CUF lança nova operação de subscrição e troca de obrigações para investidores qualificados

Grupo de saúde vai avançar com uma dupla subscrição de obrigações e troca de dívida, dando oportunidade a investidores qualificados de subscrever os títulos emitidos em maio, com uma taxa de 4,75%.

A CUF vai avançar com uma nova operação de subscrição das obrigações emitidas em maio, com uma taxa de 4,75%, aumentando esta linha de títulos, e ainda com uma oferta de troca de dívida, oferecendo as mesmas obrigações com maturidade em 2029. A operação, que não tem um montante máximo definido, é dirigida exclusivamente a investidores qualificados e decorre até ao dia 15 de outubro.

“A CUF – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. (“CUF SGPS”) informa que, na prossecução da sua estratégia financeira com foco na redução de risco de refinanciamento, e tirando partido das condições atuais de mercado para alargar a maturidade média a da sua dívida, procedeu hoje ao lançamento de duas ofertas particulares“, anunciou o grupo em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A empresa está, assim, a realizar uma oferta de subscrição de obrigações, com taxa de juro fixa bruta de 4,75% ao ano. Esta linha de obrigações — Novas Obrigações CUF SGPS 2024/2029 — foi lançada em maio, numa operação onde o grupo de saúde levantou 60 milhões de euros junto de investidores particulares.

A segunda oferta é uma operação de troca das “obrigações emitidas pela CUF, S.A. (então designada José de Mello Saúde, S.A.) em 30 de maio de 2019, com taxa de juro anual variável equivalente à Euribor 6 meses (floor zero) acrescida de 3,75% e com o ISIN PTJLLKOM0009, representativas do empréstimo obrigacionista denominado “José de Mello Saúde 2019/2025” e/ou de obrigações emitidas pela CUF, S.A. (então designada José de Mello Saúde, S.A.) em 22 de novembro de 2019 e 28 de outubro de 2021, com taxa de juro anual variável equivalente à Euribor 6 meses (floor zero) acrescida de 3,875% e com o ISIN PTJLLDOM0016, representativas do empréstimo obrigacionista denominado “José de Mello Saúde 2019/2027” (todas estas obrigações, em conjunto, as “Obrigações José de Mello Saúde”), por Novas Obrigações CUF SGPS 2024/2029″, explica o comunicado.

Ao contrário da operação de financiamento realizada em maio, que foi dirigida a investidores particulares e empresas estabelecidas em Portugal, estas ofertas são dirigidas exclusivamente a investidores qualificados e decorrerão entre 2 e 15 de outubro de 2024.

As Obrigações José de Mello Saúde que venham a ser adquiridas pela CUF SGPS ao abrigo da referida oferta de troca serão transmitidas à CUF, S.A. para amortização e cancelamento.

A CUF adianta ainda que “será solicitada a admissão à negociação das Novas Obrigações CUF SGPS 2024/2029 no Euronext Lisbon. Com a sua emissão e admissão à negociação, as Novas Obrigações CUF SGPS 2024/2029 serão fungíveis com as obrigações com taxa de juro fixa bruta de 4,75% ao ano e com o ISIN PTVAIAOM0003 emitidas pela CUF SGPS em 11 de junho de 2024, sendo todas estas obrigações, em conjunto, representativas do empréstimo obrigacionista denominado “Obrigações Ligadas a Sustentabilidade CUF SGPS 2024-2029””, explica o mesmo documento.

Os lucros da CUF subiram 3% para 26,2 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, com o volume de negócios da holding de saúde do Grupo José de Mello a aumentar 18,2%, para 439,1 milhões de euros, até junho. Um crescimento que traduz o incremento da atividade, com o número de consultas a subir 15,1%, as urgências 14,6%, as cirurgias 8,1% e os dias de internamento 6,5%.

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Licenciamento de postos de carregamento de elétricos “é uma tortura”, critica líder da Endesa em Portugal

  • Lusa
  • 2 Outubro 2024

"Temos projetos parados por causa do processo de licenciamento, ou porque se está à espera do ponto de ligação, ou que a Câmara dê um papel", diz Guillermo Soler, diretor-geral da Endesa em Portugal.

O diretor-geral da Endesa em Portugal disse que a empresa tem investimentos em postos de carregamento de veículos elétricos parados devido ao processo de licenciamento que é “uma tortura” e mais longo do que a obra.

“O processo de licenciamento é uma tortura – e é uma tortura em Espanha e em Portugal – nós temos projetos parados por causa do processo de licenciamento, ou porque se está à espera do ponto de ligação, ou que a Câmara [Municipal] dê um papel”, lamentou Guillermo Soler, em entrevista à agência Lusa.

O responsável apontou que o processo administrativo para a instalação de pontos de carregamento de veículos elétricos é mais longo do que a própria instalação dos equipamentos.

No entanto, ressalvou, a partir do momento em que os postos estão instalados, o sistema de mobilidade elétrica está mais desenvolvido do que em Espanha, salientando também a vantagem da rede Mobi.E, que agrega a maioria dos postos de carregamento disponíveis para utilização pública em todo país.

Na semana passada, o presidente da Associação de Utilizadores de Veículos Elétricos (UVE), Pedro Faria, defendeu o reforço da rede de carregamentos de veículos elétricos, durante uma conferência promovida pela Entidade Nacional para o Setor Energético (ENSE), em Lisboa.

Pedro Faria relatou casos em que um ponto de carregamento está pronto a operar, mas leva quase dois anos a conseguir que lá chegue a potência necessária. “Atualmente, temos uma situação inaceitável nas autoestradas, ninguém vai mudar para mobilidade elétrica se vê cinco carros na fila para carregarem na estação de serviço, estamos com uma dificuldade muito grande”, alertou.

Neste tema, a associação entende que a lei deve ser revista, para agilizar a instalação e entrada em funcionamento dos postos, e deu o exemplo de França, onde a concessão das estações de serviço foi separada da dos postos de carregamento elétrico.

Interesse para leilão de distribuição de baixa tensão

A Endesa vai olhar com interesse para o leilão de distribuição de eletricidade em baixa tensão, que foi parado pelo atual Governo para rever o modelo. “É algo que nós vamos olhar com interesse, com cautela também, para perceber qual é o modelo e quais vão ser as regras de funcionamento deste leilão, para ver se nos interessa entrar ou não”, afirmou Guillermo Soler.

O anterior Governo do PS tinha previsto publicar o leilão de distribuição de eletricidade em baixa tensão até ao final deste ano, mas o atual Governo decidiu ‘pôr o pé no travão’, para reformular o modelo.

A Endesa, que em Portugal não atua na distribuição de energia, acredita que “as redes têm um desafio espetacular pela frente”, não só no que diz respeito à baixa tensão, mas também às de média e alta tensão. “A grande dificuldade na expansão dos projetos renováveis em Portugal, mas também em Espanha, é normal, é algo conhecido por todos os atores e pelo Governo, é a limitação das redes”, apontou Guillermo Soler.

O responsável defendeu que é preciso fazer um esforço de investimento para preparar as redes com capacidade para absorver todos os objetivos de renováveis que estão previstos até 2030 e também preparar as redes de baixa tensão para o “consumo do futuro”, que é “absolutamente digital” e “totalmente diferente do atual”.

Relativamente ao leilão de baixa tensão, a Endesa diz que tem de perceber se vai fazer sentido do ponto de vista económico e de rentabilidade e explicou que o grupo de trabalho, que tem de apresentar à ministra a sua proposta até 15 de dezembro, tem como objeto, basicamente, procurar o equilíbrio entre o melhor modelo para ter as melhores redes preparadas no curto prazo e respeitar o interesse económico dos municípios, por um lado, e das empresas que têm de participar.

“Em projetos da dimensão, como os que a Endesa está a desenvolver, e não estamos a falar de projetos pequenos, a preparação das redes e este investimento que tem de se fazer é fundamental, senão vamos provocar um funil, que por muita vontade de investimento que tenham as empresas, no fim não conseguem concretizar os projetos”, afirmou o responsável.

Guillermo Soler salientou que as empresas têm determinado valor disponível para investir e, “se não há condições de investimento no mercado português, que é altamente interessante, porque, ainda por cima, tem uma regulação muito estável, vão ter de pôr o dinheiro em outro lugar”. O responsável destacou ainda a demora nos processos de licenciamento para projetos renováveis, que podem levar mais de um ano, mas disse acreditar que este tema é uma prioridade para o atual Governo, que parece estar a procurar soluções.

Adicionalmente, para a Endesa, Portugal deve também trabalhar na criação de um mercado de capacidade, para armazenar energia renovável em baterias. “Vamos ter que desenvolver este mercado de capacidade que, fundamentalmente, tem de passar por incentivos económicos para os ‘players’ desenvolverem as baterias” e que devem ser equivalentes em Portugal e em Espanha, para não “romper a visão de mercado ibérico”, defendeu.

Estabilidade nos preços é “fator diferencial” para clientes

O diretor-geral da Endesa considerou, na mesma entrevista à Lusa, que a estabilidade nos preços da energia é um fator diferencial para os clientes, que estão cada vez mais informados dos seus direitos e do funcionamento do mercado. “Sobretudo nos últimos anos, é um fator diferencial e é um dos elementos que os clientes mais valorizam neste momento, a garantia de preço”, apontou Guillermo Soler.

A Endesa, que está em Portugal na área comercial de forma ininterrupta há mais de duas décadas, é atualmente o segundo operador em número de clientes no mercado elétrico e tem como objetivo manter-se nesta posição. “Somos dos poucos operadores que, quando oferecemos um contrato a um cliente, garantem os preços durante um ano, […] e não é uma prática comum, porque já sabemos que os mercados grossistas apresentam oscilações relevantes”, realçou o responsável da elétrica.

Guillermo Soler destacou ainda que o cliente português “está muito mais informado dos seus direitos e de como funciona o mercado” do que o espanhol e que isso também se deve ao trabalho da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE).

“Creio que temos um bom regulador em Portugal, que define muito bem as regras, de uma forma muito transparente e todos sabemos como temos de trabalhar”, afirmou, comparando, a título de exemplo, com o setor das telecomunicações, onde são permitidas fidelizações de clientes. “O cliente doméstico português sabe que pode entrar e sair e procurar melhores propostas a qualquer momento”, sublinhou.

Guillermo Soler, diretor-geral da Endesa em PortugalLusa

Questionado sobre a melhor forma de conseguir preços de eletricidade mais estáveis e previsíveis para as famílias, o diretor-geral considerou que a contribuição das energias renováveis é fundamental, porque afetará diretamente a composição do preço grossista.

O responsável apontou que a nova proposta de desenho do mercado elétrico europeu introduz alguns elementos que visam precisamente evitar as oscilações de preços, sobretudo em momentos de crises, como, por exemplo, a promoção da utilização dos contratos de longa duração de venda de energia (PPA).

Guillermo Soler vincou que um mercado de capacidade que permita armazenar energia renovável em grandes quantidades também ajuda a evitar situações como a que aconteceu este ano, com uma revisão excecional de tarifas em junho, que levou ao aumento dos preços.

“Nós tomámos uma decisão muito relevante no mês de maio, ao tomarmos conhecimento da revisão excecional das taxas, que consiste em não aplicar a taxa social no setor doméstico durante o ano de 2024 e estamos a falar de um impacto nas nossas demonstrações de resultados de algo semelhante a dois milhões e meio de euros que não passamos para os clientes”, disse o responsável.

Os custos da tarifa social de eletricidade passaram a ser partilhados entre produtores, comercializadores e restantes agentes no mercado de consumo de energia elétrica, após a Comissão Europeia ter dado razão à queixa da EDP. Esta medida permite que os comercializadores repercutam este custo na fatura aos clientes, se assim entenderem.

“Neste momento, o regulador está a definir as tarifas para entrada em vigor em 01 de janeiro, em princípio, a primeira proposta deverá ser conhecida em meados do mês de outubro, e quando tivermos essa proposta, vamos avaliar qual vai ser a nossa estratégia [para a tarifa social em 2025]”, explicou Guillermo Soler.

Abandona gás para produção de eletricidade em 2040

A Endesa decidiu abandonar a produção de eletricidade com gás natural em 2040 e apostar na eletrificação. “Nós, em 2040, vamos abandonar o gás, como uma medida de descarbonização clara e estratégica e apostamos na eletrificação”, anunciou o diretor-geral da Endesa em Portugal, que assumiu a liderança da empresa em fevereiro de 2023, sucedendo a Nuno Ribeiro da Silva.

Em Portugal existem quatro centrais de ciclo combinado a gás natural – Ribatejo, Lares, Pego e Tapada do Outeiro – que dão capacidade ao sistema elétrico nacional para reagir quando faltam as fontes de energia renovável.

A Endesa apontou que nenhuma elétrica anunciou ainda a mesma decisão, porque é uma decisão audaz e sem retorno, tal como aconteceu com o carvão. “Em geração, em Portugal, a principal premissa é a descarbonização, encerrámos a Central do Pego, que era a carvão, e a de Las Puentes, em Espanha, que eram as duas últimas duas centrais a carvão da Península Ibérica, e temos um objetivo de deixar o gás no ano de 2040, ou seja, do ponto de vista estratégico na geração, a descarbonização é o principal”, realçou o responsável.

A Central Termoelétrica do Pego, no concelho de Abrantes (Santarém), da qual a Endesa era acionista, deixou de produzir energia a partir do carvão em novembro de 2021, após uma decisão do Governo, no âmbito da estratégia de descarbonização nacional que, segundo representantes sindicais, afetou 150 trabalhadores e 350 familiares, numa localidade de 2.500 habitantes.

A Endesa ganhou o concurso de transição justa para a reconversão da Central Termoelétrica do Pego, com um projeto de investimento de cerca de 700 milhões de euros, que combina a hibridização de fontes renováveis (solar fotovoltaica e eólica) e o seu armazenamento, com iniciativas de desenvolvimento social e económico.

Dada a complexidade do projeto, a empresa decidiu dividi-lo em quatro blocos, que estão em diferentes fases de tramitação ambiental, com vista à entrada em funcionamento em 2027, sendo que o primeiro bloco de Aranhas, para energia eólica equivalente ao consumo de 350.000 habitações durante um ano, aguarda os resultados da consulta pública.

“Creio que o trabalho de preparação desta permissão ambiental foi feito com uma consideração e uma sensibilidade muito alta, estamos confiantes que não vamos ter grandes problemas, mas há que esperar pelo resultado da consulta pública”, disse Guillermo Soler.

O projeto para o Pego prevê que, num único ponto de ligação à rede, seja introduzida eletricidade proveniente de diferentes tecnologias e daí a entrada em funcionamento em termos comerciais esteja prevista para 2027, para que sejam realizados os testes necessários a garantir que esta hibridização funciona corretamente.

“Num dia em que faça sol, será possível injetar energia [solar] no ponto de ligação, mas se, adicionalmente, nesse dia também tivermos vento, a limitação do ponto de ligação vai obrigar a guardar energia em baterias”, explicou o diretor-geral, realçando que este processo “tem uma complexidade que não é unicamente a de desenvolver o parque eólico, ou fotovoltaico, ou a bateria, ou o eletrolisador”.

Além do “projeto estrela” no Pego, a Endesa tem em Portugal outros dois projetos de menores dimensões que deverão estar prontos a operar sensivelmente ao mesmo tempo que o do Pego, depois de ter ganhado o leilão solar flutuante na albufeira do Alto da Rabagão, em Montalegre, e também o parque fotovoltaico Pereiro, no Algarve, obtido a partir do leilão de 2020.

“No total, nestes três projetos, estamos a falar de um investimento de 925 milhões de euros para Portugal e estamos a falar de 1 gigawatt (GW) de potência instalada no país, que já é uma potência muito relevante”, salientou Guillermo Soler.

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Walz e Vance empatam em debate entre candidatos a vice-presidente dos EUA com mais substância política

  • Lusa
  • 2 Outubro 2024

Grupo de eleitores indecisos inquiridos pela NBC News deu a vitória ao democrata, mas a maioria dos analistas mostrou inclinação para um empate, num debate com menos momentos crispados.

Nenhum dos candidatos a vice-presidente dos EUA saiu vencedor claro do debate, com o democrata Tim Walz e o republicano J.D. Vance a contraporem mais políticas que polémicas num frente a frente cordial.

“Achei um debate muito equilibrado”, disse à Lusa a cientista política Daniela Melo, professora na Universidade de Boston. A politóloga indicou que, ao contrário do que aconteceu com os candidatos presidenciais, foi um debate com políticas. “Walz começou nervoso mas depois recuperou”, notou a especialista, que classificou o debate como “um empate”.

Embora ambos tenham sido cautelosos com as palavras, Daniela Melo considerou que o republicano Vance se mostrou mais seguro do princípio ao fim e que foi depois do intervalo que Walz conseguiu ter muitos momentos fortes. “Ambos fizeram o que tinham de fazer: não prejudicaram o candidato [presidencial], mostraram as diferenças em políticas, e não cometeram gafes graves”, sintetizou.

Melo considerou que Vance conseguiu fazer o “sanewashing” das políticas mais problemáticas do candidato presidencial republicano Donald Trump, usando uma expressão que foi amplamente repetida por analistas no rescaldo do debate. É uma referência à estratégia de Vance de fazer ideias extremistas parecer aceitáveis.

No entanto, a estratégia derrapou no final, naquele que a professora considerou ter sido o momento de maior destaque do debate: quando Walz perguntou a Vance sobre o 6 de janeiro de 2021 e a tentativa de subverter os resultados da eleição e o republicano mudou de conversa, recusando-se a admitir que Trump perdeu para Joe Biden em 2020. Foi um momento que a comentadora da CNN Abby Phillip considerou embaraçoso, depois de Vance ter passado todo o debate a tentar reabilitar a sua imagem negativa.

A forma polida, educada e articulada com que Vance falou foi um dos pontos mais referidos nas reações. A senadora Amy Klobuchar, uma das democratas que tinha sido escolhida para fazer a defesa do partido pós-debate, apontou que Vance se mostrou compreensivo e com alguma compaixão ao mesmo tempo que defende políticas cruéis.

“O que vimos esta noite foi a mesa da cozinha versus a Ivy League”, disse o comentador da CNN Van Jones, que frequentou a mesma escola de direito que Vance. “É assim que nos ensinam a fazer, de forma polida. O problema é que J.D. Vance muda de personalidade como as pessoas mudam de camisa”, disse Jones.

O comentador disse que a missão de Vance era mudar a sua imagem e fazer parecer aceitáveis os comentários polémicos que fez sobre mulheres e sobre migrantes haitianos. “Ele mentiu a noite toda”, frisou Jones, caracterizando-o como “muito enganoso”.

Da perspetiva republicana, disse o estratega David Urban, Vance obteve nota máxima. “Conseguiu murros certeiros mas fê-lo com luvas de veludo”, afirmou. “Muito suave, simpático, pareceu presidencial, comandou os factos, não ficou incomodado. É o tipo com quem se quer beber uma cerveja”, acrescentou. Na televisão MSNBC, Rachel Maddow considerou que Vance foi polido mas Walz ganhou o debate.

Um grupo de eleitores indecisos inquiridos pela televisão NBC News também deu a Walz a vitória, mas a maioria dos analistas mostrou inclinação para um empate, num debate que teve menos momentos crispados que o encontro entre Trump e a candidata presidencial democrata Kamala Harris.

Moderado pela CBS News, este foi o último debate que está previsto no ciclo eleitoral. As eleições estão marcadas para 5 de novembro e vários estados já começaram a permitir o voto antecipado e por correspondência. O agregado das sondagens da plataforma FiveThirtyEight dá Harris como líder, com 2,7% de vantagem sobre Trump a nível nacional.

Walz acusa Trump de ser instável e defende direito de Israel à defesa

O candidato democrata a vice-presidente dos EUA Tim Walz acusou o republicano Donald Trump de ser instável e demasiado inconstante para lidar com conflitos internacionais, durante o debate vice-presidencial contra J.D. Vance. “Precisamos de liderança estável”, afirmou Walz, defendendo que a candidata presidencial democrata Kamala Harris garante essa estabilidade numa altura em que o conflito no Médio Oriente está a agudizar-se.

Walz disse que Israel tem o direito a defender-se e que a escalada com o Irão tem origem não só no ataque do movimento islamita palestiniano Hamas a 07 de outubro de 2023, mas também nas decisões da administração de Trump, que provocou a rutura do acordo de não-proliferação nuclear com o Irão.

“O mundo viu um Trump de quase 80 anos a falar do tamanho das multidões”, apontou Walz, referindo-se ao debate presidencial de setembro. “Os seus dois secretários da Defesa disseram que Trump não devia sequer chegar perto da Casa Branca”, continuou o democrata.

Em matéria de política externa e resolução de conflitos, Walz considerou que é necessário entender a importância dos aliados dos Estados Unidos. “O que vimos com Kamala Harris é liderança estável”, afirmou, por oposição a um Trump que os aliados veem a aproximar-se dos líderes russo Vladimir Putin e norte-coreano Kim Jong-un.

“Os nossos aliados entendem que Donald Trump é instável”, reiterou, acusando o ex-presidente de ser permeável à lisonja de líderes autoritários. “Vamos proteger as nossas forças e os nossos aliados e haverá consequências”, contrapôs.

Num debate cordial, com poucos momentos crispados, Walz também foi chamado a responder a uma discrepância no seu próprio currículo. O governador do Minnesota admitiu que errou quando disse que tinha estado em Hong Kong e na China continental durante os protestos pró-democracia de maio e junho de 1989, que culminaram no massacre de Tiananmen. Ele chegou em agosto.

“Às vezes sou cabeça dura”, admitiu. “Cheguei lá nesse verão e falei errado sobre isto. Estava em Hong Kong e China durante os protestos democráticos, e aí aprendi muito sobre o que significa governar”, disse.

Walz chocado por recusa de Vance dizer que Trump perdeu em 2020

O candidato democrata a vice-presidente dos EUA Tim Walz mostrou-se chocado durante o debate com J.D. Vance quando o rival se recusou a admitir que Donald Trump perdeu as eleições em 2020. “Estou bastante chocado com isto. Ele perdeu a eleição. Isso não está em debate”, afirmou Walz, depois de perguntar diretamente a Vance se reconhecia o resultado, sem resposta positiva.

“Agentes da polícia foram espancados no Capitólio e alguns vieram a morrer”, apontou Walz, lembrando que os invasores pediram a forca para o então vice-presidente Mike Pence por ter certificado a vitória do Presidente dos Estados Unidos Joe Biden.

“A decisão que Mike Pence tomou é a razão pela qual não é ele quem está a debater neste palco”, disse Walz. “Foi a primeira vez que um presidente tentou subverter uma eleição justa e transição do poder”, continuou, criticando a “história revisionista” que Vance estava a tentar fazer ao desvalorizar o assalto ao Capitólio.

O democrata considerou que foi “um ataque à democracia” como nunca antes visto no país e, olhando diretamente para a câmara, fez um apelo aos eleitores: “América, vocês têm aqui uma escolha muito clara. Quem vai honrar a democracia e quem vai honrar Donald Trump?”.

Num debate cordial, em que os dois oponentes chegaram a mostrar empatia um para com o outro, Walz passou em revista as grandes propostas da candidata democrata à presidência, Kamala Harris, e evitou atacar diretamente Vance, optando por mandar farpas a Trump.

Os temas do aborto, cuidados de saúde e imigração foram os que mais animaram o governador do Minnesota, que criticou o histórico dos republicanos nestas matérias e as propostas de Trump-Vance se vencerem.

“Somos pró-mulher, a favor de que tomem as vossas decisões”, disse Walz, prometendo reinstituir o direito federal ao aborto que foi revogado pelo Supremo Tribunal e entregue aos estados. “Como é que uma nação pode dizer que a sua vida e o direito a tomar decisões sobre o seu corpo é determinado pela geografia”, questionou Walz. “Somos a favor da liberdade para as mulheres”, acrescentou.

O democrata criticou as tentativas de Trump de eliminar o Affordable Care Act (ACA, também conhecido como Obamacare), que permitiu a mais de 20 milhões de pessoas obterem acesso a seguros de saúde.

Quando Vance defendeu que Trump tinha melhorado o sistema, Walz rejeitou a alegação e disse que foi o senador republicano John McCain quem salvou o ACA. “Quando Trump disse que tinha um conceito de plano para a saúde deu-me vontade de rir”, disse Walz, apontando que foi Harris quem conseguiu pela primeira vez a negociação dos preços de 10 medicamentos para baixar os custos dos doentes.

Na economia, o foco do democrata foi o plano de construir três milhões de casas para combater os preços elevados das rendas e de dar um apoio de 25 mil dólares (22.600 euros) a quem quiser comprar a primeira casa. “Esta é uma diferença filosófica. Trump deu cortes de impostos aos mais ricos. Agora está a propor um imposto de 20% sobre tudo o que importarmos”, disse Walz, referindo-se às tarifas propostas pelos republicanos.

O contraste, indicou, é que os democratas “acreditam na classe média” e querem que os mais ricos “paguem a fatia justa”. Vance tentou ligar a falta de habitação acessível ao aumento da imigração ilegal, algo que Walz refutou.

A imigração foi um tema quente da noite, embora a controvérsia relativa aos migrantes em Springfield, Ohio – que Vance tinha acusado de comerem animais de estimação — tenha sido mencionada apenas de passagem.

“Resolvemos este problema com legislação”, disse Walz, apontando que Trump impediu a aprovação de um pacote bipartidário que iria levar muitos mais recursos à proteção da fronteira sul e à resolução dos pedidos de asilo.

JD Vance pede mudança e mais segurança nas escolas para travar tiroteios

O candidato republicano à vice-presidência dos EUA defendeu mais segurança nas escolas para conter a violência armada, num debate em que advogou que o país precisa de uma mudança que passe por Donald Trump.

Na terça-feira, naquele que foi o primeiro (e possivelmente único) debate vice-presidencial de 2024, JD Vance abordou alguns dos temas que mais pesam contra os republicanos na corrida eleitoral, nomeadamente a violência armada que assola o país e a questão do aborto.

O parceiro de Trump na corrida presidencial pediu mais segurança nas escolas para conter a violência armada, apesar de os republicanos se oporem a retirar armas de assalto das ruas.

“Eu, infelizmente, acho que temos que aumentar a segurança nas nossas escolas. Temos que fazer as portas trancarem melhor. Temos que tornar as portas mais fortes. Temos que tornar as janelas mais fortes e, claro, temos que aumentar os recursos dos agentes nas escolas, porque a ideia de que podemos magicamente acenar uma varinha e [tirar] as armas das mãos dos bandidos” não é realista, defendeu o senador do Ohio.

A questão da violência armada levou a um breve momento de conciliação entre Vance e Tim Walz, depois que o candidato democrata à vice-presidência mencionou que um dos seus filhos testemunhou um tiroteio num centro comunitário. O relato de Walz surpreendeu e entristeceu visivelmente Vance, que lamentou a experiência do filho do governador.

No confronto de candidatos a vice-presidente, Vance também afirmou que “nunca apoiou uma proibição nacional do aborto”, embora, em 2022, quando concorria ao Senado, ter dito que “certamente gostaria que o aborto fosse ilegal nacionalmente”.

No debate, marcado por um registo cordial entre ambos, Vance foi encurralado pelo seu oponente quando surgiu o assunto do ataque ao Capitólio de 06 de janeiro de 2021, tendo-se esquivado de responder à questão sobre se Trump perdeu a eleição presidencial de 2020.

“Isso foi uma ameaça à nossa democracia de uma forma que não tínhamos visto e manifestou-se por causa da incapacidade de Donald Trump de dizer — e ele ainda diz — que não perdeu a eleição”, defendeu Walz, governador do Minesota.

O candidato democrata à vice-presidência perguntou então diretamente a Vance: “Ele [Trump] perdeu a eleição de 2020?”, mas o senador do Ohio recusou-se a responder. “Tim, estou focado no futuro”, disse Vance, que alegou que Trump “entregou pacificamente o poder” ao deixar o cargo de Presidente, numa eleição que perdeu para Joe Biden. “Isso é uma maldita de uma não-resposta”, contestou Walz.

Trump continua a recusar reconhecer a sua derrota nas eleições de 2020 e nega qualquer envolvimento no ataque de 06 de janeiro de 2021, quando os seus apoiantes invadiram violentamente o Capitólio norte-americano para tentar evitar a confirmação da vitória eleitoral de Biden.

No debate, que teve lugar nos estúdios da estação televisiva CBS News em Nova Iorque, Vance disse acreditar que todos os norte-americanos, independentemente da sua condição, merecem ter as suas necessidades básicas atendidas, apelando aos eleitores por uma mudança que passe pelo ex-presidente Donald Trump.

“Acredito que, seja rico ou pobre, você deve poder comprar uma casa, deve poder viver em bairros seguros, não deve ter as suas comunidades inundadas com fentanil, e isso também ficou mais difícil por causa das políticas de Kamala Harris”, atacou o senador.

Kamala Harris é “vice-presidente há três anos e meio” e as “suas políticas fizeram piorar esses problemas”, advogou. “Precisamos de mudança, precisamos de uma nova direção, precisamos de um Presidente que já fez isso antes – e fez bem. Por favor, vote em Donald Trump”, instou.

JD Vance recusa responder se Trump separaria crianças migrantes dos pais

O candidato republicano à vice-presidência dos EUA recusou responder se um segundo Governo de Donald Trump separaria crianças migrantes dos pais, uma política que o ex-presidente colocou em prática sob enormes críticas.

Na terça-feira, naquele que é o primeiro (e possivelmente único) debate vice-presidencial de 2024, JD Vance e o candidato democrata a vice-presidente dos Estado Unidos, Tim Walz, enfrentaram questões das moderadoras da televisão CBS News sobre imigração, com o republicano a ser confrontado com as promessas de deportações em massa feitas por Donald Trump em caso de reeleição.

Vance, senador do Ohio, recusou-se por duas vezes a responder a uma pergunta direta sobre se a deportação em massa prometida por Trump separaria os adultos imigrantes indocumentados dos seus filhos, que poderão ser cidadãos nascidos em solo norte-americano.

O senador de 40 anos optou por criticar a política de fronteiras da atual administração de Joe Biden e Kamala Harris e defender que o país precisa de conter a imigração.

“Temos que estancar a hemorragia”, disse Vance, alegando que os Estados Unidos têm uma crise de imigração porque a vice-presidente e candidata presidencial democrata, Kamala Harris, quis desfazer as políticas de Trump para as fronteiras.

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Depois do Porto de Lisboa, programa de inovação TagusInnov desembarca no Porto de Setúbal

Três startups foram escolhidas na primeira edição do TagusInnov, programa de inovação do Porto de Lisboa. O próximo passo é estender o programa envolvendo o Porto de Setúbal.

As portuguesas DeepNeuronic, a NILG.AI e a sueca Nudgd são as três startups vencedoras do TagusInnov, programa de inovação criado pela Administração do Porto de Lisboa (APL), em parceria com o Forum Oceano, para “atingir o seu objetivo estratégico de se tornar um ‘porto mais verde'”. “O próximo passo será lançar um novo programa no Porto de Setúbal.”

“O TagusInnov terá várias edições e novos parceiros, incluindo stakeholders portuários, investidores privados e portos internacionais. O próximo passo será lançar um novo programa no Porto de Setúbal, em articulação com o Porto de Lisboa, criando um programa de inovação para o ecossistema do Porto de Setúbal”, revela Isabel Moura Ramos, vogal do Conselho de Administração da APL, com pelouro de estratégia e Inovação, ao ECO.

“A expectativa é que ambos ganhem notoriedade internacional e se tornem atrativos na busca de soluções ‘sustentáveis e inovadoras’ para todo o ecossistema dos portos da região de Lisboa. A próxima edição será dedicada ao tema ‘Portos Inteligentes e Verdes'”, acrescenta a responsável.

O programa de inovação, criado pela APL (Administração do Porto de Lisboa) em parceria com o Forum Oceano, tem como principal objetivo “acelerar e fomentar uma cultura de inovação, tanto interna como externa, no Porto de Lisboa”, explica Isabel Moura Ramos. “A sua missão é explorar e potenciar um laboratório vivo para a experimentação de novos processos, tecnologias, produtos ou serviços, que contribuirão para impulsionar a inovação em todo o ecossistema do Porto de Lisboa e nas suas diversas áreas de negócio. O Porto de Lisboa será um porto de teste para demonstradores e protótipos, tanto nacionais como internacionais”, continua.

O TagusInnov terá várias edições e novos parceiros, incluindo stakeholders portuários, investidores privados e portos internacionais. O próximo passo será lançar um novo programa no Porto de Setúbal, em articulação com o Porto de Lisboa, criando um programa de inovação para o ecossistema do Porto de Setúbal.

“O programa abrange outras três dimensões importantes: a atração de capital humano (talento e novos quadros) para o nosso ecossistema, a captação de investimento privado e a internacionalização”, refere ainda. Nesse último âmbito, “o Porto de Lisboa assinou recentemente dois memorandos de entendimento com o Porto de Barcelona e o Porto de Santos, no Brasil, com o objetivo de partilhar iniciativas e programas de inovação.

“Para a APL, este programa permitirá também atingir o seu objetivo estratégico de se tornar um ‘porto mais verde, inteligente e resiliente’ e atuar como um acelerador de uma economia descarbonizada, digital e circular, posicionando-se como pioneiro na inovação e no crescimento da economia azul a nível internacional”, destaca a vogal da APL.

Vencedores da primeira edição

A primeira edição do TagusInnov foi integrada no programa Portugal Blue Digital Hub (PBDH), apoiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), cujo consórcio inclui, entre outros parceiros, o Fórum Oceano e a Beta-i, e teve como foco a área de lazer e turismo – a terceira vertente também prevista é dedicada à mobilidade. De um total de 94 candidaturas, três startups, a DeepNeuronic, a NILG.AI e a Nudgd, emergiram vencedoras.

“A adequação e maturidade das startups foram alguns dos critérios de avaliação rigorosa da APL e da Beta-i, resultando na seleção de oito propostas de projetos-piloto. Posteriormente, ocorreu uma semana de bootcamp, durante a qual a equipa da APL, as startups e membros da comunidade marítima e turística puderam alinhar-se, culminando na escolha de três projetos-piloto”, descreve Isabel Moura Ramos.

Isabel Moura Ramos, Vogal do Conselho de Administração da APL, com pelouro de estratégia e Inovação

As vencedoras surgem com soluções para diversas áreas. Na gestão de segurança, a portuguesa DeepNeuronic tem uma solução que se foca na deteção e reconhecimento automático de eventos perigosos e comportamentos humanos anormais para a segurança e proteção pública.

Na categoria de simplificação de burocracia, o júri escolheu a solução da portuguesa NILG.AI que “cria soluções costumizadas com base em IA para identificar as melhores oportunidades no negócio”. Já os suecos Nudgd desenvolveram uma plataforma para facilitar hábitos amigos do ambiente entre os utilizadores e fornecer insights no reporte do ESG” na área de comunicação de atividades náuticas.

“Nesta fase, tanto a APL como as startups contam com o apoio do PBDH e do Fórum Oceano, oferecendo acompanhamento durante a fase de testes, recursos humanos e apoio administrativo e estrutural. O objetivo é ajudar no desenvolvimento do projeto, cocriar o modelo de negócio e explorar a sua replicação e escalabilidade“, afirma Isabel Moura Ramos quando questionada sobre os próximos passos.

Para este projeto, a APL contribui com cerca de 360 mil euros, “somando-se a outras fontes de financiamento privado e europeu”. “O objetivo é atrair um investimento global de um milhão de euros no próximo triénio”, aponta.

5,5 milhões para digital twin para gestão portuária

O TagusInnov é um dos projetos de empreendedorismo em que o Porto de Lisboa está envolvido. O Smart Port LX é outro. “É um projeto ambicioso e transformador da realidade portuária e da relação do porto-cidade, com o objetivo de criar um digital twin para a monitorização e gestão inteligente de toda a área de jurisdição e operações portuárias. O investimento previsto é de cerca de 5,5 milhões de euros”, adianta a responsável.

“Estamos a implementar pilotos em várias áreas: um para a eficiência na gestão de recursos da Doca de Santo Amaro; outro para a energia renovável (eólica) no VTS em Algés e nos nossos edifícios administrativos. Estamos também a iniciar o primeiro piloto para o uso de inteligência artificial em operações de um terminal portuário”, descreve.

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Hoje nas notícias: Digi, imposto Mortágua e ensino superior

  • ECO
  • 2 Outubro 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Pedro Siza Vieira considera que demorou-se demasiado tempo a fazer a reprivatização da Efacec, defendendo-se das críticas do Tribunal de Contas à operação, que poderá custar mais de 560 milhões aos contribuintes. Já os proprietários dizem que o imposto Mortágua deve ser abolido e tem impactos negativos no setor da habitação. A Digi fez um acordo com a Vantage Towers, que lhe vai permitir reforçar a rede móvel em Portugal. Veja estas e outras notícias em destaque na imprensa nacional esta quarta-feira.

Digi reforça cobertura móvel com acordo com Vantage Towers

A Vantage Towers e a Digi assinaram um acordo um acordo comercial para a utilização de torres de telecomunicações em Portugal. De acordo com o diretor-geral da Vantage Towers em Portugal, Paolo Favaro, esta parceria vai permitir reforçar a rede móvel da operadora romena em Portugal. Os planos de crescimento da empresa de infraestruturas passam por aumentar o número de inquilinos por torre e não por reforçar o portefólio com novas compras, adiantou o mesmo responsável.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Proprietários pedem “abolição urgente” do imposto Mortágua

O presidente da Associação Lisbonense de Proprietários já pediu ao Executivo a abolição do Adicional ao IMI, o chamado imposto Mortágua. Luís Menezes Leitão considera este imposto uma “escandalosa tributação fiscal” com impactos negativos no setor da habitação e diz que é uma travão ao investimento em prédios habitacionais. O chamado imposto Mortágua aplica-se a imóveis que tenham um valor patrimonial superior a 600 mil euros e vem do anterior Executivo.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago)

Alunos pobres colocados no ensino superior caem mais de 40%

Do total de alunos colocados na 1ª fase do concurso de acesso ao Ensino Superior, apenas 3,3% eram beneficiários do escalão A de ação social escolar. Trata-se de 1.655 estudantes, um número que representa uma quebra de 41% face ao ano passado, quando se lançou um contingente especial para estes alunos e que apenas vigorava na primeira fase de acesso. Das vagas reservadas, grande parte não foi utilizada. O Governo diz que vai estudar esta quebra e vai rever o modelo de Ação Social.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

Siza Vieira: “Demorou-se demasiado tempo a reprivatizar a Efacec”

O ex-ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, argumenta que as críticas feitas pelo Tribunal de Contas ao caso Efacec dizem respeito a quem conduziu o processo depois dele, numa alusão a Fernando Medina. O antigo governante diz ainda que “demorou-se demasiado tempo a fazer a reprivatização da Efacec”, num momento em que a Iniciativa Liberal pediu uma Comissão Parlamentar de Inquérito à operação, que poderá custar mais de 560 milhões de euros aos contribuintes. A auditoria do Tribunal de Contas considera que a nacionalização da Efacec, aprovada pelo Governo de António Costa em 2020, não foi devidamente fundamentada nem cumpriu os objetivos propostos.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (link indisponível)

“Não é ser xerife”. Loures também quer polícia municipal a fazer detenções

Ricardo Leão, presidente da Câmara Municipal de Loures desde 2021, concorda com o presidente da Câmara de Lisboa na polémica que abriu em torno das detenções feitas pela polícia municipal. Em entrevista à Rádio Renascença, o autarca coloca-se ao lado de Carlos Moedas e diz que é realista fazer esta mudança [que permite à polícia municipal fazer detenções] por causa da falta de meios. Ricardo Leão refere que “temos um problema de falta de meios na PSP, mas já existia, tanto no Governo anterior, como neste”. “Digo com toda a frontalidade, a mim o que me importa é que a segurança na rua seja efetiva, e seja atuante”, reforça.

Leia a notícia completa na Rádio Renascença

 

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Greenvolt assegura financiamento de 350 milhões de euros com “apoio da KKR”

  • ECO
  • 2 Outubro 2024

Executado com o apoio da KKR, a empresa de energias renováveis contratou um financiamento sindicado no montante de 350 milhões de euros e com reembolso bullet em três anos.

A Greenvolt, liderada por João Manso Neto, garantiu um financiamento de 350 milhões de euros, executado com o apoio da KKR.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa “informa sobre a contratação pelo grupo de um financiamento sindicado no montante de 350 milhões de euros e com reembolso bullet em três anos“.

O financiamento, “executado com o apoio da KKR, encontra-se sujeito a termos e condições, incluindo garantias, habituais em operações semelhantes” refere ainda a empresa de energias renováveis.

O sindicato de credores é composto por um credor institucional e cinco bancos, com quatro novas instituições financeiras a juntarem-se à Greenvolt como credores corporativos, “reforçando assim a estratégia da sociedade de construir relações de longo prazo com instituições financeiras chave à medida que expande as suas operações no setor das energias renováveis”, adianta o grupo.

Na mesma nota, refere que este financiamento “fortalecerá o balanço da Greenvolt e será utilizado para fins gerais e para fomentar o desenvolvimento do pipeline de 9,3 GWs de utility-scale do grupo, impulsionando a próxima fase de crescimento da sociedade”.

“Este financiamento traduz a confiança do mercado na estratégia e visão da Greenvolt. Constitui igualmente um importante passo para a transição energética e para a concretização dos ambiciosos objetivos de crescimento do grupo”, afirma o CEO João Manso Neto, citado numa enviada às redações.

No primeiro semestre deste ano, a Greenvolt agravou os prejuízos em 143%, para 19 milhões de euros. o resultado foi influenciado pelos baixos preços da pool de eletricidade no Reino Unido, onde a energética portuguesa tem vários ativos de biomassa, e pelo investimento em curso no segmento de projetos de larga escala, no qual não ocorreram novas transações de rotação de ativos durante o semestre.

A Greenvolt opera no setor das energias renováveis, desenvolvendo a sua atividade na geração de energia limpa através de biomassa residual, na promoção de projetos utility scale, mas também na conceção e desenvolvimento de projetos de geração distribuída.

Na biomassa residual está presente em Portugal e no Reino Unido, onde detém a Tilbury Green Power e a central de Kent. No utility scale, o grupo detém um pipeline de 9,3 GW em projetos eólicos, solares fotovoltaicos e soluções de baterias em 16 países. Já na geração gistribuída prossegue o crescimento da sua plataforma pan-europeia de autoconsumo, estando já em 12 geografias.

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Mais de metade dos jovens estão dispostos a pagar para ver desporto, de acordo com o “Global Sports Survey” da PwC

  • Servimedia
  • 2 Outubro 2024

Mais de metade dos jovens entre os 16 e os 24 anos estão dispostos ou muito dispostos a pagar para aceder a conteúdos desportivos, de acordo com o inquérito.

A irrupção das redes sociais e das diferentes plataformas de conteúdos que oferecem novos entretenimentos abalou a indústria audiovisual ao aumentar a oferta dirigida especialmente aos jovens, o que teve um impacto direto no setor desportivo, que teve de procurar novas fórmulas para chegar aos consumidores e manter a sua quota de mercado.

Para que estas estratégias sejam bem sucedidas, os clubes e as entidades desportivas devem conhecer bem o perfil dos adeptos, algo que, de acordo com o último estudo da Intelligence Research in Sponsoring (Iris) recolhido no “Global Sports Survey” da PwC, contraria um dos mitos mais difundidos nos últimos anos: o de que os jovens se afastaram do desporto.

Assim, o relatório revela que 55% das pessoas entre os 16 e os 24 anos estão dispostas ou muito dispostas a pagar para ver desporto, em comparação com 28% das pessoas entre os 55 e os 64 anos. Assim, os centennials têm quase 2 contas, em média, de subscrições em diferentes plataformas de conteúdos, em comparação com 1,4 para as pessoas com idades entre os 55 e os 64 anos.

Por outro lado, os Millennials mais tardios (25-34 anos) são os mais dispostos a pagar para assistir a eventos desportivos. São também os consumidores que veem desporto com mais frequência: mais de 24% fazem-no todos os dias, tanto em linha como através da televisão tradicional. Este é um hábito que não é tão elevado mesmo entre as pessoas com mais de 55 anos, com 16% a ver na televisão e 9% em linha.

Perante esta realidade, as perspetivas de investimento no setor são muito otimistas. Assim, 68% dos gestores incluídos neste estudo esperam que os investidores se interessem pelos ativos desportivos, que incluem os detentores de direitos audiovisuais. Outros 41% acreditam que os fundos continuarão a procurar oportunidades em ligas e clubes, enquanto 22% preveem um aumento dos investimentos em desporto, apostas desportivas e plataformas de fantasy gaming.

Tendo em conta estas perspetivas de investimento, 83% dos executivos insistem na necessidade de implementar novos modelos de negócio que tornem os produtos desportivos mais atrativos, a fim de continuar a atrair adeptos para os respetivos desportos.

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Wall Street recupera do susto no Médio Oriente. Nike cai 7%

  • ECO
  • 2 Outubro 2024

Ao longo desta quarta-feira, 2 de outubro, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Justiça do Brasil desbloqueia contas bancárias após X aceitar pagar multas

  • Lusa
  • 2 Outubro 2024

Decisão do Supremo Tribunal Federal abre caminho à reativação da rede social no Brasil, suspensa no país desde 31 de agosto por se ter recusado a eliminar perfis suspeitos de espalhar notícias falsas.

A justiça do Brasil ordenou o levantamento do bloqueio das contas bancárias e outros ativos no país da X (antigo Twitter), depois da rede social ter aceite pagar 4,76 milhões de euros em multas.

A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro, na terça-feira, abre caminho à reativação da rede social no Brasil, onde está suspensa desde 31 de agosto por se ter recusado a eliminar perfis de suspeitos de espalhar notícias falsas.

O juiz Alexandre de Moraes solicitou ao Banco Central do Brasil “o descongelamento” das contas bancárias e ativos financeiros da rede social, para que a empresa possa “receber transferências internacionais” e “efetuar de imediato o pagamento das coimas indicadas”.

Moraes tinha congelado as finanças da rede social do multimilionário norte-americano Elon Musk no Brasil no final de agosto, pouco antes do acesso à plataforma ser bloqueado no país.

De acordo com o acórdão, a rede social informou o STF que pagaria 28,6 milhões de reais (4,76 milhões de euros), correspondente a três multas cumulativas, por não ter respeitado as decisões judiciais e por ter contornado o bloqueio de acesso.

Antes da suspensão, cerca de 22 milhões de pessoas utilizavam a rede social no Brasil, o maior mercado da América Latina.

Muitos brasileiros recuperaram o acesso em 18 de setembro, depois de uma troca no IP da X. A rede social explicou que mudou de provedor para prestar um melhor serviço aos utilizadores latino-americanos, mas o STF rejeitou a explicação.

Alexandre de Moraes multou a empresa em cinco milhões de reais por dia (cerca de 800 mil euros) por tentar contornar o bloqueio. Um dia depois, a rede social nomeou uma nova representante legal no Brasil, uma das exigências do STF para desbloquear o acesso à rede social no país.

A X anunciou em agosto o encerramento do escritório no Brasil e disse que não cumpriria as ordens do STF para eliminar determinados perfis de pessoas suspeitas de espalhar notícias falsas, por considerá-las ilegais.

Elon Musk criticou Alexandre de Moraes, responsável pela investigação, acusando-o de ser um “ditador com toga”, e apoiou os apelos da extrema-direita brasileira ligada ao ex-Presidente Jair Bolsonaro para o destituir.

Após o bloqueio, o Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, pediu à rede social para acatar as decisões do STF e afirmou que todas as empresas com presença no país devem cumprir as leis.

Alexandre de Moraes impôs ainda uma multa de oito mil euros a quem utilizar uma rede privada virtual, conhecida como VPN, a sigla em inglês, ou um outro serviço de ocultação da localização para aceder à X. Não houve, até ao momento, relatos sobre a imposição de qualquer multa.

 

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Justiça já impôs à AIMA 17 mil agendamentos para imigrantes

  • Lusa
  • 2 Outubro 2024

Presidente da Agência para a Integração, Migrações e Asilo reconhece “problema da dimensão da administração" pelo facto de o número de estrangeiros em Portugal ter mais do que duplicado desde 2018.

A justiça portuguesa já impôs à Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) 17 mil agendamentos de reuniões com imigrantes. A AIMA teve de criar uma ‘task-force’ interna para responder a essas notificações, interpostas por advogados especialistas em migrações, afirmou, em entrevista à Lusa, Pedro Portugal Gaspar, que admitiu um “atraso grande por parte da administração no agendamento e nos pedidos de resposta” aos imigrantes. Mas, salientou, esses atrasos são transversais a outros serviços do Estado, como a área da saúde ou da própria justiça e esse recurso jurídico apenas está a ser utilizado junto da AIMA.

Pedro Portugal Gaspar recordou que o número de estrangeiros em Portugal mais do que duplicou desde 2018, o que trouxe o “problema da dimensão da administração relativamente a essa resposta”.

As decisões dos tribunais administrativos visaram “condenar a administração para marcar um agendamento”, mas “não foi para decidir sobre o mérito da causa”, do pedido processual de regularização, adiantou.

Nesse sentido “foi uma condenação meramente instrumental” para acelerar questões de agenda e hoje “há mais de 17 mil sentenças sempre a condenar a AIMA e não há nada a dizer, naturalmente”, porque a organização “não cumpriu em 90 dias o agendamento”.

Quando tomou posse, o seu antecessor, Goes Pinheiro, assumiu a liderança de uma estrutura de missão, numa “articulação que tem sido muito bem conseguida”, com a “incumbência de resolver o passivo resultante das manifestações de interesse, os tais cerca de 400 mil processos” [por processar no final de 2023] no prazo de nove meses.

A corrida contra o tempo já começou e “pode haver uma resolução burocrática dos processos”, mas permanece o “grande desafio que é a verdadeira integração e a realização do migrante no espaço nacional”.

Atualmente, a AIMA realiza mil atendimentos por dia e a estrutura de missão realiza cerca de 800, estimando-se que, em breve, poderão existir 2.000 atendimentos diários, na combinação das duas organizações, para fazer face a “um passivo muito grande”, afirmou.

Desde a alteração da lei de estrangeiros, em 02 de junho, nos últimos quatro meses, o número de entradas “corresponde mais ou menos a um mês [de processos] no tempo das manifestações de interesse”. Na segunda-feira, o ministro da Presidência, Leitão Amaro, disse que os pedidos diminuíram 80%, com a extinção das manifestações de interesse.

Pedro Portugal Gaspar, presidente da AIMALusa

Com o fim dessa figura jurídica que permitia a um estrangeiro com visto de turista começar a trabalhar e iniciar o seu processo de regularização, “há uma menor entrada de pedidos” de residência, confirmou hoje Portugal Gaspar. Para o dirigente, as migrações constituem “uma temática milenar” e foi “um assunto que sempre existiu” na história da humanidade.

Sobre a manifestação anti-imigrantes, organizada no domingo pelo partido Chega, Portugal Gaspar recordou que se tratou de um “exercício do direito democrático e de liberdade de expressão” em democracia, mas minimizou a sua importância, preferindo “distender o discurso e o debate para centrar naquilo que é essencial”.

E o importante é que há, hoje em dia um “espaço migratório” em Portugal que dá “oportunidade de realização da pessoa humana na procura de trabalho”, tal como “os portugueses foram procurar nos anos 1960 o norte da Europa”, concluiu.

Acelerar reagrupamento familiar

O presidente da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) anunciou que a partir de outubro serão abertas mais vagas para processos de reagrupamento familiar, procurando acelerar a integração dos imigrantes regularizados. “Vamos agora entrar neste mês de outubro com uma aceleração grande relativamente aos processos de reagrupamento familiar”, afirmou, em entrevista à Lusa, Pedro Portugal Gaspar.

Este tipo de processos não transitou para a estrutura de missão que está a resolver processos pendentes e é “uma área em que vamos avançar”, com prioridade sobre os processos referentes a alterações de residência para investimento. O objetivo é começar “com uma capacidade de resposta efetiva” dos serviços, alargando a oferta de agendamento até uma “um faixa etária bastante elevada dos menores”, próxima dos 18 anos.

Os imigrantes com filhos menores poderão inscrever-se no portal e pedir um agendamento para agrupamento familiar, podendo assim trazer as suas famílias, o que irá trazer “alguma indefinição do número de pessoas” a regularizar. Será “uma ação a desenvolver com grande ênfase e empenhamento por parte por parte da AIMA”, acrescentou.

O reagrupamento familiar é algo reivindicado por associações de imigrantes e é considerado um dos fatores mais relevantes para a integração das comunidades. A presença dos filhos nas escolas e dos cônjuges confere uma situação de normalidade quotidiana para quem está em Portugal, referem vários especialistas.

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Gallo lança uma edição de massas para crianças, em colaboração com a Disney, tendo o Rato Mickey como personagem principal

  • Servimedia
  • 2 Outubro 2024

O Grupo Gallo anunciou na quarta-feira que vai lançar no mercado, em outubro, uma edição limitada de massas infantis em colaboração com a Disney, desta vez com o Rato Mickey.

Desde que a Gallo anunciou o lançamento da sua gama Disney para o ano de 2023, é a segunda vez que a empresa escolhe esta personagem, desta vez num contexto marcado pela celebração do Halloween.

Embora o universo Disney seja atualmente composto por centenas de personagens, a verdade é que Mickey Mouse continua a ser o mais icónico de todos. O Grupo Gallo explica que, quase 100 anos após a sua primeira aparição no ecrã, “este simpático rato de calças vermelhas e luvas brancas já protagonizou milhares de aventuras”.

Agora”, acrescentou, ‘com a ajuda do Grupo Gallo, o Mickey e os seus amigos mais próximos sentam-se à mesa para transformar este Halloween na festa mais aterradora e divertida do ano’. Com a cara do Mickey e outras formas de massa que representam na perfeição a essência da festa, como a teia de aranha, a abóbora e o morcego, os mais pequenos poderão tornar realidade as aventuras mais mágicas e fantásticas alguma vez imaginadas em cada dentada do seu prato de massa”.

A empresa afirmou que a nova “Gallo Halloween Mickey Pasta” “foi concebida com precisão e paixão, esta massa é o resultado de um meticuloso processo de inovação que combina a melhor seleção de trigo duro de alta qualidade para oferecer uma massa com excelente sabor e textura. O objetivo de Gallo não é apenas alimentar, mas também criar momentos de alegria e diversão à mesa com uma massa saudável e nutritiva, rica em hidratos de carbono, fibras e proteínas, elementos essenciais numa dieta infantil equilibrada que promove o bem-estar dos membros mais jovens da família.

A massa Gallo Halloween Mickey passa a ser a sexta referência que a empresa lança no mercado desde 2023. Em setembro do ano passado, o Grupo Gallo anunciou o nascimento da sua colaboração com a Disney para comercializar as primeiras quatro variedades de massas infantis, com as personagens Mickey Mouse e Frozen da Disney, e Carros e Nemo da Disney Pixar. Em 2024, a empresa continua a expandir estas iniciativas com a introdução do Homem-Aranha, lançado em setembro em colaboração com a Marvel, e do Halloween Mickey, em outubro.

Com o lançamento da gama de massas infantis, o Grupo Gallo sublinhou que conseguiu revalorizar esta categoria, impulsionando um crescimento de 80,1% no valor deste mercado e um aumento de 24,3% no volume. A nível interno, especificamente no segmento de mercado das massas secas, os produtos inspirados nas personagens da Disney e da Disney Pixar contribuíram em 44% para o crescimento total da Gallo.

Salientou que este projeto permitiu à empresa entrar em mais de 363.000 lares no segmento de massas para crianças, muitos deles provenientes do segmento de marca própria, segundo dados da Kantar. De facto, a empresa fechou o ano passado a ultrapassar a marca própria em valor, atingindo uma quota de mercado de 41,2%.

Júlia Sala, diretora de marketing do Grupo Gallo, destacou a importância deste projeto na estratégia de I&D da empresa. “Com as diferentes apresentações da gama Disney, o que procuramos é proporcionar às crianças uma massa que, para além de respeitar a qualidade que sempre caracterizou Gallo, apresenta um design muito atrativo que lhes permite sonhar através do que comem, enchendo assim as suas refeições de diversão e imaginação.” “Esta é uma aposta de valor, fruto da inovação que nos caracteriza e que nos permite diferenciarmo-nos do MDD”, concluiu Sala.

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5 coisas que vão marcar o dia

O Eurostat vai divulgar os dados da taxa de desemprego na UE referente a agosto e o BdP as estatísticas de taxas de juro e de montantes de novos empréstimos e depósitos.

Esta quarta-feira, o Eurostat vai divulgar os dados da taxa de desemprego na União Europeia referente a agosto e o Banco de Portugal as estatísticas de taxas de juro e de montantes de novos empréstimos e depósitos do mesmo mês. Agendado também está o Conselho de Ministros e um dos pontos em destaque prende-se com as pensões. A marcar o dia está ainda a revelação dos stocks norte-americanos de petróleo e a decisão da data da audição do Parlamento Europeu à comissária europeia portuguesa indigitada, Maria Luís Albuquerque.

Qual é a taxa de desemprego na UE?

O Eurostat vai divulgar esta quarta-feira os dados da taxa de desemprego na União Europeia referente a agosto de 2024. Em julho, e pelo quinto mês consecutivo, a taxa de desemprego da União Europeia situou-se em 6%. Em Portugal, o desemprego recuou para 6,2% no sétimo mês do ano, continuando acima da média comunitária.

BdP divulga dados de taxas de juros

O Banco de Portugal vai revelar as estatísticas de taxas de juro e de montantes de novos empréstimos e depósitos de agosto. Em julho, a taxa média dos novos depósitos a prazo de particulares recuou para 2,63%, em relação aos 2,66% do mês anterior, mantendo a tendência de queda que observa desde que atingiu o pico acima dos 3% em dezembro. Já o montante de novas operações aumentou 2,5 mil milhões em julho, totalizando os 12,6 mil milhões.

Ministros reúnem-se esta quarta-feira

Esta quarta-feira, está marcado o Conselho de Ministros e um dos pontos em destaque prende-se com as pensões. Segundo confirmou a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social na segunda-feira, o Governo vai aprovar a revisão da legislação para permitir a atualização das pensões no ano seguinte à sua atribuição. Desde 2006, a lei estabelece que as pensões e reformas da Caixa Geral de Aposentações ou Segurança Social só são atualizadas a partir do segundo ano da sua atribuição.

Quais são os stocks norte-americanos de petróleo?

Esta quarta-feira, a Administração de Informação em Energia vai revelar os níveis dos inventários de crude dos Estados Unidos da América, bem como os stocks de destilados e gasolina, relativos à semana precedente.

Decidida data de audição de Maria Luís Albuquerque no PE

A data da audição do Parlamento Europeu à comissária europeia portuguesa indigitada, Maria Luís Albuquerque, será decidida esta quarta-feira, devendo ser promovida pela comissão dos Assuntos Económicos e Monetários na semana de 14 de outubro ou de 4 de novembro. As propostas foram apresentadas na terça-feira numa reunião da Conferência dos Presidentes das Comissões do Parlamento Europeu.

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