Euribor sobe a três meses e desce a seis e a 12 meses

  • Lusa
  • 14 Outubro 2024

Taxas que servem de base para o cálculo da prestação da casa tiveram comportamentos divergentes. Euribor subiu hoje a três meses e desceu a seis e a 12 meses em relação a sexta-feira.

As taxas que servem de base para o cálculo da prestação da casa tiveram comportamentos divergentes. A Euribor subiu a três meses e desceu a seis e a 12 meses em relação a sexta-feira.

  • A taxa Euribor a seis meses, que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro de 2023, baixou para 3,062%, menos 0,002 pontos.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro de 2022, também recuou para 2,799%, menos 0,023 pontos do que na sexta-feira.
  • Em sentido contrário, a Euribor a três meses subiu para 3,205%, mais 0,026 pontos.

A média da Euribor em setembro desceu a três, a seis e a 12 meses, menos acentuadamente do que em agosto e com menos intensidade nos prazos mais curtos.

A média da Euribor em setembro desceu 0,114 pontos para 3,434% a três meses (contra 3,548% em agosto), 0,167 pontos para 3,258% a seis meses (contra 3,425%) e 0,230 pontos para 2,936% a 12 meses (contra 3,166%).

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se na quinta-feira na Eslovénia.

Os analistas esperam que a instituição desça de novo as taxas de juro em 25 pontos base.

Em 12 de setembro, o BCE desceu a principal taxa diretora em 25 pontos base para 3,5%, depois de em 18 de julho ter mantido as taxas de juro diretoras.

Na reunião anterior, em junho, o BCE tinha descido as taxas de juro diretoras em 25 pontos base, depois de as ter mantido no nível mais alto desde 2001 em cinco reuniões e de ter efetuado 10 aumentos desde 21 de julho de 2022.

Em 18 de setembro foi a vez de a Reserva Federal norte-americana (Fed) cortar os juros em 50 pontos base, naquela que foi a primeira descida desde 2020.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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UE importa mais do que exporta produtos de energia “verde”

O desequilíbrio nota-se sobretudo nos painéis solares, cujo valor importado é muito superior ao exportado. Em contraponto, as turbinas eólicas registam um saldo positivo.

A União Europeia, em 2023, importou mais produtos de energia verde do que exportou — um desequilíbrio que se nota sobretudo nos painéis solares. Em contraponto, as turbinas eólicas “saem” mais do que “entram” nas fronteiras europeias.

A União Europeia importou, em 2023, 19,7 mil milhões de euros em painéis solares, 3,9 mil milhões de euros em biocombustíveis líquidos e 0,3 mil milhões em turbinas eólicas, indica o Eurostat, num boletim publicado esta segunda-feira.

O valor dos painéis solares importados diminuiu em 12% face a 2022, dado uma quebra nos preços, apesar de a quantidade importada ter aumentado em 5%. Também a importação de biocombustíveis caiu em valor, na ordem dos 22%, apesar de uma redução apenas ligeira na quantidade (2%). Já no que toca as turbinas eólicas, as importações afundaram-se 66% em valor e 68% na quantidade.

Em paralelo, o bloco do Velho Continente exportou 0,9 mil milhões de euros em painéis solares, 2,2 mil milhões em biocombustíveis líquidos e dois mil milhões em turbinas eólicas. “Ao contrário do que aconteceu com os painéis solares e com os biocombustíveis líquidos, as exportações de turbinas eólicas excederam significativamente os valores importados“, lê-se no destaque do Eurostat. A quantidade de turbinas exportadas foi em 2023 26% superior ao ano anterior e notou uma subida de 49% no valor.

Apesar do défice em relação aos painéis solares, verificou-se uma evolução positiva, com um crescimento de 19% no valor das exportações, equivalente a uma subida de 37% nas quantidades. O mesmo acontece com os biocombustíveis líquidos que somam mais em quantidade (63%) do que em valor (36%), de 2022 para 2023.

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Governo prevê redução “sustentada e gradual” da dívida pública até 83,2% em 2028

O Governo aposta em excedentes primários e no crescimento nominal do PIB nos próximos cinco anos para garantir uma redução "sustentada e gradual" do rácio da dívida pública, inclusive para lá de 2028.

O Governo traçou um plano ambicioso para reduzir a dívida pública nos próximos anos, prevendo uma queda “sustentada e gradual” do rácio da dívida relativamente ao PIB até 2028, segundo o Plano Orçamental Estrutural de Médio Prazo 2025 – 2028, divulgado esta segunda-feira pela Comissão Europeia, após de ter sido remetido pelo Ministério das Finanças na sexta-feira.

Segundo o documento, a dívida pública deverá cair de 95,9% do PIB em 2024 para 83,2% em 2028, uma redução de 12,7 pontos percentuais em quatro anos e “manter-se em níveis prudentes ou numa trajetória plausivelmente descendente durante um período de dez anos após o termo do horizonte do Plano”, refere o Governo no documento.

O Executivo de Luís Montenegro revela que o abrandamento do rácio da dívida face ao PIB até 2028 reflete “a contribuição do crescimento do PIB nominal (-14,6 pontos percentuais) e a manutenção de excedentes primários (-11,1 pontos percentuais)”.

Para o período após 2028, as projeções são ainda mais otimistas. O Executivo prevê que, “na ausência de ação adicional de política orçamental”, a dívida continuará a cair até atingir 64,8% do PIB em 2038. “No cenário de referência determinístico, o rácio da dívida em relação ao PIB diminui anualmente 1,8 pontos percentuais do PIB em 2029-2038, em média”, refere o documento.

O Governo destaca que esta trajetória de redução da dívida cumpre os critérios e salvaguardas definidos no novo quadro de governação económica da União Europeia.

Entre os fatores que sustentam esta evolução, o plano aponta para a manutenção de excedentes primários significativos ao longo de todo o horizonte de dez anos após 2028, “apesar do impacto crescente dos custos relacionados com o envelhecimento”.

No entanto, o documento alerta que nos últimos anos da simulação, estes custos implicam “uma deterioração significativa do saldo orçamental global, que, ainda assim, se mantém acima de -3%”.

O Governo sublinha ainda que a trajetória descendente da dívida se mantém mesmo em cenários adversos alternativos, embora a um ritmo mais lento.

As projeções indicam também que “em 74,9% dos caminhos alternativos para a dívida pública gerados estocasticamente, cinco anos após o horizonte de planeamento (ou seja, até 2033) o rácio da dívida em relação ao PIB é inferior ao nível projetado para 2028“.

Com este plano, o Executivo procura demonstrar o seu compromisso com a sustentabilidade das finanças públicas, num momento em que Portugal se prepara para implementar o novo quadro orçamental europeu.

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Mobilidade elétrica e as atualizações do setor. Conheça-as

  • ECO
  • 14 Outubro 2024

"Dinâmicas de mercado - Atualização do setor" foi o mote de um dos painéis de debate do Outlook Auto.

As atualizações do setor da mobilidade elétrica foram o ponto de partida de uma das conversas do Outlook Auto, um evento do ECO, que abordou os desafios e oportunidades do setor.

Ana Almeida Simões, Diretora de Inovação do Grupo Brisa, e Gonçalo Castelo Branco, Head of E-mobility da EDP Comercial foram os especialistas presentes no debate.

Assista aqui:

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Nobel da Economia atribuído a Daron Acemoglu, Simon Johnson e James Robinson

Os três laureados foram distinguidos com o prémio Nobel da Economia pelo seu trabalho desenvolvido para estudar o papel das instituições na prosperidade, e pobreza, das nações.

O Prémio Nobel das Ciências Económicas em Memória de Alfred Nobel, mais conhecido como o Nobel da Economia, foi atribuído a Daron Acemoglu, Simon Johnson, ambos do Massachusets Institute of Technology (MIT), e James Robinson, da Universidade de Chicago, pelos seus “estudos sobre como as instituições são formadas e afetam a prosperidade“, anunciou a Real Academia Sueca de Ciências.

O trabalho desenvolvido pelos três investigadores ajudou a compreender como “sociedades com um Estado de direito deficiente e instituições que exploram a população não geram crescimento nem mudanças para melhor”, explica a equipa que atribuiu o conceituado prémio deste ano.

Nos seus estudos, Acemoglu e Robinson — co-autores do livro “Porque falham as Nações” — e Johnson, exploraram como a colonização feita pelos países europeus mudou as instituições nesses países. “Em alguns locais o objetivo era explorar a população indígena e extrair os recursos em benefício dos colonizadores. Noutros, os colonizadores formaram sistemas políticos e económicos inclusivos para benefício a longo prazo dos migrantes europeus”, refere a academia.

O trabalho desenvolvido pelos três professores mostra que uma das explicações para a desigualdade entre nações são as instituições sociais que foram introduzidas durante a colonização.

O trabalho desenvolvido pelos três professores mostra que uma das explicações para a desigualdade entre nações são as instituições sociais que foram introduzidas durante a colonização. Segundo os estudos desenvolvidos pelos três investigadores, “instituições inclusivas foram frequentemente introduzidas em países que eram pobres quando foram colonizados, resultando ao longo do tempo numa população geralmente próspera. Esta é uma razão importante pela qual as antigas colónias que outrora eram ricas são agora pobres e vice-versa.”

“Alguns países ficam presos numa situação com instituições extrativas e baixo crescimento económico. A introdução de instituições inclusivas criaria benefícios a longo prazo para todos, mas as instituições extrativas proporcionam ganhos a curto prazo para as pessoas no poder“, acrescenta o comunicado. Assim, enquanto estas pessoas permanecerem no sistema político ninguém confiará nas suas promessas de reformas económicas futuras. Segundo os laureados, é por isso que não ocorre nenhuma melhoria.

Assim, “a única opção [para garantir as reformas para atingir a prosperidade] poderá ser transferir o poder e estabelecer a democracia.”

“Reduzir as grandes diferenças de rendimento entre países é um dos maiores desafios do nosso tempo. Os laureados demonstraram a importância das instituições sociais para alcançar este objetivo”, destaca Jakob Svensson, líder do comité do Prémio Nobel das Ciências Económicas.

(Notícia atualizada às 11h25)

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Governo prevê excedentes acima de 1% a partir de 2027 e crescimento abaixo do cenário eleitoral

Plano orçamental estrutural de médio prazo entregue em Bruxelas inscreve excedentes orçamentais ao longo de todo o horizonte da legislatura e crescimento abaixo de 2% a partir de 2027.

Depois de defender que o país não está em condições de ter excedentes orçamentais elevados, o Governo prevê que o país registe novamente um saldo positivo acima de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2027 e 2028 e um crescimento da economia abaixo das metas do programa eleitoral da Aliança Democrática (AD) ao longo do horizonte de legislatura. As previsões estão inscritas no Plano Orçamental Estrutural de Médio Prazo 2025 – 2028, divulgado esta segunda-feira pela Comissão Europeia, após de ter sido remetido pelo Ministério das Finanças na sexta-feira.

O plano incorpora para o próximo ano o cenário macroeconómico subjacente ao Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), ou seja, admite o impacto das medidas de política previstas no documento, mas utiliza a partir de 2026 uma base de políticas invariantes, isto é, caso se mantenham as medidas em vigor, e que exclui o impacto do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Isto porque Bruxelas quer perceber qual a resistência da economia e das contas públicas.

No plano de médio prazo, o Governo prevê passar de excedente orçamental de 0,4% este ano para 0,3% em 2025, reduzindo-se – sem novas medidas – para 0,1% em 2026. Esta evolução resulta do impacto negativo no saldo da execução de projetos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) financiados através de empréstimos e, em 2025, do impacto das medidas discricionárias aprovadas em 2024 e das novas medidas incluídas no OE2025.

No entanto, aponta para uma melhoria das contas públicas a partir daí, contando com um excedente orçamental de 1,1% em 2027 e 1,3% em 2028. O Ministério das Finanças justifica a melhoria do saldo projetado como sendo “estrutural e concentrado no lado das despesas”.

De acordo com os dados, o saldo orçamental ao longo do plano aumenta 0,9 pontos percentuais (pp.) do PIB. “Esta evolução é explicada em grande parte pelo ajustamento do saldo primário estrutural, reforçado por um contributo cíclico mais favorável“, indica o Ministério das Finanças, acrescentando que a contribuição das medidas pontuais e dos pagamentos de juros é relativamente pequena.

A influenciar negativamente o saldo primário estrutural em 2025 e 2026 está impacto das medidas financiadas por empréstimos do PRR. Excluindo este efeito, o saldo primário estrutural aumentaria ligeiramente acima de 0,1 pp. a cada ano, nos cálculos das Finanças.

No plano, o Executivo prevê que a despesa total do Estado caia de 45,2% do PIB em 2025 para 41,3% em 2028, pelo que o ajustamento orçamental para 2025-2028 é impulsionado principalmente pela evolução do lado das despesas. A despesa primária deverá diminuir cerca de 3 pp., com aproximadamente metade da redução decorrente da eliminação progressiva da implementação do PRR e, em menor escala, a diminuição gradual da inflação e a dissipação dos efeitos que aumentaram as despesas em 2024.

O ajustamento orçamental para 2025-2028 é impulsionado principalmente pela evolução do lado das despesas. A despesa primária deverá diminuir cerca de 3 pp., com aproximadamente metade da redução decorrente da eliminação progressiva da implementação do PRR e, em menor escala, a diminuição gradual da inflação e a dissipação dos efeitos que aumentaram as despesas em 2024.

Fonte: Plano Orçamental Estrutural de Médio Prazo 2025-2028

Prevê ainda que a receita total se reduza de 45,5% no próximo ano para 42,7% no final da legislatura, refletindo parcialmente o impacto das medidas para reduzir a carga fiscal e menores transferências da UE. Além de 2024 e 2025, o Governo compromete-se que “de 2026 em diante, a tributação sobre o rendimento das famílias e das empresas também será reduzida”.

Crescimento abaixo de 2% na segunda metade da legislatura

O Ministério das Finanças prevê que após uma desaceleração do crescimento da economia de 2,5% em 2023 para 1,8% em 2024, a taxa volte a recuperar para 2,1% em 2025 e, num cenário de políticas invariantes, 2,2% em 2026. Contudo, aponta para uma nova desaceleração em 2027 e 2028 para 1,7% e 1,8%, respetivamente.

As projeções fixam-se abaixo das inscritas no programa eleitoral da Aliança Democrática (AD): 2,5% em 2025; 2,7% em 2026, 3% em 2027 e 3,4% em 2028.

No plano de médio prazo, o Executivo projeta que a economia avance em média 1,9%. Em 2025, espera que a atividade económica beneficie do consumo, impulsionado pelas medidas que contribuem para o aumento do rendimento das famílias, assim como do investimento, enquanto em 2026 espera o impacto desfasado destas medidas e do efeito da redução do IRC.

No entanto, prevê que em 2027 e 2028 o crescimento real do PIB modere à medida que os estímulos do PRR diminuem. “Este impacto será parcialmente amortecido pelas medidas previstas para reduzir a carga fiscal sobre as empresas e as famílias, juntamente com uma aceleração do investimento financiado a nível nacional e do investimento financiado por outros instrumentos da União Europeia”, refere.

Ao longo dos quatro anos as exportações portuguesas deverão continuar a impulsionar a economia, com um crescimento médio de 3,2% entre 2025-2028, apoiada também pelo dinamismo do mercado de trabalho.

(Notícia atualizada às 18h07, com a informação de que o cenário macroeconómico a partir de 2026 é em políticas invariantes)

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Qual o impacto da tecnologia nas infraestruturas? Veja aqui

  • ECO
  • 14 Outubro 2024

A inovação tecnológica e o impacto nas infraestruturas e segurança foi um dos temas debatidos no evento Outlook Auto.

O segundo painel do primeiro dia do Outlook Auto, um evento organizado pelo ECO para discutir o futuro do setor automóvel, teve como tema a “Inovação Tecnológica e o Impacto nas Infraestruturas (e segurança)”.

André Azevedo, CEO da WingDriver; Luís Barroso, CEO MOBI.E; Vasco Azevedo, Gestor de Rede Glassdrive; Verónica Pestana, Iberia Country Manager da RYD foram os convidados desta mesa redonda.

Assista aqui:

 

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Brasileira transforma em Sintra resíduos das pedreiras em peças de design

Depois de 20 anos a trabalhar na indústria da pedra, Gisella Tortoriello teve a ideia de dar segunda vida aos resíduos. Das criações da Olivah, 60% são exportadas e já estão nos EUA, México e França.

Gisella Tortoriello, com “sangue brasileiro, mas coração português”, é arquiteta de formação, mas trabalha há mais de duas décadas na indústria da pedra natural. Está em Portugal há 17 anos a representar no mercado internacional as pedras nacionais de mármore, calcário e granito. Com a pandemia da Covid-19, a empreendedora teve a ideia de transformar os resíduos das pedreiras de mármore em peças de design. E assim nasce a Olivah. Passados três anos, 60% das criações da startup localizada em Sintra são exportadas para mercados como os EUA, México e França.

“Durante a pandemia comecei a juntar as duas coisas: a reaproximação à arquitetura e ao design, que é uma paixão e a minha área de formação, com a pedra natural que já está no meu caminho há muitos anos“, começa por contar ao ECO Gisella Tortoriello, que começou o percurso nas pedras no Brasil, depois em Nova Iorque e posteriormente foi convidada para vir para Portugal para a Eurogranipex, uma empresa luso brasileira que abriu na altura um armazém em Pero Pinheiro.

Durante a pandemia comecei a juntar as duas coisas: a reaproximação à arquitetura e ao design, que é uma paixão e a minha área de formação, com a pedra natura que já está no meu caminho há muitos anos.

Gisella Tortoriello

Fundadora da Olivah

Já com a ideia em mente, continuou a deslocar-se às pedreiras e às fábricas, algo que faz parte da sua rotina diária, e a olhar para os desperdícios com outros olhos. Arregaçou as mangas, e em 2021 começou dar uma segunda vida aos resíduos das pedreiras de mármore e de pedra que estavam armazenados. “Vou fazendo a seleção das pedras maravilhosas que encontro pelo caminho nas minhas visitas semanais às pedreiras”, diz Gisella Tortoriello, que emprega cinco pessoas e fatura 600 mil euros.

Vasos, mesas, comedouros para cães, banheiras e secretárias são apenas alguns dos artigos desenvolvidos através dos resíduos de pedra natural extraídos do Alentejo (mármore), Santarém (calcário), Vila Nova de Foz Côa (xisto) e região norte (granito). As peças podem ser por medida ou através de um catálogo com coleção própria. A título de exemplo, um par de comedouros custa 380 euros e uma mesa de centro pode custar entre 400 euros e dez mil euros. No portefólio tem uma banheira, enviada para Miami, que custou cerca de sete mil euros.

Nos planos da empreendedora está a abertura da loja online da Olivah, que ficará disponível no final do ano e continuar a afirmar-se no mercado nacional, não descurando o mercado internacional, que pesa mais de metade das vendas.

Gisella Tortoriello está ainda envolvida no projeto Broot – Dialogues from Within, liderado pela Associação Portuguesa da Indústria dos Recursos Minerais (Assimagra), cujo propósito é de representar alguns dos principais materiais tradicionais portugueses nas mais importantes feiras do setor. “É um projeto incrível que junta as pedras naturais a outros produtos nacionais como a cortiça, burel, vime e barro”, explica, com entusiasmo, a empreendedora.

Gisella Tortoriello, fundadora da OlivahOlivah

Nesta primeira edição da coleção Broot serão apresentadas 25 peças originais criadas por cinco artistas contemporâneos, entre os quais designers e arquitetos. Com curadoria de Gisella Tortoriello, a primeira coleção de cinco peças intitula-se “Dialogues” e estreou-se em meados de setembro INDEX Saudi Arabia. Segue-se, em janeiro, a Maison et Objet, a Milan Design Week (abril 2025), a NYCxDesign (maio 2025) e, de abril a outubro, a Expo Osaka.

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BCP paga 3,125% para emitir 500 milhões a cinco anos

  • ECO
  • 14 Outubro 2024

"A elevada procura e o perfil dos investidores envolvidos na emissão possibilitaram o estreitamento do spread em 30 pontos base durante a fase de execução", sublinhou o banco liderado por Miguel Maya.

O BCP BCP 1,95% concretizou esta segunda-feira uma emissão de 500 milhões de euros em dívida sénior preferencial a cinco anos e pela qual pagou uma taxa de juro fixa de 3,125%, ao ano, durante os primeiros quatro anos, o que corresponde a um spread de 0,85% sobre a taxa midswaps de quatro anos.

No quinto ano, a taxa de juro resultará da soma da Euribor a três meses com um spread de 0,85%, ao ano, adiantou o banco liderado por Miguel Maya em comunicado divulgado no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). A colocação da emissão foi feita “numa base muito diversificada de investidores institucionais, tendo a procura superado em mais de três vezes o montante da operação”, adiantou.

“A elevada procura e o perfil dos investidores envolvidos na emissão possibilitaram o estreitamento do spread em 30 pontos base durante a fase de execução, refletindo também uma excelente resposta do mercado aos recentes upgrades do rating do banco”, adiantou o BCP.

O Bank of America, o BNP Paribas, o J.P. Morgan, o Millennium BCP e o UniCredit são os bookrunners da emissão, segundo informação divulgada pela Bloomberg.

(Notícia atualizada às 19h09)

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Quais os cenários da mobilidade sustentável? Saiba aqui

  • ECO
  • 14 Outubro 2024

"Cenários de Mobilidade Sustentável – Presente e Futuro" foi o mote do primeiro painel de debate do Outlook Auto.

O presente e o futuro da mobilidade sustentável foram debatidos no evento Outlook Auto, um evento organizado pelo ECO, que discutiu o futuro do setor automóvel.

Carlos Barbosa, Presidente ACP; Mário Alves, Especialista em Transportes e Mobilidade; e Tiago Farias, Professor do Departamento de Engenharia Mecânica do Instituto Superior Técnico, foram os especialistas presentes no debate.

Assista aqui:

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Governo quer porto comercial das Flores mais resiliente a tempestades

  • Lusa
  • 14 Outubro 2024

A ministra do Ambiente e Energia defendeu hoje que o novo porto comercial das Flores, destruído após a passagem do furacão Lorenzo pelos Açores, apelou à rapidez na adjudicação da obra.

A ministra do Ambiente e Energia defendeu hoje que o novo porto comercial das Flores, destruído após a passagem do furacão Lorenzo pelos Açores, deve ser “mais resiliente” aos fenómenos naturais e apelou à rapidez na adjudicação da obra.

É evidente a necessidade de uma intervenção mais profunda. Uma intervenção que permita não apenas recuperar as condições que existiam antes dos desastres naturais, como para proporcionar à ilha um novo porto com maior capacidade e principalmente mais resiliente aos fenómenos resultantes das alterações climáticas e outros fenómenos naturais”, afirmou Maria da Graça Carvalho.

A ministra discursava após a apresentação do projeto de reconstrução do porto das Lajes das Flores, integrada na visita da governante à ilha açoriana.

Graça Carvalho destacou o “esforço significativo” do Governo dos Açores para “responder aos desafios” provocados pela precariedade daquela infraestrutura por onde é assegurado o abastecimento às Flores.

“Faço votos para que esta obra seja rapidamente adjudicada e se outra oportunidade não surgir mais cedo, espero regressar a esta ilha num futuro próximo para assistir à inauguração do novo porto das Lajes das Flores, mesmo que não esteja em funções”, reforçou.

O porto das Lajes das Flores foi destruído pela passagem do furacão Lorenzo em outubro de 2019, tendo sido novamente afetado pela tempestade Efrain em dezembro de 2022.

A ministra do Ambiente lembrou que o Governo da República alterou o limite máximo de apoio relativo aos prejuízos causados pelo furacão Lorenzo nos Açores, que passou a ser de cerca de 270 milhões de euros.

“No âmbito do Sustentável 2030 decidimos reforçar o valor que já se encontrava lançado para a construção deste porto. Aumentamos o valor na quota nacional sem que isso prejudique os outros projetos previstos para a região dos Açores”, recordou.

A ministra, que visitou o porto das Lajes, defendeu tratar-se de um “investimento significativo, mas absolutamente necessário” e disse ter uma “grande esperança” de que os florentinos poderão usufruir do novo porto “daqui a cinco anos”.

“A condução ultraperiférica das regiões autónomas, com todos os desafios adicionais que isso implica, exigem do governo de Portugal e da própria União Europeia uma diferenciação pela positiva”, assinalou.

E concluiu: “Como disse numa confidência à senhora secretária regional, este projeto tem tudo para correr bem porque é um projeto gerido por mulheres e, portanto, vamos cumprir como sempre cumprimos”, assinalou.

Da parte do Governo dos Açores, a secretária do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas afirmou que o executivo está a “conjugar todas as variáveis” para dar início à obra “em breve”.

“[O processo] está no bom caminho porque o projeto está praticamente concluído, estão a terminar a avaliação de impacto ambiental. Está já a concurso a questão da empreitada. Está nas mãos do júri a avaliação dos vários concorrentes”, detalhou.

Alertando que o “futuro é já amanhã”, Berta Cabral realçou que a reconstrução do porto das Lajes vai ser a “maior obra que já se fez nos Açores”.

“É um esforço enorme do ponto de vista da execução física e é um esforço enorme do ponto de vista da execução financeira. Estão mais de 50 milhões já investidos nas obras que foram feitas para garantir o abastecimento à população das Flores e temos o porto que irá para além dos 200 milhões”, salientou.

Na noite de 01 para 02 de outubro de 2019, os Açores foram fustigados pelo furacão Lorenzo, tendo sido registados prejuízos de cerca de 330 milhões de euros no arquipélago e decretada a situação de calamidade.

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IRS Jovem dá via aberta para quem vem do estrangeiro

  • ECO
  • 14 Outubro 2024

Governo diz que o que importa é o número de anos de obtenção de rendimentos do trabalho em Portugal, sempre com o limite de dez anos e 35 anos de idade.

Quem vem do estrangeiro para Portugal, sejam portugueses que emigraram e regressam ao país ou estrangeiros que nunca apresentaram qualquer declaração de rendimentos por cá, poderá beneficiar do IRS Jovem na totalidade dos dez anos, mesmo que já tenham começado a trabalhar noutro país, avança o Jornal de Negócios (acesso pago).

“O que importa é o número de anos de obtenção de rendimentos do trabalho em Portugal, sempre com o limite de dez anos e 35 anos de idade”, segundo esclareceu o Ministério das Finanças.

A proposta de Orçamento do Estado para 2025 traz benefícios fiscais para os jovens com o objetivo de atrair e reter talentos no país, com uma redução de IRS durante dez anos (em vez dos atuais cinco anos) aplicável a todas as pessoas com idade até 35 anos (em vez dos atuais 30 anos), independentemente do grau de ensino.

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