da dupla Florentino-Barreiro e a utilização de um sistema de três médios; o conforto de Orkun Kokçu a jogar como médio interior esquerdo e a assumir a organização; o regresso de Fredrik Aursnes ao meio-campo e as sociedades no corredor esquerdo com Carreras (exibição brutal) e Kerem Akturkoglu (grande momento) têm sido chave.

FC Porto x Braga: O Cabeça de Cartaz

Dragões e Arsenalistas vão batalhar no jogo cabeça de cartaz da oitava jornada da Primeira Liga. Por muito pouco, o FC Porto tinha uma noite incrível na Europa League, com reviravolta frente ao Manchester United – o golo de Harry Maguire já nos descontos deixou um dissabor. Já ao Braga as coisas correram bem piores: derrota de 3-0 em casa do Olympiacos. Em ressaca europeia, as duas equipas vão enfrentar-se este fim-de-semana às 20h30 de domingo.

O FC Porto de Vítor Bruno ainda está em crescimento e apresenta por isso certas lacunas defensivas, especialmente no que à transição diz respeito. O Braga também sofre do mesmo problema, mas, além de coletivo, a questão estende-se à individualidade dos seus defesas. A nível ofensivo, o FC Porto tem encontrado a felicidade muitas vezes através de Samu Aghehowa (jogador pediu para não ser chamado Omorodion) e trabalha na gestão equilibrada entre um ataque mais direito e um ataque mais apoiado e sustentado. Depende também do adversário e das suas fragilidades.

Rodrigo Zalazar é uma grande baixa do Braga de Carlos Carvalhal e o treinador deverá assim montar uma estratégia com dois extremos puros. Recordar que o conjunto minhoto está atualmente no quinto lugar (14P), um ponto atrás do Santa Clara (15P) e dois do Benfica (16P). O objetivo será somar pontos e subir na tabela classificativa antes da paragem internacional, mas não será de todo fácil.

Sexta-feira, 4 de outubro

Moreirense FC – Boavista FC, 20h15 – Sport TV

Sábado, 5 de outubro

GD Chaves – Gil Vicente FC, 15h30 – Sport TV

SC Farense – FC Vizela, 15h30 – Sport TV

SC Braga – Rio Ave FC, 18h00 – Sport TV

Estoril Praia – SL Benfica, 20h30 – Sport TV

Domingo, 6 de outubro

FC Famalicão – Vitória SC, 15h30 – Sport TV

Casa Pia AC – Estrela Amadora, 15h30 – Sport TV

FC Porto – Portimonense, 18h00 – Sport TV

Sporting CP – FC Arouca, 20h30 – Sport TV

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Líder do Supremo pressiona aprovação do OE. E o princípio de separação de poderes?

O líder do Supremo considerou que a incerteza sobre a viabilização do próximo OE e novas eleições antecipadas com um eventual “chumbo” levaria a “um rude golpe na credibilidade das instituições".

No decorrer da atualidade política relativa à aprovação ou não aprovação do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), na sequência da falta de consenso entre o Governo e o PS, podem ter passado despercebidas as palavras do presidente do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) — a mais alta instância judicial do país –, que apelou à “maturidade democrática” dos políticos, de forma a evitar uma eventual queda do Governo caso o OE não seja aprovado.

Apesar do previsto na Constituição da República Portuguesa (CRP) relativo a uma clara separação de poderes entre o poder político e o poder judicial — no artigo 11º — João Cura Mariano não se fez rogado e pressionou esse mesmo poder político: “Confio que uma desejável maturidade democrática dos nossos dirigentes políticos evite que, entretanto, ocorra uma terceira dissolução da Assembleia da República num curto período temporal, a qual, a verificar-se, adiaria mais uma vez o tão necessitado conjunto de reformas na área da Justiça e colocaria este Supremo Tribunal na inédita situação de não dispor de um número mínimo de juízes que assegurassem o seu regular funcionamento”, afirmou Cura Mariano.

Num discurso proferido na cerimónia de tomada de posse de oito novos juízes conselheiros, o líder do Supremo considerou que o cenário de incerteza sobre a viabilização do próximo OE e a perspetiva de novas eleições antecipadas com um eventual “chumbo” levaria a “um rude golpe na credibilidade das instituições democráticas, neste caso ferindo de morte o Supremo Tribunal de Justiça”.

Questionado pelo ECO/Advocatus se essas declarações não poriam em causa a separação de poderes, o juiz conselheiro explicou que apenas advertiu “quais seriam as consequências de mais uma dissolução do Parlamento para os tribunais, mais concretamente para o Supremo Tribunal de Justiça, no cumprimento de um dever de cooperação institucional”.

João Cura Mariano, presidente do STJLusa

Ao ECO, o advogado Paulo Saragoça da Matta, sócio da DLAPiper, defende que “a ideia do senhor presidente do STJ é correta, mas atrasará muitas outras alterações legislativas e não só essa”.

“Mas não penso que signifique um rude golpe na credibilidade das instituições democráticas. O STJ está a funcionar, pelos vistos mal, mas este mal existe há décadas. E se o STJ está ferido de morte, continua a sangrar na arena há anos. Quanto ao objeto de alteração: há que fazer um urgente rejuvenescimento dos juízes conselheiros. Há uma questão a tratar. Mas não é uma questão de emergência, não penso que seja um rude golpe”, entende o advogado.

Luís Couto, advogado e sócio da SPCB Legal, refere que o presidente do STJ expressou uma opinião, “o que não constitui, per si, uma violação do princípio da separação de poderes, que decorre do artigo 111.º da Constituição da República Portuguesa”.

Além disso, diz o jurista, “apesar de aos magistrados judiciais ser ‘vedada a prática de atividades político-partidárias de caráter público’, como o determina o art. 6.º-A do Estatuto dos Magistrados Judiciais, a expressão de uma opinião política, ainda que numa cerimónia pública, não parece enquadrar-se no conceito de atividade político-partidária”.

Mas o advogado diz que, “ainda que se possa considerar inconvenientes as declarações proferidas pelo presidente do STJ, produzidas numa cerimónia pública, que podem constituir uma tentativa de pressão sobre os partidos com assento parlamentar para que aprovem (ou permitam que seja aprovada) a lei do Orçamento de Estado em preparação pelo Governo, não são as mesmas adequadas à subversão do principio da separação de poderes, sob o ponto de vista estritamente jurídico”.

Apenas adverti quais seriam as consequências de mais uma dissolução do Parlamento para os tribunais, mais concretamente para o Supremo Tribunal de Justiça, no cumprimento de um dever de cooperação institucional”.

João Cura Mariano

Presidente do Supremo Tribunal de Justiça

João Cura Mariano salientou a pressão existente sobre o STJ relativamente à renovação constante do quadro de magistrados, ao equivaler a permanência nesta instância “ao tempo de vida de uma libelinha” ou a “um guichet de uma qualquer repartição pública”, no qual os juízes apresentam o pedido de jubilação pouco depois de chegarem. Nesse sentido, anunciou que já enviou ao Governo uma proposta de alteração com vista ao “urgente rejuvenescimento”.

“Só poderá ser alcançado com uma urgente alteração legislativa às regras de acesso ao Supremo Tribunal de Justiça que constam do Estatuto dos Magistrados Judiciais e, por isso, exigem a intervenção da Assembleia da República. Já foi entregue ao Governo um projeto que, através de um alargamento considerável do leque de concorrentes, permita que juízes das Relações com idades mais baixas possam ingressar nos quadros do Supremo”, frisou.

Cura Mariano disse que esta “situação de emergência” afeta a qualidade da jurisprudência e que o Governo encara a proposta de alteração “como uma prioridade urgente”, convertendo em breve numa proposta de lei a apresentar no Parlamento.

O juiz conselheiro João Cura Mariano foi eleito em maio presidente do STJ. O novo presidente do STJ — quarta figura do Estado — foi juiz do Tribunal Constitucional entre 2007 e 2016, passou pelos tribunais da Relação de Coimbra e do Porto e integrou ainda o Conselho Consultivo da Procuradoria-Geral da República. Formou-se em Direito na Universidade de Coimbra e iniciou funções na magistratura judicial em 1986.

Cura Mariano, de 66 anos, sucede na presidência do STJ a Henrique Araújo, que deixa o cargo por ter atingido o limite de idade para a função: 70 anos. Como o mandato de presidente do STJ é de cinco anos, o juiz conselheiro agora eleito também não poderá cumprir o seu mandato até ao fim.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Marcelo discursa no 114.º aniversário da Implantação da República

  • Lusa
  • 5 Outubro 2024

Esta é o primeiro 5 de Outubro no atual quadro de Governo minoritário PSD/CDS-PP chefiado por Luís Montenegro,

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, vai discursar este sábado no 114.º aniversário da Implantação da República, data em que se tem dirigido aos políticos com mensagens sobre a qualidade da democracia.

Esta é o primeiro 5 de Outubro no atual quadro de Governo minoritário PSD/CDS-PP chefiado por Luís Montenegro, na sequência das legislativas antecipadas de 10 de março, e acontece num contexto de negociações sobre o Orçamento do Estado para 2025.

Na tradicional sessão solene na Praça do Município, em Lisboa, marcada para as 11:00, o chefe de Estado irá intervir depois do presidente da Câmara Municipal, Carlos Moedas, na presença, entre outros, do primeiro-ministro, Luís Montenegro, e do presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco.

Antes dos discursos, será hasteada a bandeira portuguesa na varanda do Salão Nobre dos Paços do Concelho, ao som do hino nacional.

No 05 de Outubro de 2023, com António Costa como primeiro-ministro, o Presidente da República fez um discurso de dez minutos em que defendeu que os sistemas políticos e partidários “devem evoluir e reformar-se, reaproximar-se dos povos, e desse modo não deixarem espaço para que outros preencham o vazio que vão deixando atrás de si”.

Marcelo Rebelo de Sousa sustentou que “as instituições internacionais ou domésticas mudam a bem ou mudarão a mal, e mal porque tarde e atabalhoadamente”, num tempo em que alguns “persistem em não ver que a balança de poderes do mundo está em mudança”.

“Só depende de nós, nós responsáveis a todos os níveis, nós povos, nós cidadãos de Portugal, da Europa e do mundo”, afirmou.

“Sabemos mais do que os outros no passado sabiam, temos mais lições desse passado para retirar. Vivemos em liberdade e não podemos deixar morrer essa liberdade, toda ela, incluindo a liberdade de pensamento e de expressão, custe o que custar. Podemos fazer democracias mais fortes, se não nos contentarmos em esperar para ver”, acrescentou.

Na cerimónia de 2022, ano em que o PS passou a governar com maioria absoluta, o chefe de Estado afirmou que em democracia “existe caminho para todos” e “cabe a todos fazê-la avançar, não estagnar ou recuar”, considerando que “é saudável a exigência crítica”.

O 05 de Outubro voltou a ser feriado nacional em 2016, ano em que Marcelo Rebelo de Sousa se tornou Presidente da República, quando o PS governava com o apoio parlamentar dos partidos à sua esquerda. Este feriado tinha sido eliminado em 2013 pelo anterior Governo PSD/CDS-PP, em período de assistência financeira externa.

No seu primeiro discurso nesta data, Marcelo Rebelo de Sousa realçou a importância do “exemplo dos que exercem o poder”, advertindo para os efeitos sobre a democracia que ocorrem “de cada vez que um responsável público se deslumbra com o poder, se acha o centro do mundo, se permite admitir dependências pessoais ou funcionais”.

Em 2017, no rescaldo de eleições autárquicas, dirigiu-se novamente aos protagonistas políticos pedindo-lhes “grandeza de alma para fazer convergências” e “humildade cívica” para reconhecer o que corre bem e mal, com atenção ao médio e longo prazo, e alertou: “Não há sucessos eternos nem revezes definitivos”.

No ano seguinte, apelou à permanente construção da democracia face às “tentações radicais, egoístas, chauvinistas ou xenófobas”, defendendo que é fundamental “a inovação e a proximidade no sistema político” e a renovação de mandatos, contra “regimes de poder pessoal”.

Em 2019, a cerimónia comemorativa da Implantação da República na Praça do Município, Lisboa, não teve discursos, por ser véspera de legislativas.

Em 2020, nesta data, Marcelo Rebelo de Sousa apontou a crise provocada pela pandemia de covid-19 como oportunidade para “mudar instituições e comportamentos e antecipar de modo irreversível o nosso futuro”.

No 05 de Outubro de 2021, pediu um país “mais inclusivo” e que entrasse a tempo no “novo ciclo da criação de riqueza”, aproveitando os fundos europeus “com rigor, eficácia e transparência”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

OPA geral e obrigatória sobre Greenvolt decorre entre 07 e 24 de outubro

  • Lusa
  • 5 Outubro 2024

O fundo KKR diz que se passar a deter mais de 90% do capital da Greenvolt através desta OPA obrigatória, vai acionar o mecanismo da OPA potestativa com vista a retirar a empresa de bolsa.

A Oferta Pública de Aquisição (OPA) geral e obrigatória sobre a Greenvolt GVOLT 0,00% lançada pela GVK Omega, do fundo norte-americano KKR, decorre entre 07 e 24 de outubro, de acordo com o prospecto publicado pela CMVM.

De acordo com o documento, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) “registou a oferta e publicou o prospeto” da operação que tem como visada a Greenvolt e a oferente a GVKOmega, filiada do fundo norte-americano Kohlberg Kravis Roberts (KKR).

Nesta oferta para adquirir a posição que ainda não controla da Greenvolt, o KKR, através da sociedade GVK Omega, propõe-se a pagar 8,3107 euros por cada ação, “o que equivale ao montante global da oferta de 452.683.371,9 euros”, de acordo com o prospeto.

“A contrapartida será paga em dinheiro, deduzida de qualquer montante (ilíquido) que venha a ser atribuído a cada ação-alvo a título de dividendos, de adiantamento sobre os lucros do exercício ou de distribuição de reservas. Essa dedução será efetuada a partir do momento em que o direito ao montante em causa seja destacado das ações-alvo e desde que esse momento ocorra antes da liquidação da oferta”, refere o documento.

De acordo com o prospeto, “a oferta produzirá efeitos entre as 08:30 (hora de Lisboa) de 07 de outubro de 2024 e as 15:30 (inclusive) (hora de Lisboa) de 24 de outubro de 2024, sem prejuízo de eventual prorrogação se a oferta for modificada ou revista, se for lançada uma oferta concorrente ou se a proteção dos interesses dos destinatários o justificar”.

Segundo os objetivos, a GVK Omega “pretende contribuir para o desenvolvimento a longo prazo e crescimento sustentável” da Greenvolt.

Nesse sentido, “perspetiva-se que a sociedade visada e o grupo da sociedade visada continuem a exercer as suas atividades de acordo com a orientação estratégica definida pelo Conselho de Administração” da Greenvolt” em 2022.

O fundo “acredita que a venda cruzada de produtos entre o grupo KKR e a sociedade visada (começando pela geração distribuída), a disponibilização de fundos pela oferente e o acesso da sociedade visada e do grupo da sociedade visada à experiência de partes relacionadas na obtenção e negociação de soluções de financiamento com bancos permitirá acelerar o crescimento” da Greenvolt, “não sendo de excluir que tal aceleração do crescimento (a ter lugar) possa levar, no futuro, a uma revisão do plano estratégico anunciado em 2022 pela administração”.

Os norte-americanos dizem ainda que, se passarem a deter mais de 90% do capital da Greenvolt através desta OPA obrigatória, vão acionar o mecanismo da OPA potestativa com vista a retirar a empresa de bolsa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Visabeira compra participação de 24% na Martifer

  • ECO
  • 4 Outubro 2024

A I'M, dos irmãos Carlos e Jorge Martins, vendeu uma posição de 24% na Martifer à Visabeira. O preço base por ação foi fixado em 1,60 euros, totalizando um investimento de 38,4 milhões de euros.

A Visabeira Indústria anunciou esta sexta-feira que comprou uma participação qualificada de 24% na Martifer. Em comunicado ao mercado, também a sociedade I’M, dos irmãos Carlos e Jorge Martins, informa que “celebraram um contrato-promessa de compra e venda de ações representativas de 24% do capital social da Martifer – SGPS, SA, bem como um acordo parassocial que regerá as respetivas relações enquanto acionistas”.

A operação, concretizada a 2 de outubro de 2024, envolveu a compra de 24 milhões de ações da Martifer. O preço base por ação foi fixado em 1,60 euros, totalizando um investimento de 38,4 milhões de euros. Adicionalmente, o acordo prevê um acréscimo ao preço base, calculado com base nos dividendos relativos ao ano de 2025.

Considerando as ações próprias detidas pela Martifer à data da transação, as 24 milhões de ações adquiridas pela Visabeira Indústria correspondem a 24,54% dos direitos de voto não suspensos da Martifer.

A I’M exclui a obrigação do lançamento de uma Oferta Pública de Aquisição (OPA), ainda que “a eficácia de ambos os contratos” esteja “dependente de condições cuja verificação não está na disponibilidade das partes”, indica em nota.

Em julho, à I’M SGPS eram imputadas as participações e direitos de voto dos irmãos Martins e da Black and Blue Investimentos – detida pelo chairman Carlos Martins –, com a holding a controlar 48 milhões de ações da Martifer, correspondentes a 48,09% do capital e 49,18% dos direitos de voto. Uma participação acima da Mota-Engil, com 37,5% do capital.

Com esta operação, a construtora passa assim a ser a principal acionista, com a I’M e a Visabeira Indústria a deter 24% cada do capital da Martifer. A aquisição foi realizada pela Visabeira Indústria SGPS, S.A., uma subsidiária detida a 100% pelo Grupo Visabeira. Por sua vez, a Grupo Visabeira é controlado em 98,57% pela NCFGEST S.A., cujo capital é integralmente detido por Fernando Campos Nunes.

(atualizada às 21h41 com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

PME

ESG contribuem para o sucesso da sua PME

  • SegurosPME
  • 4 Outubro 2024

A adoção dos princípios ESG nas PMEs e microempresas é essencial para mitigar riscos, melhorar a gestão de seguros e fortalecer a competitividade no mercado, assegurando um futuro mais sustentável.

Os princípios ESG – Ambiental, Social e Governação – são hoje considerados pilares fundamentais na mitigação de riscos nas PME e microempresas. Cada um destes componentes oferece uma estrutura que promove a sustentabilidade e fortalece a resiliência das organizações.

De onde surgiram os princípios ESG?

Os princípios de ESG (Ambiental, Social e Governação) surgiram como uma resposta à crescente preocupação com os impactos sociais e ambientais da atividade empresarial, mas também como uma forma de gestão de risco e criação de valor a longo prazo. Embora o conceito tenha raízes em ideias anteriores sobre a responsabilidade das empresas, foi no início dos anos 2000 que o ESG ganhou forma e relevância.

O marco inicial pode ser identificado com o lançamento do Pacto Global das Nações Unidas, em 2000, seguido pelo relatório “Who Cares Wins“, de 2004, que foi impulsionado por instituições financeiras como o Banco Mundial. Este relatório sugeria que integrar fatores ambientais, sociais e de governação nas decisões de investimento poderia resultar em retornos financeiros robustos. O termo ESG, portanto, surgiu como uma ferramenta para gestores de ativos e investidores identificarem riscos e oportunidades em investimentos de longo prazo.

A implementação em larga escala foi conduzida por fundos de investimento, como a BlackRock, a Vanguard e a State Street, que a partir da década de 2010 começaram a aconselhar que as empresas adotassem práticas ESG. O objetivo principal era proteger os seus investimentos de riscos associados a fatores ambientais, sociais e de governação, e, ao mesmo tempo, responder à pressão crescente de consumidores, reguladores e investidores institucionais mais conscientes e exigentes.

Na essência, o ESG visa promover práticas empresariais mais sustentáveis e responsáveis e, especialmente, preservar e aumentar o valor económico das empresas ao longo do tempo. Através de uma gestão dos riscos e da adaptação às mudanças globais, como a transição energética e a maior atenção às questões de desigualdade social, o ESG tem-se tornado uma parte essencial da estratégia empresarial e de investimento no mundo atual.

Conheça os três princípios ESG:

  • Ambiental (E): O primeiro princípio, que se refere à proteção do ambiente, abrange a gestão de recursos naturais e a redução das emissões de gases de efeito estufa. Exemplos incluem a adoção de práticas de eficiência energética e o tratamento sustentável de resíduos. As empresas são incentivadas a pensar no seu impacto ambiental e a implementar estratégias que reduzam a sua pegada ecológica.
  • Social (S): O componente social foca-se nas relações que a empresa estabelece com colaboradores e fornecedores. Promover a diversidade e inclusão, respeitar os direitos humanos e garantir condições de trabalho adequadas são essenciais. Esta abordagem melhora o bem-estar dos colaboradores e potencia a produtividade.
  • Governação (G): Por fim, a governança trata das políticas internas da empresa e da forma como é gerida. Práticas de transparência, independência na gestão e responsabilidade são cruciais. Assegurar que a empresa opera com integridade não só protege os interesses dos acionistas, mas também solidifica a confiança do mercado.

Especificamente, percebemos que adoção de práticas ambientais responsáveis pode levar a uma diminuição das apólices de seguro, uma vez que empresas que implementam medidas de sustentabilidade estão menos expostas a riscos ambientais, como desastres naturais e poluição.

Por outro lado, uma abordagem social robusta que prioriza o bem-estar dos colaboradores e a responsabilidade social pode resultar em menores taxas de sinistralidade, visto que ambientes de trabalho saudáveis tendem a reduzir acidentes e doenças.

Uma governação eficaz, que assegura transparência e responsabilidade, atrai investidores, e pode influenciar positivamente as condições das apólices de seguros, uma vez que as seguradoras valorizam empresas com estruturas de gestão sólidas e éticas. Assim, ao incorporar os princípios ESG, as PMEs e Microempresas mitigam riscos e melhoram a sua posição nas negociações de seguros, tornando-se mais resilientes e competitivas no mercado.

A adoção destes princípios é uma questão de responsabilidade social e uma estratégia de negócios inteligente que, sem dúvida, conduz a maior competitividade e sustentabilidade a longo prazo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

PS admite baixa do IRC só em 2025 e aceita IRS Jovem durante 7 anos

Pedro Nuno acolhe proposta do Governo para o IRS Jovem mas quer reduzir o período de benefício de 13 para 7 anos. No IRC, deixa passar a descida de um ponto desde que não haja novas reduções.

Pedro Nuno Santos abriu a porta, esta sexta-feira, à viabilização socialista do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025). “Estamos no caminho da viabilização do OE”, disse o Secretário-geral do Partido Socialista, no Largo do Rato, antes de lançar uma nova contraproposta às medidas de “aproximação” deixadas pelo primeiro-ministro no dia anterior.

Pedro Nuno acolhe a proposta do Governo para o IRS Jovem, mas quer reduzir o período do benefício de 13 para sete anos, sem prejuízo de futuras avaliações apontarem para o seu alargamento. No IRC, deixa passar a descida de um ponto em 2025, desde que não haja novas reduções nos anos seguintes. Ou, em alternativa à redução de um ponto no IRC, o Governo reintroduz o crédito fiscal ao investimento, ficando livre para, nos Orçamentos de Estado subsequentes, de 2026 a 2028, proceder à redução do IRC mas sem o apoio do PS.

Em relação à contraproposta feita pelo Governo para o IRS Jovem que, na prática, adota o modelo em vigor, da autoria do PS, alargando o benefício a todos os jovens até aos 35 anos independentemente do nível de qualificações, o líder do PS reconheceu que “essa proposta se aproxima da proposta do PS”. “Valorizamos muito positivamente a aproximação às propostas do PS”, salientou.

“Mas como o primeiro-ministro disse que há espaço para melhorias, queremos contribuir e e fazermos uma nova proposta que já tive oportunidade de transmitir ao primeiro-ministro”, indicou.

No que diz respeito ao IRS Jovem, “o PS apoia também esta proposta”. “O Governo prevê o alargamento do IRS Jovem a todos os jovens e o PS apoia esta proposta. O Governo alarga até aos 35 anos e o PS apoia este alargamento. A proposta do Governo aumenta o limite abrangido [da isenção] dos 42 IAS [Indexante dos Apoios Sociais] para 55 IAS e o PS apoia também esta proposta”, elencou Pedro Nuno Santos.

No entanto, há um ponto do qual o PS discorda e que tem a ver com o período de duração do benefício, que o Governo quer esticar dos atuais cinco para 13 anos. Os socialistas entendem que a isenção deve ser aplicada durante sete anos. “Aqui nós acompanhamos parcialmente e fazemos uma nova proposta que nós consideramos mais moderada. Isto é, a proposta do Governo prevê um IRS Jovem durante 13 anos. Há, portanto, um salto muito significativo dos cinco anos para os 13. Isto comporta um custo ainda muito relevante, estamos a falar de 645 milhões euros e não podemos ignorar a desigualdade intergeracional que a medida comporta”, argumentou.

O líder do PS considera ainda que o IRS Jovem em vigor “é uma medida muito recente e que carece de avaliação”. “Por isso, nós propomos que o alargamento temporal do IRS Jovem seja gradual, que seja de apenas mais dois anos, isto é, que seja de sete anos em vez dos cinco anos, sem prejuízo da avaliação que se fizer no futuro”, defendeu Pedro Nuno.

Duas alternativas à redução do IRC até 17%

1) Crédito fiscal ao investimento até ao final da legislatura

Quanto ao IRC, Pedro Nuno começa por traçar a linha vermelha: “O Governo apresentou ao PS uma proposta que prevê uma trajetória de redução do IRC até 17% em 2027, com uma redução de ponto em 2025. Todos devem compreender que esta redução do IRC para 17% nunca terá o apoio do PS, de acordo com o nosso programa e a nossa estratégia para o IRC”.

No entanto, sublinha que o que separa o PS do Governo da AD “não é o desagravamento fiscal”, mas sim “a estratégia a seguir”. Nesse sentido, o secretário-geral do PS apresenta “duas alternativas” à baixa do IRC proposta do Executivo.

A primeira solução passa por substituir a redução do imposto em um ponto, em 2025 pela “reintrodução do crédito fiscal extraordinário ao investimento”, ficando o Governo livre de baixar o IRC nos anos seguintes, mas sem o apoio do PS.

Para Pedro Nuno Santos, o crédito fiscal extraordinário ao investimento “é um mecanismo poderoso de apoio às empresas que investem e que, dessa forma, conseguem reduzir de forma muito substancial a base sujeita a imposto”. “E é uma medida que já esteve em vigor em 2014, no Governo de Passos Coelho, e em 2022 1021. Ora, a alternativa à redução de um ponto, em 2025, seria a recuperação deste crédito fiscal extraordinário para o investimento”, afirmou.

Nos anos seguintes, em 2026, 2027 e 2028, se o “Governo quiser implementar a sua trajetória de redução do IRC para 17%, poderá fazê-lo com uma maioria alternativa e não com o apoio do PS, terá a oposição do PS”, indicou.

2) Redução da taxa em 1 ponto só em 2025 sem novas descidas até 2028

A segunda alternativa “é o PS viabilizar a redução de um ponto do IRC em 2025, com o compromisso de que, nos três anos seguintes, em 2026, 2027 e 2028, não haverá reduções adicionais da taxa nominal de IRC, que podem ser substituídas pela reintrodução do crédito fiscal extraordinário de apoio ao investimento”, explicou.

“Nós apresentamos aqui duas alternativas de boa-fé que permita ao país e ao Governo, em particular, ter um Orçamento de Estado, termos estabilidade política. O PS quer genuinamente estar no processo, contribuir para a viabilização do Orçamento e é por isso que apresentamos soluções que consideramos muito moderadas e que vão no sentido da proposta do Governo, mas que permitem uma melhoria que seja também aceitável para o PS”, defendeu.

Pedro Nuno Santos considera fundamental chegar a um “acordo” para poder “encerrar este capítulo, porque estarão criadas as condições para que o PS viabilize o Orçamento de Estado”. “Estão criadas as condições para a viabilização do Orçamento e temos de agarrar esta oportunidade, com a participação do PS, numa perspetiva muito aberta. Por isso não vemos nenhuma razão para que o Governo não aceite nenhuma destas duas propostas, nomeadamente no que diz respeito ao IRC”, vincou.

Quanto às restantes propostas que tinham sido inicialmente apresentadas pelo PS e que o Governo decidiu acolher em parte como o investimento em habitação pública acessível, o aumento das pensões e o aprofundamento do regime de exclusividade dos médicos no SNS, Pedro Nuno Santos considerou que “as propostas do Governo não são objetivas o suficiente para que o PS possa dizer que estão cumpridas”. “Não estão, na análise que fazemos mas também já disse que essas propostas não têm o mesmo grau das outras duas [IRS Jovem e IRC]”, explicou.

De salientar que o Governo em vez de querer proceder a uma subida extraordinária das pensões de 1,25 pontos prefere voltar a atribuir um bónus pontual que não conta depois para a subida regular das prestações.

Por isso, em sede de especialidade da discussão do OE, o PS tenciona voltar a apresentar as mesmas propostas “sempre com sentido de responsabilidade orçamental”, declarou.

(Notícia atualizada às 21h38)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Desconto na fatura da luz vai chegar a mais empresas

Mais empresas vão ser consideradas grandes consumidoras de eletricidade e portanto terão direito a descontos na fatura, devido a uma alteração nos critérios.

O Governo vai alterar as regras para que mais empresas possam ter o estatuto de eletrointensivas, isto é, de grandes consumidoras de eletricidade, o que lhes permite descontos na fatura da eletricidade.

A ministra do Ambiente e da Energia, Maria da Graça Carvalho, considerou que o número de empresas que beneficiavam do estatuto de eletrointensivas era “muito pequeno”, em particular em comparação com a vizinha Espanha, pelo que “a definição vai mudar completamente”. “O número de empresas que vão ser consideradas vai ser muito superior”, garantiu, sem quantificar.

Este estatuto aplica-se a setores como as cerâmicas, o vidro, a metalomecânica, os têxteis, entre outros, e permite beneficiar de um desconto entre os 75% e os 85% nos custos de interesse económico geral, uma rubrica que pesa cerca de 30% na conta da luz das empresas.

Na apresentação, divulgada esta sexta-feira após a reunião do Conselho de Ministros, indica que esta medida resultará em “custos mais baixos para as empresas” e permitirá uma “indústria mais sustentável e competitiva”. “É uma grande ajuda, estes setores estão à espera há muitos anos”, afirmou a ministra.

Os apoios serão definidos por portaria, mas a responsável pela pasta da Energia adiantou que serão aplicáveis, por exemplo, se a empresa se alimentar em mais de 50% com energias renováveis.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Esta é a chave do Euromilhões. Jackpot sobe para 160 milhões de euros

  • ECO
  • 4 Outubro 2024

O jackpot desta sexta-feira ronda os 160 milhões de euros, depois de não terem sido registados vencedores do primeiro prémio no sorteio anterior.

Com um primeiro prémio no valor de 160 milhões de euros, decorreu esta sexta-feira mais um sorteio do Euromilhões. O valor do jackpot voltou a subir depois de não ter havido vencedores do primeiro prémio no sorteio anterior.

Veja a chave vencedora do sorteio desta sexta-feira, 4 de outubro:

Números: 4, 8, 16, 17 e 20

Estrelas: 1 e 6

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo volta a reunir-se em Conselho de Ministros na segunda-feira

  • Lusa
  • 4 Outubro 2024

Fontes do Governo realçam que é habitual uma reunião do executivo antes da entrega do documento, que terá de dar entrada na Assembleia da República na próxima quinta-feira.

O Governo volta a reunir-se na segunda-feira em Conselho de Ministros extraordinário a três dias da entrega do Orçamento do Estado para 2025, documento ainda com aprovação incerta.

A informação consta da agenda do primeiro-ministro para segunda-feira, sem detalhar o tema, mas fontes do Governo realçam que é habitual uma reunião do executivo antes da entrega do documento, que terá de dar entrada na Assembleia da República na próxima quinta-feira.

No espaço de uma semana será a terceira reunião do Governo, que teve um Conselho de Ministros na quarta-feira, dedicado ao tema dos idosos, e hoje outra reunião extraordinária sobre mobilidade e energia no Entroncamento (distrito de Santarém).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Fundo Ambiental “absorvido” por nova Agência para o Clima

Agência para o Clima vai agregar a gestão de vários fundos relacionados com as áreas da energia e do clima, desde o Fundo Ambiental até alguns dos fundos do Plano de Recuperação e Resiliência.

A ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, anunciou a criação de uma Agência para o Clima (ApC) que vai agregar a gestão de vários fundos relacionados com as áreas da energia e do clima, desde o Fundo Ambiental, considerado um “super-fundo” dada a dotação de quase dois mil milhões, até aos fundos do Plano de Recuperação e Resiliência que se insiram nestas áreas.

“É uma agência onde o Fundo Ambiental vai estar incluído”, afirmou a ministra, na conferência de rescaldo do Conselho de Ministros desta sexta-feira, focado na mobilidade sustentável e na transição energética. Antes da intervenção da ministra, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, havia avançado que “a Agência para o Clima fará a gestão e coordenação de todos os fundos nacionais e europeus na área da energia e ambiente“, procurando uma “simplificação e rapidez na resposta às pessoas, às empresas e aos investidores”.

A ministra esclarece que a eficácia desta agência será possível porque vai dispor de “um número muito superior” de profissionais em comparação com o Fundo Ambiental, multiplicando em cerca de cinco vezes o número atual. Feitas as contas, deverá contar com 60 trabalhadores, em vez dos atuais oito. Isto, sendo que os trabalhadores atuais vão continuar no exercício de funções.

Questionada sobre o cenário que encontrou no Fundo Ambiental quando assumiu as funções de ministra, a líder do ministério do Ambiente realça os “concursos muito atrasados”. “É isso que queremos evitar: abrir concursos sem capacidade de responder”, rematou.

A ministra adiantou ainda que, até ao final do ano, vai estar disponível um planeamento com todos os concursos previstos para o ano seguinte. Em paralelo, indica que vão ser reforçadas as auditorias.

O Fundo Ambiental conta uma base de receitas que ultrapassa os 1,84 mil milhões de euros, alimentado por receitas colhidas com os leilões de licenças de emissão de dióxido de carbono, a taxa de carbono e a Contribuição Extraordinária sobre o Setor Energético, entre outras rubricas.

(Notícia atualizada às 19:53 com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo vai corrigir discriminações deixadas pelo PS no IRS jovem e passes, promete Montenegro

  • Lusa
  • 4 Outubro 2024

O primeiro-ministro disse que "era curioso" que um governo socialista tenha discriminado "os jovens que estudam dos jovens que não estudam". E prometeu corrigir isso no IRS Jovem e nos passes.

O primeiro-ministro afirmou esta sexta-feira que o Governo PSD/CDS-PP vai corrigir o que considerou uma discriminação deixada pelos executivos socialistas entre jovens que estudam e os que não estudam, quer no acesso a passes gratuitos, quer no IRS jovem.

Luís Montenegro falava no final da reunião do Conselho de Ministros extraordinário dedicado à mobilidade e transição energética, que decorreu no Entroncamento (distrito de Santarém), antes das intervenções e da ministra do Ambiente e Energia, Graça Carvalho, e do ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz.

Entre as várias medidas na área da mobilidade, o primeiro-ministro destacou quer o passe ferroviário nacional por 20 euros, já anunciado em agosto, quer o alargamento o passe gratuito para jovens estudantes a todos os jovens até aos 23 anos. “Não deixa de ser curioso que um governo socialista nos tenha legado um instrumento de mobilidade – como de resto também aconteceu com a fiscalidade, com o IRS jovem – que discrimina os jovens que estudam dos jovens que não estudam”, criticou.

Montenegro deixou a garantia de que o executivo PSD/CDS-PP vai corrigir essa situação. “Nós vamos corrigir isso no IRS e vamos corrigir hoje no transporte ferroviário, porque é justo, porque há muitos jovens que também precisam de ter esta mobilidade e que têm uma idade inferior a 23 anos e muitos deles precisam mesmo de ter um acréscimo de condições porque estão a trabalhar e estão a estudar ao mesmo tempo ou estão a trabalhar para poder estudar posteriormente”, defendeu.

Na sua intervenção, Montenegro reconheceu que “há muita curiosidade” por parte da comunicação social sobre todas as matérias ligadas ao Orçamento do Estado para 2025, ainda com aprovação incerta, e repetiu um argumento que já tinha deixado na viagem de comboio entre Lisboa e o Entroncamento.

“A vida continua, há mais vida para além do Orçamento e este Governo continua a alta velocidade o seu espírito reformista e transformador”, disse. Na fase das perguntas, que apenas puderam ser dirigidos a Miguel Pinto Luz e Graça Carvalho, a comunicação social questionou o ministro das Infraestruturas se espera receber ainda hoje uma contraproposta do PS sobre o Orçamento e qual o limite para as negociações de um documento que tem de ser entregue no parlamento até 10 de outubro.

“Não me cabe a mim desviar as atenções de temas tão importantes. Há mais vida para além do orçamento, mas só haverá mais vida se tivermos um mundo mais verde”, respondeu Pinto Luz.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.