Aprovada proposta de revisão estatutária da direção do PSD

  • Lusa
  • 25 Novembro 2023

O Congresso do PSD aprovou hoje a proposta de revisão estatutária da Comissão Política Nacional (CPN), de braço no ar e em bloco.

“Como está evidente aos olhos de todos foi aprovado por maioria a alteração estatutária”, afirmou o presidente da Mesa do Congresso, Miguel Albuquerque, no final da votação dos estatutos do PSD, decidida este sábado no 41.º congresso do partido em Almada, distrito de Setúbal.

A aprovação de alterações aos estatutos exige voto favorável de três quintos dos delegados. A Mesa não anunciou o número de votos a favor, contra ou abstenção.

A proposta da CPN, a única entregue, foi discutida em cerca de hora e meia (apenas com 11 inscrições) e foi rejeitado um requerimento para uma votação na especialidade (artigo a artigo), terminando o processo estatutário pelas 12:30 em vez das 18:00, como estava inicialmente previsto.

No final da votação, o presidente do PSD, Luís Montenegro, pediu a palavra para deixar um agradecimento aos congressistas, considerando que a aprovação da proposta de alteração aos estatutos, por maioria, revelou unidade e coesão.

“Fico imensamente grato e ainda mais confiante com a demonstração de unidade e coesão”, disse, considerando que o partido está a “projetar-se para, nos próximos anos, ser ainda mais forte, mais unido e coeso”.

OS trabalhos retomarão às 14:00 já para o segundo ponto, a análise da situação política, no qual estão previstas intervenções de antigos governantes de Durão Barroso e Passos Coelho e a presença da ex-líder Manuela Ferreira Leite.

Com a aprovação da proposta da CPN, passará a ficar inscrito nos estatutos uma quota máxima para a direção na escolha de candidatos a deputados (até dois terços do total).

Até agora, não estava definida nos estatutos do PSD qualquer limite de escolha de candidatos pela CPN, ficando essa decisão ao critério de cada direção, que, na prática, podia impor apenas cabeças de lista ou a totalidade dos candidatos.

A criação de um regulamento ético para todas as listas do partido, a aplicação de regras da paridade nos órgãos internos e a realização de uma convenção pré-congresso sempre que haja mais do que um candidato às eleições diretas para presidente do PSD são outras das alterações agora aprovadas.

No entanto, por uma questão de prazos, nenhuma das propostas se irá ainda aplicar às próximas eleições legislativas.

Passa também a ficar consagrado no estatuto um período único para eleições de distritais e concelhias e deixa de ser obrigatório ter a quota em dia para se eleger o presidente do partido, sendo apenas necessário ser militante ativo (ter uma quota paga nos últimos dois anos), e introduz-se a possibilidade do voto eletrónico nas eleições internas.

É criado um novo órgão nacional, o Provedor da Igualdade, para avaliar a promoção de políticas que visem a igualdade e equidade dentro do partido, e o Conselho Social, de aconselhamento do presidente do PSD, que inclui 12 personalidades vindas da sociedade civil e os antigos presidentes do partido.

Ao nível das sanções, faz-se uma distinção entre apoiantes e subscritores de candidaturas adversárias do PSD: os subscritores são automaticamente desfiliados, enquanto os apoiantes são julgados pelos Conselhos de Jurisdição de 1ª instância, também criados com esta proposta.

Num novo artigo, detalham-se as regras de perda de mandatos dos órgãos nacionais: caso este ocorra na Comissão Política Nacional (pela rejeição de uma moção de confiança ou aprovação de moção de censura, por exemplo), tal implica “a eleição, no prazo de 90 dias, do Presidente da CPN e dos restantes órgãos designados em Congresso Nacional”.

Clarifica-se que a aprovação de moções de confiança e de censura à direção têm de ser votadas por “escrutínio secreto” (em 2019, colocaram-se dúvidas se uma moção de confiança à direção de Rui Rio, na sequência de um repto público do agora presidente do partido, Luís Montenegro, podia ser votada de braço no ar).

Acrescenta-se ainda que na votação de uma moção de confiança ou de censura “apenas poderão participar militantes ativos ou em funções”.

Com a aprovação das novas regras, será possível militar no PSD em secções temáticas, apenas por área do interesse, embora sem os mesmos direitos de eleger ou ser eleito do que aqueles que se inscrevem nas tradicionais secções territoriais.

A formação de quadros passa a ser uma obrigação de todas as estruturas e cria-se um novo cargo, o Diretor Nacional de Formação de Quadros, nomeado pelo presidente do PSD.

Fica ainda inscrito nos estatutos que o grupo parlamentar passará a ter de remeter à Comissão Política Nacional as suas contas anuais para serem anexadas às contas consolidadas do partido.

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Pagamentos aos setores agroflorestal e das pescas somam 397 ME em novembro

  • Lusa
  • 25 Novembro 2023

Foram pagos em novembro 397 milhões de euros aos setores agroflorestal e das pescas, através do Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP), anunciou Executivo.

O Ministério da Agricultura e da Alimentação anunciou hoje terem sido pagos em novembro 397 milhões de euros aos setores agroflorestal e das pescas, através do Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP).

Em comunicado, o executivo avança ainda que, no âmbito do PEPAC 23.27 (Plano Estratégico da Política Agrícola Comum), entre outubro e novembro foram realizados pagamentos num valor global de cerca de 400 milhões de euros.

Segundo detalha, este montante abrange o apoio ao rendimento base, o pagamento aos pequenos agricultores, a manutenção da atividade agrícola em zonas desfavorecidas, apoios às produções animais e ao setor da apicultura.

No contexto do PDR2020 (Programa de Desenvolvimento Rural), cuja execução “atingiu os 85%”, o ministério de Maria do Céu Antunes refere que foram transferidos em novembro para os agricultores mais 24 milhões de euros para a execução de medidas de investimento.

Já no que diz respeito ao programa MAR2020, cuja execução “superou os 92%”, foram realizados este mês pagamentos num valor total de 7,9 milhões de euros para o setor das pescas e da aquicultura.

“Entre outubro e novembro, conseguimos assegurar a antecipação de pagamentos num valor que equivale a, aproximadamente, 45% do total do montante associado ao Pedido Único. Mas destaco também o que está a acontecer no âmbito do MAR 2030, com a abertura de avisos que comprovam o foco na sua efetiva implementação ao serviço das Pescas”, afirma a ministra da Agricultura e da Alimentação, citada no comunicado.

Para Maria do Céu Antunes, “isto deve-se […] ao imenso esforço operacional e à colaboração dos setores” e “assenta na convicção” de que é preciso “continuar a acompanhar e a potenciar o empenho e o empreendedorismo da agricultura e das pescas em Portugal”.

De acordo com o ministério, “os pagamentos referentes ao PU2023 [Pedido Único], conforme calendário divulgado pelo IFAP, prosseguirão nos meses de janeiro e fevereiro, com um valor adicional previsto de cerca de 500 milhões de euros”.

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“Deus nos livre de ter um radical à frente do Governo”

  • ECO e Lusa
  • 25 Novembro 2023

O PSD está reunido em congresso para discutir os estatutos, mas também a situação do país, depois da queda do Governo e marcação de eleições antecipadas.

“Quando esse fervoroso adepto da geringonça falar assim, Deus nos livre de ter um radical à frente do Governo, Deus nos livre de ter uma nova geringonça”, afirma Luís Montenegro, presidente do PSD, durante o congresso do partido, sobre Pedro Nuno Santos, candidato à liderança do PS.

No seu discurso de abertura do 41.º Congresso do PSD, que decorre hoje em Almada, no distrito de Setúbal, Luís Montenegro acusa o antigo ministro das Infraestruturas de agora “falar mansinho”, dizendo ainda que o PSD irá governar e já tem um adversário: o “camarada Pedro” numa referência a Vasco Gonçalves.

O presidente do PSD considerou que a geringonça foi “uma versão moderna” do ‘gonçalvismo’, que tem “o seu mais fanático defensor” em Pedro Nuno Santos, juntamente com a “Cinderela” Mariana Mortágua.

“Nem de propósito realizámos este congresso no 25 de novembro, quando o país vai ter a oportunidade de dizer não ao gonçalvismo, agora adornado numa versão moderna chamada geringonça”, disse o presidente do PSD.

“O PSD não é extremista, não é radical, não é ultraliberal, é interclassista, que é liberal na economia. Mais do que ser de esquerda ou de direita é das pessoas e para as pessoas”, disse ainda.

“Este PSD é uma casa segura para os não socialistas mas é também uma casa segura para que os que acreditam na causa socialista não se revêm neste gonçalvista transvestido de geringonça”, referiu.

Referindo-se ainda aos candidatos às eleições internas do PS — Pedro Nuno Santos e José Luís Carneiro –, Montenegro considerou que “aconteça o que acontecer teremos um governante da velha geringonça e cúmplice da governação dos últimos anos à frente do PS”.

Executivo “caiu de podre”

O Governo, referiu ainda, “ruiu por dentro”. “O governo não caiu por causa de um parágrafo nem um processo; caiu de podre, por indecente e má figura da governação“, disse.

Ainda sobre a queda do Executivo liderado por António Costa, o líder do PSD considerou que “o Governo caiu porque era insuportável continuar a existir, numa equipa feita em pedaços, depois de 14 demissões”, afirmou.

“O PS caiu porque não tinha e não tem soluções para o país. A instrumentalização da justiça para servir de álibi é mais uma machadada na credibilidade das instituições e é isso que o PS tem feito nas últimas semanas”, disse ainda.

Sobre os resultados do próximo processo eleitoral que se avizinha — as eleições legislativas estão marcadas para 10 de março — Montenegro diz estar convicto de que o povo português “não vai beneficiar o infrator, mas sabemos que não é suficiente para ganhar as eleições e governar”, diz

“Não são as pessoas que estão erradas quando não votam em nós, nós é que temos de admitir que estamos errados quando não damos argumentos para não votar em nós”, argumentou.

“Só serei primeiro-ministro se vencer as eleições de 10 de março. Estou aqui de peito aberto para falar das nossas propostas. Essa apresentação será feita numa outra intervenção no congresso”, referiu ainda.

O líder do PSD diz querer apresentar um projeto que propõe um “novo contrato social, gerar mais riqueza” e trazer ao Estado “um desempenho mais transparente, mais eficaz, com menos burocracia e capaz de erradicar a corrupção”.

“Queremos um Estado que atrapalhe o menos possível” a vida dos cidadãos, disse. “Vamos dar a Portugal uma vida nova e um Governo novo”, disse ainda.

“Tenho a certeza de que este congresso vai mostrar a nossa força, de mostrar a nossa equipa. Sei que esta onda laranja está muito forte, mas sei que os portugueses ainda não absorveram em plenitude essa força“, disse ainda no seu discurso.

(Última atualização às 12h10)

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Portugal é o 5.º país da zona euro que pior remunera os depósitos a prazo

  • Lusa
  • 25 Novembro 2023

Os países com melhores remunerações dos depósitos a prazo na zona euro eram em setembro Estónia (taxa de juro média de 3,73% em junho), França (3,60%) e Itália (3,54%).

Portugal era o quinto país da zona euro que remunerava pior os depósitos a prazo em setembro, com uma taxa de 2,29%, tendo o governador considerado esta semana que poderia ser mais alta se os clientes procurassem mais.

De acordo com o Banco Central Europeu (BCE), em setembro, a taxa de juro média dos novos depósitos a prazo na zona euro foi de 3,08%, sendo o país que pior remunerava a Croácia (1,19%), seguido de Chipre (1,53%), Grécia (1,75%) e Eslovénia (2,12%).

Já Portugal ocupava o quinto lugar, posição já ocupada em junho, apesar da melhoria da remuneração (em junho a taxa média era de 1,58% e em setembro de 2,29%).

Os países com melhores remunerações dos depósitos a prazo na zona euro eram em setembro Estónia (taxa de juro média de 3,73% em junho), França (3,60%) e Itália (3,54%).

Na passada quarta-feira, o governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, considerou que tem havido uma evolução da remuneração nos depósitos e fez um “apelo a uma atuação mais efetiva” por parte dos clientes, considerando que há inércia.

Centeno considerou que “as ofertas existentes no mercado permitiriam antecipar uma subida mais rápida das taxas de juro dos novos depósitos do que a que se verifica”.

Apesar de ser das mais baixas da zona euro, a taxa de juro média dos novos depósitos a prazo de particulares de 2,29% em setembro é o valor mais alto desde abril de 2013. A taxa de juro média refere-se aos novos depósitos a prazo constituídos nesse mês.

Já os novos depósitos à ordem (que podem ser levantados a qualquer momento) tiveram uma remuneração marginal (0,02%).

Quanto à taxa de juro de todo stock de depósitos a prazo de particulares, de acordo com os dados do BdP, era em setembro de 0,97% (acima dos 0,81% de agosto e dos 0,07% de setembro de 2022).

O stock diz respeito a todos os depósitos a prazo, quer os depósitos constituídos recentemente quer os mais antigos.

Desde julho de 2022, o BCE tem vindo a subir as taxas de juro diretoras como medida para combater a alta inflação. Esse aumento tem sido rapidamente refletido nos empréstimos, desde logo nos créditos a taxa variável, como é a maioria do crédito à habitação em Portugal, o que tem colocado muita pressão sobre as finanças das famílias.

a remuneração dos depósitos tem subido mais lentamente, contribuindo para os lucros que têm sido apresentados pelo setor bancário.

Os depósitos totais aplicados nos bancos que operam em Portugal ascendiam a 174,7 mil milhões de euros em setembro, menos 3,7% do que no mesmo mês de 2022.

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Câmara da EU espera que China isente de visto cidadãos de mais países europeus

  • Lusa
  • 25 Novembro 2023

Pequim anunciou que os cidadãos de cinco países europeus – Alemanha, Espanha, França, Itália e Países Baixos – irão beneficiar de isenção de visto para estadias de até 15 dias na China.

A Câmara de Comércio da União Europeia na China disse esperar que “mais nações europeias sejam em breve adicionadas” à lista de países cujos cidadãos têm isenção de visto no país asiático.

Na sexta-feira, Pequim anunciou que os cidadãos de cinco países europeus – Alemanha, Espanha, França, Itália e Países Baixos – irão beneficiar de isenção de visto para estadias de até 15 dias na China.

“A Câmara Europeia saúda este anúncio e espera que mais nações europeias sejam em breve adicionadas a esta lista”, afirmou o órgão num comunicado.

De acordo com a Câmara, é “positivo” que as autoridades chinesas tomem “medidas que visam facilitar o intercâmbio entre as pessoas”.

“Isso é algo palpável e, no longo prazo, também aumenta a confiança empresarial”, afirmou a associação comercial.

Para além dos cinco países europeus, a China decidiu também alargar a isenção de vistos à Malásia, “numa base experimental”, disse a porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Mao Ning, na sexta-feira, em conferência de imprensa.

A nova medida vai vigorar entre 01 de dezembro de 2023 e 30 de novembro de 2024.

“Os titulares de passaportes ordinários dos países acima referidos que se desloquem à China por motivos de negócio, turismo, visitas a familiares e amigos, e em trânsito por um período não superior a 15 dias, vão ser autorizados a entrar na China sem visto”, acrescentou a porta-voz.

Mao Ning disse que a medida visa “facilitar” os intercâmbios internacionais entre pessoas e permitir “uma abertura de alto nível ao mundo exterior”.

Estes países juntam-se ao Japão, Brunei e Singapura na lista das nações que gozam de isenção de visto para estadias de 15 dias na China.

A decisão surge quase um ano após Pequim ter abdicado da política de ‘zero casos’ de covid-19, que levou o número de ligações aéreas ao país a cair para 2%, face ao período anterior à pandemia.

Apesar do aumento dos voos com o exterior, dados regionais mostram que o número de visitantes estrangeiros continua muito aquém do nível de 2019. A China não publica estatísticas oficiais sobre o turismo a nível nacional desde 2021.

Xangai, um dos principais destinos turísticos do país, recebeu cerca de 756 mil visitantes estrangeiros no primeiro semestre do ano, o que corresponde a 22% do número de visitas registado em 2019.

Em Pequim, guias turísticos ouvidos pela Lusa estimaram que o número de estrangeiros a visitar a cidade ronda também os 20%, face a 2019.

Especialistas citados pela imprensa chinesa culparam a morosidade dos procedimentos de pedido de visto e o preço dos bilhetes de avião.

A China tomou outras medidas este ano para impulsionar o número de visitas ao país. As carteiras digitais WeChat Pay e Alipay anunciaram, em julho passado, que os seus sistemas de pagamento estão disponíveis para utilizadores estrangeiros que visitam o país.

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Sport Zone alerta para “incidente” de cibersegurança. Dados de encomendas e login dos clientes podem estar comprometidos

  • Lusa
  • 24 Novembro 2023

"Incidente" pode ter comprometido dados de encomendas e login dos clientes. Marca de produtos desportivos pede atenção a possíveis tentativas fraudulentas e emails suspeitos.

A Sport Zone alertou para um incidente de cibersegurança, que pode ter comprometido dados de encomendas e login dos clientes, a quem pediu atenção a possíveis tentativas fraudulentas e emails suspeitos.

Na mensagem, a empresa disse que “experienciou um incidente de cibersegurança” e pediu desculpa por “qualquer impacto” que “possa ter causado”.

“Estamos a realizar uma investigação minuciosa e metódica com especialistas de cibersegurança para entender a situação, para conter o incidente e proteger os nossos sistemas”, indicou, explicando que a investigação, “que se encontra em curso, demonstra agora que um dos sistemas impactados inclui alguns dados de encomendas e de login” dos “clientes no site da Sport Zone e que poderão ter sido acedidos ou visualizados por uma entidade externa não autorizada”.

A marca realçou que não dispõe “da totalidade dos dados relativos a cartões de pagamento ou das passwords utilizadas” no site.

A “proteção dos dados dos nossos clientes é um tema extremamente sério para nós e estamos a analisar detalhadamente a situação”, assegurou.

A Sport Zone pediu ainda aos clientes que, como “medida preventiva”, se mantenham atentos “a tentativas fraudulentas e alerta para emails suspeitos, chamadas ou mensagens de texto”.

A Lusa tentou contactar a Sport Zone, mas a marca apenas enviou o mesmo e-mail que dirigiu aos clientes na missiva para mais esclarecimentos.

 

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“Compre agora, pague depois”. Um em cada três portugueses perde a noção dos gastos

  • Lusa
  • 24 Novembro 2023

Mais de um terços dos portugueses “surpreendidos” com valores das subscrições que acumulam sem se aperceber, mostra inquérito da Intrum. "Embora convenientes, estão a lançar ‘mais lenha para o fogo’".

A modalidade “compre agora, pague depois” induz os consumidores a perderem noção dos gastos, com 36% dos portugueses inquiridos num estudo a ficarem “surpreendidos” com os valores que se acumulam.

No estudo, levado a cabo pela Intrum, a entidade disse que “milhões de consumidores em toda a Europa estão a perder a noção dos gastos mensais e das despesas domésticas, uma vez que quase metade (45%) dos consumidores admite ter sido apanhado de surpresa com a acumulação das suas subscrições sem se aperceberem. Em Portugal esta média é de 36%”, destacou.

“À medida que a inflação ultrapassa o crescimento salarial, os consumidores veem-se com menos dinheiro no bolso”, salientou a entidade, num comunicado, destacando que “os serviços baseados em assinaturas, que permitem aos consumidores repartir o custo dos bens e serviços, embora convenientes, estão a lançar ‘mais lenha para o fogo’ que provoca o subscription creep, dado que os pagamentos mensais acumulados das compras online tornam mais difícil fazer face às pressões do custo de vida”.

O estudo deu ainda conta de que “são predominantemente os consumidores mais jovens – Geração Z e Millennials – que são mais surpreendidos pelos compromissos que assumiram com serviços de subscrição”. Segundo a Intrum, “a Geração Z também tem maior probabilidade de permanecer no topo da modalidade BNPL (Compre Agora, Pague Depois)”.

O estudo revela ainda que “a Geração Z é significativamente menos propensa a descrever-se como forte no acompanhamento de onde está a gastar o seu dinheiro – 61% geração Z vs. 59% Milleniuns e 54% Boomers, respetivamente”.

Por outro lado, “o crescimento das soluções de crédito ‘compre agora, pague depois’, que permitem aos consumidores contrair dívidas no ponto de venda, também está a ter um impacto significativo”, destacou, salientando que “seis em cada dez consumidores portugueses (59%) admitem ter dificuldade em acompanhar as compras buy-now/pay-later que fazem durante um mês normal, o que coloca Portugal no topo do ranking, seguido da Grécia (55%) e França (52%), valores muito acima da média europeia (35%)”.

Além disso, “após o inquérito realizado, 25% dos consumidores portugueses afirma ter menos visibilidade dos empréstimos de curto prazo (por exemplo, cartões de crédito e empréstimos instantâneos) do que há 12 meses. Valor em linha com a média europeia (23%)”.

O relatório European Consumer Payment baseia-se num inquérito externo realizado simultaneamente em 20 países na Europa, incluindo Portugal, com um total de 20.000 consumidores a participarem nesta edição de 2023. O inquérito foi realizado entre julho e setembro deste ano.

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Brasileira Petrobras admite compra de ativos colocados à venda na Argentina

  • Lusa
  • 24 Novembro 2023

Javier Milei, novo presidente argentino, anunciou que quer privatizar a empresa petrolífera YPF. Petrobras reservou 11 mil milhões de dólares para investir em novos projetos nos próximos cinco anos

O presidente da petrolífera brasileira Petrobras, Jean Paul Prates, admitiu esta sexta-feira a possibilidade de compra dos ativos que deverão ser colocados à venda pelo Presidente eleito argentino, Javier Milei.

“É claro que todo tipo de ativo e oportunidade a gente analisa, mas hoje em dia eu diria que o ambiente ainda está muito indefinido”, afirmou em conferência de imprensa, Jean Paul Prates, citado pela imprensa local.

Javier Milei já anunciou que quer privatizar a YPF, a empresa petrolífera argentina.

“Não é porque o Presidente [eleito] anunciou a privatização da YPF que a gente vai se atirar imediatamente para comprar alguma coisa”, retorquiu o presidente da petrolífera brasileira Petrobras.

Prates reconheceu que, embora a Petrobras tenha vendido vários dos seus ativos no país vizinho como parte de um ambicioso processo de desinvestimento nos últimos anos, ainda possui um terço de uma fábrica de processamento de gás natural em Vaca Muerta, que tem capacidade para processar 41 biliões de metros cúbicos.

Um dos três sócios dessa fábrica é precisamente a YPF.

Na mesma conferência de imprensa, o diretor financeiro da Petrobras, Sérgio Caetano Leite, lembrou que uma parte importante dos 11 mil milhões de dólares que a empresa reservou para investir em novos projetos nos próximos cinco anos será utilizada para aquisições.

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Redação do JN contesta declarações da administração e confirma despedimento coletivo

A redação diz que em causa estão 56 trabalhadores dos serviços partilhados e do setor comercial, 40 da redação do Jornal de Notícias, 30 da TSF e um número ainda indefinido de O Jogo.

Um dia depois de José Paulo Fafe, CEO da Global Media, ter afirmado que o despedimento coletivo na Global Media ainda é só uma das hipóteses em cima da mesa e que a decisão não está tomada, após plenário de redação, a redação do Jornal de Notícias reitera que a intenção de avançar para o despedimento coletivo foi comunicado às representantes dos trabalhadores.

“As representantes dos trabalhadores foram convocadas pela administração para uma reunião, às 14.30 horas de quinta-feira, dia 23 de novembro, para lhes comunicar a intenção de proceder ao despedimento coletivo de 140 a 150 pessoas no Global Media Group”, começa por dizer a redação do JN. De acordo com os jornalistas, a administração concretizou os número de trabalhadores abrangidos: 56 trabalhadores dos serviços partilhados e setor comercial, 40 da redação do Jornal de Notícias, 30 da TSF e um número ainda indefinido de O Jogo, descrevem.

Em comunicado enviado após o plenário, a redação do JN vem também “repudiar o facto de, ao final desse dia, depois de a intenção ter sido comunicada à redação, a administração ter falado à comunicação social dizendo que tal “não é verdade”, que “é apenas uma hipóteses como outra qualquer, para quem tem de conter despesas, aumentar receitas e racionalizar meios e recursos”, num ato de desrespeito pela redação na pessoa dos seus representantes eleitos”.

Os jornalistas solicitam à administração “o cabal esclarecimento, até ao final da manhã da próxima quarta-feira, dia 29 de novembro, sobre o que pretende efetivamente levar a cabo” e convocaram novo plenário para dia 30 de novembro.

Foi também decidido pedir ao Sindicato dos Jornalistas a preparação de um pré-aviso de greve para os dias 6 e 7 de dezembro e “ponderar acionar os meios legais e judiciais ao seu dispor na defesa dos direitos dos trabalhadores”.

A redação do Jornal de Notícias “salienta a força e a importância do título âncora do GMG”, e pretende “contactar todas as entidades políticas, económicas, sociais e culturais, alertando-as para a contínua destruição de um jornal centenário que é uma referência nacional”.

Na noite de quinta-feira, José Paulo Fafe, formalmente CEO do grupo desde a última semana, confirmou ao +M a hipótese do despedimento coletivo, mas garantiu que a decisão não estava tomada.

“Não há decisão nenhuma. Há a necessidade de conter despesas, de aumentar receitas e de racionar os custos. Há várias medidas que podem ser implementadas, estamos a estudá-las”, afirmou. “Equacionamos várias hipóteses, mas não está decidido”, reforçou o novo CEO do grupo dono do Diário de Notícias, do Jornal de Notícias e da TSF, reafirmando que a hipótese do despedimento coletivo “está em cima da mesa, assim como outras alternativas”.

A possibilidade do despedimento coletivo terá sido avançada esta quinta-feira às delegadas sindicais do Jornal de Noticias. Também esta terça-feira representantes da TSF terão sido informados de que o grupo estaria a numa situação particularmente difícil. Na sequência do encontro no JN, as delegadas sindicais do jornal enviaram um comunicado à redação a partilhar as informações prestadas por José Paulo Fafe. A “intenção de proceder a um despedimento coletivo, para “contrariar uma situação financeira muito complicada”.

José Fafe confirma conversas com representantes tanto do JN como da TSF, mas reforçou que “foram aventadas várias soluções, de uma forma teórica“. O despedimento coletivo “é a solução menos desejável, há outras”, frisou o gestor, sem concretizar as alternativas.

Atualmente, a Global Media tem cerca de 530 trabalhadores. “Há regras. Se avançássemos para o despedimento coletivo, a primeira coisa que faríamos seria avisar os trabalhadores”, referiu José Paulo Fafe.

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Ballantine’s lança edição limitada em homenagem à banda Queen

A coleção True Music Icons, na qual se insere esta edição de garrafas, pretende homenagear artistas que não só contribuíram como ajudaram a definir a cultura musical mundial.

A Ballantine’s lançou a coleção True Music Icons, visando homenagear algumas das maiores bandas a nível mundial, começando por uma edição limitada dedicada à banda britânica Queen.

A nova garrafa da marca escocesa de whisky conta assim com um “toque de rock & roll“, apresentando o brasão da capa do álbum Greatest Hits II, que foi desenhado pela mão de Freddie Mercury.

“Ballantine’s sempre valorizou aqueles que têm a sua própria receita para a autenticidade e que fazem as coisas à sua maneira, com convicção. Os Queen personificam perfeitamente esse espírito e autoconfiança através da sua música inigualável e estilo distintivo, que tem sido a essência da banda ao longo das últimas décadas”, diz Guiherme Porfírio, brand manager da Pernod Ricard Portugal, citado em comunicado.

“Com uma herança rica e um compromisso histórico com a música através da sua plataforma True Music, Ballantine’s celebra os artistas que moldaram a história da música. O compromisso inabalável dos Queen em manter a sua autenticidade e autoexpressão alinha-se com a filosofia de Ballantine’s, tornando-os a escolha ideal para o início desta nova série”, refere-se ainda em nota de imprensa.

A coleção True Music Icons pretende homenagear artistas que não só contribuíram como ajudaram a definir a cultura musical mundial, explica-se na mesma nota, sendo esta uma iniciativa que se insere na plataforma True Music, com a qual a Ballantine’s tanto celebra os artistas que moldaram a história da música como apoia outros emergentes.

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PCP questiona Governo sobre despedimentos na Global Media e venda de ações da Lusa

  • Lusa
  • 24 Novembro 2023

Os comunistas perguntam ao executivo quais os "apoios concretos, diretos ou indiretos, do Estado" de que a Global Media tem beneficiado.

O PCP quer saber se o Governo tem conhecimento da situação económica da Global Media Group (GMG) e o que irá fazer relativamente à intenção de despedir centena e meia de trabalhadores, sobretudo no Jornal de Notícias e na TSF.

Em requerimentos enviados aos ministros do Trabalho, da Cultura, da Economia e das Finanças, através do parlamento, o Grupo Parlamentar do PCP pretende esclarecer “que acompanhamento está [o Governo] a fazer, ou tenciona fazer, do anunciado despedimento coletivo” e “que diligências pretende tomar para salvaguardar os postos de trabalho e os direitos dos trabalhadores?

Os comunistas perguntam ao executivo quais os “apoios concretos, diretos ou indiretos, do Estado” de que a Global Media tem beneficiado.

Questionam também se “decorrem ou perspetivam-se negociações entre o Governo e a GMG e/ou a Páginas Civilizadas, ou seus representantes, com vista à aquisição, pelo Estado, das respetivas participações na Agência Lusa?” e, “em caso afirmativo, em que termos e com que limites designadamente quanto ao valor da operação em causa?”

O PCP lembra que “o empresário Marco Galinha, até há pouco presidente da GMG, pretendia alienar os 45,71% do capital da Lusa – Agência de Notícias de Portugal que controlava — 23,36% através da GMG e 22,35% via empresa Páginas Civilizadas, então pertencente ao Grupo Bel por si detido, mas que em Outubro passou a ser controlada (51%) pelo referido fundo WOF [World Opportunity]”.

Por considerar que “a situação na GMG e a evolução acionista da Agência Lusa, ademais interligadas, carecem de cabal esclarecimento”, o Grupo Parlamentar do PCP, questionou o Governo, mais concretamente os ministérios da Cultura, das Finanças, da Economia e do Mar e do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

Hoje, o Sindicato dos Jornalistas considerou “inadmissível, inviável e impensável” a intenção do Global Media Group de avançar com o despedimento de 150 pessoas.

“A direção do Sindicato dos Jornalistas considera inadmissível, inviável e impensável a intenção anunciada pelo Global Media Group [GMG] de despedir 150 pessoas, quase um terço dos cerca de 500 trabalhadores da empresa”, lê-se na mesma nota, que indicou que “a decisão foi comunicada formalmente pela administração a várias pessoas e colheu oposição unânime das redações incrédulas e indignadas com a administração, que, formalmente, tomou posse há menos de duas semanas”.

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SJ considera “inadmissível” intenção de despedimentos na Global Media

  • Lusa
  • 24 Novembro 2023

“Despedir jornalistas em títulos já carenciados de recursos humanos é impensável, inacreditável e ignóbil, e torna o exercício do jornalismo inviável", critica o Sindicato dos Jornalistas.

O Sindicato dos Jornalistas (SJ) considera “inadmissível, inviável e impensável” a intenção do Global Media Group de avançar com o despedimento de 150 pessoas, sobretudo no Jornal de Notícias e na TSF, segundo um comunicado divulgado esta sexta-feira.

“A direção do Sindicato dos Jornalistas considera inadmissível, inviável e impensável a intenção anunciada pelo Global Media Group [GMG] de despedir 150 pessoas, quase um terço dos cerca de 500 trabalhadores da empresa“, lê-se na mesma nota, que indicou que “a decisão foi comunicada formalmente pela administração a várias pessoas e colheu oposição unânime das redações incrédulas e indignadas com a administração, que, formalmente, tomou posse há menos de duas semanas“.

De acordo com o SJ, esta intenção, “com impacto primordial na TSF e no JN, é verdadeiramente inadmissível e deve fazer pensar as pessoas e as instituições deste país, pois, por coincidência, vai afetar mais dois dos órgãos que mais têm tentado dignificar as condições de trabalho e dos trabalhadores e com isso a defender o jornalismo de qualidade”.

Além disso, indicou, é inviável porque, “segundo os números conhecidos, significa o fim do jornalismo em dois títulos do GMG“, o Jornal de Notícias, “o único com resultados positivos todos os anos e uma referência nacional com origem no Norte, anos a fio líder de audiências” e a TSF, “uma das rádios mais prestigiadas e mais ouvidas em Portugal, também uma referência de qualidade e seriedade”.

Despedir jornalistas em títulos já carenciados de recursos humanos é impensável, inacreditável e ignóbil, e torna o exercício do jornalismo inviável. E um contrassenso, quando a medida é anunciada menos de duas semanas depois do reforço do Diário de Notícias, outro título do grupo, com vários jornalistas”, destacou.

“E é uma atitude impensável ainda há menos de um mês, quando a administração, em reunião com o SJ, disse que estava aqui para investir e fazer crescer” as marcas, destacou, acrescentando que a gestão tranquilizou os trabalhadores quanto às intenções do fundo World Opportunity (WO).

O SJ citou Paulo Fafe e Paulo Lima de Carvalho, “em representação do fundo, que comprou a maioria do capital a Marco Galinha”, e que indicaram que “o novo acionista não vinha para destruir, mas para construir. Mas faz saber o contrário, menos de um mês depois deste encontro”, lamentou.

“O despedimento de 150 pessoas num grupo como o GMG, que tem cerca de 500 trabalhadores, é apenas a repetição de uma fórmula gasta e com (maus) resultados comprovados: cada vez que se reduzem os quadros de pessoal para poupar dinheiro, empobrece-se o produto final e as receitas caem mais, entrando-se numa espiral negativa e de quebra que acaba por redundar em mais despedimentos, piores resultados e mais despedimentos, e por aí fora”, referiu o SJ.

A estrutura sindical criticou ainda o novo presidente do Conselho de Administração do GMG, José Paulo Fafe, por ter desmentido, em declarações a meios de comunicação social, o que “a administração anunciou de viva voz a vários representantes de trabalhadores no grupo”, referindo que os despedimentos são apenas “uma hipótese teórica”.

O SJ acredita que “em face de tudo isto, a atual administração devia retratar-se, garantir os postos de trabalho, agir em conformidade e pedir desculpa ao Sindicato dos Jornalistas pelas garantias que não vai cumprir”.

O sindicato quer ainda que a gestão peça desculpa “aos potenciais investidores por usarem o nome do World Opportunity (WO) em vão ao anunciar um projeto de investimento para o qual, aparentemente, não tinham apoio ou por terem desbaratado a alegada vontade do WO de investir de forma séria num projeto que podia ser viável“.

Alem disso, recordaram o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, “a quem a administração do GMG apresentou um plano expansionista e cor-de-rosa há menos de 15 dias e agora anuncia um despedimento coletivo de um terço dos trabalhadores”.

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