TAP. Marcelo foi previamente informado e considera posição do Estado salvaguardada

  • Lusa
  • 11 Julho 2025

"Agora é uma solução, primeiro, que salvaguarda a posição dos trabalhadores. Segundo, que salvaguarda a prevalência de Portugal e do Estado português, porque é minoritária a parte estrangeira", disse.

O Presidente da República afirmou esta sexta-feira que foi previamente informado pelo primeiro-ministro do processo de privatização de 49,9% da TAP e considerou que a posição do Estado na empresa está salvaguardada, assim como a dos trabalhadores.

Interrogado pelos jornalistas, em São Tomé e Príncipe, se este processo de privatização tem o seu apoio, Marcelo Rebelo de Sousa começou por responder: “Eu, quando se colocou a questão em governos anteriores, achei que, na situação vivida naquela altura, já era uma situação não só a única possível como quase inevitável. E esteve praticamente para se concretizar”.

Agora é uma solução, primeiro, que salvaguarda a posição dos trabalhadores. Segundo, que salvaguarda a prevalência de Portugal e do Estado português, porque é minoritária a parte estrangeira, seja de um ou de dois dos candidatos ou três, os que forem. Depois, porque há certamente uma preocupação de encontrar uma solução que seja rápida, mas também muito respeitadora de procedimentos”, acrescentou.

Questionado se teve conversas com o Governo sobre esta matéria, o Presidente da República referiu que foi previamente informado por Luís Montenegro: “Claro, claro. O senhor primeiro-ministro foi – como o primeiro-ministro anterior tinha sempre sido – impecável. Isto é, apresentou o plano todo antes de, primeiro, o submeter ao Conselho de Ministros e, depois, de o anunciar aos portugueses”.

Quanto à possibilidade de se recuperar o dinheiro investido na companhia área, o chefe de Estado defendeu que “é prematuro estar a falar em valores”, tendo em conta a conjuntura internacional, e que é preciso “esperar para ver”, mas argumentou que a companhia aérea portuguesa tem um “valor estratégico”, pela “localização portuguesa”, com “rotas que são muito especiais e muito únicas, que é o caso por exemplo do Brasil ou de África”.

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Carneiro critica PSD por ficar “nas mãos da extrema-direita”

  • Lusa
  • 11 Julho 2025

"Uma das opções que está a fazer e que para nós é muito grave tem a ver com a forma como está a tratar os cidadãos oriundos de países de língua portuguesa", disse o secretário-geral do PS.

O secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, criticou esta sexta-feira o PSD por estar nas mãos dos partidos de extrema-direita, referendo-se ao partido Chega, em matérias como a imigração.

“Aterraram onde não deviam aterrar, nas mãos da extrema-direita”, afirmou aos jornalistas José Luís Carneiro, à margem da apresentação do candidato autárquico à Câmara do Bombarral.

“Uma das opções que está a fazer e que para nós é muito grave tem a ver com a forma como está a tratar os cidadãos oriundos de países de língua portuguesa”, exemplificou, considerando que o tratamento dado aos cidadãos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa “quebra valores históricos da nossa política externa”.

O líder socialista pede ao Governo que “inverta posições”, por defender que “colocam em causa as boas relações com os países de língua oficial portuguesa”.

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Estádio da Luz aumenta lotação para 68.100 lugares

  • Lusa
  • 11 Julho 2025

Até ao fim da época passada, o recinto das águias tinha capacidade para 65.400 espetadores. 

O Benfica anunciou esta sexta-feira o aumento da lotação do Estádio da Luz em 2.700 lugares, para os 68.100, aproximando-se dos 70 mil anunciados em novembro pelo presidente Rui Costa.

“A primeira fase do aumento da lotação do Estádio da Luz foi concluída! A Catedral passa agora a contar com 68.100 lugares, reforçando o estatuto de maior e mais imponente estádio do país”, anunciaram no seu site oficial.

Até ao fim da época passada, o recinto das águias tinha capacidade para 65.400 espetadores. “Mais do que números, este crescimento é emoção redobrada: mais vozes, mais cor, mais Benfica. Em 2025/26, o ninho da águia abre portas a ainda mais adeptos”, completou o clube.

Em 30 de novembro, em Arouca, Rui Costa anunciou que estava em curso o projeto de incremento da lotação do Estádio da Luz para um total de 70 mil lugares, justificando essa opção com a elevada procura de lugares anuais.

“Ambicionamos que mais sócios e adeptos possam desfrutar da oportunidade única que é apoiar o nosso clube. Embora o Estádio da Luz seja já o maior e mais imponente estádio do país, anuncio hoje que iremos aumentar a lotação do nosso estádio para 70 mil lugares”, disse.

Na altura, o dirigente revelou que a média de assistência nos jogos em casa rondava os 60 mil lugares e que havia cerca de 14 mil pedidos em lista de espera para ter lugar cativo.

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Ministro sublinha superávite de 800 milhões do setor do vinho em Portugal

  • Lusa
  • 11 Julho 2025

Portugal exportou "muito mais" vinho do que importou, tendo registado um superávite de 800 milhões de euros. "Isto é muito importante para a nossa balança comercial", disse o ministro.

O ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes, sublinhou que Portugal teve, em 2024, um superávite de 800 milhões de euros no setor do vinho e criticou as “tentativas de diabolização” daquele produto. Em Braga, na sessão de inauguração da 12.ª edição da Vinho Verde Fest, José Manuel Fernandes disse que o vinho “não traz problemas para a saúde” de ninguém, desde que consumido “de forma responsável e com moderação”.

“O vinho faz parte das nossas tradições, até das rotinas religiosas. Não há nenhuma missa sem vinho”, referiu. O governante lembrou que, em 2024, Portugal exportou “muito mais” vinho do que importou, tendo registado um superávite de 800 milhões de euros. “Isto é muito importante para a nossa balança comercial”, acrescentou, vincando ainda a importância do vinho como fator de atração turística.

Concretamente em relação ao vinho verde, José Manuel Fernandes disse que, entre janeiro e abril deste ano, Portugal exportou 38 milhões de euros e defendeu que ainda é possível “fazer mais” em termos da promoção daquele produto e do preço a que é vendido no estrangeiro.

“Em termos de exportação, o vinho verde está a ser vendido a um custo médio de 2,45 euros por litro. Isso não corresponde, na minha opinião, embora haja um ataque ao vinho à escala global, à qualidade do vinho que temos”, referiu. Para o ministro da Agricultura, é preciso atuar para “baixar o nível do ataque que existe ao consumo do vinho”, à escala global.

“O vinho deve ser consumido de forma responsável e com moderação e se for consumido com moderação não traz problemas para a saúde”, garantiu. Disse mesmo que a região do Cávado, onde o vinho verde é rei, aliado a uma gastronomia que tem pratos como arroz pica no chão e sobremesas como o pudim Abade de Priscos, tem a maior longevidade do país.

“Comer e beber nunca passará de moda. Com moderação, sempre”, disse ainda. Na 12.ª da Vinho Verde Fest, marcam presença 33 expositores, com mais de 200 referências de vinho. Segundo a Associação Empresarial de Braga, a expectativa é vender 20 mil garrafas de vinho, sendo esperado um impacto económico de 350 mil euros.

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Benfica e Jorge Jesus chegam a acordo na ação por incumprimento salarial

  • Lusa
  • 11 Julho 2025

Jorge Jesus moveu uma ação de arbitragem voluntária no Tribunal Arbitral do Desporto (TAD) contra a SAD do Benfica por incumprimento salarial, processo que foi agora ultrapassado.

O Benfica e o seu ex-treinador de futebol Jorge Jesus alcançaram um entendimento que terminou com a ação que o técnico moveu contra a SAD ‘encarnada’ por incumprimento salarial, revelou esta sexta-feira, em comunicado, o clube da Luz.

O Sport Lisboa e Benfica informa que chegou a um entendimento com o seu antigo treinador Jorge Jesus, relativamente a um acerto fiscal de IRS e que lhe era devido contratualmente”, lê-se na nota divulgada no site oficial do clube.

Na quarta-feira, Jorge Jesus moveu uma ação de arbitragem voluntária no Tribunal Arbitral do Desporto (TAD) contra a SAD do Benfica por incumprimento salarial, processo que foi agora ultrapassado. “O clube agradece a colaboração de Jorge Jesus e dos seus representantes na resolução de todo este processo que, desta forma, se encerra em definitivo”, assinalaram as ‘águias’.

O Benfica já tinha garantido que esperava resolver de forma amigável a ação que lhe foi movida, sendo que, na quinta-feira, o advogado de Jorge Jesus, Luís Miguel Henrique, assinalou à Lusa que não existia nenhum conflito entre as partes e que já havia uma plataforma de entendimento.

Jorge Jesus, de 70 anos, teve duas passagens pelo Benfica, a primeira entre 2009/10 e 2014/15, período no qual ganhou três campeonatos, uma Supertaça e uma Taça de Portugal, regressando na época de 2020/21. Acabaria por sair a meio da temporada seguinte (2021/22).

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Esta é a chave do Euromilhões. Jackpot é de 86 milhões de euros

  • ECO
  • 11 Julho 2025

O jackpot desta sexta-feira é de 86 milhões de euros, depois de não terem sido registados vencedores do primeiro prémio no sorteio anterior.

Com um primeiro prémio no valor de 86 milhões de euros, decorreu esta sexta-feira mais um sorteio do Euromilhões. O valor do jackpot subiu depois de não ter havido vencedores do primeiro prémio no sorteio anterior.

Veja a chave vencedora do sorteio desta sexta-feira, 11 de julho:

Números: 8, 23, 24, 45 e 49

Estrelas: 2 e 10

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Imigrantes terão de fazer prova de vida comum para requerer reagrupamento familiar

  • Lusa
  • 11 Julho 2025

O Chega conseguiu ainda, com o apoio do PSD, CDS e IL, mudar as condições para a obtenção de visto de residência, visto para a procura de trabalho ou de estada temporária.

PSD, CDS e IL aprovaram esta sexta-feira, na especialidade, uma alteração do Chega à lei dos estrangeiros, obrigando os requerentes de reagrupamento familiar a provar a existência de laços familiares com aqueles que pretendem chamar.

Na reunião da Comissão de Assuntos Constitucionais, esta foi uma das alterações provenientes do Chega que tiveram votos contra de toda a esquerda parlamentar, mas que deverão ser aprovadas na quarta-feira, em plenário da Assembleia da República, em votação final global.

Na versão da proposta do Governo referia-se que “o cidadão com autorização de residência válida e que resida, há pelo menos dois anos, legalmente em território nacional, tem direito ao reagrupamento familiar com os membros da família que se encontrem fora do território nacional, que com ele tenham vivido noutro Estado ou que dele dependam, independentemente de os laços familiares serem anteriores ou posteriores à entrada do residente”.

Agora, com a alteração introduzida pelo Chega, coloca-se a seguinte condição ao requerente de reagrupamento familiar: Desde que “comprovadamente” tenham com ele tenham vivido noutro Estado ou que dele dependam. Apesar de ter conseguido introduzir este ponto, o Chega deixou pelo caminho a ideia de limitar o reagrupamento familiar “a ascendentes ou descendentes na linha reta até ao segundo grau”.

O Chega conseguiu ainda mudar o artigo 52ª referente às condições para a obtenção de visto de residência, visto para a procura de trabalho ou de estada temporária. Na nova redação prevê-se que seja “recusado visto de residência, visto para procura de trabalho qualificado ou de estada temporária ao nacional de Estado terceiro que tenha entrado ou permanecido em território nacional de forma ilegal”.

Nestes casos, o período de interdição de entrada em território nacional “pode ser superior, até ao limite de sete anos, quando se verifique existir ameaça grave para a ordem pública, a segurança pública ou a segurança nacional”. Com esta proposta, a qual foi apresentada ao fim de várias horas de reunião da Comissão de Assuntos Constitucionais, o Chega acabou também por se aproximar da posição inicial do PSD, já que o partido de André Ventura antes colocava em dez anos o período de interdição.

Após terem votadas separadamente estas alterações provenientes do Chega, a proposta do Governo de revisão da lei de entrada, permanência, de saída e afastamento de estrangeiros do território nacional foi aprovada em bloco, na especialidade, com a oposição de toda a esquerda parlamentar.

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Alterações à lei de estrangeiros aprovadas na especialidade com voto contra da esquerda

  • Lusa
  • 11 Julho 2025

Matérias como reagrupamento familiar e tempos de permanência legal em território nacional foram aprovadas por toda a direita parlamentar e voto contra da esquerda.

A Comissão de Assuntos Constitucionais votou esta sexta-feira favoravelmente, na especialidade, alterações à lei de estrangeiros, com voto contra da esquerda, que alegou atropelos à lei pela falta de pareceres obrigatórios.

Em votação esteve uma proposta de lei do Governo e alterações requeridas pelo Chega, que incidem sobre matérias como reagrupamento familiar e tempos de permanência legal em território nacional, que foram aprovadas por toda a direita parlamentar (PSD, CDS-PP, Chega e Iniciativa Liberal).

Segundo a esquerda, neste processo de especialidade faltam, nomeadamente, pareceres do Conselho Superior da Magistratura (CSM), e do Conselho Superior dos Tribunais Administrativos e Fiscais (CSTAF). O CSM já adiantou que não emite parecer num tão curto espaço de tempo, uma vez que teria que chegar à comissão parlamentar até segunda-feira para poder ser tido em conta nas alterações à lei.

No mesmo sentido, o CSTAF comunicou não emitir parecer em tão curto espaço de tempo, manifestando disponibilidade para o poder fazer chegar em 10 dias, já após a data prevista da votação global na generalidade pelo plenário, agendada para quarta-feira, depois de ter sido decidida urgência para a conclusão deste processo legislativo. “Não me parece ético e curial estar a pedir pareceres em dois dias”, disse a presidente da comissão, a social-democrata Paula Cardoso.

A presidente da comissão chegou a colocar à consideração dos deputados a votação do prosseguimento do processo por alegadas inconstitucionalidades, que não avançou até por ter sido reconhecido pelo PS que votar as alterações à lei sem terem chegado os pareceres não seria inconstitucional, mas ilegal, segundo o socialista Pedro Delgado Alves.

O vice-presidente da bancada socialista insistiu por diversas vezes que estava em causa uma questão de legalidade e de cumprimento das normas legais aprovadas pela própria Assembleia da República. “Nunca achámos antes que os pareceres obrigatórios eram dispensáveis”, disse Pedro Delgado Alves, que defendeu que a comissão não o poderia fazer se o parlamento quisesse ser “levado a sério enquanto instituição”.

Esta questão foi debatida ao longo de mais de uma hora, com toda a esquerda alinhada, a que se juntaram as preocupações de Rui Rocha, da IL, com as consequências da aprovação de uma lei sem a devida ponderação. Rui Rocha alertou, “numa perspetiva de bom senso”, que sem ponderação e consideração dos pareceres pedidos, a legislação aprovada pudesse “ficar contaminada” por um processo para o qual disse não encontrar “razões tão ponderosas quanto isso”.

“Se estava tudo tão bem pensado, porque é que tiveram necessidade de fazer uma substituição do texto [da lei] tão em cima da hora”, questionou, depois de o deputado do PSD António Rodrigues ter insistido que o processo de revisão não se iniciou agora e que a discussão está a ser feita há mais de um ano e de o também social-democrata Paulo Marcelo ter dito que o Governo ouviu muitas entidades e que teve em conta os seus contributos.

Também isso gerou críticas à esquerda, que recusou que o processo legislativo possa ser feito por intermédio da ação do Governo, tendo Isabel Moreira (PS) frisado as competências exclusivas do parlamento na matéria e Pedro Delgado Alves solicitado o envio por parte do Governo dos pareceres que fundamentaram a sua decisão.

Paula Santos (PCP) defendeu que a ausência dos pareceres impedia o prosseguimento do processo legislativo e que a auscultação de entidades por parte do Governo não elimina a necessidade de esse processo ser realizado também pelo parlamento. “Mal estaríamos se a Assembleia da República passasse a ser uma secretaria do Governo”, criticou Isabel Moreira.

Mariana Mortágua (BE) apelou ao adiamento da votação das alterações à lei para setembro, para dar tempo a que os pareceres chegassem e fossem tidos em conta, respeitando a lei sobre a obrigatoriedade destes pareceres: “Uma lei como esta não pode sair manchada da Assembleia da República como esta vai sair”.

As alterações ao reagrupamento familiar também mereceram críticas dos deputados à esquerda, tendo Pedro Delgado Alves alertado para os riscos que representa para a integração e Paulo Muacho (Livre) a questionar a urgência das alterações num processo que está parado por “manifesta incapacidade administrativa”.

Foi ainda adiado para quarta-feira a votação de requerimentos do PSD e Chega para a consulta por escrito a um conjunto de constitucionalistas para que se pronunciem sobre as alterações propostas à lei da nacionalidade, cuja votação ficou adiada para setembro. Também na quarta-feira, dia 16, será votado um requerimento do PS para que, para além de constitucionalistas, sejam consultados por escrito um conjunto de 20 entidades e associações que trabalham com estrangeiros.

Já o PSD apelou a que o parecer do constitucionalista Jorge Miranda, recentemente noticiado, possa ser trazido ao processo.

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Turismo aplaude arranque da privatização da TAP mas insiste em garantias para o setor

  • Lusa
  • 11 Julho 2025

A CTP sublinha que será fundamental garantir, em contrato, compromissos claros com o setor e com a conectividade do território nacional.

A Confederação do Turismo de Portugal (CTP) “aplaude” o arranque da reprivatização da TAP, mas insiste em garantias para o Turismo, nomeadamente a manutenção do hub de Lisboa e ligações estratégicas essenciais.

O processo de reprivatização da TAP foi formalmente iniciado esta quinta-feira, com a aprovação, em Conselho de Ministros, do decreto-lei que define os termos da operação. Numa primeira fase, o Estado prevê alienar, através de venda direta, até 49,9% do capital da transportadora aérea nacional.

Embora defenda uma privatização a 100%, a CTP considera positivo este primeiro passo. “É positiva a abertura desta primeira fase do processo de reprivatização da companhia aérea portuguesa. A TAP é importante para o país e para o Turismo e não pode continuar sozinha e isolada no mercado. Pelo contrário, a TAP, inserida numa das grandes plataformas internacionais de aviação, pode vir a ter menos custos e praticar tarifas mais concorrenciais para captar mais e melhor turismo”, afirma o presidente da Confederação, Francisco Calheiros, citado em comunicado.

A CTP sublinha que será fundamental garantir, em contrato, compromissos claros com o setor e com a conectividade do território nacional. “Vamos estar muito atentos! Há exigências básicas de que o país e o turismo não podem prescindir”, alerta Francisco Calheiros.

Entre essas exigências, a Confederação destaca a necessidade de assegurar o ‘hub’ (plataforma de distribuição de voos) de Lisboa, bem como as ligações aéreas especiais às regiões autónomas e aos PALOP – Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa. Para a CTP, estas condições são “imprescindíveis” e devem ser acauteladas na nova fase de gestão da companhia.

Numa declaração feita na quinta-feira, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, reconheceu a importância destas garantias, afirmando esperar que “se possa assegurar que a companhia aérea nacional salvaguarda o hub em Lisboa, salvaguarda o aproveitamento de todas as infraestruturas aeroportuárias do país, em particular do aeroporto Humberto Delgado e amanhã Luís de Camões (o novo aeroporto de Lisboa), mas também do Porto e de Faro e os aeroportos das regiões autónomas”.

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Bruxelas prepara novo imposto sobre grandes empresas 

  • ECO
  • 11 Julho 2025

O eventual imposto, de caráter anual, abrange todas as empresas a operar na Europa e com faturações superiores a 50 milhões de euros líquidos, independentemente de onde estejam sediadas.

Bruxelas está a preparar um imposto sobre as grandes empresas com atividade em território europeu, tendo em vista arranjar novas fontes de financiamento, avança o Financial Times.

A proposta da Comissão Europeia será revelada na próxima semana mas, para entrar em vigor, precisa do apoio de todos os Estados-membros, refere o jornal britânico. O imposto, anual, abrange todas as empresas a operar na Europa e com faturações superiores a 50 milhões de euros líquidos – ou seja, após a dedução de subsídios e impostos –, independentemente de onde estejam sediadas.

No entanto, caso o projeto entre em vigor, nem todas as empresas irão pagar o mesmo, uma vez que em causa está um sistema progressivo onde a UE exige contribuições maiores por parte das empresas que também conseguem obter receitas mais elevadas.

Outras medidas que serão propostas na próxima semana pela Comissão Europeia – quando apresentar o próximo orçamento plurianual – incluem a coleta por parte da UE de uma parcela dos impostos especiais de consumo sobre o tabaco, a imposição de uma taxa sob o lixo eletrónico não reciclado e uma taxa para embalagens de comércio eletrónico de longa distância, que atingiria principalmente as importações da China.

Bruxelas argumenta que as novas exigências em termos de investimento — que vão desde a defesa até ao aumento dos juros da dívida — exigem uma abordagem mais radical, mas as ambições por um orçamento mais robusto tem vindo a enfrentar a resistência de países-membros como a Alemanha, Holanda, Áustria, Finlândia, Suécia ou Dinamarca.

Por outro lado, a Comissão Europeia desistiu das suas intenções de cobrar um imposto sobre as empresas digitais, beneficiando assim Donald Trump e as gigantes tecnológicas norte-americanas como a Apple ou a Meta, segundo o Politico. Na reta final das negociações para um acordo comercial com os EUA, a União Europeia decidiu assim retirar o imposto digital da sua lista de opções de impostos para gerar receitas.

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Governo cria carreira de reinserção social na Função Pública e acena com aumentos até 280 euros

Proposta do Executivo prevê, para este ano, uma valorização dos trabalhadores entre 35 e 169 euros, consoante a categoria profissional, e a atribuição de um suplemento e risco de 185 euros mensais.

O Governo vai criar uma nova carreira especial de reinserção social e reeducação na Função Pública que prevê, até 2027, aumentos salariais de até 282 euros para os técnicos superiores das carreiras gerais que desempenhem funções nesta área e de 140 euros para os técnicos profissionais que transitem para a nova categoria de técnico de reinserção social e reeducação.

A proposta foi entregue aos sindicatos, mas ainda será objeto de negociação. Para este ano, está já prevista uma valorização remuneratória de entre 35 e 169 euros e a atribuição de um subsídio de risco, de 185 euros mensais, com efeitos retroativos a julho de 2025, segundo o documento do Governo que a Federação dos Sindicatos da Administração Pública (Fesap) enviou ao ECO.

“A proposta é, contudo, insuficiente e fica muito aquém das expectativas, mas valorizamos o processo negocial do Governo e a abertura para melhorar o documento, até porque estas carreiras não eram revistas há 20 anos“, afirmou ao ECO o secretário-geral da Fesap, José Abraão.

O projeto entregue às estruturas sindicais decorre “das conversas informais que o Executivo foi tendo durante o período em que se encontrava em gestão”, após o chumbo da moção de confiança, em março, e a convocação de eleições legislativas antecipadas para 18 de maio, salientou o líder sindical.

A nova carreira especial de técnico superior de reinserção social e reeducação, desenhada pelo Governo de Luís Montenegro, prevê a transição de cerca de 800 trabalhadores, segundo o mapa pessoal Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, para novas posições remuneratórias, de forma faseada, até 2027, o que dará um aumento salarial global de até 282 euros.

Um técnico superior de reeducação ou um técnico superior de reinserção social no primeiro nível, com um ordenado de entrada de 1.565,38 euros mensais brutos, que corresponde a uma posição intermédia entre a 18.ª e a 19.ª da tabela remuneratória única (TRU), vai passar a auferir 1.600,26 euros, ficando no patamar 19, ou seja, recebe mais 35.08 euros, com efeitos retroativos a julho deste ano, de acordo com a proposta do Governo.

No próximo ano, este trabalhador salta para a posição 20, com um vencimento ilíquido de 1.653,10 euros. E, em 2027, a primeira posição remuneratória é fixada no nível 21, o que significa um novo e terceiro avanço salarial de 56,5 euros para os 1.705,73 euros. Feitas as contas, este funcionário terá direito a uma valorização total de cerca de 140,35 euros. Os administradores prisionais também serão absorvidos pela nova carreira, de acordo com a proposta do Executivo.

Há casos em que o incremento salarial é superior, uma vez que há uma cláusula de salvaguarda que determina que, na passagem para a nova carreira, todos os trabalhadores têm de ganhar pelo menos mais 28 euros mensais. Por exemplo, um técnico superior de reinserção social ou de reeducação com um vencimento de 1.917,85 euros, o que corresponde ao nível 25 da TRU, vai avançar, já este ano, para a posição 28, ficando com um ordenado bruto mensal de 2.080,47 euros, o que significa mais 162,6 euros brutos no bolso todos os meses. Em 2026, salta para os 2.134,69 euros e, no ano seguinte, avança mais 54,21 euros para 2.188,90 euros. No global, terá uma atualização remuneratória de 271,03 euros.

Há ainda aumentos de maior peso que se irão verificar junto dos técnicos superiores das carreiras gerais que ingressarem na categoria especial de técnico superior de reinserção social e reeducação. Um trabalhador que esteja a receber 2.843,05 euros, o que corresponde ao nível 42 da TRU, ao passar para a nova carreira dará, já este ano, um salto de 169,47 euros para o patamar 45, que perfaz um ordenado de 3.012,52 euros. Em 2026, recebe mais 56,47 euros, ficando no nível 46, com um vencimento de 3.068,99 euros e, no ano seguinte, terá um incremento adicional idêntico, o que significa que irá ficar a ganhar 3.125,47 euros. No conjunto dos três anos, entre 2025 e 2027, terá um aumento de 282,42 euros.

A atualização salarial será idêntica para os restantes níveis da carreira, até à nova posição 12. O salário mais alto, neste momento, nos 3.389,06 euros (posição 51-52) vai passar para 3.4654,38 euros (posição 53). Até 2027, passará para 3.577,35 euros, o correspondente ao patamar 55 da TRU.

Os cerca de 300 técnicos profissionais de reinserção social vão ingressar na nova carreira especial de técnico de reinserção social e reeducação com a correspondente valorização salarial. Até 2027, terão direito a um aumento global que poderá variar entre 140 e 235 euros, dependendo dos casos.

Este ano, quem estiver a receber o vencimento de entrada, que é o mais baixo, de 878,41 euros, e que corresponde à base remuneratória da Função Pública, vulgo salário mínimo no Estado, vai passar a auferir 926,42 euros, o que se traduz num salto de 48,01 euros da posição 5 para a 6 da TRU. No próximo ano, terá um aumento de 52,63 euros e o ordenado sobe para 979,05 euros e, em 2027, beneficia de um novo incremento, de 38,93 euros, o que fará o ordenado da primeira posição avançar para os 1.017,98 euros. No conjunto dos anos, este funcionário terá uma valorização total de 139,57 euros.

Por via da regra dos 28 euros que impede que um trabalhador tenha uma valorização inferior àquele montante, há funcionários com aumentos mais substantivos. Por exemplo, uma folha salarial de 996,95 euros vai engordar, já este ano, 129,8 euros, para 1.126,77 euros. Em 2026, salta 52,65 euros para 1.179,42 euros e, no ano seguinte, beneficia de um incremento adicional de 52,62 euros, ficando nos 1.232,04 euros. No global, este trabalhador terá um incremento remuneratório de 235,07 euros,

Tal como para a carreira de técnico superior de reinserção social e reeducação, a valorização dos técnicos de reinserção social e reeducação irá acompanhar as diferentes posições remuneratórias até à nova 9ª. O ordenado mais elevado, que está nos 1.425,03 euros (nível 15-16 da TRU) vai subir, este ano, para 1.495,20 euros (nível 17), para 1.547,83 euros, em 2026, e, no ano seguinte, para 1.600,46 euros (nível 19), o correspondente à primeira posição dos técnicos superiores desta carreira especial.

A Fesap “ainda vai apresentar contrapropostas face ao documento de trabalho apresentado pelo Executivo”, sinaliza José Abraão. Independentemente do desfecho, o certo é que a nova carreira e os correspondentes aumentos serão aplicados já este ano com efeitos retroativos a julho assim como o suplemento de risco, de 185 euros. Os valores poderão entretanto ser alvo de reajustes no decorrer das negociações.

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Leitão Amaro concentra tutela da comunicação social

  • + M
  • 11 Julho 2025

Com um pacote de 30 medidas para o setor dos media anunciado pelo anterior Governo, as decisões mais mediáticas estarão agora relacionadas com a RTP. Administração já foi chamada ao parlamento.

António Leitão Amaro, ministro da Presidência, chamou a si a pasta da comunicação social, não delegando competências em nenhum dos três secretários de Estado. O secretário de Estado da Presidência, João Valle e Azevedo, não fica assim com a pasta, ao contrário do que o ECO/+M tinha avançado no início de junho.

Com um pacote de 30 medidas para o setor dos media anunciado pelo anterior Governo, na altura com a pasta tutelada por Pedro Duarte, então ministro dos Assuntos Parlamentares, as decisões mais mediáticas estarão agora relacionadas com a RTP.

O parlamento, recorde-se, aprovou esta terça-feira a audição, com urgência, do Conselho de Administração da RTP sobre a demissão do ex-diretor de informação, António José Teixeira, e a reestruturação da empresa pública de rádio e televisão.

A audição da equipa de gestão liderada por Nicolau Santos foi proposta pelo Livre e pelo PS, em dois requerimentos separados. Ambos foram aprovados por unanimidade esta tarde numa reunião da Comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, onde têm assento o PSD, o Chega, o PS, a Iniciativa Liberal, o Livre e o PCP.

Além do Conselho de Administração, também será chamado, com urgência, por proposta do PS, o ex-diretor de informação, António José Teixeira. A direção foi demitida a 24 junho pela administração, que anunciou o jornalista Vítor Gonçalves como novo diretor de informação da RTP. A alteração aconteceu na mesma altura em que a gestão anunciou uma reorganização interna, enquadrada nos objetivos do novo Projeto Estratégico para o triénio 2024-2026.

O organograma da RTP passa a estar organizado em quatro grandes áreas de atividade e será subdividido em 28 direções, em vez das 39 atuais: corporativa (10), operações (4), conteúdos temáticos (7) e conteúdos programáticos (7). Ao mesmo tempo, o número de diretores e diretores-adjuntos passa de 30 para 23, segundo um comunicado emitido pelo conselho de administração no dia em que foi anunciada a exoneração de António José Teixeira.

A empresa pública já aprovou a saída de 97 trabalhadores, mas quer alargar o programa de rescisões a mais 41 profissionais para dar resposta a todas as candidaturas recebidas. Sem mais verbas disponíveis, a administração solicitou ao Governo o pagamento da dívida do Estado à RTP, no valor de 14,29 milhões de euros Em alternativa, a empresa propõe que seja feito, no imediato, um adiantamento de 2,4 milhões de euros para cobrir os custos desta extensão, abatendo posteriormente esse montante ao valor total da dívida que será liquidada através de um aumento do capital social.

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