Graham’s lança, pela primeira vez, um Porto Tawny 80 Anos

  • Rita Ibérico Nogueira
  • 12 Abril 2025

Graham’s lança o seu primeiro Porto Tawny 80 Anos, em edição limitada a 600 garrafas, criado por Charles Symington em homenagem ao pai, Peter Symington. Um vinho raro, elegante e histórico.

A Graham’s Port acaba de apresentar uma verdadeira raridade no universo vínico: o seu primeiro Porto Tawny 80 Anos, um lançamento histórico que assinala os 200 anos da casa e presta homenagem ao legado familiar da Symington, uma das famílias mais importantes no setor do Vinho do Porto.

Trata-se da primeira vez que a marca lança um Tawny com esta longevidade, aproveitando a criação da nova categoria “80 Anos” pelo Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto (IVDP), anunciada no início deste ano. Com uma edição extremamente limitada de apenas 600 garrafas (PVP: 2.000 euros), este vinho torna-se desde já uma peça de colecionador e uma celebração da passagem do tempo.

O blend foi cuidadosamente elaborado por Charles Symington, co-CEO e Master Blender da Symington Family Estates, em homenagem ao seu pai, Peter Symington, figura histórica do setor e mestre provador da terceira geração da família, que celebra agora o seu 80º aniversário. “O meu pai nasceu em 1944 — em plena Segunda Guerra Mundial — e a sua infância foi moldada pela recuperação pós-guerra, numa época de profunda incerteza. Vários dos vinhos que compõem este lote especial datam desses anos difíceis, e as décadas de envelhecimento resultaram num Porto velho verdadeiramente magnífico”, afirma Charles.

O resultado é um Tawny hipnotizante, de cor âmbar profunda, com uma textura cremosa, marcada por camadas de complexidade. No paladar, revela-se polido, com notas de caramelo, marmelo, tangerina, praliné, baunilha e um toque subtil de caramelo torrado, terminando com sugestões de tabaco e chá preto. A sua acidez bem equilibrada oferece uma frescura surpreendente, rara num vinho com esta idade.

Visualmente, a garrafa é apresentada numa caixa desenhada com inspiração nas árvores e plantas centenárias do Vale do Douro, símbolo da longevidade e da ligação profunda com a terra. O Porto Graham’s 80 Year Old Tawny junta-se, assim, à já célebre coleção de Tawnies Envelhecidos da marca, onde figuram também os reconhecidos vinhos de 40 e 50 anos.

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Angels ou scouters. Eles são fundadores que investem em outros fundadores<span class='tag--premium'>premium</span>

Passam o primeiro cheque para a ideia sair do papel, investem dinheiro pessoal, são ‘olheiros’ para fundos ou criam veículos founder friendly. Faltam mais fundadores a investir noutros fundadores.

Este artigo integra a 13.ª edição do ECO magazine. Pode comprar aqui.Ainda nem a Anchorage Digital tinha voado para unicórnio, já Diogo Mónica investia em startups de outros fundadores. Passou o primeiro cheque em 2015. “Investi 25.000 dólares, e passado seis meses a empresa faliu. Perdi tudo.” Mas não deixou de investir. Motivo? “Fundadores que com muito trabalho, e muita sorte, conseguem criar riqueza, devem reinvesti-la no ecossistema que os suportou na criação da sua empresa”, defende. “É a maior lacuna em Portugal no que toca a capital de risco: não termos mais fundadores com experiência a investir em projetos em early stage”, acredita Roberto Machado, fundador da Subvisual. Aplicando a política de reinvestir no ecossistema, somando os investimentos pessoais com os feitos via fundo

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Trump recua e exclui smartphones, computadores e chips das tarifas

O presidente dos EUA voltou atrás e poupa bens eletrónicos como smartphones e portáteis da aplicação das tarifas. A decisão beneficia consumidores e empresas como Apple, Samsung e Microsoft.

Num movimento inesperado que promete aliviar os receios dos consumidores e das gigantes tecnológicas, a administração de Donald Trump anunciou que smartphones, computadores portáteis, chips de memória e outros dispositivos eletrónicos ficarão isentos das tarifas impostas às importações provenientes da China e de outros países.

Esta decisão, publicada pela Agência de Alfândegas e Proteção das Fronteiras dos EUA (CBP), representa um alívio significativo num contexto de tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo, e justamente no dia em que entra em vigor a tarifa de 125% sobre importações chinesas.

Os novos critérios excluem também máquinas utilizadas na produção de semicondutores, televisores de ecrã plano, tablets e computadores de secretária das tarifas que variam entre 10% para importações globais e até 125% para produtos chineses. Este recuo por parte de Trump beneficia diretamente empresas como Apple, Samsung, HP e Microsoft, que dependem de cadeias de produção fora dos EUA.

A decisão surge num momento em que os consumidores norte-americanos se preparavam para enfrentar aumentos significativos nos preços dos produtos eletrónicos devido às tarifas.

Segundo estimativas da Wedbush Securities, cerca de 90% da produção da Apple ocorre na China, o que poderia ter levado a uma subida acentuada nos preços dos seus dispositivos após o esgotar os stocks nos EUA.

Empresas como a Taiwan Semiconductor Manufacturing, que recentemente anunciou investimentos nos EUA, também poderão beneficiar desta isenção ao evitar custos adicionais na importação de equipamentos essenciais para a produção.

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ECO Quiz. Diversidade, tarifas e preço das casas

  • Tiago Lopes
  • 12 Abril 2025

Agora que termina mais uma semana, chegou a altura de testar o seu conhecimento. Está a par de tudo o que se passou?

Na semana que agora termina, o ECO divulgou que o Governo dos EUA está a rever os contratos com empresas que lhe fornecem bens e serviços em Portugal, incluindo a verificação do cumprimento das novas regras contra programas de diversidade, equidade e inclusão (DEI), conforme estabelecido por uma ordem executiva assinada em janeiro por Donald Trump. A embaixada norte-americana em Lisboa confirmou ao ECO que está a proceder a esta revisão contratual. Segundo a imprensa internacional, medidas semelhantes estão a ser adotadas em outros países da União Europeia.

As tarifas impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, continuam a marcar a atualidade. Entre avanços e recuos, Trump anunciou uma taxa de 125% para todas as importações chinesas.

O ECO publica todas as semanas um quiz, que desafia a sua atenção. Tem a certeza que está a par de tudo o que se passou durante a semana? Teste o seu conhecimento.

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Primeiro-ministro nega acusações e diz-se vítima de desinformação

Luís Montenegro rejeita acusações de ocultação de conta bancárias e donativos ao PSD por parte da maior cliente da Spinumviva, ao mesmo tempo que reforça o compromisso com a ética e a transparência.

Este sábado, à entrada da Feira do Folar de Valpaços, Luís Montenegro queixou-se de estar a ser alvo de uma “campanha de desinformação e manipulação de notícias” por parte de dois órgãos de comunicação social.

As declarações surgem na sequência de notícias publicadas pelo Expresso e pelo Correio da Manhã, que colocam em causa a transparência do líder do Governo em temas relacionados com contas bancárias não declaradas e donativos ao PSD provenientes do maior cliente da sua empresa familiar.

Segundo o Correio da Manhã, o Ministério Público está a investigar a não declaração de várias contas bancárias por parte de Luís Montenegro. O primeiro-ministro já terá respondido às autoridades, em abril, confirmando a existência dessas contas, mas garantiu que os valores nelas depositados são inferiores ao limite legal para obrigatoriedade de declaração.

Sobre esta matéria, Montenegro afirmou que não há qualquer irregularidade nas suas declarações de rendimentos. “É falso [que terei escondido contas bancárias]. Ao longo dos últimos 25 anos que tenho [colocado] nas minhas declarações junto do Tribunal Constitucional tenho feito menção das minhas contas bancarias”, disse o primeiro-ministro aos jornalistas.

Luís Montenegro confirmou que foi alvo de pedidos de esclarecimentos por parte do Ministério Público sobre a eventual utilização de três contas para a compra de um imóvel — que o primeiro-ministro refere não ser verdade, tendo apenas recorrido a uma conta para comprar o imóvel –, e que após ter feito esses esclarecimentos “o caso ficou encerrado”.

O primeiro-ministro garantiu que continuará a cumprir as suas funções sem deixar que estas situações desviem o foco do trabalho governativo. “Podem confiar no primeiro-ministro. Podem confiar no PSD e na AD”.

“Dizer-se a quem presta esclarecimentos escondeu contas bancárias — estamos a falar de três contas bancarias à ordem da minha vida: uma com 37 anos, outra com 26 anos e outra com 16 anos — é simplesmente adulterar o teor daquilo que foi a prestação de esclarecimentos banal”, referiu Luís Montenegro, sublinhando que “a ética tem de valer para todos. A ética tem de ser um juízo que importa que todos cumpramos a nossa responsabilidade.”

Outra polémica que mereceu comentários do primeiro-ministro este sábado em Valpaços refere-se ao suposto envolvimento do maior cliente da sua empresa familiar — a Spinumviva –, na atribuição de donativos ao PSD. Segundo o Expresso, membros da família Barros Rodrigues, proprietária da gasolineira em Braga que contratou a Spinumviva, realizaram donativos significativos ao PSD desde 2021.

Questionado sobre uma possível ligação entre os donativos e a liderança do partido, Montenegro rejeitou qualquer irregularidade. “É falso. É simplesmente falso. Não há nenhuma empresa que financie o PSD. É proibido por lei às empresas financiarem partidos políticos. E o PSD cumpre a lei”.

No entanto, refere também que “há cidadãos que, individualmente, fazem donativos aos partidos políticos, que no caso do PSD são sempre registados, feitos de forma transparente, de forma legal”, adiantando que em função disto fazer qualquer relação com o presidente do partido ou com o PSD “é simplesmente manipulação.”

O primeiro-ministro esclarece ainda que a situação em questão refere-se a “um financiamento que, ainda por cima, é para uma concelhia do partido”, notando também que tem sido confrontado com “notícias que eu considero desinformação e manipulação de factos perfeitamente normais e banais.”

Embora Luís Montenegro tenha reafirmado a sua tranquilidade face às investigações, as acusações levantadas pelos dois jornais têm gerado controvérsia no panorama político nacional, particularmente no período de pré-campanha eleitoral para as próximas eleições legislativas.

O primeiro-ministro garantiu que continuará a cumprir as suas funções sem deixar que estas situações desviem o foco do trabalho governativo. “Podem confiar no primeiro-ministro. Podem confiar no PSD e na AD, e podem ter a certeza que nós daremos às portuguesas e aos portugueses os elementos que são importantes para que eles possam aferir as condições para os líderes, equipas e programas poderem desenvolverem o seu trabalho a bem da vida de cada um e de cada uma”.

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Trump arrisca tudo com plano de 90 acordos em 90 dias

O presidente dos EUA promete negociar 90 acordos comerciais em 90 dias, mas enfrenta críticas e algum ceticismo entre especialistas e investidores.

Donald Trump lançou um novo desafio à sua administração: alcançar 90 acordos comerciais em apenas 90 dias. A meta ambiciosa, anunciada após uma pausa estratégica nas tarifas impostas a vários parceiros comerciais, já está a levantar dúvidas entre especialistas e no mercado de capitais sobre a sua viabilidade.

A decisão do presidente dos EUA surge num contexto de volatilidade económica marcada por receios de recessão e inflação nos EUA. Recentemente, Trump suspendeu temporariamente as tarifas mais elevadas aplicadas a diversos países, mantendo uma taxa base de 10% para a maioria dos parceiros comerciais.

Contudo, a China, alvo de tensões comerciais prolongadas, viu as suas exportações para os EUA sujeitas a uma tarifa agravada de 145%, que fez Pequim retaliar com uma taxa de 125% sobre importações de bens dos EUA.

Segundo Peter Navarro, conselheiro comercial da Casa Branca, Trump será o “negociador-chefe” neste processo. “Nada será assinado sem que o presidente reveja cuidadosamente cada detalhe”, garantiu Navarro numa intervenção na Fox Business canal Fox.

A pausa de 90 dias foi apresentada como uma oportunidade para os países negociarem acordos bilaterais com os EUA, mas também como uma tentativa de restaurar a confiança dos mercados financeiros, que têm reagido com instabilidade às políticas tarifárias da administração.

Apesar do otimismo declarado pela Casa Branca, analistas apontam para desafios logísticos e políticos significativos. Wendy Cutler, ex-negociadora-chefe do Representante Comercial dos EUA, considera “irrealista” alcançar acordos abrangentes em tão pouco tempo. Mesmo os acordos mais simples negociados por Trump no passado levaram meses ou anos a serem concluídos, como sucedeu com as negociações com a Coreia do Sul ou o tratado comercial tripartido EUA-México-Canadá.

Adicionalmente, a administração enfrenta limitações internas, com muitos cargos-chave a permanecer vagos ou são ocupados por funcionários interinos, o que aumenta as dificuldades em gerir simultaneamente negociações com dezenas de países.

Os mercados têm também demonstrado ceticismo relativamente à capacidade de Trump em cumprir esta meta. A volatilidade recente nos preços das ações e nos mercados cambiais reflete preocupações sobre os impactos económicos das tarifas e sobre a incerteza associada às negociações comerciais. O ouro atingiu máximos históricos esta semana, reforçando o sentimento de insegurança entre os investidores.

Além disso, países como o Reino Unido e a Austrália têm mantido conversações com os EUA desde o início da presidência de Trump sem resultados concretos até agora. Este histórico contribui para dúvidas sobre se 90 dias serão suficientes para transformar “conversas” em “acordos”.

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Espaço Quanta Terra casa vinho com arte de Vhils, HelioBray e Paulo Neves

E se uma antiga destilaria do Douro, transformada em adega, casar arte com vinho? É assim no Espaço Quanta Terra, onde por estes dias é possível admirar obras de Vhils, HelioBray e Paulo Neves.

Entre barricas onde estagia o vinho e as antigas cubas de armazenamento de aguardente, revestidas a ladrilhos espelhados, os enólogos Celso Pereira e Jorge Alves mostram que arte e vinicultura têm tudo para casar na perfeição. No Espaço Quanta Terra, em Favaios, concelho de Alijó, os dois empresários harmonizam vinho com obras de arte de Alexandre Farto aka Vhils, HelioBray e Paulo Neves, num formato fora da caixa que desperta os sentidos a quem os visita.

Começamos por nos render à arquitetura desta antiga destilaria do Douro transformada em adega, em pleno Douro Vinhateiro, para depois sentirmos o aroma do vinho a envelhecer e embarcarmos numa viagem pela mestria e engenho dos três artistas sob a curadoria da Galeria Contagiarte. São sete obras de Alexandre Farto aka Vhils, outras tantas de Paulo Neves e mais 11 de HelioBray nesta mostra batizada de “Quanta Terra Quanta Arte” que acaba por ser um desígnio dos dois enólogos.

Nesta viagem pela arte, “Vhils escava camadas que revelam a história, como um pintor na tela. HelioBray mistura técnicas e pigmentos, que levam a formas que se conectam à natureza”, começa por detalhar Rui Pedro, responsável pela curadoria da Contagiarte. Já o escultor Paulo Neves, continua, “une a escultura e a arte, com uma forte ligação à madeira e materiais orgânicos”.

São 25 obras criteriosamente espalhadas pelos vários espaços da adega da marca de vinhos Quanta Terra que dá cartas por esse mundo fora com duas distinções Best of Wine Tourism (2023 e 2025), na categoria arte e cultura, atribuídas pela Great Wine Capitals. E em parte graças a essa simbiose do vinho com umas quantas expressões artísticas que transforma esta adega numa espécie de galeria de arte onde é possível apreciar pintura ou instalações artísticas enquanto se faz uma prova de vinhos rodeado de outras referências a envelhecer em barricas.

É precisamente ao lado de uma escultura, feita de madeira, de Paulo Neves, que o enólogo Celso Pereira começa por assinalar “a importância desta narrativa de associar o vinho à arte” que tem colocado a marca Quanta Terra no circuito cultural. “Escolhemos trilhar este caminho nesta antiga destilaria do Douro, que inicialmente estava para ser apenas uma adega, e tornou-se um espaço cultural com a coexistência de vinho e arte”.

Ao lado o sócio Jorge Alves graceja, emocionado, com a dimensão que este formato fora da caixa já alcançou. No dia da inauguração da mostra das “três estrelas” tinham casa cheia; um momento que serviu ainda para dar a conhecer algumas das suas melhores colheitas, entre elas o vinho Quanta Terra Wild a partir da casta Pinot Noir; o Inteiro 2014 produzido a partir das castas Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz e Sousã –; ou o Manifesto Tinto 2018 — 65% Touriga Nacional e 35% Touriga Franca.

Mas para percebermos melhor como tudo começou, recuamos até 2022, ano em que os empresários estrearam o conceito da simbiose vinho e cultura, com a exposição da artista plástica Joana de Vasconcelos, que também assinou alguns rótulos de vinhos. Como é o caso do pack de três garrafas de vinho tinto produzido com uma diversidade de castas, como Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz e Sousão, vendido a 900 euros com uma serigrafia da artista plástica.

O modelo parecia resultar e, um ano depois, era possível captar a essência e mestria da artista plástica holandesa Leni van Lopik na antiga destilaria, com a mostra “Cor no Douro”. O modelo tinha cimentado e um ano depois, pelas comemorações das Bodas de Prata da marca Quanta Terra, a arte atracou novamente na antiga destilaria do Douro. Desta vez, com a mostra “Técnica Ancestral”, com curadoria da plataforma cultural Underdogs Gallery, com obras de arte de artistas portugueses e estrangeiros, entre os quais Alexandre Farto aka Vhils, AkaCorleone, Pedrita Studio, PichiAvo, Raquel Belli e Vasco Maio.

Por estes dias e até 31 de dezembro de 2025, de quarta a domingo, a arte coexiste lado a lado com as barricas de vinho para os mais apreciadores deste modelo que tem ganho cada vez mais fãs, segundo dizem os mentores desta iniciativa.

Quanta Terra
Rua da Casa do Douro – Favaios
[email protected]
Tel.: 935907557

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Governo compromete-se com reforço na defesa sem comprometer contas públicas

  • Lusa
  • 12 Abril 2025

O ministro das Finanças garante mais investimento militar sem afetar o equilíbrio orçamental e o Estado social, mas a meta dos 2% do PIB continua envolta em incertezas.

O ministro das Finanças não se comprometeu com um prazo ou valor para antecipação da meta de alocar 2% do PIB a defesa, mas garantiu esforços para aumentar o investimento, sem afetar o equilíbrio orçamental.

“Haverá uma cimeira em junho da NATO [Organização do Tratado do Atlântico Norte] onde isso será revisto. Nós estamos a trabalhar nesses cenários, [mas] não posso, naturalmente neste momento, comprometer-me nem com o valor nem com o ano, embora teremos que acelerar o aumento de despesa e de investimento na defesa”, referiu este sábado Joaquim Miranda Sarmento, em declarações à agência Lusa à chegada da reunião dos ministros das Finanças da União Europeia (UE).

Realizada em Varsóvia pela presidência polaca do Conselho, a reunião visa discutir como aumentar as oportunidades de investimento e financiar a defesa e da segurança da Europa, num contexto de tensões geopolíticas, com Portugal a defender “um equilíbrio entre manter – e se possível reforçar – o Estado social, reforçar a capacidade de defesa e […] o equilíbrio orçamental”.

Nós temos de fazer, de facto, um esforço de reforçar a capacidade de defesa europeia e esse reforço tem de ser a nível europeu coordenado.

Joaquim Miranda Sarmento

Ministro das Finanças

Depois de Portugal ter investido cerca de 1,55% do Produto Interno Bruto (PIB) em defesa no ano passado e de o Governo ter anunciado na quinta-feira que tenciona antecipar a meta de alocar 2% do PIB para gastos em segurança, que estava prevista para 2029, Joaquim Miranda Sarmento escusou-se a indicar para quando e como isso será feito.

Nós temos de fazer, de facto, um esforço de reforçar a capacidade de defesa europeia e esse reforço tem de ser a nível europeu coordenado, em que cada Estado-membro assume um conjunto de responsabilidades também muito relacionadas com a sua posição geográfica e com aquilo que é a sua economia e a sua capacidade de gestão”, apontou, exemplificando Portugal tenciona apostar na marinha, na força aérea, nos ‘drones’, na cibersegurança.

Certo é que, de acordo com o ministro das Finanças, isso será feito sem impactar a estabilidade orçamental, quando o Governo continua a prever excedentes neste ano e nos próximos até 2028.

“Nós avançaremos nas diferentes áreas da governação, incluindo despesa, na medida em que seja possível, mantendo o equilíbrio orçamental em todos os anos”, assegurou, embora admitindo que, no próximo ano, o excedente possa ser menor do que nos restantes, como consta, aliás, do plano de médio prazo enviado à Comissão Europeia.

Na quinta-feira, o Conselho das Finanças Públicas estimou que, se o Governo atingir a meta de gasto de 2% do PIB em Defesa, esse esforço em 2029 poderia agravar o défice orçamental para 1,2% do PIB.

Sobre esta questão, Joaquim Miranda Sarmento adiantou à Lusa: “O exercício orçamental de 2026 é mais exigente, […] mas nós não prescindimos de manter o equilíbrio das contas públicas e de continuar a reduzir de forma muito significativa a dívida pública”.

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A reprogramação do PRR “torna a execução mais simples e rápida”, garante Miranda Sarmento

  • Lusa
  • 12 Abril 2025

O ministro das Finanças garante ainda que "nunca houve preocupação da Comissão Europeia com a crise política em Portugal".

A Comissão Europeia já aprovou a revisão do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) português, que permite reprogramar “projetos que eram de difícil execução”, e deverá avaliar mais dois desembolsos ao país este ano, refere o Governo.

“A informação que tenho é que sim, ontem [sexta-feira] foi aprovada a reprogramação do PRR de Portugal”, anunciou o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, em entrevista à agência Lusa. Nesta entrevista, o governante apontou que a ‘luz verde’ do executivo comunitário “torna a execução [do plano nacional] mais simples e mais rápida”.

“Nós tínhamos alguns projetos que eram de difícil execução por se tratarem de obras públicas – e sabemos como há uma escassez na capacidade de construção em Portugal – e, portanto, ao reprogramar para outras áreas […], isso dá maior confiança [ao Governo] na execução” do PRR, dado os “prazos muito limitados” do programa, até final de 2026, elencou Joaquim Miranda Sarmento.

E exemplificou: “Por exemplo, há uma reprogramação de cerca de 300 milhões de euros para a compra de equipamentos para os hospitais e outra de creio de quase 200 milhões para equipamentos para os centros de investigação ligados às universidades e aos politécnicos”.

Assim, com a revisão, o PRR português passa a incluir “investimentos que são, face às regras de contratação pública que existem e face à disponibilidade que existe no mercado, de mais fácil e rápida execução do que eram as outras obras”.

Essas outras obras “passaram para o Portugal 2030 e para o Orçamento do Estado”, acrescentou Joaquim Miranda Sarmento na entrevista à Lusa, exemplificando que em causa estão as obras na barragem do Fridão no rio Tâmega e os trabalhos na linha violeta do metro de Lisboa, entre Loures e Odivelas.

Essas obras passam, assim, “a ser executadas, mas a um ritmo um pouco mais lento, porque não era possível terminar a sua execução a meio de 2026 e serão executadas com verbas do Portugal 2030 e com verbas do Orçamento do Estado”, explicou.

Joaquim Miranda Sarmento avançou ainda à Lusa que, “até ao final do ano, ainda há dois pedidos de desembolso” que o país fará ao executivo comunitário.

“Portanto, provavelmente estaremos a falar de setembro e depois mais próximo do final do ano”, adiantou o ministro das Finanças, garantindo à Lusa que a Comissão Europeia nunca manifestou preocupação na execução do PRR pela crise política em Portugal.

Ao todo, o plano tem um valor de 22,2 mil milhões de euros, com 16,3 mil milhões de euros em subvenções e 5,9 mil milhões de euros em empréstimos do Mecanismo de Recuperação e Resiliência, que dizem respeito a 376 investimentos e a 87 reformas.

Atualmente, o país já recebeu 8,49 mil milhões de euros em subvenções e 2,9 mil milhões de euros em empréstimos e a taxa de execução do plano é de 32%.

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Analistas acreditam que nova coligação poderá formar governo estável na Alemanha

  • Lusa
  • 12 Abril 2025

Entre concessões e promessas, a nova coligação na Alemanha surge como esperança de estabilidade num cenário marcado pela pressão da extrema-direita e desafios económicos globais.

Analistas alemães ouvidos pela Lusa acreditam que ainda é cedo para perceber o futuro do novo governo na Alemanha, mas estão otimistas relativamente ao acordo conseguido entre conservadores e social-democratas, que poderá trazer estabilidade.

A pressão económica dos EUA e a pressão política das sondagens, que dão a extrema-direita em empate com a União Democrata Cristã (CDU) terão acelerado as negociações a três que concluíram esta quarta-feira, em Berlim.

O novo governo sabe o que é que está em risco porque é a última oportunidade de combater a extrema-direita. Se a economia melhorar, penso que será possível ter um executivo mais estável do que o esperado. Já sobre a possibilidade de a CDU voltar a ganhar terreno e votos, isso é mais incerto porque as pessoas estão zangadas”, apontou Martin Kessler.

O líder dos conservadores e vencedor das últimas eleições, Friedrich Merz, prometeu, em conferência de imprensa de apresentação do novo acordo, “fazer o país avançar novamente”.

Para o editor chefe de política do jornal Rhenische Post, o resultado do acordo de coligação “parece melhor do que o esperado”. “Alteração da política de migração, concentração na segurança externa e interna, digitalização, redução da burocracia, diminuição dos impostos sobre as empresas e melhoria das regras de amortização relativas ao investimento. Mas as questões importantes, como a reforma do sistema de pensões, os cuidados de saúde ou os cuidados aos idosos, ainda não foram abordadas. Algumas coisas, como os subsídios para a agricultura e a restauração ou a melhoria das pensões para as mães, são prendas eleitorais e contraproducentes“, acrescentou.

O líder dos conservadores e vencedor das últimas eleições, Friedrich Merz, prometeu, em conferência de imprensa de apresentação do novo acordo, “fazer o país avançar novamente” com investimentos na economia e na defesa.

Merz deverá ser nomeado chanceler no início de maio, numa altura em que o presidente dos EUA, Donald Trump, desencadeou uma guerra comercial, provocando incerteza relativamente aos futuros laços de segurança transatlânticos.

“O novo governo federal também poderá beneficiar com o confronto com os EUA, uma vez que está a surgir um novo inimigo externo que nos poderá unir”, considerou Ulrich von Alemann, em declarações à Lusa.

Para o politólogo alemão, as sondagens que apontam uma igualdade entre o partido de extrema-direita, Alternativa para a Alemanha (AfD), que ficou em segundo lugar nas eleições de 23 de fevereiro, e a CDU, são “fenómenos de curto prazo” que podem mudar rapidamente após ser conhecido este acordo de coligação.

Como a CDU/CSU criou expectativas antes das eleições de que poderia haver uma reviravolta total na política alemã, será ainda mais difícil recuperar votos e a confiança. Isso nunca poderá acontecer com um governo de coligação.

Ulrich von Alemann

Politólogo alemão

“Também depende muito da reação dos meios de comunicação social, que, esperemos, acabará por se libertar das suas críticas políticas gerais”, apontou, sublinhando ainda que, “se ambos os lados conseguirem dar um sinal claro de que fizeram concessões razoáveis e formarem um novo governo equilibrado, isso também poderá ter resultados positivos nas sondagens num futuro próximo”.

“Como a CDU/CSU criou expectativas antes das eleições de que poderia haver uma reviravolta total na política alemã, será ainda mais difícil recuperar votos e a confiança. Isso nunca poderá acontecer com um governo de coligação. Resta saber como é que a AfD se vai posicionar no futuro”, sublinhou ainda von Alemann.

Martin Kessler quer esperar para ver, adiantando que Merz não estava numa situação “confortável” com os resultados recentes das sondagens. “A principal razão é Friedrich Merz ter prometido não tocar no travão da dívida e acabar por fazer uma viragem de 180 graus. Penso que isso não é muito bem recebido pelos votantes da CDU, já que o partido acabou por fazer muitas concessões ao SPD [Partido Social-Democrata] e também aos Verdes”, acrescentou. Ainda assim, acredita que as “negociações aceleradas e a confiança que se está a gerar entre os novos parceiros” são “promissoras”.

O acordo surge 45 dias depois das eleições antecipadas na Alemanha, que o bloco conservador formado pela CDU e pela sua congénere bávara, CSU, venceu com 28,6% dos votos, à frente da AfD (20,8%), do SPD (16,4%), dos Verdes (11,6%) e da Esquerda (8,8%).

O documento tem 146 páginas e intitula-se “Responsabilidade pela Alemanha.” Está dividido em seis capítulos, cada um dos quais se centra num tema considerado fundamental pelos três partidos, como a economia ou as migrações.

O SPD vai agora pedir aos seus mais de 357 membros que votem por correio a aprovação da coligação. No último fim de semana de abril, a CDU deverá reunir um comité composto por membros do Conselho Executivo do partido, bem como representantes das associações e delegados estaduais. Na CSU é a direção do partido a decidir.

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PSD rejeita acusação de promiscuidade e salienta que pico de donativos foi anterior à atual direção

  • Lusa
  • 11 Abril 2025

O mandatário financeiro do PSD afirmou não haver qualquer promiscuidade ou ilegalidade no financiamento do partido, sublinhando que o pico de donativos ocorreu em 2021, antes da atual direção.

O mandatário financeiro do PSD afirmou esta sexta-feira não haver qualquer promiscuidade ou ilegalidade no financiamento do partido, sublinhando que o pico de donativos aos sociais-democratas ocorreu em 2021, antes da atual direção.

Em declarações aos jornalistas à margem da apresentação do programa eleitoral da AD — Coligação PSD/CDS para as legislativas de 18 de maio, o mandatário financeiro dos sociais-democratas, Ricardo Carvalho, assegurou que não houve qualquer ilegalidade no financiamento partido, uma vez que os donativos são todos feitos a título individual e não por empresas.

Questionado sobre a acusação do porta-voz da candidatura do PS, Marcos Perestrello, de o PSD de revelar um “padrão de falta de ética” e de uma “promiscuidade profunda” entre o que é do partido, do primeiro-ministro e do Estado, o mandatário financeiro do PSD comentou: “não há promiscuidade nenhuma”.

Em causa, na acusação dos socialistas, está uma notícia do Expresso de que o maior cliente da empresa do primeiro-ministro, Luís Montenegro, está entre os principais doadores do PSD.

Ricardo Carvalho garantiu que o partido “nunca teve financiamento de qualquer empresa”, tendo havido situações em que teve de devolver donativos “porque não era possível identificar a sua origem”, e salientou que a atual direção dos sociais-democratas “é das direções com menos donativos dos últimos dez anos”.

O mandatário financeiro do PSD, que ocupa o cargo desde que Luís Montenegro assumiu a liderança do partido no verão de 2022, enfatizou que o pico de donativos ao partido foi em 2021, em ano de eleições autárquicas e num momento “muito anterior” à tomada de posse da atual direção.

Em junho de 2022 esta direção toma posse. O valor é significativamente inferior. Aliás, nós, em 2021, temos 480 mil euros em donativos, o que é normal, porque é um ano de eleições autárquicas. É normal as estruturas do partido procurarem donativos para fazer face às despesas das eleições autárquicas, porque, normalmente, os orçamento não são suficientes. E, a partir daí, há uma diminuição significativa do volume de donativos”, acrescentou o também secretário-geral adjunto do PSD.

O mandatário financeiro do PSD divulgou também que, em 2023, o partido registou donativos de 104 mil euros e, no ano passado, as doações chegaram aos 174 mil euros.

Questionado sobre o volume dos donativos em Braga, Ricardo Carvalho disse que “há estrutura mais dinâmicas que outras” e que a estrutura bracarense é um desses exemplos e sublinhou que os donativos são, normalmente, distribuídos às estruturas locais para “financiar a sua atividade normal pagar rendas, pagar água, luz, telecomunicações”.

O social-democrata defendeu que não se pode “criar a imagem de suspeição sobre pessoas que gostam de apoiar os partidos e que fazem as suas doações de acordo com a lei” e lançou o desafio para que se consultem também as listas de doadores do PS ou do Chega.

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Após turbulência, Wall Street termina no verde. S&P teve a melhor semana desde 2023

No balanço da semana, o S&P ganhou 5,7%, o melhor resultado semanal desde novembro de 2023, e o Nasdaq e Dow Jones subiram, respetivamente, 7,29% e 4,95%.

Após uma semana de “loucos” nas bolsas mundiais, os principais índices norte-americanos fecharam a sessão desta sexta-feira em terreno positivo, num dia em que vários bancos apresentarem bons resultados, apesar do contexto económico marcado por incertezas crescentes devido à política comercial da Administração Trump.

O índice de referência S&P 500 avançou 1,81%, para 5.363,36 pontos. Também o industrial Dow Jones somou 1,56%, para 40.212,71 pontos. A subir mais de 2% ficou o tecnológico Nasdaq (2,06%), avançando para 16.724,46 pontos.

No balanço da semana, o S&P ganhou 5,7%, o melhor resultado semanal desde novembro de 2023, e o Nasdaq e Dow Jones subiram, respetivamente, 7,29% e 4,95%.

Após oscilarem durante o dia, os principais índices começaram a subir após a garantia da presidente da Reserva Federal (Fed) de Boston, Susan Collins, de que estão preparados para manter a funcionar os mercados financeiros, caso seja necessário. Também o presidente da Fed de Nova Iorque, John Williams, afirmou que a economia norte-americana não está a entrar num período de inflação elevada e de baixo crescimento e que a Fed atuará para manter afastada a “estagflação”.

Esta sexta-feira, as gigantes da banca norte-americana Morgan Stanley, JP Morgan Chase e Wells Fargo apresentaram os resultados do primeiro trimestre, que espelharam números acima das estimativas dos analistas.

O Morgan Stanley fechou os primeiros três meses do ano com receitas líquidas de 17,7 mil milhões de dólares, superando em quase 7% os 16,56 mil milhões de dólares antecipados pelos analistas. Já o JP Morgan Chase, que aunciou um aumento de 12% do dividendo, reportou receitas de 46 mil milhões de dólares (que compara com uma previsão dos analistas de 44,39 mil milhões).

Igualmente positivos foram os resultados do primeiro trimestre do Wells Fargo, que também esta sexta-feira apresentou lucros por ação de 1,39 dólares, com os lucros líquidos a subirem para 4,9 mil milhões — um aumento homólogo de 6%.

Os resultados destes três bancos norte-americanos com forte expressão na maior economia do mundo demonstram a capacidade do setor financeiro norte-americano em adaptar-se às condições macroeconómicas desafiantes. Contudo, os alertas sobre o impacto potencial das políticas comerciais protecionistas e o risco crescente de recessão permanecem no horizonte.

O presidente norte-americano, Donald Trump, “continua otimista” quando à possibilidade de um acordo comercial com a China. As duas potências estão envolvidas numa escalada do duelo comercial iniciado por Trump com as tarifas impostas aos produtos chineses. Antes, o presidente norte-americano afirmou na sua rede social, Truth Social, que a política aduaneira está a “funcionar realmente bem”.

“A nossa política de direitos aduaneiros está a funcionar realmente bem. É emocionante para a América e para o mundo. Está a avançar rapidamente”, escreveu, depois de a China ter anunciado o aumento para 125% das taxas aduaneiras aos produtos norte-americanos e depois de os Estados Unidos terem decidido aplicar um total de 145% aos produtos chineses.

Esta declaração de Trump surge numa altura em que a moeda, a dívida e as ações norte-americanas estão sob ataque nos mercados, num contexto de escalada de tensão comercial com a China. A Organização Mundial do Comércio disse prever que esta situação possa causar uma quebra de 3% no comércio mundial.

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