Borrell pede medidas imediatas para acabar com “tragédia humana” em Gaza
Borrell juntou-se assim ao apelo do Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, que alertou na sexta-feira para a situação em Gaza.
O Alto Representante da União Europeia (UE) para a Política Externa, Josep Borrell, apelou hoje à comunidade internacional para que tome “medidas imediatas” para pôr fim à “tragédia humana” em Gaza.
“É nosso dever proteger os civis e os direitos humanos, e é tempo de agir em conformidade”, afirmou o chefe da diplomacia europeia numa declaração, na qual voltou a apelar a um cessar-fogo imediato em Gaza, bem como à libertação de todos os reféns israelitas detidos pelo grupo islamita Hamas.
Borrell juntou-se assim ao apelo do Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, que alertou na sexta-feira para a situação em Gaza e denunciou que o enclave “está a atravessar o seu momento mais negro” desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, em 07 de outubro de 2023.
Os relatos do norte de Gaza “testemunham um nível catastrófico de carnificina, destruição e fome, bem como a deslocação forçada de civis, enquanto toda uma população está sob bombardeamento, cerco e risco de fome, e forçada a escolher entre a deslocação e a morte”, afirmou o chefe da UE.
Borrell insistiu que os civis em Gaza precisam “urgentemente” de ter acesso “rápido e sem entraves” a assistência humanitária e de uma distribuição sustentada em grande escala em toda a zona.
O Alto Representante recordou que a UE tem apelado repetidamente ao respeito pelo direito internacional, incluindo o direito internacional humanitário e o direito internacional dos direitos humanos.
“Salientámos a importância de respeitar e aplicar as decisões do Tribunal Internacional de Justiça e as resoluções do Conselho de Segurança da ONU, que são juridicamente vinculativas”, afirmou Borrell.
O chefe da diplomacia europeia afirmou que vai continuar o seu trabalho “até que os apelos da comunidade internacional sejam verdadeiramente atendidos” e, por isso, instou a comunidade internacional a unir-se “para transformar as palavras em ações concretas”.
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