Borrell pede medidas imediatas para acabar com “tragédia humana” em Gaza

  • Lusa
  • 26 Outubro 2024

Borrell juntou-se assim ao apelo do Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, que alertou na sexta-feira para a situação em Gaza.

O Alto Representante da União Europeia (UE) para a Política Externa, Josep Borrell, apelou hoje à comunidade internacional para que tome “medidas imediatas” para pôr fim à “tragédia humana” em Gaza.

“É nosso dever proteger os civis e os direitos humanos, e é tempo de agir em conformidade”, afirmou o chefe da diplomacia europeia numa declaração, na qual voltou a apelar a um cessar-fogo imediato em Gaza, bem como à libertação de todos os reféns israelitas detidos pelo grupo islamita Hamas.

Borrell juntou-se assim ao apelo do Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, que alertou na sexta-feira para a situação em Gaza e denunciou que o enclave “está a atravessar o seu momento mais negro” desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, em 07 de outubro de 2023.

Os relatos do norte de Gaza “testemunham um nível catastrófico de carnificina, destruição e fome, bem como a deslocação forçada de civis, enquanto toda uma população está sob bombardeamento, cerco e risco de fome, e forçada a escolher entre a deslocação e a morte”, afirmou o chefe da UE.

Borrell insistiu que os civis em Gaza precisam “urgentemente” de ter acesso “rápido e sem entraves” a assistência humanitária e de uma distribuição sustentada em grande escala em toda a zona.

O Alto Representante recordou que a UE tem apelado repetidamente ao respeito pelo direito internacional, incluindo o direito internacional humanitário e o direito internacional dos direitos humanos.

“Salientámos a importância de respeitar e aplicar as decisões do Tribunal Internacional de Justiça e as resoluções do Conselho de Segurança da ONU, que são juridicamente vinculativas”, afirmou Borrell.

O chefe da diplomacia europeia afirmou que vai continuar o seu trabalho “até que os apelos da comunidade internacional sejam verdadeiramente atendidos” e, por isso, instou a comunidade internacional a unir-se “para transformar as palavras em ações concretas”.

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PR promulga diploma do Governo que altera regime jurídico das USF

  • Lusa
  • 26 Outubro 2024

Nesta fase, vão abrir 20 USF modelo C nas regiões com maior falta de médicos de família. Estão previstas 10 em Lisboa e Vale do Tejo, cinco em Leiria e outras cinco no Algarve.

O Presidente da República promulgou hoje o diploma do Governo altera o regime jurídico das unidades de saúde familiares (USF), afirmando esperar que ajude a resolver necessidades urgentes de falta de médicos de família.

Segundo uma nota publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet, Marcelo Rebelo de Sousa promulgou este decreto-lei “considerando que a presente versão é mais clara quanto ao cabimento na Lei de Bases da Saúde e na legislação aprovada sobre as USF tipo C no último Governo constitucional e esperando que a aplicação deste regime permita ajudar a resolver necessidades muito urgentes de vazio de médicos de família”.

O chefe de Estado espera também que esta alteração legislativa feita pelo executivo PSD/CDS-PP “seja mais do que um remendo para ganhar tempo e envolva uma visão global dos cuidados primários, incluindo as USF de outros tipos, peças essenciais do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, lê-se na mesma nota.

O decreto hoje promulgado altera o regime jurídico de organização e funcionamento das USF aprovado pelo decreto-lei nº 103/2023, de 07 de novembro.

Na mesma nota, a Presidência da República anunciou a promulgação de outros quatro diplomas, um dos quais “define as regras sobre o desempenho energético dos centros de dados, transpondo parcialmente a Diretiva (UE) 2023/1791, relativa à eficiência energética, e assegurando a execução, na ordem jurídica interna, do Regulamento Delegado (UE) 2024/1364”.

O chefe de Estado promulgou também diplomas sobre a execução na ordem jurídica interna do Regulamento (UE) 2018/1807, relativo a um regime para o livre fluxo de dados não pessoais na União Europeia, sobre as escolas superiores de enfermagem de Coimbra, de Lisboa e do Porto e sobre a constituição do Conselho Nacional para a Inovação Pedagógica no Ensino Superior.

O Governo anunciou a 5 de setembro a aprovação de um decreto-lei “que organiza a criação de Unidades de Saúde Familiar (USF) de modelo C que, num regime de complementaridade e nos territórios com maior necessidade, serão desenvolvidas por autarquias, instituições sociais e privadas”, para fazer face à “escassez de médicos de família”.

De acordo com o comunicado dessa reunião do Conselho de Ministros, “estas unidades enquadram-se no atual sistema de cuidados de saúde primários, o qual continuará a ser reforçado, oferecendo uma estrutura mais autónoma e flexível que promove a melhoria do acesso aos cuidados de saúde e a eficiência na prestação dos mesmos”.

O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, confirmou que, nesta fase, vão abrir 20 USF modelo C nas regiões com maior falta de médicos de família. Estão previstas 10 em Lisboa e Vale do Tejo, cinco em Leiria e outras cinco no Algarve.

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Câmara de Lisboa aprova 4 dos 7 milhões de apoio à Web Summit

  • Lusa
  • 26 Outubro 2024

Autarquia de Lisboa aprovou a atribuição de quatro milhões de euros à Associação de Turismo de Lisboa, do total pedido de 7,067 milhões, para a próxima Web Summit, que ocorrerá em novembro.

A Câmara de Lisboa aprovou na sexta-feira a atribuição de quatro milhões de euros à Associação de Turismo de Lisboa, do total pedido de 7,067 milhões, para a próxima edição da conferência Web Summit, que ocorrerá entre 11 e 14 de novembro.

“Considerando que a edição de 2024 da Web Summit terá início já no próximo dia 11 de novembro, pretende-se, com a presente proposta, a aprovação da transferência de parte dessa verba, no montante de quatro milhões de euros, sendo que, em futura deliberação, se submeterá à aprovação desta câmara a transferência do remanescente [do total pedido de 7,067 milhões de euros]”, lê-se no documento a que a Lusa teve acesso.

Em reunião privada do executivo municipal, a proposta apresentada pela vereadora da Economia e Inovação, Joana Oliveira Costa (CDS-PP), foi viabilizada com os votos a favor da coligação “Novos Tempos” (PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança), que governa sem maioria absoluta, e do PS.

À semelhança de edições anteriores da Web Summit, a atribuição deste apoio financeiro por parte da Câmara de Lisboa teve os votos contra de PCP, BE, Livre e Cidadãos Por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre), informou à Lusa fonte do município.

De acordo com a proposta, a Associação de Turismo de Lisboa — uma das entidades signatárias do acordo para organização do evento Web Summit — submeteu candidatura ao Fundo de Desenvolvimento Turístico de Lisboa, no valor de 7.067.000 euros, para “assegurar a cedência e disponibilização dos espaços necessários e serviços complementares à realização do evento e dos serviços de Wi-Fi/ICT”, a qual foi objeto de parecer favorável pelo Comité de Investimentos.

O pedido tem-se repetido de edição para edição, uma vez que as obras de expansão do recinto para que a Web Summit continue a realizar-se em Lisboa “não se encontram ainda implementadas e, para assegurar a edição do corrente ano, é necessário disponibilizar os espaços necessários à realização do evento, ainda que de natureza temporária”, lê-se na proposta.

Justificando o voto contra a proposta de apoio à realização da Web Summit, a vereação do Livre acusou a liderança PSD/CDS-PP de retirar quatro milhões de euros ao orçamento da empresa municipal Carris para atribuir “exatamente esse mesmo montante” ao evento de tecnologia, empreendedorismo e inovação, considerando que tal “é inaceitável”.

Também o BE disse que o presidente da câmara, Carlos Moedas (PSD), propôs “uma alteração orçamental que adiava 17 milhões de euros de investimentos em creches e escolas e retirava quatro milhões de euros da Carris para reforçar quatro milhões para a Web Summit”.

Num momento em que há uma clara degradação do serviço da Carris, com menor velocidade comercial e falta de autocarros e motoristas, Moedas retirou quatro milhões de euros à empresa para reforçar com quatro milhões de euros a verba da Web Summit. Já antes tinham sido retirados 19 milhões de euros à Carris”, apontou o BE, em comunicado.

Sobre a proposta de alteração orçamental, que foi aprovada com a abstenção do PS, os bloquistas referiram que foram 17 milhões de euros do empréstimo de investimento nas creches e escolas, com a previsão de atribuir essa verba em 2025, “demonstrando um atraso inaceitável na recuperação das creches e escolas que estão em mau estado e que têm causado enorme preocupação às mães, pais e toda a comunidade educativa”.

Os vereadores dos Cidadãos Por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre) votaram contra o apoio à Web Summit por considerarem que a receita da taxa turística “deve compensar a cidade pelo desgaste provocado pela intensa procura de visitantes” e “não para aumentar ainda mais a pressão”, referindo que esse dinheiro devia ser canalizado para a limpeza urbana, transportes públicos e melhoria das condições de vida de quem habita e de quem visita a cidade.

Em novembro de 2016, Lisboa recebeu, pela primeira vez, a conferência Web Summit, evento que deverá continuar a realizar-se na capital portuguesa até 2028, segundo o acordo alcançado em novembro de 2018, entre o Governo português, o município de Lisboa, o Turismo de Portugal, a Associação de Turismo de Lisboa, a AICEP Portugal Global, E.P.E, a IAPMEI — Agência para a competitividade e Inovação e o CIL — Connected Intelligence Limited (CIL).

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Um ano depois, a AIMA é consensual nas críticas de advogados, imigrantes e especialistas

  • Lusa
  • 26 Outubro 2024

"Hoje, o espírito da AIMA está completamente deturpado, naquilo que foi a sua origem", acusou Thaís França, investigadora do ISCTE e especialista em migrações. A AIMA assinala na terça-feira um ano.

A Agência para a Integração, Migrações e Asilo comemora um ano de existência na terça-feira, um período marcado por polémicas, alterações de competências e críticas, que incluem imigrantes, advogados e especialistas.

Criada pelo governo PS, na sequência da prolongada extinção do Serviço de Estrangeiros, após a morte de um cidadão ucraniano às mãos de agentes, a AIMA perdeu muitos elementos para a Polícia Judiciária e para o Instituto de Registos e Notariado (IRN), herdou 350 mil processos de regularização — que passaram para 400 mil no final de 2023—, abriu concursos de contratação e ficou atolada nos pedidos, cinco mil por mês.

O objetivo anunciado para a criação da AIMA foi separar a questão policial da questão administrativa relativa aos imigrantes, procurando responder de forma mais humanista aos pedidos feitos.

A gestão das fronteiras continuava nas mãos da PSP e, no final do ano, a organização teve a sua primeira crise, com muitos requerentes de asilo a dormirem no próprio aeroporto pela falta de resposta dos serviços da AIMA.

Após as eleições legislativas, o novo governo PSD/CDS anunciou intenções de alterar a lei, retirando depois em junho à AIMA a gestão dos processos de retorno (regressando à PSP) e acabando com as manifestações de interesse, um recurso jurídico que permitia a um estrangeiro com visto de turismo requerer a regularização, desde que tivesse 12 meses de descontos.

Em agosto, o governo colocou Pedro Portugal Gaspar como presidente da AIMA, substituindo o dirigente nomeado pelo PS, Luís Goes Pinheiro, que foi liderar uma estrutura de missão responsável pela regularização dos processos pendentes, no espaço de ano.

Este era o mecanismo mais utilizado pelos imigrantes para pedirem a regularização, criando uma sobrecarga no sistema.

A falta de resposta dos serviços levou milhares de imigrantes a forçarem judicialmente a AIMA a dar resposta, com um volume de processos administrativos de intimação nos tribunais de tal ordem que levou o ministério da Justiça a criar uma equipa específica.

Em paralelo, o governo alargou o visto de mobilidade CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa), sinalizando a prioridade aos cidadãos lusófonos, e prometeu o reforço dos consulados por causa dos vistos de trabalho, algo que ainda não foi feito.

O fim abrupto das manifestações de interesse gerou polémica e o parlamento aprovou um período transitório para quem já tivesse o tempo devido de descontos mas não tivesse iniciado o processo formal.

Contudo, ainda estão por resolver os casos de pessoas que já têm descontos feitos, embora insuficientes, ou os que chegaram com visto de turista e estão a trabalhar de facto, um limbo para o qual as associações de imigrantes alertam.

Flora Silva, da Olho Vivo, lamenta o “esquecimento desumano” a que milhares de imigrantes foram votados, mas confia que o parlamento faça o governo recuar e reponha uma “solução semelhante à manifestação de interesse que permita a regularização de quem cá trabalha”.

O fim do SEF foi precipitado pela morte de Ihor Homeniuk e o advogado da família, José Gaspar Schwalbach, que é especialista em imigração também faz um balanço negativo da atividade da AIMA, pelos problemas na transferência das competências administrativas, que “veio confundir os imigrantes e dificultar os processos de renovação com alteração de localização do atendimento, dificuldades de comunicação entre sistemas”, entre outras matérias.

Além disso, “o avolumar de pendências processuais que já vinha sucedendo antes outubro de 2021, quando se decidiu extinguir o SEF, manteve-se, não podendo os parcos recursos humanos transferidos para a AIMA dar resposta a todos os pedidos”, acusou.

A “administração, vinculada ao principio da boa-fé, deveria ser a primeira a reconhecer que os prazos de deferimento tácito estavam ultrapassados e a emitir a competente decisão de deferimento e produção do titulo de residência. Mas não o faz”, lamentou o advogado.

Por outro lado, nos aeroportos, “a decisão política de atribuir a gestão dos Centros de Instalação Temporária à PSP” veio “equiparar estes centros de Instalação Temporária a instalações prisionais” e os “processos de recusa de entrada” mostram “falhas graves, com falta de fundamentação ou mesmo de notificação das decisões, embarcando os cidadãos estrangeiros em voos de regresso mesmo na pendência de processos judiciais”.

No plano judicial, “apenas a investigação criminal, que em boa hora foi transferida para a Polícia Judiciária, se revelou positiva, permitindo uma otimização de recursos e o desbloqueio de processos que até 2023 estavam completamente suspensos, em prejuízo dos cidadãos”, acrescentou.

Por seu turno, Thaís França, investigadora do ISCTE e especialista em migrações, recordou que o “fim do SEF era mais do que necessário”, porque “imigração não é um problema de polícia”, mas a criação da AIMA não foi acompanhada de investimento.

“Criou-se um órgão sem dar capacidade tecnológica nem recursos, já havia processos atrasados, as leis foram sendo alteradas várias vezes, o que mostra a falta de continuidade das políticas migratórias”, resumiu a investigadora, considerando que este processo “tinha tudo para dar errado. E deu”.

Com isto, cresce a “ideia de securitização associada a uma visão dos imigrantes, vistos como criminosos”, mas também a narrativa de que “precisamos de guardar as nossas fronteiras”, em linha com vários países europeus.

“O atual governo era contra o fim do SEF e agora, diplomaticamente, reforça a polícia para olhar para a migração na perspetiva da segurança e não na integração ou acolhimento”, acusa, que rejeita a ideia de que o número de imigrantes em Portugal seja desproporcional.

Os dados referentes a 2023 mostram um crescimento em linha com os restantes países europeus, o que mostra que a ideia de que “a imigração está completamente desregulada é uma falácia”.

“Hoje, o espírito da AIMA está completamente deturpado, naquilo que foi a sua origem”, acusou Thaís França.

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ECO Quiz. Repsol, polícia e crédito à habitação

  • Tiago Lopes
  • 26 Outubro 2024

Agora que termina mais uma semana, chegou a altura de testar o seu conhecimento. Está a par de tudo o que se passou durante a semana? Teste o seu conhecimento com o ECO Quiz.

A semana que agora termina ficou marcada pelos desacatos que decorrem desde segunda-feira após a morte de um homem baleado pela PSP. No seguimento destes incidentes, Carlos Moedas, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, mostrou-se disponível para colocar o município a construir mais esquadras.

Em Espanha, o imposto extraordinário sobre as energéticas está a fazer com que uma série de empresas repensem os seus investimentos naquele país. No plano das telecomunicações, a Autoridade da Concorrência anunciou novidades no negócio entre a Digi e a Nowo.

O ECO publica todas as semanas um quiz que desafia a sua atenção. Tem a certeza que está a par de tudo o que se passou durante a semana? Teste o seu conhecimento com este quiz do ECO.

 

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Duas manifestações em Lisboa à mesma hora com PSP a alertar para “algum risco”

  • Lusa
  • 26 Outubro 2024

Policiamento das duas manifestações vai ser feito pelas diferentes valências do Comando Metropolitano de Lisboa com "o apoio permanente" de meios da Unidade Especial de Polícia da PSP.

O movimento Vida Justa realiza hoje em Lisboa uma manifestação para reclamar justiça pela morte do homem baleado por uma agente da PSP, estando também convocado para a mesma hora um protesto do Chega “em defesa da polícia”.

A manifestação do Vida Justa vai começar no Marquês de Pombal pelas 15h00 e estava inicialmente prevista para terminar na Assembleia da República, mas o movimento alterou o percurso por terminar no mesmo local da contramanifestação do Chega.

A manifestação do Vida Justa, que vai terminar na Praça dos Restauradores”, foi anunciada na quinta-feira pelo movimento, para reclamar justiça pela morte de Odair Moniz, o homem de 43 anos baleado por um agente da PSP após uma perseguição policial na Amadora.

Com o lema “Sem justiça não há paz”, esta iniciativa é organizada pelo movimento Vida Justa, familiares e amigos de Odair Moniz, associações de moradores do bairro do Zambujal, onde residia a vítima, e de outros bairros da Área Metropolitana de Lisboa.

Na quinta-feira, poucas horas depois do anúncio da iniciativa do Vida Justa, o presidente do Chega, André Ventura, anunciou a manifestação “em defesa da polícia”. Este protesto também começa pelas 15h00 na Praça do Município e dirige-se para a Assembleia da República.

A PSP indicou, entretanto, que o Vida Justa alterou o percurso da manifestação de sábado “sem esperar pelo parecer” da polícia e considerando que “estão reunidas as condições de segurança” para a realização dos dois eventos, embora exista “algum risco para a ordem e segurança públicas” por coincidir com a contramanifestação do Chega.

Esta força de segurança avança que vai continuar “a recolher informação e a acompanhar os desenvolvimentos” referentes às manifestações, nomeadamente através de fontes abertas.

Segundo a polícia, esta “monitorização e recolha contínuas de informação permitem avaliar os potenciais riscos associados às iniciativas e planear a operação policial mais adequada e ajustada às necessidades de segurança de todos os intervenientes e de terceiros”.

A PSP dá conta de que o policiamento das duas manifestações vai ser feito pelas diferentes valências do Comando Metropolitano de Lisboa com “o apoio permanente” de meios da Unidade Especial de Polícia da PSP.

“A Polícia irá promover constante visibilidade e mobilidade dos meios policiais destacados para esta operação de segurança de forma a prevenir e evitar a existência de situações de alteração da ordem pública”, garante, relembrando que “não tolerará atos de desordem e de destruição praticados por grupos criminosos”, que “integram uma minoria e não representam a restante população”.

A PSP vai condicionar hoje a Praça do Marquês Pombal, Avenida da Liberdade, Praça dos Restauradores, Avenida Braamcamp, Avenida Alexandre Herculano, Rua de São Bento, Praça do Município, Rua do Arsenal, Rua do Comércio, Rua Nova do Almada, Rua Garrett, Praça Luís Camões, Calçada do Combro e Rua Dom Carlos I.

Odair Moniz, de 43 anos e morador no Bairro do Zambujal, na Amadora, foi baleado por um agente da PSP na madrugada de segunda-feira, no Bairro da Cova da Moura, no mesmo concelho, e morreu pouco depois, no Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa.

Segundo a PSP, o homem pôs-se “em fuga” de carro depois de ver uma viatura policial e “entrou em despiste” na Cova da Moura, onde, ao ser abordado pelos agentes, “terá resistido à detenção e tentado agredi-los com recurso a arma branca”.

A Inspeção-Geral da Administração Interna e a PSP abriram inquéritos e o agente que baleou o homem foi constituído arguido.

Desde a noite de segunda-feira registaram-se desacatos no Zambujal e, desde terça-feira, noutros bairros da Área Metropolitana de Lisboa.

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Caixotes de lixo e viaturas incendiadas em vários bairros de Lisboa

  • Lusa
  • 26 Outubro 2024

O primeiro alerta para estes distúrbios foi recebido à 01h00. Os incidentes ocorreram nos bairros de Benfica, Lumiar, Alvalade, Alcântara e Marvila.

Várias viaturas e caixotes de lixo foram incendiados esta madrugada em bairros da cidade de Lisboa, disse hoje à Lusa uma fonte do Regimento de Sapadores Bombeiros (RSB).

O primeiro alerta para estes distúrbios foi recebido à 01h00 e o último às 05h33, disse a fonte oficial do RSB de Lisboa, adiantando que os incidentes ocorreram nos bairros de Benfica, Lumiar, Alvalade, Alcântara e Marvila.

Questionado sobre quantos bombeiros foram deslocados durante a madrugada, a mesma fonte disse não saber precisar, mas explicou que, para cada ocorrência, é enviada uma viatura com seis bombeiros.

Desde a noite de segunda-feira registaram-se desacatos no Zambujal e, desde terça-feira, noutros bairros da Área Metropolitana de Lisboa, onde foram queimados autocarros, automóveis e caixotes do lixo. A PSP registou 123 ocorrências, deteve 21 cidadãos e identificou outros 19. Sete pessoas ficaram feridas, uma das quais com gravidade.

A desordem pública aconteceu na sequência da morte de Odair Moniz, de 43 anos, na madrugada de segunda-feira, quando o homem foi baleado por um agente da PSP.

Segundo a PSP, o homem pôs-se “em fuga” de carro depois de ver uma viatura policial e “entrou em despiste” na Cova da Moura, onde, ao ser abordado pelos agentes, “terá resistido à detenção e tentado agredi-los com recurso a arma branca”.

A Inspeção-Geral da Administração Interna e a PSP abriram inquéritos e o agente que baleou o homem foi constituído arguido.

Para hoje estão previstas duas manifestações em Lisboa, uma promovida pelo movimento Vida Justa para reclamar justiça pela morte do homem baleado e outra convocada pelo Chega “em defesa da polícia”.

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Jovens representaram 54% dos novos crédito à habitação concedidos em agosto

  • Lusa
  • 26 Outubro 2024

O 'peso' dos mais novos na compra de habitação própria e permanente continuou a sentir-se em setembro, mês em que representaram exatamente metade dos novos empréstimos concedidos.

Os jovens até aos 35 anos representaram 54% dos novos empréstimos à habitação concedidos em agosto, sendo este o primeiro mês desde janeiro em que a maioria destes créditos se concentrou naquela faixa etária.

De acordo com dados do Banco de Portugal (BdP), em resposta a questões colocadas pela Lusa, as pessoas até aos 35 anos representaram em média 41% dos novos contratos de crédito para a compra de habitação própria e permanente realizados ao longo do primeiro semestre.

Em julho, recuaram para os 30%, tendo aumentado para os já referidos 54% em agosto, mês em que as pessoas até aos 35 anos passaram a beneficiar de isenção total ou parcial (em função do valor de aquisição da casa) de IMT e de Imposto do Selo na compra da primeira habitação.

Os dados do BdP não indicam o montante médio dos empréstimos concedidos por segmento etário, mas a evolução registada vai ao encontro dos sinais que foram sendo dados pelos agentes do mercado imobiliário, nomeadamente de que após tentativas para adiar a formalização da compra da casa de forma a beneficiarem do IMT Jovem e da isenção do Imposto do Selo, há mais pessoas até aos 35 anos a adquirir imóveis.

O ‘peso’ dos mais novos na compra de habitação própria e permanente continuou a sentir-se em setembro, mês em que representaram exatamente metade dos novos empréstimos concedidos para este fim.

Estes dados, refira-se, dizem respeito a novos contratos de crédito à habitação própria e permanente ‘puros’, ou seja, excluem renegociações, consolidações de crédito e transferências de crédito de um banco para outro.

Dados facultados à Lusa pelo Ministério da Juventude e Modernização no início deste mês indicavam que no primeiro mês e meio (entre 01 de agosto e 18 de setembro) do IMT Jovem beneficiaram da medida 3.098 pessoas, tendo sido transacionadas 2.141 casas.

Ao abrigo desta medida, as pessoas até aos 35 anos têm isenção do IMT e do Imposto do Selo na compra da primeira habitação própria e permanente, sendo aquela isenção total para imóveis até 316.772 euros (4.º escalão do imposto) e parcial entre este valor e os 633.453 euros (parcela em que se aplica a taxa de 8% correspondente a este escalão). Estes intervalos vão ser atualizados em 2025, segundo a proposta do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025).

A Lusa questionou o Ministério das Finanças sobre o valor médio de isenção naqueles dois impostos de que beneficiaram até agora as pessoas abrangidas pela medida e sobre o número atualizado de beneficiários, mas até ao momento não obteve resposta.

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Frente Comum destaca “enorme mobilização” e ruas de Lisboa “cheias de gente”

  • Lusa
  • 25 Outubro 2024

O secretário-geral da CGTP enalteceu que a adesão de "milhares de trabalhadores" demonstra que é necessário "a valorização de quem trabalha".

O coordenador da Frente Comum fez um balanço positivo da manifestação desta sexta-feira, em Lisboa, destacando a “enorme mobilização dos trabalhadores” e as “ruas cheias de gente”. Apesar de não adiantar números concretos, Sebastião Santana indicou que estiveram presentes “milhares de trabalhadores” e diz que cabe agora ao Governo “inverter a política de empobrecimento”.

Tem “todas as condições para isso, haja vontade política”, sublinhou, acrescentando que “não havendo resposta” do lado da Frente Comum, afeta à CGTP, estão disponíveis para avançar com “todas as formas de luta”, nomeadamente “mais manifestações e mais greves”. Também o secretário-geral da CGTP enalteceu que a adesão de “milhares de trabalhadores” demonstra que é necessário “a valorização de quem trabalha”.

“Os trabalhadores estão a responder àquilo que foi a falta de resposta na discussão do Orçamento do Estado (OE). Tentou-se centrar a discussão do OE em duas matérias apenas, quando o OE tem de dar resposta a muitas outras, nomeadamente as carreiras, os salários, os serviços públicos, a resposta do SNS, a resposta da escola pública,” elencou Tiago Oliveira. A manifestação, convocada pela Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública, teve como tema “Parar o empobrecimento: aumentar salários e pensões, valorizar carreiras, reforçar os serviços públicos” e começou cerca das 15:30, junto ao Marquês de Pombal.

Duas horas depois, no final da manifestação, já em frente à Assembleia da República, foi aprovada “por unanimidade e aclamação” uma resolução que será entregue ao Governo e que exige o “aumento imediato dos salários para todos os trabalhadores da Administração Pública, o “reforço dos serviços públicos e das funções sociais do Estado” e “a negociação coletiva de toda a PCR2025 [política reivindicativa comum] em toda a sua extensão”.

No documento, os trabalhadores admitem também “encetar todas as formas de luta que entendam necessárias e adequadas à prossecução dos seus objetivos”. “A luta continua”, entoaram os manifestantes, após a aprovação, com o protesto a terminar ao som da música “Grândola, Vila Morena”, de Zeca Afonso.

Entre as principais reivindicações dos manifestantes ouvidos pela Lusa estão os aumentos salariais e de pensões e o reforço dos serviços.

“Já meti os papéis para a reforma e vou para a reforma sem chegar ao topo da carreira”, disse António Marques, encarregado, e que reivindica a contagem dos “pontos” perdidos para efeitos de progressão de carreira. Funcionário público há “30 anos”, António Marques garante que não se vai conseguir “governar” com a reforma que tiver. “Não vai dar…. Gás, luz, remédios… a gente não consegue cobrir as despesas que temos!”, disse.

“Ganho o ordenado mínimo com 24 anos de trabalho”, contou à Lusa Lídia Cruz, auxiliar educativa, referindo que trabalha numa escola “onde há muita gente de baixa” e a maioria das funcionárias têm “todas 50 e tal anos e não metem pessoal”. A opinião é partilhada por Cristina Palma, assistente operacional, que indica que recebe o salário mínimo nacional e diz que os aumentos que têm sido feitos não são suficientes para recuperar o poder de compra. É “cada dia menos”, apontou a jovem de 32 anos.

Na manifestação estiveram presentes representantes de alguns partidos políticos.

Do lado do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua acusou o Governo de “prometer um futuro pior” aos funcionários públicos, ao querer, nomeadamente recuperar a regra de uma entrada por cada saída na Administração Pública e de não repor o poder de compra perdido nos aumentos salariais propostos, instando o Governo a “ir mais longe”, não só na “base da carreira, mas também “ao longo de toda a tabela”. “Pagar melhor e ter uma perspetiva de carreira é uma condição essencial”, afirmou.

Paula Santos, do PCP, apontou que os funcionários públicos têm sido “profundamente desvalorizados nos seus salários, nas suas carreiras e nas suas condições de trabalho” e criticou ainda a proposta do Governo para a atualização dos salários da Administração Pública para o próximo ano, cuja “atualização é ainda abaixo da inflação prevista para 2025”. “Isto é inaceitável”, declarou.

Por sua vez, Paulo Muacho, do Livre, disse reconhecer a “justiça das reivindicações” dos funcionários públicos e critica o Governo por não estar a resolver “os problemas essenciais”, nomeadamente a falta de recursos humanos “em diversos setores” e o “empobrecimento de quem trabalha”, dado que o “aumento dos salários não está a acompanhar” o poder de compra. “Este OE é uma oportunidade perdida para conseguir dar um salto nestas reivindicações e os problemas que o setor público tem desde há muitos anos”, lamentou o deputado do Livre.

Os partidos presentes criticaram ainda o pedido de autorização legislativa, que consta na proposta de Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), em que o Governo manifesta a intenção de alterar vários artigos da lei geral do trabalho em Funções Pública, nomeadamente os que dizem respeito à justificação por doença, ao regime de consolidação da mobilidade, ao direito a férias e ao aviso prévio de greve.

“Faço um desafio para que todos os partidos rejeitem esta proposta e neguem ao Governo a possibilidade de alterar regras essenciais do trabalho na Função Pública sem dizer ao que vem e sem ser claro com toda a gente”, disse Mariana Mortágua, à Lusa. O Governo “não explicita o que pretende, mas é com muita preocupação que vemos essa proposta no OE”, acrescentou Paula Santos.

A Frente Comum exige aumentos salariais de, pelo menos, 15%, com um mínimo de 150 euros por trabalhador, a partir de janeiro de 2025. Defende também que o subsídio de alimentação seja aumentado para 10,50 euros e um aumento do salário mínimo na administração pública para 1.000 euros, a partir de janeiro.

Esta proposta de atualização salarial da Frente Comum é superior ao valor que o Governo propôs aos sindicatos da Administração Pública, que pressupõe que a base remuneratória da administração pública seja de 875 euros em 2025.

 

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Esta é a chave do Euromilhões. Prémio aumenta para 75 milhões de euros

  • ECO
  • 25 Outubro 2024

O jackpot desta sexta-feira ronda os 75 milhões de euros, depois de não terem sido registados vencedores do primeiro prémio no sorteio anterior.

Com um primeiro prémio no valor de 75 milhões de euros, decorreu esta sexta-feira mais um sorteio do Euromilhões. O valor do jackpot voltou a subir depois de não ter havido vencedores do primeiro prémio no sorteio anterior.

Veja a chave vencedora do sorteio desta sexta-feira, 25 de outubro:

Números: 4, 17, 20, 25 e 45

Estrelas: 8 e 9

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Poiares Maduro diz ser importante trazer critérios do jornalismo para redes sociais

  • Lusa
  • 25 Outubro 2024

O ex ministro defende ser importante trazer os critérios do jornalismo, nomeadamente deontológicos, mas também a edição de informação, para as redes sociais.

O antigo ministro Miguel Poiares Maduro (PSD) afirmou não acreditar ser possível que as pessoas voltem a consumir informação apenas através dos media, mas defendeu ser necessário usar os critérios do jornalismo nas redes sociais.

O consumo de informação tem vindo a aumentar, mas tem também, ao mesmo tempo, vindo a deslocar-se dos media tradicionais, jornais, rádios e televisões, para as plataformas de consumo de informação por via digital“, assinalou Poiares Maduro, em declarações à Lusa, em Lisboa, à margem de uma sessão que decorreu na sede da agência noticiosa.

O ex-ministro do governo de Passos Coelho e professor universitário considerou não ser viável voltar “a pôr o génio dentro da garrafa”, ou seja, que as pessoas consumam informação apenas dos media tradicionais. Contudo, referiu ser importante trazer os critérios do jornalismo, nomeadamente deontológicos, mas também a edição de informação, para as redes sociais.

Questionado sobre o limite de questões que tem sido imposto, pelo executivo de Luís Montenegro, aos jornalistas nas conferências de imprensa, Poiares Maduro disse que os políticos não devem discriminar consoante a sua preferência por determinado órgão de comunicação social. Ainda assim, ressalvou que as conferências de imprensa não podem durar um tempo infinito e que, por isso, é impossível responder a todas as perguntas.

No meu ponto de vista, esse limite não deve ser do número de perguntas, mas sim um limite temporal razoável. Dentro desse limite, deve-se ir rodando os órgãos de comunicação social para demonstrar que o Governo, o líder da oposição ou quem quer que seja, não está a favorecer certos órgãos de comunicação social em relação a outros. Parece-me que isto é o fundamental“, rematou.

Miguel Poiares Maduro foi um dos oradores que marcou presença numa sessão que abordou temas como a comunicação, as redes sociais e a política, organizada pela Agência Lusa no âmbito do programa de formação do Parlamento Europeu para jovens jornalistas.

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Washington Post não apoia nenhum dos candidatos

  • Lusa e ECO
  • 25 Outubro 2024

O publisher do Washington Post descreveu a decisão como um regresso aos valores básicos do jornal. O colunista Robert Kagan terá apresentado a demissão.

O Washington Post não apoiará nenhum dos candidatos às eleições presidenciais dos EUA e também se absterá de o fazer em futuras eleições, anunciou esta sexta-feira o publisher do jornal, William Lewis. “Estamos conscientes de que esta decisão dará origem a muitas interpretações, que será vista como um apoio implícito a um dos candidatos, ou a rejeição de outro, ou como uma evasão às nossas responsabilidades de opinião”, escreveu Lewis.

Nas eleições de 2008, 2012, 2016 e 2020, o proprietário do jornal e fundador da Amazon, Jeff Bezos, apoiou os candidatos presidenciais democratas. Mas vários media locais estão a avançar que o colunista Robert Kagan se demitiu após esta decisão e sugerem, também, que terá existiu pressão de Bezos para o Washington Post se manter neutral.

William Lewis descreveu a decisão como um regresso aos valores básicos do jornalismo, argumentando que o Washington Post se absteve, por exemplo, de pedir votos para qualquer um dos candidatos em 1960, antes da eleição vencida pelo democrata John F . Kennedy.

Lewis lembrou que a decisão de não tomar partido está em consonância com os valores do jornal, cujo famoso lema é “A democracia morre na obscuridade”. “A nossa função, enquanto jornal diário da capital mais importante do mundo, é ser independente”, argumentou o diretor-geral.

O proprietário de outro grande diário norte-americano, o Los Angeles Times, bloqueou a decisão do conselho editorial do jornal, que queria apoiar Kamala Harris.

Esta sexta-feira, o New York Post, um jornal tablóide ultraconservador, propriedade do magnata Rupert Murdoch, pediu às pessoas para votarem no candidato republicano, Donald Trump.

No passado dia 30 de setembro, o conselho editorial do The New York Times deu o seu apoio à candidata democrata, Kamala Harris, que vai defrontar o ex-presidente e candidato republicano, Donald Trump, no dia 05 de novembro.

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