Quinze startups foram escolhidas no Protechting para desenvolver pilotos nos seguros e saúde

  • ECO Seguros
  • 13 Março 2025

As startups estão a participar em bootcamps online, focados no desenvolvimento da relação com os parceiros e no desenho dos pilotos. Em maio, as selecionadas vão à China.

Quinze startups foram selecionadas na 7.ª edição do programa Protechting para colaborar com a Fidelidade, Luz Saúde e Fosun desenvolvendo os seus projetos-piloto e testar soluções inovadoras nos seguros e saúde.

Segundo comunicado da iniciativa, foram enviadas o recorde de 346 candidaturas para o programa internacional que é promovido pela seguradora Fidelidade, em parceria com a Fosun, a Fosun Foundation e o Hospital da Luz Learning Health com o apoio da Fábrica de Startups.

As startups selecionadas estão distribuídas entre as áreas de insurtech, healthtech e tech-enablers e são a AiTecServ, Careceiver, Granter, Humanos, Lampsy, LoopOS, Medgical, Neuralshift, Nuada, OwlPlaces, Psychomeasure, Saffe, Sleepup, Usawa e Zana.

O Protechting arrancou com o Matching Day, um encontro onde as startups selecionadas conheceram os Innovation Heroes – colaboradores da Fidelidade e da Luz Saúde – que serão os seus principais pontos de contacto ao longo do programa.

Desde janeiro e até este mês, as startups participam em bootcamps online, focados no desenvolvimento da relação com os parceiros e no desenho dos pilotos. “O objetivo é identificar os melhores use cases, definir os testes mais relevantes e validar as principais hipóteses para futuras colaborações comerciais”, refere a seguradora em comunicado.

Em abril, serão selecionadas as startups que irão juntar-se num Roadshow à China, que terá lugar no mês seguinte. A viagem à China é organizada pela Fosun Foundation, com o objetivo de proporcionar o acesso a um ecossistema de inovação global e a novas oportunidades de expansão.

“Desde 2018, o Protechting conta com mais de 40 pilotos desenvolvidos e cinco acordos comerciais concretizados”, indicam as empresas.

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Santander patrocina Panda e os Caricas e lança música exclusiva

  • + M
  • 13 Março 2025

No âmbito da parceria foi criada a música exclusiva “Comprar um carrossel”. Vão ainda ser lançados três vídeos educativos, onde o Panda ensina o que é o dinheiro e como guardá-lo.

O Santander patrocina o Panda e os Caricas, aproveitando como mote o tema do último musical “Já pensaste no que queres ser quando cresceres?”. O objetivo passa pela promoção da literacia financeira entre as crianças de uma “forma lúdica e acessível”, bem como “reforçar a imagem” do banco.

A parceria pretende também mostrar que “é possível poupar a brincar, utilizando o universo do Panda e os Caricas para ensinar conceitos financeiros básicos, como poupança, orçamento e consumo consciente”.

Neste sentido vão ser lançados três vídeos educativos, onde o Panda “irá ensinar, enquanto brinca, o que é o dinheiro (notas e moedas), como guardá-lo (mealheiro/banco) e a diferença entre necessidade e desejo”. No âmbito da parceria foi ainda criada a música exclusiva “Comprar um carrossel”.

Os conteúdos marcam presença no Canal Panda, Panda Plus, canal YouTube do Panda e os Caricas e no site público do Santander.

Em nota de imprensa, o Santander recorda que, “para ajudar os mais novos a poupar”, também criou o mealheiro “Bolota”, que “ganha vida ao contar a história de como aprendeu a poupar para conseguir ir para a universidade”.

O “Bolota” marcou também presença no musical O Panda e os Caricas, que decorreu no final do ano em várias cidades do país e que contou com o Santander como patrocinador oficial. “Em cada local, as crianças puderam tirar uma foto num cenário musical criado para o efeito e receber um caderno de atividades com conteúdos alusivos à poupança”.

Na abertura de contas a menores de 13 anos, o Santander oferece também um eco mealheiro do “Bolota”, com stickers do Panda e os Caricas. “Para incentivar a poupança desde cedo, o banco tem em vigor uma campanha em que, ao fazer um Depósito Jovem no valor mínimo de 15 euros, recebe 15 euros em poupança”, refere a instituição bancária.

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Startups podem candidatar-se a 30 milhões dos vouchers

Nesta nova tranche, cai a obrigatoriedade da componente verde nas candidaturas. Agrotech e transição climática passam a ter "dotação prioritária".

As startups podem candidatar-se a partir de 17 de março à terceira tranche de 30 milhões dos vouchers para startups, programa apoiado pelo PRR, num total de 90 milhões de euros. Nesta terceira tranche foi eliminada a obrigatoriedade da componente verde, ampliando as “oportunidades de acesso a financiamento”. As candidaturas decorrem até 14 de abril. Cada startup poderá receber 30 mil euros. Soluções agrotech e para transição climática terão “dotação prioritária”.

“A principal novidade desta fase é a eliminação do critério obrigatório relacionado com componente verde, tornando o programa mais abrangente”, pode ler-se no comunicado enviado às redações.

O incumprimento desta componente verde por parte das startups que se candidatavam a este financiamento do PRR era um dos motivos para a rejeição de muitas candidaturas, tal como noticiou o ECO.

Até fevereiro, o programa Vouchers para Startups, só tinha aprovado 21% das cinco mil candidaturas recebidas, o que corresponde a um incentivo de 31,5 milhões de euros. Às empresas, no conjunto dos dois avisos, tinham sido pagos 10,98 milhões de euros.

Agrotech e transição climática com “dotação prioritária”

Nesta nova tranche, essa obrigatoriedade é retirada. “Agora, mais startups podem candidatar-se, aumentando significativamente as oportunidades de financiamento para diferentes perfis de inovação e haverá dotação prioritária — não sendo um critério de exclusão — para projetos com soluções de inovação destinadas aos setores da agricultura, aquicultura, pescas e floresta (agrotech), com uma dotação de 3 milhões de euros, ou com contributos positivos para a transição climática, com uma dotação de 4 milhões de euros”, pode ler-se em comunicado. Montantes que “serão alocados à dotação geral caso não se candidatem projetos nesses âmbitos.”

As candidaturas decorrem de 17 de março a 14 de abril, sendo “avaliadas com base na viabilidade e impacto dos projetos apresentados, garantindo que os fundos são direcionados para iniciativas com potencial de crescimento”. Todos os projetos deverão estar executados até 31 de dezembro de 2025.

Em termos de pagamento dos apoios, será feito um “adiantamento inicial com a assinatura do Termo de Aceitação a título de pré-financiamento” de 5.000 euros; um adiantamento de 20.000 euros, passado um mês do adiantamento inicial; e um pagamento final de 5.000 euros, “com a apresentação de pedido de pagamento final com as despesas elegíveis realizadas, a submeter até 90 dias após a conclusão física e financeira do projeto”.

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Nescafé e KitKat comunicam lançamento de novo produto conjunto

  • + M
  • 13 Março 2025

O lançamento que une as duas marcas é acompanhado por uma campanha que inclui marketing de influência, rádio, ativações em ponto de venda, ações na rua e uma parceria com um podcast.

As marcas Nescafé e KitKat uniram-se no lançamento do produto Nescafé KitKat Mocha, a primeira colaboração entre as duas marcas do grupo Nestlé que pretende “revolucionar as pausas ao longo do dia”.

O lançamento do produto é acompanhado por uma campanha que assenta numa estratégia de comunicação 360º, que inclui marketing de influência, rádio, ativações em ponto de venda, ações de rua em Lisboa e no Porto, ações na Universidade Católica Portuguesa em Lisboa, Universidade Católica Portuguesa no Porto e Universidade de Coimbra e parceria com o podcast “Palácio da Ajuda”.

Desenvolvida a nível internacional com criatividade da Publicis, a campanha conta em Portugal com a Burson enquanto agência parceira para ativações de rua, com a Wolt (agência de produção) e GroupM (comunicação omnicanal, online e offline).

“Com Nescafé KitKat Mocha, queremos mostrar que até nos momentos mais caóticos, seja a estudar para exames, a fechar prazos de trabalho ou simplesmente a precisar de um reset, há sempre espaço para parar e recarregar. Não se trata apenas de uma pausa qualquer, mas sim de um momento que faz realmente a diferença no dia”, diz Carmo Grangeio, brand manager de Nescafé, citada em comunicado.

“Esta união entre duas marcas icónicas da Nestlé vem elevar a experiência das pausas para outro nível, tornando-as mais saborosas, reconfortantes e memoráveis. Porque uma boa pausa pode ser o segredo para voltar com mais energia, foco e criatividade”, acrescenta.

Já Nádia Vasques, brand manager de KitKat, refere que a colaboração com a Nescafé “pretende proporcionar uma bebida de café que eleva esses momentos, criando experiências sensoriais que vão além de um simples despertar saboroso”. “Esta parceria surgiu de forma natural, pois Nescafé KitKat Mocha combina o melhor dos dois mundos, tornando cada pausa mais revigorante e perfeita para qualquer altura do dia“, acrescenta.

A união entre as duas marcas “está alinhada com a estratégia que a Nescafé tem vindo a desenvolver ao longo dos anos, assente na diversidade da sua gama de especialidades, oferecendo novas experiências de café aos portugueses, preparadas de forma simples e rápida, no conforto de casa, bebidas com a qualidade e consistência características de uma coffeeshop”, refere-se em nota de imprensa.

“Esta aposta, para diferentes momentos do dia, responde não só às preferências dos habituais consumidores, como ao interesse de uma nova geração que está agora a descobrir o universo do café, valorizando a inovação e a conveniência no seu dia a dia”, lê-se na mesma nota.

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Marcelo foi contra moção de confiança de Montenegro e vai marcar eleições para 18 de maio

Em pouco mais de um ano, os portugueses voltam a ser chamados às urnas para eleger os deputados à Assembleia da República, de onde sairá o novo Governo. Presidente discordou da moção de confiança.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, preside à reunião do Conselho de Estado, depois de o Parlamento ter chumbado uma moção de confiança ao Governo, provocando a demissão do Executivo minoritário PSD/CDS-PP. ANTÓNIO COTRIM/LUSAANTÓNIO COTRIM/LUSA

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, dissolve a Assembleia da República a 19 de março e decidiu marcar eleições legislativas antecipadas para 18 de maio, depois de ouvidos os partidos com assento parlamentar e consultado o Conselho de Estado, confirmou o ECO. Na reunião com os conselheiros, que durou cerca de três horas, entre as 15h e as 18h, o Chefe de Estado terá dito que foi contra a opção de Luís Montenegro de apresentar uma moção de confiança.

De salientar que o primeiro-ministro demissionário tem lugar por inerência no órgão consultivo de Marcelo, pelo que ouviu do próprio a sua discordância. Também o líder do PS, Pedro Nuno Santos, que tanto insistiu para que Montenegro retirasse a moção de confiança, integra o Conselho de Estado, por ter sido eleito pelo Parlamento.

Em pouco mais de um ano, os portugueses voltam a ser chamados às urnas para eleger os 230 deputados à Assembleia da República, de onde sairá um novo Governo. Uma crise política que surge na sequência do chumbo da moção de confiança apresentada pelo Governo de Luís Montenegro que ditou a demissão do Executivo.

Pelas 20h, o Chefe de Estado fala ao país a partir do Palácio de Belém, tal como já fez em ocasiões anteriores semelhantes, após cumprir os dois passos que a Constituição obriga antes de dissolver o parlamento e convocar eleições: ouvir os partidos políticos e o Conselho de Estado.

A atual crise política teve início em fevereiro com a publicação de uma notícia, pelo Correio da Manhã, sobre a empresa familiar de Luís Montenegro, Spinumviva, detida à altura pelos filhos e pela mulher, com quem é casado em comunhão de adquiridos, – e que passou na semana passada apenas para os filhos de ambos – levantando dúvidas sobre o cumprimento do regime de incompatibilidades e impedimentos dos titulares de cargos públicos e políticos.

Depois de mais de duas semanas de notícias – incluindo a do Expresso de que o grupo Solverde pagava uma avença mensal de 4.500 euros à Spinumviva – de duas moções de censura ao Governo, de Chega e PCP, ambas rejeitadas, e do anúncio do PS de que iria apresentar uma comissão de inquérito, o primeiro-ministro anunciou a 5 de março a apresentação de uma moção de confiança ao Governo.

O texto foi rejeitado na terça-feira com os votos contra do PS, Chega, BE, PCP, Livre e deputada única do PAN, Inês Sousa Real. A favor estiveram o PSD, CDS-PP e a Iniciativa Liberal.

Segundo a Constituição, a não aprovação de uma moção de confiança implica a demissão do Executivo, o que aconteceu um ano e um dia depois da vitória da coligação AD nas legislativas antecipadas de 10 de março.

O XXIV Governo Constitucional tornou-se o segundo Executivo na história da democracia a cair na sequência da apresentação de uma moção de confiança, depois do I Governo Constitucional, em 1977, dirigido pelo socialista Mário Soares.

(Notícia atualizada às 18h49)

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Yazaki Saltano despede 364 trabalhadores na fábrica de Ovar

Fábrica de componentes automóveis alega tratar-se de uma medida necessária para salvaguardar o negócio em Portugal, no seguimento da quebra de vendas de veículos elétricos.

A fabricante de origem japonesa Yazaki Saltano vai despedir 364 pessoas na fábrica de Ovar. A empresa explica ao ECO/Local Online que está “a ser fortemente afetada pela atual situação crítica da indústria automóvel europeia. Tal como muitos outros grandes fornecedores, as vendas dos produtos Yazaki estão significativamente aquém das expectativas”.

“Neste contexto, a Yazaki Saltano de Ovar é forçada a iniciar um processo de redução de efetivos contemplando 364 colaboradores e, nesse sentido, teve já início a consulta com os representantes dos trabalhadores e sindicatos. Todos os procedimentos legais necessários foram cumpridos e foi criado um Gabinete de Apoio exclusivamente dedicado a este tema, com o objetivo de apoiar todos os trabalhadores afetados, com especial incidência na recolocação”.

Por seu turno, a câmara de Ovar indica que tomou conhecimento do despedimento esta quinta-feira e que a empresa aponta a medida como “necessária para salvaguardar o negócio em Portugal, e motivada pela crise em que está o mercado automóvel, sobretudo dos carros elétricos”.

A Câmara Municipal de Ovar assegura que irá “disponibilizar toda a ajuda que a empresa e os trabalhadores necessitem, dentro das suas competências e com os instrumentos que tem ao seu dispor, para garantir a salvaguarda económica e social das pessoas afetadas por essa decisão”.

Segundo noticia a RTP, os trabalhadores foram informados esta tarde pela administração da empresa de componentes elétricos para automóveis. Fonte do sindicato SITE Centro Norte, afeto à CGTP, indicou à estação pública que o despedimento será transversal a vários setores da fábrica e irá afetar, sobretudo, os funcionários mais velhos, que estão mais perto da idade da reforma, e os que estão há menos tempo na fábrica.

A fábrica teria excesso de trabalhadores para a produção atual, de acordo com o mesmo sindicato. A autarquia assegura ao ECO/Local Online que irá “disponibilizar toda a ajuda que a empresa e os trabalhadores necessitem, dentro das suas competências e com os instrumentos que tem ao seu dispor, para garantir a salvaguarda económica e social das pessoas afetadas por essa decisão”.

Notícia atualizada às 20h30 com número de trabalhadores e declarações da empresa

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Produtores de vinho apreensivos com tarifas dos EUA

  • Lusa
  • 13 Março 2025

Setor dos vinhos pede "uma resposta imediata, mas ponderada, de Bruxelas". E espera que o anúncio seja "mais uma das bombas que o Presidente Trump atira para o ar e que depois se arrepende".

Os produtores de vinhos estão apreensivos com o impacto das tarifas de 200% anunciadas pelos EUA, um dos principais mercados para Portugal, e esperam que Bruxelas atue, ao mesmo tempo que mostram estar cansados das ameaças de Donald Trump.

O Presidente dos EUA ameaçou esta quinta-feira a União Europeia (UE) com tarifas de 200% sobre champanhe, vinhos e outras bebidas destiladas se a tarifa de 50% da UE sobre o whisky norte-americano não cair. Segundo os dados da ViniPortugal, o mercado dos EUA representa cerca de 102 milhões de euros em exportações, sendo o segundo destino das exportações portuguesas de vinho.

“A virem a ser implementadas as tarifas aos vinhos, sobretudo na ordem de grandeza de que se fala, as nossas exportações seriam fortemente penalizadas, trazendo muitos problemas ao nosso setor vitivinícola”, avisou, em resposta à Lusa, o presidente da ViniPortugal, a associação interprofissional do vinho, Frederico Falcão.

Os EUA são o país onde a ViniPortugal mais investe, tendo em conta o potencial de crescimento do mercado. “Nesta altura, estamos muito apreensivos e preocupados com esta ameaça, que muito esperamos que não passe disto”, rematou Frederico Falcão. A associação apelou, assim, para que a Comissão Europeia e o Conselho Europeu desenvolvam esforços, de modo a que setor não seja prejudicado por esta disputa comercial.

Esta notícia não pode ser considerada boa, antes pelo contrário. O nosso principal mercado exportador, se incluirmos o vinho do Porto, é os EUA. Se retirarmos o vinho do Porto, os EUA ficam em segundo lugar e em primeiro o Brasil. [Estas tarifas] têm um impacto direto e brutal nas nossas exportações, que se vai refletir nos países concorrentes europeus, o que significa menor competitividade comercial e interna”, afirmou o presidente da Companhia das Lezírias, Eduardo Oliveira e Sousa, em declarações à Lusa.

Ainda assim, o antigo presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) espera que esta seja “mais uma das bombas que o Presidente Trump atira para o ar e que depois se arrepende”. Eduardo Oliveira e Sousa pede agora uma resposta imediata, mas ponderada, de Bruxelas, de modo a assegurar que não se fecha uma porta.

Por outro lado, avisou que só a notícia da intenção de taxar os vinhos da UE vai ter reflexos em toda a cadeia, incluindo na cortiça. A Companhia das Lezírias, que tem cerca de 130 hectares de vinha, defendeu ainda não ser fácil precaver o impacto, lembrando que outros mercados podem aproveitar para entrar ou alargar a presença nos EUA, ocupando a nossa quota.

o administrador das Caves da Montanha, Alberto Henriques, notou que vai ter um grande impacto, tendo em conta que exportam, há mais de 40 anos, para os EUA e que este é um dos principais mercados. Contudo, desafia Trump a avançar com as tarifas.

“Hoje em dia, o Presidente Trump ameaça toda a gente com tarifas. Que desta vez não ameace, avance com aquilo que acha que deve fazer. Portugal já existia antes dos EUA. Quando ele [Trump] sair estamos de braços abertos para continuar a comprar nos EUA, a recebê-los e a vender para lá”, disse. Para Alberto Henriques trata-se de “uma questão de dignidade” e, por isso, Portugal não deve sujeitar-se a “ameaças e devaneios”.

A Caves da Montanha, que comercializa espumantes, vinhos, licores, aguardentes, bebidas espirituosas e águas, sublinhou ainda que para alguns mercados, como é o caso dos EUA, não existem alternativas comerciais, mas referiu que a estratégia terá de passar por continuar a abrir novos mercados e por dar mais foco a outras geografias. “Quando nos encostam a faca ao peito temos de avançar para cima da faca e não contra a parede”, insistiu.

Já o administrador executivo da Sogrape, João Gomes da Silva, considerou, em resposta à Lusa, que qualquer medida que gere incerteza representa um desafio, mas notou que a solidez das marcas, aliada ao interesse pelos vinhos portugueses nos EUA “permitirá ultrapassar eventuais obstáculos e continuar a crescer neste mercado”. De acordo com os dados preliminares da Sogrape, as exportações para os EUA representaram, em 2024, cerca de 20% do total.

A Sogrape, que detém marcas como a Casa Ferreirinha, Sandeman, Mateus e a Gazela, adotou uma “abordagem preventiva”, tendo reforçado o stock do seu importador nos EUA – a Evaton. “Antecipar encomendas em períodos de incerteza permite-nos assegurar a continuidade do fornecimento e responder da melhor forma às necessidades dos nossos clientes. Nos produtos críticos, reforçamos o stock para garantir cerca de seis meses de disponibilidade”, adiantou.

No primeiro semestre de 2024, as exportações totais de vinho fixaram-se em 965,8 milhões de euros (dados da ViniPortugal) e 347,5 milhões de litros. Os principais mercados de destino são França, EUA, Brasil, Reino Unido e Países Baixos.

(notícia atualizada às 19h23)

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Salão de mestrados e pós-graduações estreia na Feira de Emprego da Exponor

A Feira de Educação e Formação Qualifica mostra até sábado, na Exponor, diversas ofertas de aprendizagem. São esperados mais de 30 mil visitantes.

Um salão dedicado a mestrados, pós-graduações e formação executiva é a grande novidade da edição deste ano da Qualifica – Feira de Educação, Formação e Juventude, que decorre até sábado na Exponor, em Matosinhos. O certame vai colocar a tónica na aprendizagem ao longo da vida, num mercado competitivo, com vista à valorização profissional. São esperados mais de 30 mil visitantes, entre alunos, professores, profissionais da área educativa, associações e encarregados de educação.

O novo espaço, que ocupa uma área de destaque nesta 16.ª edição da Qualifica, conta com a participação de universidades, institutos politécnicos e escolas de negócios, com uma diversificada oferta em vários graus formativos, nomeadamente associadas à Inteligência Artificial. “Este espaço estará recheado com um conjunto de propostas para licenciados que pretendam aceder a ciclos superiores, atualizar-se e robustecer as suas competências”, conforme avança Amélia Estêvão, diretora de Marketing da Exponor.

Entre as várias ofertas do salão, destaque ainda para o “Espaço Ensino”, uma montra viva de oportunidades de acesso ao mercado de trabalho, com escolas e centros profissionais. Lugar ainda para o stand “Orientação Vocacional”, com aconselhamento aos estudantes sobre o caminho profissional a seguir.

Qualifica – Feira de Educação, Formação e Juventude13 março, 2025

Oportunidades em termos de educação, formação e estágios além-fronteiras estão, por sua vez, disponíveis no “Espaço Study Abroad”.

Já na área institucional, é possível encontrar entidades como a Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional, o Instituto Português do Desporto e da Juventude, o Instituto de Emprego e Formação Profissional ou a Fundação da Juventude e o Turismo de Portugal.

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Governo tem 9,9 milhões de euros para produtores afetados por língua azul e tempestade Kirk

Esta medida vai permitir aos produtores afetados beneficiarem de apoios que podem chegar aos 42 mil euros por exploração, para as culturas do milho, maçã e castanha.

O Ministério da Agricultura e Pescas anunciou esta quinta-feira um apoio de 9,9 milhões de euros destinado aos produtores afetados pela língua azul e pela tempestade Kirk – que em outubro varreu as regiões Norte e Centro, destruindo cerca de 20% das culturas de milho e afetou a produção de maçã e castanha destas regiões.

Em causa está um apoio temporário e excecional de oito milhões de euros em resposta aos prejuízos provocados pela doença da língua azul e pela tempestade Kirk no âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural do Continente (PDR2020).

Esta medida vai permitir aos produtores afetados beneficiarem de apoios que podem chegar a 42 mil euros por exploração, para as culturas do milho, maçã e castanha.

Os detentores de ovinos que tiveram quebras de rendimento inferiores a 30% e que não foram abrangidos pelo apoio concedido ao abrigo da medida anterior podem beneficiar do apoio previsto numa outra portaria, também publicada esta quinta-feira em Diário da República e com uma dotação orçamental global de 1,9 milhões de euros.

Ao mesmo tempo, é criada uma linha de crédito no valor de cinco milhões de euros, com juros bonificados e um prazo de pagamento de cinco anos, para financiar a compra de animais reprodutores ovinos em explorações afetadas pela língua azul.

Podemos dar mais este apoio ao setor, incluindo uma medida dedicada à compensação pela perda de rendimento, abrangendo danos em culturas como o milho, a maçã e castanha, prejuízos associados à Língua Azul e outros impactos significativos.

José Manuel Fernandes

Ministro da Agricultura e Pescas

“Graças à alteração ao regulamento do Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural (FEADER), pedida por Portugal, podemos dar mais este apoio ao setor, incluindo uma medida dedicada à compensação pela perda de rendimento, abrangendo danos em culturas como o milho, a maçã e castanha, prejuízos associados à Língua Azul e outros impactos significativos, incluindo para aqueles que não foram abrangidos pelo critério dos 30%, provenientes do Orçamento do Estado” disse José Manuel Fernandes, ministro da Agricultura e Pescas, citado em comunicado.

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Península Ibérica é a maior plataforma turística do mundo

  • Lusa
  • 13 Março 2025

Os dois países, juntos, receberam cerca de 124 turistas. “Temos de trabalhar em conjunto para nos posicionarmos enquanto a maior plataforma turística do mundo”, diz responsável da Turismo Centro.

Portugal recebeu em 2024 cerca de 30 milhões de turistas, Espanha recebeu 94 milhões, ou seja, a Península Ibérica, em conjunto, é a maior plataforma turística do mundo, disse esta quinta-feira a vice-presidente da Turismo Centro de Portugal.

Intervindo na apresentação da estratégia conjunta de promoção turística transfronteiriça, que reúne as regiões do Centro e Alentejo e a Extremadura espanhola, apresentada na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), Anabela Freitas defendeu o trabalho conjunto daqueles territórios. “Temos de trabalhar em conjunto para nos posicionarmos enquanto a maior plataforma turística do mundo”, afirmou a responsável.

Na mesma sessão, Jesús Vinuales, diretor do Turismo da Extremadura, enalteceu a parceria “fruto das boas relações” entre as três regiões, argumentando que Portugal é “o fator diferenciador” do turismo naquela região espanhola, por permitir que um visitante conheça dois países. “Dois países que, antes, viraram as costas um ao outro, estão agora a apertar as mãos”, notou.

Já José Santos, presidente do Turismo do Alentejo, referiu que a parceria transfronteiriça é uma “oportunidade para transformar um produto territorial num produto comercial”.

“Precisamos de transformar essa potencialidade numa efetiva força de vendas”, alegou José Santos, adiantando que a cooperação entre as três entidades “é uma oportunidade” para tornar mais competitivo o território “em alturas do ano em que tem menos procura”.

De acordo com informação disponibilizada à agência Lusa pela Turismo Centro de Portugal (TCP), as iniciativas conjuntas previstas para este ano no âmbito da parceria incluem uma série de ações promocionais, que decorrerão em junho, em Madrid e Lisboa, junto dos meios de comunicação e que terão uma vertente de informação promocional para o público em geral.

Em novembro, em Elvas, está agendado um encontro empresarial que juntará empresários e administrações do setor turístico do Centro de Portugal, Alentejo e Extremadura.

Com esta estratégia, o viajante tem a oportunidade de conhecer dois países diferentes num único destino. Estas são regiões que têm continuidade de território e de culturas. Juntos, podemos trabalhar e fazer muito mais pelas nossas gentes, pelos nossos territórios, pela nossa identidade e cultura”, assinalou a TCP.

Sobre os produtos turísticos que podem ser promovidos em conjunto, a entidade regional de turismo apontou espaços naturais, como parques nacionais, reservas da biosfera, geoparques, reservas naturais, albufeiras e lagos, mas também a cultura e as tradições, os lugares Património Mundial da UNESCO, os castelos espalhados pelo território, as aldeias históricas ou do xisto, a gastronomia e os vinhos.

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Vitorino diz que há médicos a trabalhar na agricultura por causa da “resistência corporativa”

  • Lusa
  • 13 Março 2025

"Nós temos de nos preocupar em ir procurar os imigrantes de que precisamos e não ficar à espera que venham para cá", defendeu o presidente do Conselho Nacional para as Migrações e Asilo.

O presidente do Conselho Nacional para as Migrações e Asilo, António Vitorino, atribuiu esta quinta-feira à “resistência corporativa” o facto de médicos e outros profissionais qualificados estrangeiros trabalharem em Portugal na colheita da azeitona e outras atividades de baixa qualificação.

O antigo comissário europeu falava numa conferência sobre “Pessoas e Propósito” que decorreu no Centro Cultural de Cascais, durante a qual foram debatidas, entre outros temas, as migrações e o mercado de trabalho.

Partindo do exemplo de um médico do Bangladesh a trabalhar em Portugal na colheita da azeitona, António Vitorino recordou um programa com a participação da Fundação Calouste Gulbenkian que, “há 20 anos”, permitiu que cerca de cem médicos estrangeiros que à data trabalhavam em Portugal na agricultura, na construção civil e nas limpezas passassem, mediante formação específica e com a cooperação da Ordem dos Médicos, a exercer em território nacional a sua profissão original.

“Foi possível, porque a Gulbenkian estava lá. Se tivesse estado lá, a resistência corporativa teria existido. Por que é que não fazemos isso outra vez?”, questionou, frisando que tal se aplica a outras profissões e apelando a que se faça a uma “triagem das qualificações dos imigrantes” que moram em Portugal.

O presidente do Conselho Nacional para as Migrações e Asilo defendeu ainda que o país tem de ir à procura dos imigrantes de que necessita para o mercado laboral. “Nós temos de nos preocupar em ir procurar os imigrantes de que precisamos e não ficar à espera que venham para cá”, defendeu, lembrando que a o mercado nacional necessita quer “de Einsteins” quer de pessoas com baixas e médias qualificações.

“A apanha dos frutos vermelhos continuará a ser feita por imigrantes”, sublinhou o antigo deputado socialista, que, tal como em ocasiões anteriores, insistiu que a imigração tem de ser “regulada, ordenada e segura”.

Questionado sobre como programar as necessidades de imigração e em simultâneo garantir que esta não sobrecarrega os serviços públicos e o mercado da habitação, António Vitorino reconheceu que “não há uma fórmula mágica” e que os modelos de previsão atuais “são falíveis”.

“É importante [que haja] uma política integrada”, concluiu.

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Donos da fábrica de armas de Viana do Castelo compram empresa de cartuchos

Os belgas da FNB, que detêm a fabricante de espingardas de Viana do Castelo, notificaram a Autoridade da Concorrência da aquisição do controlo exclusivo sobre a Sofisport, proprietária da Nobel Sport.

Gatilho preparado para se fechar um negócio no setor das armas que envolve Portugal. Os belgas da FNB – FN Browning Group, que detêm uma fabricante de espingardas de Viana do Castelo, notificaram a Autoridade da Concorrência (AdC) da aquisição do controlo exclusivo sobre a Sofisport, proprietária da Nobel Sport Portugal.

O grupo FNB, com sede em Herstal, tem como atividade o fabrico e venda de armas de fogo militares e civis, munições e produtos conexos para todo o mundo. Em Portugal, são donos da Browning Viana – Fábrica de Armas e Artigos de Desporto, uma empresa de São Romão de Neiva (Viana do Castelo) que se dedica à produção de espingardas de caça e carabinas para caça e tiro desportivo.

Fundada em 1973, a Browning Viana emprega cerca de 600 pessoas e produz atualmente carabinas e espingardas de caça, sob as marcas Browning e Winchester, essencialmente para exportação. Segundo os dados consultados pelo ECO, 99% da produção é para exportação e o volume de negócios em 2023 fixou-se nos 81,6 milhões de euros. Em curso está um investimento de mais dez milhões de euros para modernizar a fábrica e aumentar a capacidade de produção para 200 mil armas por ano.

A mira dos donos desta fabricante foi apontada para a empresa francesa Sofisport, da qual faz parte a subsidiária Nobel Sport Portugal, que opera sobretudo no fornecimento e distribuição grossista de cartuchos e componentes. O mesmo negócio da casa-mãe (fabrico e fornecimento de munições não metálicas), de acordo com a AdC.

O regulador da concorrência informou esta quinta-feira que foi notificado desta operação no passado dia 7 de março de 2025 e está a receber observações sobre o assunto ao longo dos próximos 10 dias úteis.

“Quaisquer observações sobre a operação de concentração em causa devem identificar o interessado e indicar o respetivo endereço postal, email e nº de telefone. Se aplicável, as observações devem ser acompanhadas de uma versão não confidencial, bem como da fundamentação do seu caráter confidencial, sob pena de serem tornadas públicas”, detalha a AdC.

A indústria das munições europeias tem estado a trocar de mãos, mesmo antes do anúncio do reforço do investimento em defesa por parte da União Europeia. Só em janeiro, a unidade francesa da KNDS e a Texelis assinaram um acordo para aquisição do fabricante de peças para veículos. Em 2024, o processo de consolidação da indústria das armas terrestres europeias verificou-se com a compra da Arquus, francesa de veículos blindados ligeiros, pelos belgas da John Cockerill em 2024.

Quando a União Europeia propôs um plano de defesa de 800 mil milhões de euros, as ações das empresas ligadas ao setor das infraestruturas valorizaram significativamente. E os players do espaço – com um negócio historicamente bélico – também pretendem ‘fazer frente’ à maior economia do mundo e à Rússia, como confirmou o acordo entre a Airbus, a Thales e italiana Leonardo.

“Estamos a ver como ajudá-los, como colocamos as capacidades que a Europa tem ao serviço dos nossos países para resolver a pressão que a Starlink está a exercer sobre a Ucrânia”, afirmou, na semana passada, o responsável pela subsidiária espanhola da Airbus.

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