Ministra defende que pré-triagem de grávidas já devia ter começado há muitos anos

  • Lusa
  • 16 Dezembro 2024

"Este processo é experimental durante três meses nessa região, podem aderir outras regiões, mas vai ser uma aprendizagem muito importante para poder generalizar", disse Ana Paula Martins.

A ministra da Saúde defendeu esta segunda-feira que a pré-triagem telefónica para grávidas é uma solução que deveria ter sido aplicada há muitos anos no país e admitiu que possa ser generalizada a outras especialidades. “Esta experiência que hoje começa na região de Lisboa e Vale do Tejo é um modelo que há muitos anos já devia ter começado a ser aplicado em Portugal”, afirmou Ana Paula Martins em entrevista à TVI.

Segundo a governante, a solução que entrou em vigor esta segunda nas urgências de obstetrícia de vários hospitais garante uma maior orientação para as grávidas que, em situações de doença aguda, têm um encaminhamento correto e permite que as equipas de urgência possam ficar reservadas para os casos urgentes ou muito urgentes. “Este processo é experimental durante três meses nessa região, podem aderir outras regiões, mas vai ser uma aprendizagem muito importante para poder generalizar, não só nesta área da obstetrícia, mas também a outras áreas ao nível nacional”, referiu a ministra.

Ana Paula Martins adiantou ainda que se trata de um “caminho difícil de fazer”, alegando que é necessário explicar à população que não está a ser retirado o acesso a cuidados de saúde, mas sim a “garantir que quem precisa de um cuidado urgente ou emergente o vai ter”. No caso da obstetrícia, o objetivo é conseguir manter as equipas no Serviço Nacional de Saúde, evitando que os especialistas saiam para o setor privado, salientou Ana Paula Martins, ao reconhecer que em Lisboa e Vale do Tejo há uma grande falta de médicos de família.

Desde a meia-noite de hoje que as grávidas têm de ligar para a Linha SNS Grávida (808 24 24 24) antes de recorrerem à urgência de obstetrícia e ginecologia de alguns hospitais, a maioria dos quais em Lisboa e Vale do Tejo. O novo modelo das urgências arrancou em fase piloto em 11 Unidades Locais de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo e no Hospital de Leiria e em três unidades que aderiram voluntariamente ao projeto (Hospital de Gaia, Hospital de Portalegre e Centro Materno Infantil do Norte).

Já sobre as negociações com o Sindicato Independente dos Médicos, a ministra da Saúde admitiu ser difícil, mas realçou ter “uma grande esperança” de conseguir terminá-las até final deste ano. Na questão dos aumentos salariais dos médicos, Ana Paula Martins disse que as partes estão “a chegar muito perto” de um entendimento.

Afirmou no entanto ser necessário um equilíbrio entre essa valorização e as possibilidades das contas públicas. Relativamente ao Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), a governante reafirmou que refundar o instituto significa que “precisa de funcionar sem problemas”, através de uma nova lei orgânica com mais autonomia, de poder dispor das suas receitas próprias e de ter profissionais motivados e com salários adequados.

Questionada sobre a manutenção no cargo do presidente do INEM, Ana Paula Martins referiu que os dirigentes que estão em funções têm a sua confiança, o que inclui Sérgio Janeiro, e recordou que está a decorrer um concurso para o conselho diretivo do instituto.

“Os inquéritos serão lidos e vão ser interpretados exatamente na medida das responsabilidades de cada um de nós. É isso que faremos sem sombra de dúvida”, reafirmou Ana Paula Martins, sobre as investigações que estão a decorrer sobre alegadas falhas no socorro em novembro.

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Crise habitacional “está a ganhar proporções incontroláveis”, diz autarca de Almada

  • Lusa
  • 16 Dezembro 2024

Inês de Medeiros diz que "o problema está a ultrapassar todos os limites daquilo que um município ou vários conseguem gerir".

A presidente da Câmara de Almada considera que a crise habitacional “está a ganhar proporções incontroláveis para qualquer município, sobretudo na Área Metropolitana de Lisboa”, e defende que é necessário medidas firmes para “estancar este drama”.

Inês de Medeiros falava na reunião de câmara depois de duas munícipes terem pedido ajuda à autarquia por estarem na eminência de ficarem sem casa por terem recebido ordens de despejo. “Está a tornar-se muito difícil e complicado”, disse a autarca, advogando a necessidade urgente de medidas “firmes relativamente aos despejos” a nível nacional e que possam “estancar o drama e a tragédia da habitação”.

A presidente da Câmara Municipal de Almada, no distrito de Setúbal, disse ainda que não é possível aos municípios cuidarem de toda a gente. “Quem nos dera a nos ter casas. O quer podemos fazer é acionar os mecanismos de urgência no âmbito da segurança social, no âmbito do alojamento urgente e temporário. Temos de falar verdade às pessoas”, disse.

Inês de Medeiros acrescentou que Almada tem lista de espera de pessoas com situações dramáticas e que “o problema está a ultrapassar todos os limites daquilo que um município ou vários conseguem gerir”. O assunto foi também abordado pela vereadora do Bloco de Esquerda, Joana Mortágua, que considerou ser difícil para uma câmara individualmente lidar com a dimensão do problema.

“Lamento que os poderes públicos não tenham tido capacidade de prever e antever a crise de habitação que estamos a viver. E não foi por falta de alertas”, disse referindo que nunca foram aceites medidas quer pelo PS quer pelo PSD como por exemplo a proibição de despejos e de controlo de rendas.

Joana Mortágua defendeu que é necessário que todos em conjunto reivindiquem leis que proíbam os despejos, que controlem as rendas e que lhe ponham tetos e criminalizem a especulação para acabar com a situação. “É preciso coragem política para resolver este problema”, frisou.

Ainda sobre a mesma temática a presidente da Câmara Municipal de Almada criticou o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) manifestando-se indignada com o silêncio desta entidade aos contactos feitos pela autarquia para a resolução do bairro da Penajoia. No bairro da Penajoia, explicou, existe uma centena de habitações precárias em terrenos do IRHU, um problema ao qual o instituto não dá qualquer resposta.

“Está o município a tentar dar respostas dignas a acabar com um dos maiores bairros precários das terras do Leo, a fazer política de habitação em todas as frentes e temos uma entidade que não responde”, disse adiantando que o bairro está a crescer sem que o IRHU ponha cobro à situação.

“Esta pouca vergonha é inaceitável e não nos cansaremos de denunciar. Conto com todos os que estão preocupados com esta questão da habitação em Almada que possam juntar-se a nós nesta luta”, frisou.

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António Jaime Martins é candidato ao Conselho Superior da Ordem dos Advogados

Foi presidente do Conselho Regional de Lisboa nos triénios 2014-16 e 2017-2019 ,vice-presidente do mesmo Conselho no triénio de 2011-2013 e candidato a bastonário por duas vezes.

António Jaime Martins, advogado, é candidato ao Conselho Superior da Ordem dos Advogados (OA) nas eleições antecipadas marcadas para março de 2025. Cargo ocupado atualmente pelo pelo penalista Paulo de Sá e Cunha.

“É com grande sentido de responsabilidade e missão que anuncio a minha candidatura ao Conselho Superior da Ordem dos Advogados, sob o lema ‘Por uma Profissão Independente’“, diz o candidato na sua página do Facebook. “Acredito firmemente que a independência da nossa profissão é essencial para a defesa do Estado de Direito e dos direitos dos cidadãos. Comprometo-me a trabalhar incansavelmente para fortalecer a autonomia da advocacia com vista a garantir que possamos exercer a nossa profissão sem pressões ou condicionamentos externos e lutarei por uma justiça disciplinar justa e isenta”, explica.

António Jaime Martins está inscrito na Ordem dos Advogados desde 1996, é fundador da ATMJ – Sociedade de Advogados, António Jaime Martins e exerce advocacia nas áreas de Direito Bancário, Direito Imobiliário e da Construção e da Contratação Pública. É também árbitro em arbitragens ad hoc. Foi presidente do Conselho Regional de Lisboa da Ordem dos Advogados (OA) nos triénios 2014-16 e 2017-2019 e vice-presidente do mesmo Conselho no triénio de 2011-2013 com os pelouros da formação, do acesso à profissão e do centro de arbitragem. E foi ainda candidato a bastonário da OA nos dois últimos atos eleitorais.

Membro convidado da Comissão de Acompanhamento do Código dos Contratos Públicos em representação da Ordem dos Advogados no triénio 2011-2013, Delegado nomeado junto do Tribunal de Contas no triénio de 2008-2010, Presidente do Conselho de Gestão do CAL – Centro de Arbitragem de Litígios Administrativos, Comerciais e Civis da Ordem dos Advogados no triénio 2008-2010. Foi também membro de Júris de Agregação na Ordem dos Advogados, de Júris de Avaliação de Auditores de Justiça no Centro de Estudos Judiciários e docente entre 1998 e 2003.

O Conselho Superior é o supremo órgão jurisdicional da Ordem dos Advogados. Tem competência para julgar os recursos das decisões dos Conselhos de Deontologia em matéria disciplinar e para dar laudo sobre os honorários a pedido dos tribunais, dos advogados ou dos seus constituintes.

António Jaime Martins, candidato a Bastonário da Ordem dos Advogados, em entrevista ao ECO/Advocatus - 08NOV22
António Jaime Martins.Hugo Amaral/ECO

Segundo o Estatuto da Ordem dos Advogados (EOA), compete ao presidente do conselho superior resolver conflitos de competência entre conselhos de deontologia, diligenciar na resolução amigável de desinteligências entre advogados inscritos em diferentes regiões e na resolução amigável de desinteligências entre advogados que exerçam ou tenham exercido funções de bastonário, presidente do conselho superior, membros do conselho geral ou do conselho superior, presidentes dos conselhos regionais, presidentes dos conselhos de deontologia e membros dos conselhos regionais e dos conselhos de deontologia.
Tem ainda como função zelar pelo cumprimento da legislação respeitante à Ordem dos Advogados e respetivos regulamentos, bem como pelo cumprimento das competências que lhe são conferidas, cometer aos membros do conselho superior a elaboração de pareceres sobre matérias que interessem aos fins e atribuições da Ordem dos Advogados e usar de voto de qualidade, em caso de empate, em deliberações do conselho superior.

O atual Conselho Superior da mesma Ordem dos Advogados, liderado pelo advogado penalista Paulo de Sá e Cunha, está a avaliar a legalidade da convocação de eleições antecipadas. A 27 de novembro, um comunicado de Fernanda de Almeida Pinheiro deixou a classe surpreendida, numa manobra política que poucos anteciparam. As razões? O novo Estatuto dos advogados, em vigor desde abril deste ano e que obriga a criação de dois novos órgãos na estrutura da Ordem dos Advogados. Ou a convocação de eleições antecipadas.

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MDS estende seguros da Worten com a D&G por mais 7 anos

Os seguros de dano e roubo dos equipamentos eletrónicos e domésticos vendidos na Worten continuam a poder beneficiar dos seguros da D&G por mais sete anos. A MDS intermediou.

A Worten, rede de lojas do grupo Sonae, e a seguradora Domestic & General anunciaram a renovação da sua parceria, para a oferta de seguros de dano e roubo, com um novo acordo que estende o contrato até 2031.

Ricardo Pinto dos Santos, COO & Portugal CEO do Grupo MDS: “A extensão deste acordo de colaboração com a Domestic & General e a Worten representa um passo muito importante e estratégico”.

“Neste período, o Grupo MDS tem tido um papel fundamental como mediador, auxiliando a Worten na análise das melhores soluções de seguros para os seus clientes”, refere comunicado conjunto. A corretora MDS foi, em 2023, a maior do seu segmento com cerca de 60 milhões de euros de receitas, dos quais 35% foram provenientes de comissões da Domestic & General.

Para Ricardo Pinto dos Santos, Group COO & Portugal CEO do Grupo MDS, “a extensão deste acordo de colaboração com a Domestic & General e a Worten representa um passo muito importante e estratégico” comentou, acrescentando que “esta conquista reflete a nossa visão e capacidade de construir alianças sólidas e soluções adaptadas a modelos de distribuição ‘affinity‘, demonstrando o nosso compromisso com a inovação e excelência no serviço.”

Por sua vez, Samy Moya-Angeler, Country Head Iberia & Diretor Comercial da Europa da Domestic & General, afirmou que a relação com a Worten e o Grupo MDS alcançou um sucesso nos últimos anos e que “a renovação do nosso acordo é um passo importante na nossa estratégia de crescimento no mercado português”, concluiu.

A D&G é uma empresa especializada em seguros e garantias para eletrodomésticos e eletrónica, e oferece serviços como extensão de garantia e assistência técnica. Na Worten esses serviços podem ser adquiridos em complemento aos produtos comprados, beneficiando do suporte da D&G para reparos ou substituições após o período de garantia inicial do fabricante.

Em 2023 a D&G estabeleceu um acordo independente com a Worten e com a resseguradora Swiss Re para reparação de telemóveis usados tendo atingido o número de 90 mil aparelhos tratados.

O objetivo desta aliança é garantir uma resposta eficiente na gestão de sinistros de dano e roubo, com compromisso com a proteção ambiental afirmou Joana Ribeiro da Silva, COO Serviços da Worten. “A paixão partilhada pelo Cliente tem unido a Worten e a D&G, permitindo oferecer soluções de seguros inovadoras e exclusivas aos clientes Worten. A renovação do contrato foi uma decisão natural, tendo em conta a força da parceria que construímos nestes últimos anos”, concluiu.

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Preço regulado da luz desce até 91 cêntimos mensais em 2025

"Com taxas e impostos, a fatura mensal apresentará reduções entre 0,85 e 0,91 euros no início do próximo ano", adianta a ERSE.

A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) publicou, esta segunda-feira, as tarifas da eletricidade que estarão em vigor, para o mercado regulado, em 2025. “Com taxas e impostos, a fatura mensal apresentará reduções entre 0,85 e 0,91 euros no início do próximo ano”, afirma o regulador, em comunicado.

Este alívio só é possível considerando a alteração legislativa que aumenta o valor do consumo de energia sujeito à taxa reduzida de IVA — Imposto sobre o Valor Acrescentado. Sem este efeito, as tarifas para as famílias ficariam mais caras, em média, 2,1%, tanto em termos anuais quanto em termos mensais. A subida localizar-se-ia, em média, entre os 0,64 e os 1,60 euros.

Em outubro, o regulador havia proposto que o preço da eletricidade subisse 2,1% no próximo ano. No entanto, com taxas e impostos, a mesma entidade previa uma redução entre 82 e 88 cêntimos na fatura mensal.

Estão sujeitos a estas variações os cerca de 870 mil clientes que permaneciam, no final de setembro de 2024, no mercado regulado. No mercado liberalizado, os preços de venda a clientes finais variam entre comercializadores e dependem da oferta comercial contratualizada pelo cliente.

No entanto, a decisão da ERSE abre a porta a alívios também no mercado livre. Isto porque o regulador fixa o valor de uma componente, a tarifa de acesso às redes, que é comum entre os dois mercados. E esta tarifa vai cair 3,6% para os clientes de baixa tensão normal, ou seja as famílias. Para consumos mais altos, típicos de empresas e indústrias, a quebra nestas tarifas é ainda maior: na muito alta tensão caem 3,9%, na alta tensão 7,3% e em média tensão descem 9,1%.

No ano 2025, mantém-se o apoio da tarifa social. Os consumidores com direito a esta tarifa, quer no mercado regulado, quer no mercado liberalizado, beneficiam de um desconto de 33,8%.

(Notícia atualizada pela última vez às 20h49)

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Se a torneira de trabalhadores estrangeiros fechar “há o caos”, alerta presidente do grupo DST

  • Lusa
  • 16 Dezembro 2024

O mercado "está muito quente" e está a "ser alimentado por trabalhadores estrangeiros", afirmou José Teixeira. E o CEO do Pestana Hotel diz que "fazer hotelaria sem imigração é impossível".

Os trabalhadores estrangeiros são essenciais para colmatar a falta de mão-de-obra, numa altura em que Portugal está em pleno emprego, sendo necessária, argumentaram esta segunda-feira o presidente do grupo DST e o CEO do Pestana Hotel Group. Num painel sobre “Os Desafios das empresas” para 2025, no Encontro Fora da Caixa, ambos os empresários falaram sobre a dificuldade de encontrar mão-de-obra e sobre a necessidade de atrair e reter talento.

O mercado “está muito quente” e está a “ser alimentado por trabalhadores estrangeiros”, afirmou José Teixeira, presidente do Conselho de Administração do DSTGroup, apontando que é uma situação “que deve merecer cuidado regulatório”, nomeadamente ao “criar dinâmicas humanistas”.

“Se se fecha essa torneira há o caos”, alertou o empresário, salientando que “estamos quase em pleno emprego, podemos ainda ir buscar alguns trabalhadores ao fundo de desemprego”, mas não é aí que se vai “resolver o problema”.

José Theotónio, CEO do Pestana Hotel Group, presente no painel, também argumentou que “hoje em dia, fazer hotelaria sem imigração é impossível”. O responsável defendeu ainda que é necessário “que as empresas se organizem para que consigam dar condições dignas” a estes trabalhadores, para que “não tenham que cair nos facilitadores e redes ilegais”.

Neste grupo, há cerca de 60 nacionalidades diferentes a trabalhar, pelo que tal “é crucial para conseguir competitividade e capacidade de atração”, referiu.

Já Francisco Cary, administrador executivo da Caixa Geral de Depósitos (CGD), destacou também que o “desafio da captação e retenção de talento é geral de todas as empresas e cada uma tem especificidades”. No setor financeiro e em particular na CGD, “fruto do processo de reestruturação que teve, esteve muitos anos sem recrutar, o que levou a um envelhecimento gradual da base de colaboradores”. O grupo procura agora “pessoas com mais competências na área digital”, disse.

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Sindicato da PSP queixa-se de atrasos de até 12 meses no pagamento de remunerados

  • Lusa
  • 16 Dezembro 2024

O sindicato refere que contactou a Direção Nacional ao qual "expressou preocupação e descontentamento pela morosidade" no pagamento dos serviços remunerados da CP.

O Sindicato Nacional da Polícia (SINAPOL) queixou-se esta segunda-feira de que há serviços remunerados prestados por profissionais da PSP há um ano que ainda não foram pagos e admitiu recorrer aos tribunais para exigir o pagamento. Em comunicado, o SINAPOL diz que “existem polícias que ainda não receberam pelo trabalho prestado há cerca de três meses”.

Em situação bastante pior estão os serviços remunerados prestados à empresa CP- Comboios de Portugal, referentes a dezembro de 2023 e que 12 meses depois continuam por liquidar, em alguns casos com montantes em dívida, por elemento policial, no valor de cerca de 900 euros”.

Os serviços remunerados, também conhecidos como gratificados, são serviços que os polícias prestam a entidades públicas e privadas fora do horário de trabalho, nomeadamente em lojas, espetáculos ou eventos desportivos. O SINAPOL afirma que se reuniu em novembro passado com o Comando Metropolitano de Lisboa (Cometlis), tendo apresentado esta questão, entre outras, e exigido uma rápida solução.

Apesar de o Cometlis “ter dado sinais de que conhecia a situação e de que esta estaria em fase de resolução”, ainda não foram pagos os montantes em dívida. O sindicato refere que contactou a Direção Nacional (DN/PSP), a quem “expressou preocupação e descontentamento pela morosidade” no pagamento dos serviços remunerados da CP.

O SINAPOL afirma que está a avaliar juridicamente a interposição de ações judiciais relativamente a serviços remunerados em atraso (dando como exemplo os da CP, entre outros) bem como o pagamento de juros de mora em todos os serviços remunerados, sejam eles de entidades particulares ou públicas, que tenham pagamentos em atraso.

Para o SINAPOL, “a existência de serviços remunerados em atraso é um problema recorrente, tal como é recorrente o prejuízo para os que trabalham e que não são pagos por isso, algo que não se compreende que a PSP permita que aconteça”.

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Presidente da ERC eleita para grupo que vai dirigir futuro órgão europeu para os media

  • Lusa
  • 16 Dezembro 2024

O grupo terá como "principais responsabilidades a supervisão do Regulamento para a Liberdade dos Meios de Comunicação Social e da Diretiva Serviços de Comunicação Social Audiovisual".

A presidente da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), Helena Sousa, foi eleita para o Steering Group, responsável por liderar o futuro Comité Europeu dos Serviços de Comunicação Social, juntamente com Susanne Lackner e Jan-Olof Lind.

Em comunicado, a ERC refere que Helena Sousa foi eleita para o grupo que vai dirigir o futuro organismo europeu para os serviços de comunicação social, “juntamente com Susanne Lackner do regulador KommAustria e Jan-Olof Lind do Swedish Agency for the Media”.

A decisão foi tomada “por unanimidade” em reunião plenária extraordinária do Grupo de Reguladores Europeus do Audiovisual (ERGA) e “representa um marco inédito no posicionamento do regulador português nas plataformas internacionais e na definição de instrumentos regulatórios para o setor mediático a nível europeu”, lê-se no comunicado.

“A ERC encara esta eleição com grande sentido de responsabilidade, numa fase crucial em matéria de regulação das plataformas digitais e de garantia da independência editorial”, afirmou Helena Sousa, citada em comunicado.

O Steering Group constitui o grupo responsável por liderar o EBMS, órgão que sucederá ao ERGA, a partir de 08 de fevereiro de 2025, e que terá como “principais responsabilidades a supervisão do Regulamento para a Liberdade dos Meios de Comunicação Social e da Diretiva Serviços de Comunicação Social Audiovisual“.

A presidência e vice-presidência do novo organismo serão assumidas, respetivamente, por Carlos Aguilar Paredes da Comisión Nacional de los Mercados y la Competencia de Espanha e por Amma Asante do Commissariaat voor de Media dos Países Baixos.

A transição para o EBMS “assinala uma nova etapa na cooperação europeia, com o objetivo de promover uma regulação mais eficaz, adaptada aos desafios digitais e comprometida com a liberdade e pluralismo nos media”, sublinha a ERC.

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Nuno Venes assume liderança do Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social a 18 de dezembro

  • Lusa
  • 16 Dezembro 2024

O chefe de gabinete do Secretário de Estado da Segurança Social inicia funções como presidente do IGFSS a 18 de dezembro. Pedro Nogueira Serrasqueiro será o vice-presidente.

Nuno Venes, até agora chefe do gabinete do secretário de Estado da Segurança Social, foi nomeado presidente do Conselho Diretivo do Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social (IGFSS) e Pedro Serrasqueiro vice-presidente, segundo um comunicado.

Na nota enviada à Lusa pelo Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, lê-se que “Nuno Miguel Simões Venes foi nomeado presidente do Conselho Diretivo do Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social, I.P, tendo como vice-presidente Pedro Nogueira Serrasqueiro”, sendo que iniciam funções em 18 de dezembro.

De acordo com a tutela, os cargos de presidente e de vice-presidentes do Conselho Diretivo do IGFSS “encontravam-se vagos na sequência da cessação da comissão de serviço e do exercício de funções dos seus anteriores titulares”, sendo por isso “necessário a proceder à nomeação de novos titulares para garantir o normal funcionamento deste organismo até à conclusão do competente procedimento concursal”.

O Governo detalhou que Nuno Venes e Pedro Serrasqueiro são designados em regime de substituição. De acordo com a mesma nota, Nuno Venes foi vice-presidente do IGFSS entre 2012 e 2019, “tendo tutelado os pelouros do Orçamento e Conta da Segurança Social, bem como a Administração e Infraestruturas”.

Já entre 2015 e 2017, “coordenou equipas da Segurança Social em três missões de cooperação do Governo de Portugal com o Ministério da Solidariedade Social de Timor-Leste, que estiveram na génese do Sistema de Segurança Social daquele país”, destacou a tutela.

Desde abril de 2024 que desempenhava as funções de chefe do gabinete do secretário de Estado da Segurança Social, sendo “doutorado em Economia e mestre em Economia Monetária e Financeira pelo ISEG/UTL, lecionando como Professor Auxiliar da Universidade Lusíada desde 1999, nas áreas de Macroeconomia, Finanças Públicas, Análise de Dados e Estatística”.

Por sua vez, Pedro Nogueira Serrasqueiro “leciona na área de Estatística e Análise de Dados no Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa, desde 2017”, é mestre em Finanças e doutorado em Gestão, com especialização em Métodos Quantitativos, pelo Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa. Tem uma licenciatura em Gestão pela Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa.

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Nippon Life anuncia mega aquisição nos EUA e Austrália

  • ECO Seguros
  • 16 Dezembro 2024

Gigante japonesa quer investir quase 8 mil milhões de euros nos EUA. Segundo a Fitch, a aquisição deverá melhorar o perfil de crédito da seguradora de vida japonesa.

Uma das principais seguradoras vida do Japão, Nippon Life, confirmou que chegou a acordo para a aquisição de 100% da rival americana Resolution Life por cerca de 8,2 mil milhões de dólares (cerca de 7,8 mil milhões de euros). Segundo anunciou em comunicado, a compra das ações realizou-se em dinheiro e deverá estar finalizada na segunda metade de 2025.

Como parte da transação, a seguradora acordou ainda em adquirir os restantes 20% da MLC Life Insurance ainda pertencentes ao National Australia Bank (NAB) por 500 milhões de dólares australianos (cerca de 303 milhões de euros). Espera-se que a aquisição seja completa um dia após da Resolution Life passar a pertencer à gigante japonesa.

Estes investimentos alinham-se com os objetivos da Nippon Life de se expandir globalmente. No seu plano de negócio a médio prazo (2024-2026) planeia expandir-se pelo mundo através do crescimento dos seus atuais negócios e com investimento em novas empresas. O plano para a longo prazo, até 2035, pretende duplicar os lucros de exploração de base do grupo e aumentar os dividendos dos segurados.

A japonesa quer tornar-se “num grupo corporativo que oferece vários tipos de resseguro em diversas áreas dentro do Ramo Vida, estendendo-se à gestão de ativos, aos cuidados de saúde, aos cuidados de enfermagem, aos cuidados infantis e outros“, lê-se no comunicado.

No âmbito deste investimento, a MLC Life Insurance e a Resolution Life Australasia vão fundir-se para criar a Acenda, “criando uma das maiores entidades de seguros de vida da Austrália”, refere a MLC.

A transação está ainda sujeita à satisfação de determinadas condições, incluindo a obtenção de aprovação regulamentar no Japão, nos EUA, na Bermuda, na Austrália e noutras jurisdições.

Aquisição deve melhorar perfil de crédito e piorar solvência

A Fitch Ratings considera que a aquisição deverá melhorar o perfil de crédito da seguradora de vida japonesa devido ao sólido franchise da Resolution Life no crescente mercado de “closed-book business”, bem como o efeito de diversificação global no grupo Nippon Life.

Atualmente, a avaliação da Nippon Life é de ‘A+’ e da Resolution Life, ‘BBB’. A agência de classificação de risco de crédito estima que o negócio deverá aumentar o lucro total da Nippon Life (ou seja, a soma dos lucros de todos os seus negócios) em cerca de 50 mil milhões de ienes (308 milhões de euros) por ano. O lucro total do grupo para o exercício financeiro encerrado a março de 2024 foi de 764 milhões de ienes (4,7 mil milhões de euros).

Prevê também que o lucro das principais atividades da Nippon Life provenientes do estrangeiro ultrapasse 20% do total do grupo nos próximos anos após a conclusão da aquisição.

A compra não deverá ter um impacto crítico sobre a estabilidade financeira ou capacidade de cumprir compromissos da empresa, uma vez que o preço de compra é inferior aos ativos líquidos da Nippon Life que são de 9,4 biliões de ienes (cerca de 58 mil milhões de euros) no final de setembro de 2024 e ao montante de caixa e equivalentes de caixa de 899 mil milhões de ienes (mais de 5 mil milhões de euros).

A agência prevê que o rácio de solvência da Nippon Life desça moderadamente com a aquisição em relação aos 227% registados no final de setembro de 2024.

A Fitch espera que os fatores gerais que determinam a capacidade da seguradora em cumprir com as suas obrigações financeiras, como pagar dívidas e honrar compromissos com investidores e clientes da Nippon Life permaneçam sólidos, uma vez que o grupo tem um spread de investimento positivo sustentável, uma subscrição robusta de seguros de vida nacionais apoiada por um setor de saúde lucrativo em expansão moderada e um risco de taxa de juro decrescente.

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Sócios da ACP têm seguros de acidentes pessoais Real Vida

  • ECO Seguros
  • 16 Dezembro 2024

Quem renove ou adere como sócio da ACP passa a ter este seguro sem ter de pagar mais por ele. Surge para acrescentar valor à subscrição.

A seguradora Real Vida e o Automóvel Clube de Portugal (ACP) reforçam a sua parceria com o lançamento de um seguro de acidentes pessoais exclusivo aos sócios da ACP, avançam as entidades em comunicado.

Há cerca de 25 anos no setor segurador, Marta Graça Ferreira é a atual CEO da Real Vida, tendo sido nomeada para o cargo oito anos após entrar na empresa como Diretora de Vendas Nacional em 2014.Hugo Amaral/ECO

A partir de agora, quem adere ou sócio que renove a subscrição ao ACP tem diretamente acesso a uma proteção adicional de acidentes pessoais. É um seguro exclusivo aos sócios do ACP com idades entre os 18 e os 84 anos que garante uma proteção extra com o pagamento de indemnizações em caso de morte ou invalidez permanente causada por acidente em contexto profissional ou extraprofissional em qualquer parte do mundo.

O seguro está integrado na proposta de valor do ACP, ou seja, é um serviço para tornar a subscrição do ACP mais atraente para o seu público.

Está inserido na oferta como um seguro incorporado na adesão ou renovação do associado e, por isso, não é cobrado nenhum montante ao cliente nem no momento da adesão nem na renovação, esclarece a Real Vida.

Mais informações sobre o seguro serão incluídos no site da ACP a partir de janeiro do próximo ano com o propósito de informar sócios e interessados sobre o produto e, acrescentar valor para o consumidor que se torne sócio da associação.

Em 2023, a Real Vida obteve resultados líquidos de cerca de 10 milhões de euros para um volume de negócios de 187 milhões de euros, um valor 29% acima de 2022, dos quais 17% se deveram a novo negócio contratado. É a 6.ª maior seguradora no ramo Vida risco com um quota de mercado de 4,8%, a 8.ª maior no ramo Vida e a 14ª no ranking nacional com 1,6% de quota.

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Trump diz que vai falar com Putin e Zelensky para acabar “carnificina”

  • Lusa
  • 16 Dezembro 2024

"Há cidades onde não há edifícios em pé. É um estaleiro de demolição. (...) As pessoas não podem voltar para estas cidades, não sobrou nada", comentou o Presidente eleito dos EUA, Donald Trump.

O Presidente eleito dos EUA, Donald Trump, disse esta segunda-feira que vai conversar com os presidentes russo, Vladimir Putin, e ucraniano, Volodymyr Zelensky, visando acabar com a “carnificina” da guerra na Ucrânia.

“Vamos falar com o Presidente Putin e vamos falar com Zelensky e representantes da Ucrânia. Temos de parar com isto, é uma carnificina”, disse Trump, numa declaração aos jornalistas a partir da residência de Mar-a-Lago, na Florida. “Uma grande parte deste território, quando se olha para o que aconteceu… Há cidades onde não há edifícios em pé. É um estaleiro de demolição. (…) As pessoas não podem voltar para estas cidades, não sobrou nada”, comentou o futuro Presidente norte-americano.

Trump foi ainda questionado sobre os territórios que poderiam ser negociados como parte de possíveis discussões de paz entre Moscovo e Kiev. O Kremlin acredita que as condições de uma “pré-negociação” não foram cumpridas, com Moscovo a exigir a rendição da Ucrânia antes de negociar a paz.

A Rússia exige ainda que as forças ucranianas deponham as armas, que Kiev ceda as cinco regiões que Moscovo afirma anexar e que a Ucrânia renuncie à adesão à NATO. Trump tem manifestado repetidamente o seu desejo de pôr fim ao conflito, sem explicar como pretende proceder, assegurando apenas que a Ucrânia deve esperar menos ajuda de Washington.

Os aliados europeus e Kiev temem que Trump possa forçar Kiev a concessões significativas, o que de facto concederia uma vitória geopolítica e militar a Vladimir Putin.

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e “desnazificar” o país vizinho, independente desde 1991 – após a desagregação da antiga União Soviética – e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kiev têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.

Já no terceiro ano de guerra, as Forças Armadas ucranianas confrontaram-se com falta de soldados e de armamento e munições, apesar das reiteradas promessas de ajuda dos aliados ocidentais, que começaram entretanto a concretizar-se.

As negociações entre as duas partes estão completamente bloqueadas desde a primavera de 2022, com Moscovo a continuar a exigir que a Ucrânia aceite a anexação de uma parte do seu território, e a rejeitar negociar enquanto as forças ucranianas controlem a região russa de Kursk, parcialmente ocupada em agosto.

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