Programa Floresta Ativa financia limpeza e gestão de terrenos

  • Lusa
  • 12 Junho 2025

A candidatura ao programa, com financiamento de seis milhões de euros, estende-se até 1 de agosto, prevendo um apoio entre 650 euros e 800 euros por hectare.

Os proprietários e organizações de produtores podem candidatar-se, até 1 de agosto, a um programa de apoio à limpeza e gestão de terrenos florestais, com uma dotação de seis milhões de euros para financiamento não reembolsável, foi hoje anunciado.

Em comunicado, os ministérios do Ambiente e Energia e da Agricultura e Mar informaram que o programa Floresta Ativa destina-se “à limpeza, gestão e valorização de terrenos florestais” no continente, financiado pelo Fundo Ambiental e operacionalizado pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).

O programa, com financiamento de seis milhões de euros, será dividido em duas fases, surge na sequência da “avaliação do projeto-piloto Vales Floresta” e foi desenvolvido no contexto do plano de intervenção para a floresta 2025-2050.

O processo de candidaturas do primeiro aviso arrancou em 2 de junho e estende-se até 1 de agosto, através da plataforma digital do ICNF (https://fau.icnf.pt), prevendo “um apoio de 650 euros por hectare para candidaturas individuais e de 800 euros por hectare para candidaturas coletivas”.

“As intervenções elegíveis visam a limpeza, beneficiação ou regeneração natural dos povoamentos florestais, de forma a garantir a descontinuidade horizontal e vertical da carga combustível, devendo estas áreas ser mantidas, por um período de três anos, em bom estado vegetativo e sanitário”, lê-se na nota.

A medida enquadra-se na estratégia nacional para a prevenção de incêndios rurais e na valorização da bioeconomia florestal. Para a ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, citada na nota, o Governo “está a valorizar quem cuida da floresta e a criar soluções para todo o território continental assente no investimento público, resiliência e futuro”.

“O Floresta Ativa é um exemplo de como colocamos os recursos do Fundo Ambiental ao serviço da proteção da paisagem, da segurança contra incêndios e da rentabilidade florestal”, acrescentou.

O ministro da Agricultura e Mar, José Manuel Fernandes, também citado no comunicado, sublinhou que “Portugal possui mais de 3 milhões de hectares de floresta, um recurso vital que exige uma gestão integrada, assente no conhecimento técnico, na inovação e na consciência pública”.

“As florestas não são apenas um património ambiental, são pilares fundamentais para a economia, a coesão territorial e a sustentabilidade do país”, concluiu.

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Grupo Bel recebe ok para comprar ativos da Palmelalimentar

  • Lusa
  • 12 Junho 2025

Em 22 de maio, o grupo Bel tinha notificado a Autoridade da Concorrência do "controlo exclusivo sobre o conjunto de ativos que compõem o negócio Central Cash”.

A Autoridade da Concorrência (AdC) deu “luz verde” à compra de um conjunto de ativos detidos pela Palmelalimentar, que compõem o negócio ‘central cash’, pelo grupo Bel, segundo um comunicado divulgado esta quinta-feira.

Numa nota no site, o regulador liderado por Nuno Cunha Rodrigues indica que o seu Conselho de Administração deliberou “adotar uma decisão de não oposição à operação de concentração”, referindo que “a mesma não é suscetível de criar entraves significativos à concorrência efetiva no mercado nacional ou numa parte substancial deste”.

Em 22 de maio, o grupo Bel tinha notificado a AdC de uma operação de concentração de empresas, que consistia “na aquisição, pelo Grupo Bel, S.A. através da Vales e Cordilheiras, Unipessoal, Lda, do controlo exclusivo sobre o conjunto de ativos que compõem o negócio Central Cash”.

A AdC lembrou que o Grupo Bel, liderado por Marco Galinha, conta com “atividade sobretudo nas áreas da logística, investigação, desenvolvimento e tecnologia, automação, indústria aeronáutica e aeroespacial, indústria metalomecânica, comunicação e media, soluções de energia e mobilidade sustentáveis, e imobiliário”.

Já a Central Cash é um “conjunto de ativos detidos pela Palmelalimentar – Armazenistas de Produtos Alimentares, S.A.” que são “utilizados para desenvolver a sua atividade de distribuição e comércio por grosso (‘cash and carry’) de produtos alimentares, de higiene e de limpeza, no território nacional”.

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Concorrência dá “luz verde” à compra da Via Verde pela Brisa

  • Lusa
  • 12 Junho 2025

A Autoridade da Concorrência considera que a operação não deverá criar entraves à concorrência no mercado.

A Autoridade da Concorrência (AdC) decidiu não se opor à compra do controlo exclusivo da Via Verde pela Brisa. “[…] O Conselho de Administração da Autoridade da Concorrência […] delibera adotar uma decisão de não oposição à operação de concentração”, lê-se numa nota divulgada esta quinta-feira pela AdC no seu site.

O regulador disse ainda que esta operação não deverá criar entraves à concorrência no mercado. Em 20 de março, a Brisa notificou a AdC da compra dos 25% que o grupo Ascendi detém na Via Verde, tendo em vista deter a totalidade do capital da empresa.

A Brisa já tinha comprado a participação da SIBS na sociedade, em 2021, ficando-lhe apenas a faltar a posição da Ascendi para controlar a Via Verde na totalidade.

O capital da Ascendi é controlado pela Ardian, uma sociedade independente de investimento privado sediada em França e que gere ativos na Europa, América do Norte e Ásia.

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Governo afasta despedimentos e cortes salariais com reforma do Estado

O ministro da Presidência garantiu que a reforma da Administração Pública passa pela redução de "estruturas, observatórios e de papelada", mas nega cortes no pessoal e nos ordenados.

O Governo afasta despedimentos e cortes salariais com a reforma do Estado, garantiu esta quinta-feira o ministro da Presidência, António Letão Amaro, no final do Conselho de Ministros que aprovou o programa do segundo Executivo de Luís Montenegro. O documento será debatido no Parlamento nos dias 17 e 18.

“Se a sua pergunta é se isso implica despedimentos de trabalhadores públicos ou corte nos vencimentos dos trabalhadores públicos, a resposta é não”, assegurou o governante em resposta aos jornalistas. “Não é despedimento de trabalhadores públicos, não é corte nos vencimentos dos trabalhadores públicos. Esta, felizmente, é uma reforma que é feita num momento que não é de emergência financeira”, reforçou.

Leitão Amaro explicou que a reestruturação em curso, que deverá gerar poupanças de 23 milhões de euros por ano, apenas irá cortar em “serviços, estruturas e papelada”.

“Se é corte de papelada que tem que ser entregue e pode ser circulada através de meios digitais? Se é corte nos prazos de decisão? Se é corte, em alguns casos, do número de estruturas de observatórios, de grupos de trabalho, de entidades da administração pública? Sim”, clarificou.

O ministro da Presidência lembrou que o Executivo está, desde o ano passado a conduzir uma reforma, através da qual já reduziu “oito secretarias-gerais” numa só, a secretaria-geral do Governo. E, no Ministério das Finanças, o Governo fundiu várias entidades e criou duas autoridades: a Entidade Orçamental, que junta a Direção-Geral do Orçamento (DGO) e a Unidade de Implementação da Lei de Enquadramento Orçamental (UniLeo); e a Entidade do Tesouro e das Finanças, que agrega a Unidade Técnica de Acompanhamento e Monitorização do Setor Público Empresarial (UTAM), a Unidade Técnica de Acompanhamento de Projetos (UTAP) e a a Direção-Geral do Tesouro e Finanças.

Pelo caminho ficou o Centro de Pessoas da Administração Pública, que acabou por ser vetado pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, pelo facto de fundir o Instituto Nacional de Administração (INA) nessa nova estrutura.

Leitão Amaro voltou a assegurar que em causa não estão os vencimentos dos funcionários públicos nem cortes nos recursos humanos, bem pelo contrário: “A lógica desta reforma é, como o Governo anterior e este primeiro-ministro já demonstraram, de valorização dos trabalhadores públicos”.

A este respeito, sublinhou que o programa do Governo “inclui uma lógica de valorização da Função Pública não só pela revisão de carreiras, mas também por ímpeto adicional pela valorização do mérito, dos resultados e das funções mais qualificadas”.

“Existe um acordo plurianual assinado entre o Governo e as estruturas que representam os trabalhadores da Função Pública, excluindo uma das entidades que nunca assina nada”, referindo-se à Frente Comum, afeta à CGTP, “que prevê uma lógica de aumentos salariais transversais”, que são para cumprir, frisou.

(Notícia atualizada às 19h07)

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Programa do Governo será entregue no sábado à Assembleia da República

Conselho de Ministros aprovou o programa do Governo, que será entregue no sábado ao Parlamento. Executivo tem "uma agenda transformadora” com 10 prioridades.

O Conselho de Ministros aprovou esta quinta-feira à tarde o programa de Governo que é debatido na próxima semana, nos dias 17 e 18, no Parlamento. O PCP avançou com uma moção de rejeição, condenada logo à partida, uma vez que será chumbada com o apoio dos votos do Chega e do PS, que já garantiram a viabilização do segundo Executivo de Luís Montenegro.

O executivo “aprovou o programa de Governo que irá apresentar no sábado à Assembleia da República”, disse o ministro António Leitão Amaro, no final do Conselho de Ministros, considerando tratar-se de “uma agenda transformadora” que contempla “dez prioridades de transformação, 10 dimensões de reforma, que mudarão o país”.

Leitão Amaro fala em “10 transformações prioritárias que o Governo assume para o país”, sublinhando que “este Programa de Governo tem uma dimensão inovadora que expressa bem a ambição de transformação que o Governo tem para o país, no seu formato e no seu conteúdo”. Classificou mesmo como “ambicioso” este “programa para transformar o país”.

“Este Governo sabe que a responsabilidade que sobre nós impende é transformar o nosso país para melhor, colocá-lo entre os melhores da Europa, resolver os problemas das pessoas, e é isso que nós propomos”, salientou.

Conheça as 10 áreas prioritárias do programa do Governo:

  1. Política de rendimentos que valoriza o trabalho e a poupança, o mérito e a justiça social”. Com medidas sobre o salário, a redução do IRS e “a revisão do regime de apoios sociais para, como o primeiro-ministro tem dito várias vezes, garantir que trabalhar vale mais a pena do que não trabalhar”, notou Leitão Amaro.
  2. A reforma do Estado e a guerra à burocracia “que descomplique a vida dos cidadãos e das empresas”: simplificação de procedimentos, digitalização do Estado, revisão orgânica e das estruturas da Administração Pública, e uma nova política de recursos humanos dirigida para valorizar o mérito, as qualificações e desempenho dos trabalhadores da Administração Pública.
  3. “Criar riqueza, acelerar a economia e aumentar o valor acrescentado da atividade económica” do país com redução do IRC e simplificação fiscal, entre outras medidas para viabilizar o reforço de escala nas empresas, rever o regime dos instrumentos de capitalização de aceleração dos fundos, regime de insolvência e uma revisão para legislação laboral. Mas, advertiu o ministro, “sempre na ótica de valorizar o trabalho, o mérito, o valor acrescentado e a modernização das condições de trabalho para uma economia em transformação”.
  4. Política de “imigração regulada e humanista”. Reforço do controlo de entradas, de revisão dos regimes das portas de entrada, da lei da nacionalidade, da Unidade de Estrangeiros e Fronteiras na PSP”, dos mecanismos de retorno. Acresce a “conclusão do processo de resolução de pendências”.
  5. Colocar os serviços essenciais — Educação, Saúde e mobilidade — a funcionar para todos, “com qualidade assente na complementaridade entre oferta pública, privada e oferta social”.
  6. Reforçar a segurança, com mais proximidade, presença nas ruas, e atividade das forças e serviços. Justiça mais rápida, em particular nos crimes mais graves, e combate à corrupção, dando continuidade à agenda anticorrupção lançada pelo anterior executivo PSD/CDS-PP, sob liderança do atual primeiro-ministro Luís Montenegro.
  7. Construir Portugal. Mobilizar todos os setores para a ultrapassar a crise de habitação, com maior oferta e mais apoios ao rendimento. “Libertar a capacidade de construção e reabilitação de oferta privada e cooperativa; é muito por aqui que vai passar a resposta” para que “os preços não continuem a aumentar”, referiu Leitão Amaro. O governante reafirmou o compromisso de construir 59.000 casas e financiar os planos municipais, além de rever o regime de arrendamento.
  8. Construção de infraestruturas que projetam o país, como o novo aeroporto Luís de Camões, “prosseguir com a privatização da TAP”, avançar nas “linhas de alta velocidade projetadas e anunciadas pelo governo anterior” e garantir o reforço das linhas de transporte de energia elétrica.
  9. Estratégia “Água que Une” com vista a combater a falta de abastecimento em determinadas zonas do país. “Dotará o país das infraestruturas, da capacidade de armazenamento, consumo eficiente, transporte para os vários usos, num país que tem sido em vários anos muito afetado por alterações climáticas e por escassez hídrica em várias regiões do país”, detalhou Letão Amaro.
  10. Plano de reforço estratégico do investimento em defesa. “Não é apenas o reforço da despesa em defesa, a antecipação da meta de despesa em defesa, [mas sim] um plano de reforço estratégico do investimento e do aproveitamento do conhecimento da economia e a nossa capacidade industrial para produzir e gerar aqui oportunidades de atividade económica e criação de emprego e de riqueza para o país”, explanou.

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Guns N’ Roses agitaram Coimbra com mais 35% de gastos dos turistas estrangeiros

O concerto da histórica banda norte-americana Guns N’ Roses, em Coimbra, agitou a economia local. Gasto de estrangeiros aumentou face a 2024. Portugueses foram menos efusivos.

A banda de Axl Rose, Slash e Duff McKagan, que a 6 de junho levou ao palco de Coimbra míticas músicas como Knockin’ on Heaven’s Door ou Paradise City, teve um significativo impacto económico positivo nos negócios locais da cidade, que faturaram mais 12,4% do que no dia equivalente de 2024.

Este aumento, constante no relatório Reduniq Insights, foi principalmente impulsionado pelo consumo dos turistas estrangeiros, que cresceu 35,3% face a 2024, enquanto o consumo nacional apenas subiu 10%.

O relatório, realizado pela UNICRE e que avalia a evolução do desempenho do comércio através das transações por cartão, focou-se na faturação dos negócios em Coimbra no dia da atuação da histórica banda norte-americana e comparou-a com a verificada na sexta-feira equivalente no calendário de 2024, ocorrida a 7 de junho.

Contudo, quando analisado o ticket médio — que corresponde ao valor médio gasto por compra — constata-se uma ligeira quebra de 8,9% deste valor, que passa dos 29,19 euros do ano passado para os 26,59 euros em 2025. Segundo Tiago Oom, Head of Merchant Acquiring da UNICRE, esta descida “pode justificar-se por uma maior contração do consumo por parte dos portugueses, espelhado na descida de 10,4% do ticket médio nacional para 25,93 euros”.

Instagram Guns N’ Roses12 junho, 2025

Esta quebra foi, contudo, compensada pelo impulso de 4%, para 33,14 euros, do ticket médio estrangeiro. Mesmo assim, apesar do impacto positivo do consumo estrangeiro na região, são os portugueses quem mais contribuiu para a economia local no dia do concerto: uma faturação de 88,6% do total registado, segundo adianta a Reduniq Insights, num comunicado.

Espanha foi a nacionalidade com maior peso de faturação estrangeira na região neste dia de atuação da banda formada há quatro décadas na Califórnia, com 17,5% dos gastos totais, a que se seguiu o Brasil (13,7%), Estados Unidos (9,8%), Irlanda (8%) e França (7,9%).

Se analisarmos por setor, o consumo nacional aumentou nas gasolineiras (82,5%), restauração (39,7%) e supermercados (4,4%) enquanto o consumo estrangeiro registou uma subida na hotelaria e atividades turísticas (127%), restauração (29,9%) e supermercados (19,9%).

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Cinco dos seis barcos elétricos do Tejo estão com avarias, diz autarca do Seixal

  • Lusa
  • 12 Junho 2025

No trajeto entre o Seixal e Lisboa "são necessários quatro barcos, três em circulação e um de reserva. Atualmente, está apenas um elétrico a funcionar neste percurso e dois a gasóleo”, diz o autarca.

Cinco dos seis barcos elétricos que podem fazer a travessia entre a margem sul e Lisboa estão com avarias, sendo necessária a intervenção de elementos do estaleiro construtor, disse à agência Lusa o presidente da Câmara Municipal do Seixal.

Paulo Silva falava à agência Lusa na sequência de uma reunião com a administração da Transtejo Soflusa, face aos sucessivos constrangimentos no serviço fluvial entre o Seixal e Lisboa, com supressões e incumprimentos de horários. O autarca adiantou que a empresa lhe indicou que na próxima semana o problema estaria resolvido, sendo necessária a intervenção de técnicos do estaleiro construtor dos barcos elétricos que operam no Tejo.

Para que o serviço prestado entre o Seixal e Lisboa decorra sem problemas são necessários quatro barcos, três em circulação e um de reserva. Atualmente, está apenas um elétrico a funcionar neste percurso e dois a gasóleo”, disse. O presidente da Câmara Municipal do Seixal adiantou que os sucessivos constrangimentos na ligação fluvial entre o seu concelho e Lisboa têm provocado descontentamento entre a população que deixou de confiar no transporte fluvial.

Mesmo em hora de ponta, a taxa de ocupação dos barcos anda à volta dos 50 por cento”, disse. Paulo Silva adiantou que vai continuar atento à situação e que vai pedir uma reunião com o Governo agora empossado para exigir a resolução de um problema crónico que afeta particularmente a população do Seixal.

A Transtejo Soflusa (TTSL) é a empresa responsável pela ligação fluvial entre o Seixal, Montijo, Cacilhas, Barreiro e Trafaria/Porto Brandão, no distrito de Setúbal, e Lisboa. Em 2024, a TTSL transportou na ligação fluvial entre o Seixal e Lisboa um total de 1.040.043 passageiros.

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Lítio. Savannah lamenta “mentiras” contra mina do Barroso

  • Lusa
  • 12 Junho 2025

“O nosso projeto orgulha-se do reconhecimento da Comissão Europeia como projeto estratégico para a Europa", lembra a Savannah.

A Savannah afirmou esta quinta-feira que se orgulha do reconhecimento da Comissão Europeia à mina do Barroso, que classificou como projeto estratégico, considerando que os seus opositores continuam “a espalhar mentiras” e a “reciclar argumentos” já refutados.

A associação Unidos em Defesa de Covas do Barroso (UDCB), a MiningWatch Portugal e a ClientEarth contestaram o apoio dado pela Comissão Europeia à mina de lítio, no concelho de Boticas, no norte do distrito de Vila Real, e pediram na quarta-feira uma reavaliação da decisão de a classificar como projeto estratégico, ao abrigo do Regulamento das Matérias-Primas Críticas.

As três organizações não-governamentais (ONG) consideraram que a Comissão Europeia “não avaliou corretamente” os riscos ambientais e sociais da mina a céu aberto, pelo que apresentaram uma queixa a este organismo europeu, que terá de dar uma resposta em 22 semanas, podendo depois avançar para o Tribunal de Justiça da União Europeia.

“O nosso projeto orgulha-se do reconhecimento da Comissão Europeia como projeto estratégico para a Europa. Orgulha-se também do papel decisivo que pode desempenhar na reindustrialização de Portugal, na geração de empregos no interior do país e na transição energética da Europa. É uma responsabilidade muito grande que temos em mãos, e queremos estar à altura dela”, referiu à agência Lusa a Savannah, numa reação à iniciativa das ONG.

A empresa lamentou ainda que se “continuem a espalhar mentiras sobre o projeto lítio do Barroso, de forma intencional e repetida”.

“O grupo de pessoas por detrás da queixa hoje anunciada está, mais uma vez, a reciclar argumentos que foram já várias vezes refutados, que carecem de base científica, que se baseiam num estudo feito por alguém que repete as mesmas teses em cada projeto que ‘avalia’ e que se baseia em premissas erradas”, referiu.

Exemplificando com a tese de que a mina “terá uma barragem de rejeitados, e que essa é perigosa”, quando a “barragem de rejeitados é uma infraestrutura que simplesmente não existe neste projeto”.

Entre as preocupações reveladas pelas ONG estão a proposta “insegura” para o armazenamento de rejeitos (resíduos sólidos e/ou líquidos que são descartados após o processamento do minério), ainda as fontes de água propostas para a mina “consideradas inviáveis” e a “aprovação do local não cumpre as condições ambientais necessárias”.

As organizações lembraram que os residentes das aldeias próximas, como Covas do Barroso, Romaínho ou Muro, há muito alertam que o projeto põe em risco as suas terras e os seus meios de subsistência.

As mentiras não se tornam verdades por serem repetidas. Somos um dos projetos mais escrutinado do país, com uma sólida e transparente base técnica”, apontou ainda a Savannah. A mina de lítio a céu aberto obteve uma Declaração de Impacte Ambiental (DIA) condicionada em 2023 e a empresa prevê iniciar a produção em 2027.

Num comunicado, a Savannah apontou para o “bom progresso dos trabalhos, tanto no terreno como nas várias outras frentes”, disse que continua com o “normal programa de aquisição amigável de terrenos” e a trabalhar com as autoridades para a obtenção de acesso a terrenos através dos instrumentos legais à sua disposição, como são as figuras da servidão administrativa ou da expropriação.

Segundo a empresa, também os trabalhos de preparação do Relatório de Conformidade Ambiental do Projeto de Execução (RECAPE) “continuam a bom ritmo”, referindo ainda que, em abril, submeteu à Agência Portuguesa do Ambiente (APA) o estudo de impacto ambiental da futura estrada variante de 16 quilómetros prevista no projeto.

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Sánchez afasta eleições antecipadas após suspeitas de corrupção no PSOE

Primeiro-ministro espanhol adiantou que vai pedir uma auditoria externa às contas do partido na sequência do escândalo que envolve membros do PSOE, que exigiriam dinheiro em troca de adjudicações.

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, afastou esta quinta-feira a convocatória de eleições antecipadas no país, na sequência do escândalo que rebentou no PSOE sobre suspeitas de corrupção que já levaram à demissão do secretário do partido. Apesar de ter adiantado que não vai pedir eleições, o chefe do Governo espanhol pediu “perdão aos cidadãos” e anunciou uma auditoria externa às contas do partido.

Não haverá eleições antes de 2027, porque não se trata de mim, do Partido Socialista ou dos deputados do PSOE, trata-se de um projeto político que está a fazer bem ao nosso país“, afirmou o primeiro-ministro espanhol. “O que Espanha precisa agora é de estabilidade e certeza para continuar com as transformações sociais e económicas”, acrescentou, numa resposta à oposição.

O PP e o Vox pediram a Sánchez que se demitisse e pedisse eleições antecipadas, depois de terem vindo a público as suspeitas de corrupção no partido do primeiro-ministro.

Um relatório da UCO (Universidade Central da Catalunha) expôs um caso em que membros do partido – José Luis Ábalos, Koldo García e Santos Cerdán – teriam exigido dinheiro em troca da contratação de obras públicas. A investigação revela que eles teriam recebido 620.000 euros. Já a Guarda Civil alega ter “fortes indícios” da prática de dois crimes: participação em quadrilha criminosa e suborno.

O escândalo já está a fazer rolar cabeças no partido. O secretário do PSOE, Santos Cerdán, apresentou a sua demissão e mostrou-se disponível para dar todas as explicações perante o Tribunal Supremo, apesar de ter negado participar nas adjudicações ilícitas.

Por seu lado, o primeiro-ministro, na sede do PSOE, pediu desculpas e disse que “até esta manhã” estava convencido da integridade de Santos Cerdán. “Durante semanas e meses, circularam rumores sobre supostas investigações em andamento, mas não havia provas do envolvimento de Santos Cerdán no notório caso Koldo. Esta manhã, essas pistas surgiram, e são claramente muito graves, e é por isso que esta tarde pedi a renúncia de Santos Cerdán”, explicou Sánchez.

O líder do PP, Alberto Núñez Feijóo, considerou que o caso é “de extrema gravidade”, mas disse que o partido para já não está a considerar avançar com uma moção de censura. “Não vamos precipitar-nos”, disse.

(Notícia atualizada)

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Ministério Público pede extinção do partido Ergue-te

  • Lusa
  • 12 Junho 2025

O Tribunal Constitucional pode decretar a extinção de um partido quando não apresenta "contas em três anos consecutivos ou cinco interpolados num período de 10 anos".

O Ministério Público pediu a extinção do partido Ergue-te por ter falhado a apresentação de contas nos últimos três anos, confirmou a agência Lusa junto de fonte do Tribunal Constitucional (TC). “A ação corre termos na 4.ª Secção sob o número de processo 621/2025”, refere o TC numa resposta enviada à agência Lusa.

De acordo com o artigo 18 da lei dos partidos políticos, o Tribunal Constitucional pode decretar a extinção de forças partidárias em várias situações, sendo uma delas a “não apresentação de contas em três anos consecutivos ou cinco interpolados num período de 10 anos”.

É este o artigo em causa que poderá ditar a extinção do partido Ergue-te, antigo PNR, presidido por Rui Fonseca e Castro, expulso da magistratura judicial por incentivar, na qualidade de juiz, à violação das leis relativas à prevenção da pandemia da covid-19.

O Ergue-te é um partido nacionalista de extrema-direita, que foi criado a partir do Partido Nacional Renovador (PNR), então liderado por José Pinto Coelho.

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Pelo menos uma pessoa sobreviveu ao acidente aéreo na Índia

  • Lusa
  • 12 Junho 2025

As equipas de socorro recuperaram 204 corpos do local do acidente do voo da Air India com destino a Londres que se despenhou em Ahmedabad, no noroeste da Índia.

Pelo menos uma pessoa sobreviveu ao desastre aéreo desta quinta-feira em Ahmedabad, na Índia, e está a receber tratamento hospitalar, disse uma fonte da polícia à comunicação social.

Canais televisivos indianos divulgaram imagens em que se vê um homem que afirmam ser um sobrevivente do acidente com o voo AI171 da companhia Air India, que se despenhou com 242 pessoas a bordo, incluindo sete de nacionalidade portuguesa.

O chefe da polícia da cidade do noroeste da Índia, G.S. Malik, confirmou o resgate de uma pessoa com vida que estava sentada no banco 11A do aparelho, um Boeing 787-8, que se despenhou. As equipas de socorro recuperaram 204 corpos do local do acidente do voo da Air India com destino a Londres que se despenhou em Ahmedabad, no noroeste da Índia, anunciou a polícia local.

“Recuperámos 204 corpos e 41 pessoas estão atualmente a ser tratadas”, disse G.S. Malik à agência de notícias France-Presse (AFP). O canal indiano NDTV noticiou que pelo menos cinco pessoas morreram e várias ficaram feridas depois de o avião se ter despenhado contra uma residência de estudantes de Medicina.

As vítimas mortais em terra são quatro estudantes universitários e um médico residente do BJ Medical College, que se encontravam no edifício no momento do impacto, informou a NDTV, segundo a agência de notícias espanhola EFE. O acidente ocorreu por volta da hora do almoço.

O avião despenhou-se com os depósitos cheios de combustível, dado que acabara de descolar do aeroporto de Ahmedabad, uma cidade com mais de cinco milhões de habitantes no noroeste da Índia. O aparelho da Air India que fazia a ligação entre Ahmedabad e Londres, transportava 242 pessoas, incluindo 230 passageiros e 12 tripulantes.

Sete portugueses figuram na lista de passageiros, segundo a Air India, bem como 169 indianos, 53 britânicos e um canadiano.

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Câmara de Évora começa a cobrar taxa turística a partir de 1 de agosto

  • Lusa
  • 12 Junho 2025

O município espera encaixar 600 mil euros por ano com a nova taxa, admitindo que, nos primeiros meses de aplicação, “haverá alguma adequação” e a cobrança poderá não ser normal.

A Câmara de Évora vai começar a cobrar, a partir de agosto, uma taxa de 1,5 euros por hóspede e por noite nos estabelecimentos turísticos do concelho, prevendo uma receita anual mínima de 600 mil euros. “O regulamento já foi publicado” em Diário da República, pela que a Taxa Municipal Turística de Évora “entra em vigor no dia 1 de agosto”, realçou esta quinta-feira o presidente da câmara, Carlos Pinto de Sá, em declarações à agência Lusa.

Consultado pela Lusa, o regulamento da Taxa Municipal Turística de Évora, publicado no dia 06 em Diário da República, determina a entrada em vigor no primeiro dia do segundo mês seguinte ao da sua publicação. “Estamos agora a preparar tudo, quer do ponto de vista das plataformas informáticas necessárias para o devido registo, como também a estabelecer contactos com [quem explora] as unidades que vão cobrar a taxa para lhes explicar o funcionamento”, adiantou.

Pinto de Sá previu que o município obtenha com a taxa uma receita mínima anual de 600 mil euros, admitindo que, nos primeiros meses de aplicação, “haverá alguma adequação” e a cobrança poderá não ser normal. “Será uma receita que consideramos importante para o município poder garantir e reforçar investimentos em áreas como da limpeza e higiene pública, promoção turística e conservação de monumentos, algumas bastante carenciadas”, salientou.

O regulamento fixa a cobrança de 1,5 euros por hóspede com mais de 16 anos e por noite nos estabelecimentos turísticos do concelho, até um máximo de três noites seguidas, estando previstas algumas isenções.

De acordo com as normas, os hóspedes e um acompanhante cuja estadia seja motivada por tratamentos médicos no concelho, portadores de deficiência e estudantes dos estabelecimentos de ensino do concelho não pagam a taxa. As unidades turísticas e de alojamento têm até ao dia 15 do mês seguinte ao da sua cobrança para declarar à câmara o valor cobrado, devendo entregar a verba no prazo de 10 dias úteis após a apresentação da declaração.

A par da taxa turística, será ainda constituída uma entidade, designada Comité de Investimento, cuja composição será determinada pelo município, para a gestão e aplicação da receita arrecadada com a taxa. “A receita da taxa turística deverá ser aplicada em áreas da atividade municipal, designadamente a promoção turística, recuperação do património e do espaço público, a higiene e limpeza urbanas, cultura e desporto, emergência e proteção civil”, lê-se no regulamento.

Na nota justificativa do regulamento, o presidente da câmara salienta que “Évora tem registado nos últimos anos um desenvolvimento significativo do turismo”, indicando que o concelho registou 694.895 dormidas, em 2023.

“O incremento dos fluxos turísticos, embora seja um vetor de desenvolvimento económico, conduz a uma maior necessidade da atuação em competências diretas do município, de modo a mitigar o efeito da ‘pegada turística’: manutenção e qualificação das infraestruturas, equipamentos e espaços públicos”, alega.

O município retomou em 2024 a discussão em torno da aplicação de uma taxa turística no concelho, depois de ter suspendido o processo, em junho de 2020, pouco meses após o início da pandemia de covid-19.

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