Católica vai dar formação a trabalhadores do Bankinter

Parceria entre Católica e Bankinter vai facilitar até ao fim do ano acesso dos trabalhadores do banco a formação executiva.

A Católica Lisbon School of Business and Economics e o Bankinter Portugal fecharam uma parceria este mês, que vai garantir aos trabalhadores do banco acesso a formação executiva.

“A parceria vai permitir, até ao final do ano, facilitar o acesso a programas de inscrição aberta da Formação de Executivos da Católica-Lisbon, considerada pelo ranking de 2024 do Financial Times Executive Education como a 27.ª melhor escola da Europa nesta tipologia de programas”, anunciou a escola de negócios, numa nota enviada às redações.

Ao abrigo deste protocolo, os trabalhadores poderão escolher “os programas que melhor se adequem às suas necessidades e aspirações“, é referido em comunicado.

Para Nuno Moreira da Cruz, dean para a formação de executivos da referida escola, sublinha que “a formação executiva é uma extensão da estratégia corporativa que oferece soluções práticas e personalizadas para alcançar os objetivos de negócio“, pelo que “apostar na capacitação dos colaboradores é investir no futuro”, defende o responsável.

“Esta parceria reforça o nosso compromisso com a valorização dos nossos colaboradores, proporcionando-lhes acesso a formação de excelência que complementa o nosso plano anual”, afirma, por sua vez, Pedro Ervilha, diretor financeiro, gestão de pessoas e comunicação do Bankinter em Portugal.

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📹 Como a Europa se quer tornar líder em Inteligência Artificial

  • ECO
  • 19 Abril 2025

A Comissão Europeia apresentou um Plano de Ação para a Inteligência Artificial. Veja o resumo em cinco pontos essenciais.

Fábricas de IA; grandes quantidades de dados; disponibilidade e partilha de conhecimento; IA para cidadãos e um calendário muito mais rápido do que imagina. Estas são as cinco coisas que precisa de saber sobre o Plano de Ação da IA da Comissão Europeia.

Veja o vídeo.

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Ucrânia nega que acordo sobre recursos minerais reconheça apoio dos EUA como dívida

  • Lusa
  • 19 Abril 2025

Vice-ministro da Economia ucraniano realça que "não há qualquer conversa sobre qualquer nova dívida ou sobre a conversão de ajuda anterior em dívida".

O Ministério da Economia ucraniano negou hoje que o acordo sobre recursos minerais que Kiev e os EUA querem fechar antes de 26 de abril reconheça o apoio de Washington como uma dívida do país atacado pela Rússia.

Não há qualquer conversa sobre qualquer nova dívida ou sobre a conversão de ajuda anterior em dívida“, uma vez que “não há lógica de ‘dívida’ nas propostas dos EUA ou da Ucrânia”, garantiu o vice-ministro da Economia ucraniano, Taras Kachka, em declarações à televisão ucraniana, noticiadas pela agência de notícias local Ukrinform.

No texto que está a ser tratado por responsáveis da administração Trump e do poder executivo liderado por Volodymyr Zelensky, “trata-se de quanto os Estados Unidos e a Ucrânia querem ganhar com investimentos“, acrescentou o responsável governamental ucraniano.

Segundo Kachka, tanto americanos como ucranianos entendem que o apoio a Kiev contra a Rússia “não é uma dívida, mas sim uma cooperação mutuamente benéfica”.

Na quinta-feira, soube-se que a Ucrânia e os Estados Unidos assinaram um memorando no qual Kiev e Washington aproximaram as suas posições e onde está expresso que os dois países querem criar “um fundo de investimento para a reconstrução”, como parte de uma aliança económica entre as duas nações.

“Este fundo, como instrumento financeiro, terá o direito privilegiado de investir numa vasta gama de instalações na Ucrânia, assim que surgirem oportunidades”, acrescentou hoje Taras Kachka. “Em primeiro lugar, estamos a falar de minerais, mas também estamos interessados em investimentos americanos em infraestruturas: estradas, portos, energia“, detalhou.

De acordo com o responsável, que também desempenha as funções de representante comercial da Ucrânia, uma delegação ucraniana chegará a Washington na próxima quinta-feira para discutir o acordo.

O objetivo da viagem é concluir as discussões técnicas sobre o fundo de investimento para a reconstrução da Ucrânia, que será estabelecido no âmbito do acordo.

As equipas de negociação devem reportar o seu progresso até 26 de abril, com a intenção de “concluir as negociações até essa data e assinar o acordo o mais rapidamente possível”, de acordo com o texto do memorando.

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Vladimir Putin anuncia “trégua de Páscoa” na guerra na Ucrânia

Putin anunciou "trégua de Páscoa" no conflito com a Ucrânia. Já Zelensky realçou, entretanto, que os drones russos que continuam nos céus do país invadido mostram a verdadeira atitude de Moscovo.

O Presidente russo, Vladimir Putin, anunciou este sábado que “tréguas de Páscoa” no conflito com a Ucrânia, segundo avança a Reuters. Isto um dia depois de os Estados Unidos terem ameaçado abandonar os esforços para a paz no leste europeu.

Entretanto, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, já assinalou que os drones russos que se mantêm nos céus do país invadido revelam a verdadeira atitude de Moscovo. O responsável atirou ainda que a trégua proposta por Vladimir Putin “é mais uma tentativa de brincar com vidas humanas“.

De acordo com a referida agência, em causa está um cessar-fogo unilateral (isto é, não resulta de qualquer acordo com a Ucrânia), tendo Vladimir Putin ordenado que as forças russas suspendam os ataques entre as 18h00 russas deste sábado (16h00 de Lisboa) e a meia-noite de domingo (22h00 de Lisboa).

“Guiado por considerações humanitárias, o lado russo anuncia uma trégua de Páscoa. Ordeno a interrupção de todas as ações militares durante este período“, indicou Vladimir Putin ao líder do exército russo, numa reunião no Kremlin, de acordo com a Reuters.

Assumimos que a Ucrânia seguirá o exemplo. Ao mesmo tempo, as nossas tropas devem estar preparadas para repelir possíveis violações da trégua e provocações pelo inimigo“, acrescentou o Presidente russo.

Segundo a agência mencionada, entretanto, Volodymyr Zelenskiy realçou que a Força Aérea ucraniana tem estado a repelir este sábado ataques de drones russos, salientando que tal mostra a verdadeira atitude de Moscovo face à Páscoa e às vidas das pessoas.

Por outro lado, a Rússia informou este sábado que, “como gesto de boa vontade”, 31 prisioneiros de guerra ucranianos feridos foram transferidos em troca de 15 soldados russos também feridos. Já o Presidente ucraniano indicou que 277 “guerreiros ucranianos regressaram a casa do cativeiro russo”, numa troca de prisioneiros com a Rússia mediada pelos Emirados Árabes Unidos.

A trégua anunciada pela Rússia acontece um dia depois de o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, ter avisado que os Estados Unidos podem abandonar os esforços para um acordo de paz, se não houver progressos nos próximos dias. “Temos de determinar nos próximos dias se [a paz] é viável ou não” e, “se não for possível, temos de passar a outra coisa”, porque “os Estados Unidos têm outras prioridades”, declarou.

Na mesma linha, o Presidente dos Estados Unidos sugeriu, também na sexta-feira, que pode abandonar as negociações com Moscovo e Kiev sobre o conflito na Ucrânia “muito em breve”, se não houver progressos. “Se por algum motivo algum dos lados tornar as coisas demasiado difíceis, diremos apenas: ‘vocês são estúpidos, vocês são idiotas, vocês são pessoas horríveis’, e seguiremos em frente“, assinalou Donald Trump, ainda que tenha acrescentado: “mas espero que não tenhamos de fazer isso“.

Entretanto, a Bloomberg avançou que, num esforço para alcançar a paz no leste europeu, os Estados Unidos estão abertos a reconhecer a Crimeia como território russo.

A Crimeia foi tomada pela Rússia em 2014, na sequência de uma invasão, e a comunidade internacional tem resistido a reconhecer essa região como território russo, de modo a evitar legitimar a anexação que considera ilegal. Por sua vez, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, já deixou claro várias vezes que a Ucrânia não cederá nenhuma parte do território à Rússia, como via para alcançar um acordo de paz.

Segundo a Bloomberg, outra das condições previstas na proposta colocada em cima da mesa pelos Estados Unidos é o alívio das sanções que estão, neste momento, impostas à Rússia, bem como a garantia de que a Ucrânia não se juntará à NATO.

Desde que tomou posse, em janeiro, como Presidente dos Estados Unidos tem tentado obter um cessar-fogo rápido na Ucrânia, mas as negociações, até ao momento, não têm sido frutíferas. A guerra na Ucrânia já dura há mais de três anos.

(Notícia atualizada às 16h45 com reação do Presidente da Ucrânia)

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ECO Quiz. Exportações, qualificações e “via verde” da imigração

  • Tiago Lopes
  • 19 Abril 2025

Agora que termina mais uma semana, chegou a altura de testar o seu conhecimento. Está a par de tudo o que se passou?

Agora que termina mais uma semana, chegou a altura de testar o seu conhecimento. No ano passado, Portugal exportou bens no valor de 5.318 milhões de euros para os EUA. Desse total, 2.365 milhões estão livres das tarifas de 10% aplicadas por Donald Trump.

Mais de um quinto dos diplomados da União Europeia tem qualificações a mais para os empregos que exercem, de acordo com os dados divulgados na passada terça-feira pelo Eurostat. Ainda assim, em Portugal, esse desajuste é menos expressivo.

O ECO publica todas as semanas um quiz, que desafia a sua atenção. Tem a certeza que está a par de tudo o que se passou durante a semana? Teste o seu conhecimento.

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Guerra comercial. Volvo Trucks planeia cortar até 800 empregos nos EUA

Volvo Trucks está a planear cortar 800 empregos na Pensilvânia, Virgínia e Maryland, numa altura em que, por efeito das tarifas de Donald Trump, a incerteza domina o mercado.

A fabricante Volvo Trucks está a planear cortar até 800 postos de trabalho em três das suas instalações nos Estados Unidos nos próximos três meses, avança a Reuters. Isto numa altura em que a incerteza domina o mercado por efeito das tarifas que o Presidente norte-americano, Donald Trump, tem anunciado contra vários países.

De acordo com a Reuters, que cita um porta-voz da Volvo, a fabricante automóvel já deu nota dos referidos despedimentos aos trabalhadores das suas instalações na Pensilvânia, Virgínia e Maryland.

No total, a Volvo Trucks emprega hoje quase 20 mil pessoas na América do Norte. A guerra comercial que tem sido promovida por Donald Trump está a minar a confiança dos consumidores e dos empresários, e é um dos motivos para os despedimentos agora anunciados pela empresa sueca.

“As encomendas de camiões pesados estão a ser afetadas de forma negativa pela incerteza do mercado quando às taxas de transporte e à procura, pelas possíveis mudanças na regulação e pelas tarifas“, sublinha o já mencionado porta-voz. “Lamentamos ter de tomar esta decisão, mas temos de alinhar a produção com a procura diminuída de veículos“, detalha a mesma fonte.

(Notícia corrigida, depois de clarificar que está em causa a Volvo Trucks. Pelo erro pedimos desculpas aos leitores)

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Partidos esperam campanha mais barata do que em 2024, mas Chega dobra orçamento

  • Lusa
  • 19 Abril 2025

Maioria dos partidos estão a apostar numa redução dos custos da campanha face a 2024, mas Chega é exceção. Mais do que duplica o seu orçamento eleitoral.

Os partidos políticos apostam, na campanha para as legislativas de maio, numa clara redução dos gastos face ao ano passado, com a exceção do Chega, que, depois de crescer para 50 deputados, mais do que duplica o seu orçamento eleitoral.

Com duas campanhas em pouco mais de um ano, a tendência entre os partidos é de contenção de custos e poupança em relação a 2024. No total, os partidos preveem gastar 8,45 milhões de euros nesta campanha e, entre os que já têm representação parlamentar, a diferença é de mais de dois milhões de euros em comparação ao que foi efetivamente gasto em 2024.

Ainda assim, o valor orçamentado pelos partidos parlamentares para este ano supera ligeiramente os 7,98 milhões que tinham sido previstos no ano passado, revelando que a intenção de conter custos surge sobretudo após as derrapagens registadas na última campanha.

Os pequenos partidos querem gastar poucos mais de 126 mil euros para tentarem ter votos suficientes para se estrearem no parlamento, com destaque para o JPP, que espera poder financiar a totalidade da campanha com a subvenção estatal – conquistada apenas no caso de eleição de pelo menos um deputado.

Chega mais do que duplica orçamento e é o único que prevê gastar mais

Nesta campanha eleitoral, o Chega prevê gastar 1,6 milhões de euros, mais do dobro dos 700 mil euros orçamentados em 2024. A previsão reparte-se igualmente entre subvenção estatal (800 mil euros) e fundos próprios do partido (também 800 mil euros), e supera até o valor efetivamente gasto pelo partido de André Ventura em 2024, onde os gastos chegaram aos 1,3 milhões.

Além do reforço significativo no orçamento, o Chega contraria a tendência dos restantes partidos e é o único com representação parlamentar a estimar gastar mais do que despendeu nas eleições antecipadas de 2024.

Partidos mais contidos: AD e PS preveem gastar menos 1,9 ME

No sentido contrário, AD e PS, somados, planeiam gastar menos cerca de 1,9 milhões de euros face ao que foi investido na campanha de 2024. A AD – que, desde aí, passou de oposição para coligação de Governo – prevê uma despesa total 2,55 milhões, reduzindo em mais de 700 mil o valor efetivamente gasto em 2024, que ultrapassou os 3,25 milhões de euros.

Os socialistas, que fizeram o caminho inverso e são agora oposição, deixam o posto de partido com maior orçamento, reduzindo o seu investimento em mais de 700 mil euros em relação a 2024. O PS prevê que esta campanha não ultrapasse os 2,25 milhões de euros, e espera financiá-la totalmente através da subvenção estatal.

No total, os partidos representados no parlamento contam investir menos 2,1 milhões do que em 2024, e todos, à exceção do Chega, fazem estimativas inferiores às despesas do ano passado.

AD investe estratégia de comunicação, PS aposta no digital

Para tentar manter-se no poder após o dia 18 de maio, a coligação PSD-CDS investe em força na conceção da campanha, onde se incluem os gastos com agências de comunicação e estudos eleitorais, orçamentando um milhão de euros para esse propósito. Este valor representa um acréscimo de mais 250 mil euros face ao gasto em 2024.

O PS reforça a aposta na propaganda digital e impressa, elevando o investimento nesta rubrica para 420 mil euros, um aumento substancial face aos cerca de 298 mil euros inicialmente previstos na campanha anterior. O partido liderado por Pedro Nuno Santos acabou por gastar mais de 524 mil euros na campanha do ano passado neste tipo de propaganda, e parece agora ajustar as expectativas.

Em contrapartida, os socialistas cortam nas despesas com estruturas físicas, como cartazes e telas, prevendo agora gastar 300 mil euros, menos de metade dos 624 mil euros gastos na campanha anterior.

Liberais lideram na angariação de fundos

A Iniciativa Liberal destaca-se pela aposta na angariação privada de fundos, contando com 75 mil euros oriundos desse tipo de financiamento. Este valor representa cerca de 13% do seu orçamento total, estimado em 575 mil euros, e faz dos liberais o partido parlamentar com maior proporção de financiamento externo ao Estado ou às contas do partido.

A acompanhar a IL no topo da lista dos partidos com maiores angariações de fundo estão a AD e, curiosamente, dois partidos sem assento parlamentar: a Nova Direita e o Ergue-te. A AD conta com 25 mil euros de angariações de fundos, a Nova Direita, liderada por Ossanda Liber, com 30 mil euros e o Ergue-te com 15 mil.

À esquerda, PCP e BE são os únicos dois partidos com representação parlamentar a contar com dinheiro recolhido em angariação de fundos. Os comunistas contam investir, desse parâmetro, 10 mil euros e os bloquistas 5 mil.

Esquerda poupada, com PCP e BE a abdicar de investimento na estratégia

A CDU (PCP/PEV/ID) e o Bloco de Esquerda partilham nesta campanha uma estratégia comum de contenção orçamental, cortando face às campanhas anteriores. A CDU prevê gastar 595 mil euros, menos cerca de 190 mil euros do que o valor inicialmente previsto nas legislativas de 2024 e menos 61 mil do que foi efetivamente gasto no ano passado.

O Bloco de Esquerda segue também uma linha de poupança, prevendo agora investir pouco mais de 460 mil euros, uma redução superior a 48 mil euros face ao orçamento de 2024, quando estimava gastar 508 mil euros.

Tal como a CDU, os bloquistas abdicam de despesas conceção da campanha, agências de comunicação e estudos de mercado, apostando sobretudo em propaganda digital, comícios e cartazes.

Já o Livre prevê investir 150 mil euros, valor quase idêntico aos 151 mil euros gastos efetivamente em 2024, e o PAN reduz o orçamento em relação à última campanha, estimando gastar 150 mil euros, menos 23,5 mil euros do que em 2024.

JPP com expectativas de eleger, PTP é o mais poupado

O Juntos pelo Povo (JPP), que vem de um segundo lugar nas eleições regionais da Madeira, estima gastar 55 mil euros na campanha eleitoral e prevê financiar integralmente este valor com a subvenção estatal, verba apenas garantida com a eleição de pelo menos um deputado à Assembleia da República, o que indica que o partido espera replicar o bom resultado conseguido na Madeira e estrear-se no parlamento nacional.

Entre todos os partidos que apresentaram contas de campanha, o Partido Trabalhista Português (PTP) destaca-se como o mais poupado nesta campanha. O PTP estima investir apenas 100 euros, integralmente financiados com fundos próprios, o que o torna o partido com menor orçamento declarado nesta corrida eleitoral.

Destaque também para a Nova Direita, que garante ter angariado 30 mil euros com os quais financiará a totalidade da campanha, e o Partido Liberal Social, que investirá 12.500 euros nesta disputa eleitoral, 10 mil dos quais oriundos de fundos próprios. O partido foi fundado este ano por José Cardoso, antigo membro da IL, e vai constar no boletim de voto pela primeira vez.

No total, os partidos sem representação parlamentar planeiam gastar pouco mais de 126 mil euros. O ADN, o Volt Portugal e Nós, Cidadãos! foram os únicos que não entregaram ainda o orçamento de campanha, de acordo com a página do Tribunal Constitucional.

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Estudo indica que 20,4% dos votos nas últimas eleições não elegeram deputados

  • Lusa
  • 19 Abril 2025

Cerca de 1,2 milhões de votos nas últimas eleições legislativas foram "desperdiçados" e não serviram para eleger nenhum deputado, revela novo estudo.

Um estudo indica que cerca de 1,2 milhões de votos nas últimas eleições legislativas foram “desperdiçados” e não serviram para eleger nenhum deputado, correspondendo a 20,4% do total, com os territórios do interior a serem particularmente prejudicados.

Este estudo, intitulado “Os votos sem representatividade”, foi elaborado pelo matemático Henrique Oliveira, do Instituto Superior Técnico (IST), e trata-se de uma atualização de outro estudo que já tinha sido feito a propósito das eleições legislativas de 2024, mas que ainda não tinha contabilizado os votos dos círculos eleitorais da Europa e Fora da Europa.

“Encontrámos 1.263.334 votos sem representatividade no país, somando os restos de todos os círculos eleitorais analisados (sem brancos e nulos). Correspondem a 20,4% dos votos válidos”, lê-se no estudo.

Em declarações à agência Lusa, Henrique Oliveira salientou que as principais conclusões do estudo são que “existe uma grande desigualdade no território e na emigração entre os grandes círculos e os pequenos“.

Uma pessoa que vote em Lisboa quase certamente elegerá um deputado com o seu voto, a não ser que vote num partido muito pequeno. Em Portalegre, só pode eleger duas forças políticas no máximo, tal como [no círculo] Fora da Europa ou da Europa”, referiu.

Segundo o estudo, é nos círculos eleitorais mais pequenos que há uma maior “falta de representatividade”: em Portalegre, por exemplo, 49,5% dos votos válidos nas últimas legislativas não elegeram nenhum mandato, seguindo-se Beja (48,4%), os círculos da Europa (46,8%) e Fora da Europa (45,6%).

Quase metade dos votos de Portalegre não servem para eleger nenhum deputado, ao passo que cerca de 90% dos votos de Lisboa e de 84% no Porto servem para eleger deputados. É uma grande desigualdade territorial: o voto do interior, o voto do emigrante, vale menos do que o voto de Lisboa, Porto, Braga, de todos os grandes círculos”, referiu Henrique Oliveira.

Outra conclusão do estudo, segundo o professor de matemática do IST, é que “os partidos que conseguem capitalizar mais o voto são os grandes partidos — que conseguem ver 90% dos seus votos convertidos em mandatos” –, enquanto os pequenos “não conseguem passar dos 40 a 45%“.

Segundo os dados do estudo, o PAN precisou de 126.805 votos para conseguir obter um mandato parlamentar, enquanto o PS só precisou de 23.237 votos para eleger um deputado – ou seja, como refere Henrique Oliveira, o PAN precisou de “cinco vezes mais votos do que o PS”.

O PS é, de acordo com o estudo, a força política “mais eficiente” em termos de votos, com 92,4% dos votos nos socialistas a converterem-se em mandatos, seguindo pela AD (92%) e o Chega (90,7%).

À Lusa, Henrique Oliveira referiu que esta discrepância entre partidos é inerente ao sistema eleitoral português, que converte votos em mandatos através do método d’Hondt, mas o mesmo não se pode dizer quanto às desigualdades territoriais.

É um défice que existe na democracia portuguesa: o interior já é, muitas vezes, esquecido, e ainda por cima vale menos, em termos democráticos, do que o litoral“, referiu, salientando que há formas de tornar o sistema mais igualitário nessa matéria.

Uma delas é criar um círculo de compensação nacional, o que iria ter um grande inconveniente, que era dificultar muito a criação de maiorias políticas. Outra maneira era agrupar os círculos do interior em grandes círculos — por exemplo, podíamos juntar o Alentejo e o Algarve — que elegeriam nove, dez mandatos“, exemplificou.

Quanto a formas de corrigir desigualdades entre os partidos, Henrique Oliveira deu o exemplo do sistema eleitoral de Israel — que tem um único círculo nacional, o que garante uma maior representatividade –, mas advertiu que teria o inconveniente de tornar “praticamente impossíveis” maiorias absolutas.

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BCE estima que euro digital substitua cinco em cada 10 euros em dinheiro

  • Lusa
  • 19 Abril 2025

o BCE estima que, por cada dez euros digitais emitidos, serão retirados de circulação cinco euros físicos e os depósitos bancários perderão três.

O Banco Central Europeu (BCE) acredita que a adoção do euro digital vai levar à retirada de cinco em cada dez euros físicos em circulação, segundo um relatório hoje divulgado.

Esta é a principal conclusão do último relatório da organização que, ao contrário de outros bancos centrais, como a Reserva Federal (Fed) dos Estados Unidos (EUA), trabalha há anos para implementar este meio de pagamento.

A Fed já se comprometeu a não desenvolver um dólar digital, depois de o Presidente norte-americano, Donald Trump, ter assinado uma ordem executiva que promove as criptomoedas, procurando tornar o país um líder mundial em ativos digitais, ao mesmo tempo que proíbe o estabelecimento de uma moeda digital de banco central (CBDC, na sigla em inglês).

O BCE está a adotar uma abordagem diferente, como sublinhou o membro do Comité Executivo Piero Cipollone esta semana.

A instituição liderada por Christine Lagarde defende o projeto como uma questão de soberania estratégica e apresenta o euro digital como um novo passivo monetário, além das notas e reservas dos bancos comerciais, o que não aumentaria necessariamente os balanços dos bancos centrais.

Os efeitos da emissão de moedas digitais dependerão, não só do seu desenho, mas também do seu apelo aos consumidores, o que exige que os bancos centrais analisem a remuneração, os limites de retenção e os critérios de acesso.

O relatório indica ainda que o impacto líquido da digitalização no tamanho do balanço também pode ser negativo, uma vez que o número de notas em circulação pode diminuir e as características de desenho das CBDC podem limitar a sua adoção como reserva de valor.

Isto implica uma “substituição” de alguns ativos por outros, uma vez que a procura do euro digital levará a uma queda das notas em circulação e dos depósitos bancários, juntamente com um aumento dos ativos no balanço do BCE por outros meios.

A quantidade real de CBDC em circulação na zona euro será determinada pela procura das famílias, tal como a procura das famílias determina a quantidade de notas em circulação.

Com base nesta premissa, o BCE estima que, por cada dez euros digitais emitidos, serão retirados de circulação cinco euros físicos e os depósitos bancários perderão três.

O BCE considerou três cenários possíveis, consoante a procura seja baixa, média ou elevada: no primeiro caso, a descida das notas seria de 15.000 milhões; no segundo, 125.000; e no terceiro, 256.000.

O cálculo do BCE inclui também as moedas, que são quantitativamente muito menos relevantes do que as notas.

Em dezembro de 2023, existiam 1.567.200 milhões de euros em notas e 33.500 milhões de euros em moedas denominadas em euros em circulação, de acordo com as próprias estatísticas da agência.

Entre os principais riscos da adoção do euro digital estão os riscos de reputação e os que decorrem da dependência da nova moeda, com infraestruturas e instalações altamente suscetíveis a ataques cibernéticos.

Neste sentido, o relatório observa que o Banco de Compensações Internacionais lançou o “Projeto Polaris” para apoiar os bancos centrais na conceção, implementação e operação de sistemas CBDC seguros e resilientes, para “mitigar os riscos operacionais, legais e de reputação que enfrentam devido a ciberameaças ou falhas operacionais”.

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Só metade dos estrangeiros que residem em Portugal estão inscritos nos centros de saúde

  • ECO
  • 19 Abril 2025

AIMA estima que haja 1,6 milhões de estrangeiros a residir em Portugal, mas só 882 mil estão inscritos nos cuidados de saúde primários.

Há cerca de 882 mil estrangeiros que residem em Portugal inscritos nos centros de saúde, segundo avança este sábado o Público. No total, o país conta com 1,6 milhões de estrangeiros residentes, o que significa que só metade está inscrita nos cuidados de saúde primários.

De acordo com o jornal, que cita os dados da Administração Central do Sistema de Saúde, dos cerca de 882 mil estrangeiros inscritos nos cuidados de saúde primários, 52.886 não completaram o preenchimento de todos os dados considerados obrigatórios. Ora, a responsabilidade financeira só é assumida pelo Estado quando há registo atualizado no SNS, frisa o Público.

Essa atualização obrigatória está a preocupar o colectivo “Humans Before Borders”, que já apelou a que o Governo não tome “nenhuma decisão administrativa resulte em discriminação ou restrição injustificada ao direito à saúde”.

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EUA abertos a reconhecer Crimeia como território russo em acordo de paz

De acordo com a Bloomberg, os Estados Unidos estão preparados para reconhecer o controlo russo da região da Crimeia, como parte de um acordo para trazer paz à Ucrânia.

Os Estados Unidos estão abertos a reconhecer a Crimeia como território russo, no âmbito de um possível acordo de paz entre a Rússia e a Ucrânia. A notícia é avançada pela Bloomberg (acesso pago), depois de o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, ter avisado que os Estados Unidos podem abandonar os esforços para um acordo de paz, se não houver progresso nos próximos dias.

Desde que tomou posse, em janeiro, como Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem tentado obter um cessar-fogo rápido na Ucrânia, mas as negociações, até ao momento, não têm sido frutíferas, estando agora num impasse.

Tanto que, na sexta-feira, o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, avisou que os Estados Unidos podem abandonar os esforços para um acordo de paz entre a Rússia e a Ucrânia, se não houver progresso nos próximos dias. “Temos de determinar nos próximos dias se [a paz] é viável ou não” e, “se não for possível, temos de passar a outra coisa”, porque “os Estados Unidos têm outras prioridades”, declarou.

Na mesma linha, o Presidente dos Estados Unidos sugeriu, também na sexta-feira, que pode abandonar as negociações com Moscovo e Kiev sobre o conflito na Ucrânia “muito em breve”, se não houver progressos.

“Se por algum motivo algum dos lados tornar as coisas demasiado difíceis, diremos apenas: ‘vocês são estúpidos, vocês são idiotas, vocês são pessoas horríveis’, e seguiremos em frente“, assinalou Donald Trump, ainda que tenha acrescentado: “mas espero que não tenhamos de fazer isso“.

A Bloomberg já tinha avançado que, num esforço para resolver o conflito em curso no leste europeu, os Estados Unidos estão mesmo dispostos a aliviar as sanções impostas à Rússia, sendo que, em troca, as regiões ucranianas hoje sob controlo russo continuariam sob a alçada de Vladimir Putin e a Ucrânia não entraria na NATO.

Agora a agência acrescenta, citando fonte conhecedores das negociações, que os norte-americanos estão mesmo preparados para reconhecer o controlo russo da Crimeia, como parte de um acordo de paz mais amplo entre a Rússia e a Ucrânia. A decisão ainda não está, porém, tomada.

A Crimeia foi tomada pela Rússia em 2014, na sequência de uma invasão, e a comunidade internacional tem resistido a reconhecer essa região como território russo, de modo a evitar legitimar a anexação que considera ilegal.

Por sua vez, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, já deixou claro várias vezes que a Ucrânia não cederá nenhuma parte do território à Rússia, como via para alcançar um acordo de paz.

(Notícia atualizada às 11h48)

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Governo italiano autoriza oferta pública de aquisição do UniCredit sobre o BPM

  • Lusa
  • 19 Abril 2025

A OPA do UniCredit sobre o BPM foi anunciada no início de abril. A operação está prevista para arrancar no próximo dia 28.

O Governo italiano vai permitir que a oferta pública de aquisição (OPA) do Banco BPM pela UniCredit avance, desde que sejam cumpridas algumas condições, de acordo com um comunicado divulgado esta sexta-feira à noite.

Na sequência de uma análise aprofundada, o gabinete da primeira-ministra Giorgia Meloni decidiu “em defesa dos interesses estratégicos e da segurança nacional” colocar algumas condições à aquisição de 13 mil milhões de euros, antes de a autorizar a avançar, informou o Governo italiano, sem fornecer pormenores sobre as condições.

O UniCredit, presidido por Andrea Orcel, lançou a OPA no final do ano passado, desorganizando os planos de Meloni de criar um terceiro grande conglomerado bancário no país, através da fusão do Banco BPM com o Banca Monte dei Paschi di Siena.

As autoridades de Roma deram desde cedo a entender que tinham pouca margem de manobra para bloquear o negócio, apesar de não esconderem uma forte oposição política.

A Itália conclui assim o processo especial que permite às autoridades bloquear ou impor condições a transações que envolvam ativos estratégicos ao abrigo das chamadas regras da “Golden Share”, depois de uma revisão iniciada em janeiro.

O UniCredit revelou, entretanto, que recebeu uma cópia da aprovação. A Itália pode pedir restrições ao negócio do UniCredit na Rússia, para manter estável o rácio empréstimos/depósitos do BPM, bem como para manter os seus níveis de financiamento de projectos, informou a Bloomberg no início desta semana.

“A oferta é aprovada com prescrições”, anunciou o UniCredit através de um comunicado, em que acrescenta que “vai avaliar a viabilidade e o impacto das prescrições sobre a empresa, os seus acionistas e a operação de fusões e aquisições associada, contactando, se necessário, as autoridades competentes”.

Roma autorizou recentemente, sem condições, a oferta pública de aquisição da Mediobanca pelo Banca Monte dei Paschi di Siena e a aquisição da Anima Holding pelo Banco BPM.

A OPA do UniCredit sobre o BPM foi anunciada no início de abril, no mesmo dia em que foi revelada a autorização dada pelo Banco Central Europeu ao Crédit Agricole para comprar 19,9% do BPM, de já era o maior acionista.

A operação está prevista para arrancar no próximo dia 28.

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