Concurso de armazenamento de energia distribui 100 milhões por 41 projetos

As entidades que arrecadaram as maiores quantias de financiamento foram a Revendosol e a Solara4Phase.

O concurso que destinava 100 milhões de euros para o financiamento de projetos de armazenamento de energia já tem projetos vencedores, informa o Ministério do Ambiente e da Energia esta quarta-feira, em comunicado. No total, são 41 os contemplados.

Após a audiência prévia, finalizada em janeiro, e depois de recebidas 79 candidaturas, o ministério divulga os resultados finais, com 41 projetos apoiados para uma a dotação total de 99,75 milhões de euros.

Os projetos aprovados vão permitir a instalação de 500 megawatts (MW) de capacidade de armazenamento de energia, o que o ministério considera que marcará “um avanço significativo na transição energética nacional”.

Este concurso insere-se no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), visando reforçar a flexibilidade e a sustentabilidade do sistema elétrico nacional. Para a Ministra do Ambiente e da Energia, Maria da Graça Carvalho, “o reforço da capacidade de armazenamento é uma componente essencial da transição energética, e irá ajudar o país a reforçar a segurança de abastecimento, enquanto continua o seu percurso de sucesso no domínio das energias renováveis”.

As entidades que arrecadaram as maiores quantias de financiamento, no âmbito do concurso, foram a Revendosol, à qual cabem 14 milhões de euros, e a Solara4Phase, que terá cerca de 16 milhões de euros.

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Vítor Bandeira nomeado CEO da Fidelidade Ímpar e Ilda Deodato vai liderar a GEP

  • ECO Seguros
  • 2 Abril 2025

Vitor Bandeira vai liderar a Fidelidade Ímpar, enquanto Ilda Deodato será CEO da GEP mantendo o cargo de vogal do Conselho de Administração da Garantia Seguros em Cabo Verde.

Ilda Deodato foi nomeada para o cargo de CEO da GEP, empresa do Grupo Fidelidade especializada em peritagens e averiguações para seguros de Automóvel e Propriedade, sucedendo a Vítor Bandeira, que passa a liderar a seguradora Fidelidade Ímpar, em Moçambique.

Vitor Bandeira, depois de estar à frente da GEP em Portugal, será o CEO da Fidelidade Ímpar em Moçambique.

Bandeira sucede a Carlos Leitão na operação em Moçambique onde a Fidelidade está desde 2014, reforçando a sua presença no país em 2021 com a aquisição de 70% do capital da Seguradora Internacional Moçambique, dando origem à Fidelidade Ímpar. Esta última já operava sob a marca “Ímpar” desde 1992 e atua nos ramos Vida e Não Vida, refere a seguradora no seu site.

O novo CEO da Fidelidade em Moçambique é licenciado em Gestão, pós-graduado em Comunicação e Marketing em Risk Management e Peritagens. Há 37 anos no setor segurador, “ao longo do seu percurso profissional, acumulou uma vasta experiência em diversas áreas comerciais e de negócio segurador, destacando-se pelo seu conhecimento estratégico e capacidade de liderança” refere a seguradora.

“A nova equipa da Comissão Executiva dará continuidade ao compromisso da Fidelidade Moçambique com a criação de valor sustentável, a proximidade com os clientes e parceiros, e a promoção de soluções inovadoras e inclusivas para responder aos desafios e oportunidades do setor”, explica a Fidelidade.

Ilda Deodato vai liderar a GEP, deixando o cargo de head of commercial transformation da Fidelidade.

Já à frente da GEP, Ilda Deodato “assume a missão de reforçar o posicionamento da empresa e impulsionar a sua estratégia de crescimento e crescente inovação”, refere a empresa. Antes de ser nomeada para liderar a empresa de peritagens do Grupo Fidelidade desempenhava funções na direção geral comercial da Fidelidade onde liderava a transformação comercial como head of commercial transformation. Paralelamente, mantém o cargo de vogal do Conselho de Administração da Garantia Seguros em Cabo Verde.

“Ao longo da sua carreira, Ilda Deodato destacou-se pela vasta experiência na área comercial e pela liderança de diversos canais e redes de distribuição, trazendo dinamismo estratégico e forte capacidade de adaptação às novas exigências do mercado segurador”, indica a Fidelidade.

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Nasceu um clube em Lisboa para aumentar permutas entre empresas

"Perspetivamos 50 associados no primeiro semestre. Estes acordos permitem às empresas ganharem vendas com as trocas e baixarem custos", diz ao ECO Miguel Pina Martins, colíder com Sara do Ó.

Passes de ginásio para trabalhadores, dispensadores de água ou máquinas de café a troco de publicidade ou serviços de consultoria fazem geralmente parte dos acordos de permutas entre empresas. Aumentar esse género de contratos para reduzir custos operacionais é o desígnio do novo clube que nasceu para empresários em Portugal.

O Clube de Permuta, um fórum empresarial para acordos multilaterais sem transações monetárias, abriu a primeira franquia em Lisboa, depois de se desenvolver a tradicional prática de troca na América Latina e registar mais de 470 milhões de euros em transações entre uma rede de 1.800 empresas associadas no Brasil. Agora na capital portuguesa, o plano é expandir este sistema de troca de produtos e serviços sem necessidade de pagamentos em dinheiro.

Em declarações ao ECO, Miguel Pina Martins, representante do franqueado em Lisboa, adianta que cerca de 40 empresas manifestaram interesse em fazer parte do grupo, encontrando-se no processo de adesão. “Ainda estamos a começar, mas temos perspetivas de chegar aos 50 associados neste primeiro semestre. É perfeitamente possível neste mercado ter 100-200 associados”, afirma o fundador e CEO da Science4you.

“Permite às empresas ganharem vendas, porque trocam umas com as outras, e baixarem custos com entregas de mercadorias. Por exemplo, pagar despesas de contabilidade ou idas a restaurantes com brinquedos. Também dá para oferecer aos filhos dos funcionários no Natal”, diz Miguel Pina Martins, que lidera uma empresa de brinquedos educativos e científicos.

“Dentro de um clube, as empresas podem escolher com quem querem trocar. Daí o principal critério de adesão ser por indicação de outro membro. É importante ter esse nível de confiança e representatividade de setores, como duas gráficas, dois jornais, duas empresas de contabilidade…”, explicou Miguel Pina Martins, que também é presidente da Associação de Marcas de Retalho e Restauração (AMRR).

O Clube de Permuta – que em Portugal também está a ser representado por Sara do Ó, fundadora do grupo Your e da Ó Capital – disponibiliza uma plataforma online onde as empresas podem anunciar produtos e serviços, encontrar parceiros para troca e realizar transações e promove eventos de networking entre os associados para se formarem novas parcerias e oportunidades de negócio.

A entrada do brasileiro Clube da Permuta em Lisboa é a primeira etapa de internacionalização e a porta de entrada para a Europa, segundo o fundador. “A cidade, com a sua economia dinâmica e espírito empreendedor, tem um enorme potencial para o nosso modelo de negócios. Queremos mostrar aos empresários portugueses como a permuta multilateral pode impulsionar os seus resultados e gerar novas oportunidades”, refere Leonardo Bortoletto, numa nota de imprensa.

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Ageas vai ter unidades de saúde próprias, incluindo hospitais

Centros de cuidados médicos, clínicas de diagnóstico e unidades hospitalares estão na mira do CEO Luís Menezes. Faz parte de uma nova estratégia do grupo para aplicar também em Portugal.

O Grupo Ageas Portugal vai começar o novo ciclo estratégico que dura até 2027, com maior investimento no seu ecossistema de saúde. Para além da seguradora Médis e a presença na área dentária com as Clínicas Médis, Luis Menezes, o CEO que há seis meses lidera a Ageas em Portugal, avançou esta quarta-feira ser intenção do grupo uma melhoria da eficiência do grupo para que o negócio segurador volte a superar os resultados de investimentos como fonte de rentabilidade.

Luís Menezes, CEO do Grupo Ageas Portugal, na apresentação da nova estratégia, declarou “estar aberto a todas as possibilidades, desde compra de unidades hospitalares ou centros de diagnóstico e cuidados médicos”.

Neste campo Luís Menezes destacou um forte investimento na saúde como caminho obrigatório, quer melhorar os custos de sinistralidade. Declarou estar aberto a todas as possibilidades, desde compra de unidades hospitalares ou centros de diagnóstico e cuidados médicos, anunciando a próxima aquisição de uma empresa com presença significativa nos serviços de fisioterapia. Nesta área, o grupo já tinha adquirido a One Clinics no ano passado.

Também construir de raiz, à falta de oportunidades de aquisição, é hipótese incluída para o desenvolvimento. Luís Menezes salienta ser este movimento para um melhor controlo da cadeia de valor, quer nos custos com sinistros de saúde quer com Acidentes de Trabalho.

Também no setor automóvel, outra área de elevada sinistralidade, o grupo irá deter oficinas de pequenas reparações e de substituição e reparação de vidro automóvel, e irá manter a Ageas Repara, participada dirigida a reparações de habitações, outro foco de sinistralidade elevada em seguros multiriscos.

A Ageas Repara será mesmo a única diversificação herdada do ciclo estratégico passado a manter-se. A Pétis hoje é só um seguro e a Cleya, destinada a prestar serviços a clientes de elevado valor, foi desativada em 2024.

Para além de melhoria da eficiência, o novo ciclo estratégico “Elevate 27”, estabelecido pelo grupo belga a nível global e também para Portugal, trata a distribuição e as pessoas como temas, mas Luís Menezes destaca “o foco no cliente” como condicionador de todas as decisões: “Queremos liderar em experiência do cliente”.

Seguro Automóvel e imparidades baixaram lucros em 2024

Os resultados líquidos operacionais do grupo em Portugal em 2024 sofreram uma redução de 120 para 103 milhões de euros, revelou a Ageas. Luís Menezes explica que o resultado técnico negativo no ramo automóvel e o reconhecimento de imparidades de ativos, contribuíram decisivamente para esta descida.

De sinal contrário esteve a atividade com o volume de negócios do grupo Ageas Portugal a atingir 2,4 mil milhões de euros, com os seguros de Vida a crescerem 34,9% e os ramos Não vida a subir 10,4% impulsionado pelo ramo saúde (+17,5%), Automóvel (+9,8%) e Acidentes de Trabalho (+9,4%).

O aumento de produção situa a Ageas como o segundo maior grupo segurador em Portugal com 15,5% de quota de mercado, sendo igualmente segundo no ramo Vida com 18,1% de quota, em ambos os casos o líder é a Fidelidade, e terceiro em Não Vida com 14,5% de parte deste segmento do mercado, em que Fidelidade e Generali Tranquilidade lideram. Em saúde o grupo Ageas, que integra a Médis, é o 2º maior com 27,5% de mercado.

A rede de distribuição, para além do acordo de bancassurance com o Millennium bcp em que se destaca a seguradora Ocidental, conta com 78 agentes gerais exclusivos que exploram 164 lojas, uma rede multimarca com 850 agentes e 80 lojas com imagem Ageas e uma rede private com 404 consultores. O grupo conta em Portugal com 1.400 colaboradores.

Luís Menezes ainda referiu a atividade da Fundação Ageas, afirmando estar “focada em áreas críticas como saúde, envelhecimento e exclusão social”, tendo concedido apoios de cerca de 1,4 milhões de euros a diversas instituições e iniciativas durante o ano passado.

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Retaliação vai “adensar custos económicos das tarifas”, alerta Centeno

  • Lusa
  • 2 Abril 2025

O governador do Banco de Portugal apontou que estas tarifas são particularmente danosas porque "atuam em todos estágios da produção, não incidem apenas no consumo final".

O governador do Banco de Portugal (BdP) alertou esta quarta-feira que as tarifas que os EUA têm vindo a anunciar funcionam como um imposto e que a fase de retaliação vai “adensar os custos económicos”.

“Na sua formulação e no contexto atual, estas medidas são impostos, funcionam como impostos que são barreiras e têm um impacto muito claro na economia e esse impacto imediato é, como qualquer taxa, uma redução da atividade económica”, apontou Mário Centeno, quando questionado por alunos do secundário sobre o impacto das tarifas na cerimónia de entrega de prémios do Concurso Geração €uro.

O governador apontou que estas tarifas são particularmente danosas porque “atuam em todos estágios da produção, não incidem apenas no consumo final”, já que a economia internacional está integrada e “os produtos são transacionados em diferentes estágios”.

“Estas tarifas são particularmente incisivas sobre o tecido produtivo”, avisou, acrescentando que “Europa e Portugal vão ser sujeitos aos resultados de todas estas tarifas”, no final vai depender muito de como cada país vai responder, mas com o governador a salientar que “a Europa deverá reagir em conjunto a essas tarifas”.

Nessa decisão, é preciso ter em conta que a “fase de retaliar vai adensar os custos económicos das tarifas”, sinalizou, apontando que se pode esperar menos comércio internacional e um redirecionamento do comércio de uns países para outros”. Assim, o país vai sentir dois efeitos: “menos comércio com os EUA, mas talvez mais comércio com o resto do mundo”, pelo que “a quantidade de comércio vai ser mais baixa, já o efeito nos preços é mais incerto”.

Quanto ao impacto na inflação, “se a tarifa é um imposto, o preço nessa transação vai subir, mas como existem todos estes mecanismos de compensação e de comércios alternativos que são estabelecidos, pode até acontecer que esse comércio se torne mais competitivo e seja uma competição através do preço e até que se consigam, no final, preços mais baratos neste comércio que se vai agora impor”, afiançou.

Depois de Donald Trump ter anunciado nos últimos meses aumentos de 25% dos direitos aduaneiros sobre as importações de aço, alumínio, automóveis e peças de automóveis, o líder norte-americano deve esta quarta à noite (pelas 20:00, hora de Lisboa) anunciar novas taxas, que podem ascender a 20%, sobre a maioria das importações, no chamado “Dia da Libertação”.

O Presidente norte-americano quer implementar taxas idênticas às que são aplicadas aos produtos norte-americanos exportados. A Casa Branca (presidência norte-americana) referiu na terça-feira que as novas tarifas devem entrar em vigor no imediato.

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+M

Continente aposta em serviços inclusivos na loja do GaiaShopping

  • + M
  • 2 Abril 2025

A loja passa a disponibilizar uma planta sensorial que identifica locais com maior probabilidade de sobrecarga sensorial, abafadores de som, carrinhos de compras específicos e assistência nas compras.

O Continente inaugurou novos serviços que transformam a loja no GaiaShopping, em Vila Nova de Gaia, num “espaço inclusivo, melhorando a experiência de compra das pessoas com incapacidade ou deficiência, nomeadamente no espetro autista“. A iniciativa assinala também o Dia Mundial da Consciencialização do Autismo.

A loja passa assim a disponibilizar uma sala de bem-estar para clientes e colaboradores, uma planta sensorial na entrada que identifica locais com maior probabilidade de sobrecarga sensorial, abafadores de som para adultos e crianças, carrinhos de compras específicos e assistência nas compras, “garantindo uma experiência tranquila e com mais autonomia para todas as pessoas”, explica-se em nota de imprensa.

Os colaboradores da loja no GaiaShopping receberam formação especializada para compreender a neurodiversidade, nomeadamente o espectro do autismo, e apoio na aprendizagem da Língua Gestual por parte da Federação Portuguesa das Associações de Surdos.

Estamos comprometidos em promover uma cultura inclusiva, oferecendo espaços adaptados às necessidades sensoriais e cognitivas de todas as pessoas. Através deste projeto, garantimos a autonomia, o conforto e uma experiência de compra cada vez mais positiva e inclusiva. Temos como objetivo alargar o projeto a mais lojas, em estreita colaboração com as associações do setor que apoiam pessoas com deficiência, nomeadamente no espetro autista e as suas famílias”, diz Carlos Silva, diretor de insígnia Continente, citado em comunicado.

A iniciativa integra-se na “Poder Ser”, uma estratégia de diversidade, equidade e inclusão da MC, que teve como projeto-piloto o Continente Modelo Leça do Balio que, há um ano, se tornou na primeira loja a ser adaptada para pessoas com incapacidade ou deficiência.

A loja Continente GaiaShopping apresenta também um espaço de padaria renovado, sob o novo conceito “A Padaria de Toda a Gente”. A Cozinha Continente passa ainda a contar com uma zona de leitão. Os clientes podem ainda usufruir de um espaço dedicado ao vinho, com uma seleção variada de vinhos nacionais e internacionais.

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Segurança Interna admite outra “versão de trabalho” do RASI sobre organizações extremistas

  • Lusa
  • 2 Abril 2025

O Sistema de Segurança Interna admitiu que existiu uma "versão de trabalho" do Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) que incluía informação sobre organizações extremistas, diferente da oficial.

O Sistema de Segurança Interna (SSI) admitiu que existiu uma “versão de trabalho” do Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) que incluía informação sobre organizações extremistas, diferente da “versão oficial” apresentada na reunião.

“Qualquer outra versão a que a comunicação social possa ter tido acesso, respeita a uma versão de trabalho sujeita a discussão e reformulações no Gabinete Coordenador de Segurança e no Conselho Superior de Segurança Interna”, refere o SSI, responsável pela elaboração do RASI, numa resposta enviada à Lusa.

O SSI esclarece ainda que a versão publicada no ‘site’ do Governo na terça-feira corresponde à versão apresentada na reunião do Conselho Superior de Segurança Interna e à versão enviada aos deputados do parlamento. No entanto, não é esclarecido o motivo pelo qual foi retirada a informação sobre organizações extremistas da versão de trabalho.

Na resposta enviada à Lusa, o SSI refere que o RASI faz “menção aos extremismos políticos, tanto de extrema-direita como de extrema-esquerda por ter sido considerada relevante para a avaliação do risco”. No entanto, a informação sobre organizações extremistas não consta da versão final.

A Lusa questionou o gabinete do primeiro-ministro, que remeteu esclarecimentos para o SSI.

O Bloco de Esquerda entregou um requerimento no parlamento para ouvir o Governo na Comissão Permanente sobre a eliminação de um capítulo dedicado a organizações extremistas na versão final do Relatório Anual de Segurança Interna.

O partido liderado por Mariana Mortágua enviou perguntas ao Governo para saber por que razão desapareceu da versão final do RASI, publicada esta terça-feira, o capítulo dedicado a organizações extremistas.

No documento do RASI enviado esta terça-feira para o parlamento, e disponível ‘online’ na página do Governo, não constam as páginas 35 a 39 que estavam na versão inicial, referentes ao capítulo “extremismos e ameaças híbridas”, e que alertavam para a existência de uma representação de uma organização extremista internacional em Portugal, classificada em vários países como organização terrorista.

De acordo com a versão preliminar, não existe em Portugal nenhuma organização de extrema-direita classificada como terrorista, apesar de existir um braço de uma organização extremista internacional que é classificada como terrorista noutros países. Sem especificar qual é a organização em questão, esta versão do RASI apontava para a existência deste ramo de uma organização extremista em Portugal, que já foi alvo de sanções financeiras em vários países por financiamento de terrorismo.

Esta organização, acrescentava o relatório preliminar, promove encontros através de eventos musicais, incluindo em território nacional, e que funcionam como método de recrutamento de militantes e como forma de financiamento para produção de material de propaganda, por exemplo.

Esta informação não está na versão final e o Bloco de Esquerda considera que a alteração “suscita dúvidas fundadas sobre a razão por detrás desta alteração, pelo que se impõe um cabal esclarecimento”. O partido quer saber “quem ordenou a eliminação” desta parte do RASI e se o Governo considera enviar ao parlamento uma nova versão em que seja incluída a informação presente no documento preliminar.

Uma vez que as perguntas foram dirigidas ao Ministério da Administração Interna (MAI) e ao Ministério da Justiça (MJ), a Lusa questionou este dois ministérios, que também remeteram para o SSI.

Habitualmente, o RASI é apresentado depois da reunião do Conselho Superior de Segurança Interna pelo secretário-geral do Sistema de Segurança Interna, juntamente com os ministros da Administração Interna e Justiça, o que não aconteceu este ano. Esta segunda-feira, foi o primeiro-ministro, Luís Montenegro, quem falou durante a conferência de imprensa, sem revelar o documento final e tendo respondido apenas a uma pergunta dos jornalistas.

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Campanha da Leroy Merlin quer portugueses a “avançar sem medos” na remodelação das suas casas

  • + M
  • 2 Abril 2025

Com criatividade da VML, a campanha está presente em televisão, rádio, loja, out of home e plataformas digitais da marca até ao dia 29 de abril. O planeamento de meios é da Arena Media.

Querendo ajudar os portugueses a “avançar sem medos” nas remodelações, a Leroy Merlin aposta numa nova campanha que pretende “tornar possível todos os projetos de remodelação, desde os mais simples aos mais complexos”. A criatividade é da VML.

Na base da campanha encontra-se o facto de 70% das pessoas que querem arriscar remodelar a casa padecerem de FOMU — fear of messing up, em inglês, ou seja, medo de errar. A pensar nestas pessoas, a marca adotou a expressão popular “Não deixe para amanhã, o que pode fazer hoje”, numa campanha que incentiva os consumidores a colocarem mãos à obra, promovendo descontos até 40% em categorias como mobiliário de jardim, piscinas, pintura de parede, pavimento de chão, louça sanitária, móveis de casa de banho e cozinhas.

Mais do que uma campanha de descontos, esta é uma campanha que nos permite descomplicar o processo de remodelar uma casa ou divisão, e ajudar a torná-lo realidade. Não queremos que os nossos clientes deixem para amanhã, a remodelação que podem fazer hoje, e por isso chegou a hora de avançarmos juntos”, diz Cristina Marques, diretora de experiência e marketing da Leroy Merlin, citada em comunicado.

“O compromisso da Leroy Merlin assenta em apoiar todos os seus clientes nas suas remodelações para a casa, e desta vez não é exceção. Acreditamos que temos a solução e as ferramentas necessárias para apoiar os portugueses, dando-lhes o incentivo necessário para que dos receios e das ideias adiadas nasçam verdadeiras remodelações”, acrescenta.

A campanha está presente em televisão, rádio, loja, out of home e plataformas digitais da marca até ao dia 29 de abril. O planeamento de meios é da Arena Media.

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BE quer ouvir Governo sobre eliminação de capítulo do relatório de segurança interna

  • Lusa
  • 2 Abril 2025

No documento do Relatório Anual de Segurança Interna (RASI), enviado ao Parlamento, não constam as páginas 35 a 39 que estavam na versão inicial sobre “extremismos e ameaças híbridas”.

O BE entregou esta quarta-feira um requerimento no parlamento para ouvir o Governo na Comissão Permanente sobre a eliminação de um capítulo dedicado a organizações extremistas na versão final do Relatório Anual de Segurança Interna (RASI).

O anúncio foi feito pelo líder parlamentar dos bloquistas, Fabian Figueiredo, em declarações aos jornalistas no parlamento, alegando que quando o “Governo suprime uma informação relevante do RASI é o próprio papel fiscalizador da Assembleia da República e dos deputados que fica em causa”.

Em causa está o documento do RASI enviado esta terça-feira para o parlamento, e disponível online na página do Governo, no qual não constam as páginas 35 a 39 que estavam na versão inicial, referentes ao capítulo “extremismos e ameaças híbridas”, e que alertavam para a existência de uma representação de uma organização extremista internacional em Portugal, classificada em vários países como organização terrorista.

Fabian Figueiredo disse que o partido quer “desvendar o mistério do capítulo desaparecido sobre a extrema-direita” e entender os motivos para as diferenças entre as duas versões do RASI.

O partido insta o Governo a enviar a versão inicial ao parlamento para permitir uma “avaliação séria do estado da segurança interna” e um “debate sério sobre os desafios, os riscos e as medidas a tomar para continuar a garantir que Portugal é um país seguro” e assegurar que há uma “fotografia completa” sobre a “ameaça que a extrema-direita representa”.

O bloquista explicou que o partido se apercebeu das diferenças entre as versões do relatório enquanto “estudava a fundo” o documento, e, questionado sobre os motivos destas alterações, disse não querer “alimentar nenhuma teoria” e esperar apenas “explicações convincentes do Governo”.

“Andam praticamente desde o início do mandato a brincar com a segurança interna, a partidarizá-la, a politizá-la em termos que nós não conhecíamos. Tem sido um erro, um comportamento errático atrás do outro e este é mais um e isto não é um detalhe, isto é uma omissão grave”, acrescentou.

O Bloco, além deste requerimento, pediu também esclarecimentos ao Governo para saber por que razão desapareceu da versão final do Relatório Anual de Segurança Interna (RASI), publicada esta terça-feira, o capítulo dedicado a organizações extremistas.

De acordo com o documento a que a Lusa teve acesso, o partido liderado por Mariana Mortágua quer saber qual o motivo pela qual a versão que terá sido apresentada na reunião do Conselho Superior de Segurança Interna, na segunda-feira, é diferente da versão que foi enviada para o parlamento.

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Telepizza assinala regresso da pizza Vulcano com criatividade da Judas

  • + M
  • 2 Abril 2025

Com criatividade da Judas e planeamento da Wavemaker, a campanha ganha vida em três spots.

A pizza Vulcano está de regresso ao menu da Telepizza, que celebra este relançamento com uma nova campanha pautada por “muito humor (e cheddar derretido)”.

Sob o conceito criativo “Mergulha na Vulcano” e com criatividade da Judas, a campanha ganha vida em spots que “retratam de forma divertida, os diferentes estilos de dip dos consumidores: o elegante e contido ‘etiquette’, o dramático ‘Titanic’ e o explosivo ‘Grua'”, explica-se em nota de imprensa.

“O consumidor, sobretudo o mais jovem, valoriza cada vez mais novas experiências de consumo, e a nossa Vulcano é a forma mais diferenciadora e fun de comer uma pizza, em todo o mercado QSR de pizzas. É a pizza que os consumidores Telepizza mais pedem para voltar e o objetivo deste lançamento é dar resposta aos nossos fiéis consumidores, mas também recrutar novos com uma oferta única no segmento”, diz Tânia Caria, marketing manager da Telepizza, citada em comunicado.

“Mais do que uma pizza, a Vulcano é um verdadeiro ritual de consumo. A nova campanha não destaca apenas as qualidades únicas do nosso produto, mas também reflete o compromisso da Telepizza em inovar e atender às expetativas dos jovens consumidores”, acrescenta.

A campanha marca presença em televisão, digital, social media e loja física. A Telepizza vai ainda organizar o primeiro Campeonato Nacional de Mergulho de Nachos, com ativações em lojas por todo o país, onde os consumidores “poderão mostrar — e celebrar — a sua melhor técnica de dip na Vulcano”. O planeamento de meios ficou a cargo da Wavemaker.

“Todos nós já tivemos experiências com pessoas que exageram na forma como fazem o dip dos nachos no queijo. Há quem seja cuidadoso, há quem procure apanhar o máximo de queijo possível e, claro, há os que fazem de cada mergulho uma qualificação para os Jogos Olímpicos. A nossa campanha é muito sobre isso — celebrar a experiência do consumidor com esta pizza tão especial como é a Vulcano”, diz, por sua vez, o supervisor criativo da Judas, Ruben de Barros.

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“O Governo está a fazer campanha para o PSD. Tem de ser responsabilizado”, acusa PS

Socialistas esperam que CNE "faça o seu papel", porque as ações "estão longe" do que o Tribunal Constitucional considera ser o estritamente necessário para o desenvolvimento dos assuntos do Estado.

O Partido Socialista (PS) acusou esta quarta-feira o Governo de confundir o que pertence à esfera do Estado do que pertence ao partido liderado por Luís Montenegro e pretende responsabilização através da Comissão Nacional de Eleições (CNE).

O Governo está em gestão e, nas últimas semanas, os membros do Governo têm-se multiplicado em ações de campanha, ações públicas que estão longe daquilo que o Tribunal Constitucional considera ser a ação política estritamente necessária para o desenvolvimento dos assuntos do Estado”, afirmou o porta-voz da candidatura socialista às eleições legislativas.

Marcos Perestrello considera que se está a “assistir ao vivo e em direto à instrumentalização do Estado ao serviço dos interesses partidários”.

“Em vez de termos o PSD a fazer campanha para o Governo, temos o Governo a fazer campanha para o PSD. É eticamente inaceitável, politicamente inadmissível e democraticamente intolerável”, criticou. Questionado sobre se o PS vai avançar com alguma queixa formal, o deputado socialista disse apenas que O Executivo “tem de ser responsabilizado” pela “promiscuidade” entre o que é público, partidário e privado.

“Espero que a CNE faça o seu papel. Nós fazemos o nosso, que é o de denunciar esta ação de promiscuidade entre o que é partidário do PSD, o que é do Governo e o que são as atividades privadas do primeiro-ministro”, referiu aos jornalistas a partir da sede nacional do partido, no Largo do Rato. “É uma ação do Governo à qual o Governo tem de pôr fim”, concluiu.

As declarações de Marcos Perestrello surgem após vir a público que, no dia em que Pedro Duarte anuncia que será o candidato do PSD à Câmara do Porto, a concelhia liderada por Alberto Machado convidou os militantes para “ir cumprimentar o presidente” ao Mercado do Bolhão, onde se encontrava Luís Montenegro, que mais tarde assegurou que desconhecia a mensagem enviada pelas estruturas locais do PSD.

“Eu andei sempre na rua a falar com as pessoas. Não vim aqui fazer campanha, nem vim aqui distribuir materiais de campanha”, garantiu, durante a conferência de imprensa após a reunião do Conselho de Ministros.

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Países da NATO preparam-se para compromisso de 3,5% do PIB em defesa na cimeira de Haia

  • Lusa
  • 2 Abril 2025

A concretizar-se em junho, será um aumento de 1,5% em relação ao investimento mínimo acordado e que sete países ainda não atingiram, entre eles, Portugal, Espanha, Itália, Canadá e Croácia.

Os países da NATO deverão comprometer-se com um aumento do investimento em defesa, fixando-o em 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB), durante a cimeira de Haia, nos Países Baixos, em junho, segundo fontes da organização contactadas pela Lusa.

A percentagem ainda está abaixo dos 5% de investimento do PIB exigido pelos Estados Unidos da América (EUA), mas as negociações deverão balizar entre os 3% e os 3,5% do PIB e avança esta semana com uma reunião ministerial no quartel-general da NATO, em Bruxelas, na Bélgica.

As mesmas fontes referiram à Lusa que um investimento de 3,5% do PIB em defesa é até hoje o valor mais consensual entre os 32 países do bloco político-militar e o que está mais próximo do que exigiu Washington através do Presidente republicano Donald Trump. A concretizar-se em junho, será um aumento de 1,5% em relação ao investimento mínimo acordado e que sete países ainda não atingiram, entre eles, Portugal, Espanha, Itália, Canadá e Croácia.

Portugal, por exemplo, tinha delineado o objetivo de chegar aos 2% do PIB em defesa em 2030, mas o executivo do social-democrata Luís Montenegro atualizou no ano passado essa meta para 2029. Em janeiro passado, durante uma visita a Lisboa do secretário-geral da NATO, Mark Rutte, Montenegro admitiu que Portugal poderia antecipar para antes de 2029 a meta dos 2% do PIB em despesas militares.

Espanha é o país que mais preocupa a organização. De acordo com uma estimativa feita pela NATO, em 2024, Madrid investiu 1,28% do PIB em defesa. O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, viajou até Madrid no final de janeiro recebeu do primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, a certeza de que Espanha iria manter os 2% do PIB para 2029 e uma crítica.

Segurança é muito mais do investir em defesa”, revelou na altura um comunicado divulgado pelo Governo espanhol após o encontro entre Sánchez e Rutte. No entanto, durante a cimeira de Haia, deverá ser feito um apelo mais forte para que os países revejam os calendários, de modo a diminuir as discrepâncias entre os Estados-membros, adiantaram as mesmas fontes.

Na reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO, que arranca quinta-feira em Bruxelas, deverão começar a ser discutidos os novos compromissos, que incluem a “partilha de esforços” entre os 32 países da NATO. Em conferência de imprensa para fazer uma antecipação da reunião ministerial, Mark Rutte revelou que em Haia vai ser pedido “aos aliados que invistam consideravelmente mais do que 3%” do PIB”, sem avançar, no entanto, com uma meta concreta.

A cimeira de Haia é aguardada com expectativa, uma vez que é a primeira desde que Donald Trump regressou à Casa Branca (presidência norte-americana). Durante o seu primeiro mandato (2017-2021), Donald Trump foi um ávido crítico da NATO e chegou a ameaçar abandonar a organização.

O Presidente dos Estados Unidos é da opinião de que a balança está desequilibrada, com Washington a investir muito mais do que generalidade dos países europeus. Fontes da NATO contactadas pela Lusa, algumas de países europeus, consideraram que Donald Trump não está longe da verdade e que durante décadas o braço europeu da Aliança Atlântica perdeu força e criou uma sobredependência de Washington.

Dos 32 Estados-membros da NATO, 23 são também da União Europeia e as fontes que falaram com a Lusa disseram estar com expectativa das iniciativas anunciadas pela Comissão Europeia para relançar a base industrial de defesa do bloco comunitário e para aumentar a aquisição de armamento e equipamentos militares.

Na cimeira também deverão ser definidas as capacidades que estão em falta. No último ano, a NATO fez um levantamento das capacidades que cada país tem, e de quais é que necessitam. O objetivo é colmatar falhas em vários países e incentivar as sinergias na Aliança Atlântica, numa altura em que a Rússia está há vários anos com uma economia de guerra e a canalizar o investimento para a invasão ao território ucraniano.

A reunião de quinta e sexta-feira será um ‘pontapé de saída’ para os compromissos que os países da NATO querem firmar na cimeira de junho. O assunto será alvo de nova discussão em maio, durante uma reunião em Antália, na Turquia, para acertar pormenores e chegar a um valor final de investimento do PIB em defesa.

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