Edifício da Impala, dona da revista Maria, está a ser leiloado online por mais de 9 milhões de euros
Sede da dona das publicações Nova Gente, TV7 Dias e Maria, que acumula milhões de dívidas, encontra-se em leilão até 30 de setembro. O valor base para as licitações é superior a nove milhões de euros.
A sede do grupo Impala, dono das publicações Nova Gente, TV7 Dias e Maria, foi colocada em leilão eletrónico pela massa falida da Impalagest, com o valor base fixado em 9,25 milhões de euros e o mínimo em 7.862.500 euros.
A Impala tem vindo a acumular vários Processos Especiais de Revitalização (PER) e de insolvência, bem como dívidas de dezenas milhões de euros a centenas de credores, incluindo ao Estado português, o que levou à colocação do seu icónico edifício em leilão. O leilão decorre até 30 de setembro.
Situado em Ranholas (Sintra), o edifício é composto por cave, rés-do-chão e três pisos superiores, totalizando uma área construída de 14.958,00 m², segundo a entidade leiloeira, que aponta que o ativo “inclui ainda uma parcela de terreno, ainda sem intervenção urbanística, com potencial para futuras expansões ou outro aproveitamento estratégico”.
A venda inclui o equipamento e mobiliário que está no interior, entre mobiliário de escritório, equipamento informático, eletrodomésticos e ainda “diverso material técnico e administrativo”.
Jacques Rodrigues, dono do grupo e que era conhecido como “barão da imprensa cor-de-rosa” chegou a ser detido em março de 2023 pela Polícia Judiciária, que realizou buscas na sede, por suspeita de crimes de corrupção, fraude e insolvência dolosa. Jacques Rodrigues foi libertado quatro dias depois com uma caução de 500 mil euros.
No verão do ano passado, a Polícia Judiciária (PJ) realizou novas buscas no grupo Impala, que surgiram da necessidade de documentação adicional, para dar seguimento à investigação. Na génese das buscas encontrava-se uma investigação criminal “cujo objeto visa um plano criminoso traçado para, entre o mais, ocultar a dissipação de património, através da adulteração de elementos contabilísticos de diversas empresas, em claro prejuízo de diversos credores, v.g., os trabalhadores, fornecedores e o Estado, estando reconhecidos créditos num valor total de cerca de 100 milhões de euros“, segundo revelou então a PJ.
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