Carris Metropolitana transporta 174 milhões de passageiros em 2024

  • Lusa
  • 21 Janeiro 2025

O maior número de passageiros registou-se na zona de Amadora, Cascais, Lisboa, Oeiras e Sintra (59 milhões).

Mais de 174 milhões de passageiros foram transportados pela Carris Metropolitana em 2024, um número recorde, segundo a empresa avançou esta terça-feira.

Em comunicado, a Carris Metropolitana – uma iniciativa dos 18 municípios da Área Metropolitana de Lisboa (AML), que funde toda a operação rodoviária numa mesma imagem e nível de serviço – afirma ter crescido em todas as quatro áreas de operação no ano passado, com o maior número de passageiros a registar-se na zona de Amadora, Cascais, Lisboa, Oeiras e Sintra (59 milhões), seguindo-se Loures, Mafra, Odivelas e Vila Franca de Xira (58 milhões), Almada, Seixal e Sesimbra (37 milhões) e Alcochete, Moita, Montijo, Palmela, Setúbal e Barreiro (19 milhões).

Neste que é o segundo ano completo de operação da Carris Metropolitana nos 18 municípios da AML, outubro alcançou “o maior registo mensal de sempre, com 17 milhões de passageiros”, destacando-se o dia 10, com um recorde de 688 mil passageiros transportados em 24 horas.

A empresa realça ainda “os mais de 10 milhões de passageiros que atravessaram o rio Tejo, utilizando as pontes 25 de Abril e Vasco da Gama”. O fluxo cresceu em vários terminais, destacando-se Moita (Estação), com um aumento de 174,9%; Alverca (Estação), com um crescimento de 68,2%; e Palmela (Terminal), com mais 60,35%.

Face aos números, a empresa – a Carris Metropolitana opera a totalidade da operação intermunicipal da AML e as redes municipais de 15 dos 18 municípios (Barreiro, Cascais e Lisboa mantêm as operações locais) – fala em “crescimento consistente” e “números expressivos” que refletem “a confiança crescente dos passageiros”.

Comprometendo-se com continuar a “assegurar um transporte público eficiente e acessível”, a empresa inclui no comunicado um convite aos passageiros para que consultem os números de 2024, que ficarão disponíveis esta terça-feira na sua página oficial.

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Sucessão de aquisições na Inapa criou “situação impossível” de sobrevivência

O ex-presidente da Parpública garantiu esta terça que o problema na Inapa "era muito mais estrutural do que conjuntural" e ia muito além dos 12 milhões de emergência pedidos para evitar falência.

O conjunto de aquisições realizadas pela Inapa nos últimos anos, nomeadamente da alemã Papyrus Deutschland, criou uma “situação impossível” para a empresa, que foi confrontada ainda com as fortes quebras da venda do mercado de papel e aumento das matérias-primas, defendeu José Realinho de Matos. O ex-presidente da Parpública defendeu a posição da empresa pública de não injetar dinheiro na empresa, adiantando que o problema era muito maior que “os famosos 12 milhões” para fazer face à quebra de liquidez de emergência na Alemanha.

“A Inapa não conseguiu sobreviver à sucessão de aquisições” que fez, argumentou José Realinho de Matos esta terça-feira no Parlamento, considerando que a empresa “deu um passo maior que a perna”, o que criou uma “situação impossível”.

O ex-presidente da Parpública, acionista de 45% da Inapa, disse que “o problema da Inapa era muito mais estrutural do que conjuntural” e vai além dos “famosos 12 milhões – que seriam na ordem dos nove milhões para a Parpública e outros três milhões dos outros acionistas”.

“O problema vem de muito trás”, garantiu. Realinho de Matos diz que os problemas começaram “a partir de 2019, aquando aquisição Papyrus e outras aquisições”, adiantando que a companhia “não tinha condições financeiras – tinha 222 milhões de dívida, das quais 67 milhões bancária”.

O antigo líder da Parpública reiterou que a “Inapa vinha solicitando desde 2020 apoios públicos e sempre direcionados ao acionista Parpública”, notando que qualquer apoio concedido pela empresa tinha que ser concedido ao nível das regras europeias, garantindo que havia viabilidade e o retorno desse investimento.

“A questão do não apoio [à Inapa] resultou de que Inapa não conseguiu fazer prova da viabilização”, afirmou, reforçando que a empresa “nunca teve plano de negócio que mostrasse viabilidade”.

Realinho de Matos notou ainda que a Inapa pediu um conjunto de financiamentos à Parpública e que os 12 milhões para evitar a falência na Alemanha, não inviabilizava a necessidade dos 15 milhões pedidos antes e que serviriam para financiar a reestruturação alemã, nomeadamente os custos para fazer os despedimentos que a empresa pretendia realizar na Alemanha e pagar dívidas a fornecedores.

Além destes dois montantes – de 15 e 12 milhões –, o presidente da Parpública fala ainda noutros três milhões relativos a um empréstimo obrigacionista, que a Inapa falhou. “Havia um conjunto elevado de financiamentos dirigidos a uma única entidade pública, o Estado”, rematou.

Proposta da JPP entregue em word. “Não se afeta dinheiro público com informalidade”

Quanto à existência de propostas para comprar a Inapa, Realinho de Matos, que tinha indicação das Finanças para vender a participação na distribuidora de papel, diz que “ninguém apareceu para aportar qualquer valor ou interesse na empresa”.

“Apareceram depois, uma empresa japonesa, a JPP, com uma proposta – um word – em que o pressuposto [do negócio] era que os bancos (177 de dívida bancária) faziam um corte de 90%”.

Sobre a disponibilidade dos bancos para efetuarem um corte de dívida, a responsável diz que nunca teve uma proposta “formal” dos bancos. Apenas recebeu essa informação da parte da empresa. “Não se afeta dinheiro público com informalidade”.

Sobre as 98 interações entre a Inapa e a Parpública, Realinho de Matos refere que “do ponto de vista documental, [essas interações] resumem-se a quatro ou cinco”.

O ex-presidente da Parpública explicou que “a venda da participação [da Inapa] chegou a ser equacionada a nível nacional e falou-se com parceiros do setor do papel, podia ser uma integração vertical”, lembrando que inicialmente a Inapa era uma produtora de papel.

“Essas empresas [do setor do papel, como a Navigator] foram consultadas, mas não mostraram interesse na incorporação do negócio”, justificou.

35 dias para informar Finanças? Responsabilidade era levar “soluções” à Tutela

Sobre o facto de ter sido informado no dia 6 de junho da proposta da Inapa para a necessidade de um financiamento de 15 milhões de euros para um alegado plano de reestruturação da companhia, mas o gestor, nomeada ainda por Fernando Medina, só ter participado a situação crítica da empresa ao Governo a 11 de julho, 35 dias depois, e já no prazo limite para evitar a falência, Realinho de Matos diz que “a responsabilidade era da Parpública levar soluções à sua Tutela” e não problemas.

O Ministério das Finanças terá sido apanhado desprevenido no dia 11 de julho com a suspensão da negociação das ações da Inapa, na sequência de um comunicado da empresa em que revela o adiamento do reembolso de obrigações convertíveis.

“A Inapa nunca teve um plano de negócio que mostrasse viabilidade” reforçou, adiantando que foi na posse dessa informação que teceu o seu parecer, recomendando que não fosse injetado dinheiro na empresa.

O ex-presidente da Parpública adiantou ainda que não tem” elemento factual nenhum que a administração de 2019 fosse indicada pela Parpública. “Foi votada em Assembleia Geral”, notou. “Entre o que se diz e a factualidade há uma certa diferença”.

Realinho rebateu ainda a garantia de Frederico Lupi, antigo CEO da Inapa, de que apenas teria tido conhecimento da instrução da Tutela para não injetar mais dinheiro na Inapa três dias antes de comunicar a falência iminente da operação alemã, com impacto no grupo.

“A Inapa foi informada por carta no dia 18 de abril de 2023” que havia “orientações emanadas da Tutela” que impediam a viabilização de uma operação de financiamento. “Houve informação factual sobre a matéria”, garante.

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Mafalda Sttau Monteiro assume direção de marketing da Nespresso Portugal

  • + M
  • 21 Janeiro 2025

Com mais de 10 anos de experiência em estratégia de marca, projetos de inovação e campanhas globais, Mafalda Sttau Monteiro regressa a Portugal para "fortalecer a relação da marca com os portugueses".

Mafalda Sttau Monteiro é agora responsável pela direção de marketing da Nespresso Portugal. A nova função dita o regresso da profissional a Portugal, depois de cinco anos na sede da Nespresso, na Suíça.

“Estou muito entusiasmada com o meu regresso a Portugal. Trabalhar com uma marca tão focada nas pessoas, tanto consumidores, como colaboradores, e em proporcionar momentos tão inspiradores e de magia, tem sido fantástico. Poder fazer parte de uma marca tão criativa e que me permite pensar fora da caixa é verdadeiramente gratificante, e poder continuar a trabalhar para o sucesso da Nespresso, agora em Portugal, é a cereja no topo do bolo“, diz Mafalda Sttau Monteiro, citada em comunicado.

Jaime de la Rica, business executive officer da Nespresso Portugal, refere que a Mafalda é uma “marketeer apaixonada por estratégias inovadoras e excelência de marca” que, ao longo da sua jornada na Nespresso, “desenvolveu campanhas de marketing e comunicação que geraram ótimos resultados e que foram reconhecidos mundialmente”.

“A sua determinação e ambição, levou-a cultivar relacionamentos sólidos que criaram uma cultura de trabalho positiva, de partilha e de confiança. Receber a Mafalda é um reconhecimento do seu trabalho e o investimento da Nespresso no desenvolvimento do nosso talento à escala global. Por isso mesmo, acreditamos que irá, juntamente com a sua nova equipa de marketing, liderar projetos surpreendentes em Portugal”, acrescenta.

Tendo integrado a Nespresso em 2019 como global brand campaigns manager, Mafalda Sttau Monteiro tem desempenhado “um papel fundamental no desenvolvimento das plataformas de marca globais, incluindo ‘Fazer Faz a Diferença’ e ‘Made with Care’, que liderou com grande paixão e cuidado, à luz da cultura Nespresso”, refere-se em nota de imprensa.

Já como senior global brand campaigns lead, desde 2022, liderou a sua equipa na “criação de plataformas de marca globais dinâmicas e de classe mundial, bem como de campanhas icónicas com George Clooney, como ‘Até onde iria por um Nespresso?’, ‘A Aposta’ e, a mais recente, ‘Detetive George'”, sendo que, através da colaboração com diversos departamentos da sede e em parceria com mercados em todo o mundo, “garantiu a execução bem-sucedida de estratégias abrangentes”.

Antes da Nespresso, Mafalda Sttau Monteiro passou por outras empresas como a Sociedade Central de Cervejas e Bebidas ou a Danone.

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Federação de sindicatos da função pública convoca greve de três dias em fevereiro

  • Lusa
  • 21 Janeiro 2025

A greve nacional em 26 de fevereiro é dirigida aos técnicos superiores, a de 27 aos assistentes técnicos e a de 28 de fevereiro aos assistentes operacionais.

A Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais vai convocar uma greve nacional para 26, 27 e 28 de fevereiro para reivindicar uma resposta aos problemas dos trabalhadores das carreiras gerais da função pública.

Em comunicado, a FNSTFPS, afeta à CGTP, informa que “decidiu convocar uma greve nacional, que ocorrerá em três dias”, cada um dos quais dirigidos a cada uma das carreiras gerais da função pública, “atendendo à falta de resposta aos problemas” destes trabalhadores.

Deste modo, segundo a estrutura sindical, a greve nacional em 26 de fevereiro é dirigida aos técnicos superiores, a de 27 aos assistentes técnicos e a de 28 de fevereiro aos assistentes operacionais.

Segundo a federação, a paralisação “terá impacto em diversos setores da Administração Pública” e tem como intuito o “início imediato” dos processos negociais de valorização das carreiras, a “subida imediata de níveis remuneratórios” e a “aplicação a todas as carreiras da valorização pela antiguidade”.

Em novembro, o Governo assinou com duas das estruturas sindicais da função pública (a Fesap e Frente Sindical) um novo acordo de valorização dos trabalhadores da Administração Pública. Este acordo prevê que a base remuneratória da Administração Pública (vulgarmente conhecida por salário mínimo do Estado) aumente para os 878,41 euros este ano, o que traduz um aumento de 6,88% face aos 821,83 euros de 2024.

O acordo, ao qual a Frente Comum, afeta à CGTP, não se vinculou, prevê ainda que a base remuneratória da Administração Pública avance para 934,99 euros em 2026 (um aumento de 6,44% face ao período homólogo), em 2027 para 995,51 euros (uma subida de 6,47%) e que atinja os 1.056,03 euros em 2028.

Já no que diz respeito à atualização geral dos salários, o acordo prevê aumentos de 56,58 euros para vencimentos brutos mensais de até 2.631,62 euros e um mínimo de 2,15% para ordenados iguais ou superiores) para este ano e em 2026, a que se seguem, em 2027 e 2028, atualizações de, pelo menos, 60,52 euros ou um mínimo de 2,3%.

Em comunicado, a FNSTFPS anunciou hoje ainda que vai convocar uma greve nacional para 06 de março para exigir “revisão e valorização imediata de todas as carreiras não revistas” da função pública e indicando que o “Governo persiste em não dar resposta aos problemas” destes trabalhadores.

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IL diz que ministra fica sem condições se sabia das incompatibilidades de Gandra D’Almeida

  • Lusa
  • 21 Janeiro 2025

"Se havia um conhecimento e foi feita uma nomeação sabendo da incompatibilidade, obviamente, a senhora ministra não tem condições para estar em funções", disse o líder da Iniciativa Liberal.

O presidente da IL, Rui Rocha, pediu esta terça-feira à ministra da Saúde para esclarecer se sabia das incompatibilidades de funções do ex-diretor executivo do SNS António Gandra D’Almeida, defendendo a sua demissão no caso de ter havido conhecimento.

“Se havia um conhecimento e foi feita uma nomeação sabendo da incompatibilidade, obviamente, a senhora ministra não tem condições para estar em funções”, afirmou o líder da Iniciativa Liberal (IL), ao ser questionado pelos jornalistas em Évora.

Rui Rocha disse ter ficado preocupado ao ouvir o primeiro-ministro, Luís Montenegro, “a não responder diretamente à questão” e a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, a “esconder-se atrás da CReSAP [Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública]”.

Não é a CReSAP que sabe se a senhora ministra tinha ou não conhecimento da incompatibilidade. É a senhora ministra que sabe se tinha ou não”, salientou, considerando que “os portugueses merecem uma resposta” sobre o assunto. O líder da IL desafiou ambos a darem esclarecimentos e lembrou que “o exercício de funções públicas rege-se por normas estritas para precaver situações de conflito de interesses ou quando o bem público é posto em segundo lugar face a interesses pessoais”.

“Não podemos ter um primeiro-ministro e uma ministra da Saúde com respostas evasivas”, vincou, insistindo na necessidade de haver explicações “nas próximas horas”, pois, se a questão fica pendente, o caso “afeta as instituições”. Assinalando que “foi a CReSAP que enviou o processo à senhora ministra”, Rui Rocha questionou: “O que é que lá estava? Sabia ou não sabia da incompatibilidade?”.

“Se não sabia, tem que vir dizer. Se sabia, tem que o assumir e isto tem que ter consequências”, sentenciou. Questionado sobre a escolha de Álvaro Almeida para diretor executivo do SNS, o presidente da IL mostrou-se preocupado com “uma tendência desta governação da AD”, em que “sistematicamente coloca pessoas com perfil partidário em funções de saúde”.

“Os nomes são o que menos importa. É preciso que o Governo da AD assuma que não vamos lá com remendos e que é preciso mudar estruturalmente o acesso à saúde dos portugueses”, disse. Rui Rocha realçou ainda que vê vantagens na existência da Direção Executivo do SNS e de uma estrutura do género, por entender que “há competências de organização e de gestão que não são políticas” e devem estar fora do ministério.

Sobre as buscas da PSP nas casas do deputado do Chega Miguel Arruda, por suspeitas de furto malas dos tapetes de bagagens das chegadas dos aeroportos de Lisboa e de Ponta Delgada, o líder dos liberais salientou que “a justiça tem que valer para todos”.

Se eu tivesse o discurso do Chega, dizia encostem-no à parede, mas o que digo é que a justiça deve fazer o seu trabalho, deve investigar, e, se houver motivos, deve ser julgado por isso e, em virtude da gravidade dos factos, ser condenado”, acrescentou.

O presidente da IL falava aos jornalistas à entrada para uma reunião com o conselho de administração da Unidade Local de Saúde do Alentejo Central (ULSAC), que gere o hospital de Évora e os centros de saúde este distrito. O antigo presidente da Entidade Reguladora da Saúde Álvaro Almeida foi escolhido pelo Governo para liderar a Direção Executiva do SNS, na sequência da demissão de António Gandra d’Almeida.

O pedido de demissão foi anunciado depois de a SIC ter noticiado que acumulou, durante mais de dois anos, as funções de diretor do INEM do Norte, com sede no Porto, com as de médico tarefeiro nas urgências de Faro e Portimão e que terá recebido por esses turnos mais de 200 mil euros.

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Desfile Fall 2025 da Dior será em Quioto, no Japão

  • Rita Ibérico Nogueira
  • 21 Janeiro 2025

Em Abril, o Japão será o centro do mundo. Na semana em que inaugura a Expo Japão 2025, em Osaka, a Dior anuncia que o seu desfile de Outono terá lugar no Jardim de Toji, em Quioto.

No mês de abril, todas as atenções estarão voltadas para o Japão. No dia 13 inaugura a Expo 2025, em Osaka. Dois dias depois, a 15, é a vez de a Dior desfilar a coleção Fall 2025, concebida pela diretora criativa da maison Maria Graça Chiuri, em Quioto, no Jardim de Toji. A escolha do local cem celebrar os fortes laços que a casa mantém com o Japão, numa homenagem à paixão que Christian Dior (e seus sucessores) mantinha por este país fascinante. O desfile abre um novo capítulo na convergência da tradição e da reinvenção da casa.

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Alexandre Ramos é o novo CTO da seguradora espanhola Caser

  • ECO Seguros
  • 21 Janeiro 2025

O reformador das plataformas tecnológicas da Liberty na Europa seguiu para a seguradora Caser com idênticas funções.

O novo Chief Information & Technology Officer (CIO/CTO) da seguradora espanhola Caser é o português Alexandre Ramos que vai liderar a transformação digital e de negócio, a modernização de estratégia e IT, a estratégia de dados, cloud e a cibersegurança da companhia do grupo Helvetia.

Alexandre Ramos é o novo CTO da espanhola Caser, após seis anos como responsável tecnológico da Liberty na Europa.

Alexandre Ramos ocupou durante seis anos cargo idêntico na Liberty na Europa, negócio adquirido pela Generali no ano passado, e era no final do ano passado o líder de tecnologia da seguradora em Portugal, Espanha, Irlanda e Irlanda do Norte.

Engenheiro informático formado em Coimbra com mestrado concluído em Lisboa, esteve profissionalmente sempre ligado à área tecnológica na AXA, durante oito anos na Lusitania, depois na Altice, tendo entrado na Liberty em 2018. Assegurou a transição para a Generali durante seis meses até ao final de 2024.

Alexandre Ramos será CTO da Caser e fará parte da equipa de gestão do CEO Juan Estallo e com Emilio Fernández (recursos humanos), Antonio López (riscos), e David Gómez (estratégia, transformação e cliente). Juan Estallo como CEO e Alexandre Ramos como CTO estiveram juntos na Liberty até ao final do ano passado.

A seguradora espanhola pertence ao grupo Helvetia que também tem interesses na Suíça, Alemanha, Áustria, Itália e França. Em Espanha, Juan Estallo será igualmente CEO do grupo.

A Caser é uma seguradora Vida e Não Vida com 1,6 mil milhões de euros de prémios emitidos em 2023, 1.700 colaboradores, cerca de 180 lojas próprias e de agentes, tem mais de 2 milhões de clientes e um total de 8 mil pontos de venda.

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Mútua de Saúde: Primeiro são os seguros, depois os serviços

Rui Leão Martinho, presidente do Conselho de Administração da Mútua Portuguesa de Saúde, explica o foco nas médias empresas e adianta que quer conquistar mercado em três anos.

Rui Leão Martinho, presidente do Conselho de Administração da Mútua Portuguesa de Saúde, em entrevista ao podcast do ECO “Insurtalks”.Hugo Amaral/ECO

Há pouco mais de três meses no mercado há procura que mais médias empresas se tornem suas clientes, a Mútua Portuguesa de Saúde vê o horizonte de três anos como o tempo necessário para se tornar robusta o suficiente para que os “os custos da própria companhia sejam cobertos pelas receitas”.

Rui Leão Martinho, presidente do Conselho de Administração da seguradora, revela ao ECOseguros que se a atividade se tornar robusta a médio/longo prazo vai alargar a sua oferta além dos seguros para incluir serviços de saúde, como “assistência domiciliária” e em “forma de casas onde as pessoas possam estar alojadas para receber determinados tipos de cuidados – como cuidados paliativos”.

Neste episódio da rubrica quinzenal Insurtalks, mergulhamos na estratégia do novo player do mercado. Nesta conversa, o ex-bastonário da Ordem dos Economistas explica como é que os fundadores vão recuperar o capital investido na seguradora mutualista, o que a distingue da concorrência, porque é que há poucas mulheres no setor segurador e abordamos outros temas, sem deixar para trás a origem da mutualista.

Veja aqui a Insurtalk com Rui Leão Martinho:

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TAP pagou 4,4 milhões para comprar Portugália à TAP SGPS antes da privatização

O Governo anunciou esta terça-feira que a TAP adquiriu as participações da Portugália, Cateringpor e UCS à holding. Empresas já serão integradas na reprivatização.

A TAP adquiriu a totalidade das participações da Portugália, Cateringor e UCS – Cuidados Integrados de Saúde que pertenciam à TAP SGPS, que foi renomeada SIAVILO SGPS, anunciou esta terça-feira o Governo. A companhia aérea pagou 4,4 milhões de euros pela Portugália, segundo apurou o ECO junto de fonte conhecedora ao processo.

“O grupo TAP, com o apoio do Governo, concluiu as operações societárias necessárias à persecução do Plano de Reestruturação acordado com a UE, preparando assim a TAP SA para o processo de reprivatização”, afirma o comunicado enviado às redações.

O Executivo informou ainda que no dia 17 de janeiro realizou a última injeção de capital previsto no Plano de Reestruturação, no valor de 343 milhões. Com esta tranche, o montante colocado na TAP sobe para 3,23 mil milhões de euros, completando os aumentos de capital previstos. O capital social da TAP passa a somar 656,6 milhões de euros.

A TAP SGPS era a proprietária da totalidade do capital da Portugália, que opera voos de médio curso para a TAP com a marca TAP Express.

Era também a acionista maioritária da Cateringpor (através da TAPGer), que fabrica as refeições servidas a bordo, com 51% do capital, sendo o restante controlado pela Gate Gourmet Switzerland Holding, um operador do setor. O Governo informa no comunicado que “a operação relativa à Cateringpor fica pendente ainda de aprovação do Tribunal de Contas”.

Com a aquisição destas duas empresas pela TAP, a que acresce a UCS – Cuidados Integrados de Saúde (também através da TAPGer), a holding – que desde o final de 2021 não tem qualquer participação na companhia aérea – fica esvaziada. Resta a participação na Manutenção & Engenharia do Brasil, que está em processo de liquidação.

O comunicado não indica o montante pelo qual foram adquiridas aquelas sociedades pela TAP. A integração da Portugália e da Cateringpor na companhia aérea também já fazia parte dos planos do anterior Executivo.

O Governo pretende relançar este ano a reprivatização da TAP, devendo avançar com o decreto-lei ainda durante o primeiro trimestre.

(notícia atualizada às 19h53 com indicação do valor da transação da Portugália)

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+M

Uso da carteira profissional de jornalista não é facultativo mas “imperativo legal”, diz CCPJ

  • Lusa
  • 21 Janeiro 2025

A presidente da CCPJ explicou também que não há fiscalização das carteiras profissionais "no sentido clássico" e que esta acontece quando são feitos os pedidos de renovação dos títulos.

Paulo Ribeiro, membro do plenário da Comissão da Carteira Profissional de Jornalista (CCPJ), afirmou esta terça-feira que o uso do título não é facultativo, mas um imperativo legal, e a presidente adiantou que existem três processos de contraordenação.

Jacinto Godinho, também membro do plenário da CCPJ, apontou as dificuldades que o órgão atravessa e defendeu a necessidade de compensar a CCPJ pelo não aumento dos emolumentos e encontrar um modelo de financiamento adequado que mantenha a sua independência.

Licínia Girão, Jacinto Godinho e Paulo Ribeiro falavam na audição do órgão na comissão parlamentar de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, no âmbito do requerimento do grupo parlamentar do Chega sobre o cumprimento das obrigações relativas à posse de carteira profissional por jornalistas.

A Comissão da Carteira “tem parcos recursos […], só tem cinco funcionários” e uma advogada “contratada em part-time”, enquadrou a presidente do órgão, Licínia Girão, que detalhou como se procede quando um título de jornalista está perto de caducar.

Explicou que não há fiscalização das carteiras profissionais “no sentido clássico”, mas “quem é responsável pela renovação dos títulos” são os próprios jornalistas, que fazem o pedido.

“Aí fazemos alguma fiscalização, particularmente estes três membros aqui presentes”, com um “cuidado acrescido de verificar essas listas, nomeadamente procurar saber se a pessoa que está a renovar” está habilitada para tal, contou, dando exemplos.

“Já nos deparámos com presidentes de câmara com carteira profissional de jornalista, já nos deparámos com outras cenas caricatas”, relatou Licínia Girão, apontando que em casos como estes o pedido de renovação do título é indeferido.

Em suma, “não ficamos de todo só à espera das denúncias, podemos atuar por denúncia, participação, por conhecimento oficioso”, elencou, salientando que os funcionários da CCPJ “estão cada vez mais despertos e atentos” em procurar verificar se as carteiras estão válidas.

Sobre a notícia, no ano passado, que dava conta de jornalistas cujo número da carteira profissional não constava no site da CCPJ, pelo que não teriam o título válido, a presidente da CCPJ apontou que “havia situações em que não estava lá o número da carteira no sistema porque a pessoa estava a processo de renovação dentro dos prazos”.

“Mas se houver um atraso da parte da Comissão desaparece [também] essa informação”, apontou. Neste momento, “temos três processos de contraordenação levantados, um está reformado e o resto são carteiras”.

O uso da Carteira Profissional não é facultativo, é um imperativo legal“, sublinhou, por sua vez, Paulo Ribeiro. Não é a “carteira que faz o jornalista, mas é o imperativo legal”, insistiu o responsável, apontando que a “falta de meios é limitativo” para a Comissão da Carteira.

A CCPJ “deve continuar como órgão representativo, mas perante os novos desafios […] deverá ter um papel ainda mais ativo”, prosseguiu, apontando que quando há congelamento dos emolumentos da emissão dos títulos são meios financeiros que não entram no órgão.

Até porque não é a Comissão da Carteira que define o aumento, ou não, do preço, por lei cada vez que o Salário Mínimo Nacional sobe isso repercute-se no valor, tem de ser uma portaria do Governo, se é congelado, os meios têm de vir de outro lado, argumentou, apontando que já apresentaram propostas de alterações legislativas.

“Se não aumentam os emolumentos”, então é “muito urgente tratar do funcionamento da Carteira Profissional porque a contrapartida não foi estabelecida, foi tomada uma decisão por parte do Governo em não aumentar, mas não foi dito” qual a compensação disso, apontou Jacinto Godinho.

Com uma equipa composta por cinco funcionários e uma jurista a tempo parcial, “o que a lei prevê é que façamos o trabalho [na CCPJ] depois do nosso trabalho”, criticou, defendendo a necessidade de encontrar melhores condições para que o órgão cumpra a sua missão.

A CCPJ “é um organismo independente e tem de ser manter essa independência”, pelo que “gostaria que na Assembleia da República se pensasse em soluções também” para que a Comissão da Carteira “pudesse viver de forma mais independente”.

Considerou ainda que outra forma de fiscalizar se os jornalistas têm o título válido “depende dos políticos e autarcas”, em que estes podem pedir para ver se o profissional possui a Carteira Profissional.

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Inapa “sempre teve situação financeira de subcapitalização”

Antigo CEO da distribuidora de papel reconhece que a empresa sempre apresentou falta de capitais próprios, o que justificou pedidos de financiamento feitos à Parpública nos anos anteriores à falência.

A Inapa apresentou o seu pedido de falência no passado dia 29 de julho, na sequência de quebra de tesouraria de curto prazo na Alemanha, no entanto há muito que as contas da empresa apresentavam problemas, com uma dívida demasiado pesada para a sua estrutura. Frederico Lupi, antigo CEO da companhia, reconhece que “a Inapa sempre teve uma situação financeira de subcapitalização” e os esforços da administração, desde 2019, focaram-se em sensibilizar os acionistas para a necessidade de reforçar os capitais próprios da empresa. Gestão apresentou sete pedidos de financiamento à Parpública, mas foram todos rejeitados.

É preciso distinguir uma situação que é falta de capitais próprios vs falta de liquidez imediata, que foi o que se verificou no final da Inapa [com a quebra de tesouraria de curto prazo na Alemanha]. A Inapa sempre teve uma situação financeira de subcapitalização, ou seja, falta de capitais próprios face aos capitais alheios, vulgo empréstimos bancários, com os consequentes custos inerentes a essa situação”, explicou esta tarde Frederico Lupi, antigo administrador da distribuidora de papel, numa audição parlamentar, a pedido do Chega.

Confrontado pelos deputados com os problemas que a Inapa já apresentava nos anos anteriores e com a súbita falência em julho, meses depois de a empresa publicar o seu Relatório e Contas onde garantia a continuidade da atividade nos próximos 12 meses, Lupi insistiu que a situação financeira da Inapa – que vinha a deteriorar-se fruto da quebra do negócio da venda de papel e da elevada dívida – e a falha de liquidez na Alemanha são duas situações distintas, voltando a apontar responsabilidades à Parpública.

Lupi garantiu que a intenção da administração anterior [Lupi assumiu a liderança em junho de 2023], mas também da sua administração desde finais de 2019 era explicar “explicar aos acionistas esta situação” e conjuntamente com eles “discutir formas de reforçar os capitais próprios da Inapa”.

Quanto à Inapa, que detinha cerca de 45% da empresa, Lupi adiantou que havia contactos nesse sentido e os planos da empresa não passavam apenas pela injeção de dinheiro da Parpública. “Passava por uma injeção de dinheiro da Parpública, é verdade, mas também da parte dos bancos que, nessa altura eram acionistas, nomeadamente o Novobanco e o BCP, fazerem um perdão de dívida“, reiterou.

Segundo o anterior líder da falida Inapa, foram feitos “sete pedidos de financiamento diferentes para reforço de capitais próprios à Parpública, com diversas configurações”, acrescentando que “a Parpública sempre acompanhou a atividade da Inapa” e há cerca de 48 registos de contactos feitos com este acionista.

Frederico Lupi confirmou ainda que desconhecia – até poucos dias antes de informar sobre a falência do grupo e ter pedido que a Parpública participasse numa injeção de emergência de 12 milhões de euros para impedir a insolvência – que a empresa pública tinha a ordem — que já vinha do anterior Governo de António Costa — para não colocar dinheiro na Inapa. Uma informação que, disse, a gestão da empresa desconhecia até ao dia 18 de julho de 2024, três dias antes de anunciar que ia avançar com o pedido de insolvência na Alemanha e, consequentemente, em Portugal.

“Nunca tínhamos falado numa instrução no sentido de não financiar Inapa”, garantiu, referindo-se à reunião com o vice-presidente da Parpública, Marco Neves, no dia 18 de julho. Tal como também já tinha sido noticiado pelo ECO, face a esta informação, o então CEO da Inapa apelou diretamente ao secretário de Estado do Tesouro e das Finanças para que levantasse essa instrução, mas sem sucesso.

Questionado por que não procurou a Inapa outras alternativas para a empresa, perante as sucessivas recusas de financiamento do acionista Estado, desde 2020, Frederico Lupi adiantou que o fez e que tinha um entendimento com os chineses da JPP, tendo estes enviado “no início julho uma carta prévia de conclusão de compra até final 2024 e a possibilidade de um empréstimo temporário para suprir necessidades”. Contudo, sem a injeção de emergência na Alemanha a empresa não viu outra alternativa senão o pedido de insolvência.

Sobre o destino dos 200 trabalhadores da Inapa em Portugal, Frederico Lupi garantiu que na data em que renunciou como CEO, dia 22 de julho, não havia despedimentos e os salários estavam em dia.

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EDP vê mercado de grande crescimento nos EUA. “Precisam dos centros de dados e para isso precisam de energia”, diz CEO

"Os Estados Unidos querem liderar na inteligência artificial e no digital. Precisam dos centros de dados e para isso precisam de energia. Estamos aqui para a fornecer", diz o CEO. Ações estão a cair.

O CEO da EDP EDPR 0,00% , Miguel Stilwell de Andrade, afirma que a elétrica portuguesa continua a ver os Estados Unidos como um grande mercado para a empresa, com perspetivas de crescimento, mesmo no contexto da nova presidência. “[Os Estados Unidos] precisam de toda a oferta [de energia] que for possível”, acredita, apontando os objetivos de liderança da maior economia do mundo no que diz respeito à inteligência artificial.

“Continuamos a vê-los [aos Estados Unidos] como um grande mercado, um grande mercado em crescimento“, afirmou o presidente executivo da EDP numa entrevista à CNBC, transmitida esta tarde. “[Os Estados Unidos] precisam de toda a oferta [de energia] que for possível”, quer sejam renováveis ou gás, continuou, apontando que estas deverão ser as fontes de energia principais a alimentar os centros de dados.

Eu acredito que os Estados Unidos querem a liderança na inteligência artificial e no digital. Para isso, precisam dos centros de dados e para isso precisam de energia, e nós estamos aqui para fornecer essa energia“, rematou Stilwell. A EDP já investiu 20 mil milhões de euros nos Estados Unidos desde que entrou neste mercado, em 2007, e fê-lo também durante a última administração liderada por Donald Trump, relembrou o chefe máximo da equipa executiva da elétrica.

As ações da grupo EDP registaram quedas fortes na bolsa de Lisboa esta terça-feira, com a ‘casa mãe EDP’ a recuar 1,76% para 3,069 euros e a EDP Renováveis EDPR 0,00% a tombar 2,11% para 9,26 euros.

Os títulos foram castigados pela posição anti-renováveis de Donald Trump, que no discurso da tomada de posse como 47º presidente dos EUA esta segunda-feira reiterou que o futuro energético do país é o “drill, baby, drill”, ou seja, a perfuração de poços de petróleo.

A acrescentar pressão, o Jefferies cortou esta-terça-feira o preço alvo das ações da EDP para 3,30 de 3,70 e o da EDPR para 11 euros cada, de 13 euros.

Sobre as perspetivas para os próximos anos, o líder do grupo EDP diz-se “otimista”. Conta terminar 2024 em linha ou acima do objetivo de 1,3 mil milhões de euros. Sobre 2025, prevê uma revisão nos preços da energia “mas, ainda assim, estamos a prever bons anos”, indica, sustentando esta visão, novamente, com a “boa procura” por energia, “uma das metas críticas”. “Estão a acontecer mudanças nas políticas [públicas], mas os fundamentais estão lá“, afirmou.

(Notícia em atualização)

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