Seguradoras reduzem custos com pessoal e aumentam faturação na Madeira

Segundo os últimos dados divulgados pela DREM, quase todas (10) as seguradoras estão estabelecidas no Funchal, apenas uma está no município Santa Cruz.

As seguradoras na Região Autónoma da Madeira reduziram os custos com o pessoal mas aumentaram o valor de faturação em prémios emitidos.

Maria José Fortes, João Welsh e Miguel Santa Clara lideram a CBK que é um símbolo dos seguros na Madeira.

Segundo os dados avançados esta quinta-feira pela Direção Regional de Estatística da Madeira (DREM), existiam 11 empresas de seguros na região, o mesmo número que no ano anterior. Também o número de pessoas ao serviço foi igual a 2022, 43.

Já os custos com pessoas situaram-se nos 1.896 milhares de euros, registando “uma redução de 0,8%” em termos homólogos. Enquanto os os prémios brutos emitidos pelos estabelecimentos de empresas de seguros “subiram para os 72,8 milhões de euros” em 2023, mais 27,5% que no ano anterior.

Quase todas (10) as seguradoras estão estabelecidas no Funchal, apenas uma está no município de Santa Cruz.

Entre as seguradoras com estabelecimentos no arquipélago atualmente encontra-se a Fidelidade e a Mapfre, como indicam no respetivo sítio da internet.

Quanto ao ramo da distribuição dos seguros, que não está contabilizado nos dados divulgados nesta quinta-feira, as principais empresas também atuam na região. Entre eles está a maior corretora em volume de negócios em Portugal em 2023, a MDS, que no ano passado comprou a mediadora madeirense Bónus e já estava presente na região através da MDS Winbroker. A segunda maior corretora, Sabseg, também tem um escritório no Funchal, enquanto a CBK continua a ser um símbolo dos seguros na região.

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Disa Lusitânia avança com patrocínio ao piloto de rali Renato Pita

  • + M
  • 6 Fevereiro 2025

No âmbito da parceria, o público poderá conhecer o piloto e o seu novo carro, a 15 de março, em Viana do Castelo. A viatura também estará em exposição em alguns postos da Shell ao longo de 2025.

A Disa Lusitânia anunciou o seu patrocínio a Renato Pita, piloto de rali, numa parceria que “reforça o compromisso da marca com os desportos motorizados, a inovação no setor da mobilidade e a segurança rodoviária“.

A colaboração entre a empresa da Shell em Portugal e o piloto português visa também assinalar o 20º aniversário da carreira do atleta, que faz este ano a sua estreia no Campeonato de Portugal de Todo-o-Terreno.

Apoiar o Renato Pita reforça o nosso compromisso com a segurança e a inovação no desporto automóvel. Estamos muito entusiasmados com esta parceria que celebra os 20 anos de carreira de um piloto de referência”, diz Guilherme Marques, membro da comissão executiva na DISA Lusitânia, citado em comunicado.

Já Renato Pita acrescenta que é com “grande satisfação” que abraça a parceria com a Shell, “uma marca de prestígio no setor automóvel”. “Este apoio reconhece o trabalho desenvolvido ao longo da minha carreira e é um incentivo para enfrentar os próximos desafios“, acrescenta.

No âmbito desta parceria, o público poderá conhecer o piloto e o seu novo carro, no próximo dia 15 de março, em Viana do Castelo, de onde Renato Pita é natural. A viatura também estará em exposição em alguns postos da Shell ao longo de 2025, “como parte de uma campanha destinada a aproximar os clientes da marca das iniciativas desportivas”.

Com uma carreira iniciada em 2005, Renato Pita já competiu em mais de 100 provas nacionais e internacionais, acumulando 26 vitórias e sete títulos. “Em duas décadas de competição, distinguiu-se pela consistência e pelos resultados obtidos, incluindo a vitória no Tour European Rally 2WD Trophy em 2017 e o vice-campeonato no Campeonato Nacional de Ralis 2RM.

Para além das suas conquistas desportivas, Renato é reconhecido pela sua dedicação à responsabilidade social. Desde 2013, atua como Embaixador pela Ética no Desporto, promovendo valores como fair-play e respeito, e é mentor do projeto ‘Etapa Segura’, que sensibiliza os mais jovens para a segurança rodoviária”, refere-se em nota de imprensa.

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Lucro da MetLife sobe 206% para 4.200 milhões em 2024

Na região da EMEA, as vendas da seguradora situaram-se em 251 milhões de dólares no último trimestre de 2024, um aumento de 28% em comparação com o trimestre homólogo, ajustado a câmbio constante.

A MetLife registou uma faturação total global de 52.520 milhões de dólares em 2024, mais 1% do registado no ano anterior que se situou em 51.961 milhões.

A nível global, o lucro líquido MetLife subiu 206% face a 2023 para 4.200 milhões de dólares no ano passado, o que representa um lucro por ação de 5,94 dólares. Comparando com o mesmo período do ano anterior, houve um aumento nos lucros, que se situavam em 1.400 milhões de dólares, correspondendo a 1,81 dólares por ação – valorização de 228% em termos homólogos. A rentabilidade financeira, medida pelo ROE, situou-se em 16,9%.

Michel Khalaf, presidente e diretor-executivo da MetLife. “Superámos os nossos compromissos de cinco anos do programa Next Horizon e iniciamos a nossa estratégia New Frontier a partir de uma posição de força, com um maior enfoque no crescimento responsável.”.

A seguradora registou receita mais de 14.475 milhões de dólares no quarto trimestre de 2024, um aumento de 6% em termos homólogos. No último trimestre do ano passado, a seguradora registou um lucro global de 1.200 milhões de dólares, superior aos 574 milhões registados no mesmo trimestre no ano anterior.

“A força e resiliência da MetLife foram evidentes em 2024, ao apresentarmos resultados sólidos no quarto trimestre e no ano completo”, afirmou Michel Khalaf, presidente e diretor-executivo da MetLife. “Superámos os nossos compromissos de cinco anos do programa Next Horizon e iniciamos a nossa estratégia New Frontier a partir de uma posição de força, com um maior enfoque no crescimento responsável.”

Na região da Europa, Médio Oriente e África (EMEA), que inclui as operações em Portugal, as vendas da seguradora situaram-se em 251 milhões de dólares, um aumento de 28% em comparação com o trimestre homólogo, quando ajustado a câmbio constante.

Quanto às receitas ajustadas foram de 652 milhões de dólares, um aumento de 13% numa base de câmbio constante, devido a vendas fortes em toda a região.

O lucro depois de impostos na região EMEA alcançou os 59 milhões de dólares, o que representa um crescimento de cerca de 26% em relação ao último trimestre de 2023 numa base reportada, e de 31% ajustado ao câmbio constante. O crescimento foi impulsionado pelo aumento de vendas e encargos fiscais mais baixos.

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Reneé Rapp é a nova embaixadora global da L’Oréal

  • + M
  • 6 Fevereiro 2025

Rapp "representa a voz de uma geração que valoriza a verdade, a inclusão e a coragem para desafiar normas" e "a sua jornada artística e pessoal reflete os valores que a L'Oréal promove", diz a marca.

A cantora e atriz Reneé Rapp é a nova embaixadora global da L’Oréal, numa parceria que visa reforçar “o compromisso da L’Oréal Paris em celebrar mulheres autênticas, fortes e inspiradoras”.

“Estou muito feliz por me juntar à L’Oréal Paris, ao lado de mulheres incríveis que inspiram as pessoas a mostrarem a sua força, seja de que forma for. Numa época em que é fácil sermos consumidos por dúvidas, eleva a tua voz e sê tu mesma. Sê radical, fica zangada, se for preciso, e sê sempre verdadeira”, diz a artista, citada em comunicado.

Já Delphine Viguier-Hovasse, presidente global da marca L’Oréal Paris, refere que a marca está entusiasmada por contar com Reneé Rapp como nova embaixadora da marca. “Reneé é uma artista feminista que personifica a autenticidade, a aceitação das suas próprias escolhas e a firmeza em não se deixar subjugar. Disse-me: ‘As pessoas não gostam de mulheres com opiniões… e eu tenho muitas opiniões’. Sem dúvida, ela merece”, refere.

Tendo o seu álbum de estreia, Snow Angel, sido o mais vendido por uma artista estreante em 2023, Reneé Rapp tem vindo a “consolidar-se como uma talentosa compositora com uma voz impressionante”, mas também a “inspirar milhares de pessoas na sua jornada pela autoestima” enquanto defensora da igualdade LGBTIQA+ e da saúde mental, lê-se em nota de imprensa.

Segundo a marca, enquanto “novo ícone da cultura pop”, Reneé Rapp “representa a voz de uma geração que valoriza a verdade, a inclusão e a coragem para desafiar normas“, sendo que “a sua jornada artística e pessoal reflete os valores que a L’Oréal Paris promove globalmente“.

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Mercado livre de gás natural com 72% do total de clientes em 2024

  • Lusa
  • 6 Fevereiro 2025

A quase totalidade do número de clientes do mercado livre concentra-se no segmento dos clientes residenciais, que representa mais de 95% do total dos contratos.

O mercado livre de gás natural registou um número acumulado de mais de 1,1 milhões de clientes em dezembro de 2024, um crescimento de 0,4% face a 2023 e que representou quase 72% do total dos contratos.

Segundo os dados divulgados pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), em dezembro, este mercado, no qual os preços são determinados por cada comercializador e não pelo regulador, registou um aumento líquido de 1.360 clientes face a novembro.

No final de 2024, o mercado liberalizado desta fonte de energia representava 71,9% dos clientes. A quase totalidade do número de clientes do mercado livre concentra-se no segmento dos clientes residenciais, que representa mais de 95% do total dos contratos.

Em termos de consumo, a ERSE detalha que foi de 2.578 GWh, cerca de 0,9% abaixo do valor registado em novembro e 3% superior ao alcançado em dezembro de 2023. “O consumo no mercado livre representou em dezembro cerca de 96% do consumo total registado em Portugal continental”, detalha a entidade reguladora.

A Galp manteve a posição como principal operador no mercado livre em consumo (51,7%), enquanto a EDP Comercial liderou em número de clientes (40,2%), apesar da quebra registada desde março de 2022, lembra a ERSE.

“A Galp manteve a sua liderança no segmento de clientes industriais (35,2%) apresentando um decréscimo de 0,3 pontos percentuais (p.p.), e no segmento de grandes consumidores (57,1%) verificou-se também um decréscimo de 0,1 p.p. na sua quota de mercado, face a novembro de 2024”, segundo a nota divulgada pela entidade liderada por Pedro Verdelho.

Clientes no mercado livre de eletricidade aumentam 2,2%

O mercado liberalizado de eletricidade tinha 5,7 milhões de clientes no final de 2024, um aumento de 2,2%, com a EDP a manter a liderança, com mais de 61,6% do mercado, apesar de ter perdido quota.

Segundo os dados divulgados pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), em dezembro, o mercado livre registou um aumento líquido de 9.105 clientes face a novembro e um crescimento de aproximadamente 2,2% face ao mês homólogo.

No final de 2024, 86,8% dos clientes em Portugal estavam no mercado livre, no qual a oferta comercial e os respetivos preços são determinados por cada comercializador e não definidos pela ERSE, ao contrário do mercado regulado.

Em termos de quota de mercado, a ERSE detalha que a EDP Comercial manteve a sua posição como principal operador no mercado livre em número de clientes (61,6%) e em consumo (34,1%). No entanto, face a novembro, a quota da empresa caiu 0,5 pontos percentuais em número de clientes e 0,1 pontos percentuais em termos de consumo.

Em dezembro, a Iberdrola manteve-se como o comercializador com maior representatividade em termos de consumo no segmento de clientes industriais (24,7%), tendo apresentado um decréscimo da sua quota em 0,1 pontos percentuais face a novembro”, lê-se na nota divulgada pela ERSE.

No segmento dos grandes consumidores, a Iberdrola mantém a liderança (33%), tendo registado uma subida de 0,2 pontos percentuais de quota relativamente ao mês anterior.

No que toca ao consumo, houve uma descida em dezembro de 2024 de 10,4% face ao registado no período homólogo e uma subida de 177,05 GWh em relação ao mês anterior, para 41.658 GWh.

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Congelamento de ajuda internacional norte-americana deixa alguns media em “incerteza caótica”

A organização Repórteres Sem Fronteiras avisa que a decisão de Trump pode "abrir a porta" a outras fontes de financiamento que podem tentar alterar a linha editorial e a independência dos media.

A decisão da administração de Donald Trump de congelar a atividade da agência norte-americana para o desenvolvimento internacional (USAID, na sigla inglesa), que tem por objetivo o desenvolvimento de programas para ajuda externa, colocou diversas organizações a nível internacional em sobressalto. E o setor do jornalismo não passou ao lado desta decisão, desde logo pelo facto de muitos órgãos de comunicação em países que atravessam contextos mais complicados dependerem desta ajuda e financiamento norte-americanos.

O orçamento de mais de 268 milhões de dólares (cerca de 258 milhões de euros) aprovado em 2025 para apoiar media independentes e o livre fluxo de informações a nível internacional através da USAID estão assim agora congelados. Segundo denuncia a organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF), esta decisão mergulhou organizações não governamentais (ONG), órgãos de informação e jornalistas numa “incerteza caótica”.

O congelamento do financiamento da ajuda americana está a semear o caos ao redor do mundo, inclusive no jornalismo. Os programas que foram congelados fornecem suporte vital a projetos que fortalecem os media, a transparência e a democracia. O presidente Trump justificou essa ordem acusando — sem evidências — que a chamada ‘indústria de ajuda externa’ não está alinhada com os interesses dos EUA. A trágica ironia é que essa medida criará um vácuo em prol de propagandistas e estados autoritários. A Repórteres Sem Fronteiras apela aos financiadores públicos e privados internacionais para que se comprometam com a sustentabilidade do media independentes”, diz Clayton Weimers, diretor executivo desta entidade nos EUA, citado em comunicado.

A organização refere que quase imediatamente após a ordem de congelamento entrar em vigor, diversas organizações jornalísticas a nível mundial que recebem financiamento norte-americano entraram em contacto “expressando confusão, caos e incerteza”.

Entre estas organizações incluem-se ONG internacionais que visam apoiar o jornalismo independente (como o International Fund for Public Interest Media) ou órgãos de comunicação de pequena dimensão que visam servir públicos que vivem sob condições repressivas em países como o Irão ou a Ucrânia.

Na Ucrânia, por exemplo, nove em cada 10 órgãos de comunicação dependem do financiamento da USAID, sendo que vários veículos de comunicação locais já anunciaram a suspensão das suas atividades e a procura por soluções alternativas, denuncia a RSF. Entre os 120 profissionais ucranianos do setor dos media inquiridos num estudo do Institute of Mass Information (IMI), 59,2% acreditam mesmo que a suspensão dos programas de apoio dos EUA para os media “pode ter um impacto catastrófico e levar ao encerramento ou redução significativa de muitos veículos de media independentes“.

De acordo com o estudo do IMI, apenas 15,8% dos entrevistados ucranianos relataram não receber subsídios de organizações americanas, sendo que 35% dos órgãos de comunicação têm assegurado 75% do seu financiamento através destes apoios. Já 15,8% disse depender desses fundos para 50 a 75% do seu orçamento, 12,5% disse que estes costumavam representar entre 50 a 25% de seu orçamento, 10% que esse número era de 25 a 10% e 4,2% disseram que esses apoios compunham menos de 10% de seu orçamento.

Segundo a organização Repórteres Sem Fronteiras, os programas da USAID de ajuda aos media independentes apoiam organizações em mais de 30 países, “mas é difícil avaliar a extensão total dos danos causados ​​à media global” com esta decisão de Donald Trump e do seu executivo. Segundo dados da própria USAID — que já não estão disponíveis no site uma vez que este ficou offline –, esta agência financiou em 2023 o treino de 6.200 jornalistas e o apoio a 707 veículos de notícias não estatais e a 279 organizações da sociedade civil dedicadas ao fortalecimento dos media independentes.

A RSF reforça ainda que esta decisão do governo de Trump pode “abrir a porta” a outras fontes de financiamento que podem tentar alterar a linha editorial e a independência dos media.

Ao suspender abruptamente a ajuda norte-americana, os Estados Unidos tornaram muitos veículos de media e jornalistas vulneráveis, desferindo um golpe significativo na liberdade de imprensa“, acrescenta a organização.

Casa Branca anuncia que vai rescindir contratos com meios de comunicação

Na mesma linha, uma porta-voz da Casa Branca anunciou esta quarta-feira que o Governo dos Estados Unidos irá suspender os seus contratos com meios de comunicação, depois de Elon Musk e seus aliados apontarem os gastos com estes contratos.

“A equipa do DOGE está atualmente a trabalhar no cancelamento desses pagamentos”, disse Karoline Leavitt, referindo-se ao Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) liderado por Elon Musk. O magnata deu conta, nas últimas horas, dos pagamentos efetuados por várias agências e departamentos governamentais a órgãos de comunicação social, através do portal público “USASPENDING.com”.

Segundo foi avançado, o Governo norte-americano terá gasto mais de 8 milhões em dólares [7,7 milhões de euros] em assinaturas do Politico. Musk afirmou ainda que o The New York Times “é um meio de comunicação financiado pelo Governo” e que os pagamentos à Associated Press (AP)são “um enorme desperdício do dinheiro dos contribuintes”.

O próprio Donald Trump também já reagiu nas redes sociais. “Parece que milhares de milhões de dólares foram roubados à USAID [agência norte-americana para o desenvolvimento internacional] e a outras agências, muitos dos quais indo para meios de comunicação de notícias falsas como ‘recompensa’ pela criação de histórias boas sobre os democratas“, disse numa publicação.

O Presidente norte-americano refere ainda que o Politico parece ter recebido oito milhões, questionando se o The New York Times também terá recebido algum dinheiro e que outros jornais também terão beneficiado. “Este pode ser o mais escândalo de todos, talvez o maior da história! Os democratas não se conseguem esconder deste [escândalo]. [É] Demasiado grande, demasiado sujo“, conclui na publicação.

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Ventura diz que “não é um bom momento” para o Chega

  • Lusa
  • 6 Fevereiro 2025

Com mais dois casos polémicos no partido, André Ventura diz que "é sempre o responsável político do que ocorre no Chega".

O presidente do Chega admitiu esta quinta-feira que este “não é um bom momento” para o partido, mas recusou que a sua liderança esteja fragilizada por dirigentes terem sido acusados de prostituição de menores, furto ou condução sob efeito de álcool.

“Estou aqui para assumir os melhores momentos e os piores momentos. Este não é um bom momento”, afirmou, em declarações aos jornalistas na Assembleia da República, dizendo que deixa “aos portugueses esse julgamento”, pois depende “do voto das pessoas”.

André Ventura foi confrontado, à entrada para o plenário, com o caso do deputado municipal do Chega acusado pelo Ministério Público de dois crimes de prostituição de menores agravados, duas semanas depois de Miguel Arruda, deputado eleito nas listas do partido, e que entretanto passou a não inscrito, ser constituído arguido por alegadamente furtar várias malas do aeroporto.

Esta quinta-feira, foi também noticiado que um deputado regional do Chega nos Açores foi apanhado a conduzir com 2,25 g/l de álcool no sangue, o que é considerado crime. O líder do Chega recusou que a sua liderança esteja fragilizada. “A liderança do partido está nas mãos dos militantes do partido. Essa não é uma questão para agora, essa não é uma questão do momento”, defendeu.

Dizendo que o presidente “é sempre o responsável político do que ocorre no Chega”, Ventura salientou que “quando exige aos outros limpeza, faz essa limpeza, quando exige aos outros justiça, não ataca a justiça, agradece à justiça, quando há casos no seu próprio partido, não olha para o lado, nem se esconde no gabinete”.

Um líder não escolhe os casos, mas escolhe a reação que tem aos casos, escolhe a reação que tem àquilo que acontece. A minha é dizer-lhes que têm que sair”, salientou, alegando ser diferente de outros líderes partidários, e que o Chega não tem “certamente mais casos do que o PSD, o PS e todos os outros”.

O presidente do Chega disse que “nunca” fugiu à sua responsabilidade enquanto líder do partido, e “não é agora” que o vai fazer, estando aqui para “assumir os melhores momentos e os piores momentos”. André Ventura afirmou também que estas pessoas não tinham cadastro criminal.

Sobre José Paulo Sousa, o deputado do Chega nos Açores apanhado a conduzir sob efeito de álcool, disse que ainda não teve “a oportunidade de falar” com ele, sustentando que o caso de Nuno Pardal “era especialmente grave para focar a [sua] atenção”. André Ventura disse que fará, “certamente, esse contacto”, mas não respondeu se vai exigir ao parlamentar que renuncie ao mandato.

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CDS-PP recomenda apoios para o setor do leite e estímulos ao consumo

  • Lusa
  • 6 Fevereiro 2025

O partido recomenda ao executivo que "desenvolva programas de incentivo ao investimento no setor leiteiro", e atribua apoios "à inovação e tecnologia agrícola para o setor leiteiro".

O CDS-PP recomendou esta quinta-feira ao Governo a adoção de programas de incentivo ao investimento no setor do leite, apoios à inovação tecnológica e campanhas de estímulo ao consumo deste produto e derivados.

O projeto de resolução do CDS-PP, partido que integra o Governo, recomenda ao executivo que “desenvolva programas de incentivo ao investimento no setor leiteiro”, e atribua apoios “à inovação e tecnologia agrícola para o setor leiteiro”. Os centristas defendem no projeto (sem força de lei) que sejam promovidas campanhas de estímulo ao consumo de leite e dos seus derivados.

Na iniciativa, o CDS-PP assinala que “Portugal tem mais de 3.500 produtores e emprega mais de 11.500 pessoas no setor” do lei, que “é conhecido internacionalmente pela sua qualidade”.

“Esta atividade agrícola representa 10% da produção agrícola e 14% da indústria alimentar em Portugal, revelando-se fundamental para a economia nacional, sendo ainda responsável pela fixação de pessoas em zonas rurais do país e pela proteção e sustentabilidade da paisagem rural”, defendem os dois deputados do CDS-PP.

O partido refere também que o número de produtores tem diminuído e que o setor enfrenta “inúmeros desafios para manter a atividade”, entre as quais o preço a que é vendido o leite, que “é, em muitas ocasiões, insuficiente para suportar os custos de produção”.

“O consumo de leite e de produtos lácteos tem vindo a diminuir desde 2010. Além disso, Portugal tem dificuldade em escoar e valorizar o seu leite por continuar a ser um país deficitário em laticínios e a importar milhões de euros em produtos derivados de leite, apesar de ter leite de qualidade”, afirmam os deputados.

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EUA anunciam sanções contra rede que exportava petróleo iraniano para China

  • Lusa
  • 6 Fevereiro 2025

As novas sanções dos EUA apertam o cerco a uma rede internacional que alegadamente terá facilitado a exportação de milhões de barris de petróleo iraniano para a China.

O Departamento do Tesouro dos EUA anunciou esta quinta-feira um novo conjunto de sanções contra uma rede internacional que alegadamente terá facilitado a exportação de milhões de barris de petróleo iraniano para a China.

Segundo o Escritório de Controlo de Ativos Estrangeiros (OFAC, na sigla em inglês), a operação envolveu entidades e indivíduos com sede na China, na Índia e nos Emirados Árabes Unidos, além de vários petroleiros.

A medida visa enfraquecer as fontes de financiamento das Forças Armadas do Irão, que, de acordo com o Governo norte-americano, utiliza os lucros da venda de petróleo para apoiar grupos considerados terroristas pelos EUA, incluindo o movimento islamita Hamas, o grupo xiita libanês Hezbollah e os rebeldes Huthis.

“O regime iraniano continua a direcionar as suas receitas petrolíferas para o desenvolvimento do seu programa nuclear, a produção de mísseis balísticos e ‘drones’, e o financiamento de grupos terroristas regionais”, escreveu o secretário do Tesouro, Scott Bessent, em comunicado. “Os Estados Unidos estão empenhados em travar todas as tentativas do Irão de garantir financiamento para estas atividades malignas”, assegurou Bessent.

A investigação do OFAC revelou que a Sepehr Energy – uma empresa de fachada do Irão – utilizou métodos fraudulentos para ocultar a origem iraniana do petróleo comercializado, recorrendo a falsificação de documentos marítimos e à alteração dos nomes de embarcações.

Uma das embarcações envolvidas é o petroleiro SIRI (anteriormente conhecido como ANTHEA), que opera ao largo da costa de Singapura com uma carga de milhões de barris de petróleo iraniano. Segundo o Departamento de Tesouro norte-americano, o capitão do SIRI, Arash Lavian, tomou medidas para ocultar a verdadeira identidade do navio e apresentou documentos falsificados a autoridades portuárias.

Outras embarcações sancionadas incluem os petroleiros ELSA, HEBE e BOREAS, que receberam apoio da empresa indiana Marshal Ship Management Private Limited, também alvo das sanções. O cidadão indiano Ryan Xavier Aranha, diretor da companhia, foi identificado como responsável por recrutar tripulações para os navios ligados à Sepehr Energy.

As sanções agora impostas bloqueiam qualquer propriedade ou interesse financeiro das entidades e indivíduos sancionados nos Estados Unidos. Além disso, qualquer empresa ou pessoa que mantenha relações comerciais com estas entidades poderá estar sujeita a sanções secundárias, incluindo restrições no acesso ao sistema financeiro norte-americano.

Esta ação está alinhada com a política de máxima pressão que tinha sido imposta pelo anterior Governo do Presidente Joe Biden, que visa negar ao Irão qualquer capacidade para o desenvolvimento de armas nucleares. Pequim tem historicamente contestado a imposição de sanções unilaterais pelos EUA, defendendo que tais medidas são ilegítimas sem o aval das Nações Unidas.

Com este novo conjunto de sanções, os Estados Unidos reafirmam a sua intenção de travar o fluxo financeiro que sustenta o programa militar do Irão. A porta-voz do Departamento de Estado, Tammy Bruce, reiterou que os Estados Unidos não tolerarão as atividades desestabilizadoras do Irão e que continuarão a utilizar todos os instrumentos disponíveis para travar o financiamento do Exército iraniano e dos grupos terroristas associados.

Vamos interromper os fluxos de financiamento ilícito que sustentam as forças armadas iranianas e grupos como Hamas e Hezbollah”, assegurou Bruce. Esta nova ronda de sanções insere-se no quadro de uma das ordens executivas do Presidente Donald Trump, que reforça a autoridade do Governo norte-americano para impor medidas contra setores-chave da economia iraniana.

O objetivo, segundo o Departamento de Estado, é responsabilizar o regime de Teerão pelas suas atividades desestabilizadoras e impedir avanços no seu programa nuclear.

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Embarcámos numa viagem sensorial com a Ormaie<span class='tag--premium'>premium</span>

  • Rita Ibérico Nogueira
  • 6 Fevereiro 2025

Por entre frascos de vidro impecavelmente desenhados, Baptiste Bouygues convida-nos a mergulhar na sua história. Fundador da Ormaie, ele é mais que um perfumista: é um contador de histórias olfativas.

Este artigo integra a 12.ª edição do ECO magazine. Pode comprar AQUI. Cada fragrância que cria é uma ponte para suas memórias, um convite a explorar o passado com o olfato como guia. “Os aromas são como fotogramas de um filme que permanece em nós”, explica Baptiste, enquanto inicia a nossa viagem pelos 10 perfumes que compõem o universo da Ormaie. Cada um é um capítulo da sua vida, um fragmento cuidadosamente destilado de emoções e experiências vividas. “A minha mãe (Marie-Lise Jonak) foi uma das melhores diretoras criativas do mundo no que toca a fragrâncias. Assim, desde criança que andava pelos gabinetes dos perfumistas enquanto eles testavam as fragrâncias. Lembro-me da minha mãe fazer o “L’Instant” de Guerlain, com o Maurice Roussel. Sempre soube que, tal como ela, eu queria contar

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Panamá desmente que navios dos EUA sejam dispensados de taxas no Canal

  • Lusa
  • 6 Fevereiro 2025

O presidente do Panamá anunciou, no entanto, a saída do país da Nova Rota da Seda chinesa. E disse que era "absolutamente falso" que os navios dos EUA tinham deixado de pagar taxas no Canal.

O Presidente do Panamá, José Raul Mulino, disse esta quinta-feira que é “absolutamente falso” que os navios norte-americanos estejam isentos de pagar portagens para passar pelo Canal do Panamá e anunciou a saída da Nova Rota da Seda chinesa.

“Nego esta declaração do Departamento de Estado porque se baseia em algo absolutamente falso”, disse Mulino numa conferência de imprensa, classificando a situação como “intolerável”. A Autoridade do Canal do Panamá, que gere o canal, já tinha desmentido o anúncio das autoridades norte-americanas.

“Isto é intolerável, simplesmente intolerável. E hoje, o Panamá anuncia ao mundo a minha absoluta rejeição do facto de continuarmos a desenvolver relações bilaterais baseadas em mentiras e falsidades”, sublinhou Mulino. Na noite de quarta-feira, o Departamento de Estado norte-americano declarou, numa mensagem na rede social X, que “o Panamá deu o seu acordo para não mais cobrar às embarcações estatais dos EUA pela travessia do Canal do Panamá”.

Contudo, a Autoridade do Canal do Panamá – um organismo independente criado pela Constituição panamiana para gerir o canal, que tem o poder de definir portagens e outras taxas para a passagem pelo canal – rapidamente negou as alegações, dizendo que não tinha feito “qualquer ajustamento nessas taxas”.

A controvérsia surgiu dias depois de o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, ter visitado o Panamá, no domingo, saudando o progresso do país na redução da influência da China sobre o importante canal interoceânico que o atravessa. Sobre esta matéria, o Presidente panamiano confirmou a saída do Panamá do projeto de infraestruturas Nova Rota da Seda, da China, que já tinha anunciado aquando da visita de Rubio.

Mulino, que já tinha indicado que não iria renovar o memorando de entendimento com a China, garantiu hoje, durante a conferência de imprensa, que a embaixada do Panamá em Pequim “apresentou o documento” para “anunciar a saída [do acordo] com 90 dias de antecedência”, conforme foi acordado entre as partes.

O projeto da Nova Rota da Seda – um eixo central da estratégia da China para aumentar a sua influência no exterior – visa garantir o fornecimento da China, ao mesmo tempo que realiza investimentos nos países em desenvolvimento. O acordo é renovado automaticamente a cada três anos (o próximo será em 2026) e refere que “pode ser rescindido por qualquer uma das partes” mediante um pré-aviso de três meses.

Na segunda-feira, Rubio já tinha dito que considerava a decisão do Panamá de não renovar o memorando de entendimento com a China como um “grande passo” no reforço das relações com Washington.

Ainda antes de tomar posse, a 20 de janeiro, Donald Trump tinha aumentado a pressão sobre o Panamá, ameaçando “retomar” o canal entre o Atlântico e o Pacífico construído pelos Estados Unidos, inaugurado em 1914 e que se manteve sob soberania norte-americana até 1999.

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Governo aprova “reforma profunda” do ensino superior. Vêm aí as universidades politécnicas

Governo aprovou a reforma do regime jurídico do ensino superior, que segue agora para o Parlamento. Intenção é reforçar autonomia das instituições, bem como estimular a competição e a qualidade.

Universidades politécnicas, reitores escolhidos por eleição direta, cursos acreditados por agências europeias e instituições com mais autonomia. O Governo aprovou esta quinta-feira em Conselho de Ministros uma “reforma profunda” do regime jurídico do ensino superior, que seguirá agora para discussão no Parlamento.

“O regime jurídico das instituições de educação superior está em vigor desde 2007. O mundo mudou muito desde essa altura e as instituições também, tornando desajustado o atual regime jurídico. Era urgente fazer esta mudança. O país precisa dela. Estivemos demasiado tempo sem a fazer“, sublinhou o ministro da tutela, Fernando Alexandre, na conferência de imprensa que se seguiu à reunião de Conselho de Ministros.

De acordo com o governante, as alterações agora aprovadas – e que ainda carecem de “luz verde” do Parlamento – preveem, antes de mais, um “reforço muito relevante da autonomia” das instituições de ensino superior, nomeadamente para definirem as suas estratégias de médio e longo prazo, “respondendo aos desafios da sociedade, da economia e da Europa”.

“Pretendemos dar espaço às instituições para realizarem as suas ambições regionais, nacionais e internacionais“, assegurou Fernando Alexandre. Esse reforço da autonomia terá também reflexos na gestão patrimonial, financeira e de pessoal das instituições. “Hoje há legislação que limita a capacidade das instituições gerirem os seus recursos“, diagnosticou o ministro.

Com as novas regras, as mobilidades na categoria e intercarreiras deixarão, por exemplo, de carecer de despacho governamental, “desde que respeitados os limites anualmente fixados” no Orçamento do Estado.

Além disso, as instituições passam a gozar de flexibilidade para usarem o seu património, “desde que seja para fins educativos, de investigação ou residências universitárias“, explicou o responsável.

Ainda neste âmbito, Fernando Alexandre explica que a intenção é garantir estabilidade orçamental a estas instituições. “Qualquer alteração legislativa que resulte num aumento da despesa ou numa redução da receita será automaticamente compensada por uma transferência do Orçamento do Estado. Deixamos de ter os contratos que anualmente eram negociados entre o Governo e as instituições”, salientou o ministro.

Sistema binário mantém-se, mas vêm aí as universidades politécnicas

Fernando Alexandre é ministro da Educação, Ciência e Inovação.Lusa

A reforma do regime jurídico do ensino superior não elimina o sistema binário que hoje distingue universidades de politécnicos, mas abre a porta a que sejam criadas universidades politécnicas.

Definimos os termos em que os politécnicos podem passar a universidades politécnicas“, assinalou o ministro da Educação, na conferência de imprensa desta tarde.

Estas universidades politécnicas poderão ter escolas universitárias no seu âmbito ou eventualmente passar mesmo a universidades, detalhou o governante.

Já quanto à distinção entre essas universidades politécnicas e as universidades, Fernando Alexandre salientou que ambas poderão conceder o grau de licenciado, de mestre e de doutor (este último não pode ser concedido hoje pelos politécnicos). Mas, enquanto, as universidades politécnicas têm uma oferta formativa predominantemente vocacional ou técnico avançada, as universidades focam-se em oferta científica.

“Vamos ter mais diversidade e certamente muito mais inovação no sistema”, projetou esta quinta-feira o ministro da tutela.

Outra mudança que está na calha tem que ver com as regras de integração, fusão, colaboração e consórcios entre universidades e politécnicos, instituições públicas e instituições privadas.

Por exemplo, hoje a Universidade Nova de Lisboa não consegue integrar o Instituto Universitário de Ciências Psicológicas, Sociais e da Vida (ISPA), porque este é privado. “O novo regime vai permitir que isso aconteça“, adiantou Fernando Alexandre.

Reitores escolhidos de forma diferente

Com as alterações aprovadas esta tarde, o modelo de escolha dos reitores ou presidentes das instituições do ensino superior passa a ser o da eleição direta entre dois candidatos, cabendo ao conselho geral fazer uma pré-seleção, avançou o ministro Fernando Alexandre. Essa eleição passa a ser aberta à comunidade, incluindo aos antigos estudantes.

Além disso, abre-se a possibilidade de as agências europeias acreditarem as instituições e cursos portugueses. “Deixa de ser um exclusivo da agência portuguesa. É uma mudança muito significativa”, observou o governante.

Já quanto à endogamia académica, Fernando Alexandre lamentou que, nalgumas instituições, a taxa atinja os 100%. Com a revisão do regime, se houver um índice superior a 50%, os doutorados não poderão ser contratados por um período de três anos, exceto se tiverem feito a licenciatura ou mestrado noutra instituição.

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