Aprovado levantamento da imunidade parlamentar de Miguel Arruda

  • ADVOCATUS
  • 19 Fevereiro 2025

A Comissão de Transparência aprovou esta quarta-feira o levantamento da imunidade parlamentar do deputado não inscrito Miguel Arruda. É suspeito de oito crimes de furto qualificado.

A Comissão de Transparência aprovou esta quarta-feira o levantamento da imunidade parlamentar do deputado não inscrito Miguel Arruda, avança a Renascença. O levantamento da imunidade foi aprovado depois de se ter verificado o cumprimento dos requisitos constitucionais e legais.

Em 21 de janeiro, o deputado não inscrito Miguel Arruda foi constituído arguido por suspeita do furto de malas no aeroporto de Lisboa, e nesse mesmo dia a PSP realizou buscas nas casas do deputado em São Miguel e em Lisboa. É suspeito de oito crimes de furto qualificado.

Em causa estão suspeitas de crimes de furto qualificado e contra a propriedade. Miguel Arruda terá furtado malas dos tapetes de bagagens das chegadas do aeroporto de Lisboa quando viajava vindo dos Açores no início das semanas de trabalhos parlamentares.

Dois dias depois, Miguel Arruda reuniu-se com o líder do Chega, André Ventura, e anunciou que ia desfiliar-se do partido e passaria a deputado não inscrito.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Zelensky é um “ditador sem eleições”, acusa Trump

Trump criticou o homólogo ucraniano, insinuando que é o responsável pela guerra. "Um ditador sem eleições, Zelensky é melhor agir rapidamente ou não restará nada do país", escreve o republicado no X.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou o Zelensky de ser um “ditador sem eleições”, depois do presidente da Ucrânia dizer que “não pode vender o país” e rejeitar o acordo proposto por Donald Trump.

Um ditador sem eleições, Zelensky é melhor agir rapidamente ou não restará nada do país“, escreveu o presidente norte-americano na rede social X. “Entretanto, estamos a negociar com sucesso o fim da guerra com a Rússia, algo que todos admitem que só Trump e a administração de Trump podem fazer”, continuou.

“Um comediante modestamente bem-sucedido, Volodymyr Zelensky, convenceu os EUA a gastar 350 mil milhões de dólares para entrar numa guerra que não poderia ser vencida, que nunca precisou iniciar, mas uma guerra que ele, sem os EUA e Trump, nunca será capaz de resolver”, escreveu ainda na rede social.

Trump escreve ainda na mesma publicação que “os Estados Unidos gastaram 200 mil milhões de dólares a mais que a Europa, e o dinheiro da Europa está garantido, enquanto os Estados Unidos não receberão nada de volta”, culpabilizando o anterior presidente Joe Biden. “A única coisa em que ele era bom (Volodymyr Zelensky) era em manipular Biden como um violino”, afiança Trump.

Trump não deixou nada por dizer e reiterou ainda que Zelensky “admitiu que metade do dinheiro que os EUA enviaram está desaparecido” e que “ele se recusa a ter eleições“, tendo em conta que o mandato de cinco anos terminou em 2024, ainda que a lei ucraniana assegure que as eleições não sejam realizadas em tempos de guerra.

Esta terça-feira Donald Trump criticou o homólogo ucraniano, insinuando que Zelensky é responsável pela guerra que começou com a invasão russa em fevereiro de 2022. Na publicação, Trump afirma que “milhões de pessoas morreram desnecessariamente” porque “Zelensky está a fazer um trabalho terrível e a “destruir o país”.

Estas acusações surgem um dia depois da reunião russo-americana que decorreu na Arábia Saudita, sem a presença da Ucrânia. “As negociações estão agora a decorrer entre representantes russos e norte-americanos. Mais uma vez, sobre a Ucrânia e sem a Ucrânia”, condenou Zelensky.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Autoridade da Concorrência multa consultora tecnológica Inetum em 3 milhões de euros

Em causa estão práticas anticoncorrenciais no mercado de trabalho. Investigação do regulador concluiu que houve acordos bilaterais de não-contratação de trabalhadores durante sete anos.

A Autoridade da Concorrência (AdC) condenou esta quarta-feira três empresas do grupo de tecnologia Inetum por práticas anticoncorrenciais no mercado laboral com uma multa de 3.092.000 euros.

A coima do regulador da concorrência surge após uma investigação, iniciada em março de 2022, que identificou indícios de que várias empresas, incluindo esta consultora digital, haviam estabelecido acordos bilaterais de não-contratação de trabalhadores (no-poach), durante pelo menos sete anos, que implicavam um compromisso entre as empresas de não recrutar e/ou fazer propostas espontâneas aos trabalhadores dessas empresas.

As práticas em causa ocorreram entre março de 2014 e agosto de 2021. Ao obrigar-se reciprocamente a não recrutar e/ou não abordar espontaneamente os seus funcionários, as empresas visadas “restringiram a concorrência no mercado laboral, repartindo a oferta de mão de obra e limitando a mobilidade dos referidos profissionais”, segundo a autoridade liderada por Nuno Cunha Rodrigues.

Neste processo, devido a práticas parecidas, a AdC já havia multado outras três empresas (duas multinacionais e uma consultora tecnológica portuguesa) num total de 4.082.000 euros. “Estas três últimas empresas recorreram ao procedimento de transação, ao colaborarem com a AdC, abdicando de litigar a imputação factual e apresentando prova relevante da existência da infração e efetuando o pagamento voluntário da coima”, esclarece a AdC, em comunicado de imprensa.

Os acordos de no-poach são proibidos em Portugal por ter impacto negativo no poder negocial dos empregados.

Inetum vai recorrer da decisão em tribunal

A Inetum confirmou ao ECO que recebeu a notificação da AdC e vai recorrer da decisão através dos tribunais. Após a fase administrativa do processo, segue-se a judicial. A coima que irá agora ser avaliada pela justiça foi dirigida à Inetum Holding Business Solutions (ex-ROFF), tendo as duas empresas-mãe sido notificadas na qualidade de responsáveis solidárias.

“O processo reporta a alegados factos que remontam há mais de 10 anos. Ao longo do processo, a Inetum prestou sempre a máxima colaboração à AdC, procurando ajudar aquela entidade administrativa a clarificar os factos. A Inetum nunca aceitou, nem podia aceitar, a prática que lhe foi imputada, tendo por isso mesmo – e ao contrário das outras empresas –, rejeitado qualquer acordo e recusado prescindir do seu direito de recurso“, respondeu a empresa, em declarações enviadas ao ECO.

No início de fevereiro, a Inetum fez mudanças na equipa de gestão ao nomear Nathalie Pousin como Group Chief Financial Officer e David Gendry para o cargo de vice-presidente executivo para Marketing, Comunicação e Public Affairs. Os dois executivos passaram a reportar diretamente a Jacques Pommeraud, presidente e CEO do grupo Inetum.

O objetivo é otimizar a estrutura de governance para aumentar a eficiência operacional. “O design organizacional simplificado irá apoiar o forte desempenho financeiro e a trajetória de crescimento sustentável da empresa”, crê a consultora de origem francesa.

Notícia atualizada às 18h53 com resposta da Inetum

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Parlamento Europeu pede que Portugal não perca fundos da coesão no novo orçamento da UE

  • Lusa
  • 19 Fevereiro 2025

“O reforço da capacidade de resposta às crises deve garantir que os fundos da política de coesão não sejam utilizados para esse fim", indica um relatório preliminar da Eurocâmara.

O Parlamento Europeu pede que, no próximo orçamento da União Europeia (UE) até 2034, países como Portugal não percam os atuais fundos da política de coesão face às novas prioridades comunitárias e a um eventual alargamento.

“Há um grande consenso no Parlamento Europeu de que a política de coesão é absolutamente essencial para os 27 Estados-membros, portanto nós temos a perfeita consciência de que tem de continuar a haver”, disse esta quarta-feira à agência Lusa a eurodeputada socialista Carla Tavares, uma das correlatoras da assembleia europeia para o orçamento da UE a longo prazo 2028-2034.

De acordo com a parlamentar do PS, “países como Portugal, Roménia e Polónia são um bom exemplo da importância que a política de coesão tem tido”. Para assegurar tais fundos, “as receitas [europeias] têm de ser mais fortes, têm de ser mais modernizadas e há uma questão que é importante também relativamente aos [novos] recursos próprios”, que devem ser estudados, referiu Carla Tavares à Lusa.

A posição surge quando a comissão dos Orçamentos do Parlamento Europeu finaliza um relatório sobre um “orçamento renovado a longo prazo para a União num mundo em mudança”, assinado por Carla Tavares e o eurodeputado Siegfried Mureşan, do Partido Popular Europeu, o outro correlator.

No projeto de relatório, que ainda aguarda contributos das bancadas parlamentares, lê-se que “o reforço da capacidade de resposta às crises deve garantir que os fundos da política de coesão não sejam utilizados para esse fim e possam, por conseguinte, ser utilizados para os objetivos de investimento previstos”. Para isso, é sugerida uma “reforma profunda dos instrumentos especiais existentes para reforçar a capacidade de resposta às crises”.

Estão em causa, por exemplo, “dois instrumentos especiais”, como um dedicado a assegurar a solidariedade em caso de catástrofes naturais (o sucessor da atual Reserva Europeia de Solidariedade) e outro para a resposta a crises de caráter geral (o sucessor do Instrumento de Flexibilidade).

Quando se avalia a expansão do bloco comunitário, com países candidatos como a Ucrânia e a Moldova, o Parlamento Europeu vinca que “os envelopes nacionais não devem ser afetados em caso de alargamento”, ao mesmo tempo que o próximo Quadro Financeiro Plurianual 2028-2034 deve “reformar domínios de despesa fundamentais, como a coesão e a agricultura, e planear medidas de transição e de introdução progressiva adequadas”.

Portugal tem vindo a defender um aumento do orçamento comunitário com mais contribuições nacionais dos Estados-membros, novos instrumentos financeiros comuns (como uma nova emissão conjunta de dívida) e novos recursos próprios (como uma taxa de carbono, um fundo de transição justa e uma taxa sobre o digital).

O país teme, porém, que estas novas prioridades afetem as políticas nacionais, pedindo que se mantenham os atuais envelopes e a atual flexibilidade. Entre as principais prioridades da UE para os próximos anos está a competitividade face aos seus principais concorrentes, os Estados Unidos e a China, bem como a segurança e defesa e uma transição digital e ‘verde’.

A Comissão Europeia deve avançar em julho com a sua proposta de Quadro Financeiro Plurianual 2028-2034, iniciando-se depois as negociações entre os colegisladores (Parlamento e Conselho). Até lá, a assembleia europeia pretende, na sessão plenária de maio, ter já uma posição comum (num relatório de iniciativa) sobre as principais diretrizes para o próximo orçamento da UE a longo prazo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

PRA- Raposo, Sá Miranda & Associados lança o iGenerator

PRA lança projeto dedicado ao futuro do setor jurídico com temas como o Metaverso, Criptomoedas e Tecnologias de Informação.

A PRA – Raposo, Sá Miranda & Associados acaba de lançar o iGenerator, um projeto concebido para explorar os temas como a Inteligência Artificial, Blockchain, Criptomoedas e o Metaverso.

“O iGenerator foi criado e pensado para mergulharmos em tópicos de vanguarda que estão a moldar o presente e o futuro da nossa área de atuação. Neste contexto, estamos focados em abordar questões sobre temas que têm dado que falar no mundo jurídico – e não só – e que estão a revolucionar a forma como o Direito é praticado e interpretado, pelo que é fulcral que estejamos à frente dessa transformação”, afirma Miguel Miranda, managing partner da PRA.

O projeto reúne uma equipa de 17 advogados e está dividido em quatro áreas estratégicas: uma relacionada às Criptomoedas, sob a liderança de Daniel Torres Gonçalves; a de Blockchain e Metaverso, coordenada por Gonçalo Gil Barreiros; uma área focada nas Startups e Empreendedorismo, liderada por Joana de Sá; e a de Inteligência Artificial, com Pedro Rebelo Tavares como coordenador.

Criada em 2001, a PRA conta com uma equipa de mais de 200 profissionais, com escritórios próprios em Lisboa, Porto, Faro, Açores, Leiria, Évora e Madeira.

A PRA abrange 13 áreas de prática jurídica: Administrativo e Contratação Pública; Comercial e Contratos; Competition & EU; Contencioso e Arbitragem; Contencioso Penal; Corporate; Contencioso societário; Família e Sucessões; Fiscal; Imobiliário; Laboral; Propriedade Intelectual e Privacidade e Recuperação de Crédito e Insolvência – conta com cinco Unidades Económicas – Transportes, Saúde e Biotecnologia, Dano Corporal, Entertainment e Gestão de Ativos – e com dois serviços de assessoria jurídica internacionais – China Desk e Spanish Desk.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

PS quer novas regras de conduta dos deputados até ao verão, PSD com dúvidas mas admite discutir

  • Lusa
  • 19 Fevereiro 2025

O PSD duvida que se possa regular a boa educação, mas admite discutir a revisão do Código de Conduta dos deputados até final da sessão legislativa.

O PS defendeu esta quarta-feira a revisão do Código de Conduta dos deputados até final da sessão legislativa, frisando que propôs regras e não sanções, com o PSD a duvidar que se possa regular a boa educação, mas admitindo discutir.

No final de uma reunião de três horas, a conferência de líderes remeteu o debate sobre um eventual agravamento de sanções a deputados para um grupo de trabalho já existente para a revisão do Código de Conduta dos Deputados.

Em declarações aos jornalistas, o vice-presidente da bancada do PS Pedro Delgado Alves frisou que o partido apresentou na reunião “um conjunto de princípios” para iniciar o debate que gostaria de ver concluído até ao verão e considerou que, à exceção do Chega, houve um consenso quer quanto à preocupação com o tema, quer quanto à necessidade de encontrar soluções.

“Mais do que sanções, o que queremos são medidas que permitam à mesa e às mesas das comissões ou do plenário reagir perante os factos e poder ter ferramentas para assegurar a condução dos trabalhos”, disse, questionado por que razão o PS não propõe sanções de natureza pecuniária.

Entre outras medidas, o PS propõe que um deputado possa ser retirado da sala de sessões em caso de reiterada conduta grave, defende a possibilidade de suspensão de participação em ações externas em representação do parlamento e a introdução da figura da admoestação.

“É o caminho que, numa primeira fase, nos parece preferível e até porque nos parece poderem potencialmente ter um consenso mais alargado”, justificou, dizendo que o PS recusa que estas medidas tenham “uma dimensão sancionatória”, mas apenas de garantia de que “os trabalhos parlamentares podem funcionar”.

No final da conferência de líderes, o presidente da bancada parlamentar do PSD, Hugo Soares, recusou pronunciar-se em concreto sobre as propostas do PS, uma vez que apenas lhe foram apresentadas na reunião, mas reiterou ter dúvidas que se possa regular a boa educação e que devem ser os eleitores a penalizar as bancadas que não a têm em futuras votações.

“O Presidente da Assembleia da República já tem poderes próprios que se conferem à gestão dos trabalhos parlamentares. E eu não queria contribuir para achincalhar ainda mais o prestígio das instituições”, afirmou. Hugo Soares salientou que a legitimidade de todos os deputados é igual, do presidente ao parlamentar da última fila: “Serem deputados a aplicarem sanções a deputados é um princípio com o qual eu tenho dificuldade em conviver”.

“Isso significa que o PSD se oponha ao revisitar das normas dos códigos de condutas ou do Regimento? Não. Eu acho que há sempre caminho que se pode fazer, desde que seja feito com bom senso”, disse. À esquerda, BE e Livre manifestaram concordância que a discussão se faça no âmbito do grupo de trabalho sobre o Código de Conduta e defenderam que a degradação do ambiente parlamentar tem como único responsável o partido Chega.

“O Código de Conduta deve ser densificado, devem ser criados novos instrumentos que permitam defender o debate parlamentar”, afirmou o líder parlamentar do BE Fabian Figueiredo, ressalvando que o partido nunca proporá sanções, mas “mecanismos de defesa da democracia parlamentar, medidas dissuasoras do insulto”.

Isabel Mendes Lopes, líder parlamentar do Livre, salientou que foi o seu partido que pediu um estudo de direito comparado sobre o que se faz em outros parlamentos há dois anos e deixou também um apelo ao presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, para que “seja mais interventivo”.

Vamos estar no grupo de trabalho que vai finalmente olhar para medidas que o Livre já tinha pedido para serem adotadas e fazer pressão para que a discussão seja feita em poucas semanas. Não podemos permitir que os trabalhos parlamentares sejam condicionados sempre pela mesma bancada”, disse, sem excluir propostas de sanções pecuniárias.

Já a líder parlamentar do PCP, Paula Santos, considerou que o Regimento da Assembleia da República “já tem instrumentos que permite a intervenção por parte da Mesa” do parlamento, mas admitiu aperfeiçoamentos.

“Não nos parece que o caminho seja a aplicação de sanções ao exercício do mandato de deputado que vão para lá do que a Constituição permite”, afirmou. Pela IL, a líder parlamentar Mariana Leitão manifestou igualmente “grande reserva na aplicação de sanções ou mecanismos adicionais para limitar a ação dos deputados”.

“A primeira responsabilidade deve estar em cada um, nas lideranças das bancadas e nas dos partidos”, disse. Pelo CDS-PP, o presidente da bancada Paulo Núncio voltou a dizer que as faltas de educação no parlamento não são exclusivas da bancada do Chega, estendendo as críticas também à esquerda e ao PS.

“O CDS não considera que as sanções sejam um caminho adequado, não está na nossa prática parlamentar”, afirmou, dizendo que o povo “é o verdadeiro soberano” para sancionar os deputados nas eleições.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Câmara da Maia vence batalha judicial de 20 milhões de euros. CNMF assessorou a autarquia

A Cerejeira Namora, Marinho Falcão representou o município da Maia, tendo o patrocínio sido assumido pelos advogados Pedro Marinho Falcão e Eduardo de Sousa Campos.

A Câmara Municipal da Maia ganhou uma batalha judicial de 20 milhões que podia levar à demolição do complexo escolar e do centro de saúde do Castelo da Maia, colocando fim a um diferendo iniciado há 44 anos.

No dia 13 de fevereiro, o Supremo Tribunal de Justiça proferiu, por unanimidade, um acórdão que dá razão ao Município da Maia. Nos termos do acórdão, estava em causa a imputação de vícios jurídicos e ilegalidades alegadamente ocorridos desde 1981, altura em que o município idealizou e concretizou o atual complexo escolar e do centro de saúde do Castelo da Maia.

A Cerejeira Namora, Marinho Falcão representou o Município da Maia, tendo o patrocínio sido assumido por Pedro Marinho Falcão e Eduardo de Sousa Campos. Em declarações, referiram que se “trata do finalizar de um processo de natureza cível de extrema complexidade factual e jurídica, em que foram inicialmente deduzidos 17 pedidos diferentes contra o Município da Maia que poderiam, para além de avultadas indemnizações, levar à demolição das escolas e do centro saúde. Os particulares lançaram mãos de todos os expedientes processuais possíveis mas, finalmente, ao fim de doze anos nos tribunais (um prazo inusual em processos cíveis) a justiça foi feita e os maiatos vão manter os equipamentos tão relevantes”

Tais equipamentos sociais foram construídos em terrenos privados, no contexto de um processo negocial que, em 2013, foi judicialmente colocado em causa pelos proprietários dos imóveis (e seus herdeiros). Estes alegaram que existiu uma invasão e ocupação ilegítima, mesmo confisco, e exigiam, para além de mais 20 milhões de euros em indemnização, a devolução dos terrenos e a inerente demolição das escolas e centro de saúde.

Por seu lado, o Município da Maia, refutando essa interpretação, sustentou que a sua atuação era legítima à luz de um contrato promessa celebrado com os proprietários e que a inércia estava do lado dos particulares.

O Supremo Tribunal de Justiça, depois de diversos recursos e incidentes, quer para o Tribunal da Relação do Porto quer para o próprio Supremo Tribunal de Justiça, veio, em decisão que já não admite recurso, a dar razão ao Município da Maia e considerar tal contrato como válido e vinculante para as partes.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo termina com apoios financeiros a caldeiras poluentes

  • Lusa
  • 19 Fevereiro 2025

A medida pretende acompanhar a diretiva europeia para o desempenho energético dos edifícios.

O decreto-lei para acabar com os apoios financeiros à instalação de caldeiras autónomas alimentadas a combustíveis fósseis, como carvão e gás, foi publicado esta quarta-feira em Diário da República.

A medida, que tinha sido aprovada em Conselho de Ministros em 16 de janeiro e tem efeitos retroativos, pretende acompanhar a diretiva europeia para o desempenho energético dos edifícios, que representa uma parte significativa do consumo energético e das emissões de gases com efeito de estufa na União Europeia.

A diretiva estabelece a obrigação de os Estados-membros deixarem de conceder incentivos financeiros à instalação de caldeiras autónomas a combustíveis fósseis a partir de 1 de janeiro de 2025“, lê-se no documento.

Uma medida que “está plenamente alinhada com os objetivos estratégicos nacionais” relacionados com a eficiência energética e a transição para uma economia de baixo carbono, bem como o combate à pobreza energética, acrescenta o Governo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Macron recebido no parlamento com honras de Estado mas sem discurso em plenário

  • Lusa
  • 19 Fevereiro 2025

A cerimónia sem lugar a discurso deve-se “ao programa muito intenso do Presidente francês”.

O Presidente de França, Emmanuel Macron, será recebido na Assembleia da República, no próximo dia 27, com uma cerimónia solene de boas-vindas, com honras de Estado, mas sem a sessão antes prevista de discursos em plenário.

Esta mudança foi comunicada esta quarta-feira pelo porta-voz da conferência de lideres, o deputado social-democrata Jorge Paulo Oliveira, justificada “por condicionamentos” inerentes ao programa “intenso” da visita de Estado a Portugal do Presidente francês.

“No dia 27 de fevereiro, teremos uma cerimónia solene de boas-vindas ao Presidente Francês Emmanuel Macron. Estamos a falar de uma cerimónia solene e não de uma sessão solene como estava inicialmente prevista”, começou por referir. De acordo com o porta-voz da conferência de líderes, esta mudança deve-se “ao programa muito intenso do Presidente francês”.

“A cerimónia vai incluir diversos momentos, tendo honras de Estado, sessão de cumprimento no Salão Nobre da Assembleia da República e, também, o encontro com as delegações. Não tem intervenções”, completou.

Pelo programa inicial, estava previsto que o chefe de Estado francês encerrasse a sua presença no parlamento com um discurso em plenário. Antes, discursariam o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, e representantes de cada um dos grupos parlamentares.

“A diferença agora é que será transformada numa cerimónia solene de boas-vindas, que é uma modalidade que está prevista no Protocolo de Estado e adequada à receção de um Presidente de um Estado estrangeiro. Terá as honras habituais neste tipo de cerimónias, assim como uma sessão de cumprimentos no Salão Nobre e um encontro das delegações na Sala de Visitas do presidente da Assembleia da República”, reforçou.

Na história recente das relações franco-portuguesas, sempre que se realizou uma visita de Estado de um Presidente de França a Portugal houve também uma sessão solene com discursos na Assembleia da República. Tal aconteceu, com as visitas de Estado de François Mitterrand, Jacques Chirac, e Giscard d’Estaing.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Os resultados da empresa familiar de Montenegro vistos à lupa

A empresa fundada pelo primeiro-ministro em 2021 registou lucros acumulados de 342 mil euros em três anos, apresentou margens operacionais superiores a 45% e sem qualquer endividamento.

A empresa fundada pelo primeiro-ministro Luís Montenegro em janeiro de 2021 apresenta um perfil financeiro marcado por crescimento rápido, margens operacionais elevadas e acumulação de lucros significativos.

Com um capital social de 6 mil euros, a Spinumviva – hoje gerida pela mulher e pelos dois filhos do líder do Governo – faturou 718.166 euros nos últimos três anos até 2023 (os resultados de 2024 ainda não são conhecidos), acumulando ao longo deste período 342 mil euros de lucros.

Este desempenho foi impulsionado por margens operacionais (margem EBIT) elevadas de 35,3% em 2021, 75,3% em 2022 e 46,2% em 2023. Em 2022, ano em que Montenegro ainda era sócio-gerente (até junho), a empresa atingiu o pico de rentabilidade, com o passivo a corresponder a apenas 24,7% das vendas e serviços prestados, segundo as demonstrações financeiras da empresa consultados pelo ECO.

Mudança de estrutura acionista

A 30 de junho de 2022 Luís Montenegro renunciou ao cargo de gerente da Spinumviva e transferiu 92% da sua participação (3.450 euros) para a mulher e os restantes 8% da sua posição (400 euros) foram distribuídos de forma igual pelos dois filhos. Com essa operação, a mulher de Luís Montenegro passou a deter 92% do capital da empresa e os dois filhos 4% cada.

No balanço, os ativos fixos tangíveis limitavam-se a 20.550 euros no final de 2023, sem evidências de imóveis ou terrenos significativos, contradizendo parcialmente o objeto social inicial de “gestão de bens imobiliários”. E o capital próprio da Spinumviva ascendia em 2023 a 342 mil euros, fruto da retenção integral dos lucros desde a sua fundação, não tendo havido qualquer distribuição de dividendos nem a realização de qualquer operação de aumento de capital.

Os dados financeiros da Spinumviva revelam ainda uma estrutura de passivo “enxuta” e simplificada, não apresentando registo de empréstimos ou dívidas a entidades públicas, ao mesmo tempo que os custos operacionais mantêm-se contidos:

  • Custos com pessoal: Dois colaboradores em 2022 (um em tempo integral) e quatro em 2023 (um em part-time).
  • Despesas gerais: Incluem “fornecimentos e serviços externos”, mas sem detalhes públicos.

Conflito de interesses e questões de transparência

A ausência de endividamento e a baixa alavancagem reforçam a dependência do negócio de receitas resultantes da prestação de serviços, como foi também referido por Luís Montenegro em resposta ao Correio da Manhã.

“Do vasto objeto social dessa empresa [Spinumviva], apenas a prestação de consultoria no âmbito da proteção de dados pessoais teve execução”, disse o primeiro-ministro, sublinhando ainda que “por ironia do destino, o grupo de comunicação social que integra o Correio da Manhã foi um dos clientes.”

A discrepância entre o objeto social original (gestão imobiliária) e a atividade real (consultoria) foi justificada por Montenegro como um “plano não concretizado” de incorporar património herdado. De acordo com o relatório entregue no ano passado por Luís Montenegro à Entidade para a Transparência, consultado pelo Correio da Manhã, o primeiro-ministro detinha 54 propriedades imobiliárias, num valor total de 639 mil euros.

A Spinumviva tornou-se alvo de escrutínio após denúncias de potenciais conflitos de interesses, especialmente após a aprovação de alterações à Lei dos Solos, dado que a empresa ainda é gerida pela família de Luís Montenegro e que assim poderia beneficiar de valorizações imobiliárias indiretas.

Face a estas considerações, que levaram inclusive o Chega a avançar com uma moção de censura, o primeiro-ministro negou veementemente tais acusações, afirmando que a empresa nunca teve relações com entidades públicas, não realizou transações imobiliárias e que não tem influência na gestão.

Reafirmando que não considera que haja qualquer conflito de interesses por a sua família deter uma empresa ligada ao imobiliário, Luís Montenegro, que se encontra atualmente em Brasília, recorreu à sua conta na rede social “X” para remeter qualquer resposta a este caso e à atual situação política interna quando regressar a Portugal.

Os dados operacionais da Spinumviva revelam uma empresa rentável, que é visível, por exemplo, pelos lucros gerados ao longo dos últimos três anos num montante equivalente a 57 vezes acima do seu capital social e com uma rendibilidade do capital próprio de 90,8 vezes. A eficiência operacional é inegável, mas num contexto em que o primeiro-ministro prometeu exemplaridade absoluta, a pressão por esclarecimentos adicionais parece inevitável.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Sonae Sierra assina 190 novos contratos com lojistas. Ocupação em Portugal sobe para 98,1%

Do Colombo ao Arrábida Shopping, conheça alguns dos projetos instalados nos ativos que o braço imobiliário da Sonae tem sob gestão em território nacional, onde a taxa de ocupação subiu no ano passado.

A nova área de restauração RiverDeck e as primeiras lojas da Mango Teen e da espanhola Blue Banana no Vasco da Gama. A chegada da britânica Prêt a Manger, a flagship store da Massimo Dutti e a reabertura da Fnac num espaço maior e renovado no Colombo, também em Lisboa. A Norte, o primeiro espaço de bowling e zona dedicada ao gaming da Sould Park no país, que abriu no Arrábida Shopping.

Estes foram alguns dos 190 novos contratos que a Sierra assinou durante o ano passado com lojistas nos ativos que tem sob sua gestão e comercialização em Portugal, correspondentes a uma área bruta locável de 44.418 metros quadrados. Em paralelo, tanto em ativos de uso misto e centros comerciais como em mercados urbanos alimentares, diz ter renovado os contratos de 388 lojas.

De acordo com a informação partilhada esta quarta-feira pelo braço imobiliário da Sonae, liderado por Fernando Guedes de Oliveira, a taxa de ocupação do portefólio sob gestão em território nacional atingiu os 98,1% no ano passado. Acima do 97,8% em 2023, uma subida que diz “[refletir] a confiança depositada pelas marcas e operadores de referência na Sierra”.

Alberto Bravo, diretor de Property Management da Sierra para Portugal e Espanha, fala num “desempenho sólido e sustentado” que “reforçou a posição de liderança na gestão de ativos em Portugal, continuando a evoluir no sentido de criar experiências diferenciadoras e multicanal para os seus diferentes públicos”.

Alberto Bravo, diretor de Property Management da Sierra para Portugal e Espanha

Citado em comunicado, o porta-voz da dona do NorteShopping sublinha que “a aposta contínua na diversificação dos serviços de comercialização e na adaptação a diferentes tipologias de ativos tem sido essencial para garantir a valorização dos espaços sob gestão, assegurando uma ocupação elevada e uma resposta cada vez mais alinhada com as novas dinâmicas do retalho”.

Como exemplos de diversificação da oferta destaca, na zona de Lisboa, a instalação do restaurante japonês Subenshi no empreendimento Prata Riverside Village ou da primeira loja da cadeia Padel Nuestro no World Trade Center. No Porto, dá nota da abertura do espaço de cowork DeHouse no Península Boutique Center como uma “prova da capacidade em introduzir uso misto” nos ativos que gere.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Linha de Leixões captou quase 18 mil passageiros em dez dias de serviço

  • Lusa
  • 19 Fevereiro 2025

A Linha de Leixões captou quase 18 mil passageiros desde que reabriu entre Campanhã e Leça do Balio, dos quais 2.200 em dias úteis, divulgou, nesta quarta-feira, o ministro das Infraestruturas.

A Linha de Leixões captou quase 18 mil passageiros desde que reabriu entre Campanhã e Leça do Balio, dos quais 2.200 em dias úteis, divulgou o ministro das Infraestruturas nesta quarta-feira, a partir de dados da CP.

“Quase 18 mil passageiros em 10 dias, uma média nos dias úteis de 2.200 passageiros, são 40 autocarros que estamos a tirar, por dia, das ruas”, disse Miguel Pinto Luz aos jornalistas, após viajar entre Leça do Balio e o apeadeiro do Hospital São João, no concelho de Matosinhos.

Para o ministro, “isto é fundamental para um país e uma Europa que tanto fala em transferência modal [mudança de meios de transporte], necessidade de combater as alterações climáticas. Tem que concretizar isso em medidas públicas que tenham impacto”.

A Linha de Leixões reabriu em 9 de fevereiro entre Porto-Campanhã e Leça do Balio, com novos apeadeiros na Arroteia e Hospital São João, e com comboios provenientes quer de Campanhã, quer de Ovar, após ter sido assinado um protocolo, em março, entre a CP – Comboios de Portugal, Infraestruturas de Portugal (IP) e a Câmara de Matosinhos, homologado ainda pelo antigo secretário de Estado Adjunto e das Infraestruturas socialista Frederico Francisco.

Para Miguel Pinto Luz, o balanço da reabertura é “muito positivo” e “o Governo está muito satisfeito”, assegurando que não irá “ficar por aqui”, mandatando “a IP e a CP para (…) pensar o que é possível fazer até Leixões”, algo que já tinha sido remetido no protocolo de março para uma segunda fase.

Presente na viagem esteve também o presidente da IP, Miguel Cruz, que assinalou ser necessária a “melhoria das estações e recuperação das estações, que é um trabalho que necessariamente tem de ser feito”.

Apesar de novos apeadeiros em Hospital São João e Arroteia, e de terem sido instaladas novas plataformas em São Gemil e Contumil, a estação de Leça do Balio não conta com um único abrigo e está emparedada, estando as estações de São Mamede de Infesta e São Gemil também fechadas.

Quanto à chegada até Leixões, à zona onde está a estação de metro do Senhor de Matosinhos e ligações à rede rodoviária da STCP e Unir, e ao futuro metrobus, “haverá, assim que possível, novidades”.

“Foi feita a reabertura desta linha e o sucesso comercial justifica que o trabalho continue”, frisou Miguel Cruz.

Já o presidente da CP, Pedro Moreira, reiterou que “a linha tem efetivamente potencial”, o que depende da criação de “novas paragens e apeadeiros”, como veio a suceder, e que o Hospital São João e Arroteia vão “trazer mais passageiros para o comboio”.

Com os números hoje conhecidos, Pedro Moreira acredita que será possível “superar muito a estimativa” da empresa para o primeiro ano de operação.

Já a presidente da Câmara de Matosinhos, Luísa Salgueiro, referiu que “esta era uma ambição muito antiga” do município, baseada em estudos que demonstraram que era “decisivo que se reativasse a linha com complementaridade ao metro e ao transporte rodoviário”.

“Esperamos que agora as pessoas utilizem, o senhor ministro continue a apostar neste investimento e o traga até Leixões”, frisou a autarca socialista.

O serviço de passageiros efetua paragem em Porto-Campanhã, Contumil, São Gemil, Hospital São João (novo apeadeiro) São Mamede de Infesta, Arroteia (novo apeadeiro) e Leça do Balio. Para já, ficou de fora a reabertura até Leixões.

Realizam-se 60 comboios nos dias úteis, 30 em cada sentido, com oferta de dois comboios por hora e por sentido nas horas de ponta da manhã e da tarde”, e “aos sábados, domingos e feriados realizam-se 34 comboios, 17 por sentido.

A partir de março, deverá entrar em funcionamento uma linha de autocarro da Unir, com uma frequência por hora, entre a estação de Leça do Balio e a Câmara de Matosinhos, disse à Lusa o vice-presidente da autarquia matosinhense, Carlos Mouta.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.