Administração Trump elimina serviço de linha de socorro destinado a jovens LGBTQ+

  • Lusa
  • 19 Junho 2025

A linha nacional de vida, suicídio e crise dos EUA deixará de oferecer opções de apoio personalizadas a jovens e jovens adultos LGBT+ a 17 de julho, de acordo com anúncio da agência federal.

A linha nacional de vida, suicídio e crise dos Estados Unidos deixará de oferecer opções de apoio personalizadas a jovens e jovens adultos LGBT+ a 17 de julho, de acordo com anúncio da agência federal responsável pelo serviço.

A decisão antecipa a proposta de orçamento da administração Trump para 2026 de cortar o financiamento dos serviços para jovens e jovens adultos LGBT+ da linha de apoio, que nos Estados Unidos é 988, e está a fazer soar o alarme entre os defensores da causa LGBT+, durante o mês em que se celebra o orgulho LGBT+.

Dados federais mostram que o programa para jovens LGBT+ atendeu quase 1,3 milhão de chamadas desde que começou em setembro de 2022. Os serviços estavam acessíveis na opção “Pressione 3” no telefone ou respondendo “PRIDE” via texto.

A decisão foi tomada para “não isolar mais” os serviços e “focar no atendimento a todos os que buscam ajuda, incluindo aqueles anteriormente atendidos por meio da opção Press 3”, disse a Administração de Serviços de Abuso de Substâncias e Saúde Mental (SAMHSA, na sigla inglesa) do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA, num comunicado datado de terça-feira no seu ‘site’ oficial.

A notícia do encerramento do serviço LGBT+ surge no momento em que o Supremo Tribunal dos EUA confirmou a proibição do Estado do Tennessee de prestar cuidados de afirmação do género a menores transexuais, na quarta-feira.

O Projeto Trevor disse ter recebido na terça-feira uma notificação oficial de que o programa estava a terminar. A organização sem fins lucrativos é um dos sete centros que prestam 988 serviços de apoio em situações de crise para pessoas LGBT+ e serve quase metade das pessoas que contactam a linha de apoio.

” A prevenção do suicídio tem a ver com as pessoas, não com a política”, afirmou Jaymes Black, Diretor Executivo do Projeto Trevor, numa declaração na quarta-feira. “A decisão da administração de remover um serviço bipartidário e baseado em provas que tem apoiado eficazmente um grupo de jovens de alto risco nos seus momentos mais negros é incompreensível”.

Na sua declaração sobre a decisão da linha de apoio 988, a SAMHSA referiu-se aos “serviços para jovens LGB+”.

Black considerou “insensível” a omissão do “T” que representa as pessoas transgénero. “As pessoas transgénero nunca podem ser, e nunca serão, apagadas”, afirmou.

O Projeto Trevor continuará a prestar os seus serviços de apoio à saúde mental 24 horas por dia, 7 dias por semana, tal como outras organizações, e os líderes do 988 afirmam que a linha direta servirá qualquer pessoa que telefone com compaixão.

Os Centros de Controlo e Prevenção de Doenças dos EUA disseram que houve 49.300 suicídios em 2023 – aproximadamente o nível mais alto da história do país, com base em dados preliminares.

Estudos têm demonstrado que os jovens LGBT+ correm maior risco de suicídio, incluindo uma análise de 2024 do CDC que concluiu que 26% dos estudantes transgénero e com questões de género tentaram o suicídio no ano passado. Este valor é comparado com 5% dos estudantes cisgénero do sexo masculino e 11% dos estudantes cisgénero do sexo feminino.

Os jovens transexuais inundaram as linhas diretas de crise com chamadas após a reeleição do Presidente Donald Trump.

Trump colocou os temas anti-transgénero no centro da sua campanha e, desde então, tem feito retroceder muitas proteções dos direitos civis e o acesso a cuidados de saúde que afirmam o género.

O subprograma específico da linha 988 para jovens LGBT+ custou 33 milhões de dólares (cerca de 28,7 milhões de euros) no ano fiscal de 2024, de acordo com SAMHSA, e em junho de 2025, mais de 33 milhões foram investidos nos serviços.

A proposta de orçamento de 2026 da administração Trump pedia para manter o orçamento total da linha 988 em 520 milhões de dólares, mesmo eliminando os serviços LGBT+, mantendo o mesmo valor orçamental, enquanto elimina os serviços LGBT+.

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Carneiro diz que autárquicas são momento para voltar a fazer do PS a “maior força política”

  • Lusa
  • 19 Junho 2025

O candidato à liderança do PS, José Luís Carneiro, disse na quarta-feira à noite em Ponta Delgada, que as autárquicas são o momento para voltar a fazer do partido a "maior força política" do país.

O candidato à liderança do PS, José Luís Carneiro, disse na quarta-feira à noite em Ponta Delgada, nos Açores, que as eleições autárquicas são o momento para voltar a fazer do partido a “maior força política” do país. “Nós estamos no momento em que temos de voltar a fazer do PS a maior força política no país. E não há melhor momento do que o momento das eleições autárquicas“, afirmou José Luís Carneiro em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, nos Açores, no discurso proferido num encontro com militantes, onde apresentou a candidatura a secretário-geral do PS.

O candidato único à liderança do PS pediu aos militantes que o escutavam “um especial compromisso”, apelando que telefonem e conversem com os seus conhecidos.

“Muitas das vezes há tanta coisa que ficou por dizer na nossa vida às pessoas, deixámos de conversar, deixamos falar uns com os outros, temos que pegar, fazer esse esforço, telefonar aos nossos camaradas, aos nossos simpatizantes, àqueles eleitores que já votaram em nós, mas que estão momentaneamente zangados connosco”, afirmou. E prosseguiu: “Temos [de] ir ao seu encontro. E, se formos capazes de ir ao seu encontro, nós, de novo, voltaremos a reconstituir essa relação de confiança com o Partido Socialista“.

E antes de terminar a intervenção, lembrou o que dizia Ricardo Reis, um heterónimo de Fernando Pessoa: “Segue o teu caminho rega as tuas plantas, ama as tuas rosas”. “É isso que o PS tem que fazer para voltar a merecer a confiança dos cidadãos”, afirmou o socialista.

Na sua intervenção, o candidato abordou vários aspetos que constam da sua moção e referiu assuntos relacionados com as regiões autónomas, particularmente com os Açores e assumiu dois compromissos.

O primeiro, o de contribuir, por intermédio do grupo parlamentar socialista na Assembleia da República, para uma nova Lei de Finanças Regionais “capaz de reforçar os meios e os recursos que consubstanciem uma autonomia mais qualificada” e que comporte “mais responsabilidade”. O segundo compromisso prende-se com o facto de defender que os Açores “tenham uma palavra a dizer na gestão e na administração dos recursos do mar”.

O deputado José Luís Carneiro é candidato único às eleições diretas para secretário-geral do PS, marcadas para 27 e 28 deste mês, para escolher o sucessor de Pedro Nuno Santos, que se demitiu após o desaire nas legislativas.

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Tribunal de Justiça da UE deverá confirmar multa à Google

  • Lusa
  • 19 Junho 2025

O Tribunal de Justiça da União Europeia deverá confirmar a multa de 4,124 mil milhões de euros imposta por Bruxelas à Google, recomendou a advogada-geral da instituição Juliane Kokott.

O Tribunal de Justiça da União Europeia deverá confirmar a multa de 4,124 mil milhões de euros imposta por Bruxelas à Google, recomendou a advogada-geral da instituição Juliane Kokott.

A advogada-geral recomendou que seja negado o recurso interposto pela Google à multa por abuso da sua posição dominante ao impor restrições contratuais anticoncorrenciais aos fabricantes de aparelhos móveis e aos operadores de redes móveis, desde, pelo menos, 1 de janeiro de 2011.

A Comissão Europeia impôs inicialmente uma coima de 4,343 mil milhões de euros (ME), revista em baixa, num acórdão do Tribunal Geral relativo ao processo, para 4,124 mil ME, e do qual a Google interpôs o recurso em análise.

As regras da plataforma impunham que fabricantes de aparelhos móveis só podiam obter uma licença de acesso à aplicação da Google ‘Play Store’ se pré-instalassem as suas aplicações de pesquisa geral ‘Google Search’ e de navegação ‘Chrome’.

Além disso, para obterem uma licença para a ‘Play Store’ e a ‘Google Search´ deviam comprometer-se a não vender aparelhos equipados com versões do sistema operativo Android não autorizadas pela Google.

Por último, a Google associava a participação dos fabricantes e dos operadores de redes móveis nas receitas de publicidade à condição de não pré-instalarem outros serviços de pesquisa geral nos aparelhos de uma determinada carteira.

A Google tinha já interposto um recuso da decisão de 18 de julho de 2018 da Comissão Europeia e, na sequência de um recurso, em 14 de setembro de 2022, o Tribunal Geral anulou a decisão apenas no que respeita ao regime de partilha das receitas e recalculou a coima em 4,124 mil ME.

A Google voltou a recorrer para o Tribunal de Justiça, que não está vinculado a seguir as recomendações dos seus advogados-gerais.

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Fase final de repatriamento de portugueses em Israel a decorrer

  • Lusa
  • 19 Junho 2025

A fase final do repatriamento de cidadãos portugueses em Israel está a decorrer esta manhã de quinta-feira, na sequência do conflito com o Irão, anunciou o Ministério dos Negócios Estrangeiros.

A fase final do repatriamento de cidadãos portugueses em Israel está a decorrer esta manhã de quinta-feira, na sequência do conflito com o Irão, anunciou o Ministério dos Negócios Estrangeiros.

“Está a decorrer neste momento a fase final da operação desencadeada e coordenada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, de repatriamento de portugueses de Israel”, referiu o ministério, em comunicado, indicando que o voo da TAP deverá chegar ao aeródromo de Figo Maduro, na zona do aeroporto de Lisboa, por volta das 18h30. Estará presente no local o secretário de Estado das Comunidades, Emídio Sousa.

O Governo português anunciou esta semana o encerramento temporário da embaixada em Teerão, a par da continuação das operações de repatriamento no Médio Oriente.

A guerra entre Israel e o Irão foi desencadeada na madrugada de 13 de junho por bombardeamentos israelitas contra instalações militares e nucleares iranianas, matando lideranças militares, cientistas e civis.

Mais de 400 cidadãos da União Europeia, de países como Eslováquia, Lituânia, Grécia e Polónia, foram retirados de Israel na sequência do encerramento do espaço aéreo israelita devido às tensões na região, em voos apoiados pela Comissão Europeia.

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Seguro obrigatório para trotinetes elétricas a partir de sexta-feira

  • Lusa
  • 19 Junho 2025

A PSP tem a responsabilidade de fiscalizar os seguros de responsabilidade civil relacionados com estes veículos e de aplicar as respetivas contraordenações.

O seguro de responsabilidade civil passa a ser obrigatório, a partir de sexta-feira, para trotinetes e ‘scooters’ elétricas, ‘segways’ e ‘hoverboards’, cabendo à PSP a fiscalização desta nova medida.

De acordo com o decreto-lei que entra em vigor esta sexta-feira, ficam abrangidos pela obrigatoriedade de seguro de responsabilidade civil os veículos motorizados com velocidade máxima superior a 25 quilómetros por hora ou peso superior a 25 kg e velocidade superior a 14 quilómetros por hora.

Se o veículo tiver estas características, é obrigatório ter o seguro de responsabilidade civil, “independentemente das características do veículo, do terreno em que esteja a ser utilizado ou de se encontrar estacionado ou em movimento”, lê-se no documento publicado em Diário da República.

Deste diploma ficam excluídas as “cadeiras de rodas destinadas exclusivamente a pessoas com incapacidade física”.

A PSP tem a responsabilidade de fiscalizar os seguros de responsabilidade civil relacionados com estes veículos e de aplicar as respetivas contraordenações.

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Bolsa de Lisboa inverte tendência negativa e segue a negociar em alta

  • Lusa
  • 19 Junho 2025

A bolsa de Lisboa inverteu hoje da tendência negativa da abertura e segue a valorizar-se 0,11%, impulsionada pelos ganhos de Galp, EDP e BCP.

A bolsa de Lisboa inverteu hoje da tendência negativa da abertura e segue a valorizar-se 0,11%, impulsionada pelos ganhos de Galp, EDP e BCP. Cerca das 10:15 (hora de Lisboa), o PSI subia 0,11% para 7.369,76 pontos, com cinco cotadas a subir, duas inalteradas (NOS nos 3,78 euros e Sonae nos 1,16 euros) e oito a descer.

As ações das energéticas e da banca seguiam a impulsionar o principal índice da bolsa portuguesa.

A petrolífera Galp liderava ao subir 0,92% para 15,87 euros. Também em alta seguiam os ‘pesos pesados’ EDP, a avançar 0,33% para 3,62 euros, e o banco BCP, a subir 0,31% para 0,65 euros.

Ainda no ‘verde’ estavam as ações de Altri (0,52% para 4,88 euros) e Navigator (0,43% para 3,30 euros).

Em sentido contrário, as maiores perdas pertenciam a Mota-Engil (-1,11% para 3,75 euros) e CTT (-0,69% para 7,16 euros). Ainda a cair seguia a EDP Renováveis (-0,42% para 9,52 euros).

Enquanto Lisboa inverteu a tendência negativa da abertura, já as principais praças europeias seguem a negociar em terreno negativo, no dia em que os mercados continuam pendentes do conflito entre Israel e Irão e do possível envolvimento dos Estados Unidos.

Na quarta-feira, a Fed decidiu manter a taxa de juro no intervalo entre 4,25% e 4,50%, apesar das pretensões contrárias de Donald Trump – que voltou a insultar o presidente o banco central, Jerome Powell -, enquanto espera por mais informação sobre os efeitos do aumento das taxas alfandegárias decididas pela Casa Branca.

A Fed reviu ainda em baixo as previsões de crescimento, esperando agora um crescimento da economia norte-americana de 1,4% em 2025, e antecipou uma inflação mais elevada para este ano, de 3% (acima da anterior previsão de 2,7%).

A bolsa em Wall Street fechou mista na quarta-feira. O Dow Jones recuou 0,10% e o tecnológico Nasdaq perdeu 0,03%, enquanto o S&P 500 ganhou 0,13%.

Já na Ásia, os principais índices registaram perdas esta madrugada. O Hang Seng (de Hong Kong) caiu mais de 2% e o Nikkei (de Tóquio) mais de 1%.

Nas matérias-primas, o preço do petróleo está hoje a subir e o do ouro a descer.

O Brent (o petróleo bruto de referência na Europa) sobe para 77,41 dólares.

O ouro por onça troy, um ativo de refúgio, estava a descer ligeiramente para 3.355,6 dólares.

Os mercados financeiros norte-americanos estão fechados hoje devido ao feriado Juneteenth, que celebra a emancipação dos afro-americanos escravizados.

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O dia em direto nos mercados e na economia

  • ECO
  • 19 Junho 2025

Ao longo desta quinta-feira, 19 de junho, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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60% dos passageiros aéreos perdem direito a indemnização por atraso com novas regras

O ano passado, quase 12 milhões de passageiros viram os seus voos atrasados ou cancelados a partir dos aeroportos portugueses, segundo dados da Airhelp fornecidos ao ECO.

As alterações ao regulamento europeu sobre os direitos dos passageiros aéreos reduzem de forma significativa o universo de clientes das companhias que poderão pedir uma indemnização em caso de atraso do voo. Segundo um estudo citado pela Airhelp, um em cada seis passageiros deixam de poder reclamar.

Na versão aprovada pelo Conselho Europeu, as companhias aéreas passam a poder atrasar os voos de médio curso em quatro horas, em vez das atuais três, sem terem de pagar uma indemnização. Nos voos de longo curso, o limite passa de quatro para seis horas.

De acordo com a Airhelp, esta mudança, que teve os votos contra de Portugal, Espanha, Alemanha e Eslovénia, resulta numa redução de 60% no número de passageiros vítimas de atrasos que podem pedir uma indemnização.

Os montantes a pagar aos passageiros também são alterados. “Os valores de indemnização foram estabelecidos há 21 anos, nunca foram atualizados tendo em conta a inflação e no caso dos voos de longo curso a indemnização é reduzida de 600 para 500 euros, explica Pedro Miguel Madaleno, advogado especialista e representante da AirHelp em Portugal, em declarações ao ECO.

Esta proposta de revisão do regulamento é um claro retrocesso na proteção dos direitos dos passageiros.

Pedro Miguel Madaleno

Advogado especialista e representante da AirHelp em Portugal

Esta proposta de revisão do regulamento é um claro retrocesso na proteção dos direitos dos passageiros”, diz ao ECO Pedro Miguel Madaleno, recordando que a “proposta poderá vir a ser aprovada, alterada ou rejeitada” no Parlamento Europeu, onde ainda terá de ser votada.

O ano passado, quase 12 milhões de passageiros (11.824.000) viram os seus voos atrasados ou cancelados a partir dos aeroportos portugueses, o que corresponde a 34% das pessoas que viajaram a partir de Portugal, de acordo com os dados fornecidos ao ECO pela Airhelp.

Dados da organização especializada na defesa dos direitos dos passageiros aéreos detalha que em 2024, cerca de 669 mil passageiros com voos atrasados ​​e cancelados eram elegíveis para indemnização.

A Luxair (52% dos voos interrompidos), seguida da Air France (42%) e SATA Internacional – Azores Airlines (41%) foram as companhias aéreas com mais voos atrasados, de acordo com os dados fornecidos ao ECO pela Airhelp, que analisa apenas as companhias aéreas com mais de 1.000 voos a partir de Portugal no ano passado.

Um retrocesso histórico nos direitos adquiridos pelos passageiros em favor do lobby das companhias aéreas, que anualmente já faturam milhares de milhões de euros à custa, por norma, dos passageiros.

Miguel Quintas

Presidente da Associação Nacional de Agências de Viagens

Para Miguel Quintas, presidente da Associação Nacional de Agências de Viagens (ANAV) esta decisão significa que a UE falhou na proteção dos consumidores: “Um retrocesso histórico nos direitos adquiridos pelos passageiros em favor do lobby das companhias aéreas, que anualmente já faturam milhares de milhões de euros à custa, por norma, dos passageiros”.

O regulamento atualmente em vigor dita que os passageiros têm direito a receber uma indemnização de:

  • 250 euros para atrasos de “duas horas ou mais, no caso de quaisquer voos até 1.500 quilómetros”; 400 euros para todos os voos intracomunitários com mais de 1.500 quilómetros e para todos os outros voos entre 1.500 e 3.500 quilómetros;
  • 400 euros para todos os voos intracomunitários com mais de 1500 quilómetros e para todos os outros voos entre 1.500 e 3.500 quilómetros;
  • 600 euros para atrasos superiores a quatro ou mais horas e para todos os voos não abrangidos pelos tópicos anteriores.

Nesta nova proposta contempla:

  • Indemnização de “300 euros caso o voo atrase quatro horas em viagens de curta distância (até 3.500 quilómetros)”;
  • 500 euros para “atrasos de mais de seis horas em voos com mais de 3.500 quilómetros”.

O Conselho da UE optou por reduzir os montantes para os voos de médio e longo curso. A indemnização máxima disponível para os passageiros é agora de 500 euros, sendo que nos voos com menos de 3.500 quilómetros o limite é agora de 300 euros.

Para a Airhelp esta “alteração diminui a responsabilidade das companhias aéreas, cria maior insegurança jurídica e reduz a transparência em relação aos direitos dos passageiros, deixando-os mais vulneráveis quando sempre que estes sofram alguma perturbação”.

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“Temos uma faculdade cujo objetivo é o de educar para o direito e não o formar para a profissão”, diz Vera-Cruz

Naquela que foi a 8ª edição, a Advocatus Summit realizou-se no Auditório da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. O encerramento esteve a cargo do diretor da faculdade, Eduardo Vera-Cruz.

“Esta faculdade de direito está a procurar fazer aquilo que deve ser uma faculdade dos dias de hoje. E, por isso, temos um gabinete de saídas profissionais que também comunica e fala com o nosso Conselho Científico. Queremos ser um curso de formação jurídica, uma faculdade cujo objetivo é o de educar para o direito e não o formar para a profissão, como a Ordem dos Advogados faz e muito bem”. Eduardo Vera-Cruz Pinto, diretor da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, esteve a cargo do encerramento da 8ª edição da Advocatus Summit.

“A FDL cria juristas com sentido crítico. No entanto, algumas cadeiras optativas podem permitir que a oferta dada aos alunos já se possa dirigir mais às profissões jurídicas e forenses. E é muito importante que os advogados, seja através da Ordem dos Advogados, seja através de publicações jurídicas como a Advocatus. Continuem a fazer isso porque nós precisamos muito”, diz ainda o professor Eduardo Vera-Cruz. “Aqui na faculdade de Direito tentamos combinar o que os estudantes fazem – pela fase da vida que se encontram – com uma formação que ajude a formar cidadãos. Ninguém pode ser profissional na área do direito se não tiver um bocadinho de mundo e de experiências, muitas extracurriculares”, concluiu Eduardo Vera-Cruz Pinto.

Veja o vídeo na íntegra:

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A Advocatus Summit regressou nos dias 29 e 30 de maio. Naquela que foi a sua 8ª edição, este ano o evento realizou-se no Auditório da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. José Luís Moreira da Silva, presidente da ASAP – Associação das Sociedades de Advogados de Portugal, fez a abertura. João Massano, bastonário da Ordem dos Advogados Portugueses e Eduardo Vera-Cruz Pinto, Diretor da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, estiveram a cargo do encerramento.

Durante duas manhãs, reunimos alguns dos principais nomes da advocacia de negócios em Portugal para debater os grandes temas que moldam a prática jurídica: Fiscalidade, governance e compliance, investimento em Portugal, Cibersegurança e IA, Concorrência e direitos do consumidor, Agribusiness, smart cities e o papel do advogado em projetos cross-border.

O principal evento que liga a advocacia aos agentes empresariais e da economia é uma iniciativa ECO e ADVOCATUS que conta com o apoio de: Abreu Advogados, CMS Portugal, CS’Associados, Deloitte Legal, EY Law, Morais Leitão, Pérez-Llorca, PLMJ, PRA – Raposo, Sá Miranda & Associados, Proença de Carvalho, PwC Portugal, Sérvulo & Associados, SRS Legal, TELLES e Vieira de Almeida.

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LaLiga e ATP lançam MBA para desportistas de elite

  • Servimedia
  • 19 Junho 2025

O programa é desenvolvido e coordenado pela LaLiga Business School, a área educativa da LaLiga, em colaboração com a ATP, a entidade que rege o ténis profissional masculino.

A LaLiga e a ATP, dois líderes mundiais na indústria do desporto, unem forças para apresentar uma proposta pioneira: o primeiro MBA internacional em gestão desportiva criado exclusivamente para atletas e ex-atletas de elite.

A primeira edição, que terá início em janeiro de 2026, oferecerá 30 vagas, 10 para tenistas ou antigos tenistas do circuito ATP, 10 para futebolistas profissionais ativos ou reformados e 10 para outros atletas ou antigos atletas de alto rendimento. O formato será híbrido, combinando aulas via streaming com três sessões presenciais intensivas em Madrid, adaptadas ao calendário competitivo dos atletas. O programa será ministrado inteiramente em inglês e terá a duração de dez meses, até outubro de 2026.

Este mestrado completa a aliança educativa existente entre a ATP e a LaLiga, que começou há três anos com o lançamento do “ATP & LaLiga Business Education Programme”, um curso executivo, cujas três edições já foram realizadas com grande sucesso, com a participação de cerca de sessenta tenistas.

Agora, a LaLiga e a ATP vão mais longe com um MBA que pretende não só acompanhar os atletas na sua transição profissional, mas também contribuir ativamente para a profissionalização do desporto enquanto indústria global.

“A indústria do desporto precisa de gestores que a compreendam por dentro, a partir da experiência real do alto rendimento. Com este MBA estamos a responder a esta necessidade e queremos acompanhar os atletas na sua transição para novos papéis profissionais. Ter a ATP como parceiro estratégico neste projeto global único e pioneiro só o eleva e confere-lhe um selo de prestígio e projeção global”, afirmou José Moya, diretor da LaLiga Business School.

Fernando Sanchez, Vice-Presidente Sénior de Relações com os Jogadores da ATP, afirmou: “Estamos sempre a pensar em como apoiar os nossos jogadores para além do seu tempo no campo. Este MBA é um grande passo nessa direção. Foi concebido especificamente para atletas de elite, por pessoas que compreendem o mundo de onde provêm, e dar-lhes-á as ferramentas, a confiança e os contactos de que necessitam para serem bem sucedidos na fase seguinte das suas carreiras. Orgulhamo-nos de o construir em conjunto com a LaLiga e de investir no futuro a longo prazo dos nossos jogadores.

O plano académico inspira-se no modelo do MBA Internacional em Gestão Desportiva e de Entretenimento da LaLiga Business School, que já formou mais de 200 alunos em cinco edições. Neste caso, o rigor e a metodologia do treino desportivo de elite (progressão, variedade, repetição, especificidade e recuperação) foram transferidos para este novo programa, concebendo assim uma experiência de aprendizagem única que reflete os princípios-chave da preparação para o alto rendimento.

O Master inclui seis módulos e inclui também estudos de casos reais, sessões de tutoria individual e um projeto final aplicável à indústria.

Esta nova aposta reflete o compromisso da LaLiga e da ATP em continuar a profissionalizar a indústria a nível global através da formação, neste caso pela mão de atletas e ex-atletas de elite.

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ISDIN cuida de mais de 100 pessoas com albinismo no Panamá para combater o cancro da pele

  • Servimedia
  • 19 Junho 2025

Quase o dobro do ano anterior, graças ao trabalho de uma equipa de seis dermatologistas de diferentes países, em colaboração com quatro profissionais da Associação Panamiana de Dermatologia (Apderma).

O ISDIN tratou 112 pessoas na sua terceira expedição dermatológica ao Panamá, com o objetivo de combater o cancro da pele na comunidade albina.

De acordo com a empresa, o aumento do número de pacientes responde à necessidade especial de cuidados dermatológicos entre as pessoas com albinismo, uma vez que 98% morrem antes dos 40 anos, sendo o cancro da pele a principal causa.

A expedição, realizada entre 30 de maio e 1 de junho e organizada em colaboração com a Fundação SOS Albinos Panamá e a Apderma, teve dois pontos de assistência: a cidade do Panamá e a ilha de Ustupu, no arquipélago de San Blas. Estas ilhas têm a maior prevalência de albinismo do mundo, com uma incidência estimada de 1 em cada 100 a 200 pessoas. Este número contrasta significativamente com a Europa, onde esta condição genética ocorre em aproximadamente 1 em 37.000 pessoas.

A atividade cirúrgica aumentou este ano, com um total de 38 cirurgias para remover cancros da pele e lesões pré-cancerosas. O ISDIN doou também mais de 250 solares, bem como chapéus de abas largas e t-shirts de manga comprida. Além disso, foram organizadas atividades educativas adaptadas às crianças.

“A nossa campanha assenta em três pilares: diagnóstico, tratamento com cirurgia e educação. Organizamos teatros de fantoches para explicar às crianças como se devem proteger da exposição solar. É mais do que dermatologia, é compromisso e ação”, explica o médico espanhol Jaime Piquero, chefe da expedição.

As pessoas com albinismo são particularmente sensíveis à radiação solar devido à sua condição genética de ausência congénita de pigmentação. Além disso, em zonas como o Arquipélago de San Blas, a exposição solar é particularmente intensa devido à sua localização geográfica, o que aumenta o risco de danos na pele. Por outro lado, a centralização dos serviços médicos na Cidade do Panamá e as dificuldades de deslocação devido à falta de recursos dificultam o acesso das comunidades da zona a cuidados dermatológicos adequados, razão pela qual este tipo de expedição é essencial na região.

“Há falta de recursos, como infra-estruturas e pessoal médico”, afirma o dermatologista panamiano e líder do projeto, Reynaldo Arosemena. Por esta razão, o médico valoriza este tipo de expedição médica na região: “Somos muito bem recebidos porque tratamos e resolvemos os problemas in situ, essa é a grande vantagem que oferecemos, podendo proporcionar uma alternativa terapêutica eficaz e imediata”.

O projeto no Panamá faz parte do objetivo do ISDIN de inspirar um futuro sem cancro da pele. Para tal, o laboratório trabalha na prevenção e na sensibilização para a utilização de protetores solares, mas também realiza este tipo de programas em locais onde a ação preventiva não é suficiente.

As três expedições no Panamá vêm juntar-se às cinco já realizadas em Moçambique, outro dos locais com maior prevalência de albinismo no mundo. No total, as expedições dermatológicas do ISDIN envolveram o envio de mais de 60 dermatologistas que efetuaram mais de 600 cirurgias. Tudo isto foi acompanhado pela doação de fotoprotetores e formação preventiva para tentar assegurar que este tipo de ação não seja necessário no futuro.

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Empresas do setor da defesa poderão ganhar mais de 150 mil milhões de euros na bolsa até 2025

  • Servimedia
  • 19 Junho 2025

O aumento das tensões geopolíticas mundiais nos últimos anos impulsionou as perspectivas de futuro das empresas europeias do setor da defesa, que melhoraram substancialmente.

Esta situação levou o mercado a apostar nesta indústria em 2025 e fez com que as grandes empresas do setor ganhassem mais de 150 mil milhões em valor bolsista até agora este ano.

O aumento do valor bolsista destas empresas foi acompanhado por um aumento das despesas de defesa dos países europeus. No início de março, Ursula von der Leyen apresentou o plano ReARm, que prevê a mobilização de 800 mil milhões de euros em despesas de defesa nos próximos anos.

No caso específico de Espanha, prevê-se atingir 2% do PIB em despesas de defesa este ano, e o governo planeia injetar 10.471 milhões de euros nos orçamentos de defesa para atingir este objetivo.

A empresa que surge como a favorita para aproveitar este aumento da despesa pública em Espanha é a Indra. A empresa está a negociar em máximos históricos e passou de uma capitalização de apenas 3 mil milhões de euros no início do ano para cerca de 6,5 mil milhões de euros.

Neste sentido, numa intervenção na Cimeira Europeia de Defesa e Segurança, o CEO do Grupo Indra, José Vicente de los Mozos, defendeu na terça-feira que a UE deve promover “programas multinacionais de segurança e defesa, com investimento suficiente e agilidade administrativa para a sua implementação”. José Vicente de los Mozos, CEO do Grupo Indra, defendeu que a UE deve promover “programas multinacionais de segurança e defesa, com investimento suficiente e agilidade administrativa para a sua implementação”.

Fora de Espanha, a empresa com o maior valor bolsista do setor até agora, este ano, é a Rheinmetall, com mais de 50.000 milhões de euros. De facto, graças a esta subida, a empresa passará a fazer parte do EuroStoxx 50 a partir de 20 de junho.

Por seu lado, a Thales tem uma capitalização de cerca de 22 mil milhões de euros até agora em 2025 e a BAE Systems mais de 25 mil milhões de euros. A italiana Leonardo soma quase 13 mil milhões de euros e a norueguesa Kongsberg outros 15 mil milhões de euros. Por último, a SAAB também aumentou a sua capitalização no ano em mais de 10 mil milhões de euros.

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