Mértola tem garantia do Governo de que não há decisão sobre novo campo de tiro da Força Aérea

Município alentejano diz que Governo assegura não ter tomado ainda decisão sobre localização alternativa ao campo de tiro da Força Aérea em Alcochete.

A Câmara Municipal de Mértola contactou o Governo para esclarecer as notícias desta semana que davam conta de que o campo de tiro da Força Aérea seria deslocalizado para aquele concelho alentejano, tendo o Ministério da Defesa assegurado não haver qualquer decisão.

“Após várias diligências junto do Governo, recebeu finalmente uma comunicação oficial do Gabinete do Ministro da Defesa”, indica a câmara, em comunicado chegado na noite desta quarta-feira. O Governo indica neste esclarecimento à autarquia “que não existe, até ao momento, qualquer decisão tomada relativamente à localização de um futuro Campo de Tiro e que, na fase de consolidação dessa decisão, as autarquias abrangidas serão contactadas”.

As notícias sobre a deslocalização do campo de tiro para Mértola remontam pelo menos a 2007. Já então a ideia merecia o desagrado não só do autarca de Mértola, mas também de Serpa, já que a área a afetar a este campo de tiro abrange ambos os municípios.

Do mesmo modo que a câmara de Mértola reafirma que “não foi envolvida em qualquer discussão ou tomada de decisão sobre esta matéria e que desconhece os detalhes desta eventual mudança”, em Serpa, o outro município potencialmente envolvido na relocalização do campo de tiro, o autarca diz ao ECO/Local Online não ter informação sobre qualquer decisão. “Vemos com muito pouco agrado esta possibilidade. Mas neste momento não temos qualquer informação oficial”, diz o comunista João Palma.

“Foi avançado há uns meses, agora voltou-se a falar com mais insistência. É algo que vemos com muito pouco agrado. O território de serra entre Serpa e Mértola é zona do parque natural do Vale do Guadiana, com muitas culturas tradicionais sem regadio nem utilização de muitos químicos, e zona de pastorícia do leite de ovelha para fabrico do queijo de Serpa. Muito recentemente, o montado da serra de Serpa foi candidatado ao SIPAM”, Sistemas Importantes do Património Agrícola Mundial, diz João Palma.

Neste momento não temos qualquer informação oficial. Foi avançado há uns meses, agora voltou-se a falar com mais insistência. É algo que vemos com muito pouco agrado. O território de serra entre Serpa e Mértrola é zona do parque natural do Vale do Guadiana

João Palma

Presidente da Câmara Municipal de Serpa

O presidente da câmara de Serpa acentua que os cidadãos da região têm sido “ignorados ao longo do tempo”. “Temos falta do IP8, da estrada que faz ligação de Serpa a Mértola. Ninguém no Governo central se preocupa, mas lembram-se do Alentejo para vir instalar um campo de tiro. É lamentável e de mau gosto“, acentua.

Pouco confiante numa possível externalidade da infraestrutura em termos de emprego ou criação de riqueza para a região, João Palma recorda o período em que serviu na Força Aérea em Beja e, num paralelismo, não crê que Alcochete ganhasse bastante com os aviões que saíam da base aérea alentejana para praticar tiro na área onde se espera que esteja o novo aeroporto internacional de Lisboa a partir da próxima década. “Os impactos [no distrito de Beja], tendo em conta a região que é, serão mais positivos que negativos”, assegura.

Por seu lado, o presidente de Mértola recorda, no comunicado, ter solicitado diversas audiências no último ano: a 5 de junho de 2024 ao ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, e ao chefe do Estado Maior da Força Aérea, João Cartaxo Alves. A 13 de novembro, a Nuno Melo, ministro da Defesa, com quem reforçou o contacto no dia 13 de fevereiro.

Nesta terça-feira, o Jornal de Negócios deu nota de que a decisão de transferência estava tomada e que a opção seria Mértola. A saída do campo de tiro utilizado pela Força Aérea para prática de tiro ar-terra é imposta pela escolha do Campo de Tiro de Alcochete – abrangendo também território dos municípios de Samora Correia, Benavente e Montijo – para local do novo aeroporto Luís de Camões.

Contactado o Ministério da Defesa, fonte referiu ao ECO/Local Online que não existe qualquer decisão tomada relativamente a esta infraestrutura.

O comunicado da câmara de Mértola deixa um longo argumento contra a instalação do campo de tiro da Força Aérea:

“A transferência das instalações militares em questão – um campo de tiro de instrução e treino que alberga a Base Aérea n.º 6, sede da frota de aviões de transporte C130 e outras aeronaves – implicaria impactos diretos e indiretos irreversíveis no desenvolvimento ambiental, ecológico, cultural e social da região.

Um projeto militar experimental desta magnitude, cuja informação pública é ambígua e resulta num desconhecimento sobre os seus reais impactos, deverá causar efeitos profundos em estruturas ambientais de elevado valor e classificação no âmbito da Rede Natura 2000: sítio Guadiana ZPE Vale do Guadiana, ZPE Castro Verde, Parque Natural do Vale do Guadiana e ainda, área da Reserva da Biosfera de Castro Verde.

Neste território estamos num dos principais ecossistemas de biodiversidade do País e da Península Ibérica, reconhecido pela sua grande riqueza ecológica e forte papel na preservação de espécies ameaçadas, como o lince-ibérico e espécies de avifauna como o abutre-preto, a cegonha-preta, abetarda, Peneireiro-das-torres, águia imperial ibérica, entre outras…

Adicionalmente, a instalação de uma base militar poderá resultar na poluição dos solos, devido ao uso de combustíveis e materiais contaminantes – como o chumbo, o cobre e o zinco – associados às atividades militares, como os resíduos de munições e o desmonte de equipamentos, o que comprometeria a qualidade do solo e a saúde dos ecossistemas circundantes. A poluição das águas também é uma preocupação grave, uma vez que o escoamento de substâncias tóxicas ou de resíduos para os cursos de água poderia afetar os sistemas hídricos locais.

Outro impacto significativo seria a poluição sonora e luminosa, que afetaria negativamente a biodiversidade, a qualidade de vida dos residentes e a certificação “Dark Sky Alqueva”, primeiro destino starlight do Mundo que integra, além de outros, os territórios de Mértola e Serpa. O ruído proveniente das operações militares poderia interferir nas rotinas de nidificação, alimentação e migração de aves e outras espécies, causando stress e deslocamento das populações para áreas menos adequadas à sua sobrevivência, assim como causaria distúrbios à produção pecuária com prejuízos previsíveis na sua produtividade.

Na área de influência localiza-se ainda o Centro de Estudo da Erosão Vale Formoso, com a sua relevância para a investigação e sensibilização ambiental, especialmente no que diz respeito à erosão do solo e à regeneração dos ecossistemas degradados.

A deslocalização do Campo de Tiro e os impactos ambientais são contraditórios à atuação do Centro e aos objetivos de capacitação e investigação científica que lhe estão associados. Por outro lado, está em curso o processo de criação do primeiro Geoparque Transfronteiriço do Vale do Guadiana e Província de Huelva num processo que tem já projetos financiados no âmbito do POCTEP e a perspetiva de criação de um AECT (Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial) com a participação da Diputación de Huelva, 32 Ayuntamientos e os Municípios Portugueses de Mértola, Serpa, Moura e Barrancos.

Um processo desta natureza inviabiliza um trabalho que tem vindo a ser desenvolvido há anos, no sentido de desenvolver uma oferta turística nestes territórios que se pauta pelos princípios da sustentabilidade ambiental, económica e social. Exemplo disso também, é o processo de certificação em curso de Mértola como destino Turístico Sustentável Biosphere”.

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Canadá exige maior transparência sobre diversidade nos bancos e seguradoras

  • Lusa
  • 19 Fevereiro 2025

A nova regulamentação visa facilitar a contratação de minorias para cargos de elevada responsabilidade. As empresas terão de divulgar os seus resultados anuais de diversidade aos investidores.

O Governo do Canadá vai exigir que os bancos, companhias de seguros e empresas de serviços financeiros divulguem publicamente o número de mulheres e minorias nos conselhos de administração e principais cargos de gestão.

A decisão, publicada na sexta-feira no jornal oficial do Governo, contrasta com a ofensiva lançada nos Estados Unidos pelo novo Presidente Donald Trump contra as políticas que promovem a diversidade.

A nova regulamentação canadiana visa facilitar a contratação de mulheres, minorias, populações indígenas e pessoas com deficiência para cargos de elevada responsabilidade.

“A diversidade é essencial para criar um setor financeiro próspero que reflita os valores canadianos e que realize o seu potencial”, disse o Governo liderado pelo primeiro-ministro Justin Trudeau.

“Estudos mostram que a diversidade e a inclusão na governação corporativa são importantes impulsionadores de novas ideias e inovação, desempenho e crescimento organizacional”, acrescentaram as autoridades de Otava.

As regras que serão aplicadas a 16 instituições financeiras são semelhantes às que já estão em vigor em negócios regulados pelo Governo federal, como as telecomunicações, as companhias aéreas e os caminhos-de-ferro.

As empresas terão de divulgar os seus resultados anuais de diversidade aos investidores.

No país vizinho, os Estados Unidos, as políticas DEI (Diversidade, Equidade, Inclusão), um legado do movimento dos direitos civis dos anos 60 e ancoradas nas políticas de recursos humanos, sofreram a ira da nova administração Trump.

O Presidente republicano assinou um decreto a 20 de janeiro, dia da tomada de posse, declarando como ilegais os programas DEI dentro do Governo federal. Todos os funcionários e empregados destes programas foram colocados em licença administrativa forçada antes de serem despedidos “no prazo de 60 dias”.

No Canadá, a maioria dos reguladores regionais do mercado financeiro já exige que as empresas cotadas publiquem dados quanto à paridade na composição dos conselhos de administração e cargos de gestão.

Pelo menos uma mulher fez parte de 59% dos conselhos de administração das empresas reguladas pelo governo federal, e 27% delas tinham uma pessoa de uma minoria em 2023, de acordo com as estatísticas do Governo.

Além disso, 29% dos cargos de chefia eram ocupados por mulheres, 13% por minorias.

Todos estes dados mostram uma subida ligeira em comparação com 2022.

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Venda de Seguros janeiro: Saúde abranda, Capitalização acelera

  • ECO Seguros
  • 19 Fevereiro 2025

Os produtos Vida Capitalização continuam a puxar o mercado segurador, enquanto o ramo saúde já não cresce tanto. Seguros de automóvel e acidentes de trabalho estão muito acima da inflação.

A produção ou venda de seguros em Portugal manteve um ritmo elevado de crescimento no primeiro mês deste ano, revelam dados agora divulgados pela Associação Portuguesa de Seguradores (APS). Os valores são apresentados à taxa nominal de crescimento, mas a associação aponta uma taxa de inflação homóloga de 2,55%, traduzindo-se num crescimento real em quase todas as linhas de negócios.

No total, a venda de seguros aumentou 25% relativamente a janeiro de 2023, com uma subida de 7,9% nos seguros Não Vida e de 61,8% nos seguros de Vida.

Os produtos de capitalização continuam a ser estrela, subindo 134% em relação a janeiro do ano passado, significando uma venda de mais 230 milhões de euros para atingir 402 milhões de euros no total.

Também os PPR registam subida positiva de 33,8% com os bancos a colocarem 90% deste valor junto dos seus clientes. Os seguros de risco puro, mais ligados a crédito à habitação e consumo, subiram 3,7%.

Nos ramos Não Vida a surpresa foi de um abrandamento do crescimento dos seguros de saúde, ainda assim com mais 8%, enquanto Acidentes de Trabalho subiu 9%. Quase a mesma taxa de crescimento obtiveram os ramos automóvel (8,9%), enquanto Multirriscos habitação cresceu 8,2%.

Ainda no total de vendas em janeiro – que atingiu os 1.768 milhões de euros – os bancos comercializaram cerca de 75% do seguros de Vida, mas apenas 10% nos ramos Não Vida. Os outros canais de distribuição, onde predominam os agentes e corretores de seguros, realizaram 90% das vendas de seguros gerais e apenas 25% das vendas do ramo Vida.

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Primeiro-ministro português participou na segunda parte da reunião com Macron

  • Lusa
  • 19 Fevereiro 2025

Luís Montenegro juntou-se à distância à reunião, que decorre em Paris, após a 14.ª cimeira bilateral entre Portugal e Brasil, em Brasília.

O primeiro-ministro português participou esta quarta-feira, a partir de Brasília, na segunda parte da reunião de emergência convocada pelo Presidente francês, Emmanuel Macron, disse à Lusa fonte do gabinete de Luís Montenegro.

O primeiro-ministro juntou-se à distância à reunião, que decorre em Paris, mal terminou a conferência de imprensa da 14.ª cimeira bilateral entre Portugal e Brasil, em Brasília, onde está desde terça-feira.

Alguns dos principais líderes europeus participam na segunda reunião de emergência convocada esta semana pelo Presidente francês, Emmanuel Macron, depois de os Estados Unidos e a Rússia terem mantido na terça-feira as primeiras conversações diretas desde a invasão russa da Ucrânia, a 24 de fevereiro de 2022, e terem acordado tomar medidas para começar a normalizar as suas relações.

Em declarações aos jornalistas, Montenegro declarou-se “muito tranquilo” com a situação da empresa da sua família e voltou a remeter explicações para o debate da moção de censura no parlamento. “Já tive a ocasião de dizer, há uma noção de censura que foi apresentada, que incide sobre essa matéria, prestarei todos os esclarecimentos na Assembleia da República”, declarou na Embaixada de Portugal em Brasília.

Estou muito tranquilo, farei aquilo que é a minha obrigação, com toda a tranquilidade de quem honrou sempre a sua vida pessoal, profissional e política por critérios de honestidade, de tolerância e de respeito por toda a gente”, acrescentou o primeiro-ministro.

 

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Governo ultima concurso para garantir distribuição de publicações em todo o país

  • Lusa
  • 19 Fevereiro 2025

Uma das medidas do plano de Ação para os Media, apresentado pelo Governo em outubro, é a garantia de distribuição de publicações periódicas em todos os concelhos do país.

O Governo vai lançar dentro de “poucas semanas” um concurso público internacional, tendo em vista garantir a distribuição de publicações “em todo o país”, anunciou o ministro dos Assuntos Parlamentares.

Na sessão de encerramento da cerimónia comemorativa do 50.º aniversário da Vasp, o ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, lembrou que uma das 30 medidas que consta do plano de Ação para os Media “passa precisamente pela garantia da publicação e da distribuição de publicações em todo o país” e revelou que o Governo está “a poucas semanas de lançar um concurso público internacional” que permitirá ao Estado participar “nesse esforço necessário” para que todos os cidadãos tenham acesso a “publicações, jornais, revistas, livros, etc”, em qualquer ponto do país.

Uma das medidas do plano de Ação para os Media, apresentado pelo Governo em outubro, é a garantia de distribuição de publicações periódicas em todos os concelhos do país, bem como o apoio à distribuição de publicações periódicas para zonas de baixa densidade populacional.

O ministro dos Assuntos Parlamentares destacou ainda o papel “de referência incontornável” da Vasp no setor da distribuição de publicações, destacando que as cinco décadas de existência da empresa “confundem-se com a história da democracia portuguesa”, dado que ambas “nasceram” em 1974.

Sem a Vasp uma parte do país teria continuado às escuras, apesar de já viver em liberdade“, afirmou Pedro Duarte, na cerimónia que decorreu no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.

Apesar de sublinhar que a comunicação social “enfrenta hoje inúmeros desafios”, o governante indicou que a distribuidora “tem ultrapassado vários obstáculos”, desde as “grandes transformações políticas e sociais” da década de 70, à “mudança dos hábitos de consumo dos leitores” nos anos 90 até às mudanças nas cadeias de distribuição na pandemia.

Isto significa “que é possível superar as crises, adaptar-nos às mudanças, aproveitar as oportunidades para inovar“, enalteceu Pedro Duarte, desejando ainda que a Vasp “continue a desempenhar um papel essencial para a indústria editorial, expandindo a sua atuação para novas áreas e reforçando parcerias estratégicas, que garantam a relevância deste setor no futuro, seja através da distribuição física ou de soluções digitais”, apontou.

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Luísa Salgueiro recandidata-se pelo PS à Câmara de Matosinhos

"Tenho toda a confiança. Se os matosinhenses continuarem a confiar em mim, cá estarei", diz Luísa Salgueiro que se vai recandidatar à Câmara de Matosinhos pelo PS.

Luísa Salgueiro volta a candidatar-se à presidência da câmara de Matosinhos pelo PS nas próximas eleições autárquicas que acontecem entre setembro e outubro deste ano, confirmou esta quarta-feira a autarca, em exclusivo, ao ECO/Local Online. Será o seu terceiro e último mandato depois já ter sido aprovada a candidatura na concelhia do PS.

“Vou candidatar-me [à câmara de Matosinhos]. Já estou eleita na concelhia. Falta só formalizar na distrital”, assegurou a também líder da Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP) desde 12 de dezembro de 2021.

Falta ainda passar no crivo da Federação Distrital do Porto do PS, mas aos 57 anos a autarca está confiante da sua candidatura e da vitória nas próximas autárquicas para o último mandato. Interpelada se acha que vai ganhar as eleições, Luísa Salgueiro responde, convicta: “Tenho toda a confiança. Se os matosinhenses continuarem a confiar em mim, cá estarei“.

Admitindo que não fez qualquer tipo de sondagem, a atual autarca socialista diz ter trabalho feito no município ao longo destes oito anos que garantem a vitória. É presidente do município desde 21 de outubro de 2017. Na altura o nome da socialista foi indicado pelo ex-primeiro ministro António Costa.

Luísa Salgueiro está confiante tendo por base o “contacto com os munícipes e a avaliação que as pessoas vão fazendo do trabalho do município“.

Vou candidatar-me [à câmara de Matosinhos]. Já estou eleita na Concelhia. Falta só formalizar na distrital.

Luísa Salgueiro

Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos

Ex-deputada e ex-vereadora do histórico ‘dinossauro’ autárquico Narciso Miranda, Luísa Salgueiro tem tido ainda algumas batalhas na ANMP como a descentralização de competências e a lei das finanças locais.

Licenciada em Direito e com uma pós-graduação em direito do ambiente, Luísa Salgueiro foi vereadora da Câmara Municipal de Matosinhos entre 1997 e 2009, deputada no Parlamento, entre outros cargos na política.

Já é público que terá como adversário o dissidente socialista António Parada, que desta vez se recandidata pelo Chega, e Bruno Pereira pelo PSD, atualmente vereador na autarquia.

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Relação admite providência cautelar para impedir difamação de empresa nas redes sociais

  • Lusa
  • 19 Fevereiro 2025

Relação do Porto determinou que dois homens se encontram impossibilitados de fazer declarações públicas difamatórias ou insultuosas sobre empresa de inspeções automóveis nas redes sociais.

O Tribunal da Relação do Porto (TRP) aceitou uma providência cautelar para impedir a difamação de uma empresa de inspeções automóveis nas redes sociais, segundo um acórdão consultado esta quarta-feira pela Lusa.

O acórdão, datado de 6 de fevereiro, revogou a decisão do Tribunal Cível de Santa Maria da Feira e, em consequência, decretou a providência cautelar que tinha sido intentada pela empresa contra dois homens que publicaram nas redes sociais “comentários ofensivos e rudes” dirigidos à requerente.

Em causa está o facto de um dos indivíduos ter visto a sua viatura reprovada numa inspeção realizada nas instalações da empresa, em 18 de janeiro de 2024, pelo facto de as características da mesma terem sido alteradas, tendo sido instalados amortecedores com molas de rebaixamento (não de origem), o que motivou a sua apreensão pela GNR em novembro de 2022.

Cerca de um mês depois, o Instituto da Mobilidade e dos Transportes procedeu à devolução dos documentos da viatura e consequente levantamento da apreensão, concluindo que a substituição dos amortecedores originais pelos amortecedores que equipavam na altura o veículo não correspondiam a “um processo de alteração de características do veículo, uma vez que se tratará da substituição de equipamento original do fabricante por equipamento de substituição equivalente”.

Ao contrário do decidido na primeira instância, os juízes desembargadores concluíram pela existência de “periculum in mora”, considerando que a continuação da conduta dos dois homens pode implicar “uma perda de clientela por parte da requerente e provocar-lhe prejuízos de difícil reparação”.

O TRP determinou assim que os dois homens se encontram impossibilitados de fazer declarações públicas difamatórias ou insultuosas, designadamente nas redes sociais Facebook, Instagram, TikTok, YouTube, WhatsApp, Twitter, Reddit e Linkedin, sobre a requerente.

Os dois foram ainda condenados no pagamento diário da quantia de 1.500 euros por toda e qualquer publicação, nos media, nas plataformas, redes sociais e afins, bem como de 50 euros por cada comentário difamatório, insultuoso e/ou por cada republicação, a título de sanção pecuniária compulsória.

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UE preparada para reagir “com firmeza” a restrições aduaneiras de Trump

  • Lusa
  • 19 Fevereiro 2025

“Há quem diga que as penalizações aduaneiras aplicadas pela UE são superiores às existentes para as importações para os EUA, mas as evidências demonstram que isso é falso”, disse o comissário europeu.

A União Europeia (UE) declarou esta quarta-feira que não há “nenhuma justificação” para a aplicação de penalizações aduaneiras equacionadas pelo Presidente, Donald Trump, e anunciou que está preparada para reagir com “firmeza e rapidez”.

“Há quem diga que as penalizações aduaneiras aplicadas pela UE são superiores às existentes para as importações para os EUA, mas as evidências demonstram que isso é falso”, disse o comissário europeu para o Comércio, Maroš Šefčovič, em Washington, onde tem em agenda reuniões com o Secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, com o Representante Comercial dos EUA, Jamieson Greer, e com o principal conselheiro económico de Trump, Kevin Hassett.

O comissário europeu acrescentou que a União Europeia é “uma das economias mais abertas do mundo” e que “mais de 70% das importações entram sem serem tributadas”. No entanto, face à possibilidade de a Casa Branca ‘apertar’ com restrições aduaneiras “sem nenhuma justificação”, o representante do executivo comunitário referiu que Bruxelas está preparada para reagir com “firmeza e rapidez”.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, estimou na terça-feira que a nova taxa sobre os automóveis que tenciona impor à União Europeia a partir de 2 de abril será de cerca de 25%. Trump acrescentou que, no caso dos semicondutores e dos produtos farmacêuticos, as tarifas serão de 25% ou mais “e vão aumentar muito substancialmente ao longo do ano”.

“A União Europeia tem sido muito injusta para connosco. Temos um défice de 350 mil milhões de dólares. Não aceitam os nossos automóveis, não aceitam os nossos produtos agrícolas, não aceitam quase nada, aceitam muito pouco. Vamos ter de corrigir isso e vamos fazê-lo. Não tenho dúvidas”. Não tenho dúvidas sobre isso”, afirmou em Mar-a-Lago, no âmbito de uma cerimónia de assinatura do decreto-lei e tem repetido ao longo de várias intervenções.

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João Ribeiro, da SaTG, é jurado na ronda final dos Effie Awards em Nova Iorque

  • + M
  • 19 Fevereiro 2025

Os Effie Awards, que reconhecem as pessoas, marcas e agências com o marketing "mais eficaz do mundo", entram na ronda final entre 4 e 6 de março, com a votação dos casos que chegaram a shortlist.

João Ribeiro, co-fundador e diretor-geral da Stream and Tough Guy (SaTG), será jurado na ronda final dos Effie Awards em Nova Iorque, em representação da Associação Portuguesa de Agências de Publicidade (APAP).

Ter a possibilidade de ser jurado na ronda final dos Effie Awards nos EUA é o ponto alto da carreira de quem trabalha em planeamento estratégico há mais de 20 anos, pelo que agradeço à APAP esta oportunidade e espero contribuir ativamente com o meu critério nas discussões de avaliação dos casos e ganhar mais conhecimento sobre os Effies de forma a poder aplicá-lo em Portugal”, diz João Ribeiro, citado em comunicado.

Os Effie Awards, que avaliam e reconhecem “as pessoas, marcas e agências por trás do marketing mais eficaz do mundo”, entram na ronda final entre os dias 4 e 6 de março, com a votação presencial dos casos que chegaram a shortlist.

João Ribeiro “esteve envolvido em 97 casos vencedores nos Prémios Eficácia, onde se destacam quatro Grandes Prémios”. Foi também “distinguido como o melhor diretor de estratégia pelo Clube da Criatividade de Portugal em 2020, 2021, 2022 e 2024”, refere-se em nota de imprensa.

Este ano, os Prémios à Eficácia, organizados pela Associação Portuguesa de Anunciantes (APAN) passam pela primeira vez a Effie Awards Portugal, depois de Portugal se ter juntado à rede global Effie Worldwide, que abrange 125 países.

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Vasp tem “papel essencial” na difusão da informação e da cultura portuguesa

  • Lusa
  • 19 Fevereiro 2025

Numa altura em que a imprensa vive "dificuldades enormes", Marco Galinha lembrou ainda que "o digital é muito importante, mas a monitorização hoje da imprensa escrita é fundamental".

O presidente do Conselho de Administração da Vasp, Marco Galinha, destacou o “papel essencial” da distribuidora na difusão da informação e da cultura portuguesa e realçou a importância da imprensa escrita. A Vasp “desempenha um papel essencial na difusão da informação, da língua e da cultura portuguesas“, afirmou Marco Galinha, presidente do conselho de administração da Vasp, na cerimónia de abertura do 50.º aniversário da empresa, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, realçando ainda “a missão” da empresa, detida pelo grupo Bel, de “garantir a distribuição de jornais e revistas a todo o território nacional”.

O também fundador e CEO do grupo Bel recordou os “desafios e oportunidades” da Vasp ao longo das suas cinco décadas de história e os “seus líderes visionários” que deixaram a sua “marca”, apontando que a empresa se reinventou “continuamente para responder às exigências do mercado”.

Apesar de sublinhar que a venda de jornais e revistas “tem vindo a diminuir”, Marco Galinha prometeu honrar o “legado” da distribuidora e “construir um futuro sustentável”, nomeadamente através da “diversificação e inovação”.

Olhamos para o futuro com responsabilidade e entusiasmo, apostando na tecnologia e eficiência”, garantiu o presidente do conselho de administração da Vasp, dando nota que está agora a apostar em “sistemas avançados de rastreamento e otimização de rotas”, uma vez que percorre “mais de 10 milhões de quilómetros por ano para ligar fornecedores a clientes”.

Numa altura em que a imprensa vive “dificuldades enormes”, Marco Galinha lembrou ainda que “o digital é muito importante, mas a monetização hoje da imprensa escrita é fundamental” e prometeu “dar o apoio com o diálogo” e apresentar soluções.

Por fim, enalteceu o “compromisso” da Vasp com “a sociedade e a democracia portuguesa” e realçou que a empresa tem hoje “níveis de qualidade próximos de 100%”, fruto do “trabalho enorme” da equipa atual e passada.

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Parlamento aprova nova audição a ex-governante Hernâni Dias devido a declarações contraditórias

  • Lusa
  • 19 Fevereiro 2025

O pedido de audição surge depois de a Entidade para a Transparência ter contrariado o antigo governante, que disse no parlamento ter o aval deste órgão para a constituir duas empresas.

O parlamento aprovou esta quarta-feira, com os votos contra do PSD, a audição ao ex-secretário de Estado Hernâni Dias, solicitada pelo BE, devido a afirmações contraditórias do antigo governante sobre a criação de duas empresas.

A audição ao ex-secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território foi aprovada esta tarde pela comissão de Poder Local e Coesão Territorial da Assembleia da República, segundo confirmou à agência Lusa o presidente da comissão, Bruno Nunes (Chega).

O pedido de audição a Hernâni Dias foi feito pelo BE e surge depois de a Entidade para a Transparência ter contrariado o antigo governante, que disse no parlamento ter o aval deste órgão para a constituição de duas empresas.

Em 4 de fevereiro, durante uma audição parlamentar, o ex-secretário de Estado rejeitou qualquer conflito de interesses na constituição de duas empresas, dizendo ter contactado previamente a Entidade para a Transparência para perceber se a sua posição como governante permitia a atividade.

Hernâni Dias acrescentou ainda que a resposta da Entidade para a Transparência foi afirmativa, com algumas condições. Contudo, um dia depois, a Entidade para a Transparência negou ter dado qualquer aval a Hernâni Dias antes da constituição de empresas, ao contrário do que tinha sido assegurado pelo ex-governante no parlamento.

Foi-nos respondido em comissão pelo ex-secretário de Estado, Hernâni Dias, de que teria obtido um parecer favorável da Entidade da Transparência. A Entidade da Transparência vem agora dizer que não deu esse parecer e nem sequer entende que tenha competência para dar esse tipo de pareceres de forma prévia. Parece-me que, intencionalmente ou não, o ex-secretário de Estado mentiu nos esclarecimentos que prestou à comissão e que, por essa mesma razão, vale a pena voltar a ouvir o ex-secretário de Estado”, justificou em 6 de fevereiro, em declarações aos jornalistas, a deputada bloquista Joana Mortágua.

Uma vez que Hernâni Dias já não é governante, a sua presença no parlamento não é obrigatória e será enviado um convite para nova audição.

Em 28 de janeiro, Hernâni Dias demitiu-se do cargo de secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, depois de ter sido noticiado pela RTP que criou duas empresas imobiliárias já enquanto governante e responsável pelo recém-publicado decreto que altera o Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial, a polémica lei dos solos.

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Remessas de emigrantes atingem novo recorde e ascendem a 4,3 mil milhões de euros em 2024

Remessas dos emigrantes portugueses crescem 4,4% no ano passado face a 2023. Valor enviado por emigrantes na Suíça e França representa 52,2% do valor total recebido em território luso.

As remessas dos emigrantes portugueses alcançaram o valor mais elevado de sempre em 2024, ascendendo a 4,3 mil milhões de euros, de acordo com os dados publicados esta quarta-feira pelo Banco de Portugal (BdP). Este quadro resulta de um crescimento de 4,4% face ao ano anterior.

A contribuir para esta evolução estiveram sobretudo os emigrantes portugueses na Suíça, com 1.135,18 milhões de euros enviados para Portugal, e em França, com 1.108,96 milhões de euros. No total, as remessas oriundas dos dois países representaram 52,2% do valor total recebido em território luso.

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Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir o gráfico.

Na lista seguem-se as remessas de emigrantes portugueses no Reino Unido (718,8 milhões de euros), Angola (314 milhões de euros) e Estados Unidos (249,9 milhões de euros).

Por outro lado, os imigrantes em Portugal enviaram para fora do país 845 milhões de euros em 2024, uma subida de 5,8% face ao ano anterior. A contribuir para esta evolução estiveram sobretudo os imigrantes brasileiros a viver em Portugal, com 398,6 milhões de euros, seguidos pelos imigrantes chineses, com 45,3 milhões de euros.

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