Empresas pedem incentivos ao hidrogénio verde para competir com o “cinzento”

O hidrogénio verde deverá ser uma solução para ajudar as empresas com maiores necessidades de energia a acelerar a transição energética, defendem especialistas do setor.

O hidrogénio verde é um dos setores que se vai desenvolver e vai suportar as indústrias intensivas de energia, ajudando-as a superar os desafios ao nível da eletrificação, mas são precisos incentivos para poder competir com os preços do hidrogénio “cinzento”.

Portugal é um dos países onde as energias renováveis pesam mais na produção de eletricidade, tirando partido das características ambientais do país. De acordo com Pedro Ávila, Diretor de Sustentabilidade Operacional da REN, no final do ano passado, 61% consumo era gerado a partir de energias renováveis, com reflexo nos preços da energia, adianta no Green Economy Forum, a conferência anual do Capital Verde e que se realizou esta terça-feira em Gaia.

O responsável da REN aponta que, no âmbito da transição energética, “o hidrogénio é um setor que se vai desenvolver e vai suportar indústrias que pela dificuldade da eletrificação”, devido às necessidades intensivas de energia, necessitam de armazenar energia para fazer face às suas necessidades.

“Para empresas que querem ser cada vez mais competitivas a nível internacional, esse mesmo processo vai trazer o hidrogénio enquanto setor complementar à eletricidade“, explica Pedro Ávila.

 

Hugo Costa, diretor de desenvolvimento de negócios em Portugal da EDP, defende que são precisos incentivos no hidrogénio verde. “Não conseguiremos competir com hidrogénio cinzento se não houver algum apoio”, alerta.

E a necessidade de incentivos não se fica pelo hidrogénio verde. Com metas muito ambiciosas em relação à transição energética – objetivo é atingir a neutralidade carbónica em 2050 – , o diretor da EDP adianta que a atração de financiamento é fundamental.

“A EDP tem feito movimento de transição fundamental. Mais de 95% da geração da energia é de fontes verdes”, refere Hugo Costa, adiantando que ajudou os anos de 2023 e 2024 terem sido “bastante hídricos”.

Num momento em que se realiza a COP29, o responsável diz que “é fundamental” que haja financiamento para suportar esta transição. “Não podemos pensar que esta transição é feita através de empresas de muita dimensão”, atira.

“Se queremos cumprir com este desígnio tem que haver esse apoio”, destaca.

Equipamentos e licenciamentos atrasam projetos

Num momento em que as empresas têm em andamento projetos para atingir os objetivos ao nível da transição energética, os responsáveis queixam-se que existem dificuldades que podem atrasar os seus planos.

“Fizemos o processo de industrialização que acabou por se deslocar para a Ásia”, refere Hugo Costa, adiantando que estamos “dependentes do que é mercado chinês com componente solar e também baterias”. É preciso o “processo de voltar a trazer para Europa, fazendo o processo de industrialização verde”.

Para o diretor da EDP é necessário trazer essa industrialização verde para a Europa, aproveitando uma oportunidade através do incentivo desta atividade. Caso contrário, “há uma ambição que corre risco de não ser concretizada.”

Pedro Ávila, Diretor de Sustentabilidade Operacional da RENRicardo Castelo

 

Pedro Ávila concorda que a “Europa tem-se posicionado como continente líder no processo de descarbonização”, o que colocou pressão nos contratos de equipamentos. “Hoje são feitos contratos plurianuais”, adianta, apontando que o “nível [de procura] é absolutamente gigante”, com os players a “competir pelos mesmos equipamentos.”

Por outro lado, as empresas lidam com problemas ao nível dos licenciamentos. “Temos um plano de investimentos robusto que queremos executar. Tudo faremos para cumprir compromissos, tendo certo que tema de licenciamento é essencial para ter atração de investimento”, sintetiza.

“Temos objetivos que são muito significativos e temos capacidade de os executar desde que tenhamos os licenciamentos necessários“, conclui.

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Web Summit conta com 71 mil participantes de 153 países

  • ECO
  • 12 Novembro 2024

A conferência tecnológica tem presentes 3.050 empresas, 1.066 investidores, 953 oradores. Esta edição tem o maior número de sempre de startups fundadas por mulheres.

A edição deste ano da Web Summit teve a presença de mais de 71 mil participantes, entre empresários, startups, investidores, delegações e media de 153 países. O evento conta com 3.050 empresas, 1.066 investidores, 953 oradores, adiantou esta terça-feira a organização da cimeira tecnológica, a decorrer na FIL em Lisboa, até 14 de novembro.

“A Web Summit continua a crescer cada ano que passa, e com um recorde de 3 mil empresas expositoras, incluindo parceiros da Meta, Adobe e milhares de startups em fase inicial”, refere Paddy Cosgrave, CEO e fundador da Web Summit, citado em comunicado.

Inteligência artificial, que ocupa a maior representação empresarial (16%), capital de risco, regulamentação e o impacto das eleições norte-americanas são alguns dos temas em debate na cimeira que, este ano, conta com 71.528 participantes.

Esta edição teve a maior percentagem de sempre de startups fundadas por mulheres, 44%, valor que representa uma subida face aos 29% registados na edição anterior. As startups fundadas por mulheres são no total 1.261 este ano. As mulheres representam 42% dos participantes e 37% dos oradores.

Mais de 2.000 profissionais de media de 76 países e 62 delegações de 36 países, com as maiores representações vindas da Alemanha e do Brasil, marcam ainda presença nesta edição.

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Inovação é “combustível” que alimenta soluções de pagamentos

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  • 12 Novembro 2024

Garantir que é o serviço que se adapta ao cliente e não o contrário é, para a SIBS, essencial. Encontrar novos casos de uso para soluções como o MB Way é a estratégia para continuar a crescer.

A manhã do primeiro dia completo de Web Summit Lisboa no espaço da SIBS contou com a presença de Hugo Moreira, Director of Clients Management, que partilhou com a audiência a importância da colaboração. “O SIBS Lab é um projeto muito importante”, destacou, lembrando o papel desta iniciativa na criação de um ecossistema de inovação na área dos pagamentos.

Trata-se de um laboratório experimental que reúne parceiros de várias áreas, com diferentes competências, que podem integrar as soluções SIBS nos seus produtos. Além disso, o SIBS Lab assume-se como test bed – é, aliás, parte da Rede Nacional de Test Beds – e permite apoiar toda a jornada de desenvolvimento de um piloto, desde o seu planeamento à execução.

“A ideia é que os parceiros possam usar os nossos serviços para construir os seus próprios produtos. Oferecemos também serviços de apoio, nomeadamente no marketing, na regulação e na internacionalização”, explicou o responsável. Mais do que expandir o alcance das soluções SIBS, o objetivo é fomentar a inovação e liderar o futuro dos pagamentos digitais. “Temos neste momento mais de 100 projetos-piloto com os nossos parceiros”, sublinhou Hugo Moreira.

Uma das maiores inovações nos pagamentos digitais foi o lançamento do MB Way, que surgiu como forma de “transferir dinheiro em tempo real e com segurança”, que continua a ganhar novas funcionalidades ano após ano. “Estamos sempre a criar novos casos de uso e funcionalidades para o MB Way, que é essencial para continuarmos a crescer neste mercado”, apontou.

“A inovação é o combustível que nos alimenta e, sem ela, não conseguíamos oferecer soluções que são usadas no dia-a-dia por milhões de portugueses”, acredita Hugo Moreira. Vale a pena recordar que a aplicação lançada pela SIBS conta já com mais de seis milhões de utilizadores em Portugal.

Continue a acompanhar a atividade da SIBS na Web Summit ao longo da semana, no ECO.

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Os novos desafios tecnológicos dos líderes de RH para 2025

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  • 12 Novembro 2024

João Toipa, Manager EY, People Consulting, partilha o impacto que a tendência digital tem trazido para a área de Recursos Humanos.

Com a contínua evolução tecnológica do mundo empresarial, as organizações partilham, hoje em dia, um entendimento universal de que é necessário alicerçar cada vez mais os seus processos em soluções tecnológicas que acrescentem valor ao negócio – uma tendência que também tem sido acompanhada, naturalmente, pelas equipas de Recursos Humanos (RH).

No entanto, apesar de haver cada vez mais um investimento significativo em projetos tecnológicos, os líderes de RH deparam-se agora com novos desafios que os fazem repensar o roadmap digital das suas áreas.

No seu mais recente estudo com líderes de RH, no qual são apontadas as cinco tendências tecnológicas para o ano de 2025 – “Top 5 Priorities for HR Leaders in 2025” –, a Gartner identifica duas estatísticas chave que demonstram que a taxa de aprovação das soluções tecnológicas implementadas tem espaço para crescer:

  • 55% dos líderes de RH indicam que as suas atuais soluções tecnológicas não dão resposta às suas necessidades de negócio no presente ou no futuro;
  • Adicionalmente, 51% queixam-se de terem dificuldades em medir o valor de negócio acrescentado pelos projetos de implementação tecnológica realizados.
João Toipa, Manager EY, People Consulting

Ora, estes números demonstram que a entrega de soluções tecnológicas nesta área precisa de ser repensada, de forma a dar melhor resposta aos problemas das organizações. Uma análise mais detalhada aos problemas concretos que estão por trás destes números apontam um conjunto de indicadores com influência nesta baixa satisfação:

  • Segmentação das equipas de RH em silos. A multidisciplinaridade que existe nas áreas de RH gera, por vezes, a implementação de soluções concorrentes. Isto, eventualmente, torna difícil que gestores e colaboradores consigam navegar num ecossistema tão fragmentado de soluções tecnológicas de RH. Esta desarticulação leva a uma subutilização das ferramentas, resultando em desperdício de investimento e recursos.
  • O ciclo vicioso dos processos fundamentais. O foco em aumentar a produtividade de processos específicos de RH tem frequentemente levado à procura de ganhos marginais de eficiência para agradar aos diferentes stakeholders. Contudo, esta abordagem limita a sua evolução e, consequentemente, reduz o apoio em projetos que visem tecnologias mais transformadoras no setor.
  • Equipas pouco abertas para aceitar a tecnologia. Uma mentalidade conservadora nas equipas de RH, associada a processos ineficientes de gestão da mudança, faz com que os colaboradores destas equipas tenham mais receio dos aspetos do seu trabalho que estas tecnologias possam ameaçar, em vez de terem um outlook positivo e que se foque em tirar o máximo partido destas soluções para acelerarem o seu trabalho.
  • Frequência crescente de mudança na organização. As organizações têm crescido exponencialmente em resposta a mudanças culturais, mandatos de trabalho remoto e presencial e novas tecnologias. Nesse sentido, as práticas tradicionais de gestão da mudança já não conseguem lidar com a frequência cada vez maior de projetos transformacionais, o que dificulta a adoção de uma mudança por parte dos colaboradores antes de outra começar.

Partindo destes pressupostos, é possível, então, pensar em soluções concretas, que tenham em vista dar uma melhor resposta às reais necessidades das equipas de RH e dos seus colaboradores. Em primeiro lugar, deverá ser adotada uma verdadeira estratégia tecnológica que coloque ênfase na adoção de soluções complementares e que consigam dar resposta às necessidades de negócio de várias equipas. Em segundo lugar, é necessário que se olhe para o potencial transformador da tecnologia, tirando partido de soluções inovadoras como a GenAI para alcançar melhores resultados, em vez de focar em ganhos marginais. Por último, dar prioridade às pessoas e colocar a gestão da mudança ao serviço da estratégia global e não de cada iniciativa individual, de forma a facilitar a aceitação por todos os colaboradores.

No fundo, isto são dores de crescimento naturais para as organizações que estão a fazer um investimento significativo na digitalização, mas, nestes termos, torna-se imperativo que repensem a curto prazo alguns pontos da sua abordagem à transformação tecnológica das suas áreas de RH.

João Toipa, Manager EY, People Consulting

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“Taxas e taxinhas” nas autarquias triplicaram numa década. Veja quem cobra mais

Receita com taxas, multas e outras penalidades já valem mais de 500 milhões mostra Anuário Financeiro dos Municípios. A taxa turística municipal, cobrada em 15 concelhos, atingiu um máximo histórico.

A formulação “taxas e taxinhas”, cunhada há uma década pelo então ministro da Economia, António Pires de Lima, tornou-se um mantra para as autarquias, valendo-lhes no ano passado 522,7 milhões de euros, mais 17% que no anterior. Na comparação com 2013, horizonte temporal do 20.º Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses, que será revelado nesta terça-feira, o verbo taxar torna-se a palavra da década para as contas autárquicas.

“Eu só espero que depois de [o Governo] ter resistido à criação de taxas, por exemplo na área das dormidas, que a administração local, nomeadamente aqui na zona de Lisboa, liderada pelo autarca, que também é candidato a primeiro-ministro, António Costa, quando apresentar o orçamento da câmara de Lisboa para 2015, tenha o mesmo poder de resistir às tentações que demonstrou o Governo… vamos ver, vamos ver”, disse o então governante.

O que vimos desde a declaração de Pires de Lima é um acréscimo de 190% nas receitas de taxas, multas e outras penalidades entre 2013 e 2023, uma subida de 342,5 milhões de euros para os cofres autárquicos. Em média, valeram 4,4% do total de receitas das autarquias.

Mas não é necessário recuar tanto no tempo para verificar a velocidade assumida por esta componente das receitas autárquicas. Na comparação homóloga com 2022, chega a verificar-se, em Viseu, uma duplicação do valor.

Sem surpresa, Lisboa lidera entre os 308 municípios nacionais, com 94 milhões de euros arrecadados no ano passado, num crescimento superior a 9% face a 2022. Somando toda a cobrança de taxas, multas e outras penalidades feita ao longo do país, Lisboa amealha 18% do total.

Porto e Cascais fecham o pódio dos maiores cobradores de “taxas e taxinhas”, mas a evolução é ainda mais expressiva do que na capital. A “invicta” cobrou no ano passado metade do valor de Lisboa, 46,1 milhões de euros, mas teve um crescimento homólogo de 34,3% em 2023. Em Cascais, apesar de o cofre de Carlos Carreiras só somar um terço do valor arrecadado por Carlos Moedas (32,3 milhões), o crescimento desde 2022 é muito mais expressivo: 78,4%.

Com acréscimos acima dos 50% na década analisada pelo estudo desenvolvido pelo Centro de Investigação em Contabilidade e Fiscalidade (CICF) do Instituto Politécnico do Cávado e Ave (IPCA) está um sexteto liderado por Viseu, que praticamente duplicou o valor (+98,5%), seguido por Coimbra (63%), Matosinhos (57,9%), Valongo (57,9%), Santa Cruz (55,6%) e Loures (54,4%).

Taxa turística vale um terço do valor arrecadado

Desta lista, Santa Cruz, município que acolhe o aeroporto Cristiano Ronaldo, na Madeira, destaca-se também na taxa turística municipal, que vale 42,2% do total das suas taxas, multas e outras penalidades, depois de um crescimento de 263,4% no espaço de apenas um ano.

Centrando o foco nas polémicas taxas turísticas municipais (TTM), a fotografia mostra-se favorável a Santa Cruz e aos restantes 14 municípios que em 2023 a cobravam. Neste grupo, entre todas as taxas, a TTM valeu 70,6 milhões de euros, quase um terço da receita, registando um crescimento homólogo do valor em 26,3%, ou mais 14,6 milhões de euros.

O peso da TTM no valor global das taxas, multas e penalidades cobradas nos 15 municípios que em 2023 a praticavam tem um valor médio de 31,2%, praticamente um terço. Deste grupo, é mais expressiva, para lá da autarquia insular, em Óbidos (54%), Lisboa (42,8%), Porto (39,8%), em dois concelhos algarvios, Faro (33,7%) e Vila Real de Santo António (24,5%), e ainda em Vila Nova de Gaia (24%).

Considerado o total das receitas municipais, a TTM assume maior relevância em Santa Cruz, onde vale 6,%, mais que no Porto (5,9%) e Lisboa (4,2%).

Em 2020, um estudo da CIP sobre carga fiscal indicava que em Portugal eram cobradas mais de 4.300 taxas e apontava a falta de transparência sobre as taxas cobradas, complexidade da estrutura de cobrança e alocação de receita das taxas e até “o desconhecimento, por parte de algumas entidades, de parte das taxas cobradas por si próprias”.

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Coligação entre Verdes e CDU? “Neste momento, tudo é possível” admite vice-chanceler alemão

Vice-chanceler e representante dos Verdes na 'coligação semáforo' que governa a Alemanha não descarta a possibilidade de se juntar à CDU num acordo pós eleitoral. "Tudo é possível", referiu.

O vice-chanceler da Alemanha e ministro da Economia e Ação Climática não descarta que a Coligação Democrática Unitária (CDU) e os Verdes venham a firmar uma coligação governamental depois das próximas eleições na Alemanha, sublinhando que “neste momento, tudo é possível”. Segundo Robert Habeck, uma parceria entre partidos de espetros políticos diferentes, embora seja pouco intuitiva, não seria uma novidade na Alemanha uma vez que é uma realidade a nível estatal naquela república democrática.

Coligações entre os Verdes e a CDU existem em várias regiões da Alemanha. É possível [acontecer] se as pessoas se ouvirem umas às outras e estiverem disponíveis para fazer acordos de coligação“, disse o vice-chanceler alemão esta terça-feira, durante uma conferência de imprensa à margem da Web Summit.

“Uma lição que podemos levar dos últimos três anos [de governação] é que não podemos ter vergonha de cooperar, é essa a chave da democracia: encontrar consensos. Neste momento, na Alemanha, tudo é possível“, respondeu em declarações aos jornalistas, vincando que a ‘coligação semáforo” é “história e que o período de governação contou com momentos dificeís de cooperação entre os três partidos. Robert Habeck já anunciou a sua candidatura a chanceler pelos Verdes.

As declarações surgem no dia em que o chanceler alemão anunciou que a moção de confiança ao seu Governo está marcada para o dia 16 de dezembro. Será expectável que à coligação entre o SPD, CDU e os Verdes, presidida por Olaf Scholz seja retirada a confiança, e nesse caso caberá ao presidente Frank-Walter Steinmeier dissolver o Bundestag no prazo de 21 dias. As eleições antecipadas deverão decorrer a 23 de fevereiro de 2025.

Neste momento, as primeiras sondagens, apesar de darem a vitória à CDU, não garantem uma maioria absoluta ao partido liderado por Friedrich Merz, ex-ministro das Finanças que foi demitido na semana passada.

Segundo o agregador de sondagens sobre a Alemanha do site Politico, a CDU está perto de recuperar o eleitorado que tinha aquando da última vitória de Angela Merkel, com as intenções de voto a apontarem para uma média de 32%. Por seu turno, AfD, que ganhou as últimas eleições regionais na Turíngia, e antes, assegurou o segundo lugar nas eleições europeias (à frente dos partidos do Governo), surge em segundo com cerca dos 17% votos.

Já o SPD, de Scholz, aparece em terceiro lugar, com 16% – a sua pior votação desde a Segunda Guerra Mundial. Mais dramática é a situação da Esquerda e do FDP que só reúnem 3% e 4% dos votos, respetivamente. Segundo as regras do parlamento alemão, os partidos precisam de, pelo menos, 5% dos votos para ter assento no hemiciclo. Quem fica acima desse limiar são os Verdes (10%) e o partido de extrema-esquerda, a Aliança Sahra Wagenknecht (7%).

“Democracia está sob ataque”

Durante a sua intervenção no palco principal da Web Summit, esta terça-feira, Robert Habeck alertou para as ameaças e internas e externas contra a democracia e as liberdades da União Europeia. Seja por causa da guerra na Ucrânia espoletada pela Rússia — que se aproxima do seu terceiro ano — ou por causa da retórica populista que tem ganhado terreno em todo o bloco europeu, permitindo aos partidos mais extremados chegar a Governo.

“Trata-se de uma guerra contra a democracia e a liberdade, que nos permite ver quem são os nossos aliados”, afirmou o vice-chanceler alemão, alertando também para o crescimento de “movimentos populistas” nos vários cantos da Europa, mas sobretudo “nos países fundadores da UE”.

“Enquanto comunidade temos de nos juntar. Os populismos vão criar disrupções na sociedade usando um técnica que nós, liberais democratas, não usamos: gritando”, continuou, deixando um alerta “a democracia está sob ataque” e que nos dias de hoje já não é prudente assumir “a democracia liberal e a liberdade são uma garantia”.

Assim, e dirigindo-se aos empreendedores que marcam presença na edição deste ano da Web Summit, Habeck foi perentório: “O nosso futuro está sob ataque e vocês podem fazer uma diferença”, disse.

(Notícia atualizada às 13h33)

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Lusíadas Saúde abre hospital de 30 milhões de euros em Paços de Ferreira

O Hospital Lusíadas Paços de Ferreira tem 25 consultórios, sete salas de exames de diagnóstico e bloco operatório com duas salas para diversas especialidades cirúrgicas.

A Lusíadas Saúde investiu 30 milhões de euros numa nova unidade hospitalar privada, no Centro Comercial Ferrara Plaza, em Paços de Ferreira, que vai criar 500 postos de trabalho. O grupo reforça, assim, o seu posicionamento no Norte do país, passando a servir mais de 400 mil habitantes da região do Tâmega e Sousa.

O Hospital Lusíadas Paços de Ferreira tem 25 consultórios, sete salas de exames de diagnóstico, bloco operatório com duas salas para diversas especialidades cirúrgicas e um serviço de imagiologia de última geração. Futuramente, haverá atendimento permanente, detalha o grupo num comunicado.

“A nova unidade da Lusíadas Saúde vai passar a desenvolver a sua atividade clínica em estreita articulação com a rede nacional Lusíadas, em particular com as unidades do Grupo presentes no Norte – Hospital Lusíadas Porto, Hospital Lusíadas Braga, Hospital Lusíadas Santa Maria da Feira e Clínica Lusíadas Gaia”, indica o grupo na mesma nota enviada às redações.

É justamente para eliminar essa assimetria que o Grupo Lusíadas Saúde está a apostar nesta região do país, contribuindo também para o seu desenvolvimento socioeconómico.

Vasco Antunes Pereira

CEO da Lusíadas Saúde

Com esta nova unidade, o grupo quer atenuar as desigualdades no acesso mais próximo aos cuidados de saúde e contribuir para o desenvolvimento socioeconómico desta região.

“Se há realidade que os números nos têm mostrado é que os portugueses encontram no setor privado uma resposta para as suas necessidades de cuidados de saúde. Essas necessidades são ainda mais evidentes numa região como a do Tâmega e Sousa, onde ainda se registam desigualdades no acesso da população a uma oferta próxima”, assinala Vasco Antunes Pereira, CEO da Lusíadas Saúde. “É justamente para eliminar essa assimetria que o Grupo Lusíadas Saúde está a apostar nesta região do país, contribuindo também para o seu desenvolvimento socioeconómico”, completa.

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Grupo Paulo Duarte investe 4 milhões em centro logístico junto à futura base da Mercadona

A base operacional do Grupo Paulo Duarte deverá abrir no primeiro trimestre de 2025, junto ao futuro bloco logístico da Mercadona. É parte da estratégia de expansão da transportadora de mercadorias.

Com vista a “dar resposta ao forte crescimento que se tem verificado nesta zona do país [distrito de Santarém] ao nível dos serviços de transporte e logística“, o Grupo Paulo Duarte, uma das maiores empresas de transporte de mercadorias em Portugal, vai investir quatro milhões de euros numa nova base operacional no concelho de Almeirim. Tem abertura prevista para o primeiro trimestre de 2025.

O futuro centro logístico da transportadora portuguesa de mercadorias faz parte da estratégia de expansão do grupo. “Está a ser desenvolvido numa localização estratégica, impulsionada pela futura abertura do novo bloco logístico da cadeia de supermercados Mercadona, também previsto para a zona de Almeirim”, explana a empresa.

Está a ser desenvolvido numa localização estratégica, impulsionada pela futura abertura do novo bloco logístico da cadeia de supermercados Mercadona, também previsto para a zona de Almeirim.

Grupo Paulo Duarte

A infraestrutura vai ocupar uma área de 25.000 metros quadrados, distribuídos por um edifício administrativo de dois pisos, além de um parque para veículos, com oficina, áreas de lavagem e abastecimento. Acresce ainda um espaço dedicado ao descanso dos motoristas, com balneários e refeitório, “garantindo melhores condições de trabalho para toda a equipa de operações”, explica a empresa em comunicado.

O Grupo Paulo Duarte conta com uma equipa superior a 1.200 colaboradores, incluindo mais de 1.000 motoristas, e uma frota com 1.300 camiões.

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População do Algarve chamada a pronunciar-se sobre mobilidade na região

A AMAL questiona munícipes sobre a mobilidade na região algarvia com vista a otimizar a qualidade dos serviços de transporte público.

Com o propósito de melhorar a oferta de transporte público e aferir as necessidades de mobilidade, a Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL) lança esta terça-feira um inquérito à população dos 16 municípios desta região do país. A iniciativa surge no âmbito da nova concessão do serviço público de transporte rodoviário de passageiros, que deverá arrancar no final de 2026.

Ainda que faltem dois anos para o início desta concessão, enquanto autoridade de transportes da região, a AMAL entende por bem aferir os cidadãos sobre esta matéria com vista a otimizar a qualidade dos serviços de transporte público no Algarve. Interpela os munícipes sobre as viagens realizadas com regularidade no percurso entre casa e trabalho/escola.

“Existe um vasto trabalho de preparação que já está a ser desenvolvido com o objetivo de definir a abrangência territorial, duração, exigências ambientais, compromisso financeiro dos municípios e o Plano de Rede e Oferta”, explana a comunidade intermunicipal num comunicado.

Existe um vasto trabalho de preparação que já está a ser desenvolvido com o objetivo de definir a abrangência territorial, duração, exigências ambientais, compromisso financeiro dos municípios e o Plano de Rede e Oferta.

Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL)

Além deste inquérito, a AMAL está igualmente a recolher os contributos de técnicos do setor e de várias instituições dos 16 municípios algarvios — Albufeira, Alcoutim, Aljezur, Castro Marim, Faro, Lagoa, Lagos, Loulé, Monchique, Olhão, Portimão, S. Brás de Alportel, Silves, Tavira, Vila do Bispo e Vila Real de Santo António.

Criada a 13 de março de 1992, esta comissão tem a missão de potenciar o desenvolvimento dos municípios e reforçar e promover a identidade da região do Algarve.

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“Painéis solares têm mesmo de estar nalgum sítio” e simplex não trouxe “nada de positivo”

João Matos Fernandes identifica como desafios à descarbonização o licenciamento de projetos renováveis, mas também o consumo energético associado à digitalização e a gestão de materiais.

Numa altura em que têm sido divulgados casos de não aprovação de projetos de energias renováveis, o ex-ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, alerta: “os painéis solares têm mesmo de estar nalgum sítio“. Em paralelo, critica a simplificação que foi feita no licenciamento de projetos de renováveis, ainda com o anterior Governo. “O simplex ambiental não trouxe nada de positivo“, considera.

O ex-governante rejeita as críticas que “andam a atapetar Portugal”, no sentido de se estar a cobrir o país com painéis solares. Ainda assim, concede: “Sim, existe uma pegada ambiental associada à transição energética, mas temos de a saber cuidar“. Caso contrário, se as populações apoiarem a transição “em tese” mas não “no concreto”, “não vamos conseguir” cumprir com as metas a que nos propomos nesta área, prevê.

No âmbito da implementação dos projetos, “o simplex ambiental não trouxe nada de positivo“, considera, apontando para a pressão que se coloca sobre as entidades públicas para dar uma resposta no prazo de 100 dias, nalguns dos casos. Caso os licenciadores não consigam fazer a avaliação correta no calendário proposto, Matos Fernandes “não condena” que estes optem pelo indeferimento em vez de se avançar para o diferimento tácito que está previsto na lei.

Estas declarações foram proferidas na 4.ª Conferência Anual do Capital Verde, a Green Economy Forum, que decorre esta terça-feira, em Vila Nova de Gaia.

Esta perceção é dada na sequência de a Agência Portuguesa do Ambiente ter chumbado vários projetos de energias renováveis, incluindo duas centrais solares flutuantes da Finerge e o investimento em bombagem hidroelétrica da EDP em Alto Lindoso.

Durante a apresentação que fez no início da conferência, Matos Fernandes salientou que em 2027 estima-se que a produção de eletricidade a partir de fonte solar já tenha mais expressão em capacidade instalada do que o carvão. “O solar vai ser a principal fonte de eletricidade antes do final desta década. Em Portugal é muito evidente”, afirmou.

Eletricidade barata será motor económico

João Matos Fernandes é perentório na acusação: é “mentira” que Portugal tem a eletricidade mais cara da Europa. Pelo Contrário, o preço da eletricidade doméstica está 26% abaixo da média europeia e 5% abaixo do de Espanha. Na indústria, Portugal tem o quinto preço da eletricidade mais baixo da Europa. “Não conheço nenhum industrial que diga que a eletricidade em Portugal é cara“, rematou.

Para Matos Fernandes, o facto de a Península Ibérica ser uma “ilha energética” – dadas as parcas ligações elétricas com o resto da Europa e a oposição de França a que estas se desenvolvam – “é, em tese, uma coisa negativa”. No entanto, realça o reverso da moeda: “muito melhor que vender eletrões, é vender serviços e produtos prestados com eletrões verdes”, e o excesso de produção de eletricidade, que não possa ser escoada para alimentar o resto da Europa, “é absolutamente essencial para atrair projetos industriais para Portugal“. O valor acrescentado destes produtos e serviços “é muito maior que os eletrões que podiam passar na rede”.

Digitalização e materiais impõem dificuldades

O ex-governante alerta para o “impressionante” consumo de eletricidade dos centros de dados que estão a proliferar pelo mundo. “Depois de anos a dizê-lo com convicção, que a digitalização é essencial, hoje em dia temos de reabrir esta discussão“, considera.

Por outro lado, se é verdade que “já há um divórcio entre as emissões [poluentes] e a economia, sobretudo à boleia da evolução no setor da energia, “do lado dos materiais não temos feito quase nada”, denuncia. Isto, quando 45% das emissões está relacionada com forma como produzimos e consumimos. “Não temos feito nada na melhor gestão dos materiais. O consumo de materiais cresce em absoluto paralelo à criação de riqueza“, concluiu.

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Morreu Magalhães Crespo, presidente emérito do Grupo Renascença Multimédia

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  • 12 Novembro 2024

Magalhães Crespo foi responsável pelo grupo Renascença durante 30 anos. Em 2005, ano em que se reformou, foi nomeado presidente emérito. Morreu esta madrugada aos 94 anos.

Morreu Fernando Magalhães Crespo, presidente emérito do Grupo Renascença Multimédia. Responsável pelo grupo dono da RFM, da Rádio Renascença e da Mega Hits durante 30 anos, integrou o conselho de gerência da Rádio Renascença primeiro como gerente, mais tarde como vice-presidente e em 2005, no ano da sua reforma, foi nomeado pelo então cardeal patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, presidente emérito do grupo, como homenagem aos serviços prestados à Renascença e à Igreja Portuguesa.

A Rádio Renascença recorda Magalhães Crespo como um “intenso lutador e homem de fé”, que desempenhou um “papel crucial na luta pela libertação da Renascença, ocupada pela extrema-esquerda nos anos quentes da Revolução“. “Os anos seguintes foram de forte desenvolvimento do projeto da Renascença, conduzindo-a à liderança e ao lançamento de novos canais como a RFM e a Mega Hits”, recorda o grupo que dirigiu durante 30 anos.

Em 2019, no aniversário dos 82 anos da Renascença, Magalhães Crespo foi homenageado com a atribuição do seu nome a uma das salas do novo edifício para onde o Grupo Renascença Multimédia se mudou, em maio de 2016.

O grupo declarou dois dias de luto pela morte do seu presidente emérito. “Esta é uma hora de agradecer (…) uma personalidade fortíssima, uma personalidade de liderança, uma personalidade que abraça causas acima dos seus interesses pessoais, sempre numa atitude de serviço e luta pela verdade e pela liberdade, pelo bem e pela causa da comunicação social portuguesa, que ficará mais pobre, mas também indelevelmente marcada pela presença desta figura na nossa história (…) O Grupo Renascença Multimédia reage com uma profunda gratidão”, afirma esta terça-feira o presidente do conselho de gerência do Grupo Renascença Multimédia, cónego Paulo Franco.

O presidente emérito do grupo, que em 2023 foi condecorado por Marcelo Rebelo de Sousa com o grau de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, morreu na madrugada desta terça-feira, aos 94 anos.

O velório e as celebrações fúnebres decorrem na Capela Exterior da Quinta do Bom Pastor, sede do grupo, desde as 17h desta terça-feira. Será celebrada missa hoje às 19h, presidida pelo Cónego Paulo Franco, e amanhã missa exequial de corpo presente, às 10h, presidida pelo cardial-patriarca de Lisboa Rui Valério.

 

 

* Notícia atualizada com horário das cerimónia fúnebres

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Exportações de componentes automóveis voltam a cair 4,4% em setembro

Dados da AFIA mostram que no acumulado do ano, as exportações para o mercado europeu registaram uma queda de 4,6% face ao mesmo período de 2023.

As exportações de componentes para automóveis caíram 4,4% em setembro, quando comparado com o mesmo período do ano anterior, atingindo os 1.000 milhões de euros, segundo os dados divulgados esta terça-feira pela Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA). Embora o resultado permaneça negativo, ainda assim, a queda é menos acentuada do que a registada no mês de agosto (-5,4%).

O valor das exportações de componentes automóveis em setembro representou 14,7% no total das exportações de bens transacionáveis de Portugal. A associação liderada por José Couto recorda que “embora as exportações de componentes automóveis tenham sofrido uma erosão no ano em curso, continuam a ter um peso significativo nas exportações nacionais”.

No que respeita ao acumulado até setembro, as exportações de componentes automóveis atingiram cerca de 8.800 milhões de euros, o que corresponde a uma diminuição de 3,9% face ao período homólogo de 2023. Dados da AFIA mostram ainda que no terceiro trimestre, que inclui os meses de julho a setembro, o setor registou um declínio de 2,7% face ao mesmo período do ano anterior.

Este ligeiro abrandamento na queda pode indicar uma esperança na estabilização do mercado, embora o setor continue a enfrentar desafios significativos num contexto económico global complicado.

Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA)

A Europa continua a ser o principal destino das exportações portuguesas de componentes automóveis, representando 88,5% das vendas internacionais. No acumulado de 2024, as exportações para o mercado europeu registaram uma queda de 4,6% face ao mesmo período de 2023. Espanha mantém-se como o maior comprador, absorvendo 28% dos componentes fabricados em Portugal, seguida pela Alemanha (23,9%) e França (8,2%).

Por fim, a AFIA destaca que embora as exportações de setembro tenham caído 4,4%, esta redução é menos pronunciada do que a verificada em agosto, altura em que se verificou uma diminuição de 5,4%. “Este ligeiro abrandamento na queda pode indicar uma esperança na estabilização do mercado, embora o setor continue a enfrentar desafios significativos num contexto económico global complicado”, conclui.

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