SNS prevê sete urgências hoje encerradas, a maioria de Ginecologia e Obstetrícia

  • Lusa
  • 20 Julho 2025

Seis urgências de Ginecologia e Obstetrícia e uma de Pediatria vão estar encerradas este domingo continental, de acordo com as escalas publicadas no portal do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Seis urgências de Ginecologia e Obstetrícia e uma de Pediatria vão esta encerradas este domingo em Portugal continental, de acordo com as escalas publicadas no portal do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Segundo os dados consultados pela agência Lusa às 20:00 de sábado, no Hospital de Vila Franca de Xira (distrito de Lisboa) vão estar encerradas a urgência pediátrica e a urgência de Ginecologia e Obstetrícia.

No distrito de Setúbal, fica fechado o atendimento no serviço de urgência de Ginecologia e Obstetrícia nos hospitais Garcia de Horta (Almada) e São Bernardo (Setúbal).

Igualmente encerrados estarão os serviços de Ginecologia e Obstetrícia no Hospital Distrital de Santarém, no Hospital Infante Dom Pedro (Aveiro) e Hospital de Santo André (Leiria).

As autoridades de saúde apelam à população para que, antes de se deslocar a uma urgência, contacte a Linha SNS24 (808 24 24 24) para receber orientação adequada.

Na sexta-feira, o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, disse que o plano de emergência para a saúde, apresentado há um ano, estava a ter resultados, referindo que há menos urgências fechadas do que em 2024.

Há hoje menos urgências fechadas e mais urgências abertas” e no caso da Península de Setúbal, em Obstetrícia, “até ao momento, neste mês de julho não houve nenhum encerramento”, afirmou o governante, na conferência de imprensa após o Conselho de Ministros. Contudo, no dia 9 de julho, o Hospital do Barreiro (distrito de Setúbal) suspendeu o funcionamento do Serviço de Urgência de Obstetrícia e Bloco de Partos durante 10 dias e este fim de semana de 19 e 20 de julho a urgência de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Garcia de Orta (Almada) vai estar encerrada.

No caso deste hospital em concreto, em Almada, o governo espera que as urgências estejam abertas “em permanência todos os dias do ano, 24 horas por dia” a partir de setembro.

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Mariana Leitão eleita presidente da Iniciativa Liberal com 73% dos votos

  • Lusa
  • 19 Julho 2025

Mariana Leitão foi eleita como nova líder da Iniciativa Liberal, com 73% dos votos e 27% de abstenção, tornando-se na quinta presidente do partido e na primeira mulher a ocupar o cargo.

Mariana Leitão foi eleita este sábado como nova líder da Iniciativa Liberal, com 73% dos votos e 27% de abstenção, tornando-se na quinta presidente do partido e na primeira mulher a ocupar o cargo.

Mariana Leitão sucede assim a Rui Rocha, que ocupou o cargo entre 2023 e 2025 e que tinha anunciado a demissão da liderança em 31 de maio, por considerar que o resultado obtido pela IL nas eleições legislativas tinha sido insuficiente.

Quando a vitória de Mariana Leitão foi anunciada no pavilhão de Alcobaça onde está a decorrer a X Convenção Nacional da IL, alguns militantes do partido bateram palmas e agitaram bandeiras, mas mantiveram-se sentados.

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Cotrim disponível para ser candidato presidencial

  • Lusa
  • 19 Julho 2025

O eurodeputado João Cotrim Figueiredo está disponível para ser candidato presidencial, mas ressalvou que a decisão "não está tomada" e depende do apoio de outras entidades além da IL.

O eurodeputado João Cotrim Figueiredo revelou estar disponível para ser candidato presidencial, mas ressalvou que a decisão “não está tomada” e depende do apoio de outras entidades além da IL, que não especificou. Em declarações aos jornalistas no pavilhão onde está a decorrer a X Convenção Nacional da IL, em Alcobaça, Cotrim Figueiredo foi questionado se tenciona candidatar-se à Presidência da República, após ter dito num discurso que está disponível para “todas as batalhas” e ter ouvido apelos para que avance com uma corrida a Belém.

Eu não tomei a decisão de me candidatar. Tomei a decisão de estar disponível e agora há contactos que se tornam possíveis de fazer, que até aqui não eram possíveis, e que me vão permitir chegar a uma decisão final em breve“, respondeu o também líder da IL entre 2019 e 2023.

Questionado sobre o que é que irá pesar na sua decisão de avançar ou não com uma candidatura presidencial, Cotrim Figueiredo respondeu: “Sem querer revelar muito, a minha ideia é não fazer uma campanha muito parecida com outras que já houve”. “Isso exige disponibilidade de outras entidades para fazerem esse caminho comigo“, frisou.

Interrogado se bastará que a próxima líder da IL, Mariana Leitão, diga que o partido vai apoiar a sua candidatura para decidir avançar, Cotrim Figueiredo respondeu: “Não, eu suponho que esse apoio será natural”. “Não é disso que eu dependo, é de outros contactos e de outras disponibilidades que eu dependo”, afirmou, referindo que já falou com Mariana Leitão sobre o assunto e, questionado se foi desafiado pela futura líder da IL que decidiu manifestar a sua disponibilidade, disse que foi “algo simultâneo”.

Sobre se uma eventual candidatura presidencial não mostra uma IL dependente da sua figura, Cotrim Figueiredo respondeu que tem a certeza de “que haverá quem vá ler isso assim”.

“Também gostava que houvesse alternativas que pudessem assegurar o mesmo tipo de resultados eleitorais, mas posso, sem falsas modéstias, dizer que neste momento não existem”, considerou.

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Concentração de motos de Faro gera mais de 3 milhões de euros. Veja aqui fotos do evento

“Concentração de motos tem importância vital para Faro”, diz presidente da câmara, secundado pelo congénere do Turismo do Algarve. Novo líder do motoclube apresenta novidades ao ECO/Local Online.

A única concentração de motos nacional certificada internacionalmente volta a atingir o marco das 20 mil pessoas, com mais de 8.000 motos concentradas no tradicional terreno junto ao aeroporto de Faro. O evento começou na passada quinta-feira e tem final marcado para as ruas da capital algarvia com o desfile de milhares de motos na manhã de domingo. A 43.ª edição da concentração, segundo estimativa da autarquia e da organização, superará os três milhões de euros – com os bilhetes unitários de 65 euros e a nova modalidade de entrada válida apenas para quinta-feira, e que levou milhares de pessoas extra-concentração ao recinto.

43ª Concentração motard em Faro - 18JUL25
Com cerca de 20 mil pessoas no recinto da Concentração Internacional de Motos de Faro e cada entrada vendida por 65 euros, a bilheteira atinge os 1,3 milhões de euros, valor a que há a somar as novas entradas de um dia, válidas apenas para quinta-feira, com um preço simbólico de cinco eurosHugo Amaral/ECO

“A concentração tem para nós uma importância vital, tanto pela notoriedade, que traz pessoas de todos os continentes há muitos anos, como a nível económico, com mais de 30 mil pessoas no nosso concelho e nos limítrofes”, diz ao ECO/Local Online o presidente da Câmara de Faro, Rogério Bacalhau.

Organizado pela primeira vez em 1982, a concentração teve então 200 participantes, número que representa menos de um quinto das pessoas que este ano constituem a equipa, que inclui forças de segurança e técnicos de saúde no hospital de campanha montado no recinto.

“Se das 20 mil pessoas que estão dentro do recinto, cada uma gastar 100 euros, são dois milhões de euros num fim-de-semana, um valor calculado por baixo”, diz o autarca.

A estadia não tem duração igual para todos os participantes, mas só na quinta-feira e na manhã de sexta-feira já tinham sido vendidas mais de 10.000 entradas. Ao final da tarde de sexta-feira já eram 17 mil as entradas vendidas.

Apoiamos a concentração do ponto de vista financeiro, para fazer face a alguns custos logísticos da organização, mas acima de tudo, alavancamos do ponto de vista promocional o evento porque sabemos que é bastante relevante para alguns dos nossos principais mercados.

André Gomes

Presidente do Turismo do Algarve

O montante considerado por Rogério Bacalhau deverá ser repartido por restauração, hotelaria e alojamento local para os que não optam por acampamento, combustível para cerca de 8.000 motos, taxas aeroportuárias pagas pelos que chegam de avião – alguns dos quais alugam moto à chegada –, milhares de artigos de merchandising e equipamento para motos à venda nas dezenas de bancas da feira.

A estes há que somar cerca de 1,5 milhões de euros em bilheteira, seja na entrada de cerca de 20 mil pessoas com custo unitário de 65 euros (com direito a acampamento) e validade para quatro dias, seja na nova modalidade apenas para visitantes na quinta-feira, com um valor de cinco euros. Sem especificar quantos destes bilhetes vendeu, a organização dá nota de que estiveram 21.500 pessoas a presenciar os concertos de quinta-feira, sendo que aqueles que haviam chegado para os quatro dias ainda não chegavam aos 10 mil.

Criado este ano, o bilhete de um dia gerou uma aceitação entre a população de Faro e de concelhos limítrofes que justifica a sua manutenção para próximas edições, diz Pedro Baptista, que este ano assume pela primeira vez a direção do evento, após ter substituído em novembro o primeiro e até aqui único presidente do Motoclube de Faro, José Amaro.

Há situações caricatas, pessoas que vêm totalmente equipadas, inclusive há quem traga o capacete, vêm de avião e no domingo ou segunda voltam para casa.

Rogério Bacalhau

Presidente da Câmara Municipal de Faro

O volume de negócios gerado pela concentração internacional de motos, que se realiza em Faro desde 1982, nunca foi devidamente calculado, e será precisamente em 2025 que a organização promoverá esse estudo pela primeira vez, assegura Pedro Baptista.

Mas mesmo ainda sem esse estudo mais fino, a análise dos responsáveis do turismo da região é francamente positiva. “Durante a concentração, há um crescimento efetivo na ocupação hoteleira”, nota André Gomes, presidente do Turismo do Algarve, e não só na cidade que empresta o nome ao evento. “Até porque Faro não é dos concelhos onde temos mais oferta do ponto de vista hoteleiro, mas num conjunto de concelhos à volta da concentração, nomeadamente aqueles que são mais próximos, Loulé, Olhão, Albufeira”, conta André Gomes.

43ª Concentração motard em Faro - 18JUL25
43ª Concentração motard em FaroHugo Amaral/ECO

Entre as novidades deste ano está a candidatura a fundos do Turismo de Portugal – ainda a decorrer – e, para 2026, poderá estar aquela que seria a solução há muito procurada para o terreno privado onde decorre o evento e que, ao longo dos anos, tem motivado dúvidas relativas à viabilidade de presença do evento na edição seguinte. A situação no Vale das Almas “está mais ou menos ultrapassada.

“O município está a trabalhar para que o espaço possa ser um parque urbano”, a enquadrar com o parque natural da Ria Formosa, explica o autarca de Faro, que dentro de três meses terminará o seu terceiro e último mandato à frente da câmara da capital algarvia.

Com essa valência, terminam quaisquer hipóteses construtivas nos hectares ocupados pela concentração, e onde o motoclube trata, ao longo do ano, da limpeza, poda e plantação de árvores, nota o autarca.

Antigamente era um luxo viajar de avião, hoje, face ao preço dos bilhete, luxo é viajar de carro ou de moto

Pedro Baptista

Presidente do Motoclube de Faro

Rogério Bacalhau conhece bem esta que é a única concentração de motos portuguesa certificada pela entidade internacional de motociclismo. “Há muitas pessoas que vêm do estrangeiro de avião, chegam ao aeroporto e vão para a concentração, que fica a 500 metros”, conta.

“Há situações caricatas, pessoas que vêm totalmente equipadas, inclusive há quem traga o capacete, vêm de avião e no domingo ou segunda voltam para casa”, descreve o autarca.

Um modo de chegar à concentração que Pedro Baptista resume assim: “Antigamente era um luxo viajar de avião, hoje, face ao preço dos bilhete, luxo é viajar de carro ou de moto“. Ainda assim, nota, continuam a chegar motociclistas de Inglaterra, da Alemanha e de França.

A edição deste ano tem a particularidade de fazer parte de um calendário de 55 eventos patrocinados pelo Turismo do Algarve, entidade que celebra precisamente 55 anos. “Apoiamos a concentração do ponto de vista financeiro, para fazer face a alguns custos logísticos da organização. Mas acima de tudo alavancamos, do ponto de vista promocional, o evento porque sabemos que é bastante relevante para alguns dos nossos principais mercados”, diz André Gomes, presidente da entidade. Entre esses, Espanha e o Reino Unido, explica.

Ainda assim, desde o Brexit, a presença de britânicos teve uma redução, diz Pedro Baptista. Um dos meios para tentar inverter esta situação será a elaboração do cartaz do evento de 2026 até ao outono, de modo a permitir a marcação atempada, pormenoriza o presidente do Motoclube de Faro.

Ponto onde o presidente do motoclube e o líder do Turismo do Algarve não coincidem é na perspetiva de se poder “vender” a concentração internacional de motos como um festival de verão.

43ª Concentração motard em Faro - 18JUL25
Pedro Baptista, presidente do Motoclube de FaroHugo Amaral/ECO

A concentração também tem essa vertente de festival de música, havendo até a possibilidade de não motards entrarem no recinto e assistirem a esses concertos”, diz André Gomes. “É todo um impacto que gera não só naqueles que vêm de fora para participar especificamente na concentração, mas também nos próprios residentes e locais da região que já veem na concentração aquilo que também é a oferta do cartaz musical”.

Quem não quer ir em cantigas, apesar de apresentar no cartaz algumas bandas com notoriedade, como The Black Mamba, Moonspell ou os The Waterboys, é o presidente do motoclube: “Isto não é comparável com um festival de verão. Pode ter algumas semelhanças, mas a concentração nunca será festival de verão. Enquanto eu cá estiver, isto vai ser sempre só uma concentração, nunca será festival de verão”.

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Carneiro desafia (outra vez) Montenegro a dizer a verdade sobre acordos com Chega

  • Lusa
  • 19 Julho 2025

O secretário-geral do PS considera que "só mesmo o primeiro-ministro pode dizer que está a dizer a verdade sobre eventuais acordos entre o Governo e o Chega que agora tenta "a todo o custo" negar.

O secretário-geral do PS considerou este sábado que “só mesmo o primeiro-ministro pode dizer que está a dizer a verdade sobre eventuais acordos entre o Governo e o Chega que agora tenta “a todo o custo” negar. “Há muito tempo que não tínhamos um ministro a desmentir o primeiro-ministro. Na entrevista do ministro dos Assuntos Parlamentares, o doutor Carlos Abreu Amorim, por quem tenho muita estima, disse a verdade. Disse que, de facto, havia um acordo com o Chega, que agora, a todo custo, estão a tentar negar“, disse, em Baião, no distrito do Porto, José Luís Carneiro.

Confrontado com as declarações de Carlos Abreu Amorim à Rádio Observador, o líder socialista disse que “só mesmo o primeiro-ministro pode responder à questão sobre por que é que há um ministro que desmente o primeiro-ministro“. “É preciso perguntar ao primeiro-ministro quem fala a verdade. Se é o primeiro-ministro que disse no parlamento que não havia acordo, ou se é o ministro dos Assuntos Parlamentares que hoje disse que havia acordo”, referiu.

Em entrevista ao Observador, Carlos Abreu Amorim admitiu que houve um acordo de princípio entre o Governo e o Chega na imigração e no IRS e que também estão a conversar sobre o regime jurídico do Ensino Superior, isto depois de Luís Montenegro ter dito que não sabia do que se tratava o “acordo de princípio” revelado por André Ventura.

Sobre este tema, José Luís Carneiro não quis alongar-se nos comentários, preferindo garantir que “o PS, a cada crítica apresentará propostas alternativas para mostrar que está preparado para servir o país em todas as áreas do desenvolvimento”.

À margem da apresentação da candidatura de Paulo Pereira à Câmara Municipal de Baião, o secretário-geral do PS rejeitou responder à pergunta sobre se sente que o PS está a ficar para trás do Chega no plano das negociações com o Governo.

“Não queria comparar aquilo que é incomparável. Nós estamos muito para a frente, porque estamos aqui desde antes do 25 de Abril (…). Nós dissemos ao primeiro-ministro que queríamos ser uma oposição firme, responsável e alternativa. E é isso que nós procuraremos ser. A cada crítica apresentar soluções alternativas”, concluiu.

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BBVA pode recorrer à Justiça contra interferência do Governo espanhol na OPA

  • Lusa
  • 19 Julho 2025

O processo aberto pela Comissão Europeia contra Espanha dá ao banco BBVA a oportunidade de recorrer para o Supremo Tribunal contra a intervenção do Governo na OPA sobre o Sabadell.

O processo aberto pela Comissão Europeia contra Espanha dá ao banco BBVA a oportunidade de recorrer para o Supremo Tribunal contra a intervenção do Governo espanhol na OPA que lançou sobre o Sabadell, disseram fontes judiciais à Efe.

Em 24 de junho, o Governo espanhol aprovou a Oferta Pública de Aquisição (OPA) do BBVA sobre o Sabadell mas com condição de os dois bancos se manterem como entidades separadas (personalidade jurídica, património e gestão) durante pelo menos três anos.

O executivo espanhol argumentou que impunha esta condição em nome do “interesse geral”, para manter o apoio ao crescimento e à atividade empresarial, proteger os trabalhadores e os clientes e alcançar a coesão territorial, entre outras razões.

Desde o lançamento da OPA, o BBVA tem considerado que apenas a Comissão Nacional dos Mercados e da Concorrência (o regulador) está autorizada a impor condições. Embora esta transação em concreto tenha sido analisada exaustivamente e a lei estipule que o Governo se pode manifestar nestes casos, o banco interpreta que só o poderá fazer para dar aprovação ou mesmo reduzir exigências.

tanto o Banco Sabadell como o Governo consideram que a lei permite o reforço dos compromissos acordados entre o BBVA e a CNMC ou a imposição de condições adicionais. Face a isto, o Governo espanhol lançou uma consulta pública sem precedentes para recolher a opinião de terceiros.

Contrariamente a este argumento, tanto o Banco Sabadell como o Governo consideram que a lei permite o reforço dos compromissos acordados entre o BBVA e a CNMC ou a imposição de condições adicionais. Face a isto, o Governo espanhol lançou uma consulta pública sem precedentes para recolher a opinião de terceiros.

A presidente da CNMC, Cani Fernández, considera que a lei da concorrência “faz pouco” para esclarecer se o Governo pode impor novos compromissos com base no interesse público.

Segundo fontes jurídicas contactadas pela agência Efe, a disparidade de critérios e o facto de o Governo ter imposto a condição de não haver fusão durante três anos significam que o BBVA tem a opção de contestar a decisão do Governo.

Um dos argumentos que o BBVA pode usar é de que a fusão foi aprovada por unanimidade pela CNMC. Além disso, a Comissão Europeia abriu esta semana um processo de infração contra Espanha por causa da legislação que permitiu ao Governo condicionar a fusão dos bancos BBVA e Sabadell.

Para a sociedade de advogados Navas & Cusí, especializada em direito financeiro e europeu, o argumento do interesse geral é um conceito jurídico “excessivamente amplo e indeterminado” e considera que o veto de uma transação bancária corporativa violaria o artigo 63.º do Tratado sobre o Funcionamento da UE, relativo à livre circulação de capitais.

Para o advogado Juan Ignacio Navas, a possibilidade de veto constitui “uma interferência política que Bruxelas — com razão — vê com desconfiança” e recorda que o Tribunal de Justiça da União Europeia deixou claro em diversas ocasiões que os vetos públicos são inaceitáveis se a transação for comercialmente razoável e justificada.

Outros juristas ouvidos pela Efe concordam que o BBVA tem mais fundamentos para recorrer para o Supremo Tribunal contra a intervenção pública na transação após Bruxelas ter aberto um processo a Espanha.

O banco basco BBVA lançou a OPA sobre o catalão Sabadell em meados de 2024. A OPA hostil foi autorizada pelo regulador espanhol no final de abril, mas o Governo espanhol podia invocar ainda princípios de “interesse geral” e intervir no processo, impondo mais condições para a concretização da operação, o que ocorreu no passado junho.

Esta operação tem acendido o debate económico e político em Espanha e tem sido criticada por cerca de 70 associações empresariais (sobretudo catalãs) e sindicatos.

Se a OPA tiver sucesso, a fusão dos dois bancos criará uma entidade com perto de um bilião de euros em ativos, 135.462 trabalhadores em todo o mundo (dos quais 19.213 do Sabadell) e uma rede de mais de 7.000 agências. Seria dos principais bancos europeus e ultrapassaria o CaixaBank (dono do BPI) em ativos, posicionando-se como o segundo maior banco de Espanha em ativos.

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O caso que está a abalar a fé do movimento MAGA em Trump

  • Joana Abrantes Gomes
  • 19 Julho 2025

Congressistas republicanos e membros do movimento MAGA estão contra a decisão do Departamento de Justiça dos EUA de não divulgar os “ficheiros Epstein”, contrariando uma promessa de Trump.

Depois de um período inicial de lua-de-mel marcado por uma lealdade aparentemente inabalável dos republicanos e do movimento MAGA (“Make America Great Again”) em relação a Donald Trump, começam agora a ver-se sinais de desgaste na base de apoio do Presidente dos EUA, regressado à Casa Branca há apenas meio ano e com uma taxa de aprovação no índice Reuters/Ipsos em queda.

Nas últimas semanas, o descontentamento com a posição da Administração norte-americana em relação ao Irão e ao apoio à Ucrânia deu lugar a fortes críticas contra o recuo na sua promessa de divulgar documentos que, segundo sugerido anteriormente, conteriam revelações importantes sobre Jeffrey Epstein, acusado de crimes sexuais e financeiros, incluindo abuso sexual de raparigas adolescentes e organização de uma rede de pedofilia e de tráfico sexual, e do qual está documentada a proximidade com Donald Trump.

O caso Epstein — que foi encerrado após a confirmação da sua morte, por suicídio, na prisão de segurança máxima de Manhattan, em Nova Iorque, em 10 de agosto de 2019 — tem estado no centro de uma nova polémica nos Estados Unidos, após o multimilionário Elon Musk, em rutura com Trump, ter levantado a suspeita, numa publicação na rede social X entretanto apagada, de que o líder da Casa Branca está implicado nos ficheiros em causa.

A indignação subiu de tom depois de o Departamento de Justiça (DOJ, na sigla em inglês) e o FBI (Departamento Federal de Investigação) terem publicado um memorando, na semana passada, em que concluem que não há provas de que Epstein tenha mantido uma “lista de clientes” ou tenha sido assassinado. Além disso, divulgaram 10 horas de imagens de segurança da prisão que mostram que ninguém entrou na cela do milionário norte-americano no dia em que ele morreu por suicídio.

Jeffrey Epstein, acusado de crimes sexuais e financeiros, incluindo abuso sexual de raparigas adolescentes e organização de uma rede de pedofilia e de tráfico sexual, morreu na prisão em 2019.

Entre os devotos apoiantes do Presidente norte-americano que exigem a divulgação de mais informações sobre o caso está Marjorie Taylor Green. “É uma reversão total do que foi dito antes, e as pessoas simplesmente não estão dispostas a aceitar“, afirmou a deputada do Partido Republicano na Câmara dos Representantes, conhecida por ser adepta de teorias da conspiração de extrema-direita, numa entrevista à NBC News.

Marjorie Taylor Green, que sempre foi uma das mais fervorosas apoiantes de Trump no Congresso, criticou duramente a decisão do DOJ de não divulgar mais informações sobre Epstein: “Não o aceito e acho que mais ninguém o deveria aceitar. Acho que é um murro no estômago quando as pessoas normais vão para a prisão a toda a hora, quando fazem asneiras e fazem algo de errado, e depois parece sempre que as elites ricas e poderosas escapam.

Nancy Mace, também membro do Partido Republicano na Câmara dos Representantes, eleita pela Carolina do Sul, contou que tem sido bombardeada por eleitores furiosos que exigem mais transparência da Administração Trump sobre o caso. “É a única coisa de que ouvimos falar nas últimas 100 horas. Está em todas as plataformas de redes sociais, em todas as chamadas telefónicas para o escritório. Se se vê esse interesse num problema, é preciso dar resposta”, disse citada pelo The New York Times.

A congressista republicana defende a ideia de nomear um conselheiro especial para investigar se alguém destruiu provas e quem mais poderia estar envolvido no tráfico de meninas e mulheres jovens, apelando para que o Departamento de Justiça seja “mais transparente” nesta matéria.

O Republicano Mike Johnson, líder da Câmara dos Representantes e um fiel apoiante de Trump, também veio apelar à divulgação da informação sobre o caso Epstein.Lusa

O presidente da Câmara dos Representantes, Mike Johnson, juntou-se aos pedidos para a divulgação dos documentos adicionais. “É um assunto muito delicado, mas devemos divulgar tudo e deixar que as pessoas decidam. Quer dizer, a Casa Branca e a equipa da Casa Branca têm conhecimento de factos que eu não conheço. Esta não é a minha área e não estive envolvido nisso. Mas concordo com o sentimento de que precisamos de divulgar os factos”, respondeu, quando questionado num podcast de direita se apoia que a associada de longa data de Epstein, Ghislaine Maxwell, testemunhe perante o Congresso e se quer que o DOJ divulgue tudo o que tem sobre Epstein.

Grande parte da ira, ainda assim, tem sido dirigida à procuradora-geral Pam Bondi, também leal a Trump e que foi acusada por influenciadores de extrema-direita de ser cúmplice de encobrir o caso Epstein. Neste contexto, depois de ter despedido vários funcionários do Departamento de Justiça que trabalharam com o procurador especial Jack Smith na investigação sobre a retenção de documentos confidenciais por Trump e os seus esforços para reverter os resultados das eleições de 2020, esta quinta-feira despediu Maurene Comey, a filha mais velha do ex-diretor do FBI James Comey — que já tinha sido demitido por Donald Trump durante o seu primeiro mandato na Casa Branca, e está atualmente sob investigação juntamente com o ex-diretor da CIA, John Brennan — e a procuradora federal no caso de Ghislaine Maxwell, que conseguiu condenar a uma sentença de 20 anos de prisão em 2022.

Acho que é um murro no estômago quando as pessoas normais vão para a prisão a toda a hora, quando fazem asneiras e fazem algo de errado, e depois parece sempre que as elites ricas e poderosas escapam

Marjorie Taylor Greene

Deputada do Partido Republicano na Câmara dos Representantes dos EUA

No entanto, para os democratas, é Trump que não quer que os documentos se tornem públicos. “Definitivamente, esta não é uma razão para ela [Pam Bondi] se demitir, porque é claro que Donald Trump é quem está a dar o tom aqui”, disse o deputado democrata Jamie Raskin, membro da Câmara dos Representantes eleito por Maryland.

Trump cede à pressão para divulgar mais material

Para tentar amenizar a intensa pressão do seu contingente de apoiantes, o Presidente norte-americano anunciou que autorizava a procuradora-geral a divulgar publicamente “testemunhos pertinentes” relacionados com o acusado de tráfico sexual.

“Com base na quantidade ridícula de publicidade dada a Jeffrey Epstein, pedi à procuradora-geral Pam Bondi para produzir todo e qualquer testemunho pertinente do grande júri, sujeito à aprovação do tribunal“, escreveu Donald Trump numa publicação na Truth Social, na quinta-feira à noite. “Este esquema, perpetuado pelos democratas, deve acabar, agora mesmo!”, acrescentou.

Republicando a mensagem do líder da Casa Branca, Pam Bondi disse que faria esse pedido no tribunal federal na sexta-feira: “Presidente Trump — estamos prontos para pedir amanhã ao tribunal para revelar as transcrições do grande júri”.

O anúncio do Chefe de Estado norte-americano foi feito horas depois de o The Wall Street Journal ter publicado uma investigação sobre uma carta que Donald Trump terá enviado a Jeffrey Epstein em 2003, por ocasião do 50.º aniversário do milionário acusado de tráfico e abuso sexual de menores, para ser incluída num álbum que continha cartas de outros associados de Epstein e que estava a ser preparado por Ghislaine Maxwell.

Segundo o jornal, a carta contém várias linhas de texto datilografado, contidas dentro do contorno de uma mulher nua, desenhada alegadamente pelo atual Presidente dos EUA com um marcador. A assinatura do republicano surge rabiscada abaixo da cintura da mulher, “imitando pelos púbicos”. A carta conclui ainda com uma citação de Trump: “Feliz aniversário e que cada dia seja mais um segredo maravilhoso”.

No mesmo artigo, o The Wall Street Journal afirma que entrevistou o líder da Casa Branca na terça-feira, tendo este negado ser o autor da carta e ameaçado processar o jornal caso publicasse a notícia.

As alegações de que Epstein tinha abusado sexualmente de raparigas tornaram-se públicas em 2006, sendo preso pela primeira vez nesse ano. Epstein morreu em 2019 na prisão, depois de ter sido detido uma segunda vez e acusado de conspiração de tráfico sexual.

Em junho do ano passado, Trump — cuja ligação a Epstein está bem documentada, existindo, inclusive, fotografias dos dois juntos em eventos sociais — foi questionado, numa entrevista à Fox News, se iria divulgar os ficheiros do caso se fosse eleito. O então candidato presidencial republicano respondeu inicialmente. “Sim, libertaria”. Porém, ao mesmo tempo, também expressou algumas reservas. “Não se quer afetar a vida das pessoas se houver lá coisas falsas, porque há muitas coisas falsas em todo o mundo. Mas acho que sim”, ressalvou.

Não é claro se o material recolhido pelo grande júri, um órgão de investigação nos EUA que ouve depoimentos de testemunhas e emite intimações, inclui informação que fará compreender melhor o caso Epstein, visto que não se trata de um registo completo da investigação — apenas o suficiente para obter uma acusação.

O Departamento de Justiça deverá pedir a divulgação de material adicional, que normalmente é mantido em segredo — mas não se sabe que argumentos usarão para convencer o juiz a divulgar documentos que foram retidos para proteção das vítimas e dos acusadores.

Já as notas do FBI e entrevistas conduzidas fora do processo do grande júri são ficheiros, por norma, muito mais volumosos, que, mesmo que não sejam relevantes para o processo criminal, podem melhorar a compreensão pública do caso.

Donald Trump, que nas últimas semanas tem-se ocupado sobretudo com a política externa, tem agora um espinho cravado na sua imagem doméstica, que está a provocar fortes críticas até de fervorosos apoiantes.

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Mariana Leitão quer combater Chega: O “novo socialismo à direita”

  • Lusa
  • 19 Julho 2025

A candidata única à liderança da Iniciativa Liberal, Mariana Leitão, prometeu um partido mais ideológico e até radical, combatendo o Chega como "um novo socialismo à direita".

A candidata única à liderança da Iniciativa Liberal, Mariana Leitão, prometeu este sábado um partido mais ideológico e até radical, combatendo o Chega como “um novo socialismo à direita”. Na sua primeira intervenção de apresentação da sua moção de estratégia global perante a X convenção nacional da IL, em Alcobaça, Leiria, Mariana Leitão, assumiu que o partido não tem atualmente condições de contribuir para uma solução de Governo e deve assumir-se, antes como “consciência liberal” do sistema político.

Hoje, o imobilismo começa a mudar de sinal. A direita do caos já começa a esconder-se atrás da responsabilidade para deixar tudo na mesma. Não tenhamos dúvidas: o Chega não é mais do que um novo socialismo à direita. Não defendem a nossa soberania enquanto indivíduos. Não defendem qualquer reforma para Portugal. São coletivistas, estatistas, e paternalistas“, defendeu.

Mariana Leitão dedicou uma fatia substancial do seu discurso a atacar o Chega, que acusou de precisar “tanto do Estado como os outros”, mas, “como a economia não cresce, querem os mesmos apoios, a mesma subsidio-dependência e o mesmo paternalismo, mas só para os seus”. “Nas políticas, pouco os distingue do desgoverno que nos trouxe até aqui. E é só uma questão de tempo até que todos o entendam“, afirmou.

Sobre o Governo PSD/CDS-PP, disse que “pensa que falar em reformas e inventar um ministério chega para agradar aos liberais”. “Aquilo que vos proponho hoje é uma Iniciativa Liberal revigorada: Este é, mais uma vez, o momento de afirmar as nossas ideias, sem concessões. E esperemos então para ver se este Governo terá a coragem para dar os passos necessários. E não cometerá erro algum sem o nosso aviso“, afirmou.

Com um novo ciclo, que começa nas eleições autárquicas, Mariana Leitão prometeu um novo impulso “dentro de casa”, com “uma Iniciativa Liberal mais coesa, mais ideológica, mais convicta”. “E para ser mais clara ainda: sejamos radicais – sim, radicais – naquilo que verdadeiramente importa”, defendeu, enfatizando a importância da responsabilidade e autonomia individuais.

Para Mariana Leitão, os liberais devem ser “radicais na certeza de que o Estado não é o pai de ninguém, nem o patrão de todos” e “radicais, acima de tudo, na defesa da liberdade de viver sem medo do Estado, sem medo da maioria, sem medo de qualquer moda de qualquer Governo”.

A candidata única à liderança dos liberais abordou as eleições autárquicas de 12 de outubro, sublinhando a sua importância, porque é “nas autarquias que se pode provar que uma gestão liberal faz a diferença” e afirmando os autarcas do partido como “agentes da mudança”.

“Em coligação ou sozinhos, os nossos princípios não se diluem. Pelo contrário: afirmam-se. Porque a exigência liberal nunca entra em silêncio – entra para mudar”, declarou.

Antes de Mariana Leitão, e também para apresentar a moção de estratégia global da candidata a líder, Mário Amorim Lopes, proposto para vice-presidente do partido na nova direção, fez a defesa do liberalismo em vigor na Argentina e do presidente daquele país, Javier Milei. “Milei é apenas o executor das nossas ideias, das ideias liberais, e que mostra que as nossas ideias têm sucesso”, defendeu, argumentando que “diminuem a pobreza” e “geram prosperidade”.

“Estas ideias têm em Portugal um rosto, a IL”, afirmou, considerando que só os liberais oferecem esperança, em alternativa ao “ressentimento e rancor”.

A Iniciativa Liberal realiza este sábado a sua X Convenção Nacional com 985 militantes inscritos que deverão eleger Mariana Leitão como próxima líder do partido, sucedendo a Rui Rocha, que ocupava o cargo desde 2023.

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Lusosider contrata DSTsolar para construir parque fotovoltaico

  • ECO
  • 19 Julho 2025

A Lusosider adjudicou à DSTsolar a construção de uma unidade fotovoltaica para autoconsumo de 10,2 megawatts (MW).

A Lusosider adjudicou à DSTsolar a construção de uma unidade fotovoltaica para autoconsumo de 10,2 megawatts (MW), num investimento de 8,5 milhões de euros, dos quais 45% comparticipados pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

O projeto irá satisfazer cerca de um terço do consumo anual de energia elétrica da unidade industrial no Seixal, evitando simultaneamente a emissão de mais de 2.400 toneladas de CO₂ [dióxido de carbono] por ano”, referiram as empresas, em comunicado.

O investimento, no valor de 8,5 milhões de euros, dos quais 45% comparticipados pelo PRR, “reflete o alinhamento do projeto com os objetivos da empresa, nacionais e europeus de transição energética e neutralidade carbónica”, salientam.

O parque fotovoltaico é constituído por 14.740 módulos solares, capaz de produzir anualmente 16,8 gigawatts-hora (GWh) de energia limpa, e representa um terço das necessidades elétricas da unidade industrial siderúrgica.

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Liberais reúnem-se para eleger Mariana Leitão

  • Lusa
  • 19 Julho 2025

A Iniciativa Liberal realiza a X Convenção Nacional com 985 militantes inscritos que deverão eleger Mariana Leitão como próxima líder do partido, sucedendo a Rui Rocha, que ocupava o cargo desde 2023.

A Iniciativa Liberal realiza este sábado a sua X Convenção Nacional com 985 militantes inscritos que deverão eleger Mariana Leitão como próxima líder do partido, sucedendo a Rui Rocha, que ocupava o cargo desde 2023. A convenção começou às 09h30, em Alcobaça (Leiria), com a ratificação do regimento da X Convenção, e deverá terminar por volta das 21:00, com um discurso da nova líder da IL.

Candidata única à liderança, Mariana Leitão deverá ser eleita como presidente da IL — o único cenário em que a atual líder parlamentar poderia falhar a eleição seria caso metade dos 985 militantes inscritos não marcassem presença no momento da votação, de acordo com o regimento da convenção.

Caso seja eleita, Mariana Leitão tornar-se-á na quinta líder do partido e na primeira mulher a ocupar o cargo, sucedendo a Rui Rocha, que se demitiu em 31 de maio, por considerar que o resultado da IL nas eleições legislativas tinha sido insuficiente.

Nessas legislativas, a IL obteve 5,36% e nove deputados, mais um do que nas eleições de 2024.

Na moção com que se apresentou a eleições, Mariana Leitão diz querer uma IL sem “medo de incomodar” e apela a um “reencontro com aquilo” que considera estado na génese do partido: “irreverência com propósito, liberdade com responsabilidade, frontalidade na mensagem, clareza nas ideias e coragem para liderar uma transformação“.

Na lista à Comissão Executiva que propõe, Mariana Leitão mantém 60% dos membros da anterior direção de Rui Rocha, com 15 dirigentes a permanecerem no órgão executivo e 10 a estrearem-se, entre os quais dois antigos apoiantes de Carla Castro, que disputou a liderança com Rui Rocha na convenção de 2023.

Além da votação para a nova liderança, os membros da IL vão também debater e votar 19 moções setoriais, que a oposição interna utilizou para deixar críticas à atual direção do partido, designadamente no que se refere à posição relativamente a temas como direitos sociais, minorias ou nacionalidade.

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Wall Street Journal vai “defender-se vigorosamente” de processo judicial de Trump

  • Lusa
  • 19 Julho 2025

O 'Journal' declarou que vai "defender-se vigorosamente" contra Trump, que processou o jornal por difamação após a publicação de um artigo que lhe atribui uma carta dirigida a Jeffrey Epstein.

O Wall Street Journal declarou que vai “defender-se vigorosamente” contra o Presidente norte-americano, que processou o jornal por difamação após a publicação de um artigo que atribui a Donald Trump uma carta dirigida a Jeffrey Epstein. “Temos total confiança no rigor e exatidão das nossas informações“, afirmou na sexta-feira, em comunicado, um porta-voz do grupo proprietário do Wall Street Journal (WSJ), referindo que vai “defender-se vigorosamente contra qualquer ação judicial”.

Trump processou na sexta-feira o WSJ, a News Corp, grupo que inclui o jornal, e o seu proprietário, Rupert Murdoch, por divulgar uma carta que o Presidente teria enviado ao falecido Jeffrey Epstein, acusado de tráfico sexual e pederastia.

Na quinta-feira, o candidato republicano ameaçou levar aquela publicação a tribunal e, um dia mais tarde, deu seguimento à advertência, incluindo os dois redatores que escreveram o artigo, noticiaram os meios de comunicação social nacionais.

O WSJ noticiou na quinta-feira que, entre as cartas que Epstein recebeu no 50.º aniversário em 2003, havia uma com o nome de Trump e um desenho de uma mulher nua. A ilustração continha os seios e a palavra Donald na zona dos cabelos púbicos. A alegada carta do agora Presidente termina com a frase: “Feliz aniversário. Que cada dia seja mais um segredo maravilhoso“.

De acordo com o jornal, a antiga assistente de Epstein, Ghislaine Maxwell, que está a cumprir uma pena de 20 anos de prisão por ser cúmplice do magnata, recolheu cartas de Trump e de outros associados de Epstein para as incluir num álbum como presente.

O WSJ afirma que, numa entrevista com Trump na terça-feira, este negou ser o autor da missiva e ameaçou processar os meios de comunicação social se estes publicassem o artigo.

A publicação da carta coincide com a altura em que o escândalo Epstein voltou a público nos EUA, depois de o FBI e o Departamento de Justiça (DOJ) terem concluído, numa investigação, que o magnata não tinha uma “lista de clientes” das celebridades que chantageava.

O FBI e o DOJ também confirmaram a morte de Epstein por suicídio, desmentindo assim a teoria da conspiração de que teria sido assassinado para proteger os seus conhecidos, e anteciparam que não iriam divulgar mais nenhuma investigação sobre o caso.

Os adeptos do movimento Make America Great Again (MAGA) estão insatisfeitos com as conclusões destes inquéritos, uma vez que Trump, a Procuradora-Geral dos EUA, Pam Bondi, e o Diretor-Adjunto do FBI, Dan Bongino, prometeram revelar “a verdade” sobre o caso antes do início da atual administração dos EUA, em janeiro.

A pressão recebida levou o Presidente a autorizar Bondi a divulgar quaisquer ficheiros adicionais “credíveis” sobre o assunto, mas não sem antes criticar os seus apoiantes por, na sua opinião, se terão deixado “enganar” pelos democratas.

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SNS prevê para hoje cinco urgências encerradas

  • Lusa
  • 19 Julho 2025

Cinco urgências de ginecologia e obstetrícia e de pediatria vão estar hoje encerradas em Portugal continental, de acordo com as escalas publicadas no portal do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Cinco urgências de ginecologia e obstetrícia e de pediatria vão estar encerradas este sábado em Portugal continental, de acordo com as escalas publicadas no portal do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Segundo os dados, consultados pela agência Lusa às 18:15 de sexta-feira, está previsto o encerramento das urgências de ginecologia e obstetrícia dos hospitais Garcia de Orta, Vila Franca de Xira (Lisboa), Santo André (Leiria) e Infante Dom Pedro (Aveiro).

O hospital de Vila Franca de Xira regista ainda o encerramento do serviço de urgência pediátrica, situação que se repete no domingo.

Na sexta-feira, estiveram encerradas quatro urgências de ginecologia e obstetrícia: Aveiro, Santarém, Barreiro e Almada, estas últimas no distrito de Setúbal.

A urgência de ginecologia e obstetrícia do Hospital São Francisco Xavier (Lisboa) está referenciada desde as 00:00 de hoje até à meia-noite, bem como a do Hospital de Braga e do Hospital São Bernardo (Setúbal), das 00:00 às 09:00.

Também a urgência pediátrica dos hospitais Amadora-Sintra, das 00:00 às 08:00 e das 20:00 à meia-noite, e Beatriz Ângelo (Loures), das 00:00 à meia-noite, encontra-se referenciada.

As urgências referenciadas dizem respeito a casos encaminhados pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) ou pela linha SNS 24.

As autoridades de saúde apelam à população para que, antes de se deslocar a uma urgência, contactar a Linha SNS24 (808 24 24 24) para receber orientação adequada.

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