Tarifas do gás natural sobem 0,6% no mercado regulado

  • Lusa
  • 1 Outubro 2023

As tarifas do gás natural para as famílias no mercado regulado aumentam 0,6% este domingo face aos preços praticados em setembro, de acordo com a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos.

As tarifas do gás natural para as famílias no mercado regulado aumentam 0,6% a partir deste domingo, dia 1 de outubro, face aos preços praticados em setembro, de acordo com a ERSE – Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos. De acordo com o regulador, “os consumidores em mercado regulado irão observar a partir de outubro um acréscimo médio de 0,6% no preço de venda final, face aos preços em vigor em setembro”, sendo que, face ao preço médio do ano gás anterior (2022-2023), “os consumidores em mercado regulado observam, a partir de outubro (ano gás 2023-2024), um acréscimo médio de 1,3% no preço de venda final“.

Este aumento das tarifas implica uma subida média mensal entre dez e 15 cêntimos para as duas categorias mais representativas de clientes, um casal com dois filhos e um casal sem filhos, respetivamente.

No caso das tarifas de aceso às redes no mercado livre, sobem 2,9% (alta pressão) e 3,3% (média e baixa), em relação ao ano gás anterior.

Os consumidores com tarifa social contarão com um desconto de 31,2% sobre as tarifas transitórias de venda a clientes finais.

A Galp, por sua vez, vai aumentar os preços do gás natural em média em 4%, a partir de hoje, mas manterá inalterado o preço da eletricidade até ao final do ano, segundo indicou fonte oficial à Lusa, em agosto. Já a EDP anunciou em 08 de setembro que iria descer o preço do gás natural em cerca de 20% a partir de hoje.

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Abrunhosa promete mais financiamento para a descentralização

  • Lusa
  • 30 Setembro 2023

A ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, prometeu aos autarcas que, em 2024, o fundo de financiamento para a descentralização voltará a aumentar, mas não revelou números.

A ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, garantiu que em 2024 o fundo de financiamento para a descentralização voltará a aumentar, sem, contudo, adiantar números. “Em 2024 posso garantir, não vos posso ainda dizer os números até porque ainda não reunimos com a Associação Nacional de Municípios Portugueses, que o fundo de financiamento para a descentralização voltará a aumentar“, disse Ana Abrunhosa no encerramento do XXVI Congresso da ANMP que decorreu no Seixal, no distrito de Setúbal. A negociação continuará até ao encerramento do Orçamento do Estado, referiu.

Contudo, a governante ressalvou que as transferências financeiras para as autarquias não aumentaram apenas na parcela da descentralização ou apenas por causa dela. Desde 2015, acrescentou, as transferências sofreram um aumento de 36%.

A titular da pasta da Coesão Territorial assumiu não haver dúvidas de que a descentralização é “uma das maiores reformas administrativas das últimas décadas”. “Temos a certeza de que irá ajudar as freguesias, os municípios, as comunidades intermunicipais e as regiões a terem um papel mais interventivo na definição das políticas públicas, nas metas de desenvolvimento a que se propõe e no serviço que prestam às populações“, sublinhou.

O propósito da reforma é dar “maior autonomia, participação, poder de decisão e poder para resolver o problema das pessoas”, apontou. “Não tenhamos dúvidas de que Portugal está a mudar profundamente a relação entre a administração central e as autarquias”, acentuou.

Mas, frisou, uma reforma administrativa como a que está a ser feita é “um caminho longo que ainda está a ser percorrido” com avanços significativos, por vezes, em contrarrelógio. “Às vezes não à velocidade que desejamos, mas fazendo caminho, tirando pedras do caminho“, disse.

Ana Abrunhosa revelou que a descentralização “pôs a descoberto injustiças e problemas” que, agora, vão ser corrigidas. Mas, vincou, não há efetivamente descentralização sem o financiamento adequado para cumprir as novas competências.

No que diz respeito à transferência de competências, a ministra lembrou que não é função do Governo andar a fiscalizar as competências que transfere. “Não é função do Governo andar a pedir mapas e mapas e mapas, não é função do Governo andar a fazer essa fiscalização. Que se crie, então, uma entidade que tenha esse papel, que hoje está na Inspeção-Geral de Finanças (IGF) mas que todos sentimos de algum modo que tem que ser reforçado“, destacou.

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Governo dos EUA tem novo financiamento de emergência

  • Lusa
  • 30 Setembro 2023

A Câmara de Representantes dos EUA adotou uma medida de financiamento de emergência, numa votação que evitou à última hora a paralisação do Governo por mais 45 dias.

A Câmara de Representantes dos EUA adotou este sábado uma medida de financiamento de emergência, numa votação que evitou à última hora a paralisação do Governo por mais 45 dias. A proposta apresentada pelo líder da maioria Republicana na Câmara, Kevin McCarthy, passou com 335 votos a favor e 91 votos contra, devendo agora ser facilmente aprovada no Senado, onde os Democratas, que apoiam o Governo do Presidente Joe Biden, têm uma maioria.

Com esta iniciativa, o Governo conta, a partir de domingo, com financiamento para mais 45 dias, prazo a partir do qual será necessário voltar a discutir o problema dos limites do défice e da capacidade de a Casa Branca continuar a garantir os seus projetos de investimento.

A proposta teve um apoio forte de ambos os partidos (contando com votos de 209 Democratas e de 126 Republicanos), sendo considerada uma “resolução de continuidade” que inclui ajuda para zonas afetadas por catástrofes naturais, mas rejeita financiamento adicional para ajudar a Ucrânia a resistir à invasão russa.

Para passar, a iniciativa precisou do apoio de dois terços da Câmara, já que tramitou com caráter de urgência, através de um mecanismo conhecido como “suspensão do regulamento”.

McCarthy anunciou a proposta após uma reunião de quase duas horas à porta fechada. “Vamos votar um ‘remendo’ de financiamento para que o Estado continue a funcionar por mais 45 dias e para que Câmara e Senado possam fazer o seu trabalho“, explicou o líder da maioria Republicana, minutos antes da sua votação na Câmara.

O plano também inclui financiamento para “os desastres na Florida, o horrível incêndio no Havai e também os desastres na Califórnia e em Vermont”. “Vamos manter o Estado a funcionar enquanto continuamos a trabalhar para acabar com o desperdício e, o mais importante, para garantir a segurança da nossa fronteira“, argumentou McCarthy.

Apesar do seu sucesso, a proposta apresentada por McCarthy expõe o líder da Câmara a ameaças dos conservadores mais radicais, como Matt Gaetz, que exigiu que aquele não apresentasse uma “resolução de continuidade” à votação.

“Se eles querem expulsar-me porque quero ser o adulto na sala, que vão em frente e tentem. Mas acho que o importante é o país e estarei com o nosso Exército, estarei com os nossos agentes de fronteira e irei estar com quem precisa de receber medicação”, prometeu McCarthy, referindo-se a vários serviços e setores que seriam afetados pela eventual paralisação do Governo, que começaria já no domingo, se não houvesse um entendimento entre os dois partidos.

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Municípios querem receber 5% do imposto petrolífero para manutenção de estradas

  • Lusa
  • 30 Setembro 2023

O vice-presidente da ANMP, Ribau Esteves, sugeriu que os municípios passem a receber 5% dos impostos sobre os produtos petrolíferos para financiar estradas municipais.

O vice-presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) Ribau Esteves sugeriu que os municípios passem a receber 5% dos impostos sobre os produtos petrolíferos para financiar a manutenção das estradas municipais. A proposta foi apresentada no XXVI Congresso da ANMP por Ribau Esteves, um dos vice-presidentes da associação, durante a apresentação do documento setorial sobre o financiamento local, que foi aprovado pelos congressistas por maioria.

Entendemos que faz todo o sentido que 5% do Imposto sobre os Produtos Petrolíferos venha para os nossos orçamentos. O Estado, em 2022, coligiu 2.800 milhões de euros (ME) de imposto. Estamos a falar de 140 ME. E nós sabemos bem a dificuldade crescente de termos recursos disponibilizados para manutenção da rede viária, isto para já não falar daquela rede viária nacional que atualmente ninguém toma conta que se quer que venha para os municípios. E nós aceitamos, desde que haja a transferência financeira que nos permita tratar dessa infraestrutura nacional“, afirmou.

De acordo com o presidente da Câmara de Aveiro, os municípios também poderiam ter uma quota fixa de 10% do Fundo Ambiental para projetos municipais, tais como de redução da pegada ecológica e para a melhoria dos vários parâmetros de qualidade ambiental.

O autarca destacou também que os municípios portugueses estão a elaborar uma nova Lei das Finanças Locais que descomplique o financiamento, e defendem um reforço da capacidade financeira, nomeadamente através de uma maior participação nos impostos do Estado.

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Marcelo promulga Mais Habitação

  • Lusa
  • 30 Setembro 2023

Presidente estava obrigado a promulgar pacote Mais Habitação, depois de o PS ter aprovado a lei pela segunda vez, após um veto de Marcelo.

O Presidente da República revelou este sábado, em dia de manifestações que juntaram milhares de pessoas em dezenas de cidades do país, que já promulgou o pacote do Governo conhecido como ‘Mais Habitação’. “Prefiro qualquer coisa, mesmo que curto, do que nada“, disse Marcelo Rebelo de Sousa.

Eu promulguei porque a Assembleia [da República] confirmou e eu tinha oito dias para promulgar, portanto, já promulguei antes mesmo dos oito dias a lei chamada Mais Habitação”, revelou Marcelo Rebelo de Sousa à entrada para a XXVI Congresso da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) a decorrer no Seixal, no distrito de Setúbal.

Marcelo considera que a partir de agora “o Governo tem agora à disposição as leis necessárias, e acrescenta: “Espero que corra bem e regulamente rapidamente as leis”. Depois de ter vetado a lei da Mais Habitação, o Presidente diz que não se importa de não ter razão “se o Governo conseguir fazer desta lei” algo que permita a “satisfação de milhares de portugueses” perante a dificuldade de acesso a habitação.

“Em democracia, manifestar é um direito fundamental”, afirmou Marcelo, à margem do congresso da associação de municípios. As manifestações que se viram este sábado são um “sinal que a democracia está viva por todo o país”, disse o Presidente da República. Marcelo também considera que os protestos feitos por “gentes de todas as idades” e por “gente muito diferente” são positivos.

O Parlamento, recorde-se, aprovou no dia 22, sem alterações, o programa Mais Habitação, apenas com o voto favorável do PS, numa reapreciação após o veto do Presidente da República. A confirmação do decreto, que aprova medidas no âmbito da habitação, procedendo a diversas alterações legislativas, foi viabilizada pela maioria absoluta do PS, com votos contra do PSD, Chega, Iniciativa Liberal, PCP e Bloco de Esquerda (BE), e abstenção do Livre e Pessoas-Animais-Natureza (PAN), repetindo-se a votação final global de julho do programa.

O decreto da Assembleia da República envolve alterações legislativas ao nível do arrendamento, do alojamento local, dos imóveis devolutos e de impostos. As medidas mais contestadas são a suspensão do registo de novos alojamentos locais fora dos territórios de baixa densidade e por uma contribuição extraordinária sobre este negócio, pelo arrendamento forçado de casas devolutas há mais de dois anos e pela imposição de um limite no valor dos novos contratos de arrendamento para casas que já estão no mercado.

O pacote prevê ainda isenção da tributação de mais-valias aos proprietários que vendam casas ao Estado, o fim de novos vistos ‘gold’, o aumento da dedução por dependente no âmbito do IMI Familiar, alterações à taxa autónoma dos rendimentos prediais e isenções de impostos para proprietários que retirem as casas do alojamento local até ao fim de 2024.

Quando vetou o diploma, em agosto, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, assumiu em agosto um “sereno juízo analítico negativo” e criticou a ausência de consenso partidário sobre o Mais Habitação, mas a ministra da tutela, Marina Gonçalves, reafirmou a ideia de haver equilíbrio no programa e o PS disse que iria confirmar as medidas na reabertura do parlamento após o verão.

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PSD propõe pagamento do tempo de serviço dos professores em cinco anos

  • Lusa
  • 30 Setembro 2023

O presidente do PSD, Luís Montenegro, revelou que o partido vai propor o pagamento faseado por cinco anos do tempo de serviços dos professores, atribuindo 20% em cada ano.

O presidente do PSD, Luís Montenegro, anunciou que o partido vai propor o pagamento faseado por cinco anos do tempo de serviços dos professores, atribuindo 20% em cada ano. Depois de uma semana dedicada à área da educação, o presidente do PSD anunciou no Porto algumas das propostas do partido para aquele que considerou “um setor em crise” e que vão do pré-escolar à recuperação do tempo de serviço dos professores.

Aos militantes presentes na iniciativa, Luís Montenegro anunciou a intenção de pagar o tempo de serviço dos professores de forma faseada em cinco anos “a um ritmo de 20% em cada ano”, medida que, disse, “é compatível com a gestão rigorosa dos recursos”.

O líder dos sociais-democratas disse ainda que, sobre esta matéria, vai solicitar à Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) e ao Conselho de Finanças Públicas o cálculo exato do impacto orçamental da recuperação do tempo de serviço, adiantando que depois de ouvir os representantes dos professores “pode estimar-se um impacto de 250 a 300 milhões de euros”.

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Habitação: 8 mil manifestantes preenchem rua de Santa Catarina no Porto

  • Lusa
  • 30 Setembro 2023

Pelo menos oito mil pessoas ocuparam hoje toda a extensão da rua de Santa Catarina, no Porto, manifestando-se pelo direito à habitação enquanto os turistas observavam a marcha.

Pelo menos oito mil pessoas ocuparam hoje toda a extensão da rua de Santa Catarina, no Porto, desde a Praça da Batalha até à Rua Fernandes Tomás, manifestando-se pelo direito à habitação enquanto os turistas observavam a marcha.

A estimativa foi adiantada à Lusa por fonte da PSP, sendo visível uma mancha de pessoas que preenchia por completo a maior parte da zona pedonal daquela artéria da cidade do Porto, com os manifestantes a passarem pelos turistas que observavam com espanto a dimensão do protesto.

Palavras de ordem como “Paz, Pão, Saúde, Habitação”, “A Habitação é um direito, sem ela nada feito”, “A casa é para morar, não é para especular”, “Para os bancos vão milhões, para nós vêm tostões”, “Nem gente sem casa, nem casa sem gente” foram das mais entoadas pelos milhares de manifestantes.

Por um dia, os milhares de turistas que costumam preencher a rua de Santa Catarina limitaram-se a observar e deram lugar a milhares de pessoas clamando por casas para viver, saindo da Praça da Batalha cerca das 15:30.

“Nós vamos aos ‘sites’ das câmaras municipais, tanto de Gaia como do Porto, fazemos todo o preenchimento e não há respostas de nada, nem ‘feedback’ de nada”, disse à Lusa Gisela Ferreira, de 42 anos, que ostentava um cartaz dizendo “15 candidaturas, zero respostas”.

Funcionária pública há 20 anos, inserida num agregado familiar de três pessoas e com um ordenado de 800 euros, Gisela Ferreira reside em Perosinho, em Vila Nova de Gaia, mas está à procura de casa há “dois anos”, e mesmo no interior do concelho há “uma diferença mínima de preços” entre os diferentes territórios.

Neste momento eu resido numa casa própria, só que a renda é extremamente alta. De há um ano para cá ela duplicou. Por isso mesmo é que procuro habitação social”, explicou.

A manifestação dirigiu-se então para a Rua Fernandes Tomás rumo à Câmara Municipal, numa fila interminável de manifestantes, apenas abrigados do sol e do calor pela sombra dos edifícios das principais artérias comerciais do Porto, já perto do Mercado do Bolhão.

Cristiana Braga, de 29 anos, portuense mas a residir atualmente em Guimarães, veio à manifestação “porque as casas estão a preços astronómicos” e “os salários não acompanham o custo de vida atual, assim como os impostos, que também roubam grande parte desse salário, que já é pouco“.

“Sendo uma pessoa autónoma e independente, é muito difícil fazer face ao custo de vida. O meu dinheiro vai quase todo para a renda, não consigo ter perspetiva de comprar uma casa, e o dinheiro que sobra é pouco, tendo em conta que a renda não é a única despesa que temos mensalmente”, disse à Lusa.

A jovem disse ainda que encontrou a mesma realidade imobiliária tanto em Guimarães como no Porto, olhando para isso como uma evidência de que “nem indo para uma zona em que há menos acessos de transportes públicos” conseguiu ter uma renda mais baixa.

Na chegada à Praça Humberto Delgado, os cânticos direcionaram-se mais contra o presidente da autarquia, o independente Rui Moreira, sendo também audíveis protestos de músicos do Centro Comercial Stop, que têm estado envolvidos numa querela burocrática envolvendo a sua possível saída do edifício que alberga 500 músicos, artistas e lojistas.

O turista alemão Manfred Bischoff concorda, observando o protesto na sua fase inicial, dizendo à Lusa que já tinha visitado a cidade em 2001 e 2006, quando “tudo era mais sossegado”, mas “agora o Porto é como Maiorca”, com demasiado turismo” que “destrói tudo”.

“Temos o mesmo problema na Alemanha, especialmente à volta de Hamburgo ou noutras grandes cidades. É demasiado caro. Todos os novos edifícios são de luxo, e não há rendas baixas para pessoas normais”, partilhou.

Também Woojung Hoh, turista vindo da Coreia do Sul, não sabia do que se tratava a manifestação, mas observou que “via muitas casas vazias usadas por AirBnb”.

“Não sabia disso antes, mas quando cheguei ao Porto percebi que era um bocado grave”, assinalando a cidade portuguesa já é “mais turística do que Barcelona”, a cidade de onde vieram antes de chegar a Portugal.

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Manifestações em todo o país por habitação acessível

  • ECO
  • 30 Setembro 2023

Milhares de portugueses saíram às ruas em várias cidades do país em protesto contra os preços da habitação, no mesmo dia em que António Costa diz que a responsabilidade da habitação é dos municípios.

No dia em que António Costa foi ao congresso dos municípios responsabilizar os municípios pela política da habitação local, Portugal assistiu este sábado a um conjunto de manifestações, em várias cidades do país, em protesto pelo direito à habitação e pela justiça climática, promovido por movimentos organizados e aos quais se juntaram milhares de pessoas com dificuldade em pagar rendas ou mesmo já em situações de habitação precárias, mas que também se está a transformar numa campanha contra o capitalismo.

Pelas 15h00, centenas de manifestantes aglomeravam-se na Alameda D. Afonso Henriques, em Lisboa, aproveitando as poucas sombras disponíveis, munidos com faixas, tambores, bandeiras e casas de cartão. E eram esperados milhares de manifestantes esta tarde de sábado. As plataformas Casa para Viver e ‘Their Time to Pay’ são duas das organizações que promoveram manifestações pelo direito à habitação e pela justiça climática. “Lutamos pelo direito à habitação e por permanecer nos espaços, por uma vida digna para todas as pessoas e por medidas que travem a crise climática. Estas são duas lutas contra o capital, que coloca a especulação e o lucro acima da vida”, lê-se na informação difundida pelas duas plataformas.

Os manifestantes, entre os quais se destacavam muitos jovens, gritavam palavras de ordem como “A casa custa, queremos uma vida justa” e carregavam cartazes e faixas onde se podiam ler frases como “Onde estão as casas de quem faz as casas?”, “O vosso lucro é a nossa miséria” ou “ Mais baldios, menos senhorios”.

Faço parte desta manifestação porque é preciso lutarmos contra este sistema que põe o lucro acima da vida das pessoas. Não é possível que numa cidade com tantas casas, existam tantas pessoas que tenham que morrer na rua e não é possível que nós, sabendo que temos que cortar os combustíveis fosseis até 2030, que o nosso Governo continue a falar de metas ridículas até 2040 ou 2050”, afirmou a estudante universitária Catarina Bio, em declarações à agência Lusa. Para a manifestante, tanto o pacote Mais Habitação, como as medidas para mitigar as alterações climáticas não passam de “uma fachada” ou de “um penso rápido” para “fingir que o Governo está a fazer algo”.

Presente no mesmo protesto, Rodrigo Machado, de 22 anos, considerou ser “imperativo” sair à rua para que o Governo oiça as reivindicações dos portugueses e adote uma “política da habitação que revolucione”, lembrando que o país tem milhares de casas vazias.

Não podemos ter casas vazias, enquanto há gente na rua […], enquanto houver gente que não consegue pagar a renda”, defendeu, lamentando os “lucros multimilionários da banca” e a especulação, como a feita pelos senhorios, quando o povo “continua com a corda ao pescoço“. Rodrigo Machado disse ainda que dificilmente sairá de casa dos pais num futuro próximo, notando que já não existem jovens a mudar-se, mas pessoas que saem para dividir a casa com amigos ou mesmo para partilhar quartos. O problema, conforme apontou, atravessa idades e classes, empurrando já muitos trabalhadores com o salário médio para a “periferia da periferia”, quando a casa é uma das “primeiras liberdades” e, sem ela, “as outras estão muito condicionadas”.

As manifestações ocorreram noutras cidades. Pelo menos oito mil pessoas ocuparam toda a extensão da rua de Santa Catarina, no Porto, desde a Praça da Batalha até à Rua de Fernandes Tomás, manifestando-se pelo direito à habitação enquanto os turistas observavam a marcha. A estimativa foi adiantada à Lusa por fonte da PSP, sendo visível uma mancha de pessoas que preenchia por completo a maior parte da zona pedonal daquela artéria da cidade do Porto, com os manifestantes a passarem pelos turistas que observavam com espanto a dimensão do protesto.

Palavras de ordem como “Paz, Pão, Saúde, Habitação”, “A Habitação é um direito, sem ela nada feito”, “A casa é para morar, não é para especular”, “Para os bancos vão milhões, para nós vêm tostões”, “Nem gente sem casa, nem casa sem gente” foram das mais entoadas pelos milhares de manifestantes.

(Em atualização)

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Vitória de Guimarães apresenta lucro de 6,4 ME na época 2022/23

  • Lusa
  • 30 Setembro 2023

O Vitória de Guimarães teve na temporada 2022/23 um lucro de 6,4 milhões de euros na atividade do clube e da SAD, detentora da equipa da I Liga de futebol.

O Vitória de Guimarães teve na temporada 2022/23 um lucro de 6,4 milhões de euros (ME) na atividade do clube e da SAD, detentora da equipa da I Liga de futebol, de acordo com o Relatório e Contas agora divulgado.

Responsável pelo futebol profissional e pela maioria do futebol de formação, a SAD concluiu a época com um resultado positivo de 1,74 ME – após ter encerrado 2021/22 com um prejuízo de 13,7 ME -, mostra o documento que será votado na Assembleia Geral de 06 de outubro, publicado no sítio oficial dos vimaranenses na sexta-feira.

A melhoria do resultado financeiro da SAD dá-se após um aumento das vendas e serviços prestados, dos 11,2 ME para os 13,2 ME, e da rubrica “outros rendimentos e ganhos”, cujo valor quase duplicou dos 12,1 ME para os 23,8 ME.

Desses 23,8 ME, 22,6 ME provêm das transferências dos defesas Falaye Sacko e Abdul Mumin, dos médios Gui e André Almeida, e dos avançados Rochinha, Herculano Nabian e Bruno Duarte, no início da época 2022/23, e do defesa Ibrahima Bamba, do médio Janvier e do ponta de lança Anderson no final da época transata.

Já o clube, encarregue de outras 13 modalidades desportivas, alcançou um lucro de 4,63 ME após um resultado negativo de 312 mil euros em 2021/22, variação influenciada pela venda de ações da SAD ao fundo V Sports por 5,5 ME, aprovada em 3 de março, em Assembleia Geral, que inicialmente foi de 46% das ações antes de descer para os 29% no final de junho.

As contas consolidadas de clube e SAD mostram que os rendimentos totais cresceram 79%, dos 25,92 ME para os 45,47 ME, enquanto os gastos totais desceram 4,2%, dos 29,41 ME para os 28,15 ME.

Já o capital próprio agregado do clube e da SAD do Vitória de Guimarães aumentou dos 4,3 ME para os 10 ME, tendo acompanhado a subida do ativo dos 62,2 ME para os 68,3 ME.

O passivo, por seu turno, aumentou dos 57,9 ME para os 58,3 ME, pertencendo quase todo à SAD (53 ME), embora o passivo corrente, que, por norma, engloba todas as obrigações financeiras a cumprir no prazo de um ano, tenha descido dos 36,7 ME para os 31,7 ME.

O conselho fiscal do Vitória de Guimarães vinca, no seu parecer favorável por unanimidade ao Relatório e Contas, que a direção do Vitória deve protagonizar uma gestão rigorosa, mantendo-se atenta à evolução das taxas de juro, abrir a venda de ações da SAD a sócios e outros eventuais parceiros, com vista a um aumento de capital, e fomentar o crescimento regional do clube.

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Deputados do Chega escoltados na manifestação da habitação

  • Lusa
  • 30 Setembro 2023

Três deputados do Chega foram escoltados pela PSP para fora do local onde decorria uma manifestação pela habitação e justiça climática, em Lisboa, após protestos de participantes.

Três deputados do Chega foram escoltados este sábado pela Polícia de Segurança Pública (PSP) para fora do local onde está a decorrer uma manifestação pela habitação e justiça climática, em Lisboa, após protestos de participantes.

Os deputados Rui Paulo Sousa, Filipe Melo e Jorge Galveias, chegaram à Alameda D. Afonso Henriques, em Lisboa, pelas 15h00, e pouco depois foram recebidos com protestos, com várias pessoas a gritar “racistas, fascistas, não passarão”, entre outros.

Os manifestantes juntaram-se em torno dos deputados, o que levou a equipa de intervenção rápida da PSP a rodear os parlamentares, que após alguns minutos acabaram por ser escoltados para fora do local da manifestação.

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Empresa de Freamunde “acelera” na Fórmula 1 à boleia do Rock in Rio

Detida pela private equity Crest e pelos cinco irmãos Ferreira, a Irmarfer fechou contrato para fornecer estruturas para o Grande Prémio do Brasil de F1 e está na corrida aos Jogos Olímpicos de Paris.

A portuguesa Irmarfer, especializada na produção e aluguer de estruturas temporárias, ganhou um “contrato grande” com a Fórmula 1 para o fornecimento e instalação da principal estrutura corporate onde vai estar o paddock no autódromo de Interlagos, em São Paulo (Brasil), e que durante os três dias da corrida, de 3 a 5 de novembro, vai albergar toda a área de catering e os camarotes dos convidados VIP.

Este acordo marca a estreia da empresa de Freamunde (concelho de Paços de Ferreira) na mais popular modalidade de automobilismo do mundo, depois de em 2022 já ter feito uma estrutura parecida para a Fórmula E (elétricos) na Suíça. Afonso Barros conta ao ECO que o contacto “surgiu através do Rock in Rio, que criou um festival de música (The Town) precisamente naquele circuito, realizado no início de setembro. “Nesse seguimento fomos contactados pela F1 para fazermos também uma parceria”, detalha o CEO.

Afonso Barros, CEO da Irmarfer
Afonso Barros, CEO da Irmarfer

Desde 2019 detida a meias (50%/50%) pelo fundo de private equity Crest e pelos cinco irmãos Ferreira, que fundaram este negócio há 25 anos, tem clientes sobretudo nos festivais de música, nos eventos empresariais – a Web Summit é o maior em Portugal, com mais de 30 estruturas específicas – e no desporto.

E é esta última categoria que no próximo ano deve “assumir maior dimensão” por causa dos Jogos Olímpicos em Paris, estando “em processo de licitação”. Desde a participação no Rio de Janeiro (2016) é consultada para produzir as estruturas necessárias à competição, seja para o catering, o aquecimento ou o apoio médico.

“Entre os players internacionais de maior dimensão já é comum entreajudarmo-nos, sendo eventos que consomem muitas estruturas. É raro haver um único [operador] a querer assumir a conta por si só. Seremos um de vários em Paris; a questão é como será distribuído o pacote”, explica o gestor. A exceção nos últimos anos foram os Jogos de Tóquio (2021) que, por causa da distância geográfica e da Covid-19, acabaram por ser assegurados apenas por duas multinacionais com presença forte na Ásia.

Estamos agora na fase do namoro e de atrair alguma atenção do mercado internacional para uma futura venda. Os acionistas já têm vindo a ser contactados. Há um forte interesse num ativo como a Irmarfer, pela sua complementaridade em termos de produto e de geografias.

Afonso Barros

CEO da Irmarfer

Dedicada até então maioritariamente aos eventos, que nessa altura pararam por completo, a pandemia obrigou a Irmarfer a “reinventar-se” e a abrir novos segmentos. Foi nessa altura que, já com Afonso Barros ao leme, apostou na logística com armazéns temporários ou semipermanentes, e desenvolveu estruturas para escavações arqueológicas, hangares de aviação, estúdios de televisão ou, mais recentemente, entrou na indústria mineira, na África do Sul e na Austrália. “Tivemos de sobreviver e isso obrigou-nos a ir ao encontro de outros setores. Sem negócio, tivemos de nos desenrascar”, recorda.

Por outro lado, se não fosse a pandemia, que veio atrasar os planos de negócio, a venda da participação da capital de risco estaria projetada para acontecer este ano ou no próximo. Questionado sobre o tema, o CEO responde que começa agora “a fase do namoro e de atrair alguma atenção do mercado internacional para uma futura venda”. “Os acionistas já têm vindo a ser contactados. Há um forte interesse num ativo como a Irmarfer, pela sua complementaridade em termos de produto e de geografias. Mas, para já, é prematuro falar-se num processo de venda. Sabemos que terá lugar algures no tempo, mas creio que não será no breve prazo”, completa.

Fecha empresa no Brasil e abre logística em França

Com duas instalações industriais em Freamunde – além da fábrica construída há oito anos para as estruturas e palcos para eventos, no complexo original estão situadas as outras duas empresas do grupo: a S2E (stands para feiras) e a gráfica Imagindustrial (impressão digital de grandes dimensões) – e equipas que se deslocam para “os vários cantos do mundo” para montar e desmontar as estruturas, a Irmarfer está a investir num polo logístico com cerca de 5.000 metros quadrados em França, junto a Lyon, para “facilitar a operação” no Centro da Europa, servindo a partir dali os mercados francês, suíço, alemão, italiano e belga.

Pelo contrário, encerrou há dois anos a empresa que tinha montado no Brasil depois dos Jogos Olímpicos de 2016 para aproveitar para outros eventos as estruturas que tinham sido usadas naquele megaevento desportivo. Uma operação que antes da pandemia pesava cerca de 15% no negócio. “Com a Covid, a atividade estagnou por completo e ninguém da administração podia viajar para o Brasil para tentar alterar o rumo das coisas. Antes que fosse tarde, decidimos alienar os ativos que lá tínhamos a um parceiro local e abandonámos a operação em 2021”, resume o CEO.

“Bem posicionada” no Médio Oriente, na Arábia Saudita e no Dubai e com uma parceria nova na Austrália, onde no ano passado colocou uma estrutura com 6.000 metros quadrados para o concerto da Björk em Perth, que está a ser montada em Sydney para outro evento, a Irmarfer faturou perto de 20 milhões de euros em 2022 e conta subir esse valor em 10% no final deste ano, recuperando assim da fase da pandemia, em que caiu para metade do montante atual. Cerca de 75% das receitas são provenientes de encomendas do estrangeiro, com Alemanha, França, EUA e Espanha a comandarem a lista dos melhores mercados.

Ainda temos dificuldades no abastecimento. Um dos materiais que mais usamos é a madeira e grande parte dela era proveniente da Sibéria. Com o embargo às exportações da Rússia, tivemos de procurar alternativas.

Afonso Barros

CEO da Irmarfer

A Irmarfer emprega atualmente 240 pessoas, mas diz que, face à procura do mercado por este tipo de estruturas, a força de trabalho poderia crescer “20% ou 30%”, caso conseguisse recrutar montadores, carpinteiros, eletricistas, motoristas e profissionais qualificado para a gestão de armazém. Em concorrência direta e geográfica com a indústria do mobiliário e da carpintaria na região da Capital do Móvel, Afonso Barros descreve a falta de mão-de-obra como “o maior entrave ao crescimento” da empresa.

O outro grande “constrangimento” à atividade é o custo das matérias-primas, que com a pandemia e depois a guerra na Ucrânia “disparou de forma exorbitante e nunca corrigiu”, subsistindo uma “diferença de preços entre 30% e 40% face ao pré-Covid”. “E temos ainda dificuldades no abastecimento. Um dos materiais que mais usamos é a madeira e grande parte dela era proveniente da Sibéria. Com o embargo [da União Europeia] às exportações da Rússia, tivemos de procurar alternativas para substituir” este abastecimento, contextualiza o gestor da empresa nortenha.

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Setor privado da saúde gera 6,3 mil milhões de valor acrescentado por ano

  • Lusa
  • 30 Setembro 2023

O presidente da Confederação Empresarial de Portugal, Armindo Monteiro, apelou no Global Health Forum ao fim de clivagens entre os setores privado e público na área da Saúde.

O presidente da Confederação Empresarial de Portugal, Armindo Monteiro, afirmou que as mais de 30 mil empresas privadas de saúde geram, anualmente, um valor acrescentado de 6,3 mil milhões de euros, apelando ao fim das “clivagens ideológicas” no setor. “Mais de 30 mil empresas do setor privado da saúde em Portugal empregaram, de acordo com o último estudo que a Confederação Empresarial de Portugal [CIP] desenvolveu, 140 mil pessoas e pagaram remunerações superiores a 2,2 mil milhões de euros. Estas empresas geram, anualmente, um valor acrescentado de 6,3 mil milhões de euros e estas empresas pagaram IRC um valor superior a mil milhões de euros”, afirmou Armindo Monteiro.

O presidente da CIP, que falava durante o Global Health Fórum, defendeu que o setor privado “oferece complementaridade” ao Serviço Nacional de Saúde (SNS). “Isto não é uma disputa futebolística nem um dérbi”, referiu, dizendo ser preciso “acabar com as clivagens ideológicas” que dividem os dois setores.

“É preciso haver respeito pelos investimentos do setor privado. É preciso consideração por todo o investimento que está a ser feito na área pública, mas é preciso juntar as duas áreas. Isto não é uma questão ideológica, é uma questão de sinergia”, considerou.

Armindo Monteiro salientou também os desafios que enfrentam as empresas do setor privado da área da saúde face à “necessidade de responder com qualidade num forte cenário de aumento de procura e profunda inversão da pirâmide demográfica” que, salientou, “significa mais investimento e menos receita”.

“Sou otimista, mas sou muito consciente. Este setor logrou atrair o melhor que temos em Portugal, as pessoas mais competentes, mais dinâmicas e inovadoras, mas é preciso perceber o que se passa à nossa volta e não basta atrair os melhores talentos para o setor, é preciso que tudo o resto acompanhe”, acrescentou.

Organizado pelo Fórum Saúde XXI e pela CIMGLOBAL, o Global Health Forum arrancou na sexta-feira e decorre até este sábado em Cascais, no distrito de Lisboa. No evento são esperados mais de 200 oradores de todo o mundo e mais de 2.000 participantes.

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