CIP: “Empresas portuguesas devem procurar mercados alternativos perante incerteza nos EUA”

Armindo Monteiro, presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), considera que as empresas portuguesas devem procurar mercados alternativos aos EUA, perante o atual cenário de incerteza.

As empresas portuguesas precisam de encontrar mercados alternativos perante a incerteza transmitida neste momento pelos EUA. A posição é de Armindo Monteiro, presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), depois de o presidente norte-americano ter anunciado a imposição de tarifas de 30% à Europa a partir de 1 de agosto.

O anúncio de Donald Trump de impor uma tarifa de 30% sobre as exportações europeias “surpreendeu toda a Europa”, pois a “negociação que estava a ser feita era para uma taxa recíproca de 10%”, começa por dizer ao ECO Armindo Monteiro.

“Uma tarifa de 30% é bastante agressiva e tem implicações”, nota o presidente da CIP, salientando que “é necessário que as empresas portuguesas se concentrem naquilo que depende de nós. E o que depende de nós é a capacidade de sermos competitivos e encontrarmos mercados alternativos”.

“Não podemos, face a esta imprevisibilidade que representa neste momento o mercado americano, ficar com os EUA como o mercado único. Não é possível”, refere Armindo Monteiro. “O mercado americano é importante, mas se nós não procurarmos alternativas vamos criar vulnerabilidades que a nossa economia não precisa”, dando como exemplo de alternativas o Canadá ou o Médio Oriente.

O presidente da CIP diz ainda que “tem de ser uma negociação a nível europeu e é importante que haja esta capacidade de resistir à tentação de a Europa se fragmentar na negociação. Isso seria o pior que podia acontecer. Tem de haver uma união”.

O Presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou a imposição de tarifas de 30% sobre todos os produtos da União Europeia e do México, a partir de 1 de agosto. A Comissão Europeia já reagiu, dizendo estar preparada para negociar, mas sem descartar a adoção de contramedidas. O Governo português disse estar alinhado com esta posição da UE.

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Game on. Há uma “Casa de Gaming” a nascer em Gaia<span class='tag--premium'>premium</span>

O setor de jogos nacional vai ter um novo espaço âncora a Norte e, havendo “massa crítica”, um programa de incubação. O objetivo é dinamizar a indústria de gaming, que já gera 50 milhões de receitas.

Este artigo integra a 14.ª edição do ECO magazine. Pode comprar aqui.Com oferta de formação na área de jogos e um conjunto relevante de startups e estúdios de gaminginstalados na região, a indústria de jogos no Porto já reunia as condições para dar o salto para um novo nível: uma “Casa de Gaming”, no Sitio de Vila Nova de Gaia.Objetivo? “Oferecer na região do Grande Porto uma proposta de valor em linha com outros hubsde inovação verticalizados na Europa mas, claramente, olhando de perto para o sucesso do Gaming Hub da Unicorn Factory Lisboa e transpondo as suas mais-valias para as especificidades do setor na região do Grande Porto”, adianta Miguel Ricardo, diretor-geral do Sitio, um dos promotores do novo huba norte, juntamente com a Associação de Produtores de Videojogos Portugueses

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Tarifas: Líderes europeus apoiam negociações e pedem defesa dos interesses da UE

  • Lusa
  • 17:53

Enquanto o presidente francês pede a defesa dos interesses europeus nas negociações sobre as tarifas comerciais entre a UE e EUA, Berlim diz querer negociar "pragmaticamente".

O anúncio dos EUA de tarifas de 30% sobre a União Europeia (UE) levou líderes europeus a apoiar negociações para um acordo, com o Presidente francês a pedir a defesa dos interesses europeus, enquanto Berlim quer negociar “pragmaticamente”.

Emmanuel Macron apoia “plenamente” a Comissão Europeia na “intensificação” das negociações com os Estados Unidos, embora tenha alertado que a Comissão Europeia precisa preparar “respostas confiáveis” às tarifas de 30% impostas por Washington sobre produtos europeus.

“França apoia totalmente a Comissão Europeia nas negociações que se intensificarão para chegar a um acordo mutuamente aceitável até 01 de agosto”, declarou Macron nas redes sociais.

No entanto, o Presidente francês exigiu que a Comissão, caso as negociações não se concretizem, “acelere a preparação de respostas confiáveis por meio da mobilização de todos os instrumentos disponíveis”. Macron expressou também confiança de que Bruxelas “afirmará a determinação da União (Europeia) em defender os interesses europeus”.

Já a ministra da Economia alemã pediu que a UE negocie “pragmaticamente” com os EUA. “Cabe agora à UE, no tempo restante, negociar pragmaticamente uma solução com os Estados Unidos que se concentre nos principais pontos de conflito”, disse Katherina Reiche em comunicado, acrescentando que a Comissão Europeia tem o seu “apoio nesta abordagem”.

O presidente do Governo espanhol, Pedro Sánchez, também reagiu apoiando as negociações da Comissão Europeia para negociar um acordo com os Estados Unidos para acabar com “tarifas injustificadas”. Numa mensagem publicada na rede social X, escreveu que “a abertura económica e o comércio criam prosperidade, mas tarifas injustificadas destroem-na”.

“É por isso que apoiamos e continuaremos a apoiar a Comissão nas suas negociações para chegar a um acordo com os EUA antes de 01 de agosto. Unidos, nós, europeus, constituímos o maior bloco comercial do mundo. Usemos essa força para chegar a um acordo justo”, acrescentou.

Trump anunciou que vai impor tarifas de 30% sobre produtos da UE a partir de 01 de agosto, numa carta endereçada à presidente da Comissão Europeia, publicada na plataforma Truth Social.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que Bruxelas continua disposta a negociar com os EUA para chegar a um acordo antes de 01 de agosto, mas reiterou, em comunicado, que a Comissão também “tomará todas as medidas necessárias para salvaguardar” os seus interesses, “incluindo a adoção de contramedidas proporcionais, se necessário”.

Já o presidente do Conselho Europeu, António Costa, defendeu que a UE deve permanecer “firme, unida e pronta” para proteger seus interesses, ao mesmo tempo em que “constrói parcerias comerciais sólidas em todo o mundo”.

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Marcelo diz que “não há nenhuma razão para não deixar passar” privatização parcial da TAP

O Presidente da República diz que não há nenhum motivo para não aprovar a privatização parcial da TAP, desde que diploma esteja "exatamente linha" com o anunciado pelo Governo.

Marcelo Rebelo de Sousa diz que não há motivos para não aprovar a privatização parcial da TAP, desde que o diploma esteja “exatamente linha” com o anunciado pelo Governo. O Executivo anunciou a venda de 49,9% do capital da companhia aérea.

“Não há nenhuma razão, sendo importante para o país, para não deixar passar” a venda parcial da TAP, disse o Presidente da República à margem das cerimónias comemorativas dos 50 anos de independência de São Tomé e Príncipe.

Marcelo Rebelo de Sousa explicou ainda este “diploma ultrapassa as dificuldades” que levaram ao veto presidencial em 2023 e afastou uma “reserva mental” sobre uma venda de uma participação adicional no futuro e noutras condições. “Não vamos especular sobre o que se passa com outro Governo noutras circunstâncias. Este Governo propõe-se a avançar com estas condições”, afirmou.

O Presidente da República já tinha afirmado, aquando do anúncio da venda parcial, que tinha sido previamente informado pelo primeiro-ministro do processo de privatização de 49,9% da TAP, considerando que a posição do Estado na empresa está salvaguardada, assim como a dos trabalhadores.

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Tarifas: António Costa defende UE “firme, unida e disposta” a proteger interesses

  • Lusa
  • 17:04

António Costa, presidente do Conselho Europeu, diz que a "UE permanece firme, unida e pronta para proteger os nossos interesses, apoiando plenamente os esforços da presidente da Comissão Europeia".

O presidente do Conselho Europeu, António Costa, defendeu que a União Europeia (UE) deve permanecer “firme, unida e pronta” para proteger seus interesses, ao mesmo tempo em que “constrói parcerias comerciais sólidas em todo o mundo”.

Estas declarações surgem após o anúncio do Presidente dos EUA, Donald Trump, de que iria impor tarifas de 30% sobre produtos europeus a partir de 01 de agosto.

“A UE permanece firme, unida e pronta para proteger os nossos interesses, apoiando plenamente os esforços da presidente (da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen) e da Comissão para chegar a um acordo justo com os EUA”, disse Costa, numa mensagem nas redes sociais.

Costa acrescentou que as tarifas “alimentam a inflação, criam incerteza e prejudicam o crescimento económico” e que a UE vai continuar a “construir parcerias comerciais sólidas em todo o mundo”.

Trump anunciou que vai impor tarifas de 30% sobre produtos da UE a partir de 01 de agosto, numa carta a Von der Leyen, publicada na sua rede social, Truth Social, e datada de sexta-feira, 11 de julho.

Von der Leyen respondeu que se mantém disposta a continuar as negociações com os EUA para chegar a um acordo antes de 01 de agosto, mas não descarta contramedidas “proporcionais” para “salvaguardar” os interesses europeus.

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Portugal alinhado com a UE. Governo diz que taxas de 30% terão “efeito disruptivo”

Paulo Rangel, ministro dos Negócios Estrangeiros, diz que tarifas de 30% sobre as exportações europeias "teriam um efeito disruptivo na relação comercial". Mas realça que as negociações continuam.

A imposição de tarifas de 30% sobre as exportações europeias por parte dos EUA teria um “efeito disruptivo” na relação comercial entre os dois lados do Atlântico, afirma Paulo Rangel. O ministro dos Negócios Estrangeiros, nota, contudo, que as negociações vão continuar até 1 de agosto, com Portugal a estar alinhado com a posição da União Europeia.

As taxas anunciadas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, numa carta enviada à presidente da Comissão Europeia “teria um efeito disruptivo na relação comercial entre as duas margens do Atlântico. Efeitos bastante negativos para os consumidores, produtores e economias de ambos os lados. Seria um nível muito alto”, afirmou Paulo Rangel à margem das cerimónias comemorativas dos 50 anos de independência de São Tomé e Príncipe. “Mas as negociações continuam” até 1 de agosto, acrescentou.

“O que o Governo português fez foi estar em contacto com a presidente da Comissão Europeia, que falou hoje com o primeiro-ministro. O comunicado da Comissão Europeia reflete na íntegra as linhas de posicionamento que o Governo português transmitiu às entidades europeias”, referiu ainda. “Consideramos que é um desenvolvimento negativo, mas as negociações estão em curso”, reforçou.

“A UE é defensora do comércio livre, de uma relação muito aberta em termos comerciais com os EUA. Vamos continuar o processo negocial que até aqui foi feito”, esperando que possa haver um “desfecho positivo”, disse o ministro aos jornalistas.

Também nas comemorações, Marcelo Rebelo de Sousa disse ter sido um anúncio “surpreendente, uma vez que estava em curso um processo negocial entre a UE e os EUA”, mas referiu igualmente que é preciso ter “esperança de que é possível encontrar uma solução do interesse de todos”. “A posição de Portugal é exatamente a mesma da Comissão Europeia”, referiu o Presidente da República.

O Presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou a imposição de tarifas de 30% sobre todos os produtos da União Europeia e do México, a partir de 1 de agosto. A Comissão Europeia já reagiu, dizendo estar preparada para negociar, mas sem descartar a adoção de contramedidas.

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📹Como funciona a rede de Serviços Públicos de Emprego

  • ECO
  • 16:30

Rede PES tem por objetivo incentivar a cooperação entre os Estados-membros na implementação de políticas de emprego da UE.

A rede europeia de serviços públicos de emprego foi criada em 2020 e tem por objetivo incentivar a cooperação entre os Estados-membros na implementação de políticas de emprego da UE.

A Rede PES tem como objetivo:

  • Comparar o desempenho dos SPE através de benchmarking;
  • Identificar boas práticas baseadas em dados concretos e promover a aprendizagem mútua (as práticas individuais dos SPE podem ser consultadas no Repositório PES e os resultados das atividades da rede podem ser consultados no Centro de Conhecimento PES);
  • Promover a modernização e o reforço da prestação de serviços dos SPE, incluindo a Garantia para a Juventude;
  • Preparar contributos para a Estratégia Europeia de Emprego e as correspondentes políticas nacionais do mercado de trabalho.

Veja o vídeo.

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Filipe Garcia apresenta-se pela IL em Matosinhos contra carga fiscal “elevada e injustificada”

Candidato liberal apresenta-se ao lado dos candidatos às dez juntas de freguesia do município e da cabeça de lista à Assembleia Municipal.

O candidato da Iniciativa Liberal (IL) em Matosinhos apresenta a sua candidatura neste sábado. Sob o lema “Transformar Matosinhos”, Filipe Garcia acentua o facto de, ali, a IL se apresentar em lista própria. Uma diferença face ao que sucede no Porto e em Gaia, onde o partido se coligou com o PSD e CDS-PP.

O evento serve ainda para apresentação da cabeça de lista a Assembleia Municipal, Beatriz Vieira (coordenadora da IL local), e para a divulgação do nome dos candidatos às dez juntas de freguesia do município.

Para a autarquia liderada pela socialista Luísa Salgueiro desde 2017, o candidato liberal propõe-se governar “simplificando serviços, reduzindo burocracia, garantindo ruas limpas e seguras, escrutinando os gastos públicos e aliviando, responsavelmente, a carga fiscal. A Câmara Municipal de Matosinhos é cada vez maior, gasta mais e gasta pior“, considera o economista, denunciando o que considera uma “elevada e injustificada carga fiscal”.

Filipe Garcia critica “décadas de governação socialista, com uma oposição muitas vezes conivente”, o que, diz “apenas produziram políticas reativas e eleitoralistas. Apesar do seu potencial e do seu crescimento, Matosinhos é hoje um concelho sem rumo, cada vez mais desequilibrado e que não sabe o que quer para o seu futuro”, aponta.

Com 50 anos, o economista e professor do ISCAP/PEA, em Matosinhos, cidade onde vive há duas décadas, é presidente da IMF – Informação de Mercados Financeiros.

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Ventura diz ter “princípio de acordo” com AD sobre linhas para mudar lei da nacionalidade

  • Lusa
  • 15:12

"Foi firmado entre Chega e AD um princípio de acordo sob algumas linhas orientadoras para a alteração da legislação em matéria de nacionalidade", disse André Ventura.

O presidente do Chega disse que tem um “princípio de acordo” com a AD quanto a algumas linhas orientadoras para mudar a lei da nacionalidade, assumindo houve o “compromisso de bloquear uma série de audições” pedidas pela esquerda.

Numa conferência de imprensa na sede do partido, em Lisboa, André Ventura começou por enfatizar “o entendimento” e “a negociação” entre Chega e AD nas alterações à lei de estrangeiros e a criação da nova Unidade Nacional de Estrangeiros e Fronteiras, na PSP, aprovadas em sede de especialidade, na sexta-feira, no parlamento.

Referindo que, no caso da lei da nacionalidade, esta ficou para o “início da próxima sessão legislativa porque há muitas audições para fazer, obrigatórias algumas delas”, o presidente do Chega deixou uma garantia.

“Também aqui foi firmado entre as duas lideranças parlamentares [Chega e AD] um princípio de acordo sob algumas linhas orientadoras para a alteração da legislação em matéria de nacionalidade, que esperamos poder concretizar já no início de setembro”, disse.

Ventura referiu que, quer o seu partido quer os que sustentam o Governo, “chumbaram uma série de audições pedidas pela esquerda nesta matéria”.

“Fizemo-lo não porque não queremos ouvir associações de imigrantes, sejam elas de cabo-verdianos, de brasileiros, de chineses, de indianos, seja o que for, mas porque a esquerda não queria fazer estas audições como forma de melhorar o texto da lei, queria fazê-lo como forma de expediente dilatório para atrasar o processo até eventual nova crise política que pudesse reconfigurar a Assembleia da República e impedir que estas normas entrassem em vigor”, justificou.

O presidente do Chega enfatizou que já tinha dito na reunião com o primeiro-ministro, Luís Montenegro, que era preciso “avançar rápido” nesta matéria e que era preciso acabar com esta prática de se começar “os projetos-lei e depois pará-los pela crise política que acontece”.

“Por isso, o Chega e o PSD assumiram o compromisso de bloquear uma série de audições para que este processo seja rápido e esteja feito nas próximas semanas, ou seja, nós queremos que a mudança à lei da nacionalidade seja uma realidade, no máximo, no início da próxima sessão legislativa”, apontou.

Ventura antecipou que esta legislação “terá que ter intervenção do Presidente da República”, e provavelmente também a do Tribunal Constitucional, e por isso é preciso avançar e conseguir resultados rápido.

“Também aqui, Chega e PSD têm princípios base de entendimento para trabalhar, como a perda de nacionalidade de quem comete crimes, onde se discute se será automático ou não será automático, em que prazo pode ser ou em que prazo não pode ser. Deixaremos isso mesmo para o início da próxima sessão legislativa”, remeteu.

A Comissão de Assuntos Constitucionais votou na sexta-feira favoravelmente, na especialidade, alterações à lei de estrangeiros, com voto contra da esquerda, que alegou atropelos à lei pela falta de pareceres obrigatórios.

Em votação esteve uma proposta de lei do Governo e alterações requeridas pelo Chega, que incidem sobre matérias como reagrupamento familiar e tempos de permanência legal em território nacional, que foram aprovadas por toda a direita parlamentar (PSD, CDS-PP, Chega e Iniciativa Liberal).

Segundo a esquerda, neste processo de especialidade faltam pareceres do Conselho Superior da Magistratura (CSM) e do Conselho Superior dos Tribunais Administrativos e Fiscais (CSTAF).

Foi ainda aprovada a proposta do Governo que cria a nova Unidade Nacional de Estrangeiros e Fronteiras, na PSP, com os votos a favor do PSD, Chega, IL e CDS e a abstenção da esquerda.

Apesar de este diploma ter sido aprovado sem votos contra, a sua votação foi adiada por cerca de três horas por causa de um impasse político entre o Chega e PSD em torno da questão do eventual pagamento de um suplemento aos agentes dessa nova unidade da PSP.

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Trump anuncia tarifas de 30% contra UE e México a partir de 1 de agosto

  • Lusa e ECO
  • 14:24

Trump anunciou as tarifas a impor a partir de 1 de agosto em cartas publicadas na sua plataforma Truth Social. UE diz estar estar disposta a negociar, mas não descarta contramedidas.

O Presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou a imposição de tarifas de 30% sobre todos os produtos da União Europeia (UE) e do México, a partir de 1 de agosto. A Comissão Europeia já reagiu, dizendo estar preparada para negociar, mas sem descartar a adoção de contramedidas.

Trump anunciou as tarifas sobre dois dos maiores parceiros comerciais dos Estados Unidos em cartas publicadas na sua plataforma Truth Social.

“A partir de 01 de agosto de 2025, cobraremos da União Europeia uma tarifa de apenas 30% sobre os produtos da UE enviados aos Estados Unidos, independentemente de todas as tarifas setoriais”, lê-se na carta publicada na Truth Social e endereçada à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

Nesta carta, Trump afirmou também que o défice comercial dos EUA representava uma ameaça à segurança nacional. “Tivemos anos para discutir a nossa relação comercial com a União Europeia e concluímos que precisamos de nos afastar desses défices comerciais de longo prazo, grandes e persistentes, gerados pelas políticas tarifárias e não tarifárias e barreiras comerciais”, escreveu o Presidente dos EUA.

Assim como fez em dias anteriores com outros países, Trump anunciou que reverterá a sua decisão “se a União Europeia ou as suas empresas decidirem fabricar produtos nos Estados Unidos”.

“Na verdade, faremos todos os esforços para obter aprovações de forma rápida, profissional e rotineira — ou seja, em poucas semanas”, acrescenta-se na carta, antes de se alertar, também seguindo o formato usual, que se, por qualquer motivo, a UE decidir aumentar as tarifas e retaliar, “o valor que decidir aumentá-las será adicionado aos 30%” já anunciados.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, já reagiu a esta decisão na rede social X, afirmando que “tarifas de 30% sobre as exportações europeias vão penalizar empresas e consumidores dos dois lados do Atlântico”. Promete, por isso, “continuar a trabalhar para se chegar a um acordo até 1 de agosto”.

Von der Leyen alerta, contudo, que também “tomará todas as medidas necessárias para salvaguardar” os interesses europeus, “incluindo a adoção de contramedidas proporcionais, se necessário”.

Já na carta para o líder mexicano, Trump reconheceu que o país tem ajudado a conter o fluxo de migrantes sem documentos e fentanil para os Estados Unidos. No entanto, disse que o país não fez o suficiente para impedir que a América do Norte se transformasse num “recreio do narcotráfico”.

“Não haverá tarifas se o México ou empresas mexicanas optarem por construir ou fabricar produtos nos Estados Unidos e, de facto, faremos todo o possível para que isso seja aprovado de forma rápida, profissional e rotineira em questão de semanas”, afirmou Trump, repetindo o apelo feito aos outros países.

Na terça-feira, o presidente norte-americano afirmou que estaria “provavelmente a dois dias de enviar a carta da UE” a divulgar as tarifas sobre as exportações europeias para os EUA.

Donald Trump disse que a Comissão Europeia tem tratado Washington muito bem durante as negociações, mas que “trataram muito mal” os Estados Unidos até recentemente. O presidente norte-americano também sublinhou que as tarifas finais são uma decisão do próprio. “Os acordos são, em grande parte, o meu acordo com eles”, disse, acrescentando que está a “ser justo”.

“Estamos a escolher um valor menor do que, na maioria dos casos, nos cobraram”, acrescentou ainda Donald Trump.

A Comissão Europeia defendeu que, “quanto mais depressa se chegar a um acordo, melhor” para acabar com a guerra tarifária entre União Europeia e Estados Unidos, apontando que um eventual adiamento até agosto “daria um pouco mais tempo”.

Notícia atualizada às 15h23 com reação da Comissão Europeia

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Lactogal lamenta situação no rio Onda e fala em barreira regulamentar

  • Lusa
  • 13:57

Os resultados preliminares da análise da APA indicaram que a "alteração significativa" da qualidade da água do rio Onda está "presumivelmente associada" a descargas da empresa Lactogal.

A Lactogal lamentou a situação no rio Onda, após uma análise concluir que a má qualidade da água estava associada a descargas da empresa, apontando que existe uma barreira técnica e regulamentar na gestão de resíduos.

Os resultados preliminares da análise da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), divulgada esta sexta-feira, indicaram que a “alteração significativa” da qualidade da água do rio Onda está “presumivelmente associada” a descargas da empresa Lactogal em Vila do Conde, distrito do Porto.

A Lactogal reagiu às notícias, em comunicado, lamentando a situação e reiterando o “total compromisso em colaborar com as autoridades competentes para a célere e eficaz resolução desta ocorrência causada por resíduos orgânicos”.

A empresa agroalimentar salienta que a Unidade Fabril de Modivas, tal como outras unidades de processamento alimentar, “gera resíduos de natureza orgânica” e “esses resíduos, embora biodegradáveis e decorrentes exclusivamente do seu processo industrial, requerem um tratamento adequado para serem devolvidos ao meio ambiente”.

Apesar de ter em vista o encaminhamento adequado dos fluxos, a Lactogal diz que, “tal como muitas empresas do setor agroalimentar, tem sido impactada pelo facto de a gestão de resíduos orgânicos em Portugal representar um desafio complexo”.

Após a procura de parceiros em Portugal ter encontrado limitações, a empresa procurou parceiros em Espanha, mas “depara-se com uma barreira técnica e regulamentar”.

“Enquanto os resíduos são, do ponto de vista da sua composição, considerados ‘verdes’ — ou seja, passíveis de tratamento biológico — a classificação atribuída pela APA é ‘cor-de-laranja’. Esta classificação impõe restrições significativas ao seu tratamento em algumas infraestruturas, nomeadamente em Espanha, que apenas aceitam efluentes com a classificação ‘verde'”, explicou.

Neste contexto, a Lactogal apela às entidades responsáveis para que “esta divergência de classificação seja resolvida e não represente um obstáculo inesperado e limitativo na procura por soluções de tratamento externas”.

A empresa assegura ainda que “está a trabalhar incansavelmente para resolver esta situação, de forma duradoura e eficaz, uma vez que a sua atividade, que decorre da ordenha de animais com periodicidade diária, não pode parar”, sendo que a “interrupção total da produção significaria a morte de muitos animais”.

Estas descargas no rio Onda já tinham levado a APA a desaconselhar desde esta sexta-feira banhos nas praias de Angeiras Norte, em Matosinhos, e Labruge, em Vila do Conde, ambos concelhos do distrito do Porto.

Em comunicado, a agência do ambiente referiu que os “resultados preliminares [da análise] revelaram uma alteração significativa da qualidade da água do rio Onda, presumivelmente associada à descarga de águas residuais provenientes da Unidade Fabril de Modivas”, em Vila do Conde, da empresa Lactogal.

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Alves Ribeiro assina contrato para construir hotel e comércio no CCB

  • Lusa
  • 12:11

O grupo foi o vencedor de um concurso internacional para a construção de um hotel de luxo, apartamentos turísticos e lojas no CCB. O projeto envolve investimento de cerca de 80 milhões de euros.

O Grupo Alves Ribeiro vai assinar contrato na terça-feira para construir um hotel de luxo, apartamentos turísticos e lojas no Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa, com a abertura prevista para julho de 2029.

O grupo foi o vencedor do concurso internacional para a construção destes módulos, em dezembro de 2024 e, na sequência disso, será assinado no próximo dia 15 de julho o contrato de subcessão do direito de superfície para edificação e exploração de hotel e área de comércio, por um período de 65 anos, anunciou hoje o CCB.

Para estes módulos está prevista uma unidade hoteleira com 161 quartos duplos e um aparthotel com 126 unidades, além de um centro de comércio e novos serviços, numa área de construção de cerca de 32.500 metros quadrados. A abertura desta nova área do CCB está prevista para julho de 2029.

A futura receita da subconcessão “irá permitir aumentar a qualidade da oferta cultural do CCB, contribuindo em larga escala para o reforço da sustentabilidade financeira da instituição”, lê-se no comunicado.

A Fundação Centro Cultural de Belém defende também que este “projeto estratégico irá dotar a cidade de Lisboa de uma nova centralidade, convidando habitantes e visitantes a uma permanência mais prolongada na área monumental Belém-Ajuda”.

O projeto foi lançado em outubro de 2023 e envolve um investimento de cerca de 80 milhões de euros.

O Grupo Pestana e a construtora Alves Ribeiro eram as duas empresas cuja candidatura tinha sido aceite para apresentar propostas de construção dos Módulos 4 e 5 do CCB, tendo acabado por ser a última a vencer o concurso, cujo critério de escolha teve em conta “a proposta economicamente mais vantajosa” para o CCB.

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