Quem são os principais candidatos à compra da TAP?

Air France – KLM, Lufthansa e IAG (British Airways e Iberia) já se mostraram disponíveis para ficar com parcela minoritária da TAP. Montenegro avisa que não terão direito a indemnização se venda cair.

A Air France – KLM, o Grupo IAG (dono de companhias como a British Airways e Iberia) e a Lufthansa são os três grupos que já manifestaram publicamente interesse na compra da TAP. Um processo que esta quinta-feira teve um “primeiro passo de saída”, nas palavras do primeiro-ministro, com a aprovação de um decreto-lei para a reprivatização de 49,9% do capital social da companhia aérea.

Precisamente 651 dias depois de um Governo então liderado por António Costa ter aprovado um diploma que previa a alienação de entre 51% e 100% do capital, com 5% reservados para os trabalhadores — acabaria inviabilizado por um veto presidencial e a demissão do Executivo pouco tempo depois –, Luís Montenegro anunciou agora a “abertura ao capital de um investidor ou mais até 44,9% e 5% aos trabalhadores”.

Apesar deste hiato prolongado, de a percentagem a vender ter encolhido e de as contas da transportadora se terem deteriorado desde 2023, o que não se alterou foi o interesse da Air France-KLM, da Lufthansa e do Grupo IAG. Desde 2023 têm vindo a reiterar a vontade de se candidatar à venda da TAP, considerada a última transportadora aérea europeia com uma dimensão significativa ainda não integrada num grande grupo.

Embora todos tenham manifestado disponibilidade para a aquisição de uma parcela minoritária da TAP, inclusive já depois da recondução do atual Governo no cargo, há quem tenha mostrado preferência por uma maioria do capital ou “um caminho para a propriedade total”, como afirmou em janeiro um executivo responsável pelo desenvolvimento de negócio do grupo IAG.

Se esta hipótese de ficarem com uma participação minoritária até já tinha estado em cima da mesa quando o maior acionista da TAP era o empresário David Neeleman, a autonomia de gestão será outro tema central neste negócio. O CEO da dona da British Airways e da Iberia, entre outras companhias mais pequenas, afirmou em fevereiro deste ano que o interesse na TAP depende da “liberdade para gerir a companhia”.

A consolidação no setor da aviação tem-se mantido de ‘asas no ar’ nos últimos tempos. A Lufthansa concluiu em janeiro a aquisição de 41% da italiana ITA Airways, por 325 milhões de euros, depois de um longo processo de aprovação junto da Comissão Europeia. Na semana passada a Air France-KLM anunciou que pretende aumentar a sua participação na SAS dos atuais 19,9% para 60,5%, adquirindo a totalidade das ações detidas pela Castlelake e pela Lind Invest.

Não há direito a indemnização, alerta Governo

Na declaração feita esta quinta-feira, Luís Montenegro mostrou-se convicto de que “haverá muitos interessados” e que haverá a “oportunidade de avaliar do ponto de vista financeiro, técnico e estratégico as propostas que vierem a ser apresentadas”.

Porém, acrescentou o chefe do Executivo “se não forem atingidos os objetivos definidos pelo Governo”, o diploma “incorpora a possibilidade de a qualquer momento suspendermos ou frustrar” a operação “sem qualquer consequência indemnizatória para os respetivos interessados”.

Por outro lado, Luís Montenegro garantiu ainda que este processo “salvaguarda o hub em Lisboa, salvaguarda o aproveitamento de todas as infraestruturas aeroportuárias do país, em particular hoje o Aeroporto Humberto Delgado e amanhã o Aeroporto Luís de Camões”.

Todos os pormenores do plano serão ainda apresentados ao final da tarde pelos ministros das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, e das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, mas o secretário-geral do PS já veio considerar a solução de privatizar 49,9% da TAP como “adequada”.

Ainda assim, José Luís Carneiro, em declarações aos jornalistas na sede do partido, no Largo do Rato, em Lisboa, pôs em cima da mesa “duas condições”: além da manutenção da maioria do capital social no Estado, o reembolso dos três mil milhões de euros que o Estado investiu na companhia durante a pandemia.

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Regulamentação do lobbying volta ao Parlamento. “Transparência vai beneficiar todos”, diz Rita Serrabulho

"O processo de transparência vai beneficiar todos. Isto não é um tema político, é um tema que deve ser discutido pelos diferentes atores e stakeholders", frisa presidente da PAPT.

A regulamentação do lobbying vai voltar esta quinta-feira à Assembleia da República. Com projetos de lei do PSD, PAN, IL, Chega, PS e CDS-PP, é a quinta vez que os deputados vão discutir e votar legislação para a atividade da representação de interesses em Portugal, que chegou a ser aprovada na generalidade no último Governo do PS, tendo acabado por não ser votada na especialidade.

Rita Serrabulho, managing parter da Political Intelligence e CEO da AMP Associates, desde julho presidente da Associação Public Affairs Portugal (PAPT), acredita que é desta vez que a representação de interesses será regulada. “É um sinal muito positivo que a discussão seja retomada no arranque de legislatura“, aponta, referindo que as diferentes propostas de lei, que têm vindo a ser maturadas, “estão hoje bastante consensualizadas”.

Depois de aprovadas na generalidade, Rita Serrabulho espera que se possam decidir algumas melhorias na especialidade, como o âmbito das exclusões. “Algumas propostas divergem no objeto, em quem deve ser abrangido. Quanto mais exclusões, mais permeável fica a lei. Não faz sentido excluir ninguém“, defende a profissional, lembrando que algumas das propostas excluem advogados, solicitadores ou sindicatos.

O local onde fica o Registo de Transparência da Representação de Interesses (RTRI) será outro dos pontos a afinar, com Rita Serrabulho a defender que idealmente seria numa entidade independente, como a Entidade para a Transparência, mas que a Assembleia da República “pode ser uma boa solução”, para agilizar o processo.

A existência, ou não, de um código de conduta transversal e os mecanismos de pegada legislativa são outros dos pontos que devem ser consensualizados. “É crítico haver a pegada legislativa, que todas as interações fiquem registadas“, reforça, defendendo que todas as reuniões e contributos deixados pelos diferentes grupos de interesses devem ser públicos, tanto para jornalistas como para a sociedade civil. “É isto que nos vai permitir perceber, até em casos como os que tivemos os últimos anos em Portugal, que, participou, quem reuniu e contribuiu com o quê“, exemplifica. Não acontecendo, “continuamos à mercê do Ministério Público e de escutas”, acrescenta a presidente da associação.

O processo de transparência vai beneficiar todos. Isto não é um tema político, é um tema que deve ser discutido pelos diferentes atores e stakeholders, pela sociedade civil e pelos empresários“, frisa Rita Serrabulho, lembrando que a regulamentação do lobbying “vai defender instituições, cidadãos e classe política”.

Criada em 2024, a PAPT conta atualmente com 25 associados, dos quais oito são coletivos, não sendo os seus nomes conhecidos. “Não se pode saber quem são, porque não temos essa autorização, nem das empresas nem dos indivíduos”, justifica quando questionada sobre o porquê do anonimato. “Não estamos a esconder nada, é um tema que já devia ter sido falado“, admite.

Em janeiro de 2024, recorde-se, a votação na especialidade dos projetos de lei para regulamentar o lobbying foi adiada pela Comissão de Transparência e Estatuto dos Deputados, pelo que o Parlamento não terá tempo para fechar uma lei até à dissolução. O adiamento foi proposto em primeiro lugar pelo deputado Carlos Guimarães Pinto, da IL, mas foi rejeitado, com o voto contra do PS e do Chega. Na sequência da votação, o PSD usou um direito potestativo (obrigatório), adiando a discussão da representação legítima de interesses.

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Movimento de magistrados do Ministério Público vai mesmo avançar, apesar da greve

O Conselho Superior do Ministério Público (CSMP) aprovou na quarta-feira o movimento de magistrados que motivou a greve nacional de procuradores que esta quinta-feira termina.

Apesar da greve dos magistrados do Ministério Público (MP), o Conselho Superior do Ministério Público (CSMP), liderado por Amadeu Guerra, aprovou o movimento ordinário de Magistrados do Ministério Público. A greve nacional de procuradores termina esta quinta-feira.

Segundo nota do CSMP, reunido em plenário na quarta-feira, o conselho decidiu também propor à ministra da Justiça o encurtamento do estágio dos 40.º e 41.º cursos de formação do Centro de Estudos Judiciários, que forma os magistrados judiciais e do Ministério Público, para “minorar as consequências da grave carência de magistrados“, lê-se numa nota enviada à Lusa.

O Movimento Ordinário de Magistrados do Ministério Público, publicado em 4 de junho em Diário da República, inclui lugares a ocupar pelos procuradores, a partir de setembro, em vários departamentos e tribunais em simultâneo. O movimento tem sido contestado pelo Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP), que o classifica como o “último prego” na sua especialização de funções, por incluir lugares que permitem aos magistrados exercer funções em vários departamentos e tribunais em simultâneo, por vezes associando as jurisdições criminal, cível e de família e menores.

Como consequência, o sindicato apresentou uma reclamação ao CSMP a pedir a anulação do movimento e convocou uma greve nacional de dois dias, que segundo o SMMP teve uma adesão de 90% na quarta-feira e termina hoje, e mais três dias de greves regionais em Lisboa (dia 11), no Porto (dia 14) e em Évora e Coimbra (dia 15).

A Procuradoria-Geral da República tem justificado a opção com a necessidade de “otimizar os recursos existentes”, num “contexto de reconhecida e notória carência de recursos humanos”.

Na quarta-feira, a ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice rejeitou a ideia de abrir um curso especial de magistrados que pudesse dar resposta à reconhecida falta de magistrados, mas admitiu a possibilidade de encurtar o prazo do estágio dos cursos, como é agora proposto pelo CSMP.

A confirmar-se esse encurtamento, segundo os cálculos da ministra, em janeiro de 2026 estarão mais 55 procuradores já ao serviço, e não apenas em setembro, e no ano seguinte, em janeiro de 2027, estarão mais 75 procuradores ao serviço, o que faz 130 procuradores em um ano e meio.

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Fórum Nacional de Seguros 2025 bateu recordes de presenças e expositores

  • ECO Seguros
  • 10 Julho 2025

No final, a edição 2025 do Fórum Nacional de Seguros ficou lembrada pelo número recorde de inscrições, marcas e stands. O evento, ponto de encontro dos seguros, mobilizou mais de 3 mil profissionais.

O Fórum Nacional de Seguros terminou hoje depois de dois dias repletos de conversas, negócios, parcerias e debates sobre temas do mercado segurador. Ao todo, estiveram presentes no evento mais de 50 stands, 55 marcas e mais de 2600 inscritos, um recorde para a iniciativa.

O segundo dia, que decorreu apenas durante a manhã, ficou marcado pelos quatro painéis de debate, dedicados à discussão sobre o que ainda falta conquistar na proteção de empresas, o impacto das novas tecnologias e as revoluções que trazem aos seguros e, ainda, o poder do presente para cuidar do futuro do mercado.

“Há poucos fóruns em Portugal onde todo o setor se pode encontrar. E este é onde estão todas as seguradoras, todos os mediadores, é um fórum verdadeiramente profissional que cruza toda a cadeia de valor, num único espaço, em dois dias“, começou por dizer Filipe Charters de Azevedo, CEO da Hagel Seguros. Esta parte mais informal que o FNS proporciona aos expositores e visitantes é, de acordo com Pedro Lopes, Diretor Comercial da Seguramos Grande Porto e Vale do Ave, bastante importante, já que “promove a vertente pessoal através da interligação com vários intervenientes”.

Esta interação permite aos vários stands presentes promoverem a sua marca, não só para os seus próprios clientes, mas também para angariação de novos. “Sendo este um certame para profissionais, é um bom espaço para dar visibilidade à marca, ao produto e ao que fazemos, mas principalmente para angariar demonstrações e convertê-las em futuros clientes”, explicou João Capucho, Diretor da Habic. A mesma opinião foi partilhada por Nelly Taveira Pinto, Diretora da Zona Norte da AIG, que afirmou: “É fundamental estar presente perto dos nossos parceiros e aqui é um bom espaço para mostrar a nossa diferenciação“.

O fórum que reúne todos

“Toda a gente está aqui”, referiu Fernando Rocha, Diretor Geral da SABSEG. “Está cá toda a gente”, disse, por sua vez, Nuno Lopes de Almeida, Diretor da Bupa Portugal. “Está aqui todo o mundo de seguros”, garantiu Ana Teixeira, Fundadora da Mudey. “Estamos todos cá”, acrescentou, ainda, Isabel Silva, Comercial do Grupo Concentra. Este é, de acordo com os participantes do evento, o principal fator diferenciador do Fórum Nacional de Seguros.

Por essa razão, Mafalda Costa, Subscritora da NUVU, afirmou que o fórum “cada vez mais se torna um ponto de sinergias para estabelecer contactos“. “As grandes seguradoras estão cá todas representadas. É um bom sítio para fazermos contactos, para trazermos os nossos convidados a verem o que se passa neste país”, corroborou João Rodrigues, Responsável pela Operação da Mediplus em Portugal.

Para Sandra Guimarães, Diretora de Marketing da Acrisure, este “é o evento do setor segurador por excelência, que reúne, quer as seguradoras, quer a distribuição“, o que ajuda a promover relações entre parceiros, que, segundo Miguel Ferreira, Head of Sales da Carglass Portugal, “têm de estar presentes para se conseguir fazer um trabalho bem feito entre seguradoras, mediadores, e prestadores“.

“Este fórum permite-nos estar com os melhores mediadores do mercado, assim como com as seguradoras”, garantiu Nuno Jerónimo, CEO da Goose Brokers. Este ponto é vantajoso, já que, segundo Luís Geraldes, CEO da I2S Brokers, num único evento, conseguem “estar com clientes, parceiros e seguradoras”.

Acompanhar tendências e divulgar marcas

“Realmente faltava este evento no nosso país”, continuou Hugo Gonçalves, CEO da Libax. Fernando Marques, Sócio Gerente e Fundador da Methodus Seguros, admitiu, ainda, que este fórum é, por isso, importante para as marcas se afirmarem: Isto acaba por ser um espaço para nos mostrarmos, para dizermos que somos capazes e que temos resposta para o que nos é solicitado”.

A mesma ideia foi partilhada por Joana Ribeiro, Gestora Comercial na Ageas, que afirmou que o FNS “permite acompanhar as tendências do setor segurador“. Ao mesmo tempo, Rui Costa, Coordenador Nacional do Canal Agentes da Saúde Prime, acrescentou que é uma oportunidade de “dar notoriedade à marca”.

Neste fórum nós procuramos, acima de tudo, evolução. Queremos perceber onde estamos e para onde podemos caminhar. As empresas presentes dão-nos uma noção precisa de para onde vamos e é esse o nosso foco“, explicou Fernando Fonseca, Diretor da IBK Seguros. As “novas experiências e novas informações” adquiridas no fórum são para Jorge Monteiro, Diretor da Área de Mediação Porto e Gaia na Fidelidade, “um conjunto de oportunidades que todos temos de ouvir para nos alinharmos com o mercado”.

Por ser um “fórum nacional, ser conhecido e ter muito sucesso”, Maria José Maciel, Diretora da Zona do Porto Sul da Generali Tranquilidade considera essencial marcar presença nele. Este sucesso, de acordo com Domingos Magalhães, Managing Partner da Special Insurance, deve-se, também, ao crescimento de mediadores no evento: “Cada vez mais temos muito mediador presente e esse é o nosso mercado trabalho. Portanto, é aqui que eles estão e acreditamos que é aqui que eles vêm procurar soluções diferentes“.

“É extremamente importante ter aqui uma presença para que tenhamos uma exposição no mercado. O Fórum Nacional de Seguros é o grande evento de seguros aqui em Portugal. Não existe outro com esta qualidade e com este tamanho em Portugal“, concluiu Alfredo Martinez, Country Manager da Hispania em Portugal.

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PS exige a devolução dos “três mil milhões” injetados na TAP. Chega pede debate de urgência

Secretário-geral socialista considera privatização de 49,9% da companhia aérea uma "opção adequada". Chega pede debate de urgência para esta sexta-feira sobre negócio que teme ser "ruinoso".

O PS considera a solução de privatização de 49,9% da TAP “adequada”, mas exige “duas condições”: reembolso dos três mil milhões de euros que o Estado investiu na companhia durante a pandemia e a manutenção da maioria do capital social no Estado, afirmou o secretário-geral socialista, José Luís Carneiro, a partir da sede do partido, no Largo do Rato, em Lisboa.

“Os três mil milhões investidos pelo Estado na pandemia devem no médio e longo prazo ser objeto de reembolso aos contribuintes portugueses”, defendeu o líder socialista em reação ao anúncio do primeiro-ministro sobre a venda da TAP aos privados.

O Governo aprovou esta quinta-feira, em Conselho de Ministros, o processo de privatização da TAP até 49,9% do capital da TAP, anunciou o primeiro-ministro Luís Montenegro, adiantando que a decisão “incorpora a abertura ao capital de um investidor ou mais até 44,4% e 5% aos trabalhadores”.

José Luís Carneiro considera a “opção” de privatização de 49,9% do capital “adequada”, uma vez que “Portugal deve manter a maioria da estrutura acionista”. Essa é uma condição essencial “para assegurar quatro objetivos”: continuação do “hub fica em Lisboa”; garantia de “ligação com as comunidades portuguesas no estrangeiros”; “enquanto fator estratégico, a TAP deve continuar a funcionar como um instrumento de desenvolvimento da economia, que assenta em boa medida no turismo; e, em quarto lugar, deve ser um fator de coesão territorial, assegurando o serviço público para as regiões autónomas dos Açores e Madeira e para o Porto e Algarve”, enumerou.

Apesar de concordar com a solução do Governo, Carneiro colocou “duas condições”: a devolução dos três mil milhões de euros investidos na companhia durante a pandemia da covid-19 e a manutenção da maioria do capital social na esfera pública. O líder socialista não abdica deste último ponto, em nome da “confiança”. “Exigimos que o ponto de partida seja o de chegada. Em circunstância alguma aceitaremos que, em sede de acordo parassocial, se possa colocar em causa esses pressupostos”, reiterou.

Na declaração ao país sobre a privatização da TAP, o chefe do Executivo referiu ainda que o processo de venda terá de manter o hub de Lisboa e que caso não sejam atingidos os objetivos do Governo, o processo pode ser suspenso ou cancelado sem qualquer indemnização.

O primeiro-ministro garantiu ainda que o objetivo deste processo é garantir que a TAP seja uma empresa “rentável e bem gerida, bem gerida e enquadrada num contexto de ser competitiva, financeiramente sustentável, e estar ao serviço do interesse estratégico do país”.

“É a pensar no futuro do país, no desenvolvimento do país que tomamos esta decisão. Já gastámos muito dinheiro que não se repercutiu na vida dos portugueses. Não queremos continuar a deitar dinheiro para um poço que não tem fundo”, concluiu Montenegro. Uma frase que José Luís Carneiro considerou infeliz. “Foi uma opção errada. Essa declaração pode contribuir para a depreciação da TAP em vez da sua apreciação, enquanto ativo estratégico do Estado português”.

Chega pede debate de urgência sobre negócio “ruinoso”

Tal como o PS também o Chega exige “a devolução aos contribuintes do dinheiro que já se investiu na TAP” e que, pelas contas do partido, anda à volta dos 3,5 a 3,6 mil milhões de euros”, reivindicou André Ventura. Perante o anúncio de “surpresa” de venda da TAP a privados e “sem consulta aos maiores partidos”, o líder do Chega anunciou que vai “requerer para amanhã um debate de urgência no Parlamento logo pela manha em relação a privatização” da companhia área.

“Vamos entrar num negócio da TAP, e muitos deles foram ruinosos para os contribuintes, e o Parlamento tem o direito e o dever de saber como é que este negócio vai ser feito, em que contexto e de que forma”, defendeu.

“O Chega não será um obstáculo à privatização parcial da TAP”, sinalizou, até porque o partido considera que a companhia aérea deve “deixar de ser um sorvedouro de dinheiro público” e “deve ser mais eficaz do ponto e vista da gestão”.

No enanto, “o Chega opõe-se e continuará a a opor-se a qualquer negócios que leve a uma privatização selvagem, que impeça rotas decisivas como as que ligam a diáspora, aos nossos emigrantes ou aos pontos principais de investimento nacional, como os EUA, Brasil ou Canadá”, assinalou.

Por isso, e para garantir que Portugal “mantém o controlo das rotas decisivas” e de que não será “desperdiçado dinheiro”, o Chega vai solicitar um debate de urgência sobre a privatização já para esta sexta-feira de manhã no Parlamento e “exigir a devolução aos contribuintes do dinheiro que já se investiu na TAP”.

“No global, os portugueses já colocaram na TAP entre 3,5 a 3,6 mil milhões de euros e o que está em causa é recuperar 500 milhões de euros com esta alienação. Este valor é um absurdo, é um mau negócios para Portugal. Os contribuintes estão a perder dinheiro e temos de exigir porque razão este negócios acabou por acontecer assim”, atirou.

A IL considera a privatização de apenas 49,9% da TAP uma “desilusão”, defendendo a venda da totalidade do capital, porque, “no futuro, se a companhia não conseguir ser viável, os contribuintes, sendo o Estado o acionista maioritário, terão de acompanhar uma nova injeção de capital”, afirmou Mário Amorim Lopes. O liberal considerou mesmo que Luís Montenegro foi “menos ambicioso” do que o anterior primeiro-ministro socialista, António Costa, que chegou a admitir a privatização de 100% da companhia aérea.

Do lado do Livre, João Pinto criticou a decisão do Governo, num momento em que a companhia aérea dá lucro. “O Governo prefere ir pelo caminho mais fácil, que é pela venda”, atirou o deputado, naquilo que o partido considera ser uma decisão “errada”. O porta-voz do partido acrescentou ainda que “o Governo coloca-se numa má posição negocial”, ao querer avançar rapidamente com o processo e considerou ainda que o Executivo devia ter dado prioridade à ferrovia de alta velocidade.

O PCP olha para a venda da companhia área “como um crime económico”. “A Assembleia da República tem a responsabilidade de travar este crime económico”, diz o secretário-geral comunista, Paulo Raimundo. “Vamos ver como se comportam os outros partidos que sabemos que desvalorizam a nossa iniciativa e admitem que um prejuízo acima de 6,3 mil milhões de euros para os nossos bolsos é uma coisa razoável, não é razoável”. O porta-voz do partido lamenta que “haja uma ampla maioria na Assembleia da República disponível para estes crimes económicos”. “Este é um ativo que o Estado não se pode livrar”, conclui.

Também o Bloco de Esquerda (BE) opõe-se à reprivatizarão da TAP, defendendo que “é a única empresa que ainda está em mãos nacionais, depois de terem privatizada a EDP, Cimentos, CTT, Galp”, afirma Mariana Mortágua. “Já foram cometidos tanto erros, não se compreende como é que o Governo está disposto a abdicar da última grande empresa de capital nacional”, lamenta a coordenadora do BE. Outro dos argumentos do partido é que a “TAP é uma das empresas mais importantes para a economia portuguesa, para as contribuições para a Segurança Social e também para as exportações”.

Do lado do PAN, Inês Sousa Real lamentou a “teimosia” do Governo na privatização da TAP e defendeu que o primeiro-ministro tem de explicar quais serão as “contrapartidas” do processo. “Um dia hão-de lamentar porque se forem os anéis e ficaram os dedos”, criticou. O partido teme ainda que sejam feitos despedimentos. “Com esta privatização, é fundamental que o Governo acautele que não vamos ter uma onda de despedimentos e que garantimos a proteção dos trabalhadores. No debate do Estado da nação, é fundamental que Luís Montenegro dê respostas sobre o que vão ser as contrapartidas desta privatização”, sublinhou a porta-voz do PAN.

Alinhando pelo mesmo diapasão, o deputado único do JPP, Filipe Sousa, reprovou a venda da companhia área a operadores privados. “É lamentável chegarmos a este ponto. Se falamos na privatização é porque o Estado falhou”, afirmou a partir dos Passos Perdidos, na Assembleia da República. O parlamentar exigiu ainda que o processo “salvaguarde as rotas com as regiões autónomas e com a diáspora” portuguesa.

(Notícia atualizada pela última vez às 16h32)

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Antigo palacete em Portalegre vai ser residência do politécnico

  • Lusa
  • 10 Julho 2025

Um antigo palacete no centro histórico de Portalegre vai ser transformado numa residência de estudantes do instituto politécnico, num investimento superior a quatro milhões, financiado pelo PRR.

Um antigo palacete situado no centro histórico de Portalegre vai ser transformado numa residência de estudantes do instituto politécnico local, num investimento superior a quatro milhões de euros, financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

O Instituto Politécnico de Portalegre (IPP) anunciou nesta quinta-feira que as obras já arrancaram e explicou que o financiamento do PRR está enquadrado no Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior (PNAES).

A nova residência, com capacidade para 79 alunos, vai ‘nascer’ no Palacete do Visconde dos Cidraes, que acolheu em tempos os Serviços Municipalizados de Águas e Transportes (SMAT).

Em declarações à agência Lusa, o presidente do IPP, Luís Loures, explicou que a obra, que está a decorrer neste palacete situado na Rua 5 de Outubro, tem um prazo de execução de 13 meses.

“Queremos ter a residência pronta a ser utilizada, não neste ano letivo, que vai começar em setembro, mas no início do ano letivo seguinte. A ideia é que a obra esteja concluída em julho de 2026”, revelou.

De acordo com Luís Loures, no global, o IPP terá disponíveis 600 camas para estudantes em 2026.

A par de 41 quartos, a futura residência no Palacete do Visconde dos Cidrais, vai contar com salas de estudo, cozinhas, salas de refeições, lavandaria, salas de ‘cowork’, biblioteca, áreas para lazer e auditório.

Com a requalificação e dignificação deste palacete, situado numa zona que envolve vários espaços comerciais, o IPP disse pretender “não só aumentar a oferta de alojamento estudantil”, como “contribuir para revitalizar” a zona comercial da cidade.

“É uma rua que tem cada vez mais problemas em termos de utilização e nós considerámos que a possibilidade de construir ali uma residência de estudantes seria, não só um fator de atratividade, mas essencialmente um fator de regeneração urbana e de dinamização social daquele espaço”, realçou.

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Terreno para futura Escola de Saúde de Bragança entregue pela autarquia

  • Lusa
  • 10 Julho 2025

Infraestrutura ficará num terreno de 736 m2, situado junto ao futuro Museu da Língua Portuguesa. Inclui o Centro para a Inovação e Qualificação em Saúde Sustentável.

O município brigantino formalizou com o Instituto Politécnico de Bragança (IPB) a assinatura do contrato de constituição do direito de superfície da futura Escola Superior de Saúde, foi anunciado nesta quinta-feira.

Numa nota escrita, explicou que este contrato, datado de quarta-feira, “prevê a cedência de um prédio urbano com 736 m2, situado junto ao futuro Museu da Língua Portuguesa, onde se localizará a infraestrutura”, que inclui o Centro para a Inovação e Qualificação em Saúde Sustentável.

A cedência foi aprovada por unanimidade em reunião camarária a 10 de fevereiro deste ano, detalhou ainda o município.

“O Instituto Politécnico faz um trabalho notável, reconhecido por todos. Entendo, por isso, que é dever do Município estar ao lado do IPB, sempre, enquanto parceiro ativo, dando respostas positivas num caminho de evolução conjunta, em favor da região”, salientou o presidente da câmara municipal, Paulo Xavier, citado na nota enviada.

Em março deste ano, Orlando Rodrigues, presidente do IPB, tinha adiantado à Lusa que a expectativa aponta para que a construção possa começar ainda este ano.

O futuro Centro para a Inovação e Qualificação em Saúde Sustentável está orçado em cerca de 10 milhões de euros, financiados com verbas próprias, mas com a possibilidade também de captar fundos comunitários, disse Orlando Rodrigues.

“É uma obra que aguardamos há muito tempo. É importante para resolver problemas estruturais e para alavancar esta parte científica do Instituto, com ligação à comunidade e para o desenvolvimento da região. Precisamos de mais investimento na saúde e para atrair profissionais”, explicou o diretor.

A empreitada vai ser lançada para concurso público internacional “o mais breve possível”, mal sejam ultrapassados os trâmites necessários.

Orlando Rodrigues espera que, apesar da complexidade deste processo, “se resolva ainda no primeiro semestre este ano” e que, deste modo, a construção possa avançar na segunda metade de 2025.

Quanto a prazos de execução, vão depender dos cadernos de encargos que forem estipulados, mas nunca deverão ser inferiores a dois anos, antecipou o presidente do IPB.

O novo edifício vai substituir a Escola Superior de Saúde, um edifício contemporâneo ao hospital de Bragança, que foi inaugurado em 1973. Aquela que era inicialmente a casa dos estudantes de Enfermagem foi projetada para 300 alunos.

Atualmente, tem mais de 2.000 estudantes, nas áreas das tecnologias da saúde e cursos onde listam também Dietética, Ciências Biomédicas, Gerontologia ou Farmácia, além de mestrados ou pós-graduações.

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EY LAW reforça equipa com Inês Pinto da Costa e Lourenço de Sousa Botelho

Inês Pinto da Costa é a nova Associada Coordenadora Sénior da EY LAW. Lourenço de Sousa Botelho também se junta à equipa como Associado Principal.

Inês Pinto da Costa é a nova Associada Coordenadora Sénior da EY LAW. Formada em Direito pela Universidade Católica Portuguesa, com pós-graduações em Direito dos Valores Mobiliários e Direito Internacional dos Negócios, Inês trabalhou em firmas como PLMJ (onde foi sócia) e Uría Menéndez, liderando projetos complexos em setores como energia renovável, infraestruturas e indústria. “Com vasta experiência em Corporate, M&A e project finance, Inês traz consigo um profundo conhecimento do mercado e uma rede sólida de contactos que será determinante para acelerar a estratégia da EY LAW”, segundo comunicado do escritório.

Lourenço de Sousa Botelho também se junta à equipa como Associado Principal, com experiência em Corporate, Transações e Private Equity. Licenciado em Direito pela Universidade de Lisboa e com pós-graduação em Direito e Gestão pela Universidade Católica, Lourenço fez o percurso em firmas de referência como TELLES, Macedo Vitorino e Andersen.

“Duas contratações estratégicas que mostram a ambição da EY LAW: crescer e ganhar mais peso no mercado jurídico empresarial. E que refletem a aposta clara da firma em atrair talento com experiência no setor empresarial e financeiro, reforçando a capacidade para acompanhar os seus clientes em operações cada vez mais sofisticadas, num mercado em consolidação”, segundo comunicado da EY Law.

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Governo aprova privatização de 49,9% do capital da TAP

Privatização da TAP vai avançar com venda de até 49,9% do capital. Montenegro garantiu que processo salvaguarda hub de Lisboa e infraestruturas aeroportuárias do país. 5% reservados a trabalhadores.

O Governo aprovou o processo de privatização da TAP até 49,9% do capital da TAP, anunciou o primeiro-ministro Luís Montenegro, adiantando que a decisão incorpora a abertura ao capital de um investidor ou mais até 44,9% e 5% aos trabalhadores”. O primeiro-ministro garantiu ainda que o processo salvaguarda o hub de Lisboa e que caso não sejam atingidos os objetivos do Governo, o processo pode ser suspenso sem qualquer indemnização.

O primeiro-ministro interrompeu o Conselho de Ministros que está a decorrer para informar que o Executivo aprovou um decreto-lei para aprovar a reprivatização de 49,9% do capital social da TAP. Trata-se do “primeiro passo de saída no processo de reprivatização da TAP“.

Luís Montenegro adiantou que “se trata de uma decisão que incorpora a abertura ao capital de um investidor ou mais até 44,9% e 5% aos trabalhadores“.

“É nossa convicção que haverá muitos interessados e poderemos ter a oportunidade de avaliar do ponto de vista financeiro e técnico, estratégico as propostas que vierem a ser apresentadas”, referiu o primeiro-ministro. No entanto, Montenegro disse que “se não forem atingidos os objetivos definidos pelo Governo”, o diploma “incorpora a possibilidade de a qualquer momento suspendermos ou frustrar” a operação “sem qualquer consequência indemnizatória para os respetivos interessados”.

Já gastámos muito dinheiro que não se repercutiu na vida dos portugueses. Não queremos continuar a deitar dinheiro para um poço que não tem fundo. Queremos que a companhia seja rentável, bem gerida e enquadrada num contexto de ser competitiva, financeiramente sustentável, e estar ao serviço do interesse estratégico do país.

Luís Montenegro

Primeiro-ministro

“Este é um objetivo que cremos que a nossa companhia área salvaguarda o hub em Lisboa, salvaguarda o aproveitamento de todas as infraestruturas aeroportuárias do país, em particular hoje o Aeroporto Humberto Delgado e amanhã o Aeroporto Luís de Camões”, explicou o chefe do Governo, acrescentando que todos os pormenores do plano serão apresentados pelos ministros das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, e das Finanças, Miranda Sarmento, pelas 17:00.

Segundo adiantou ainda Montenegro, é preocupação do Governo valorizar “a capacidade de mobilidade dos portugueses e o desenvolvimento económico do país, a competitividade da nossa economia e a projeção do nosso país em todo o mundo, salvaguardando as rotas que são para nós mais estratégicas”.

O primeiro-ministro garantiu ainda que o objetivo deste processo é garantir que a TAP seja uma empresa “rentável e bem gerida, bem gerida e enquadrada num contexto de ser competitiva, financeiramente sustentável, e estar ao serviço do interesse estratégico do país”. “É a pensar no futuro do país, no desenvolvimento do país que tomamos esta decisão. Já gastámos muito dinheiro que não se repercutiu na vida dos portugueses. Não queremos continuar a deitar dinheiro para um poço que não tem fundo”, concluiu.

O anúncio do pontapé de saída da venda da TAP surge depois de o ministro das Finanças já ter dado algumas pistas sobre este processo. Em entrevista à Bloomberg, Miranda Sarmento adiantou que o Executivo pretendia avançar com o processo “nas próximas semanas”, sendo qeu são vários os grupos de aviação que já manifestaram interesse na compra da companhia portuguesa, entre os quais a IAG, Air France-KLM e Lufthansa.

Numa primeira reação ao anúncio do Governo, o PS considerou a solução de privatização de 49,9% da TAP “adequada”, mas exige “duas condições”: reembolso dos três mil milhões de euros que o Estado investiu na companhia durante a pandemia e a manutenção da maioria do capital social no Estado, afirmou o secretário-geral socialista, José Luís Carneiro, a partir da sede do partido, no Largo do Rato, em Lisboa.

(Notícia atualizada)

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Sindicato dos Funcionários Judiciais com a primeira liderança no feminino

Regina de Almeida Soares é funcionária judicial há 30 anos. Foi escrivã auxiliar e escrivã adjunta entre 1995 e 2016, tendo passado por vários tribunais como Penal, Civil, Trabalho e Execuções.

Regina de Almeida Soares é funcionária judicial há 30 anos. Foi escrivã auxiliar e escrivã adjunta entre 1995 e 2016, tendo passado por diversas jurisdições e tribunais como Penal, Civil, Trabalho e Execuções.

Desde 2016, exerce funções como Técnica de Justiça Principal no DIAP de Lisboa, com experiência em áreas de grande complexidade como a SEIVD e a grande criminalidade. Desde 2020, integra a atual direção do SFJ como Secretária Executiva da região de Lisboa.

Licenciada em Sociologia e Direito, com pós-graduação em Administração Pública e a frequentar o Mestrado em Administração Pública foi com a identidade de “Mulher, cidadã, mãe e Oficial de Justiça”que se apresentou como candidata à presidência do Sindicato, com a convicção de “que é possível aprofundar o trabalho realizado, reforçar a proximidade com os associados e consolidar um projeto sindical que seja forte, representativo e transparente”.

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J+Legal assessora a BlueCrow Growth Fund I numa nova operação de investimento na Sniper Capital

Pela J+Legal a transação foi negociada e implementada pelos associados sénior e associada Lourenço Côrte-Real e Carolina Serrano Correia, respetivamente.

Em dezembro de 2023 a J+Legal já tinha assessorado o fundo numa operação e agora reforçou o investimento, ultrapassando os 12,3 milhões de euros. A transação pressupôs a negociação de todos os contornos do acordo de investimento, incluindo a subscrição de participações de capital do BlueCrow Growth Fund I numa das participadas da Sniper Capital, bem como a negociação da prestação de diversas garantias no âmbito do aludido acordo de investimento e respetiva implementação.

Do lado do fundo a transação foi implementada pelo partner António Mello Campello e pelo head of legal do fundo Fernando Mendonça de Lima, tendo ambos sido coadjuvados pela advogada Ana Mascarenhas de Lemos e pelo analista André Lince Núncio.

J+LegalHugo Amaral/ECO

Pela J+Legal a transação foi negociada e implementada pelos associados sénior e associada Lourenço Côrte-Real e Carolina Serrano Correia, respetivamente. Os advogados referem que “a complexidade e o rigor desta operação reforçam a relevância da assessoria jurídica estratégica em investimentos em crescimento, assegurando não apenas a proteção do investimento, mas também a sua viabilidade e sustentabilidade a longo prazo”.

A Sniper Capital foi novamente assessorada pela VdA – Vieira de Almeida, tendo a transação sido implementada por Pedro Corrêa de Oliveira, coadjuvado pelos associados sénior Vanessa Cardoso Pires e Chen Chen.

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Jorge Jesus leva Benfica a tribunal por salários em atraso

  • Lusa
  • 10 Julho 2025

O Tribunal Arbitral do Desporto recebe ação do treinador Jorge Jesus contra o Benfica por incumprimento salarial, após saída do treinador do clube da Luz em 2021.

O treinador de futebol Jorge Jesus moveu uma ação no Tribunal Arbitral do Desporto (TAD) contra a SAD do Benfica por incumprimento salarial, de acordo com a lista de pedidos entrados no TAD, publicados no site do organismo.

No site do TAD, está mencionada uma ação de arbitragem voluntária por incumprimento salarial, num pedido que deu entrada na quarta-feira no tribunal.

Jorge Jesus, de 70 anos, teve duas passagens pelo Benfica, a primeira entre 2009/10 e 2014/15, período no qual ganhou dois campeonatos, uma Supertaça e uma Taça de Portugal.

Após sair para o Sporting e ter passado pelo Flamengo e Al-Hilal, Jorge Jesus, atualmente sem clube, voltou às ‘águias’ em 2020/21, mas acabou por sair do clube a meio da temporada seguinte.

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