Pensões sobem até 3,9% com inflação e bónus proposto pelo PS

Pensões sobem até 2,6% em janeiro, por causa da inflação e do crescimento económico. Mas também terão aumento extra de 1,25 pontos percentuais, que o PS propôs e uma maioria negativa na AR aprovou.

A maioria das pensões vai aumentar 3,9% em janeiro, de acordo com os cálculos feitos pelo ECO. Em causa estão um reforço de 2,6% resultante do crescimento da economia e da inflação, a que acresce uma subida extraordinária de 1,25 pontos percentuais que o PS propôs e o Parlamento aprovou, à revelia do Governo.

Comecemos pelo aumento regular. Por lei, há dois indicadores que ditam que atualizações devem ser aplicadas em janeiro de cada ano às pensões: a média do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos últimos dois anos e a variação média dos últimos 12 meses do Índice de Preços no Consumidor (IPC) sem habitação disponível a 30 de novembro.

O primeiro desses dados já era conhecido, mas faltava apurar o segundo. O Instituto Nacional de Estatísticas (INE) publicou-o esta sexta-feira, o que permitiu ao ECO calcular que aumentos vão ter as pensões no próximo ano.

Em concreto, as pensões mais baixas (até 1.045 euros) terão aumentos, pela via regular, de 2,6%. As pensões intermédias (entre 1.045 euros e 3.135 euros) terão direito a uma subida regular de 2,1%. Já as pensões mais altas (acima de 3.135 euros) vão ter uma atualização de 1,85%.

E pela primeira vez, também as pensões atribuídas este ano (isto é, no ano anterior à aplicação das atualizações regulares) vão ter acesso a estes aumentos.

Mas esses não serão os únicos aumentos a que os pensionistas terão direito no arranque do próximo ano. O PS propôs e o Parlamento aprovou (contra a vontade do Governo e do PSD) que as reformas até três vezes o Indexante dos Apoios Sociais (IAS) tenham um reforço extraordinário de 1,25 pontos percentuais.

Quer isto dizer que as pensões mais baixas vão subir 3,9%. Já as pensões acima de 1.045 euros, mas abaixo de 1.567 euros vão subir 3,35%. Às demais reformas, aplicam-se apenas os referidos aumentos regulares decorrentes da inflação e do crescimento económico.

O Governo defendeu, repetidamente, que as pensões não deveriam ter aumentos extraordinários permanentes, mas, antes, um suplemento extraordinário (à semelhança do que foi pago este ano) a ser decidido no verão, isto é, quando já for possível perceber se há ou não margem orçamental para tal.

O Parlamentou contrariou, porém, essa vontade do Governo. Ainda assim, o PSD e o CDS-PP viram aprovada uma proposta que abre a porta a que os pensionistas tenham mesmo direito a esse suplemento (além dos aumentos regulares e da subida extraordinária do PS), caso as contas públicas o permitam.

De notar que os números divulgados esta sexta-feira pelo INE são ainda provisórios, pelo que poderão ser vir a revistos a 11 de dezembro, data em que será publicada a nota definitiva.

Por outro lado, os dados divulgados na manhã desta sexta-feira permitem também perceber que valor terá o IAS em 2025. O ECO calcula que passará dos atuais 509,26 euros euros para cerca de 522,5 euros.

Este número é importante porque determina os limites do subsídio de desemprego, guia o subsídio por morte e o rendimento social de inserção e até influencia o abono de família.

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30 anos de Museu Arpad Szenes – Vieira da Silva

  • Rita Ibérico Nogueira
  • 29 Novembro 2024

O Museu Arpad Szenes – Vieira da Silva tem um novo projeto expositivo. “331 Amoreiras em Metamorfose” marca o aniversário e a estreia de Nuno Faria à frente da programação como diretor da instituição.

A exposição decorre até 31 de Dezembro de 2025 e é um projeto em constante transformação, tratando-se de um conjunto de cinco montagens parciais. A primeira montagem parcial, intitulada “O Tecido do Mundo”, estará patente até 9 de fevereiro, e apresenta obras de artistas consagrados como: Vieira da Silva, Arpad Szenes, Álvaro Lapa, Lourdes Castro, Mário Cesariny, Sonia Delaunay entre muitos outros.

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Rendemo-nos a um trio de Wellingtons na esplanada mais bonita de Cascais

  • Rita Ibérico Nogueira
  • 29 Novembro 2024

A estação já pede comida de aconchego, por isso o Bougain Restaurant & Garden Bar não perdeu tempo e foi repescar um clássico do seu menu: o beef Wellington.

A pedido de muitos clientes, o prato britânico que remonta aos tempos da batalha de Waterloo deixou de aparecer sazonalmente na carta para ocupar lugar permanente na mesma. E as novidades não acabam aqui: a carta do Bougain não recebe apenas um novo Wellington, mas sim três. Ao tradicional de carne de vaca junta-se a versão com salmão e espinafres e a vegetariana (a Fora de Série provou e é deliciosa), com abóbora. O melhor de tudo? É que nesta esplanada, mesmo no pino do Inverno, nunca vamos sentir frio.

Esta é mesmo a esplanada mais bonita de Cascais. Ninguém diria que estamos mesmo no centro da vila, em plena Avenida Valbom, a dois passos da estação de comboios e do trânsito compacto que engrossa nesta altura do ano. O Bougain Restaurant & Garden Bar, inaugurado em 2023 num icónico chalé aristocrático, é já uma referência para as famílias de Cascais, que ao fim-de-semana escolhem este espaço, aberto para almoço até às 16h30, para os seus brunchs.

Os dias refrescaram e as noites ainda mais. Mas isso não nos impede de escolher a esplanada para ficar para jantar, já que a mesma está aquecida e, mesmo os mais friorentos têm direito a mantas para colocar sobre as pernas.

Mas vamos ao que nos trouxe aqui: o regresso dos Wellingtons a este espaço que pratica uma cozinha clássica e sem pretensões, aliada a um serviço de excelência num ambiente especial. Somos recebidos pelo António, que nos acompanhou nesta noite, incansável nas suas sugestões para uma experiência ainda mais requintada. A carta, assinada pela chef Diana Roque e com a curadoria de Miguel Garcia (Grupo São Bento), é vasta e variada na sua tradição portuguesa com inspiração mediterrânica. Temos ostras do Sado, lombos de bacalhau com broa e tapenade de azeitona, bochechas de porco preto com arroz cremoso e queijo da ilha ou toucinho do céu, já clássicos desta mesa.

Optamos por um Wellington vegetariano de entrada (embora tenhamos ficado a salivar pela sopa de cebola gratinada, que deixamos para uma próxima visita) e deliciamo-nos com esta versão suculenta e cheia de sabor. Está no ponto, com a massa folhada fumegante a deixar antever a abóbora bem cozinhada sobre uma cama de cogumelos, tão outonal como deliciosa. Para prato principal, para privilegiarmos diferentes opções, escolhemos um bife tártaro – prodigiosamente preparado e temperado à nossa frente pelas mãos da Regina – e um entrecôte com batata frita e molho Café Paris, mal passado, para partilhar.

 

 

A seleção de vinhos ficou a cargo no António, o nosso fiel escudeiro, que nos brindou com excelentes escolhas: um Vallado Prima branco de 2023, Douro, para acompanhar o Wellington; um Domínio do Açor Vila Romana de 2021, tinto do Dão, para as carnes.

Para finalizar a sublime experiência, uma sobremesa a roçar a pornografia: a bomba de chocolate com caramelo salgado cremoso (na foto em cima). Sem palavras para a descrever, só mesmo experimentando. Vale cada colherada.

Bougain Restaurant & Garden Bar

Av. Valbom, nº13 – Cascais
https://bougain.pt

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Autoconsumo e biogás ajudam a reduzir emissões no agroalimentar

  • Capital Verde
  • 29 Novembro 2024

O setor agroalimentar é crucial na transição energética, sendo responsável por uma fatia importante das emissões globais. Apostar em fontes renováveis, como o biogás ou a biomassa, é uma das soluções.

O setor agroalimentar desempenha um papel crucial na transição energética global, representando 25% das emissões de gases com efeito de estufa. A adoção de fontes renováveis de energia, como a biomassa, a implementação de soluções de eficiência energética, a circularidade e a gestão criteriosa dos recursos, representam uma oportunidade significativa para tornar os processos produtivos mais sustentáveis.

Temas abordados na terceira edição do think tank “A inovação energética e a competitividade setorial”, uma iniciativa da Helexia Portugal, com a Deloitte, a PLMJ e o ECO.

Rita Ferreira Santos, Partner da Delloite Legal, sublinhou a importância do pacto Ecológico Europeu, lançado em dezembro de 2019 pela União Europeia. “Pretende-se, não só para o setor agroalimentar, mas de uma forma transversal, que haja uma mudança de paradigma relativamente ao crescimento económico e que este não seja baseado em economias lineares, mas numa transição justa e equitativa no sentido da descarbonização da economia e da sustentabilidade social, com preocupações relativamente aos temas humanitários e aos problemas da exploração de pessoas em determinadas áreas de atividade”, explica.

Um dos objetivos deste pacto é, através de medidas em distintos setores de atividade, colocar a Europa como o primeiro continente neutro climaticamente até 2050.

Terceira edição do think tank “A inovação energética e a competitividade setorial”, uma iniciativa da Helexia Portugal, com a Deloitte, a PLMJ e o ECO

Para o setor agroalimentar, Rita Ferreira Santos destacou três pactos que devem ser implementados, como a estratégia Farm to Fork, o Plano de Ação para a Economia Circular e o Fit for 55. Incentivar a agricultura regenerativa biológica, a redução do uso de pesticidas nocivos para o ambiente, a reciclagem, a reutilização de embalagens e plásticos são algumas das medidas inseridas nestes pactos, que devem ser cumpridas para que se reduza a emissão de gases com efeito de estufa até 2030.

A relevância do agronegócio

Tomás Ribeiro, partner na PLMJ, considera que Portugal evoluiu bastante na forma como pratica agricultura. “Nem os mais otimistas antecipariam há 20 anos que o setor do agronegócio estaria no ponto em que está hoje”, refere.

O partner na PLMJ sublinha a relevância económica e social do setor, afirmando que representa cerca de 10% do PIB, ao incluir a indústria transformadora e os serviços relacionados. Além disso, “cerca de 10% da população ativa está empregada neste conjunto de atividades a que fiz referência e, portanto, não pode deixar de ser relevante”, acrescenta.

As exportações são outro indicador realçado por Tomás Ribeiro. “Estamos a falar de cerca de 5,5 mil milhões de euros em exportações de bens transacionáveis em vários setores com histórias, todas elas muito interessantes”, afirma.

Alguém tem dúvidas que um dos fatores que mais promove o turismo é a agricultura? Podemos falar de ecoturismo, ecoturismo, turismo rural… Estou a referir-me à capacidade que o agronegócio também tem de trazer turistas para Portugal.

Tomás Ribeiro

Partner na PLMJ

Tomás Ribeiro sublinha ainda a relação estreita entre o agronegócio e o turismo. “Alguém tem dúvidas que um dos fatores que mais promove o turismo é a agricultura? Podemos falar de ecoturismo, ecoturismo, turismo rural… Estou a referir-me à capacidade que o agronegócio também tem de trazer turistas para Portugal”.

Pepsico vai transformar resíduos orgânicos em biogás

Este panorama de crescimento e impacto económico do agronegócio em Portugal é sustentado também pelas iniciativas de sustentabilidade implementadas por empresas do setor, como é o caso da PepsiCo. Com uma fábrica em Portugal, a empresa já iniciou a sua jornada para reduzir a pegada carbónica, demonstrando como o setor alimentar pode aliar competitividade económica e compromisso ambiental.

Nelson Sousa, diretor da fábrica da PepsiCo Portugal no Carregado, diz que a empresa já conta com 25% de autonomia relativamente à eletricidade. “Estes 25% de autonomia provêm de mais de 8.600 painéis fotovoltaicos que temos vindo a implementar desde então”, explica, acrescentando que os painéis são 100% autossuficientes durante o dia.

Ainda na energia, a PepsiCo anunciou em 2023 que iria implementar o primeiro biodigestor do sul da Europa. Este sistema permite transformar resíduos orgânicos gerados na fábrica — como cascas de batata, resíduos das operações de produção e lamas da estação de tratamento de águas residuais — em energia renovável. Através de um processo de ausência de oxigénio, esses resíduos são convertidos em biogás, que é posteriormente purificado e transformado em bioetanol. Esse bioetanol é, então, injetado na rede e utilizado como fonte de energia para diversas operações da fábrica, como fritura, secagem e aquecimento de água, tanto para processos industriais quanto para fins sanitários, como nos balneários.

Este projeto está previsto para entrar em funcionamento entre junho e julho do próximo ano, contribuindo para uma redução de 30% na pegada de carbono associada ao uso de gás.

Descarbonizar a energia térmica

Em resposta à questão sobre o que pode ser feito na indústria agroalimentar, Pedro Alves, Diretor Comercial da Helexia Portugal, começa por mencionar as duas grandes necessidades energéticas do setor: a eletricidade e a energia térmica, que na Europa é tradicionalmente fornecida através de gás natural.

Este tema foi destacado como central, dado que a indústria na União Europeia é responsável por cerca de 30% das emissões de gases com efeito de estufa, incluindo as emissões diretas e as relacionadas com o consumo de eletricidade, que ainda não é totalmente gerada a partir de fontes renováveis.

Embora já existam avanços significativos na eletrificação e descarbonização da geração de eletricidade e do transporte, a energia térmica continua a ser uma fonte significativa de emissões que as próprias indústrias podem controlar. Pedro Alves diz que estudos recentes mostram que, com a tecnologia disponível, é possível reduzir até 78% das emissões relacionadas com a energia térmica, substituindo o uso de gás por alternativas como caldeiras elétricas, bombas de calor e biomassa, desde que alimentadas por eletricidade de origem renovável.

“Usar a biomassa para gerar vapor é competitivo e não tem emissões”, refere o diretor comercial da Helexia.

Além disso, Pedro Alves chama atenção para o surgimento de novas tecnologias. “Estamos a começar a ver sistemas de armazenamento térmico que permitem ao cliente ter uma central fotovoltaica que gera eletricidade e que armazena energia térmica que pode ser utilizada durante a noite”, explica.

Assista a toda a conversa aqui:

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Ministra dos Transportes britânica demite-se devido a fraude com telemóvel há uma década

  • Lusa
  • 29 Novembro 2024

Louise Haigh protagoniza a primeira demissão de um ministro do governo liderado por Keir Starmer desde que o Partido Trabalhista regressou ao poder na sequência das eleições de 4 de julho.

A ministra dos Transportes britânica, Louise Haigh, demitiu-se esta sexta-feira após ter sido revelado que foi condenada por fraude há uma década quando afirmou que o seu telemóvel tinha sido roubado.

Numa carta dirigida ao primeiro-ministro, Keir Starmer, Haigh afirmou: “Continuo totalmente empenhada no nosso projeto político, mas acredito agora que será melhor apoiá-lo fora do governo”.

“Entendo que, quaisquer que sejam os factos, esta questão será inevitavelmente uma distração em relação ao trabalho deste governo e às políticas em que ambos estamos empenhados”, escreveu.

A demissão ocorreu horas depois de a Sky News e o jornal The Times terem noticiado que Haigh tinha sido acusada de fraude depois de ter comunicado que um telemóvel do trabalho tinha sido roubado após ter sido assaltada em 2013. Mais tarde, disse que o tinha incluído por engano entre os objetos roubados.

Depois de ter encontrado o telemóvel e o ter ligado novamente, foi chamada pela polícia para ser interrogada. Haigh declarou-se culpada de fraude por falsas declarações e recebeu uma exoneração condicional.

Numa declaração anterior à sua demissão, Haigh afirmou que a conselho do seu advogado, declarou-se culpada, apesar de se tratar de um erro genuíno do qual não retirou qualquer benefício. “Os magistrados aceitaram todos estes argumentos e deram-me a sentença mais baixa possível”, referiu.

Em resposta, o primeiro-ministro agradeceu-lhe o trabalho para “levar a cabo a ambiciosa agenda de transportes deste governo”, na qual destacou os progressos efetuados na renacionalização do sistema ferroviário, uma das prioridades do governo.

“Sei que ainda poderá dar um grande contributo no futuro”, escreveu Starmer a Haigh, de 37 anos, que representa um círculo eleitoral de Sheffield, no norte de Inglaterra, no Parlamento desde 2015.

Esta demissão é a primeira de um ministro deste governo desde que o Partido Trabalhista chegou ao poder depois de ter obtido a maioria absoluta nas eleições de 4 de julho, que puseram fim a 14 anos de governo conservador.

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Tivoli celebra centenário com Orquestra Gulbenkian

  • Rita Ibérico Nogueira
  • 29 Novembro 2024

Uma das mais emblemáticas salas de espetáculo do país e do mundo celebra, já amanhã, 30 de Novembro, 100 anos de vida. Este centenário será assinalado com um concerto de cordas da Orquestra Gulbenkian

Este centenário, recheado de histórias incríveis que marcaram a vida de todos os que por ele tiveram o privilégio de passar, será assinalado com um concerto de cordas da Orquestra Gulbenkian, uma das muitas entidades que fizeram história pelo Tivoli. O programa abre com a Suite Holberg, de Edvard Grieg, uma obra emocionante que revisita o estilo do período barroco com a sensibilidade romântica do compositor norueguês. Segue-se o Concerto para Dois Violinos de J. S. Bach – uma obra-prima que coloca em destaque a técnica de contraponto e que será interpretada pelos violinistas Francisco Lima Santos e Anna Paliwoda – e, a encerrar o concerto, a Orquestra Gulbenkian dará a ouvir a Serenata para Cordas do compositor checo Antonín Dvorák, repleta de melodias líricas e de ritmos dançantes que evocam o espírito folclórico da Boémia.

“Este é um regresso muito esperado pois a Orquestra Gulbenkian é uma das principais orquestras sinfónicas de Portugal. É um privilégio para o Teatro Tivoli BBVA receber a Gulbenkian, que conhece tão bem o Teatro, numa data importante para a cultura. Há 100 anos que estamos de portas abertas para a cultura e, ao longo do último século, o Teatro foi palco de prestigiadas apresentações que dignificam a cultura, e em particular, a música erudita”, afirma Paulo Dias, Administrador do Teatro Tivoli BBVA.

O ciclo de programação dos 100 anos do Tivoli, com início em Novembro do ano passado, prolonga-se até 2025.

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“Queremos posicionar a Porto Tech Hub como uma referência a nível nacional”

  • Conteúdo Patrocinado
  • 29 Novembro 2024

A Porto Tech Hub fortifica o tecido empresarial da região e cria pontes internacionais, promovendo partilha de conhecimento no ecossistema tecnológico, com foco na capacitação e retenção de talento.

Luís Silva, presidente da Porto Tech Hub, reflete sobre o impacto da nona edição da conferência que aconteceu no Porto. Com o objetivo de fortalecer o ecossistema tecnológico da região, a associação promove workshops práticos, palestras e debates sobre inteligência artificial e temas emergentes na tecnologia e parcerias com instituições académicas. Nesta entrevista, aborda o papel da conferência na partilha de conhecimento, na valorização do talento nacional e na construção de um ecossistema mais resiliente e inovador.

É a nona edição da Conferência Porto Tech Hub. O que continuam a pretender transmitir com este evento?

Temos tentado, ao longo destes nove anos, criar impacto na cidade, na região e no ecossistema do Norte. Não só trazendo oradores internacionais, mas igualmente dando visibilidade a oradores nacionais. Algo muito importante que promovemos nesta conferência é a partilha de informação, até porque a tecnologia muda muito rapidamente e é difícil estarmos sempre na crista da onda. No fundo, o que pretendemos é trazer excelentes oradores não apenas a nível intelectual e de competências, mas também capazes de partilhar informação. Partilhar, por exemplo, os erros que já cometeram porque isso faz parte da aprendizagem.

O que estão a fazer de diferente?

Nas edições passadas experimentámos diferentes formatos, obviamente muito pelo feedback que vamos recolhendo ao longo dos anos. E algo que começamos a perceber é que este ecossistema procurava algo bastante direcionado para a parte tecnológica, mais vocacionado para programadores, DevOps, testes de qualidade, pessoas que trabalham em infraestruturas e para todos os que agora se dedicam à inteligência artificial, um tema que, de resto, foi explorado por vários oradores, já que é uma tendência muito forte. O nosso intuito é também marcar o ecossistema com temas que estão a ser discutidos no momento. Queremos que os participantes venham aqui absorver novo conhecimento e informações e que depois as transportem para as suas empresas, e assim haja um acréscimo de valor. Não queremos que seja só uma conferência; e também por isso apostamos nos workshops técnicos, nos quais as pessoas podem levar os computadores e aprender na hora, tirar as dúvidas na hora.

Luís Silva, presidente da Porto Tech Hub

Hoje já há uma maior consciencialização da importância de aproximar o mundo académico, de inovação e empresarial?

Acredito que sim. Os jovens quando estão a sair das faculdades já têm mais noção dessa necessidade. Temos muito talento aqui no Porto, que termina o ensino superior muito bem preparado e com essa mentalidade já imbuída. Uma das parceiras da Porto Tech Hub é precisamente o ISEP, Instituto Superior de Engenharia do Porto, com o qual temos quatro cursos de pós-graduação. Temos um objetivo duplo: por um lado, queremos ajudar o ecossistema com pessoas novas; mas, por outro lado, também queremos requalificar as pessoas que já estão inseridas nesse ecossistema. Por isso mesmo, duas das pós-graduações são para as pessoas se especializarem, sendo inclusivamente financiadas a 50% pela Fundação Santander. Outra razão pela qual a aposta nos estudantes é muito importante deriva do facto de continuar a não haver excedente de mão de obra de colaboradores na região do Porto. A ideia é integrar os universitários no mundo do trabalho, com as suas metodologias e novas abordagens, mas que esse conhecimento tenha uma real aplicabilidade e retorno financeiro para as empresas. Os onboarding são cada vez mais curtos para que as pessoas, quando saem das faculdades, entrem efetivamente a produzir e tenham essa consciência. Creio que faltava isto ao ecossistema. Hoje, os processos são muito mais rápidos e ágeis.

O conceito de inovação é bem percebido em Portugal? Ou continuamos a penalizar o erro, tão característico e necessário em processos de experimentação?

É verdade que a nossa mentalidade não é muito dada ao erro; até porque temos ou sempre tivemos falta de empreendedorismo na nossa cultura organizacional. O que tenho assistido, sobretudo nos últimos anos, é pessoas a saírem das empresas e constituírem a sua própria startup. Isto era uma coisa impensável há alguns anos; havia o receio de perder um lugar que porventura já era muito digno dentro da estrutura organizacional. Esse espírito de empreendedorismo, de compreensão do erro e da hipótese de falhar mas recomeçar aprendendo com o erro já se começa a ver também aqui em Portugal, nomeadamente no Porto. A Porto Tech Hub é importante também por isso, porque permite a partilha do conhecimento, do erro e do sucesso.

O que gostava de levar este ano da conferência?

Posicionamento. Esta direção vai já no seu segundo mandato em regime voluntariado, com a missão de fazer do Porto um sítio melhor para trabalhar mas também mais atrativo para viver. Onde seja possível captar, mas sobretudo reter o talento local e atrair talento externo. Gostava que os participantes levassem algo de acréscimo e valor para as empresas onde trabalham. Gostava que não olhassem para este evento como uma mera conferência porque aquilo que nós estamos a fazer aqui no Porto é demasiado importante para só ser visto dessa forma. Queremos não só marcar a região onde estamos, mas posicionar a Porto Tech Hub como uma referência a nível nacional. E por isso temos este evento que reuniu 1400 pessoas com oradores de renome nacionais e internacionais.

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Em Espanha, os conteúdos desportivos em direto são pirateados mais de 25% acima da média europeia

  • Servimedia
  • 29 Novembro 2024

Os dados apresentados no último relatório do EUIPO sobre a violação de bens de propriedade intelectual na Europa entre 2017 e 2023 fornecem informações sobre o consumo ilícito de conteúdos.

A fraude audiovisual é uma atividade que acarreta perdas de elevado valor para todas as competições desportivas a nível mundial, com um impacto específico de entre 600 milhões e 700 milhões de euros no caso do futebol espanhol, uma indústria que emprega mais de 190.000 pessoas e contribui com cerca de 8,4 mil milhões de euros para os cofres espanhóis, o equivalente a 1,44% do PIB espanhol.

O recente relatório publicado pelo Instituto da Propriedade Intelectual da União Europeia (EUIPO), que cobre a evolução da fraude audiovisual em diferentes áreas entre 2017 e 2023, afirma que a pirataria de eventos desportivos na Europa aumentou 36,5% entre 2021 e 2023. No caso da Espanha, o acesso médio por utilizador a conteúdos desportivos pirateados por mês continua a ser 25% superior à média da UE.

No entanto, este relatório não cobre a incidência real da IPTV na transmissão de eventos desportivos ao vivo e ainda não tem informações reais sobre este recurso utilizado pelos piratas, embora estime que existam pelo menos 4,5 milhões de utilizadores de IPTV na Europa, o que é muito significativo de acordo com o próprio EUIPO.

A Espanha tem uma das taxas mais elevadas de pirataria desportiva da Europa, com um em cada três espanhóis a consumir conteúdos pirateados, de acordo com a consultora especializada YouGov, em maio de 2024, e com 59% dos espanhóis a consumir especificamente conteúdos pirateados pelo menos uma vez por mês, de acordo com dados da Ampere, no quarto trimestre de 2023. Especificamente, de acordo com um relatório da Grant Thornton, só no primeiro semestre de 2024 foram registadas até 5,3 milhões de transmissões piratas em direto na Europa.

Javier Tebas, presidente da LALIGA, salienta que “a pirataria é um flagelo contra o qual não estão a ser tomadas as medidas pertinentes e que, apesar do trabalho árduo que estamos a realizar a partir das ligas e das emissoras, ainda há muita proteção de grandes empresas como a Google, X ou Cloudflare, que lucram com isso. Não podemos disfarçar uma realidade que existe, que nos afeta e que afeta centenas de milhares de pessoas, temos de a enfrentar e lutar contra ela”.

Tanto as emissoras como os detentores de direitos estão a levar a cabo ações coordenadas para pôr fim a este flagelo, como a recente operação contra os assinantes de dispositivos IPTV na Europa, com 22 milhões de utilizadores e que geram 3 mil milhões de euros por ano. Outro caso conhecido esta semana é a ação da LFP francesa contra os piratas, com números alarmantes como o facto de 55% dos espetadores do recente jogo entre o Olympique de Marseille e o PSG terem visto o jogo através de canais ilegais. E a 16 de novembro, a Guardia Civil espanhola bloqueou e retirou todos os canais do maior canal de streaming pirata em Espanha: Cristal Azul. Mais de 78.000 utilizadores acediam ilegalmente aos jogos de futebol da LALIGA, defraudando mais de 42 milhões de euros.

Em julho de 2024, a LALIGA informou que tinha atingido o marco de mais de mil condenações contra estabelecimentos HORECA que cometiam fraude audiovisual, e no Telegram, desde a época 2022/23 até ao início da época 2024/25, foram encerrados mais de 8.000 grupos infratores envolvendo mais de 45 milhões de utilizadores.

A fraude audiovisual é uma das indústrias ilegais mais lucrativas a nível mundial, ultrapassando largamente o tráfico de drogas a nível mundial e estimando-se que custará 10,5 mil milhões de euros até 2025, dada a rápida adaptação dos piratas e os novos recursos que utilizam para levar a cabo esta atividade ilícita.

Por esta razão, a primeira Conferência contra a fraude audiovisual na América Latina, organizada pela LALIGA em Buenos Aires, terá lugar esta semana para analisar o tremendo impacto global, que tem uma maior incidência na América Latina e do Sul, com uma percentagem de utilizadores que recorrem à pirataria pelo menos uma vez por mês que excede os números de Espanha em até 28%, como é o caso do México.

Assim, a conferência contará com a presença de grandes nomes do ecossistema desportivo e audiovisual, de grandes organizações como a LigaPro, a LFP Media, a ESPN, a Aliança contra a Pirataria Audiovisual, a UEFA e a própria LALIGA, bem como de governos locais como a Argentina e o Brasil.

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Hoje nas notícias: telecomunicações, banca e Donald Trump

  • ECO
  • 29 Novembro 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

A Autoridade da Concorrência recomenda que as licenças para a utilização do espetro de radiofrequências que estão prestes a caducar não devem ser renovadas automaticamente nem ter prazos de emissões tão longos. A empresa que herdou os ativos tóxicos do Banif admite entregar, no mínimo, mais 200 milhões de euros em dividendos ao Fundo de Resolução, seu acionista único. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta sexta-feira.

Concorrência quer reduzir duração de licenças 5G

A Autoridade da Concorrência considera que as licenças de utilização de espetro para as telecomunicações que estão prestes a expirar (incluindo as do 5G) não devem ser renovadas automaticamente, defendendo ainda que o prazo das emissões — atualmente de, pelo menos, 15 anos — não deve ser tão longo. Para a Apritel, associação que representa as operadoras do setor, trata-se de uma recomendação “inaceitável” que “revela leviandade na análise que lhe está subjacente, dado que, além de não estar fundamentada em qualquer estudo de impacto regulatório, carece de avaliação de outras dimensões de concorrência”. Cabe à Anacom a decisão final sobre o tema.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Ativos tóxicos do Banif podem render mais 200 milhões ao Estado

Desde a sua constituição, a Oitante, empresa que herdou os ativos tóxicos do Banif rejeitados pelo Santander, já deu 95 milhões de euros em dividendos ao acionista único, o Fundo de Resolução (FdR). Mas a sociedade liderada por Miguel Artiaga Barbosa quer entregar, pelo menos, mais 200 milhões de euros ao FdR até 2026. “Com os ativos que temos em carteira para desinvestir [na ordem dos 444 milhões de euros], estimamos, no mínimo, distribuir 300 milhões de euros de dividendos até 2026 e ambicionamos chegar aos 489 milhões de euros que foram injetados pelo Fundo de Resolução”, disse o responsável pela Oitante. Antes do pagamento dos dividendos, a empresa saldou a dívida de 748 milhões de euros perante o Santander, que tinha sido contraída para financiar a sua constituição.

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Estado desobrigado de vender ações do Novobanco no IPO

O Acordo Parassocial que acompanha o contrato que antecipa o fim do Acordo de Capitalização Contingente — que fundiu o Fundo de Resolução ao Novobanco desde 2017 — estipula que o Estado (que tem 11,46% do banco) não é obrigado alienar as suas ações num IPO (Oferta Pública Inicial). Além disso, a Direção-Geral do Tesouro e Finanças compromete-se a não vender ações do Novobanco a não ser a subscritores do Acordo Parassocial, antes ou simultaneamente à alienação.

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António Costa: “Devemos ouvir o que Trump tem a dizer”

Prestes a iniciar funções como presidente do Conselho Europeu, António Costa considera que deve continuar a existir um “diálogo franco” com os Estados Unidos, mesmo com Donald Trump na Casa Branca. Além da disponibilidade para o diálogo “[devemos] ouvir o que [Trump] tem a dizer e ver como podemos, de uma forma que seja vantajosa para a Europa e para os Estados Unidos, encontrar um ponto de encontro”, defende o ex-primeiro-ministro, em entrevista, acrescentando que é necessário lidar com o Presidente eleito dos EUA “da mesma forma que tratamos com qualquer outro líder”.

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Centros de Saúde privados vão poder recusar utentes do SNS

O diploma que regulamenta a abertura de Unidades de Saúde Familiar externas ao Serviço Nacional de Saúde prevê a “escusa de inscrição de qualquer utente ou da sua manutenção na lista de utentes mediante requerimento fundamentado”. Confrontado sobre os fundamentos que serão válidos para essa seleção de inscritos, o Ministério da Saúde diz que “a ULS [Unidade Local de Saúde] atribui a lista de utentes à USF-C, que tem de cumprir com requisitos de qualidade e de segurança”, e que “as USF-C darão resposta aos utentes sem médico de família e está definido que essa oferta deverá localizar-se em zonas carenciadas de médico de medicina familiar”. “A escusa de inscrição […] ou manutenção na lista de utentes” poderá aplicar-se apenas a quem já tenha médico de família no SNS, acrescenta, porém, a tutela.

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Casa ISDIN ilumina o Paseo de Gracia com a sua Noite de Sonho que combina “ciência, cuidados com a pele e experiências exclusivas”

  • Servimedia
  • 29 Novembro 2024

A Casa ISDIN encheu-se de luz e de momentos emotivos durante a Dream Night, um evento que combinou palestras inspiradoras, experiências personalizadas de cuidados da pele e atividades exclusivas.

A empresa afirmou que, no coração de Barcelona, os participantes de todo o mundo viveram uma noite que uniu “ciência, beleza e comunidade” na primeira noite em que as luzes de Natal iluminaram a cidade.

O evento teve início na quinta-feira com a Conversa sobre a pele, entre a modelo e embaixadora da ISDIN Judit Mascó e a psicóloga Núria Roure, que deu uma palestra sobre o bem-estar, a autoestima e o impacto dos cuidados com a pele. Este momento marcou o início de uma noite repleta de atividades destinadas a pôr os participantes em contacto com o melhor dos cuidados dermatológicos.

No andar de baixo, reservado exclusivamente aos “ISDIN Lovers”, momentos únicos celebraram “a fidelidade da comunidade mais próxima da marca”. O Gathering, conduzido por especialistas, ofereceu análises personalizadas da pele, juntamente com recomendações adaptadas a cada participante, fazendo da ciência e da personalização as estrelas da noite. O espaço “Glow Bar” permitiu que os participantes experimentassem visuais criativos e cheios de estilo. Além disso, a roda da sorte dinâmica “manteve a emoção com prémios exclusivos, incluindo produtos icónicos ISDIN e presentes de edição limitada”.

Segundo a empresa, “LOVE ISDIN converteu-se numa das comunidades de cuidados da pele mais activas e comprometidas de Espanha, reunindo mais de 200.000 pessoas apaixonadas pela dermatologia e pelo bem-estar. Fazer parte da LOVE ISDIN significa usufruir de benefícios exclusivos, como o acesso antecipado a novos lançamentos, promoções personalizadas e a oportunidade de participar em eventos únicos, como a Noite de Sonho na CASA ISDIN”. Os membros podem acumular pontos em cada compra, que depois trocam por prémios personalizados, desde produtos premium a kits completos de cuidados pessoais.

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Gilead abre “La CafeterI=Ia” para incentivar o diálogo sobre os progressos e os desafios do VIH

  • Servimedia
  • 29 Novembro 2024

No âmbito do Dia Mundial de Luta contra a SIDA, que se comemora a 1 de dezembro, a Gilead Sciences abriu um 'La CafeterI=Ia', um ponto de encontro destinado a debater os desafios em torno do VIH.

Segundo a empresa, este espaço temporário de conversação contou com a colaboração científica de organizações como GeSIDA, Asociación RIS, Seisida e Cesida e com a presença de mais de 400 pessoas. Num ambiente que lembra os cafés históricos que foram o berço dos movimentos intelectuais e culturais mais influentes, a Gilead quis aproximar o VIH da sociedade e mostrar o seu compromisso com esta infeção e com o progresso na eliminação desta epidemia para todos, em todo o lado. Neste contexto, vários especialistas e vozes experientes abordaram questões fundamentais relacionadas com o VIH e o seu impacto.

Um desses temas consistiu em destacar a conquista do “INDETETÁVEL = INTRANSMISSÍVEL (I=I)”, o que significa que uma pessoa com VIH, graças aos tratamentos anti-retrovirais, pode reduzir a sua carga viral para níveis indetetáveis, impedindo assim a transmissão. Segundo a empresa, um marco que representa um maior controlo da infeção, melhorando a qualidade de vida das pessoas que vivem com o VIH e, além disso, contribuindo significativamente para a luta contra a pandemia.

Acrescentou que, apesar dos enormes progressos realizados desde que foram detetados os primeiros casos de VIH, “há ainda muitos desafios – tanto clínicos como sociais – que têm de ser enfrentados. Por isso, ao longo do dia, muitos deles foram abordados. Aspetos como o envelhecimento, o estigma, o impacto das co-morbilidades, a realidade do chemsex e as estratégias para capacitar as pessoas com VIH estiveram no centro destas conversas”.

A primeira mesa redonda, “Conquistas em matéria de VIH e expectativas futuras”, contou com a participação do Dr. Iván Solar Gil, especialista em Medicina Familiar e Comunitária, e do Dr. Ángel Iván Díaz Salado, especialista do Serviço de Urgência do Hospital Universitário Infanta Cristina, que salientaram que, apesar das conquistas médicas alcançadas na transformação de uma doença fatal numa doença crónica e controlável, o desafio social continua a ser enorme devido ao enorme estigma e à falta de conhecimento da infeção entre a população em geral.

“Conseguir que o VIH seja indetetável é fundamental para uma sociedade sem barreiras, mas a abordagem abrangente de hoje em dia tem também de dar resposta às necessidades clínicas, sociais e emocionais dos doentes. A deteção precoce e o acesso a um tratamento eficaz têm sido fundamentais para alcançar este objetivo, mas é vital dispor de unidades multidisciplinares e melhorar a equidade dos cuidados”, afirmou a Gilead Sciences.

Outro dos principais temas abordados em “La CafeterI=Ia” pelo Dr. Alfonso Cabello, chefe adjunto do Serviço de Medicina Interna e da Unidade de Doenças Infecciosas do Hospital Universitário Fundación Jiménez Díaz, e por Jorge Garrido, diretor executivo da Apoyo Positivo, foi o consumo sexualizado de drogas. Foi recordado que o chemsex – como é chamada esta prática – está a aumentar, com cada vez mais utilizadores todos os anos, especialmente entre os homens que fazem sexo com homens.

Estima-se que 30% das pessoas com VIH o pratiquem e os especialistas sublinharam que a solução, embora complexa, passa por uma informação verdadeira e rigorosa sobre os riscos associados a esta prática. Entre eles, sublinharam que se estima que a prática do chemsex pode triplicar o risco de infeção pelo VIH e até duplicar o risco de ISTs como a clamídia e a gonorreia.

SAÚDE

A saúde a longo prazo das pessoas com VIH foi o tema que a Dra. María Velasco, especialista em Doenças Infecciosas e Medicina Tropical do Hospital Fundación Alcorcón, e a Dra. María José Fuster, diretora executiva da Seisida, analisaram durante o seu encontro. Para além dos estigmas, as pessoas com VIH podem ter uma esperança de vida e uma qualidade de vida semelhantes às de outras pessoas sem o vírus.

No entanto, devido a fatores associados ao VIH e ao estilo de vida, têm um maior risco de desenvolver mais cedo determinadas patologias (comorbilidades). A este respeito, foi salientado que uma em cada duas pessoas com VIH tem mais de 50 anos e que se estima que, até 2030, uma em cada 10 terá mais do que uma comorbilidade e uma em cada duas será polimedicada. Os desafios em matéria de saúde, como a necessidade de gerir as co-morbilidades e de prevenir o envelhecimento prematuro, tornaram-se um dos principais objetivos da investigação.

O bem-estar emocional versus o bem-estar físico foi outro dos temas abordados nesta conferência, que contou com a presença do Dr. Alberto Díaz de Santiago, médico assistente da Unidade de VIH, IST e PrEP, Serviço de Medicina Interna, Hospital Universitario Puerta De Hierro Majadahonda; Sara Martín, enfermeira da Unidade de VIH do Hospital Universitario Ramón y Cajal de Madrid, e Iván Zaro, diretor da área de Saúde do Imagina MÁS.

A perceção que um doente tem do VIH difere muitas vezes da do seu profissional de saúde, especialmente em questões que afetam a qualidade de vida, como a ansiedade, a depressão e a insónia. É por isso que é essencial uma comunicação estreita entre o doente e o médico para identificar os fatores que têm impacto no bem-estar geral das pessoas com VIH. O tratamento do VIH deve ir além do controlo viral, integrando a saúde emocional e física e garantindo uma boa adesão ao tratamento. A saúde integral é fundamental para uma vida plena e o compromisso inclui apoio e soluções para o bem-estar completo das pessoas que vivem com VIH.

O CafeterI=Ia terminou com um debate entre a Dra. María Lagarde, médica ligada à Medicina Interna do Hospital Universitário 12 de octubre; Teresa Martínez Burgoa, enfermeira do Hospital Clínico San Carlos, e o Dr. José Luis Casado, médico especialista do Serviço de Doenças Infecciosas do Hospital Universitário Ramón y Cajal, sobre as resistências que se podem desenvolver no VIH, e cujo aparecimento é um problema grave nesta infeção.

Fatores como a fraca adesão ao tratamento, a baixa contagem de células CD4, a co-infeção, os níveis elevados de ARN do VIH e a infeção avançada pelo VIH favorecem o seu aparecimento. Esta resistência tem uma série de consequências, tanto para a vida das pessoas que vivem com o VIH – com o aumento da probabilidade de insucesso virológico, aumento da mortalidade e co-morbilidade – como para a saúde pública, comprometendo os objetivos da ONUSIDA e aumentando os custos de monitorização das pessoas que vivem com o VIH.

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Expo AgriTech 2024 encerra as suas portas com 7 829 profissionais e aponta o caminho para uma agricultura europeia de vanguarda

  • Servimedia
  • 29 Novembro 2024

Andaluzia afirmou-se como o epicentro europeu da inovação agrícola, enquanto Málaga, a cidade anfitriã, confirmou mais uma vez o seu potencial para acolher grandes encontros tecnológicos.

A Feria del Campo 4.0-Expo AgriTech 2024, o maior evento agrícola dedicado a apresentar as últimas soluções tecnológicas para o setor, fechou as suas portas com a visita de 7.829 profissionais da cadeia de valor da indústria agroalimentar de mais de 15 países.

Desde a passada terça-feira, a Expo AgriTech 2024 reuniu 405 especialistas no seu congresso, que destacaram as oportunidades dos dados e das tecnologias avançadas – como a inteligência artificial generativa, os gémeos digitais, a cadeia de blocos, os drones e a robotização – para tornar as explorações agrícolas mais rentáveis e eficientes. No entanto, Hamza Qadoumi, fundador da empresa sueca de agritech Ecobloom, reconhecida pela Forbes como um dos empresários mais prestigiados pelos seus projetos de impacto social, e executivos da Trops, Treemond e Hispatec, entre outros, concordaram que é necessário desenvolver tecnologias práticas e funcionais para que os agricultores as possam incorporar facilmente.

Outro dos principais temas examinados foi a ascensão da agricultura regenerativa, que tem por objetivo resolver os problemas de saúde do solo na Europa – até 70% do solo está deteriorado – e estimular a biodiversidade. Paralelamente, o fórum abordou a aplicação de novas fontes de energia nas culturas, as ajudas da recente PAC e o desafio da falta de substituição de gerações, entre outras questões.

Um total de 566 inovações foram apresentadas na área de exposição do evento, que conta com o apoio da Consejería de Agricultura, Pesca, Água e Desenvolvimento Rural da Junta da Andaluzia e de fundos europeus do FEDER, e foram expostas por 171 empresas expositoras. Tratores inteligentes autónomos, robôs que colhem os produtos no momento ideal, drones que monitorizam as explorações agrícolas, câmaras de visão artificial que contam os frutos, um robô quadrúpede para analisar as explorações agrícolas e equipamentos eletrónicos que atraem e capturam pragas através da radiação luminosa foram apenas alguns exemplos.

GESTÃO DE RISCO

O terceiro dia da Expo AgriTech 2024 centrou-se nas tecnologias que ajudarão a melhorar a avaliação dos riscos e a otimizar a gestão das políticas, num contexto de particular relevância devido às intempéries como a recente DANA ou o impacto das recentes épocas de seca. Manuel Rodríguez, Diretor de Tecnologia e Processos da Agroseguro, sublinhou a importância de “sermos cada vez mais eficientes numa altura em que temos fenómenos climáticos mais recorrentes”.

Neste sentido, anunciou que “já efetuámos o primeiro pagamento da DANA menos de um mês após o evento. Utilizámos imagens de satélite do sistema Copernicus, porque não foi possível aceder a certas zonas, para ver o sistema danificado”. Destacou ainda o potencial de inovação, com a utilização de IA, visão artificial e machine learning, nos processos de deteção de fraudes, na organização de peritagens, no controlo das consequências da falta de água e no progresso do aumento da produção nos olivais.

Outra ferramenta digital que vai ser revolucionária para o campo são as nanobolhas. Juan Cirera, Business Development Manager da Moleaer, partilhou a sua experiência com esta ferramenta, que já é utilizada no Japão para uso doméstico e que trará grandes benefícios não só para a indústria agrícola, mas também para a medicina e outros setores. Trata-se de uma tecnologia certificada por organismos científicos e organizações de diferentes países, que utiliza bolhas de gás extremamente pequenas para tratar a água, poupando recursos hídricos, fornecendo nutrientes e melhorando a sua qualidade.

“A presença de nanobolhas ajuda a reduzir a tensão superficial da água até 30%”, o que, na sua opinião, será benéfico para aumentar a produtividade do campo. Também proporcionará “mais eficiência nos processos industriais, na redução do consumo de energia e no consumo de produtos químicos”, afirmou.

Por seu lado, Pablo Bielsa, diretor de Tecnologias de Agricultura de Precisão da Avanterra, sublinhou a importância de colocar estas tecnologias de precisão à disposição do agricultor para que o profissional possa tirar o máximo partido delas. “Os dados são a grande revolução, e estamos a falar não só de dados agronómicos, mas também de dados da própria máquina. Isto permite-nos ter a informação registada automaticamente no caderno de campo, para que o agricultor não tenha de fazer o trabalho administrativo e possa tomar melhores decisões”, observou.

No que diz respeito aos desafios futuros em termos de risco, Rodríguez citou a qualidade e a segurança dos dados como questões fundamentais, “porque com todos os avanços tecnológicos foram criadas muitas oportunidades de inovação, mas também muita vulnerabilidade a uma escala sem precedentes. Temos de encontrar um equilíbrio sem pôr em risco a continuidade das atividades”, afirmou. Por seu lado, e face ao aumento da população mundial e aos desafios ambientais, Bielsa sublinhou a importância da eficiência das soluções digitais, capazes de otimizar a informação e de serem mais sustentáveis.

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