Pólo de Inovação de Guimarães soma mais de 30 projetos no combate aos resíduos de plástico

  • ECO
  • 4 Outubro 2024

Projetos financiados em 14 milhões de euros estão desenhados para reduzir e reutilizar resíduos do plástico através de materiais sustentáveis. Parcerias envolvem empresas como a IKEA e a Sovena.

O Pólo de Inovação em Engenharia de Polímeros (PIEP), prestes a assinalar 24 anos de atividade, já soma mais de 30 projetos no campo da redução e reutilização de resíduos do plástico, recorrendo para tal a polímeros sustentáveis.

Estes projetos da instituição de investigação, com sede em Guimarães, envolvem um financiamento de 14 milhões de euros, dos quais uma parte provém do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Destas três dezenas de projetos em curso, cinco estão a ser desenvolvidos com entidades internacionais, segundo o comunicado divulgado pelo PIEP.

“Com a aposta nos polímeros sustentáveis, estamos não apenas a expandir os limites da investigação científica, mas também a colaborar com empresas líderes da indústria para criar soluções que agregam inovação e valor acrescentado para o mundo real”, afirma Bruno Pereira da Silva, coordenador de economia circular e ambiente.

Os projetos pretendem arranjar soluções ecológicas para reduzir os resíduos de materiais plásticos num sistema de economia circular com o desenvolvimento de polímeros reciclados, biopolímeros e materiais biocompostáveis.

Com a aposta nos polímeros sustentáveis, estamos não apenas a expandir os limites da investigação científica, mas também a colaborar com empresas líderes da indústria para criar soluções que agregam inovação e valor acrescentado para o mundo real

Bruno Pereira da Silva

Coordenador de economia circular e ambiente

Entre os vários projetos, o “Ecoboard” conta com a parceria da IKEA Industry Portugal e vai produzir placas para o transporte de móveis através de resíduos de materiais sustentáveis.

Por outro lado, a empresa multinacional portuguesa Sovena, do sector agroindustrial, também vai colaborar no projeto “Olivepit” que espera transformar os caroços de azeitona desperdiçados na produção de azeite em polímeros biodegradáveis que podem ser usados pela indústria do calçado, para a produção de moldes para sapatos.

A academia também conta com uma parceria transfronteiriça com Galiza no projeto “ValorNature” que pretende valorizar subprodutos agroflorestais, marinhos e extrativos em áreas-chave da economia, das quais se destacam a automóvel, da aviação, naval, construção e desporto.

O Pólo de Inovação em Engenharia de Polímeros de Guimarães é especializado em engenharia de polímeros, material composto por moléculas que pode ser utilizado na indústria dos plásticos, automóvel, embalagem, aeronáutica, espaço, ferrovia, energia, calçado, construção e dispositivos médicos.

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Marcelo afasta mais pressão sobre OE2025 e garante que “não falará com nenhum dos protagonistas”

Presidente da República justifica cancelamento de viagens com a importância dos próximos dias. "Entendo que é mais avisado ficar cá para acompanhar de perto", disse.

O Presidente da República garantiu esta sexta-feira que não irá pressionar o primeiro-ministro nem o secretário-geral do PS para a viabilização do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) e não irá falar com nenhum dos dois. Marcelo Rebelo de Sousa afirma que não está mais preocupado desde a reunião entre Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos, mas que os próximos dias são “verdadeiramente importantes”.

A pressão que reconheci ter feito [para viabilização do Orçamento] parou no Conselho de Estado. A partir do Conselho de Estado quem tinha de intervir, os protagonistas, intervieram e estão a intervir e o Presidente da República não deve fazer mais nada”, afirmou em Tomar, em declarações aos jornalistas transmitidas pela RTP3. Assegurou ainda que “não falará com nenhum dos protagonistas”.

Apesar de afirmar que não está mais preocupado após a reunião de quinta-feira entre o primeiro-ministro e o líder do PS, no qual Montenegro apresentou uma contraproposta com uma menor redução do IRC, face à proposta original do Governo, e um meio caminho no que toca ao IRS Jovem, Marcelo Rebelo de Sousa explicou que cancelou as viagens que tinha previstas à Estónia e à Polónia na próxima semana porque “os próximos dias são verdadeiramente importantes“.

Aquilo que podia ter chegado a uma definição mais cedo não chegou. O que podia ter chegado a uma definição mais tarde também pode não chegar

Marcelo Rebelo de Sousa

Presidente da República

Entendo que é mais avisado ficar cá para acompanhar de perto. Acompanhar não significa intervir. Os portugueses não entenderiam que nestes dias estivesse a milhares de quilómetros de distância“, justificou. “Aquilo que podia ter chegado a uma definição mais cedo não chegou. O que podia ter chegado a uma definição mais tarde também pode não chegar“, acrescentou.

Marcelo reiterou, contudo, que tem uma “teimosia” de acreditar que a proposta orçamental será aprovada. “Até ao último segundo. Mas até ao último segundo podia ser em várias circunstâncias. Podia ser até ao último segundo da votação na especialidade e só se saber então na votação final global, podia ser até ao último segundo do debate e votação na generalidade. Agora estamos perante um panorama que pode ser diferente e pode ser mais rápida”, disse.

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Basílio Horta pede esclarecimentos à ministra da Administração Interna sobre polémica com bombeiros

As declarações da ministra da Administração Interna, imputando responsabilidades dos bombeiros aos municípios nao caiu bem. Agora, é a vez da AML pedir esclarecimentos.

O presidente do Conselho Metropolitano da Área Metropolitana de Lisboa (AML), Basílio Horta, pediu uma audiência urgente à ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, para que, de uma vez por todas, esclareça quais são as responsabilidades das autarquias e do Governo em relação aos bombeiros sapadores.

A medida surge na sequência das polémicas declarações da ministra aquando do protesto dos bombeiros na quarta-feira, na escadaria da Assembleia da República, quando afirmou que “o patrão” dos sapadores são as câmaras, responsabilizando-as pelas reivindicações que estavam na origem do protesto (aumentos salariais e regulamentação do horário de trabalho).

As declarações caíram mal entre os presidentes de câmara, levando agora Basílio Horta, em representação da AML, a pedir à governante que esclareça a situação.

A presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), Luísa Salgueiro, também já se insurgiu publicamente, refutando as acusações de Margarida Blasco.

No mesmo dia, o presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, referiu que a ministra não “sabe o que está a dizer“.

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Transitários contestam taxa “abusiva” imposta pela Menzies

  • ECO
  • 4 Outubro 2024

Os Transitários de Portugal consideram "insustentável" a aplicação de uma taxa por parte da Menzies, e acusam de estar a usar esse encargo para suportar o plano de reestruturação da empresa.

A Associação dos Transitários de Portugal (ATAP) está contra a aplicação de uma “Taxa de Continuidade de Serviço” pela Menzies, considerando que não corresponde a nenhum serviço adicional. Admite recorrer ao Governo e outras autoridades, caso a empresa de serviços de assistência em escala não acabe com a sua cobrança.

A ATAP “vem a público repudiar veementemente a prática da companhia Menzies, consubstanciada na aplicação de uma taxa — em vigor desde o passado dia 1 de setembro de 2024 — que considera ser arbitrária, insustentável e diametralmente inversa às mais elementares boas práticas de mercado“, afirma num comunicado divulgado esta sexta-feira.

A taxa é aplicada às cartas de porte de importação, no transporte de carga aérea. A associação considera que não há razões validas para a cobrança deste encargo e que provocou uma “disrupção”, nomeadamente no aumento “superior a 100%” do custo total das pequenas importações entre o território continental e os arquipélagos.

A ATAP afirma ainda que a taxa é “abusiva” e “extravasa os limites da liberdade de atuação comercial ou financeira de uma empresa em mercado concorrencial” e acusa a Menzies de a usar para sustentar o seu plano de reestruturação.

A Menzies Aviation é desde julho a maior acionista da SPdH, conhecida pela marca Groundfource, com 50,1% do capital. Os restantes 49,9% pertencem à TAP.

O ECO já questionou a empresa de handling sobre as acusações dos transitários e aguarda uma resposta.

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Irão ameaça atingir setor de energia israelita se Israel atacar

  • Lusa
  • 4 Outubro 2024

“O regime sionista tem apenas três centrais elétricas e algumas refinarias, mas o Irão é um país enorme”, disse o vice-comandante da Guarda Revolucionária Iraniana.

A Guarda Revolucionária do Irão avisou esta sexta-feira que atacará a indústria energética israelita se Israel visar o setor petrolífero iraniano em retaliação pelo ataque realizado por Teerão na terça-feira. “Se o regime sionista cometer um erro, atacaremos todas as suas fontes de energia, estações, refinarias e campos de gás”, disse o vice-comandante da Guarda Revolucionária Iraniana, brigadeiro-general Ali Fadavi.

“O regime sionista tem apenas três centrais elétricas e algumas refinarias, mas o Irão é um país enorme”, disse Fadavi em declarações divulgadas por meios de comunicação social iranianos, segundo a agência espanhola EFE. As ameaças do Irão surgem no meio de especulações de que Israel poderá retaliar contra o Irão, sendo o setor petrolífero um dos possíveis alvos devido aos prejuízos económicos que causaria, de acordo com meios de comunicação israelitas.

O Irão bombardeou Israel com mísseis na terça-feira, em retaliação pelos assassinatos do líder da milícia libanesa Hezbollah, Hassan Nasrallah, e de um general iraniano em Beirute, bem como do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerão. O líder supremo do Irão, Ali Khamenei, afirmou, de espingarda na mão, que o ataque a Israel foi “o menor dos castigos para a agressão israelita”, durante uma oração coletiva de homenagem a Nasrallah.

“O que as nossas forças militares fizeram foi o menor dos castigos para a agressão do regime israelita”, disse a principal autoridade política e religiosa do Irão na mesquita Imam Khomeini de Teerão, onde se reuniram milhares de fiéis. “A brilhante ação das nossas forças armadas, há duas noites, foi completamente legal e legítima”, acrescentou Khamenei, referindo-se ao ataque.

Na sequência do ataque, Israel afirmou que irá responder, ao que o Irão insistiu que irá ripostar com mais força. Israel intensificou os bombardeamentos no Líbano desde 23 de setembro, depois de uma ofensiva de 11 meses na Faixa de Gaza, que se seguiu a um ataque do grupo extremista palestiniano Hamas em solo israelita. O Hezbollah, apoiado pelo Irão tal como o Hamas, atacou o norte de Israel a partir do sul do Líbano desde o início da guerra em Gaza em solidariedade com os palestinianos.

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“Há mais vida para além do orçamento”, diz Montenegro

  • Lusa
  • 4 Outubro 2024

"O Conselho de Ministros temático que vamos realizar é uma boa oportunidade para também dizer ao país que há mais vida para além do orçamento", disse o primeiro-ministro.

O primeiro-ministro afirmou esta sexta-feira que “há mais vida para além do orçamento”, salientando que o Governo está a tratar de outras questões “muito importantes” como a mobilidade e transição energética. Ainda a bordo do comboio entre Lisboa e o Entroncamento, onde se realizará um Conselho de Ministros extraordinário dedicado a estas temáticas, Luís Montenegro foi abordado pelos jornalistas, mas não se alongou em declarações.

“Para além de lhes desejar uma boa viagem e um bom trabalho, dizer que esta nossa viagem de comboio e o Conselho de Ministros temático que vamos realizar é uma boa oportunidade para também dizer ao país que há mais vida para além do orçamento, e essa vida está a ser tratada todos os dias pelo Governo”, afirmou.

Às várias perguntas da comunicação social, sobre a contraproposta que o PS já prometeu apresentar à que o primeiro-ministro revelou na quinta-feira, o chefe do Governo foi repetindo a frase celebrizada pelo antigo Presidente da República Jorge Sampaio: “há mais vida para além do orçamento”.

“O Orçamento é importante, mas é importante que o Governo funcione todos os dias e funcione todos os dias nas várias áreas de ação, que dão qualidade de vida às pessoas e dão futuro ao país”, disse. Depois de uma viagem de cerca de uma hora entre a estação de Santa Apolónia (Lisboa) e o Entroncamento (distrito de Santarém), os ministros fizeram o curto percurso entre a estação de comboios e a Câmara em autocarros elétricos.

O Conselho de Ministros arrancou cerca das 15:00, antecedido da tradicional foto de família, à qual só faltaram os ministros das Finanças e da Defesa, por razões de agenda. No final da reunião, farão o habitual briefing o primeiro-ministro, Luís Montenegro, o ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, e a ministra do Ambiente, Graça Carvalho,

No debate quinzenal de quinta-feira, o primeiro-ministro anunciou que seriam aprovadas esta sexta medidas na área da mobilidade e transição energética, destacando o passe ferroviário nacional com um custo mensal de 20 euros mensais.

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Tribunal de Contas alerta que calendário para reforma das finanças públicas é “irrealista”

PPR tem 122 milhões de euros destinados à reforma da Lei de Enquadramento Orçamental. TdC contabiliza execução do valor de apenas 2,5% até dezembro de 2023.

O Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) prevê a alocação de 122 milhões de euros, até 2026, para a reforma da Lei de Enquadramento Orçamental. No entanto, apenas 2,5% do valor planeado foi executado até dezembro de 2023, de acordo com um relatório do Tribunal de Contas (TdC) divulgado esta sexta-feira. Instituição liderada por José Tavares alerta que calendário previsto para a execução da reforma “é irrealista”.

Em causa está o novo modelo de governação das finanças públicas que atribui competências também à Entidade de Serviços Partilhados para a Administração Pública e à Direção-Geral do Orçamento (DGO), no que toca a coordenação e gestão técnica dos
trabalhos, num contexto de financiamento de 122 milhões de euros pelo PRR.

“Porém, este modelo tripartido evidencia um conjunto de riscos que não se encontra minimizado. Em particular, não assegura o alinhamento operacional das entidades ao nível do detalhe de certos projetos, o que aliado à escassez e à inadequação de recursos humanos e à instabilidade no exercício de liderança coloca em risco o calendário previsto“, alerta.

O relatório de auditoria à reforma das finanças públicas com financiamento PRR explica que “mesmo depois de uma recalendarização com desvios significativos, ainda só se gastou 2,5% dos 122 milhões de euros previstos“.

Segundo a instituição presidida por José Tavares, até dezembro do ano passado tinha sido lançados 14 procedimentos de contratação pública dos investimentos previstos no âmbito da Lei de Enquadramento Orçamental, no valor de cerca de quatro milhões de euros, e 72,5% deste montante já se encontra executado (cerca de três milhões de euros), o que representa 2,5% do valor planeado no PRR”.

Fonte: Tribunal de Contas

Para o Tribunal de Contas, asconsecutivas recalendarizações e o adiamento da execução dos investimentos para os anos subsequentes podem colocar em risco o financiamento aprovado“, considerando que “muito embora este desfasamento seja um risco conhecido de todas as entidades, as medidas até agora adotadas não têm sido eficazes para a sua minimização”.

A instituição considera ainda que o cumprimento dos 19 marcos associados à reforma da Lei de Enquadramento Orçamental “garante apenas a criação de condições operacionais”. Neste sentido, argumenta que se verificam “atrasos no cumprimento dos marcos” e “a calendário previsto para a execução da Reforma é irrealista“.

Para a instituição, “as conclusões e o estado de desenvolvimento dos projetos e dos investimentos, agora com elevado montante
de financiamento PRR, mostram que os riscos na implementação desta Reforma [da Lei de Enquadramento Orçamental] continuam a centrar-se ao nível da sua gestão e planeamento“.

Alerta ainda que, mesmo que seja possível concretizar todos os investimentos e operacionalizar o funcionamento dos sistemas de informação no âmbito do financiamento PRR, “em 2026 ainda não se perspetivam condições de produção da informação suficiente de gestão e de prestação de contas previstas, em particular porque será necessária a afetação e capacitação de recursos humanos, internos à administração pública, para a utilização dos sistemas de informação que foram desenvolvidos”.

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Ministra diz que turismo de Saúde é “matéria sensível” e precisa de ser investigado

  • Lusa
  • 4 Outubro 2024

A questão do turismo de saúde "tem alguns contornos que têm que ser analisados e investigados muito bem", disse a ministra da Saúde, Ana Paula Martins.

A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, disse esta sexta-feira que o turismo de saúde é uma “matéria sensível” com alguns contornos que têm de ser investigados, mas reforçou que o Serviço Nacional de Saúde “não deixa ninguém à porta”.

“É uma matéria sensível, mas temos que distinguir duas dimensões”, disse a ministra, exemplificando: “Uma coisa é a questão das migrações, e o Governo tem um plano para as migrações, uma matéria interministerial (…), outra coisa é a questão do turismo de saúde, que tem alguns contornos que têm que ser analisados e investigados muito bem”.

A governante, que falava à margem da cerimónia dos 125 anos da Direção-Geral da Saúde, que decorreu em Carcavelos, sublinhou que o Governo está a trabalhar para “acolher aqueles que escolheram Portugal para trabalhar, para residir e para ter a sua vida” e não vai deixar de os integrar e de lhes dar resposta no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

“O nosso Serviço Nacional de Saúde não deixa ninguém à porta”, acrescentou. A ministra falava quando questionada a propósito de uma reportagem transmitida pela RTP na quinta-feira que indicava que o número de “acessos indevidos” ao SNS aumentou, explicando tratar-se de “casos de pessoas sem número de utente ou passaporte português e sem registos clínicos no país”.

“O que vimos foi estas equipas, apesar dos constrangimentos que têm e que nós todos conhecemos, a dar resposta, a adaptarem-se do ponto de vista multicultural, o que não é fácil, como também foi visto”, acrescentou a ministra.

Em julho, no parlamento, a ministra da Saúde já tinha reconhecido que há doentes estrangeiros que vêm a Portugal apenas para fazerem tratamentos bastantes dispendiosos no SNS, explicando que não tinha números mas que a realidade era conhecida dos administradores hospitalares e que a tutela ia estudar o assunto para intervir.

“Os conselhos de administração dos diversos hospitais falam-nos nisso. Nós conhecemos a realidade, mas não conhecemos os números em detalhe e para podermos intervir é preciso ter números”, defendeu, na altura.

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Aviação sustentável vai ter apoio de 40 milhões de euros

O Conselho de Ministros ai servir para aprovar vários planos de descarbonização para o país, desde o nacional até à Administração Pública.

O Governo vai avançar, esta sexta-feira, o Roteiro Nacional para a Descarbonização da Aviação (RONDA), de acordo com o documento a que o ECO/Capital Verde teve acesso. Um roteiro que implica a constituição de uma aliança para a sustentabilidade do setor, a promoção dos combustíveis sustentáveis para aviação e um apoio para o setor da aviação de 40 milhões de euros.

Está prevista “a constituição de um grande consórcio – a Aliança para a Sustentabilidade da Aviação (ASA)”, que vai abranger as principais companhias aéreas, aeroportos, e diferentes entidades e empresas do setor.

Neste âmbito, vai ser promovida a cooperação entre estas entidades, visando a produção de combustíveis sustentáveis para a aviação, os chamados SAF, assim como outros objetivos de descarbonização. “O Fundo Ambiental dará uma contribuição de 40 milhões de euros a esta iniciativa”, lê-se ainda no documento, que sumariza algumas das medidas que serão avançadas no Conselho de Ministros desta tarde.

Além desta iniciativa, o Governo deverá aprovar dois decretos-lei relativos ao Comércio Europeu de Licenças de Emissão (CELE), incidindo sobre as Instalações Fixas e a Aviação.

Planos de descarbonização chegam à Administração Pública

O Conselho de Ministros também irá aprovar o Plano Nacional de Energia e Clima, do qual até agora apenas se conhecia uma versão preliminar. Uma das grandes novidades é o aumento da meta de armazenamento e energia, de um gigawatt para dois gigawatts, tal como o ECO já havia avançado.

Na lista de aprovações também está o Plano de Eficiência de Recursos e Descarbonização da Administração Pública (ECO AP 360), revendo a versão publicada em Diário da República em novembro de 2020, na forma também resolução do Conselho de Ministros. E, finalmente, o Plano de Ação da Estratégia Nacional para as Compras Públicas Ecológicas (ECO 360). Uma estratégia que foi revista, pela última vez, em 2023, de acordo com a página da Agência Portuguesa do Ambiente (APA).

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Marcelo adia viagens à Estónia e à Polónia previstas para a próxima semana

  • Lusa
  • 4 Outubro 2024

O chefe de Estado decidiu adiar as viagens à Estónia e à Polónia previstas para a próxima semana e manter-se no país, tendo em conta as negociações orçamentais em curso.

O chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, decidiu adiar as viagens à Estónia e à Polónia previstas para a próxima semana e manter-se no país, devido às negociações para o Orçamento do Estado para 2025 que estão atualmente em curso.

“Terminando no próximo dia 10 de outubro o prazo para entrega na Assembleia da República da proposta de lei do Orçamento do Estado para 2025, mas estando ainda em curso diligências do Governo designadamente com o PS, com vista a concluir tal proposta, o Presidente da República considerou mais avisado adiar a deslocação prevista à Estónia e à Polónia na próxima semana e manter-se no país“, disse à Lusa fonte da Presidência da República.

Marcelo Rebelo de Sousa tinha previsto deslocar-se à Estónia entre segunda e quinta-feira, para uma visita de Estado, a convite do seu homólogo, Alar Karis, e depois a Cracóvia, Polónia, entre quinta e sexta-feira, para o 19.º encontro informal do Grupo de Arraiolos.

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Sogrape Ventures faz primeiro investimento na espanhola Candam Tech

É o primeiro investimento do fundo venture capital da Sogrape, sob gestão da Beta Capital, com uma dotação inicial de cinco milhões de euros.

A Sogrape investiu na espanhola Candam Tech, startup que desenvolve soluções de hardware e software para a gestão de resíduos, através do seu fundo de capital de risco Sogrape Ventures. Trata-se do primeiro investimento do fundo, sob gestão da Beta Capital, criado no no passado com uma dotação inicial de 5 milhões de euros.

“Este investimento é uma decisão estratégica para a Sogrape, pois não só está alinhado com os nossos compromissos de sustentabilidade, nomeadamente ao nível da reciclagem do vidro das nossas garrafas, como também é uma demonstração real do nosso posicionamento e foco ibérico. Adicionalmente posiciona-nos ao lado de parceiros de venture capital sólidos, apoiando uma empresa que acreditamos que poderá revolucionar a indústria de gestão de resíduos. Estamos entusiasmados com o potencial desta parceria e com o impacto positivo que terá no nosso ambiente, nas nossas comunidades e na nossa indústria”, afirma André Campos, administrador executivo da Sogrape, citado em comunicado.

A entrada da Sogrape Ventures surge numa ronda de investimento, no valor total de 1,1 milhões de euros, com a participação investidores relevantes, entre eles, a EIT InnoEnergy, Impact Ventures, Enion Venture Partners e CDTI Invierte, informa a empresa, sem precisar o montante injetado pelo seu fundo de capital de risco.

Trata-se do primeiro investimento do fundo de capital de risco, criado no ano passado com uma dotação inicial de 5 milhões, sob gestão da Beta Capital.

Fernando da Cunha Guedes é o quarto CEO da empresa fundada pelo avô. Sucedeu ao irmão Salvador em janeiro de 2015. André Campos, à direita, liderou a atualização do plano estratégico da Sogrape, em colaboração com a consultora BCG.Pedro Granadeiro/ECO

Num artigo publicado na edição de julho/agosto do ECO magazine, André Campos, diretor de estratégia, inovação e transformação da Sogrape, adiantava que, em menos de um ano, o fundo já tinha tido “mais de 80 candidaturas ao fundo, estamos agora a concretizar o primeiro investimento”. “Falamos de projetos de startups interessantes. Muitas podem não se concretizar em investimentos, mas em pilotos e parcerias. Já temos mais do que uma. Vamos anunciar muito brevemente um piloto com uma ferramenta analítica que nos vai ajudar a servir melhor o canal on trade, da restauração, para vermos os stocks”, explica.

A primeira aposta foi na espanhola Candam. Criada em 2019, a startup que desenvolve sistemas que incentivam práticas corretas de reciclagem, viabilizando esquemas de recompensa, para aqueles que fazem uma correta separação dos resíduos.

“Esta parceria permitirá à Candam acelerar a sua expansão em Portugal e noutros mercados-chave na Europa, fortalecendo ainda mais a sua presença no continente. Através desta aliança, ambas as empresas unem forças para enfrentar um dos principais desafios ambientais da atualidade: a gestão eficiente de resíduos e a promoção da economia circular na região”, diz Jordi Berguinzo, CEO da Candam Technologies, citado em comunicado.

A startup já tem com contratos estabelecidos com empresas de gestão de resíduos e a participação em projetos-piloto na Península Ibérica com entidades como a Sociedade Ponto Verde, Tratolixo, Câmara Municipal de Mafra, Pre Zero, Sotkon, Plataforma Vidro+ e AIVE – Associação dos Industriais do Vidro de Embalagens, informa a Sogrape.

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Economia norte-americana surpreende com forte criação de emprego em setembro

O mercado laboral dos EUA surpreende com 254 mil novos empregos em setembro, superando em 69% as expectativas dos analistas, antevendo com isso uma subida em alta de Wall Street.

O mercado de trabalho norte-americano voltou a mostrar resiliência em setembro, com a criação de 254 mil novos postos de trabalho, superando largamente as expectativas dos analistas e a média dos últimos meses.

Segundo os dados divulgados esta sexta-feira pelo Departamento do Trabalho dos EUA, o número de empregos criados fora do setor agrícola (nonfarm payrolls) aumentou ficou 69% acima das estimativas dos analistas, que anteviam a criação de 150 mil empregos, e 25% acima da média mensal de 203 mil registada nos últimos 12 meses.

“O emprego continuou a aumentar nos serviços de alimentação e bebidas, cuidados de saúde, administração pública, assistência social e construção”, refere o relatório.

Os dados de setembro do Departamento do Trabalho dos EUA revelam também que a taxa de desemprego registou uma ligeira subida para 4,1%, mas ainda assim ficou abaixo dos 4,2% antecipados pelos analistas. Em agosto, a taxa de desemprego tinha-se fixado nos 4,2%.

O salário médio por hora aumentou 0,4% relativamente ao mês anterior e 4% face ao mesmo mês do ano passado, situando-se agora nos 35,36 dólares. “Em setembro, o salário médio por hora para todos os empregados em folhas de pagamento não agrícolas aumentou 13 cêntimos, ou 0,4%, para 35,36 dólares“, lê-se no documento.

O relatório revela ainda que os setores que mais contribuíram para a criação de emprego em setembro foram os serviços de alimentação e bebidas (69 mil), cuidados de saúde (45 mil), administração pública (31 mil), assistência social (27 mil) e construção (25 mil).

Estes dados mostram que, apesar dos receios de uma recessão, a economia norte-americana continua a criar empregos a um ritmo sólido. Estes números estão também a trazer uma onda de otimismo para Wall Street, antevendo-se uma abertura em alta por parte dos principais índices acionistas.

Atualmente, os futuros do Dow Jones estão a subir 0,5%, enquanto os contratos sobre o índice S&P 500 e o Nasdaq apontam para uma abertura em alta de 0,8% e 1%, respetivamente.

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