Ardonagh Europe cria plataforma holandesa com aquisição da Classicus

  • ECO Seguros
  • 19 Abril 2023

A Ardonagh Europe, parte do Grupo Ardonagh e detentora da MDS, decidiu adquirir o corretor holandês Classicus, de elevado património líquido.

O Ardonagh Europe, parte do Grupo Ardonagh, anunciou a aquisição da corretora Classicus, de elevado património líquido, reforçando a intenção de presença do Grupo nos Países Baixos.

Conor Brennan, CEO da Ardonagh Europe, disse: “a Classicus é uma corretora altamente respeitada e possui uma relação firme com a Léons como membro da Brokerslink, empresa de corretagem global co-fundada pelo Léons Group”.

Fundada em 2004, a Classicus é sediada em Amesterdão e fornece uma gama de produtos especializados para automóveis clássicos e de luxo, iates, coleções de arte, e outros. Os seus negócios incluem também corretores grossistas, Classicus Europe e Classicus Ltd, sediados em Londres, que compreende o negócio grossista da empresa fora da UE, o seu negócio retalhista britânico de alto valor líquido e o negócio de clientes empresariais do Reino Unido.

A aquisição surge na sequência do recente anúncio da Ardonagh da motivação para comprar a Klap Verzekeringsmakelaar (“Klap”), uma corretora comercial e de linhas pessoais independente e especializada com sede em Amesterdão. Esta expansão da presença da Ardonagh nos Países Baixos sustenta a estratégia de crescimento internacional do Grupo, reforçando a sua proposta no mercado europeu de seguros.

Conor Brennan, CEO da Ardonagh Europe, afirma: “a Classicus é uma corretora altamente respeitada e possui uma relação firme com a Léons como membro da Brokerslink, a empresa de corretagem global co-fundada pelo Léons Group. As sinergias entre as duas entidades contribuirão para uma parceria altamente benéfica, com a Classicus a continuar a explorar este rico conjunto de conhecimentos e talentos para fazer crescer os seus negócios de nicho através das geografias europeias”.

Sunny Leons, CEO do Léons Group, afirmou: “com a aquisição da Classicus, o Grupo Léons continua a posicionar-se como uma plataforma de crescimento europeia, dando um primeiro passo significativo para o estabelecimento de novas geografias, à medida que a Classicus avança com um ajuste perfeito para expandir a sua oferta de serviços aos corretores europeus”.

Bart-Jan Kastrop, o fundador e Director Executivo da Classicus, afirmou: “estamos muito entusiasmados por iniciar um novo capítulo para Classicus à medida que desenvolvemos o nosso conceito personalizado e de nicho em novos territórios e parceiros”. O executivo concluiu: “acreditamos firmemente que Léons, com o capital e os recursos da Ardonagh Europe por trás deles, é o parceiro certo para a nossa ambição de crescimento. Esta nova parceria dar-nos-á a independência para continuarmos a reinventar a nossa linha de negócio especializada, para que possamos continuar a fornecer aos nossos clientes os melhores conhecimentos e produtos disponíveis no mercado”.

A aquisição está sujeita a aprovação regulamentar.

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ageas premeia histórias reais

  • ECO Seguros
  • 19 Abril 2023

A seguradora premiou criativos envolvidos na divulgação de quatro testemunhos reais, que explicam como o seguro marcou de forma positiva as suas vidas.

Quatro casos reais de clientes das marcas Seguro Directo, Ocidental, Médis e Ageas Seguros foram transformados em filmes que revelam “a verdadeira essência do trabalho de uma seguradora em alturas cruciais das suas vidas, e cujo desfecho foi transformado por um seguro”. Os melhores trabalhos foram distinguidos.

O Grupo Ageas Portugal decidiu “mostrar o lado emocional de um setor tradicionalmente visto como frio ou cinzento”, e para isso, decidiu revelar “histórias verídicas de percursos de vida que, em momentos críticos, tiveram o apoio de um seguro que lhes permitiu encontrar um novo caminho e superar a adversidade”.

A Madalena Trindade foi atribuído o Prémio Audiovisual Ageas na área da Realização.

Para desenvolver as narrativas, a seguradora apostou na realização de um concurso para as áreas de produção audiovisual. A ação reforça e concretiza, uma vez mais, a importância da cultura para o Grupo Ageas Portugal.

“Os seguros desempenham um papel fundamental na vida de cada pessoa e proporcionam serenidade e segurança em momentos de dificuldade. É esta a mensagem que o Grupo Ageas Portugal pretende transmitir”, afirma Rui Rijo, Responsável de Relações Públicas e Comunicação Digital do Grupo Ageas Portugal.

“Na sociedade atual, estamos cada vez mais expostos a cenários de imprevisibilidade, mas ainda assim continua a existir uma desvalorização nos riscos da vida quotidiana e das eventuais consequências. Com a partilha de situações reais, o Grupo Ageas Portugal quer sensibilizar as pessoas para a importância de ter um seguro e promover a literacia financeira”, conclui o responsável.

Em parceria com o Grupo Media Capital e Havas Play, o projeto “Histórias Seguras” foi apresentado nesta terça-feira, no Edifício Ageas Tejo, em Lisboa, com a ante-estreia dos vídeos realizados e a atribuição do Prémio Audiovisual Ageas.

O reconhecimento foi atribuído ao projeto ‘Asas de Fadas’. Os prémios também distinguiram os melhores talentos nas áreas de realização, fotografia e argumento, sendo vencedores Madalena Trindade, Tiago Martins e Tiago Laranjo, respetivamente.

Na cerimónia, o Grupo Ageas Portugal reconheceu os colaboradores que acompanharam as histórias reais, atribuindo um donativo a quatro associações escolhidas por estes – a Fundação LIGA, SOUMA, Associação Salvador e Terra dos Sonhos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Amiga da ex-CEO da TAP contratada para diretora sem entrevista

  • Lusa
  • 19 Abril 2023

"O relatório diz que não havia nenhuma entrevista programada, que não havia sequer três candidatos”, afirmou a deputada bloquista Mariana Mortágua.

Um relatório aponta que Isabel Nicolau, com quem a ex-presidente executiva da TAP tinha uma relação pessoal, foi contratada para diretora sem ser entrevistada e após despedimento do antecessor, contrariamente ao comunicado pela empresa, revelou esta quarta-feira o Bloco de Esquerda.

“Recebemos um relatório sobre o potencial conflito de interesses da contratação de Isabel Nicolau como diretora de Eficiência e Estabilidade. […] O relatório diz que não havia nenhuma entrevista programada, que não havia sequer três candidatos”, afirmou a deputada bloquista Mariana Mortágua, na audição do presidente da comissão de vencimentos da TAP, Tiago Aires Mateus, na comissão de inquérito à TAP.

Segundo a deputada, o relatório, a que a comissão teve acesso, refere também que o antecessor de Isabel Nicolau não decidiu deixar a companhia, como foi comunicado pela TAP, mas sim despedido. Adicionalmente, o mesmo documento conclui que Isabel Nicolau foi ganhar mais 30% do que o anterior diretor, num contexto de aplicação de cortes salariais aos trabalhadores da companhia a passar por um plano de reestruturação.

Questionado pela deputada, Tiago Aires Mateus disse não ter conhecimento desta situação. Em outubro de 2022, alguns meios de comunicação social deram conta da contratação de uma nova diretora para a companhia aérea, sem experiência na área da aviação e que seria amiga da então presidente executiva (CEO), Christine Ourmières-Widener.

No mesmo dia, a TAP rejeitou a interferência da presidente executiva na contratação de nova diretora, apesar de “relacionamento pessoal recente”, e sublinhou que Isabel Nicolau tem “duas décadas de provas dadas” a liderar equipas em empresas de engenharia.

“Contratámos, no início de outubro, uma nova diretora de processos, ‘real estate’ [imobiliário] e sustentabilidade, com mais de duas décadas de provas dadas a liderar equipas técnicas e comerciais em empresas de engenharia”, começou por referir a Comissão Executiva da TAP, em nota enviada aos trabalhadores na ocasião, a que a Lusa teve acesso.

“O processo de seleção foi conduzido exclusivamente pela administradora do respetivo pelouro e pela diretora de Recursos Humanos, tendo sido entrevistados três candidatos para esta posição, sem que a atual CEO tivesse tido qualquer participação na decisão”, lê-se na mesma nota.

A Comissão Executiva sublinhou que “ainda assim, porque esta nova diretora tem um relacionamento pessoal recente com a atual CEO, a sua contratação está a ser associada a este facto, o que se rejeita”. Na nota enviada aos trabalhadores, a empresa esclareceu também que o valor de 15.000 euros referido para o salário da nova diretora, que foi avançado nas notícias, “não corresponde à realidade, sendo substancialmente inferior”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Real Vida reforça quota de mercado em Vida Risco e aumenta lucro em 70%

O primeiro ano da presidência de Marta Graça Ferreira na seguradora reforçou a quota de mercado em seguros de Vida Risco e produziu uma rentabilidade líquida de 33% para o seu acionista Patris.

A Real Vida Seguros obteve um volume de negócios de 146 milhões de euros e um resultado líquido de 10,3 milhões de euros no ano de 2022 que significa um crescimento superior a 70% face ao valor registado em 2021.

3ª Conferência Anual ECO Seguros - 20OUT22
Marta Graça Ferreira, presidente da Real Vida, mantém aposta no crescimento em número e produção média no canal de agentes.Hugo Amaral/ECO

A área dos seguros de Vida Risco subiu a produção em 18,5% para 39 milhões de euros, aumentando a quota de mercado, neste segmento do ramo Vida, para próximo dos 4%. Nos seguros financeiros houve uma quebra – abaixo do mercado – de 19% tendo as vendas ficado por 100 milhões de euros.

Na área Não Vida deu-se um crescimento de 40% para 6,7 milhões de euros, devido essencialmente a seguros de saúde e a uma melhoria da oferta nas coberturas de Acidentes Pessoais. Na gestão de fundos de pensões o volume de ativos baixou para 100 milhões devido à saída de um fundo de pensões, não compensado integralmente pela entrada em gestão de 7 novos fundos. Os rendimentos da gestão desta área voltaram a valores positivos em 2022.

O número de apólices da Real Vida aumentou 16% para 153.557, para 123 colaboradores diretos, menos 5 que no final de 2021. A rede de agentes – canal de distribuição essencial da companhia – aumentou, bem como a produção por agente.

A aposta nos seguros de Vida Risco, que a companhia indica que vai manter durante este ano, contribuiu para uma rentabilidade notória. O rácio de solvência no final do ano de 2022 ficou nos 186% para uma média do mercado total de 204%. Os lucros técnicos do ramo Vida ascenderam a 14 milhões de euros, os de Não Vida a 120 mil euros e 483 mil euros resultaram da conta Não Técnica.

No global, depois de impostos, o lucro líquido foi de 10,35 milhões de euros para um capital próprio de 31,4 milhões no final de 2022. Um valor que significa uma rentabilidade líquida do capital próprio de 33% para Patris SGPS, a holding de Gonçalo Pereira Coutinho que detém 100% do capital da seguradora. A Patris recebeu 5,4 milhões de euros em dividendos da Real Vida durante o ano passado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Solução política com Chega? Ventura diz que Marcelo garantiu que “não será obstáculo”

  • Lusa
  • 19 Abril 2023

"O Presidente da República não será obstáculo a qualquer tipo de participação governamental por parte do Chega", disse o líder do Chega após audiência com Marcelo.

O presidente do Chega, André Ventura, afirmou esta quarta-feira que o Presidente da República lhe assegurou que não vai obstaculizar uma solução de Governo que inclua o seu partido.

O Presidente da República não será obstáculo a qualquer tipo de participação governamental por parte do Chega, não será o Presidente da República um obstáculo à construção de um governo se os partidos políticos aceitarem formar esse Governo, se as bases dos partidos aceitarem, e se houver essa disponibilidade e essa capacidade de formar uma maioria à direita”, afirmou.

O líder do Chega falava aos jornalistas no Palácio de Belém, em Lisboa, no final de uma audiência de cerca de 35 minutos com o Presidente da República. André Ventura – que já tinha dito que iria pedir esse esclarecimento a Marcelo Rebelo de Sousa na sequência de notícias divulgadas na semana passada – afirmou que o que ouviu “foi particularmente importante e satisfatório”.

“Este para nós era um dado muito importante, uma vez que, se queremos que haja uma mudança, se queremos uma haja uma dissolução do parlamento, tem que haver aí mesmo tempo uma alternativa, e era importante esclarecer junto do Presidente da República. Embora sempre fosse esse o meu sentimento, de que o Presidente da República não estava contra uma solução política que envolvesse o Chega ou que fosse liderada pelo Chega à direita”, afirmou.

O presidente do Chega agradeceu as “palavra claras” de Marcelo Rebelo de Sousa e classificou como “uma atitude responsável”. Questionado se já não acredita que o chefe de Estado obrigou o líder do PSD a dizer que não aceitaria soluções de Governo com o Chega, acusação feita por Ventura na terça-feira, respondeu: “O senhor Presidente da República transmitiu-me de forma clara e direta que nada teve a ver com isso, que a sua posição é esta e que não obstacularizará o Chega no Governo”.

“O que faz o líder do terceiro partido nestes casos? Não é inventar nem especular, é vir perguntar. Fui esclarecido e estou satisfeito”, disse.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Jornalistas de desporto apresentam queixa contra o Benfica na UEFA

  • Lusa
  • 19 Abril 2023

Os jornalistas de desporto criticam o assessor do Benfica por ter recusado uma pergunta de um jornalista da TVI. "É incorreta, ilegal e desrespeitosa a atitude do Benfica", dizem.

A Associação dos Jornalistas de Desporto, CNID, vai participar à UEFA da situação “anómala e inaceitável” passada na terça-feira em conferência de imprensa, quando o assessor do Benfica recusou uma pergunta de um jornalista da TVI. A situação ocorreu na conferência de imprensa de antevisão do jogo entre Inter Milão e Benfica, da segunda mão dos quartos de final da Liga dos Campeões de futebol.

O CNID pronunciou-se contra o momento, em que “o assessor de imprensa do Benfica recusou sem razão a pergunta de um jornalista”, pode ler-se em comunicado. “É incorreta, ilegal e desrespeitosa a atitude do Benfica, corporizada pelo assessor de imprensa que estava na mesa ao lado do treinador Roger Schmidt, e segue por isso participação à UEFA e à Entidade Reguladora da Comunicação (ERC), de forma a que seja reposta a legalidade”, segundo a nota hoje divulgada.

Segundo aquele organismo, “esta situação acontece há várias semanas”, tendo desta feita sido público, e deixa um apelo “a que os clubes respeitem a lei e os órgãos de comunicação social”.

Como “não é a primeira vez” que estas denúncias são feitas, esta tem, ainda assim, “a gravidade suplementar de dar uma imagem menos bonita do futebol português e de um dos seus grandes clubes num palco internacional”. “É inaceitável aquilo que o Benfica tem feito”, criticam.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Sindicatos avançam para tribunal para anular alterações a plano de saúde da Altice

  • Lusa
  • 19 Abril 2023

Com esta ação judicial os sindicatos “visam anular as alterações ao Plano de Saúde Clássico concretizadas pela Altice Portugal, por decisão unilateral, para reduzir os custos".

Os sindicatos representativos dos trabalhadores da Altice avançaram com uma ação no Tribunal do Trabalho de Lisboa para anular as alterações ao “plano de saúde clássico” da empresa, aplicadas a partir de janeiro, segundo um comunicado.

Assim, os sindicatos dos Trabalhadores do Grupo Altice em Portugal (STPT), Democrático dos Trabalhadores dos Correios, Telecomunicações, Média e Serviços (SINDETELCO) e das Comunicações de Portugal (SICOMP) “em representação de um conjunto alargado de beneficiários do Plano de Saúde Clássico do grupo Altice Portugal” anunciaram que foi esta quarta “distribuída no Tribunal do Trabalho de Lisboa uma ação promovida pelas associações sindicais” contra empresas do grupo Altice Portugal.

Com esta ação judicial as estruturas “visam anular as alterações ao Plano de Saúde Clássico concretizadas pela Altice Portugal, por decisão unilateral, para reduzir os custos, da sua responsabilidade, com a saúde dos beneficiários, o que afeta trabalhadores, reformados, pré-reformados, descendentes e cônjuges”, adiantaram.

Segundo os sindicatos, este plano de saúde “entrou em vigor na Portugal Telecom em 01 de janeiro de 1996 e desde o ano de 2003 que o mesmo não admite a adesão de novos beneficiários”, tendo sido “criado após a fusão das empresas Telecom Portugal, SA, (TP), Telefones de Lisboa e Porto, SA (TLP) e Teledifusora Portugal SA (TDP), na denominada Portugal Telecom, S.A., determinada pelo Decreto-Lei 122/94 de 14 de maio de 1994, que previa que os trabalhadores e pensionistas daquelas empresas mantivessem, todos os direitos e obrigações de que fossem titulares na data da fusão”.

Os sindicatos criticaram a atuação da Altice Portugal, que “apesar dos resultados positivos, justificou a redução dos benefícios do Plano de Saúde Clássico com o aumento da esperança média de vida, o envelhecimento progressivo dos beneficiários (em especial do plano Clássico), o surgimento de tratamentos inovadores dispendiosos na área da oncologia, a inflação generalizada geral, e na área da saúde especificamente, e o crescimento dos custos de saúde decorrente da pandemia covid -19”.

As organizações representativas dos trabalhadores consideram que “as justificações apresentadas pela Altice Portugal são falaciosas pois a única razão para alterar unilateralmente o Plano de Saúde foi tão-somente a de diminuir a despesa do grupo, mesmo que isso afete direitos legalmente protegidos dos beneficiários”.

Os sindicatos lembraram que “desde 1996 que quaisquer alterações realizadas ao Plano de Saúde Clássico foram sempre realizadas com o acordo das associações sindicais, o que não sucedeu nas alterações que vigoram desde 01 de janeiro de 2023”, tendo sido “impostas pela Altice Portugal”.

Por isso, as associações sindicais STPT, SINDETELCO e SICOMP pedem “ao Tribunal do Trabalho de Lisboa que sejam consideradas nulas as alterações decididas unilateralmente pela Altice Portugal ao Plano de Saúde Clássico, e aplicadas a partir de 1 de janeiro de 2023, mantendo-se assim em vigor o Plano de Saúde Clássico que foi aplicado até 31 de dezembro de 2022, com as consequências legais decorrentes da declaração tal nulidade”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Antonoaldo Neves ganhava mais na TAP que Christine Ourmières-Widener e Fernando Pinto

Presidente da comissão de vencimentos da TAP garante que entidade não pode controlar prémios e indemnizações atribuídas pela companhia aérea.

Foi com a TAP em gestão privada que o presidente executivo ganhou mais dinheiro. O atual presidente da comissão de vencimentos da companhia aérea, Tiago Aires Mateus, revelou nesta quarta-feira detalhes sobre os ordenados de Fernando Pinto, Antonoaldo Neves e Christine Ourmières-Widener enquanto líderes da comissão executiva.

Em 2016, Fernando Pinto ganhou um ordenado base de 560 mil euros, a que acrescentaram 96 mil de subsídio de residência. O gestor brasileiro, mediante o cumprimento de objetivos de gestão e a título pessoal, poderia receber um bónus de até 420 mil euros (até 75% do vencimento base).

O seu sucessor, Antonaldo Neves, tinha um salário base superior, de 630 mil euros. Ao montante acrescentavam 96 mil euros de subsídio de residência e 18.500 euros para cada um dos filhos para despesas escolares.

Em 2021, Christine Ourmières-Widener obteve um salário base de 504 mil euros e um subsídio de residência de 30 mil euros. A isto acrescentaram ainda benefícios sociais, não quantificados.

Em suma, Antonoaldo Neves foi o presidente executivo da TAP que recebeu maior salário na TAP. O gestor brasileiro acabou por sair da transportadora aérea nacional em setembro de 2020, após acordo com o Governo. Os montantes foram revelados em resposta à deputada do PS Rita Borges Madeira.

Aos deputados, Tiago Aires Mateus indicou que a comissão de vencimentos da TAP não tem a competência de determinar indemnizações a administradores que saiam da empresa. Sobre um eventual bónus a Christine Ourmiéres-Widener, o responsável adiantou que “a comissão de vencimentos não deliberou e há impossibilidade jurídica de deliberar sobre remunerações variáveis a uma pessoa destituída pelo acionista”.

Durante a primeira ronda de perguntas, foram ainda revelados pelo deputado Paulo Moniz, do PSD, novos e-mails entre a antiga presidente da TAP e a anterior chefe de gabinete do ministro das Infraestruturas e ainda com outros responsáveis da TAP. A correspondência consta da documentação fornecida pela companhia aérea e não pelos ministérios das Finanças e das Infraestruturas.

A ocasião foi aproveitada para o PSD insistir na obtenção de mais documentos junto do Governo para o desenvolvimento dos trabalhos da comissão parlamentar de inquérito.

Comissão de vencimentos espera por resposta

Na segunda ronda de perguntas, Tiago Aires Mateus revelou um e-mail de 6 de fevereiro deste ano relativo ao pagamento de bónus aos administradores da TAP. O e-mail enviado pela secretária da sociedade, Ana Malheiro, refere que desde que foi aprovado o plano de reestruturação da TAP junto da Comissão Europeia, que a comissão de vencimentos “tem reunidas as condições para deliberar sobre a remuneração variável”.

No entanto, “após um ano da aprovação do plano de reestruturação, não ocorreu ainda uma deliberação da comissão de vencimentos sobre essa matéria, sendo a mesma um órgão competente para efetuar essa deliberação”. O e-mail diz mesmo: “Face ao exposto, vimos por esta forma solicitar que a comissão de vencimentos reúna e delibere sobre a remuneração variável do conselho de administração com a maior urgência possível.”

Tiago Aires Mateus respondeu ao e-mail no próprio dia 6 de fevereiro a perguntar “a que título é feito tal pedido”, se foi o Estado, o conselho de administração da TAP ou um dos administradores. “Até esta data não recebi resposta“, completou Tiago Aires Mateus.

A questão tem importância para verificar se a ex-presidente executiva da TAP terá eventualmente direito a receber o bónus relativo aos resultados de 2022, mesmo com o despedimento do acionista por justa causa. “A comissão de vencimentos não deliberou [sobre bónus à ex-CEO]. Tendo em conta factos que são conhecidos à data de hoje, dificilmente […] deliberará sobre uma remuneração variável a uma pessoa que foi destituída pelo acionista”, disse ainda o presidente da comissão de vencimentos da TAP.

O ministro das Infraestruturas já admitiu por duas vezes, em março e fevereiro, que Christine Ourmières-Widener poderia receber um prémio de desempenho.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

PCP diz que Governo deve enviar parecer sobre demissões na TAP

  • Lusa
  • 19 Abril 2023

"Os documentos e as informações que a CPI solicita às várias entidades, incluindo ao Governo, devem ser prestadas", defendeu Bruno Dias.

O PCP considerou esta quarta-feira que o Governo deve enviar à comissão parlamentar de inquérito da TAP o parecer que fundamenta o despedimento da anterior presidente-executiva, salientando dever existir uma relação “correta e adequada” entre órgãos de soberania.

Em declarações aos jornalistas na Assembleia da República, o deputado Bruno Dias apontou que “os documentos e as informações que a CPI solicita às várias entidades, incluindo ao Governo, devem ser prestadas”.

“E escusamos estar a perder tempo em discussões como esta, porque o documento já devia ter sido entregue, porque é essa a decisão da CPI”, defendeu. O comunista considerou que o “Governo tem, desde logo, de cumprir a sua responsabilidade, cumprir o seu dever e fornecer os documentos que a CPI solicitou”.

“Em vez de estarmos a discutir a tática sobre fazer o cerco ao Governo para que entregue os documentos, o que é importante é que os documentos cheguem”, afirmou o deputado do PCP, salientando que “o Governo tem uma responsabilidade política antes de mais, é um protagonista principal desta história e, como tal, tem que assumir a sua responsabilidade”.

Bruno Dias considerou igualmente que o parlamento está “a perder demasiado tempo com estas polémicas” e defendeu que “é preciso que haja bom senso, é preciso que haja uma relação institucional entre órgãos de soberania correta e adequada” e que a CPI “tenha condições para trabalhar”.

“O interesse do país deve prevalecer e a discussão sobre as questões centrais, sobre as questões de fundo, sobre o que têm sido a gestão e a tutela política sobre a companhia aérea de bandeira e sobre as decisões para o seu futuro é aquilo que deve prevalecer”, defendeu.

Questionado se concorda com outros partidos que consideraram estar em causa um crime de desobediência, o coordenador do PCP na comissão de inquérito sobre a TAP afirmou que “nesta fase, mais importante que fazer discussões jurídicas, é fazer a discussão dos documentos, tendo-os na mão”

“O que é preciso é que o país não tenha de chegar a essa discussão”, atirou Bruno Dias. O Governo justificou esta quarta a recusa em enviar à comissão de inquérito da TAP os pareceres jurídicos que deram respaldo à demissão da anterior presidente-executiva da companhia com a necessidade de “salvaguarda do interesse público”.

Numa nota enviada à agência Lusa, o gabinete da ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, alega que “o parecer em causa não cabe no âmbito da comissão parlamentar de inquérito (CPI)” e “a sua divulgação envolve riscos na defesa jurídica da posição do Estado”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Venda da TAP vai certamente contribuir para sustentabilidade das finanças públicas, diz Medina

  • Lusa
  • 19 Abril 2023

O Governo "está a olhar para o processo", analisando "qual é a melhor solução estratégica para o futuro da empresa, dentro de um mercado altamente competitivo", disse o ministro.

O ministro das Finanças, Fernando Medina, afirmou esta quarta-feira que a privatização da TAP irá certamente contribuir para a sustentabilidade das finanças públicas, garantindo que o Governo procura a melhor solução estratégica para a venda da companhia aérea.

Fernando Medina falava no encerramento da “Grande Conferência Negócios Sustentabilidade 2030”, organizada pelo Jornal de Negócios, em Cascais, numa conversa com a diretora daquele jornal, Diana Ramos. Questionado sobre se a privatização da TAP irá contribuir para a sustentabilidade das finanças públicas, o governante considerou “que irá certamente, até porque a própria lei é clara relativamente à afetação das receitas das privatizações”.

Medina realçou que o Governo “está a olhar para o processo”, analisando “qual é a melhor solução estratégica para o futuro da empresa, dentro de um mercado altamente competitivo como é o do mercado da aviação internacional”.

À margem da conferência questionado pelos jornalistas sobre a recusa do executivo em enviar à comissão de inquérito da TAP os pareceres jurídicos que deram respaldo à demissão da anterior presidente executiva da companhia, justificando com a necessidade de “salvaguarda do interesse público”, o ministro das Finanças remeteu para a posição já transmitida pela ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes.

Numa nota enviada à agência Lusa, o gabinete de Ana Catarina Mendes alega que “o parecer em causa não cabe no âmbito da comissão parlamentar de inquérito (CPI)” e “a sua divulgação envolve riscos na defesa jurídica da posição do Estado”. Já uma das advogadas da ex-presidente executiva da TAP, Christine Ourmières-Widener, exonerada pelo Governo por justa causa, disse à Lusa que a responsável desconhece a existência de parecer jurídico que sustenta esta decisão.

Na conferência, Fernando Medina defendeu que “a filosofia” para a condução das finanças públicas “tem de ser de prudência relativamente ao nosso andamento”, considerando que o país está mais preparado “para enfrentar choques adversos”.

Salientou ainda o comprometimento do Governo com o desagravamento fiscal, mas escusou-se a entrar em detalhes, apontando apenas: “Se as perspetivas à medida que o ano avança forem melhorando e relativamente aos próximos anos forem melhores, a nossa vontade, disponibilidade e orientação política é para irmos mais longe no desagravamento fiscal”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comissão de inquérito força Governo a entregar parecer sobre demissões na TAP

Depois de uma hora de debate, deputados mandataram o presidente da comissão parlamentar de inquérito a insistir no envio de parecer, pelo Governo, que justifica as demissões na TAP.

A comissão de inquérito à gestão da TAP vai insistir com o Governo para enviar o parecer sobre as demissões do ex-presidente do conselho de administração e da ex-presidente da comissão executiva. A decisão foi tomada esta quarta-feira antes da audição de Tiago Aires Mateus, presidente da comissão de vencimentos da companhia aérea.

Depois de uma hora de debate, o presidente da comissão parlamentar de inquérito à gestão da TAP, Jorge Seguro Sanches, foi mandatado pelos deputados para que insista junto do Governo no envio do parecer. Foi chumbada a proposta do PSD para que este pedido fosse feito diretamente pelo presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, junto do Governo.

A decisão surge depois de o Governo ter recusado enviar o parecer relativo às demissões, por justa causa, de Manuel Beja e de Christine Ourmiéres-Widener, anunciadas em 6 de março após o parecer da Inspeção-Geral das Finanças relativo à atribuição de uma indemnização de meio milhão de euros à antiga administradora da TAP Alexandra Reis.

O Governo justificou esta quarta-feira a recusa em enviar à comissão de inquérito da TAP os pareceres jurídicos que deram respaldo à demissão da anterior presidente executiva da companhia com a necessidade de “salvaguarda do interesse público”. Numa nota enviada à Lusa, o gabinete da ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, alega que “o parecer em causa não cabe no âmbito da comissão parlamentar de inquérito” e “a sua divulgação envolve riscos na defesa jurídica da posição do Estado”.

A recusa do envio de um documento a uma comissão parlamentar de inquérito constitui um crime de desobediência qualificada, de acordo com este regime jurídico. Cabe ao presidente da comissão, após audição, comunicar a situação ao presidente da Assembleia da República,” com os elementos indispensáveis à instrução do processo, para efeito de participação à Procuradoria-Geral da República”.

Segundo o Código Penal, o crime de desobediência qualificada é punido com até dois anos de prisão ou de multa até 240 dias.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Costa afasta-se das demissões na TAP. “Governo respeita autonomia do Parlamento”

Costa escudou-se na autonomia parlamentar no comentário à recusa do envio do parecer sobre demissões na TAP. Sobre a reação dos ministros, disse ser “dever de transparência explicar fundamentos".

António Costa escudou-se na autonomia da Assembleia da República para não se alongar nos comentários à recusa dos Ministérios das Finanças e das Infraestruturas em revelar o parecer jurídico no qual se baseou o Governo para demitir por justa causa a CEO e o chairman da TAP, com as tutelas a alegarem que o pedido extravasa o objeto da comissão de inquérito e que se reporta a “factos posteriores” à sua constituição.

Questionado sobre a polémica, durante uma conferência de imprensa conjunta com o chanceler alemão, o primeiro-ministro respondeu que “as comissões de inquérito decorrem no Parlamento e a Assembleia da República é um órgão de soberania que [tem] de respeitar”. “Era o que faltava era o Governo não respeitar as decisões do Parlamento, a sua autonomia e o seu normal funcionamento. O Governo não comenta a ação do parlamento, o Governo responde politicamente perante o Parlamento”, acrescentou.

Por outro lado, justificou a profusão de vozes no Executivo que surgiram esta quarta-feira a justificar a decisão. É que também a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, veio sinalizar que “a defesa do interesse público e do Estado beneficiam de poder não tornar público um conjunto de informação nesta matéria”, e o gabinete da ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, alegar que a divulgação “[envolveria] riscos na defesa jurídica da posição do Estado”.

“É o Governo a cumprir o seu dever de explicar à opinião pública a fundamentação das decisões que toma. É um dever de transparência explicar qual o fundamento dessa decisão – e foi isso que os ministros fizeram”, resumiu António Costa, que falava em Lisboa ao lado de Olaf Scholz.

Luís Montenegro, líder do PSD, já acusou Fernando Medina e João Galamba da prática do crime de desobediência qualificada, classificando ainda como uma “ingerência inconcebível” esta recusa do Governo no envio dos documentos, mesmo que pudessem vir a ser classificados como confidenciais, ao abrigo do regime jurídico dos inquéritos parlamentares.

Lufthansa é “muito bem-vinda” à TAP

A privatização da TAP foi outro dos dossiês que marcaram o encontro entre António Costa e Olaf Scholz, que aconteceu esta tarde em São Bento. O primeiro-ministro português lembrou que o interesse da Lufthansa na transportadora aérea “não é recente” – “antes da Covid já tinha estado em negociações com o acionista privado para a aquisição da sua posição” –, disse que “obviamente a Lufthansa é muito bem-vinda”, mas garantiu que este é será “um processo transparente, onde todos partem em posições de igualdade”.

“A Lufthansa é uma grande companhia aérea, que tem uma estratégia de grande complementaridade relativamente ao que é o hub da TAP. [No entanto], quando abrirmos o processo, todos estarão no mesmo ponto da linha de partida e é o processo negocial que vai decidir o primeiro a chegar à meta”, resumiu António Costa.

Já o chanceler alemão, após sublinhar que este é um processo que envolve duas empresas, salientou igualmente a “complementaridade” entre as transportadoras dos dois países. “A ideia que tenho é que temos algo que podia funcionar bem. Por alguma razão já antes a Lufthansa se interessou pela TAP”, completou Olaf Scholz, na conferência de imprensa que se seguiu ao encontro que durou cerca de uma hora e em que reconheceu que, se não tivesse sido a pandemia, “já poderiam existir factos consumados nesse domínio”.

A ideia que tenho é que temos algo que podia funcionar bem. Por alguma razão já antes a Lufthansa se interessou pela TAP.

Olaf Scholz

Chanceler da Alemanha

Já no campo da energia, António Costa aplaudiu o “empenho pessoal” do congénere germânico para desbloquear o impasse nas negociações entre Portugal, Espanha e França para novas interconexões elétricas e de gás para o centro da Europa. “A Alemanha é uma importante aliada na estratégia de criação de um corredor verde com base no hidrogénio e outros gases renováveis, de forma a reforçar a autonomia energética da Europa. Esse empenho alemão foi decisivo”, indicou.

O primeiro-ministro referiu que “há investimentos já em curso” para fornecer a indústria portuguesa e que o país está “em condições para proceder à exportação por via marítima”. Em relação ao gasoduto entre Barcelona e Marselha, admitiu não conseguir dar uma “data exata” para a entrada em operação, até por haver ainda estudos em curso porque a rota foi alterada.

“Estamos bastante adiantados na parte portuguesa. (…) Não permitir o duplo uso para gás natural e hidrogénio verde veio retardar um pouco a utilização plena do hidrogénio verde porque implica a necessidade de duplicar a estrutura. Não é possível de um momento para o outro deixar de fornecer gás natural. É pena”, concluiu António Costa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.