⛽ Combustíveis voltam a ficar mais caros na segunda-feira

Se precisar de atestar o depósito do carro é melhor aproveitar o dia de Santo António e o fim de semana. O preço do gasóleo deve subir 1,5 cêntimos por litro e o da gasolina 1 cêntimo.

Se precisar de atestar o depósito do carro é melhor aproveitar o dia de Santo António e o fim de semana para o fazer. Na próxima semana, os combustíveis voltam a ficar mais caros.

O preço do gasóleo, o tipo de combustível mais utilizado em Portugal, deve subir 1,5 cêntimos por litro, enquanto o da gasolina terá uma subida de um cêntimo por litro a partir de segunda-feira, avançou fonte do mercado ao ECO.

Quando se dirigir aos postos de abastecimento, deverá passar a pagar 1,533 euros por litro de gasóleo simples e 1,689 euros por litro de gasolina simples 95, tendo em conta os valores médios praticados nas bombas na terça-feira, de acordo com os dados da Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG).

Esta semana já se tinha registado uma subida no preço dos combustíveis. O gasóleo e a gasolina aumentaram ambos meio cêntimo por litro.

A cotação do petróleo está a cair esta quinta-feira mais de 1%. O barril de Brent, que serve de referência para a Europa, desvaloriza 1,88% para os 68,46 dólares, enquanto o valor do WTI, produzido no Texas, desce 1,95% para os 66,82 dólares por barril.

Os mercados financeiros e as matérias-primas têm estado a reagir em baixa às tensões comerciais entre as maiores economias do mundo. As negociações entre os Estados Unidos e a China não chegaram para animar os investidores, tanto que continuam a procurar ativos de refúgio, como o ouro, que tem estado a valorizar mais de 1% para perto dos 3.400 dólares a onça.

A China e os Estados Unidos terminaram ontem dois dias de reuniões em Londres com um acordo preliminar para estabelecer um quadro de trabalho benéfico para ambas as partes, após uma conversa entre o presidente norte-americano, Donald Trump, e o seu homólogo chinês, Xi Jinping, na semana passada.

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Paz e segurança na Europa? “É tempo de sermos todos, todos, todos europeus”, diz Marcelo

  • Joana Abrantes Gomes
  • 12 Junho 2025

Na cerimónia que assinala os 40 anos da adesão de Portugal à então CEE, o Presidente da República defendeu ainda que "a Europa não é um parceiro lateral à construção da paz".

“Se verdadeiramente queremos paz e segurança na Europa, é tempo de sermos todos, todos, todos europeus, antes que seja tarde demais, antes que haja vítimas demais”. Marcelo Rebelo de Sousa utilizou a expressão celebrizada pelo Papa Francisco, aquando da sua visita a Portugal na Jornada Mundial da Juventude em 2023, para defender que “a Europa não é um parceiro lateral à construção da paz”.

Intervindo na cerimónia que assinala os 40 anos da adesão de Portugal à então Comunidade Económica Europeia (CEE), a decorrer esta quinta-feira no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, o Presidente da República lembrou que a “principal conquista” do projeto europeu foi a paz. E que esta “continua a ser a [sua] principal razão de ser”.

“Já demonstrámos que o método comunitário permite resolver os problemas sem guerras, com armas que não matam, mas curam, promovem e pacificam“, defendeu o chefe de Estado, apelando a uma “reforçada capacidade e coesão na defesa comum” da Europa.

Marcelo realçou, por isso, ser tempo de os EUA “recordarem as vantagens políticas e económicas de estarem sempre ao lado [da Europa]” e “de a Federação Russa reconhecer o clamoroso erro estratégico dos últimos já longos anos, culminando na intolerável invasão da Ucrânia, e voltar ao concerto das nações, à sua cultura e à sua ancoragem europeias”.

Sobre a adesão de Portugal à então CEE, o Presidente da República recordou “os nove longos anos de negociações” com Bruxelas e os nove Estados-membros que faziam parte da comunidade naquela altura — alargados a dez com a adesão da Grécia em 1983 –, durante os quais existiu uma “unidade de objetivos nacionais” entre os vários partidos, políticos e governos.

“Desde 1977 e particularmente desde 1986, três gerações de políticos negociaram, aplicaram, traduziram a adesão em melhoria das condições de vida dos portugueses“, assinalou Marcelo Rebelo de Sousa.

O chefe de Estado sublinhou ainda que “Portugal é o único atual Estado-membro não fundador que, com Durão Barroso e António Costa, viu os seus nacionais serem presidentes de duas instituições europeias”, respetivamente da Comissão Europeia e do Conselho Europeu.

“O desafio de hoje é manter esse caminho, adaptando-o às novas realidades, dando novas respostas aos novos problemas, sabendo que, na construção da União Europeia, o mais premente amiúde é o processo, é o diálogo democrático e plural, na salvaguarda do primado das pessoas e da sua dignidade”, frisou.

Embora considere que a adesão “valeu a pena” decorridas quatro décadas, Marcelo não deixou, porém, de apontar que nem tudo foi perfeito: “Erros foram cometidos; por vezes, passos foram dados sem o devido apoio e explicação; muitas vezes a tecnocracia impôs-se à política, criando distâncias entre Bruxelas e os europeus. Uma Europa dos cidadãos, ou, mais do que isso, das pessoas, tem de continuar a ser uma prioridade e não apenas um chavão ou um álibi.

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Edifícios licenciados sobem 20,3% no primeiro trimestre

  • Lusa
  • 12 Junho 2025

O licenciamento de edifícios para construções novas subiu 21,3% no primeiro trimestre, depois de ter crescido 27,5% no quarto trimestre de 2024, enquanto para reabilitação aumentou 23,7%.

O número de edifícios licenciados no primeiro trimestre subiu 20,3% para 7,1 mil edifícios, em relação ao período homólogo, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Numa nota sobre obras licenciadas e concluídas, o INE referiu que, nos primeiros três meses do ano, “foram licenciados 7,1 mil edifícios, um aumento de 20,3% face ao mesmo período do ano anterior, embora abaixo da variação de 24,1% registada no 4.º trimestre de 2024”.

O INE revelou que o licenciamento de edifícios para construções novas, por sua vez, subiu 21,3% (+27,5% no 4.º trimestre de 2024), enquanto para reabilitação aumentou 23,7%, “acelerando face aos 15,7% observados no trimestre precedente”.

Já o número de edifícios concluídos foi de 3,9 mil, um aumento homólogo de 1,1% e “uma inversão da redução de 3,6% verificada no trimestre anterior”.

De acordo com a mesma informação, no segmento de habitação familiar, “o número de fogos licenciados em construções novas cresceu 36,0%“, valor que reforça “o aumento de 23,5% observado no último trimestre”, sendo que o número de fogos concluídos aumentou 18,4%, após mais 11,8% no quarto trimestre de 2024.

Assim, em comparação com o trimestre anterior, “o número de edifícios licenciados aumentou 3,8%, enquanto os edifícios concluídos diminuíram 3,9%”.

De acordo com o INE, “quase todas as regiões do país registaram aumentos no número de edifícios licenciados, com exceção da Região Autónoma da Madeira (-12,4%) e da Península de Setúbal (-0,3%)”, tendo as subidas mais expressivas, todas acima dos 20%, ocorrido nos Açores (+45,4%), Oeste e Vale do Tejo (+29,0%), Alentejo (+27,0%), Grande Lisboa (+25,7%) e Centro (+23,1%).

Já no que diz respeito aos edifícios concluídos, apesar do aumento homólogo para o país, “apenas quatro regiões registaram crescimentos no número de edifícios concluídos: Algarve (+33,1%), Centro (+12,1%), Norte (+3,5%) e Região Autónoma dos Açores (+3,1%)”, tendo as restantes regiões observado decréscimos, sendo as maiores reduções na Península de Setúbal (-18,8%) e na Região Autónoma da Madeira (-16,7%).

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CTT e Associação de Imprensa renovam protocolo para o serviço de correio editorial

  • + M
  • 12 Junho 2025

O acordo visa apoiar as campanhas de angariação e renovação de assinaturas das publicações. Já os CTT beneficiam de desconto nos preços da tabela de publicidade nos meios que adiram ao programa.

Os CTT e a Associação Portuguesa de Imprensa (API) renovaram o protocolo de cooperação que estabelece as condições do serviço de correio editorial até 2027.

O acordo tem por objetivo “apoiar as campanhas de angariação e/ou de renovação de assinatura através da medida pack editorial para os jornais e publicações periódicas nos âmbitos nacional e internacional, num setor que continua a atravessar dificuldades”, refere-se em nota de imprensa, onde se acrescenta que a iniciativa é “particularmente significativa” para a imprensa regional e local, que “depende fortemente do serviço postal para alcançar os seus leitores”.

Por outro lado, os CTT beneficiam de desconto nos preços da tabela de publicidade para as inserções publicitárias nas publicações que adiram ao programa.

“A renovação deste protocolo representa um passo fundamental na defesa da imprensa livre, plural e acessível em todo o território nacional. Para a API, este apoio contínuo aos editores — em especial os regionais e locais — é essencial para garantir a sustentabilidade de um setor que está em crise há vários anos e que ainda tem nas subscrições e na publicidade em papel uma das suas maiores fontes de receita, diz Cláudia Maia, presidente da direção da API, citada em comunicado.

“Trata-se de uma medida concreta de apoio à viabilidade da comunicação social, com impacto direto na coesão territorial e no acesso à informação”, acrescenta.

Já João Sousa, administrador executivo dos CTT, refere que a renovação do protocolo “reitera o esforço conjunto para garantir que a imprensa regional continua a chegar às suas comunidades, salvaguardando a pluralidade da imprensa em Portugal, num desígnio de proximidade que é comum às duas entidades“.

O presente acordo tem efeitos retroativos a 1 de abril e estará em vigor até 31 de março de 2027. O último protocolo terminou a 31 de março e “proporcionou condições especiais para cerca 2,3 milhões de envios realizados por quase duas centenas de editores”, refere-se em nota de imprensa.

Na semana passada a API também anunciou ter concluído o processo de renegociação do contrato de distribuição de publicações periódicas com a Vasp, considerando que as condições do acordo são equilibradas e salvaguardam os interesses dos associados.

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Costa diz que Portugal e UE são “caso de sucesso partilhado”

  • Lusa
  • 12 Junho 2025

Costa lembrou que há mais de 10 países em negociações para entrar para a UE como a Ucrânia, a Moldova, "porventura a Geórgia", seis países dos Balcãs ocidentais e a Islândia.

O presidente do Conselho Europeu defendeu esta quinta-feira que “Portugal e a União Europeia são um caso de sucesso partilhado”, destacando o desenvolvimento económico e social do país, 40 anos após a assinatura da adesão portuguesa ao bloco europeu.

“Chegados a 2025, Portugal e a União Europeia são um caso de sucesso partilhado. Uma relação de confiança, entendimento e benefício mútuo”, referiu António Costa, intervindo na cerimónia de comemoração dos 40 anos da assinatura de Portugal do Tratado de Adesão às Comunidades Europeias, no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa.

A entrada na então CEE, a 1 de janeiro de 1986, foi “refundador para Portugal, por culminar o ciclo da democratização portuguesa iniciado com o 25 de Abril”.

“A assinatura do tratado de adesão não só encerrou o período transitório do regime democrático português, como iniciou a era de maior desenvolvimento social e económico da história de Portugal”, assinalou.

Quatro décadas depois, a economia portuguesa cresceu 143%, “fruto da abertura do mercado interno ao espaço europeu”, o salário médio foi multiplicado por oito e o PIB (produto interno bruto) per capita cresceu 11 vezes, elencou o ex-primeiro-ministro português.

Portugal, sublinhou, “é hoje uma economia aberta à Europa e ao mundo, muito mais competitiva do que então”, enquanto “os indicadores de desenvolvimento humano, na saúde, educação e rendimento, estão hoje num patamar incomparavelmente mais alto”.

“Este é um enorme sucesso de Portugal, fruto do trabalho dos portugueses. Mas é também fruto da solidariedade da Europa como projeto de prosperidade partilhada”, destacou.

Desde a adesão ao bloco europeu, Portugal “foi sempre um parceiro ativo, leal e construtivo, sempre sabendo enquadrar os próprios interesses nacionais no quadro do interesse comum da União”, prosseguiu Costa, que apontou os “contributos decisivos para a construção” da UE” nas quatro presidências, com “óbvio destaque” para o Tratado de Lisboa.

Classificando a UE como “o melhor projeto de solidariedade entre povos”, o presidente do Conselho Europeu defendeu que o alargamento tem sido “o maior investimento geoestratégico pela paz e pela prosperidade”.

“Hoje temos mais uma dezena de nações em negociações para entrar”, recordou, nomeando a Ucrânia, a Moldova, “porventura a Geórgia”, seis países dos Balcãs ocidentais e a Islândia, que “realizará um referendo” no próximo ano.

Quarenta anos depois, o Mundo passou de uma Guerra Fria para “uma ordem multipolar com interligações comerciais e diplomáticas entre todos”.

“Tínhamos uma Europa dividida ao meio, ideologicamente incompatível, economicamente inconciliável. Hoje temos uma União de 450 milhões de cidadãos, um mercado comum pujante e uma moeda única forte no mundo”, sublinhou.

“Precisamos dessa unidade e dessa força para defender uma ordem internacional assente em regras, fortalecer o multilateralismo, enfrentar os grandes desafios globais, como as alterações climáticas. Precisamos dessa unidade e dessa força para garantir a paz, a segurança e a prosperidade”, sustentou o líder do Conselho Europeu.

Costa recordou as palavras “premonitórias” de Mário Soares, que há 40 anos, na qualidade de primeiro-ministro, assinou o Tratado de Adesão, no Mosteiro dos Jerónimos, um momento que assinalou como “uma data de bom augúrio para o futuro europeu”.

“Ontem, como hoje, esta é a data de bom augúrio para Portugal, para os portugueses, para os europeus e para a União Europeia”, referiu.

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Montenegro pede uma Europa “unida sem espaço para o populismo”

O primeiro-ministro alertou que o populismo é uma ameaça à democracia e reconheceu que Portugal nem sempre aproveitou as oportunidades que teve desde a adesão à comunidade europeia.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, pediu esta quinta-feira uma “Europa unida sem espaço para o populismo, para o extremismo e a demagogia de quem está sempre a tentar dividir e instrumentalizar”, durante a cerimónia dos 40 anos de adesão à então Comunidade Económica Europeia (CEE), atual União Europeia (UE), no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa. E reconheceu que Portugal nem sempre aproveitou as oportunidades que teve da integração europeia.

Para o chefe do Executivo português, “toda a Europa continua a defrontar-se com desafios que exigem o melhor do esforço coletivo”, desde logo “o crescimento de populismos e extremismos, que são uma ameaça direta ao funcionamento das instituições democráticas”, frisou. De lembrar que, nas eleições legislativas antecipadas de 18 de maio, o Chega, partido de extrema-direita, subiu a segunda força política e líder de oposição ao conquistar 60 lugares no Parlamento.

O primeiro-ministro de Portugal, Luís Montenegro, durante o discurso no Mosteiro dos JerónimosEPA/JOSE SENA GOULAO

Há ainda outros “problemas estruturais” que a Europa tem de enfrentar. Montenegro apontou “os desafios demográficos, as assimetrias regionais, os desafios da habitação, da competitividade da economia e da valorização dos rendimentos”. Encontrar uma solução para estas adversidades exigem “coragem política, visão estratégica e um compromisso renovado com o aprofundamento do projeto europeu“, defendeu.

O primeiro-ministro reconheceu depois que Portugal “nem sempre aproveitou devidamente ou na totalidade as oportunidades que teve ao longo destes 40 anos”. “Não obstante, devemos recuperar a memória desse trajeto”, assinalou.

“A União Europeia não é perfeita nem podemos esperar nunca que o seja. É um projeto em permanente adaptação, mas continua a ser o mais ambicioso projeto entre nações, um projeto que devemos defender continuamente”, continuou.

Depois puxou dos galões de Portugal. Se é verdade que, em 1974, o nosso país abriu-se à Europa e há 40 anos formalizou a abertura à Europa, também é certo que “Portugal abriu a Europa ao mundo, reforçando pontes com o mundo lusófono, com África, com a América Latina, com a Ásia”. “Portugal beneficiou do projeto europeu mas também o reforça todos os dias com a nossa cultura, ciência, inovação, diplomacia e muitas vezes, sim, pelo nosso exemplo”, sublinhou.

(Notícia atualizada às 11h27)

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INE confirma que inflação acelerou para 2,3% em maio

Índice de Preços no Consumidor (IPC) aumentou 2,3% no último mês, face aos 2,1% registados no mês anterior, confirmou o INE esta quinta-feira.

A taxa de inflação homóloga aumentou para 2,3% em maio, duas décimas acima dos 2,1% registados em abril, confirmou esta quinta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE). A subida do Índice de Preços no Consumidor (IPC) foi suportada pelos aumentos dos produtos energéticos e pelos produtos alimentares não transformados.

O indicador de inflação subjacente, que exclui produtos alimentares não transformados e energéticos, registou uma variação de 2,2% (2,1% em abril), acrescenta o INE. “A variação do índice relativo aos produtos energéticos aumentou para 0,1% (-0,1% no mês anterior) e o índice referente aos produtos alimentares não transformados para 4,0% (3,2% em abril)”, refere o instituto.

Por classes de despesa, o INE destaca as subidas homólogas registadas pelas bebidas alcoólicas e tabaco, bens alimentares e bebidas não alcoólicas e dos acessórios para o lar, equipamento doméstico e manutenção corrente da habitação, com variações de 1,5%, 2,5% e 0,2% respetivamente (-0,1%, 1,6% e -0,6%, em abril).

Em sentido oposto, “assinalam-se as diminuições das taxas de variação homóloga das classes dos restaurantes e hotéis, dos transportes e dos bens e serviços diversos, com variações de 6,1%, 1,0% e 1,8% respetivamente e que comparam com taxas de 6,7%, 1,3% e 2% no mês anterior.

“Em maio, nas classes com maiores contribuições positivas para a variação homóloga do IPC, destacam-se a dos bens alimentares e bebidas não alcoólicas e dos restaurantes e hotéis“, explica o INE. Em sentido contrário, a classe com contribuição negativa mais relevante foi a do vestuário e calçado.

Em termos mensais, a taxa de inflação fixou-se em 0,3% face a abril, uma variação que compara com os 0,7% no mês anterior e 0,2% em maio de 2024. Já a variação média dos últimos 12 meses foi 2,3% (2,4% no mês anterior).

O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português, que permite a comparação com os restantes países da União Europeia e que se diferencia do IPC devido à inclusão da despesa realizada pelos não residentes, registou uma variação homóloga de 1,7% em maio, abaixo dos 2,1% no mês anterior e 0,2 pontos percentuais abaixo do valor estimado pelo Eurostat para a Zona Euro.

(Notícia atualizada às 11:30)

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Castellana Properties quadruplica lucros para 91 milhões. Centros comerciais em Portugal venderam mais 5,5%

Os shoppings que a sociedade espanhola tem em São João da Madeira, Seixal, Loures, Sintra e Funchal contribuíram para o crescimento no resultado líquido. Taxa de ocupação está nos 98,5%.

A sociedade de investimento imobiliário Castellana Properties, que entrou em Portugal no ano passado, mais que quadruplicou os lucros no ano fiscal de 2025 de 22,4 milhões de euros para 90,8 milhões de euros. Os shoppings que a empresa espanhola tem em São João da Madeira, Seixal, Loures, Sintra e Funchal contribuíram para este crescimento.

A Castellana Properties anunciou esta quinta-feira que as vendas nos centros comerciais portugueses subiram 5,5%, acima de Espanha, enquanto a afluência aumentou 2%. Segundo a cotada, “todos os ativos” em Portugal estão a negociar “em linha ou acima” das expectativas.

A sociedade controlada pelo fundo sul-africano Vukile investiu mais de 325 milhões de euros em Portugal no último ano. No balanço de leasing, contabilizam-se 3,8 milhões de euros, dos quais 2,3 milhões em renovações de contratos e 1,5 milhões de euros em novos contratos.

Em conferência de imprensa de apresentação dos resultados, o CEO da Castellana Properties, Alfonso Brunet, e a CFO, Débora Santamaría, explicaram que a sociedade tem estado a fazer “renegociação estratégica” de contratos de locação “para alinhamento com as condições atuais de mercado”, além de investir na otimização do mix comercial – 33 contratos de arrendamento celebrados desde outubro de 2024 – para impulsionar o fluxo de clientes, aumentar o tempo de permanência nos espaços e impulsionar as vendas.

No ano passado, os centros comerciais que a sociedade Castellana Properties tem na Península Ibérica receberam quase 90 milhões de visitas, sendo que as vendas cresceram 3,7% em termos homólogos e os parques de retalho registaram uma melhoria superior (+6,5%). A contribuir para estes resultados estiveram as principais categorias do portefólio, nomeadamente artigos para casa (+6,1%), saúde e beleza (+5,1%), alimentação e bebidas (+4,8%), lazer e entretenimento (+3,5%) e moda (+2,9%)

Neste exercício fiscal, que compreende os meses de abril de 2024 até março de 2025, o EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) totalizou 61,8 milhões de euros, o que corresponde a um aumento de 12,1% em relação ao ano anterior.

Os dividendos desta somici (sociedad de inversión en bienes inmuebles) foram de 19 milhões de euros e correspondem a valor recebido através do investimento na Lar España Real Estate, de Madrid. Quanto à dívida bruta do grupo, aumentou de 500 milhões de euros para 639 milhões de euros e divide-se pelos bancos Aareal (48%), CaixaBank (23%), Santander (17%) e outros (12%).

A Castellana Properites entrou em Portugal em setembro de 2024 através da aquisição de três centros comerciais à Harbert European Real Estate no valor de 176,5 milhões de euros: o Loures Shopping, o Rio Sul Shopping e o centro comercial 8ª Avenida. Nos meses que se seguiram, comprou mais dois espaços comerciais, o Alegro Sintra e o Fórum Madeira. Os cinco shoppings estão com uma ocupação de 98,5% e uma taxa de cobrança de renda de 94% – abaixo da média do portefólio ibérico (98,4%).

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Avião Boeing 787 que transportava 242 pessoas despenha-se na Índia com sete portugueses a bordo

  • ECO e Lusa
  • 12 Junho 2025

Um avião Boeing 787-8 Dreamliner despenhou-se esta quinta-feira no aeroporto de Ahmedabad, no oeste da Índia. Trazia sete portugueses a bordo. As ações da fabricante estão sob forte pressão na bolsa.

Um avião Boeing 787 com 242 pessoas a bordo, entre as quais sete com nacionalidade portuguesa, despenhou-se esta quinta-feira numa zona residencial periférica ao aeroporto de Ahmedabad, no oeste da Índia, de acordo com os bombeiros locais e a imprensa internacional. O acidente ocorreu durante a descolagem e, segundo o ministro da Saúde da Índia, citado pela Reuters, “muitas pessoas” terão morrido.

A Reuters e a Bloomberg avançam que o avião é um Boeing 787-8 Dreamliner, um dos modelos mais modernos da fabricante norte-americana. À luz destas informações, as ações da Boeing estão em forte queda nas negociações antes da abertura das bolsas norte-americanas, com os títulos a corrigirem mais de 7%, para 198,78 dólares.

Segundo a imprensa internacional, o avião tinha como destino o aeroporto de Gatwick, em Londres. Um espesso fumo negro elevou-se sobre o aeroporto da cidade, no estado de Gujarat, segundo a agência de notícias AFP, levando à suspensão imediata das operações aeroportuárias na cidade.

Entretanto, a Air India anunciou em Nova Deli que um avião da companhia que fazia o voo AI171, entre Ahmedabad e Londres, estava envolvido num acidente. A AirIndia é detida pelo Grupo Tata.

O incidente, confirmado pela própria companhia e pelas autoridades indianas, ocorreu às 13h38 locais, poucos minutos após a descolagem. A tripulação chegou a emitir um pedido de socorro (“Mayday”) para a torre de controlo, mas o contacto perdeu-se de imediato.

Segundo a Air India, entre os 242 passageiros e tripulação, 169 são de nacionalidade indiana, 53 britânicos, um canadiano e sete portugueses. Havia 11 crianças a bordo.

Numa conferência de imprensa, o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, Emídio Sousa, disse que os sete portugueses a bordo serão “cidadãos com dupla nacionalidade”. “Já temos a lista de passageiros e os nomes não são de origem portuguesa. Não conseguimos saber se são da mesma família ou não. Provavelmente até residiriam em permanência em Inglaterra”, disse.

O governante português afirmou ainda que “haverá sobreviventes” que estarão a ser “tratados nos hospitais”, aproveitando para dar “condolências a todos os familiares das pessoas que faleceram”.

“Quero expressar votos de pesar e profunda solidariedade para com os familiares das vítimas”, reagiu, por sua vez, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, numa publicação na rede social X.

Entretanto, as equipas de socorro recuperaram 204 corpos do local do acidente: “Recuperámos 204 corpos e 41 pessoas estão atualmente a ser tratadas”, disse o chefe da polícia, GS Malik à agência de notícias France-Presse (AFP). Malik esclareceu que o número inclui os membros da tripulação e os passageiros (242) do avião, bem como as vítimas no local onde se despenhou.

Já temos a lista de passageiros e os nomes [dos sete portugueses] não são de origem portuguesa. Não conseguimos saber se são da mesma família ou não.

Emídio Sousa

Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas

Uma companhia marcada por acidentes fatais

O acidente de Ahmedabad é o mais recente de uma lista de tragédias que têm marcado a história da Air India e da sua subsidiária Air India Express. Os registos apontam para pelo menos sete acidentes fatais significativos desde 1966, que resultaram em mais de 850 mortes confirmadas, colocando a companhia entre as mais afetadas por fatalidades na aviação mundial.

Principais acidentes na história da Air India:

  • 24 de janeiro de 1966: Um Boeing 707, batizado de “Kanchenjunga”, colide com a montanha Monte Branco em França, nos Alpes, provocando 117 mortos.
  • 1 de janeiro de 1978: Um Boeing 747 cai no Mar da Arábia após falha de instrumentos, provocando 213 mortos.
  • 21 de junho de 1982: Acidente no aeroporto de Bombaim em condições meteorológicas adversas, gerando 17 mortos.
  • 23 de junho de 1985: Explosão em pleno voo ao largo da Irlanda de um avião com partida de Toronto com destino a Londres, com continuação até Mumbai. O desastre foi provocado pelo rebentamento de uma bomba a bordo por parte de terroristas, provocando a morte a 329 pessoas. Foi o acidente mais mortal da companhia e o maior atentado aéreo da história do Canadá.
  • 22 de maio de 2010: Um Boeing 737-800 da subsidiária da Air India, a Air India Express 812, ultrapassa a pista em Mangalore e cai numa ravina, provocando a morte 158 pessoas.
  • 7 de agosto de 2020: Um Boeing 737-800 da Air India Express sai da pista durante a aterragem em Kozhikode, provocando 18 mortos.
  • 12 de junho de 2025: Acidente em Ahmedabad, com o número de vítimas ainda por confirmar.

Este histórico evidencia não só a dimensão das perdas humanas, mas também a diversidade das causas, desde erros de navegação, falhas técnicas e condições meteorológicas adversas até ataques terroristas. O acidente de 1985 permanece como um dos episódios mais trágicos da aviação mundial, tendo resultado da explosão de uma bomba a bordo, num contexto de tensões políticas e religiosas.

Após a década de 2010, a Índia implementou reformas significativas na regulação da aviação, com reforço do treino de pilotos, endurecimento das regras de operação e investimentos em infraestruturas aeroportuárias. Ainda assim, o acidente desta quinta-feira em Ahmedabad vem reabrir o debate sobre a eficácia destas medidas e a robustez dos mecanismos de prevenção e resposta a emergências em voos comerciais de longo curso.

A Air India, que já foi símbolo do progresso tecnológico e económico indiano, enfrenta mais uma vez o escrutínio público e o desafio de restaurar a confiança dos passageiros e investidores.

A resposta das autoridades foi imediata. O ministro da Aviação Civil, Ram Mohan Naidu, deslocou-se ao local, e o Governo central prometeu apoio total às equipas de resgate e às famílias das vítimas. O presidente da Air India, Natarajan Chandrasekaran, garantiu a mobilização de equipas de apoio e centros de emergência, numa tentativa de gerir a crise e limitar danos reputacionais.

O setor da aviação comercial indiana enfrenta, assim, um novo teste à sua credibilidade e capacidade de resposta. O historial da Air India, agora agravado por mais uma tragédia, coloca pressão adicional sobre reguladores, operadores e fabricantes para reforçarem os padrões de segurança e a transparência na comunicação de incidentes.

A investigação ao acidente está a cargo do Aircraft Accident Investigation Bureau da Índia, que já destacou equipas técnicas para o local. A prioridade passa agora pela identificação das vítimas, apoio às famílias e apuramento das causas, numa operação que se antevê complexa devido à magnitude do incêndio e à extensão dos destroços.

A Air India, que já foi símbolo do progresso tecnológico e económico indiano, enfrenta mais uma vez o escrutínio público e o desafio de restaurar a confiança dos passageiros e investidores. O desfecho desta crise poderá determinar o ritmo e a profundidade das próximas reformas no setor da aviação indiana.

(Notícia atualizada pela última vez às 14h38)

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Trump prevê definir tarifas que vai aplicar aos países dentro de “duas semanas”

  • Joana Abrantes Gomes
  • 12 Junho 2025

Presidente norte-americano afirmou que vai enviar cartas aos parceiros comerciais dos EUA a indicar o valor das taxas a aplicar.

Depois de os EUA terem chegado a um acordo preliminar com a China, Donald Trump diz que pretende enviar cartas aos restantes parceiros comerciais dos Estados Unidos nas próximas duas semanas com o valor das tarifas aduaneiras que irá aplicar.

Num evento que decorreu no Centro John F. Kennedy para as Artes Cénicas, em Washington, o Presidente norte-americano afirmou que vão ser enviadas cartas aos países “em cerca de uma semana e meia, duas semanas, dizendo-lhes qual é o acordo”.

“A certa altura, vamos apenas enviar cartas. E penso que vocês compreendem isso, dizendo que o acordo é este, é pegar ou largar“, acrescentou, citado pela Bloomberg.

Porém, dada a frequência com que estabelece prazos para as suas decisões que acabam por ser adiadas ou nem sequer chegam a ser tomadas, não é claro se o líder da Casa Branca vai cumprir esta nova promessa, acrescenta a agência de informação financeira.

Trump tinha dito, já no passado dia 16 de maio, que definiria as taxas aduaneiras para os parceiros comerciais dos EUA “nas próximas duas a três semanas”, depois de em abril ter anunciado que aplicaria tarifas mais altas a vários países, para acabar por pausá-las por 90 dias.

Apesar das negociações em curso, incluindo com a União Europeia, os Estados Unidos só concluíram um acordo comercial com o Reino Unido e, nesta quarta-feira, anunciaram um acordo para restaurar a trégua comercial com a China.

Questionado na quarta-feira se estenderia o prazo para que os países fechassem acordos com a sua Administração antes da entrada em vigor, em 9 de julho, de taxas mais altas, Trump disse que estaria aberto a isso. “Mas não acho que vamos ter essa necessidade”, ressalvou.

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Jack Ma defende reestruturação da Alibaba e aposta na IA após críticas internas

  • Lusa
  • 12 Junho 2025

O fundador da Alibaba reafirmou a estratégia de transformação do gigante chinês do comércio eletrónico com um investimento de 52 mil milhões de dólares em inteligência artificial (IA).

O fundador da Alibaba, Jack Ma, reafirmou esta quinta-feira a estratégia de transformação do gigante chinês do comércio eletrónico com um investimento de 52 mil milhões de dólares (cerca de 48 mil milhões de euros) em inteligência artificial (IA).

Numa mensagem interna para os funcionários e divulgada pelo jornal de Hong Kong South China Morning Post, Jack Ma respondeu a uma carta de demissão de um funcionário com 15 anos de casa, que apontou “falhas em aquisições, estratégias pouco claras, contratações questionáveis e avaliações de desempenho injustas”.

Aos 60 anos e afastado das funções executivas desde 2019, Ma sublinhou que a empresa está a evoluir para uma estrutura “mais ágil e centrada no cliente”, na sequência da reorganização iniciada em 2023, que dividiu a Alibaba em seis unidades independentes.

Considerado ainda o “líder espiritual” do grupo, o empresário defendeu que a IA constitui um eixo estratégico fundamental e que a Alibaba deve liderar o desenvolvimento tecnológico para “manter a sua relevância no mercado global”.

A intervenção de Ma procura também reforçar a confiança dos cerca de 250 mil trabalhadores da empresa, numa altura em que a Alibaba enfrenta a concorrência crescente da PDD Holdings, operadora da plataforma rival Pinduoduo, que registou um crescimento de receitas de 94% em 2023, contra os 9% da Alibaba.

No trimestre encerrado a 31 de março, a Alibaba anunciou um aumento de 7% nas receitas, para 236,5 mil milhões de yuan (cerca de 28,6 mil milhões de euros), e um lucro líquido de 12,4 mil milhões de yuan (aproximadamente 1,5 mil milhões de euros), o que representa uma subida de 279% face ao período homólogo.

A unidade Cloud Intelligence Group, pilar da estratégia de IA do grupo, registou um crescimento de 18% nas receitas, que atingiram os 30,1 mil milhões de yuan (cerca de 3,6 mil milhões de euros).

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“A vertente comercial de um advogado tem de estar presente”

Na talk "Projetos Cross-Border e o Papel do Advogado" estiveram presentes como oradores Alberto Galhardo Simões, sócio de África Lusófona da CMS Portugal, e Lourenço Quintão, associado.

Alberto Galhardo Simões, sócio de África Lusófona da CMS Portugal realçou que um advogado crossborder tem de ser alguém com “audácia para sair da zona de conforto. Apesar dos países lusófonos serem muito próximos de Portugal, há uma forma de trabalhar diferente, de aplicar o direito. Acho que é importante gostar da novidade e não da monotonia. Há uma tendência de hiper especialização e nós aqui no departamento da África Lusófona fazemos de tudo um pouco. A especialização a mais torna-nos uns autómatos. Tem de saber lidar com os temas jurídicos diferentes. E em países que muitas vezes a legislação não existe ou não está bem feita”.

Na talk “Projetos Cross-Border e o Papel do Advogado” – a cargo da CMS – estiveram presentes como oradores Alberto Galhardo Simões, sócio de África Lusófona da CMS Portugal, e Lourenço Quintão, associado de África Lusófona da CMS Portugal.

Lourenço Quintão sublinhou o exemplo de Timor-Leste como muito exigente pelo fuso horário (oito horas de diferença) e “esse é um desafio de caráter físico e perseverança mental”. Do ponto de vista técnico, o que acaba por acontecer quando trabalhamos com estes países é que temos de arrecadar conhecimento de sistemas jurídicos que são diferentes entre eles. O advogado falou ainda na angariação de clientes nestes mercados: “no meu caso era mais fácil quando estamos a falar de clientes individuais como acontece na minha área de Fiscal”.

Alberto Galhardo Simões diz que o sistema jurídico mais desafiante e volátil foi o da Guiné-Bissau porque muitas vezes “as próprias autoridades não sabem o que está em vigor e isso é muito frustrante”. São Tomé e Príncipe também não é fácil: “há uns anos até era difícil imprimir os Diários da República”. Mas concluiu dizendo ainda que nos projetos multi jurisdicionais, a “complexidade dos problemas é tão grande que quando se encontra uma solução é satisfatório”.

“A vertente comercial de um advogado tem de estar presente. Todos os anos, a nossa equipa faz um plano de objetivos para o ano seguinte (somos uma equipa de 20 pessoas), que clientes são prioritários, que eventos vamos organizar”, disse, concluindo que a faturação deste departamento desde que chegou à CMS, há cinco anos, é de dois dígitos.

Veja aqui o vídeo na íntegra:

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A Advocatus Summit decorreu nos dias 29 e 30 de maio. Naquela que foi a sua 8ª edição, este ano o evento realizou-se no Auditório da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. José Luís Moreira da Silva, presidente da ASAP – Associação das Sociedades de Advogados de Portugal, fez a abertura. João Massano, bastonário da Ordem dos Advogados Portugueses e Eduardo Vera-Cruz Pinto, Diretor da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, foram os responsáveis pelo encerramento.

Durante duas manhãs, reunimos alguns dos principais nomes da advocacia de negócios em Portugal para debater os grandes temas que moldam a prática jurídica: Fiscalidade, governance e compliance, investimento em Portugal, Cibersegurança e IA, Concorrência e direitos do consumidor, Agribusiness, smart cities e o papel do advogado em projetos cross-border.

O principal evento que liga a advocacia aos agentes empresariais e da economia é uma iniciativa ECO e ADVOCATUS que conta com o apoio de: Abreu Advogados, CMS Portugal, CS’Associados, Deloitte Legal, EY Law, Morais Leitão, Pérez-Llorca, PLMJ, PRA – Raposo, Sá Miranda & Associados, Proença de Carvalho, PwC Portugal, Sérvulo & Associados, SRS Legal, TELLES e Vieira de Almeida.

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