Exportações disparam 7,8% no arranque do ano com trabalhos por encomenda

Comércio internacional ganhou ritmo entre janeiro e março, avança o INE. Exportações terão aumentado em 7,8%, enquanto as importações subiram 7,1%.

As exportações cresceram 7,8%, enquanto as importações subiram 7,1% no primeiro trimestre do ano, face ao mesmo período do ano passado, segundo os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) esta terça-feira.

De acordo com a estimativa rápida do gabinete de estatística, “as transações de bens aumentam, assim, pelo terceiro trimestre consecutivo, acelerando face ao anterior, em que as variações homólogas foram de 3,9% nas exportações e 6,2% nas importações”.

Fonte: INE

No entanto, adverte o INE, “estas variações refletem, tal como aconteceu nos trimestres anteriores e em especial nas exportações, acréscimos nas transações de bens com vista a ou na sequência de trabalhos por encomenda, sem mudança de propriedade”.

Essa passagem por Portugal tem como objetivo dar valor acrescentado às mercadorias, a pedido dos clientes estrangeiros. Contudo, o país não adquire a propriedade desses produtos, já que não há a tradicional troca de compra e venda, mas sim a execução de um serviço.

(Notícia atualizada com mais informação)

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Confiança dos consumidores desce em abril, mas clima económico aumenta após três meses em queda

  • Joana Abrantes Gomes
  • 29 Abril 2025

Indicador de clima económico tinha diminuído nos últimos três meses, mas em abril registou um aumento ligeiro com a subida da confiança na indústria transformadora.

O indicador de confiança dos consumidores diminuiu em março e abril, após ter aumentado nos primeiros dois meses do ano, atingindo o valor mais baixo desde março de 2024. Em sentido inverso, o indicador de clima económico aumentou ligeiramente, depois de três meses em queda, segundo os dados divulgados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Para a deterioração da confiança dos consumidores em abril “contribuíram negativamente todas as componentes do indicador, destacando-se as opiniões sobre a evolução passada da situação financeira do agregado familiar”, indicam os “Inquéritos de Conjuntura às Empresas e aos Consumidores”.

Além disso, o saldo das opiniões dos consumidores sobre a evolução passada dos preços aumentou significativamente em abril, de 42,7 para 52,6 pontos, após as diminuições observadas em fevereiro e março, enquanto o saldo das perspetivas relativas à evolução futura dos preços aumentou de forma expressiva nos últimos três meses — de 26,5 em janeiro para 49,6 em abril —, atingindo o máximo desde outubro de 2022.

Quanto ao indicador de clima económico, baseado em inquéritos às empresas, registou um aumento ligeiro de 2,1 para 2,2 pontos, após ter diminuído nos três meses anteriores, com a confiança a aumentar na indústria transformadora, a estabilizar no comércio e a cair na construção e obras públicas e nos serviços.

“Na indústria transformadora, as perspetivas de produção e as opiniões sobre a evolução da procura global contribuíram positivamente para a evolução do indicador de confiança. No comércio, as opiniões sobre o volume de vendas e as perspetivas sobre a atividade nos próximos três meses contribuíram positivamente, compensando o contributo negativo das apreciações sobre o volume de stocks“, indica o INE.

Já a queda do indicador de confiança da construção e obras públicas em março e abril, após ter aumentado nos cinco meses anteriores, reflete o contributo positivo das perspetivas de emprego, enquanto a diminuição do indicador nos serviços “resultou do contributo negativo das opiniões sobre a evolução da carteira de encomendas e das apreciações sobre a atividade da empresa”.

(Notícia atualizada às 11h03)

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“Profissionais procuram mais do que um emprego: procuram um lugar onde possam evoluir, ser valorizados e crescer”

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  • 29 Abril 2025

Sofia Fernandes, Diretora de Pessoas e Talento do Grupo Lusíadas Saúde, partilha os desafios que o setor da saúde tem vindo a enfrentar no recrutamento e como o marketing pode ajudar.

Num setor como o da saúde, onde a escassez de talento é um desafio permanente, atrair e reter profissionais qualificados exige muito mais do que preencher vagas. Exige propósito, cultura, visão e, sobretudo, uma estratégia integrada que una Recursos Humanos e Marketing em torno de uma narrativa comum.

É precisamente isso que o Grupo Lusíadas Saúde tem vindo a construir com a parceria estabelecida com o Clan — uma colaboração que se tem revelado essencial não só para os processos de recrutamento, mas também para a consolidação do grupo como empregador de referência em Portugal.

Nesta entrevista, Sofia Fernandes, Diretora de Pessoas e Talento do Grupo Lusíadas Saúde, partilha os bastidores desta transformação, os desafios enfrentados e as estratégias que estão a moldar o futuro da saúde, dentro e fora das suas Unidades.

Como surgiu a parceria entre o Grupo Lusíadas Saúde e o Clan, e quais têm sido os principais objetivos desta colaboração?

A parceria com o Clan surgiu da necessidade de tornar mais visível, atrativa e coerente a proposta de valor do Grupo Lusíadas Saúde enquanto empregador de referência na Saúde e em Portugal.

Num setor com forte escassez de talento, sabíamos que era essencial ir além da divulgação de vagas oportunidades. Queríamos construir uma marca empregadora com identidade, cultura e propósito bem definidos — e o Clan revelou-se um parceiro estratégico, capaz de conjugar conhecimento de saúde com uma visão moderna de recruitment marketing. O nosso objetivo comum é simples, mas ambicioso: atrair talento com quem partilhamos Valores.

Esta parceria tem sido fundamental em vários processos de recrutamento, incluindo a abertura de novas unidades. Como avalia esta colaboração e como ela tem contribuído para o sucesso dos vossos projetos de expansão?

A colaboração com o Clan tem sido essencial para operacionalizar o plano estratégico de crescimento do footprint da Lusíadas Saúde. Em contextos de abertura de novas Unidades, como Paços de Ferreira, Campera ou o reforço em Santa Maria da Feira, Porto, Lisboa ou Algarve, conseguimos ativar campanhas segmentadas, com mensagens relevantes para os perfis que queríamos atrair. Mais do que preencher vagas, trabalhámos a perceção da marca Lusíadas como empregador confiável, inovador e próximo. O resultado é visível: maior volume e qualidade de candidaturas, menor tempo de resposta, melhor experiência para os candidatos e maior afinidade com a nossa cultura.

De que forma os departamentos de marketing e recursos humanos trabalham em conjunto na definição e implementação das campanhas de recrutamento?

Marketing e Recursos Humanos trabalham lado a lado, desde a definição dos objetivos até à execução das campanhas. Esta colaboração permite-nos alinhar a proposta de valor com a identidade da marca, falar a linguagem dos candidatos e garantir consistência em todos os pontos de contacto. É um trabalho de cocriação: o RH traz o conhecimento sobre os perfis e necessidades; o marketing assegura a narrativa, os canais e o alcance. Esta parceria é o que nos permite atrair talento de forma mais estratégica, segmentada e autêntica.

Sofia Fernandes, Diretora de Pessoas e Talento do Grupo Lusíadas Saúde
O Grupo Lusíadas Saúde tem vindo a recrutar ativamente Enfermeiros para os Hospitais Lusíadas Lisboa e Lusíadas Amadora. Quais os principais desafios enfrentados neste processo de recrutamento e que estratégias têm sido implementadas para atrair e reter talento nesta área?

O recrutamento de Enfermeiros é um desafio transversal ao setor, marcado por uma escassez estrutural e uma forte concorrência. A nossa abordagem tem sido trabalhar o ciclo completo destes profissionais — desde o momento em que se ouve falar da Lusíadas até ao seu percurso de desenvolvimento interno. Investimos em campanhas com testemunhos reais, ações de captação local, valorização da diversidade, programas de integração eficazes e um ambiente de progressão profissional. Apostamos também numa escuta ativa permanente que nos permite ajustar as condições às expectativas dos profissionais.

Como funcionam as campanhas de recruitment marketing desenvolvidas em conjunto com o Clan? Quais têm sido os resultados mais relevantes?

Cada campanha parte de dados concretos: quem queremos atrair, em que geografia, com que motivações. A partir daí, criamos conteúdos que falem diretamente com esses públicos — desde vídeos e testemunhos reais a formatos mais imersivos em redes sociais. O Clan tem sido fundamental na transformação de objetivos de RH em mensagens de marketing eficazes. Como mencionei anteriormente, os resultados são claros: campanhas com maior alcance, candidaturas mais qualificadas e uma perceção crescente da Lusíadas enquanto marca empregadora de referência.

Num contexto de crescente escassez de algumas categorias de profissionais de saúde, que estratégias têm vindo a ser exploradas para tornar o Grupo Lusíadas Saúde mais atrativo para estes talentos?

Trabalhamos numa lógica de diferenciação e consistência. Por um lado, oferecemos oportunidades concretas de desenvolvimento, formação contínua, mobilidade interna e inclusão. Por outro, temos vindo a reforçar a comunicação da nossa Cultura, dos nossos Valores e do nosso propósito. Quando estes elementos estão bem articulados, conseguimos criar uma ligação emocional autêntica com potenciais candidatos — mesmo antes de uma vaga existir. Esta afinidade genuína tem sido um dos fatores mais relevantes para atrair e reter talento.

Para além da abertura de novas Unidades, que iniciativas estão a ser desenvolvidas pelo grupo para promover o desenvolvimento e a formação contínua dos profissionais de saúde?

A formação contínua é uma prioridade estratégica para o grupo. Faz parte do nosso ADN. Através da Lusíadas Knowledge Center e da Universidade Corporativa que estamos a construir, queremos comprometer os Colaboradores com a sua própria aprendizagem e desenvolvimento, considerando a aprendizagem como um processo contínuo e evolutivo. Procuramos dar resposta à necessidade de proporcionar aos nossos colaboradores as ações de formação específicas e planos de desenvolvimento de qualidade de acordo com o perfil profissional e o talento individual. Estamos também a investir na disseminação do conhecimento interno através da criação de Bolsas de Formadores em temáticas específicas, que funcionam como “desmultiplicadores” das boas práticas que já temos e também um sinal de reconhecimento da expertise que têm nas suas áreas do saber. Investimos também em iniciativas de empregabilidade inclusiva, onde a formação é adaptada a diferentes perfis e contextos, e em percursos em transformação. Esta aposta é essencial para garantir equipas preparadas, motivadas e alinhadas com os atuais e futuros desafios da saúde.

A formação contínua tem vindo a ganhar destaque na área da saúde. Que papel tem desempenhado nas estratégias de retenção e desenvolvimento de profissionais dentro do Grupo? E qual a sua importância para o futuro do setor?

A formação contínua é uma alavanca para a retenção de talento, mas também para a diferenciação clínica. No Grupo Lusíadas Saúde, temos consciência de que os profissionais procuram mais do que um emprego: procuram um lugar onde possam evoluir, ser valorizados e crescer. Investir na sua formação é garantir que se sentem reconhecidos, atualizados e motivados. É também uma forma de garantir que continuamos a prestar cuidados de excelência num setor em constante evolução. É transmitir os Valores e Cultura da Lusíadas Saúde. Saber cuidar de quem cuida é, hoje, o melhor investimento para o futuro da saúde.

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Vodafone e Meo ainda com perturbações pontuais na rede em Portugal

Na sequência do apagão, as operadoras de telecomunicações avançaram com planos de contingência. Vodafone e Meo registam algumas perturbações na rede. NOS garante que serviços estão repostos.

Um dia depois do apagão que afetou também as redes de telecomunicações, Meo e Vodafone admitem ainda ter alguns focos de perturbação, mas prometem resolução ao longo do dia. NOS diz que rede está “totalmente operacional”.

“A Meo informa que os serviços estão repostos quase na totalidade, existindo apenas algumas situações pontuais que estão em fase de resolução durante o dia de hoje. Devido à rápida resposta com a ativação do Plano de Contingência e empenho de todas as equipas Meo, foi possível continuar a garantir os serviços críticos e normalizar as telecomunicações em todo o país, minimizando o impacto da crise energética nos nossos clientes”, informa fonte oficial da operadora ao ECO, num ponto de situação feito às 09h30.

“A Vodafone recuperou o seu serviço em todo o país, mantendo apenas pequenos focos de perturbação na rede, sendo esperada recuperação ao longo do dia”, adianta fonte oficial da operadora num ponto de situação feito esta manhã de terça-feira.

A reposição da rede começou logo na segunda-feira. “À medida que a rede elétrica for sendo reposta, nas diferentes zonas do país, a Vodafone restabelecerá de igual modo o seu serviço. A Vodafone aconselha os clientes a colocar o telemóvel em ‘modo de voo’ e retirar de seguida, para desta forma forçar uma atualização e novo registo na rede”, indicava na segunda-feira a empresa, num ponto de situação feito às 21h30 de segunda-feira.

A NOS garante que a rede está “totalmente operacional e a situação encontra-se estabilizada”. “As equipas da NOS trabalharam durante a noite para garantir as reconfigurações de rede necessárias ao funcionamento pleno dos serviços. A NOS continuará a monitorizar atentamente a estabilidade da rede e eventuais impactos residuais da falha de energia registada”, diz fonte oficial ao ECO, num ponto de situação às 09h45.

(notícia atualizada às 9h57 com ponto de situação da Meo e da NOS)

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Abril dá novo impulso às suas poupanças

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  • 29 Abril 2025

Abril traz consigo a oportunidade de reforçar a poupança e investir no futuro. Com reembolsos de IRS a caminho e novas vantagens fiscais, este é o momento certo para fazer crescer o seu património.

“Grão a grão, enche a galinha o papo”. A expressão que aflora a importância da poupança popularizou-se no discurso nacional, mas o hábito de poupar e investir ainda não está no ADN dos portugueses. Ainda assim, a realidade tem vindo a melhorar e, em 2024, a taxa de poupança das famílias foi de 12,2%, o valor mais alto desde 2003. Há, porém, oportunidades que tornam a poupança e o investimento mais atrativos do que nunca.

Com a chegada de abril, volta também a obrigação de entrega do IRS e, apesar de algumas diferenças este ano, para uma parte ainda significativa da população, isso significa receber um reembolso do Estado. Mais do que olhar para esse montante ‘extra’ como um bónus para gastar, pondere guardar pelo menos uma parte desse valor e aplicá-lo em soluções que permitam multiplicá-lo a médio e longo prazo.

As alterações implementadas pelo Governo à fiscalidade a que os produtos de investimento estão sujeitos são outra das razões que fazem deste um bom momento para investir, já que as taxas de imposto a aplicar a cada tipo de investimento são agora mais reduzidas.

O que mudou? Antes desta alteração legislativa, as mais-valias geradas no mercado de capitais estavam sujeitas a uma taxa de imposto única, independentemente da duração do investimento. Agora, os investimentos que forem mantidos durante pelo menos dois anos e por menos de cinco, têm direito a uma redução de 10% nas mais-valias. Se forem mantidos por mais de cinco anos e menos de oito, têm um ‘corte’ de 20% no imposto. Caso mantenha o investimento ativo por mais de oito anos, a redução chega aos 30%.

É suficiente poupar e guardar o dinheiro no banco? Não, se quiser aumentar o seu património e planear o seu futuro. Deixar dinheiro parado no banco não só não dará retorno, como em muitos casos fará com que perca dinheiro. Isto porque os juros pagos pelos bancos não são suficientes, na maior parte dos casos, para cobrir a inflação.

Como é que pode criar uma rotina de poupança e investimento? Antes de mais, é preciso fazer uma revisão total das suas despesas e dos seus rendimentos. Dado este primeiro passo, importa definir um orçamento mensal que preveja os gastos fixos (como renda, despesas da casa ou alimentação, por exemplo), quanto quer pagar a si mesmo e quanto quer poupar.

Feito este exercício, é importante ser rigoroso e manter a disciplina – só assim será possível alcançar resultados que permitam cumprir os objetivos que traçou. Depois, deve decidir o que fazer com o dinheiro que conseguiu poupar. Um bom truque para manter a consistência e evitar esquecimentos é automatizar as poupanças e os investimentos.

O que devo fazer com as poupanças? Há uma regra de ouro quando o objetivo é poupar e investir: constituir um fundo de emergência, uma espécie de pé-de-meia para o que der e vier. A recomendação é que garanta seis meses de despesas fixas, de forma que possa fazer face a eventos imprevistos, como ficar desempregado, ou para conseguir suportar despesas elevadas inesperadas.

Esse montante do fundo de emergência deve estar alocado a produtos e soluções de poupança que permitam a sua mobilização a qualquer altura e devem ser de capital garantido – ou seja, sem risco de perda.

Será que vale a pena investir as poupanças? Sem dúvida. Além de combater o efeito da inflação, investir as suas poupanças permite fazê-las crescer e potenciar o ganho ao máximo. Por outro lado, é cada vez mais incerto qual será o montante que cada cidadão português vai receber depois de reformado. Atualmente, pode simular o valor da sua reforma através de uma ferramenta disponível no site da Segurança Social – se o fizer, vai perceber que o rendimento diminui consideravelmente quando se reforma.

Embora os Planos Poupança Reforma (PPR) possam ser úteis para planear a reforma, a verdade é que são pouco flexíveis se precisar de usar o dinheiro que poupou antes do tempo previsto. Além disso, outra regra de ouro para investidores é diversificar e não colocar todos os ovos no mesmo cesto.

Em que devo investir, então? Antes de mais, é importante olhar para as soluções Poupança & Investimento do Universo, que oferece hoje condições atrativas para quem quer fazer crescer o seu património. Pode começar a poupar e investir a partir de 30 euros por mês, com opções para todo o tipo de perfis de investidor (iniciantes ou conhecedores, mais conservadores ou mais arrojados) e totalmente automatizáveis. Através deste simulador consegue perceber quanto pode ganhar em cada solução, conforme o prazo e o montante que escolher.

No que respeita ao risco, há três opções para que possa selecionar aquela que faz mais sentido para a sua realidade: Defensivo (com rentabilidade estimada de 3%), Equilibrado (5,7%) e Dinâmico (7,9%).

Mas vamos a exemplos práticos. Se tiver 50 euros para investir todos os meses e escolher manter o investimento durante cinco anos, além de acumular esse valor todos os meses, ainda pode potencialmente ganhar mais 82 euros (opção “Defensivo”), 462 euros (opção “Equilibrado”) ou 664 euros (opção “Dinâmico”).

Qual é a segurança deste investimento? Como em todos os investimentos, há sempre risco de perda. Mas risco é igual a potencial de retorno e, historicamente, os mercados têm-nos mostrado que, a longo prazo, acabam sempre por corrigir as desvalorizações que podem acontecer a pequeno/médio prazo. Além disso, as soluções Poupança & Investimento do Universo são geridas em parceria com a MAPFRE, uma das maiores especialistas mundiais na gestão de fundos de investimento.

Faça a sua simulação e comece a mudar o seu futuro, um euro de cada vez.

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Bruxelas aprova compra da gestora de ativos da Axa pelo BNP Paribas

A Comissão Europeia considera que a operação "diz respeito, em primeiro lugar, ao setor da gestão de ativos" e não suscita preocupações de concorrência "dadas as posições limitadas" neste mercado.

A Comissão Europeia aprovou na segunda-feira a compra da gestora de ativos AXA Investment Managers pelo banco francês BNP Paribas por mais de cinco mil milhões de euros, por ser um negócio que não gera preocupações de concorrência.

“A operação diz respeito, em primeiro lugar, ao setor da gestão de ativos. A Comissão concluiu que a operação notificada não suscitaria preocupações em matéria de concorrência, dadas as posições limitadas das empresas no mercado resultantes da transação proposta. A operação notificada foi examinada no âmbito do procedimento simplificado de reavaliação das fusões”, justificou a instituição europeia liderada por Ursula von der Leyen.

O BNP Paribas anunciou na véspera da Consoada que chegou a acordo para a aquisição da gestora de ativos do grupo Axa por 5,1 mil milhões de euros. Depois de terem entrado em negociações exclusivas no início de agosto, o BNP Paribas Cardif e a Axa assinaram oficialmente o acordo de aquisição da AXA Investment Managers no final de dezembro A operação deverá estar concluída em meados de 2025.

A assinatura deste contrato de consolidação no setor financeiro (gestão de investimentos) surgiu na sequência da conclusão da consulta de informação estratégica com os representantes dos trabalhadores dos dois grupos, de acordo com a empresa francesa, quatro meses após os rumores deste negócio.

A 1 de agosto de 2024 veio a público que o BNP Paribas e a Axa se estavam a preparar – em conversações em exclusividade – para criar uma das maiores gestoras de fundos da Europa, com 1,5 biliões de ativos sob gestão. Mais concretamente, torna-se o principal operador da Europa na área da gestão de ativos de poupança a longo prazo para seguradoras e fundos de pensões, com 850 mil milhões de euros de ativos.

Prevê-se que a aquisição tenha um impacto no rácio CET1 do grupo BNP Paribas de 25 pontos base. Nos primeiros três meses de 2025, o BNP Paribas teve lucro líquido de 2,95 mil milhões de euros, o que significou uma queda de 4,5% em termos homólogos.

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Cimpor investe 155 milhões em Alhandra. Grupo pode ser “embaixador” e trazer parceiros para Portugal, diz Governo

A cimenteira está a modernizar o forno 7 da fábrica no concelho de Vila Franca de Xira e a construir um centro de I&D para receber mais de uma centena de engenheiros.

A Cimpor está a modernizar o forno 7 da fábrica de Alhandra, em Vila Franca de Xira, e a construir um Centro de Investigação e Desenvolvimento (I&D) para o setor da construção que vai criar, pelo menos, uma centena de postos de trabalho qualificados. O investimento nestes dois projetos é de 155 milhões de euros, um valor 22% superior aos 121 milhões de euros que estavam previstos para esta unidade industrial até 2030.

Os dois projetos elevam o investimento da empresa, nos últimos seis anos, para 1,7 mil milhões de euros. “Vão ser um farol para a inovação e sustentabilidade para as indústrias do cimento e da construção, servindo Portugal e as geografias da Cimpor em todo o mundo. Imaginamos o novo centro de I&D como um hub de investigação de ponta, focado nas prioridades-chave para a nossa indústria e planeta”, afirmou o CEO da Cimpor Portugal e Cabo Verde, Cevat Mert, no evento de apresentação à imprensa.

Para tal, serão utilizados materiais e tecnologias amigas do ambiente, como cimento de argila calcinada (ou LC3 – Limestone Calcined Clay Cement) e captura de carbono, além de combustíveis alternativos e reutilização de matérias-primas na fase de construção. No que diz respeito à digitalização, a transformação far-se-á através de inteligência artificial, gémeos digitais e exploração de impressão a três dimensões (3D) para desenvolver soluções modulares, segundo o CEO.

O espaço de investigação em Alhandra servirá como zona de colaboração de empresas (startups), estudantes e investigadores. “Será mais do que um edifício. Será uma plataforma para a colaboração, Unirá Governo, academia e indústria. Aqui, as aplicações do mundo real encontrarão inovações revolucionárias e iremos moldar a próxima geração de materiais de construção”, disse o chairman da Cimpor Global Holdings, Suat Çalbiyik.

Parte do financiamento da modernização e nova infraestrutura no centro de produção de Alhandra – que tem 130 anos e é a cimenteira mais antiga do país – estará a cargo do PRR – Plano de Recuperação e Resiliência.

Visita à Cimpor para a “despedida” de Pedro Reis

O ministro da Economia escolheu a cimenteira portuguesa, comprada pela TCC Group Holdings (antiga Taiwan Cement Corporation), para aquela que deverá ser a sua última visita oficial a uma empresa em Portugal nesta legislatura. A pouco mais de duas semanas das eleições legislativas, Pedro Reis deixou dois desafios: que a Cimpor funcione como ‘diplomata’ do investimento externo e próximo Executivo privilegie parcerias como esta.

“Dentro deste projeto, está um potencial enorme de networking. O grupo pode ajudar a trazer para Portugal ainda mais parceiros e fornecedores e funcionar como embaixador de outros players e grupos”, referiu o governante, deixando a “recomendação a quem se seguir” no Governo de que parcerias como esta permitem “construir e intensificar cadeias de valor”, que se veem cada vez mais ameaçadas no contexto internacional.

“Este novo mundo implica que Portugal e a Europa tenham inteligência estratégia para celebrar novos acordos, em que o Mercosul é apenas um exemplo. Este projeto da Cimpor responde a isso. Este novo mundo obriga as economias regionais a serem mais competitivas para compensarem tarifas. Este projeto da Cimpor ajuda a aumentar a competitividade e produtividade da nossa economia”, assinalou, no evento que contou com a presença do embaixador da Turquia em Portugal e de vereadores da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira.

Pedro Reis considera que o dia é “carregado de simbolismo”, porque nem a economia portuguesa nem o investimento em Portugal ficam suspensos “para estar em gestão”. A seu ver, investimentos como o da Cimpor têm “dimensão e materialidade” para tirar proveito de fundos ambientais, reprogramação do PRR e Portugal 2030 e “dão razão de ser a estas linhas de capitalização”, num momento em que o país tem uma agenda de crescimento e concessões.

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Banking on Change: como liderar no setor da banca?

  • ECO
  • 29 Abril 2025

Adaptar, inovar e liderar no setor da banca são os três pontos de partida da conferência Banking on Change, que vai decorrer a 6 de maio, no Hotel Pestana Palace, em Lisboa.

Num momento em que o setor bancário enfrenta transformações profundas e desafios cada vez mais complexos, a conferência Banking on Change propõe-se ser um espaço de reflexão e ação. Promovido pelo ECO em parceria com a KPMG, o evento vai reunir líderes, agentes de mudança e especialistas para debater como a inovação pode ser a chave para responder às exigências de um sistema financeiro em constante evolução.

Sob o mote de adaptar, inovar e liderar no setor da banca, a conferência acontece já no dia 6 de maio, a partir das 9h, no Hotel Pestana Palace, em Lisboa. A entrada é gratuita, mas limitada à lotação da sala.

Os interessados em assistir ao evento devem inscrever-se aqui.

PROGRAMA

9h00 Abertura
António Costa, Diretor do ECO
Vitor Ribeirinho, CEO da KPMG Portugal

09h15 Intervenção Ministro das Finanças
Joaquim Miranda Sarmento, Ministro de Estado e das Finanças

09h45 Keynote Speaker
Geopolítica e Banca: Miguel Azevedo, Vice Chair Investment Banking Middle East & Africa, no Citigroup Inc.

10h15 A Banca, o Risco e a Economia
Miguel Maya, CEO do Millennium bcp
Gonçalo Regalado, Presidente do Banco Português de Fomento
Filipe de Botton, Chairman da Logoplaste
Moderação: André Figueiredo, Sócio da PLMJ

11h00 Coffee Break

11h15 A Inteligência Artificial e a Nova Banca
Pedro Castro e Almeida, CEO do Santander Portugal
Manuela Veloso, Head JP Morgan Chase AI Research
Nuno Sebastião, CEO da Feedzai
Rui Gonçalves, Partner Head of Technology Consulting da KPMG Portugal
Moderação: Tiago Freire, Subdiretor do ECO

12h15 Talk com Clara Raposo, Vice-Governadora do Banco de Portugal

13h00 Encerramento
Ricardo Reis, Economista, Professor da London School of Economics

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Novas subcategorias em promoção

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  • 29 Abril 2025

Está a preparar a sua candidatura ao Prémio Autarquia do Ano – Grupo Mosqueteiros? Esta pode ser a semana certa para avançar: há novas subcategorias com preço especial.

A campanha de desconto semanal do Prémio Autarquia do Ano – Grupo Mosqueteiros prossegue com novas oportunidades para as autarquias que querem dar visibilidade ao seu trabalho.

Todas as semanas, subcategorias diferentes são incluídas na campanha promocional, com uma redução de 35% no valor da inscrição. Esta abordagem permite destacar projetos em áreas com impacto direto no bem-estar das populações e no desenvolvimento sustentável dos territórios.

Consulte abaixo as subcategorias abrangidas esta semana e submeta a sua candidatura com condições vantajosas.

Categorias/subcategorias com desconto de 35%

APOIO SOCIAL

  • Apoio a Migrantes e Refugiados
  • Aposentados e Reformados – Reinclusão social

CULTURA E PATRIMÓNIO

  • Dança & Artes Performativas
  • Inclusão Cultural (acessibilidade em eventos culturais)

DEMOCRACIA, IGUALDADE E PARTICIPAÇÃO CÍVICA

  • Comunicação entre Eleitos e Eleitores
  • Consciencialização Política

DESPORTO E VIDA SAUDÁVEL

  • Infraestruturas para Prática Desportiva
  • Desporto Inclusivo (acessibilidade para pessoas com deficiência)

ECOLOGIA E CUIDADO DOS ANIMAIS

  • Agricultura Sustentável e Urbana
  • Agricultura Vertical e Hidropónica nas Comunidades Urbanas

ECONOMIA

  • Captação de Investimento Estrangeiro
  • Economia Social

EDUCAÇÃO

  • Ensino Profissional
  • Ensino Secundário

MOBILIDADE

  • Incentivo à Mobilidade Verde
  • Transportes Públicos

SEGURANÇA E PROTEÇÃO CIVIL

  • Combate e Prevenção aos Incêndios Florestais
  • Infra-estruturas de Cuidados de Saúde

TURISMO

  • Turismo de Saúde
  • Turismo de Surf

URBANISMO E ESPAÇOS VERDES

  • Habilitação Social de Qualidade
  • Higiene do Espaço Público

SAÚDE E BEM-ESTAR

  • Apoio ao cuidados

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Arábia Saudita reforça projeção internacional da língua árabe através da King Salman Global Academy

  • Servimedia
  • 29 Abril 2025

A instituição está a liderar iniciativas educativas, culturais e tecnológicas para impulsionar a utilização do árabe no mundo e reforçar a sua presença em fóruns internacionais.

A Arábia Saudita desempenha um papel fundamental no apoio e promoção da língua árabe a nível internacional, com base no seu reconhecimento como língua oficial do país e uma das seis línguas oficiais do mundo. Para reforçar ainda mais o seu empenhamento na promoção da língua árabe, o país criou a King Salman Global Arabic Language Academy. Esta instituição científica e cultural tem por objetivo consolidar a presença do árabe na política educativa, na tecnologia e nos fóruns internacionais.

A Academia, concebida como uma plataforma global de referência, dedica-se ao desenvolvimento de projetos estratégicos, ao estabelecimento de parcerias duradouras e à promoção do ensino do árabe entre falantes não nativos. Desde a sua criação, tem promovido programas educativos, culturais e tecnológicos em colaboração com universidades e instituições internacionais.

Uma das suas iniciativas internacionais mais destacadas é o Mês da Língua Árabe, celebrado em vários países do mundo – incluindo Espanha – em colaboração com embaixadas, universidades, institutos culturais e centros educativos da Arábia Saudita. Este mês representa uma oportunidade para celebrar a riqueza da língua árabe, promover o seu ensino, formar os seus professores e abrir espaços de diálogo sobre o seu papel no mundo contemporâneo.

No domínio da educação, a instituição implementa programas de ensino da língua árabe para falantes não nativos, incluindo o desenvolvimento de currículos educativos modernos, a criação de centros de ensino internacionais, a formação de professores especializados em língua árabe, bem como o reforço das oportunidades de aprendizagem e a integração linguística.

Além disso, a Academia organiza a Conferência Anual sobre a Língua Árabe, que se estabeleceu como um fórum internacional de diálogo entre peritos, académicos e responsáveis pelas políticas linguísticas. Este ponto de encontro permite debater os principais desafios, partilhar experiências e propor soluções inovadoras para garantir a sustentabilidade e o desenvolvimento da língua.

No domínio tecnológico, o centro deu passos importantes com a criação do Centro de Inteligência da Língua Árabe, uma plataforma pioneira dedicada ao processamento tecnológico da língua. O seu objetivo é desenvolver ferramentas digitais e inteligentes que facilitem a utilização do árabe em ambientes ligados à inteligência artificial, às tecnologias da linguagem e à automatização. Neste sentido, organiza também eventos como o Arabic Hackathon, que reúne programadores, linguistas e criativos para conceber soluções inovadoras a favor da língua.

Com o objetivo de promover o árabe nas organizações internacionais, a entidade lançou iniciativas que visam o seu reconhecimento como língua oficial de trabalho e de comunicação nos organismos regionais e mundiais. Promove também a sua utilização em conferências e sistemas tecnológicos, em reconhecimento da sua relevância histórica e do seu papel na cooperação internacional.

A Arábia Saudita procura assim reforçar a sua liderança na promoção do árabe como língua de conhecimento, cultura e comunicação global. A King Salman Global Arabic Language Academy posiciona-se como uma referência na projeção internacional da língua, alinhando o seu trabalho com os objetivos estratégicos da Visão 2030 do país.

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Como evitar apagões no futuro? Digitalização, interligações e salvaguardas

Especialistas do setor da energia apontam algumas medidas que podem ajudar a prevenir e a colmatar situações de apagão semelhantes à que afetou todo o país esta segunda-feira.

Portugal viveu uma situação inédita: Um “apagão” que ditou que o país ficasse sem acesso à eletricidade desde a manhã de segunda-feira, exatamente às 11h33, até praticamente pela noite dentro. A resolução do problema esteve essencialmente a cargo da REN — Redes Energéticas Nacionais que, em coordenação com a congénere espanhola, produtores de eletricidade e a operadora das redes de distribuição, a E-redes, dedicou todos os esforços para resolver o problema.

Apesar de pela meia-noite cerca de 80% da população já ter acesso a energia elétrica, ainda falta apurar a causa específica deste “apagão” e, à luz da dimensão do problema, fazer uma avaliação das medidas a tomar para prevenir situações futuras. “Vamos serenamente avaliar com as autoridades espanholas aquilo que aconteceu e tentarmos projetar no futuro melhores instrumentos de resposta para evitar a repetição desta ocorrência“, garantiu o primeiro-ministro, Luís Montenegro, na noite de segunda-feira.

O administrador da REN com o pelouro das operações, João Conceição, explicou em declarações aos jornalistas, ao final da tarde, que após ultrapassada a situação de apagão, será necessário avaliar os mecanismos de recuperação existentes, para perceber se se devem fazer “alterações ou algumas melhorias”.

“Hoje, todos vão dizer que é mais do que justificado. Mas daqui a uns tempos, estaremos mais preocupados com o custo da conta de eletricidade”, refere João Conceição, administrador da REN, sobre a necessidade de haver mais sistemas de recuperação no quadro energético nacional.

Uma das medidas a considerar, defende Nuno Ribeiro da Silva, atual consultor na área de energia e ex-CEO da Endesa em Portugal, é o reforço das interligações com o resto da Europa. Estas ligações, admite, facilitam a existência destes problemas, dado que o país está mais exposto a falhas noutras localizações. Contudo, justificam-se do ponto de vista económico e de concorrência, permitindo solicitar a energia mais barata produzida a cada momento e, em caso de apagão (verificado ou iminente), podem também ajudar a suprir o problema.

Mais linhas podem criar mais redundância, evitando a saturação e a sobrecarga do sistema que leva ao “apagão”, ao mesmo tempo que são mais uma via para trazer eletricidade quando esta falha.

Esta tese foi veiculada também pelo primeiro-ministro português, que considerou que “a circunstância de Espanha ter, nomeadamente com a Europa, limitações de interligação também afeta a capacidade de fornecimento de Portugal”. Em paralelo, relembrou que “há muito tempo” que Portugal “luta na União europeia pelo reforço das interligações com a Europa”.

Há também a possibilidade de reforçar a capacidade de resposta das centrais geradoras de eletricidade, criando os chamados “serviço de sistema”, que consistem em pagar para existirem centrais sempre prontas a serem ativadas para evitar uma quebra no sistema, por exemplo, centrais a gás. Mediante determinado valor, assegura-se que estas tenham gás, pessoal e condições adequadas para reagir rapidamente em situações de emergência.

No caso de se registar um “apagão”, uma forma de recuperar mais rapidamente é reforçar a capacidade de “reiniciar” o sistema, afirma João Serra, presidente da ACEMEL — Associação de Comercializadores de Energia no Mercado Liberalizado. “Não se investiu o suficiente nas chamadas centrais de reposição“, acusa, referindo-se a centrais que têm a capacidade de recomeçar a geração do zero, como duas que foram chamadas a atuar hoje: a central a gás da Tapada do Outeiro e a central hídrica de Castelo de Bode.

Ribeiro da Silva alerta ainda que é necessário perceber se foi adequada a ação dos operadores de rede, também o espanhol e o francês e, eventualmente, criar redundâncias e mecanismos de proteção, também a este nível, da gestão das redes.

Soluções implicam custos, mas apagão também fere

Em declarações à CNN Portugal, Jorge Vasconcelos, ex-presidente da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, defendeu a necessidade de investir na modernização dos equipamentos do sistema e na respetiva digitalização, para torná-los mais inteligentes. Em jeito de crítica, relembrou que está em vigor uma lei aprovada por unanimidade que proíbe os consumidores de eletricidade de pagar a instalação de contadores inteligentes. “Temos de aprovar leis que facilitem o investimento“, entende.

Uma solução mais convencional, mas que João Serra vê como importante, é o aumento da penetração de renováveis e de armazenamento, em particular deste lado da fronteira. O líder da ACEMEL aponta que, proporcionalmente, Portugal compara mal com Espanha no que diz respeito à capacidade fotovoltaica e armazenamento que tem e pretende ter.

Sobre o papel que poderiam ter as centrais a carvão para a resposta a situações de emergência semelhantes, João Nuno Serra afirma que estas são dispensáveis. Por seu lado, Jorge Vasconcelos reforça que devem ser adotadas soluções técnicas que permitam substituir as centrais a carvão. “Não queremos colapso do sistema, nem o colapso do planeta”, rematou.

Há que haver a consciência que “mais sistemas de recuperação significam mais custos”, alertou ainda o administrador da REN. Na sua ótica, é importante perceber se faz sentido aumentar capacidade de resposta ou se o custo que isso acarreta não se justifica. “Hoje, todos vão dizer que é mais do que justificado. Mas daqui a uns tempos, estaremos mais preocupados com o custo da conta de eletricidade”, rematou.

A energia mais cara é a que não existe“, ironiza Ribeiro da Silva. Quanto aos custos, depende de que medidas deem resposta às debilidades detetadas, “mas pode ser uma coisa tão simples e barata como haver uma maior ou mais eficiente comunicação entre operadores de sistema”.

Também Jorge Vasconcelos defende que é preciso olhar aos custos do apagão antes de pesar os custos de o prevenir. No entanto, independentemente disso, sublinha que o investimento em modernização e digitalização do sistema é “indispensável” e, no que toca à digitalização, trata-se de valores “relativamente modestos”, sem precisar os números.

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AstraZeneca cresce 10% no primeiro trimestre e reforça o seu plano para 2030

  • Servimedia
  • 29 Abril 2025

Este crescimento foi impulsionado por fortes desempenhos nas áreas de Oncologia e Biofarmacêutica, bem como pela expansão sustentada em todas as principais regiões geográficas.

A AstraZeneca iniciou 2025 numa trajetória ascendente, com as receitas totais a aumentarem 10% no primeiro trimestre para 13.588 milhões de dólares.

Este início de ano foi apoiado por avanços clínicos significativos. Desde o seu último relatório, a empresa obteve cinco resultados positivos em estudos de Fase III e recebeu 13 aprovações regulamentares em mercados estratégicos. Os destaques incluem os resultados do estudo DESTINY-Breast09 para Enhertu, bem como o ensaio SERENA-6 para camizestrant e MATTERHORN para Imfinzi, os dois últimos selecionados para sessões plenárias na ASCO 2025, destacando o seu impacto na oncologia.

Pascal Soriot, Diretor Executivo da AstraZeneca, afirmou: “A nossa forte dinâmica de crescimento continuou em 2025 e entrámos agora num período sem precedentes, repleto de catalisadores para a nossa empresa. Este ano, anunciámos cinco resultados positivos de estudos de Fase III. No geral, estamos a fazer excelentes progressos em direção à nossa ambição de atingir 80 mil milhões de dólares em receitas totais até 2030.”

Com um portefólio sólido, uma procura crescente de tratamentos inovadores e uma estratégia centrada na ciência transformadora, a AstraZeneca afirmou que continua a fazer progressos no sentido da sua “Ambição 2030”. A empresa continua a investir em tecnologias que têm como objetivo redefinir o futuro dos cuidados de saúde e assegurar um crescimento sustentável para além da próxima década.

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