Entraram quase mil grandes processos nos tribunais fiscais em 2024

No ano passado, entraram 909 processos tributários de valor superior a um milhão de euros nos Tribunais Administrativos e Fiscais, com o valor de processos pendentes a somar 15 mil milhões de euros.

Os Tribunais Administrativos e Fiscais (TAF) receberam perto de mil novos processos tributários com valor acima de um milhão de euros, no ano passado, havendo 1.668 pendentes. No total, os processos que aguardam por uma decisão dos tribunais somam perto de 15 mil milhões de euros.

Os dados, divulgados no relatório anual referente a 2024 do Conselho Superior dos Tribunais Administrativos e Fiscais (CSTAF) enviado ao Parlamento, mostram que, no final do ano passado, “deu entrada em todas as instâncias e no Supremo Tribunal Administrativo um total de 909 processos tributários de valor superior a um milhão de euros, tendo sido findos 779 processos dessa natureza”.

É ainda “possível constatar que o número de processos tributários de valor superior a um milhão de euros pendentes dos tribunais da jurisdição administrativa e fiscal aumentou em todas as instâncias e no Supremo Tribunal Administrativo“, indica o relatório.

No final de 2024, havia 1.668 processos de valor acima de um milhão de euros à espera de uma decisão dos tribunais, o que representa um crescimento de 8,5% em comparação com o final de 2023. Em valor, estes processos totalizam perto de 15 mil milhões de euros, um aumento face a 12,1 mil milhões de euros no período homólogo.

Relativamente ao Supremo Tribunal Administrativo (STA), os processos pendentes subiram de 74, no final de 2023, para 84 no final do ano passado, período em que entraram 120 novos processos face a 110 concluídos. Já o valor dos processos à espera de decisão ronda os 210 milhões de euros, muito acima dos 48 milhões no mesmo período do ano anterior.

No caso dos Tribunais Centrais Administrativos (TCA), havia mais 60 processos pendentes face ao período homólogo, com o valor a ficar perto dos seis mil milhões, acima dos 3,9 mil milhões no final de 2023. Isto num período em que houve 210 entradas e 150 saídas.

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Lucros da Galp sobem 25% no segundo trimestre para 373 milhões de euros

Petrolífera portuguesa justifica melhoria no resultado com aumento da produção de petróleo e gás natural no Brasil e "forte desempenho" da atividade de trading de produtos nos mercados internacionais.

A Galp Energia reportou lucros de 373 milhões de euros no segundo trimestre do ano, o que representa uma subida de 25% face ao mesmo período do ano passado, de acordo com o comunicado enviado esta segunda-feira à CMVM.

A petrolífera portuguesa justifica a melhoria nos resultados entre abril e junho, depois de um arranque do ano no vermelho, com os “níveis robustos” de produção de petróleo e gás no Brasil, a atividade de trading internacional de gás natural e as exportações.

O resultado ajustado a custo de substituição (RCA) antes de juros, impostos, depreciação e amortizações (EBITDA) foi de 840 milhões, em linha com os 849 milhões registados no período homólogo de 2024, com a empresa a assinalar que “a melhoria de resultados em todas as áreas de negócios compensou a queda nas cotações do crude que penalizou a performance financeira do upstream, tradicionalmente o principal motor dos resultados”.

Há duas semanas, no tradicional trading update, o grupo tinha reportado uma queda de 20% na margem de refinação entre abril e junho, para os 6,1 dólares por barril (vs. 7,7 dólares no período homólogo), refletindo o impacto da conjuntura internacional sobre o setor energético.

No acumulado do primeiro semestre, dadas as “condições macroeconómicas mais desafiantes”, os lucros da companhia diminuíram 9% para 565 milhões de euros, enquanto o EBITDA caiu 16% para 1,5 mil milhões. Deste valor, cerca de 80% teve origem nos mercados internacionais, com destaque para as atividades de upstream (exploração e produção de petróleo) e de trading e para as exportações de produtos a partir de Portugal.

Na informação ao mercado, a Galp assinala que as melhorias registadas entre abril e junho permitem rever em alta algumas das projeções operacionais e financeiras para o resto do ano, apesar da desvalorização do dólar. Espera agora que o EBITDA supere os 2,7 mil milhões (vs. 2,5 mil milhões na previsão anterior) – boa parte desta revisão resulta do início das entregas de cargas de gás natural nos EUA por parte da Venture Global – e também que a produção média de petróleo e gás natural do ano, antes estimada em 105 mil, possa subir até aos 110 mil barris diários.

Mesmo reconhecendo o atual “cenário macroeconómico e geopolítico cada vez mais incerto”, Maria João Carioca e João Diogo Marques da Silva, co-CEO, destacam que este foi “um trimestre forte para a Galp, sustentado por um desempenho operacional robusto em todos os negócios” e com a companhia a demonstrar “resiliência e foco”. “Isso permitiu-nos continuar a recompensar os nossos acionistas, preservando ao mesmo tempo uma base financeira sólida”, acrescentam.

“O nosso mandato é claro: assegurar a execução contínua da estratégia. Continuamos empenhados em cumprir as nossas prioridades e estamos confiantes no nosso desempenho, por isso melhorámos as nossas expectativas operacionais para 2025. Assegurar uma forte parceria na Namíbia PEL 83 continua a ser um marco importante e os progressos realizados até à data reforçam a nossa confiança na sua conclusão com sucesso”, sublinham os gestores.

Unidade de produção de biocombustíveis avançados (HVO/SAF) está em construção em Sines

Num trimestre em que o investimento total ascendeu a 190 milhões de euros, cerca de 74 milhões foram aplicados em Sines, nomeadamente na construção do eletrolisador de 100MW para a produção de hidrogénio verde e na nova unidade para produção de biocombustíveis avançados (HVO/SFA). Ambos os projetos deverão entrar em operação já no próximo ano.

A conversão e modernização da rede de estações de serviço, a expansão da infraestrutura de carregamento para a mobilidade elétrica e as renováveis absorveram perto de 30 milhões de euros. No entanto, os projetos de upstream no Brasil continuaram a ser o principal destino do investimento da Galp no segundo trimestre, num total de 81 milhões,

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A Arábia Saudita consolida o seu boom turístico com mais visitantes, mais emprego e apoio ao empreendedorismo

  • Servimedia
  • 21 Julho 2025

O país avança nos objetivos da Visão 2030 com um recorde de visitas a locais históricos, aumento do emprego no setor turístico e programas para impulsionar startups do setor.

A Arábia Saudita continua a consolidar a sua posição como um dos destinos turísticos mais dinâmicos do mundo. No primeiro semestre de 2025, o Aeroporto Internacional Rei Abdulaziz de Yeda recebeu 25,5 milhões de passageiros, um número que reflete a crescente conectividade aérea do país e o aumento sustentado do fluxo de visitantes internacionais.

Este crescimento teve um impacto claro no setor hoteleiro. Durante o primeiro trimestre de 2025, a ocupação média atingiu 63%, de acordo com dados da Autoridade Geral de Estatísticas (GASTAT), o que representa um aumento de 2,1 pontos em relação ao ano anterior. O preço médio por noite foi de cerca de 117 euros, com uma ligeira queda de 3,4% em relação ao ano anterior. No caso dos apartamentos com serviços, a ocupação situou-se em 50,7%, enquanto o preço por noite subiu 7,2%, atingindo 209 riyals sauditas, cerca de 51 euros.

O emprego no setor do turismo também registou uma evolução positiva. Nos primeiros três meses do ano, o setor empregou quase um milhão de pessoas, 4,1% a mais do que em 2024. Um quarto desses empregos (24,8%) é ocupado por cidadãos sauditas, em linha com os esforços do governo para promover a diversificação económica e apostar em outras atividades que reduzam a dependência do petróleo.

Paralelamente, o património cultural saudita continua a despertar um interesse crescente entre os turistas, tanto nacionais como internacionais. Em 2024, os locais históricos e arqueológicos do país receberam cerca de 6,5 milhões de visitas. Destinos como Diriyah, AlUla e o distrito histórico de Yeda consolidaram-se como grandes pólos de atração turística, impulsionados por iniciativas de recuperação do património, programação cultural e melhorias na infraestrutura.

Nesse mesmo ano, foram adicionados mais de 1.100 locais ao Registo Nacional do Património, que já conta com mais de 3.600 locais oficialmente reconhecidos. Além disso, foram identificados mais de 25.000 locais de interesse patrimonial em todo o país, o que reforça a dimensão cultural do modelo turístico saudita.

Empreendimento turístico

Como parte de sua estratégia para diversificar a economia e promover a inovação no setor, o Ministério do Turismo lançou três novos programas de incubação voltados para empreendedores e startups turísticas. Com duração de três meses, essas iniciativas oferecem formação especializada, aconselhamento personalizado, acesso a redes de financiamento e apoio na concepção e escalonamento de modelos de negócios inovadores.

O objetivo é estimular o ecossistema empreendedor em áreas-chave como tecnologia aplicada ao turismo, sustentabilidade, mobilidade inteligente, gestão de experiências ou serviços digitais. As incubadoras são concebidas como uma plataforma para acelerar projetos capazes de transformar a oferta turística da Arábia Saudita e fornecer soluções adaptadas aos novos perfis de viajantes.

Esta aposta no empreendedorismo enquadra-se nos objetivos da Visão 2030, o ambicioso plano de transformação económica do país que visa reduzir a dependência do petróleo e diversificar a economia através de setores como o turismo, o entretenimento, a cultura ou a inovação tecnológica.

Com uma combinação de investimentos estratégicos, melhoria da conectividade, valorização do património e apoio ao tecido empreendedor, a Arábia Saudita está a construir um modelo turístico competitivo e sustentável. Os novos dados de ocupação, emprego e número de visitantes confirmam o avanço da Arábia Saudita em direção à sua meta de atrair mais de 100 milhões de turistas anuais na próxima década.

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Caldea leva «a boa vida» ao Illa Carlemany com um espaço multissensorial

  • Servimedia
  • 21 Julho 2025

O centro de lazer termal de Andorra instala-se no Illa Carlemany com um espaço aquático e uma zona de diversão.

Caldea informou que este verão «sai do spa e entra no coração comercial de Andorra com uma proposta diferente que combina bem-estar e entretenimento».

Explicou que o espaço, concebido com uma estética moderna e minimalista, está organizado em diferentes recantos que transportam a experiência da boa vida para fora do spa. Por um lado, os visitantes encontrarão um espaço aquático onde são oferecidos vários granizados com sabores surpreendentes: o energizante de manga e maracujá, o equilibrante de pitaya e o calmante de frutos silvestres. Por outro lado, uma zona de diversões com um jogo para ganhar descontos e produtos de merchandising, e um posto-escritório que convida os visitantes a enviar um postal partilhando o seu verão. Além disso, ao longo da temporada, o stand acolherá atuações musicais e workshops infantis.

O espaço estará aberto até 14 de setembro, com horário de funcionamento de segunda a sábado, das 11h às 14h e das 15h às 20h30, e domingo das 11h às 14h e das 15h às 19h30.

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Tebas denuncia ter sido alvo do Ministério das Finanças para forçar a sua saída da LALIGA

  • Servimedia
  • 21 Julho 2025

De acordo com declarações de Tebas, o objetivo do registo era causar «danos à reputação» e «afastá-lo» como presidente da LALIGA.

O presidente da LALIGA, Javier Tebas, denunciou ter sido vítima de uma suposta tentativa do Ministério das Finanças, em 2015, de interferir em decisões importantes do futebol profissional através de uma inspeção fiscal para a qual a Agência Tributária solicitou o registo do seu escritório profissional, bem como da sua residência e da do seu filho.

Os factos, segundo o jornal «El País», ocorreram apenas três dias antes da Assembleia Geral Extraordinária da LALIGA de 19 de junho de 2015, fundamental para a venda centralizada dos direitos de transmissão televisiva, na qual foi aprovada a recompra dos direitos de 38 clubes à Mediapro e onde ficou patente a tensão com o Real Madrid.

De acordo com declarações de Tebas ao referido meio de comunicação, o objetivo do registo era causar «danos à reputação» e «afastá-lo» como presidente da LALIGA pouco antes da realização dessa assembleia. Além disso, o máximo dirigente da LALIGA também reagiu no seu perfil na rede social X: «Há mais de 10 anos que marcam as cartas (e continuam a fazê-lo), acreditando-se intocáveis graças à sua «superioridade» e à cumplicidade de parte da classe política. A verdade já me tinha sido contada. Agora também tenho a verdade jurídica. Vamos até ao fim».

Este episódio ocorreu apenas alguns meses depois de a diretora-geral de cobranças, Soledad García, ter processado o presidente da LALIGA por injúrias, após ter sido acusada de «querer liquidar os clubes» e de «animosidade pelo futebol» ao não cumprir, na sua opinião, os acordos de adiamento da dívida. Um processo que foi arquivado e pelo qual o Ministério de Montoro solicitou a abertura de um processo sancionatório contra Tebas.

Assim, a tentativa de registro, que não foi autorizada pelos tribunais, foi comunicada diretamente ao então ministro Montoro por seu chefe de gabinete, Felipe Martínez Rico, de acordo com vários e-mails revelados pela investigação, que veio a público após o levantamento do sigilo do inquérito judicial contra a Equipo Económico, a empresa fundada por Cristóbal Montoro em 2006, acusada de ter tecido uma rede de influências para obter vantagens fiscais para os seus clientes durante o tempo em que o político dirigiu o Ministério das Finanças (2011-2018).

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“Na Europa não existe uma especialização tão grande no vidro automóvel como há em Portugal”

  • ECO Seguros
  • 21 Julho 2025

A importância da diferenciação, da segurança e da colaboração com seguradoras no setor de vidro automóvel foi destacada por especialistas no FNS25. Veja o painel na íntegra aqui.

Jorge Muñoz Cardoso General Manager at Carglass Portugal, Lucas Constâncio Diretor Geral da Glassdrive Portugal, Manuel Freitas da Silva Head of Sales at ExpressGlass a debater em painel no Fórum Nacional de Seguros -2025.Pedro Granadeiro | ECO

O painel “O que os profissionais de seguro sabem sobre vidro automóvel” marcou o quinto momento do Fórum Nacional de Seguros. A sessão centrou-se na composição do mercado, nas estratégias de diferenciação e no estado atual da indústria de vidro automóvel em Portugal.

Participaram no debate Jorge Muñoz Cardoso, General Manager da Carglass Portugal, Lucas Constâncio, Diretor Geral da Glassdrive Portugal, e Manuel Freitas da Silva, Head of Sales da ExpressGlass. A moderação ficou a cargo de Francisco Botelho, Diretor do ECOseguros.

Ao longo da conversa, os intervenientes analisaram a oferta atual do setor, abordando temas como recalibração, segurança e formação técnica. O painel também foi palco de partilha de visões sobre o relacionamento ideal entre as empresas do setor e as seguradoras.

Veja ou reveja o painel:

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Centeno renova mandato do chefe de gabinete antes de sair do Banco de Portugal

Na semana em que termina o mandato, Mário Centeno renovou o contrato a Álvaro Novo como diretor do gabinete de apoio ao governador. Centeno também promoveu mulher de Mourinho Félix a diretora-adjunta

Mário Centeno e Álvaro Novo são amigos há anos, um foi ministro, o outro foi chefe de gabinete nas Finanças e depois secretário de Estado do Tesouro. Quando Centeno foi escolhido por António Costa para governador do Banco de Portugal, levou o amigo economista para chefe de gabinete, e agora, na semana em que termina o seu mandato de cinco anos, comunicou internamente a renovação das funções de Álvaro Novo como diretor num gabinete que é de apoio direto ao governador em funções.

A substituição de Mário Centeno como governador do Banco de Portugal é mais do que previsível, mesmo tendo em conta a sua disponibilidade para continuar, como disse publicamente, e as palavras de Luís Montenegro na Herdade do Chão da Lagoa, segundo as quais Centeno “reúne todas as condições” para continuar. Em conflito aberto com Joaquim Miranda Sarmento — foram várias as intervenções públicas críticas da gestão orçamental do atual ministro, e até passou a assinar uma análise económica anual, paralela à do próprio banco central –, Centeno tem guia de marcha certo. As eleições antecipadas criaram um certo suspense sobre o que poderia suceder, mas a AD reforçou a votação e mudança tornou-se inevitável.

O mandato de cinco anos terminou este sábado, e o primeiro-ministro já confirmou que na próxima quinta-feira vai anunciar o nome do governador para os próximos cinco anos. Mas este sucessor — Álvaro Santos Pereira será um dos nomes mais fortes, depois das recusas de Ricardo Reis, Sérgio Rebelo e Vítor Gaspar — tem pelo menos uma herança que lhe será deixada por Centeno. O ainda governador comunicou internamente, por uma rede de intranet, as diversas deliberações do conselho de administração da semana passada, que reúne à quinta-feira: No subtítulo “Consultores e cargos de direção“, Centeno comunica de forma singela, e sem mais informação: “Renovação do mandato de Álvaro Novo como diretor do GAB“. Não é especificado naquela comunicação, mas o mandato foi renovado por cinco anos.

Questionada oficialmente, fonte oficial do Banco de Portugal limitou-se a uma resposta única: “Foram seguidas as regras existentes no Banco de Portugal relativamente à gestão interna dos seus recursos“, o que parece indiciar que o mesmo poderá ter sido seguido por anteriores governadores, mas sem esclarecer quaisquer das perguntas detalhadas do ECO. Quais foram?

  1. O conselho de administração do Banco de Portugal renovou o mandato de Álvaro Novo como diretor do GAB, um departamento de apoio direto do governador, na última semana de mandato de Mário Centeno. Qual é a razão desta decisão?
  2. Álvaro Novo é quadro do Banco de Portugal? Se sim, porque é que não regressou a função de origem, tendo em conta a natureza do GAB?
  3. Qual é o período para o novo mandato?
  4. Qual é o valor de salário de Álvaro Novo?
  5. Se o novo governador decidir cessar funções do diretor do GAB, há lugar a alguma indemnização a pagar a Álvaro Novo? Se sim, qual é o montante dessa indemnização?
  6. Na mesma reunião, o conselho aprovou a promoção de Rita Poiares como diretora adjunta do DDE (Departamento de Estatísticas) com efeitos a partir de 1 de outubro. Tendo em conta este calendário, e a saída anunciada de Mário Centeno, qual a razão para não ser o novo governador a tomar essa decisão?

A comunicação interna foi feita logo depois da reunião de conselho. O que é o GAB? É o “Gabinete do Governador (GAB)”, lê-se na página oficial do Banco de Portugal”. “O GAB presta apoio de natureza técnica ao Governador. É o interlocutor do Banco de Portugal para as relações institucionais com o Governo e outras instituições“. Na prática, é o gabinete de consultoria pessoal do governador, é aliás assim que aparece no organograma, é na prática o chefe de gabinete, representa o governador nas relações com entidades externas, é, portanto, uma figura necessariamente de confiança. Nesta função, Novo ganhará cerca de 12 mil euros por mês, brutos, aos quais se somam o fundo de pensões e viatura.

Quem é Álvaro Novo? Técnico-consultor do Banco de Portugal desde 2001, licenciou-se em Economia pela Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, em 1995. Desenvolveu posteriormente estudos nos Estados Unidos: é mestre em Economia (Southern Illinois University) e em Estatística Aplicada (University of Illinois, Urbana-Champaign) e conta ainda com um doutoramento em Economia (University of Illinois, Urbana-Champaign). Em 2013, escreveu em conjunto com Centeno o ensaio “O Trabalho, uma visão de mercado”, da Fundação Francisco Manuel dos Santos.

A renovação das funções de Álvaro Novo não foi a única decisão de recursos humanos tomada pelo conselho de administração do Banco de Portugal na última semana de mandato de Centeno. “Despediu” o diretor-adjunto do Departamento de Estatística (DDE), Luís Teles Dias, e promoveu Rita Poiares para as mesmas funções, mas com efeito apenas a partir do próximo dia 1 de outubro, portanto com mais de dois meses de antecedência.

O DDE “tem por missão essencial a elaboração e divulgação das Estatísticas Monetárias e Financeiras, das Estatísticas da Balança de Pagamentos, das Contas Nacionais Financeiras e a gestão das Centrais de Balanços e de Responsabilidades de Crédito“, lê-se na página oficial do banco central.

Rita Poiares é mulher de Ricardo Mourinho Félix, ele próprio antigo secretário de Estado de Centeno no Ministério das Finanças e que, depois de regressar do BEI, foi também promovido a diretor de um departamento criado à medida, para as relações internacionais e cooperação, como se lê no Linkedin do economista, E este departamento, curiosamente, surge, funcionalmente, entre o conselho de administração e a Secretaria Geral, ao lado do Encarregado/Gabinete de Proteção de Dados, e não na lista de todos os outros departamentos do banco.

Economista, Rita Poiares é, desde 2015, coordenadora do núcleo de contas nacionais financeiras no Departamento de Estatística do Banco de Portugal. É licenciada em economia pela Universidade Católica e concluiu a parte escolar do mestrado em economia monetária no ISEG.

Apesar da resposta oficial do Banco de Portugal, segundo a qual foram seguidas as regras de gestão de recursos humanos da instituição, indiciando que haverá casos semelhantes no passado, as duas nomeações, por razões diferentes, causaram desconforto no Banco de Portugal. Por um lado, Álvaro Novo tem uma função, a de diretor do GAB, que é de confiança pessoal e profissional do governador em funções e por isso mesmo, escolhido pelo próprio, por outro lado, Rita Poiares é nomeada já para uma função que só se iniciará em outubro, o que, consideram duas fontes do banco que pediram o anonimato, deveria ser uma escolha do conselho com o novo governador em funções.

Uma terceira fonte do ECO apontou outra explicação para a renovação do mandato de Álvaro Novo como diretor do Gabinete do Governador. “Ao ser reconduzido para um segundo mandato, de acordo com as regras do Fundo de Pensões, poderá passar a ter direito a reforma sobre as componentes que só são pagas aos diretores”, e que representarão, em média, um aumento de 50% no salário mensal. No primeiro mandato com o estatuto de Diretor, essas componentes não serão tidas em conta na pensão.

(Noticia atualizada às 10h00 com a informação de que o departamento de relações internacionais e cooperação aparece no organograma diretamente dependente do conselho de administração e não na lista geral de todos os outros departamentos)

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Carneiro quer continuidade de Centeno no Banco de Portugal

  • Lusa
  • 20 Julho 2025

O secretário-geral do PS considera que, na escolha do governador do Banco de Portugal (BdP), "o que deve imperar é o interesse nacional" e lembrou qu Centeno tem prestígio nacional e internacional.

O secretário-geral do PS considera que na escolha para o cargo de governador do Banco de Portugal (BdP) “o que deve imperar é o interesse nacional” e lembrou que Mário Centeno tem prestígio nacional e internacional. “Nestas matérias, como ocorre com o governador do BdP, o que deve imperar é o interesse nacional“, disse José Luís Carneiro, em Guimarães, no distrito de Braga.

Aos jornalistas, à entrada para a apresentação da Comissão de Honra da candidatura de Ricardo Costa à presidência da Câmara Municipal de Guimarães, o secretário-geral do PS centrou as suas declarações na importância do crescimento da economia, evitando comentar polémicas nacionais, mas sobre a escolha do governador do BdP disse que “o estatuto de Mário Centeno deve ser aproveitado“.

“Vamos aguardar pela decisão do Governo. É evidente que o doutor Mário Centeno tem um prestígio no país e tem um prestígio internacional (…). Este estatuto deve, do meu ponto de vista, ser aproveitado pelo país. Não aproveitar este estatuto, este prestígio, significa não defender convenientemente o interesse do nosso país”, referiu.

José Luís Carneiro recordou que “Mário Centeno é dos ex-ministros das Finanças e dos responsáveis máximos dos bancos centrais mais respeitados na Europa“, razão pela qual considerou que se deve “ter a capacidade para reconhecer o valor dos outros, independentemente de serem do nosso partido ou não“.

“Por exemplo, hoje aqui nesta cerimónia, uma grande percentagem das pessoas que aqui se encontram são empresários que não são do Partido Socialista. Votam muitas vezes no PSD, votam no CDS, temos aliás pessoas da Comissão de Honra que foram do CDS. O que é que isto significa? Quando colocamos o interesse das pessoas, o interesse de uma região, o interesse de um país à frente dos interesses partidários, a isso se chama o interesse nacional”, concluiu.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, recorde-se, assegurou que o Governo vai indicar o nome do novo governador do Banco de Portugal após a reunião do Conselho de Ministros de quinta-feira. “Durante a próxima semana, nós tomaremos essa posição e, portanto, no Conselho de Ministros de quinta-feira anunciaremos a nossa posição“, disse.

Luís Montenegro falava aos jornalistas à chegada à Herdade do Chão da Lagoa, localizada nas montanhas sobranceiras ao Funchal, onde hoje decorreu a festa anual do PSD/Madeira, considerado o maior evento partidário organizado na região, com a presença de milhares de pessoas.

O mandato de Mário Centeno enquanto governador do BdP terminou, mas o economista e ex-ministro do PS já se mostrou disponível para continuar mais um mandato à frente do banco central.

O primeiro-ministro não indicou qualquer nome para suceder a Centeno, mas, questionado sobre o perfil para o cargo, sublinhou que “o perfil do governador do Banco de Portugal não muda com o tempo”.

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Miguel Albuquerque anuncia proposta de revisão constitucional

  • Lusa
  • 20 Julho 2025

O presidente do Governo da Madeira e líder do PSD regional, Miguel Albuquerque, afirmou perante o primeiro-ministro, que os madeirenses estão fartos de ser renegados pela República.

O presidente do Governo da Madeira e líder do PSD regional, Miguel Albuquerque, afirmou, perante o primeiro-ministro, que os madeirenses estão fartos de ser renegados pela República e anunciou um projeto de revisão constitucional. “Eu estou aqui hoje, cara a cara com o nosso primeiro-ministro, para lhe dizer, perante todos vós, que confio na palavra dele. Nunca me enganou. Mas é fundamental passarmos das palavras à ação. Vamos para a frente, repor a justiça para com os madeirenses”, afirmou.

Miguel Albuquerque falava na festa do PSD/Madeira, na Herdade do Chão da Lagoa, nas montanhas sobranceiras ao Funchal, considerado o maior evento partidário organizado na região, com a presença de milhares de pessoas, onde discursou depois de Luís Montenegro. “Temos de ter, neste momento, a capacidade de nos livrarmos das grilhetas do território continental“, disse, vincando que o PSD quer ver reforçada a capacidade de a região autónoma “decidir democraticamente” o seu projeto e o seu futuro.

Além de reafirmar a importância da revisão da lei das finanças regionais e resolução de vários dossiês pendentes com a República, o líder social-democrata madeirense anunciou que vai liderar um projeto de revisão constitucional para “libertar a região das grilhetas do centralismo”. “Eu, pessoalmente, vou liderar um grupo de trabalho para apresentar um projeto de revisão constitucional para finalmente a Madeira ter direito a um futuro de liberdade e desenvolvimento“, disse, reforçando: “Nós não podemos ficar atolados, nós não podemos ficar com as grilhetas do centralismo.”

Miguel Albuquerque considerou que, atualmente, a Constituição, as decisões do Tribunal Constitucional, bem como um “conjunto de palermices da lei da República”, só servem para “bloquear e criar dificuldades” no desenvolvimento da Madeira.

Por outro lado, Albuquerque disse ser fundamental que o primeiro-ministro e o seu executivo cumpram com os compromissos já assumidos com a região autónoma, vincando que “os madeirenses estão fartos de ser renegados pela República e a República tem que assumir as suas responsabilidades”.

É fundamental que o Estado, no quadro da Constituição, assuma os sobrecustos da ultraperiferia e insularidade“, disse, acrescentando: “Não é nenhum favor que a República e o Estado português nos faz. É uma obrigação para com os portugueses das ilhas“.

O chefe do executivo regional realçou que os madeirenses são “cidadãos de primeira” e lembrou que a região sinaliza um crescimento económico há 49 meses consecutivos, garantindo que o partido, que governa a região desde 1976, vai continuar a liderar o arquipélago no “caminho do progresso”.

Miguel Albuquerque sublinhou, por outro lado, que o objetivo do PSD nas eleições autárquicas de 12 de outubro é ganhar nos 11 municípios que compõem a região autónoma, e apresentou no palco da Herdado do Chão da Lagoa os 11 cabeças de lista.

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Montenegro diz que o Governo não tem “fantasmas” e critica quem procura descobrir perturbações

  • Lusa
  • 20 Julho 2025

O primeiro-ministro disse que não há "fantasmas" no governo e criticou os que "andam permanentemente a tentar descobrir perturbações", vincando que pretende apenas resolver os problemas das pessoas.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, disse que não há “fantasmas” no seu governo e criticou os que “andam permanentemente a tentar descobrir perturbações”, vincando que o executivo pretende apenas resolver os problemas das pessoas. “Nós não estamos no Governo para nos distrairmos com aquilo que os outros andam a dizer, com aquilo que os outros andam permanentemente a tentar descobrir como perturbações, como fantasmas nas vidas de todos nós“, avisou, reforçando: “Nós não temos fantasmas no nosso Governo. Nós temos pessoas. Nós temos problemas e queremos resolver.”

O primeiro-ministro e líder do PSD falava na festa anual da estrutura social-democrata da Madeira, na Herdade do Chão da Lagoa, localizada nas montanhas sobranceiras ao Funchal, considerado o maior evento partidário organizado na região, com a presença de milhares de pessoas e de todos os dirigentes regionais. “Nós não estamos no Governo à espera de descobrir papões, estamos no Governo para encontrar soluções para os problemas das pessoas”, afirmou.

Na sua intervenção, Luís Montenegro pediu confiança no projeto governamental, sublinhando que o executivo da AD vai continuar a criar mais riqueza, porque “a melhor maneira de combater a pobreza é criando riqueza”. “Precisamos de ter bons recursos humanos […] e precisamos também atrair e integrar bem os nossos imigrantes“, alertou, para logo atacar os críticos das políticas de imigração promovidas pelo executivo.

“Quando os outros olham para nós e veem que uma política de regulação e dignificação da imigração para eles significa ódio, eles não sabem a realidade que têm pela frente”, disse, reforçando: “E eles, que não sabem a realidade que têm pela frente, mostram que não estão ao nível de ter responsabilidade de governo em Portugal.”

Luís Montenegro considerou que a festa do PSD na Herdade do Chão da Lagoa é “única em Portugal”, vincando que se trata de um grande encontro da “família social-democrata” e uma “celebração da portugalidade”. “Nós, no PSD nacional, temos muito orgulho no PSD/Madeira e no que fez nos últimos 50 anos”, disse.

O primeiro-ministro prometeu, por outro lado, solução para alguns dos dossiês pendentes entre a República e região autónoma, liderada pelo PSD desde 1976, nomeadamente a revisão da lei das finanças regionais. “O Governo da República está empenhado em poder, com as regiões autónomas, trabalhar para termos uma lei de finanças regionais que dê previsibilidade e sustentabilidade às finanças regionais, para que haja condições de servir o povo das regiões autónomas“, disse.

O primeiro-ministro assegurou que o executivo nacional vai também continuar a cofinanciar o novo Hospital Central e Universitário do Funchal, uma maiores obras públicas do país atualmente em curso, orçada em mais de 340 milhões de euros.

Também garantiu que o executivo vai criar condições colocar em funcionamento uma plataforma digital para processar o reembolso do subsídio social de mobilidade.

Luís Montenegro sublinhou que o executivo PSD/CDS-PP é de “inspiração social-democrata” e “não deixa ninguém para trás”, apontando como exemplo a redução de impostos e o suplemento para os pensionistas. “A intenção do executivo não é eleitoralista, mas de justiça social”, argumentou.

 

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PCP pediu audiência ao Presidente da República sobre situação do país “preso por arames”

  • ECO
  • 20 Julho 2025

O secretário-geral do PCP criticou as prioridades do Governo quando problemas como os da saúde se agravam e disse que pediu uma audiência a Marcelo para falar sobre o país "preso por arames".

O secretário-geral do PCP criticou as prioridades do Governo quando problemas como os da saúde se agravam e disse que pediu uma audiência ao Presidente da República para falar sobre o país “preso por arames”. “Acabámos de ter o debate do Estado da Nação há poucos dias e ficou muito claro qual é o estado em que estamos, de um país preso por arames (…) Nesse quadro entendemos que tinha interesse um encontro com o senhor Presidente sobre a situação geral do país“, afirmou Paulo Raimundo aos jornalistas à margem de uma iniciativa da Juventude Comunista Portuguesa na Amora (município do Seixal).

Questionado sobre se abordará a lei dos estrangeiros, Raimundo disse que esse será um tema em conjunto com outros, destacando a saúde e recordando as urgências fechadas. “Hoje [domingo] estão sete urgências fechadas e a primeira coisa que o Governo decidiu fazer, na primeira oportunidade que teve, foi avançar com a lei da nacionalidade“, disse o líder do Partido Comunista Português (PCP), para quem a “prioridade do país está muito longe” dessa.

Questionado sobre a criação da Unidade de Coordenação para Emergências Hospitalares – que o Governo (PSD/CDS-PP) disse que vai avançar aproveitando uma ideia do PS -, Raimundo disse que pode ser importante mas que o que falta são medidas estruturais e que segue em curso “o processo de desmantelamento do Serviço Nacional de Saúde“. “O problema não é da coordenação, o problema é a falta de médicos, enfermeiros e técnicos“, vincou.

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Corretora Verspieren compra mediadora exclusiva Generali Tranquilidade

  • ECO Seguros
  • 20 Julho 2025

A corretora continua as aquisições com a Prova Distinta, uma mediadora exclusiva Generali Tranquilidade com sede na Maia. Os sócios Camilo Gonçalves, Hugo Campos e Luis Brito, transitam para a VCS.

A Vespieren Portugal (VCS) concluiu a aquisição de 100% do capital da Prova Distinta – Sociedade de Mediação de Seguros. A operação insere-se na estratégia de crescimento da corretora em Portugal, “reforçando a sua presença no território nacional e consolidando a aposta na proximidade, especialização e excelência técnica”, comentou a VCS.

Dia da assinatura da compra: Hugo Campos (Prova Distinta), Rogério Dias (CEO da VCS), Luis Brito (Prova Distinta), Anabela Azevedo (CFO da VCS), Camilo Gonçalves (Prova Distinta) e Paulo Almeida (Diretor Comercial Norte da VCS).

Fundada em abril de 2009, a Prova Distinta é uma mediadora exclusiva Generali Tranquilidade, tem sede na Maia, contando com uma loja na Faculdade de Medicina do Hospital de São João no Porto, onde foca nos profissionais e empresas de Saúde e ainda tem presença em São João de Madeira, na Sanjotec. Com uma carteira superior a 2,5 milhões de euros em prémios e mais de 3.000 clientes ativos, a empresa apresenta uma distribuição equilibrada entre os ramos Vida (cerca de 350 mil euros) e Não Vida (cerca de 2,2 milhões de euros), com menos de 50% da carteira concentrada nos segmentos de Automóvel e Acidentes de Trabalho.

A equipa, composta por seis profissionais, transita agora para a estrutura da Verspieren Portugal. Camilo Gonçalves, Hugo Campos e Luis Brito, anteriores sócios da empresa têm agora “um papel chave no desenvolvimento comercial da VCS, com foco em produtos estratégicos, suportados pela equipa existente, estratégia que a VCS tem seguido com a manutenção dos quadros de todas as sociedades adquiridas”, refere a VCS. Em 2023 a mediadora obteve cerca de 433 mil euros de faturação, um EBITDA de 42 mil e resultados líquidos de 17,5 mil euros.

Para Paulo Ferreira Almeida, Diretor Comercial Norte da Verspieren Portugal, “esta aquisição é um passo firme no reforço do nosso compromisso com a excelência”, concluindo que “esta união permitirá fortalecer a nossa presença em segmentos específicos, com soluções mais ajustadas, mais humanas e sempre orientadas para o cliente.”

No fim do primeiro semestre deste ano a VCS anunciou performances de crescimento superiores a 30%, contando já com 30 lojas próprias e mais de 100 colaboradores, trabalhando já em estreita colaboração com a Frank, nomeadamente “na melhoria de todos os processos administrativos na interação com o cliente de A a Z, e a selecionar outras empresas disruptivas que reforcem o posicionamento diferenciador”.

A VCS, que entretanto terminou o processo da sua penúltima aquisição, da mediadora Postura Distinta, iniciou este ano o processo de remodelação de todos os seus escritórios, contando com a colaboração do gabinete de arquitetura GRCA, procurando “criar um ambiente de loja confortável para colaboradores e clientes, visando transmitir a confiança e o profissionalismo do Grupo Verspieren”, conclui a corretora.

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