As agências de trabalho temporário referem que as necessidades de contratação temporária se mantêm nos níveis anteriores à reforma

  • Servimedia
  • 30 Outubro 2024

Prova disso é que durante o primeiro semestre de 2024 as agências de trabalho temporário (ETT) geriram mais 2,9% de empregados (trabalhadores individuais) do que no mesmo período do ano passado.

A Asempleo, associação que representa 80% do volume de negócios das agências de emprego e das empresas de trabalho temporário em Espanha, afirmou esta quarta-feira que, dois anos após a implementação da reforma laboral, as necessidades de contratação temporária no mercado de trabalho espanhol mantêm-se nos níveis anteriores a esta legislação.

Durante uma reunião informativa, o presidente da Asempleo, Andreu Cruañas, disse que “a reforma trabalhista implementada desde o primeiro trimestre de 2022 levou a uma redução estatística do emprego temporário no país, com o desaparecimento de modalidades contratuais – como contratos de trabalho e serviços – e o aumento de figuras como o contrato fixo-descontínuo. Estas mudanças não alteraram as necessidades temporárias das empresas em Espanha, muito dependentes dos serviços, do turismo, da agricultura e da logística, onde a sazonalidade e a procura pontual continuam a ser fatores fundamentais”.

Asempleo sublinhou que os indicadores de emprego em Espanha apresentam um quadro misto. Desde o início da reforma, o emprego registou um crescimento anual de 8% e o desemprego diminuiu 17,5%. No entanto, persistem vários problemas estruturais: a taxa de desemprego continua a situar-se nos dois dígitos, com 11,21% no terceiro trimestre de 2024, e a Espanha tem um dos níveis mais elevados de desemprego juvenil da União Europeia (26,9%), com um desemprego significativo entre as pessoas com mais de 55 anos (10,1%).

Outro dado preocupante é a falta de emprego, que se situa em 19,4%, evidenciando o desfasamento entre o emprego disponível e as expectativas dos trabalhadores, e colocando a Espanha como o país com maior falta de emprego na Europa.

Para Andreu Cruañas, esta é uma realidade “que expõe as deficiências do nosso mercado de trabalho num momento de expansão económica. O facto de termos dados inaceitáveis sobre o desemprego juvenil, de longa duração e de muito longa duração, agora que a nossa economia deverá crescer até 2,9%, de acordo com a última projeção do Fundo Monetário Internacional, deve alarmar-nos. Enquanto empregadores, apelamos a políticas ativas de emprego que se traduzam em competitividade para as empresas e em oportunidades para os trabalhadores.

VALOR DE REFÚGIO

No meio deste equilíbrio do mercado de trabalho, marcado pelas necessidades temporárias do tecido produtivo espanhol, a associação patronal destacou o papel das agências de trabalho temporário e das agências de emprego como “valor de refúgio para as empresas, porque geram segurança jurídica, permitem o acesso ao capital humano e oferecem flexibilidade em momentos de aumento da produção ou situações específicas para as organizações”, destacou Cruañas.

Da mesma forma, a Asempleo destacou o facto de que uma em cada três pessoas que entram numa ETT ou numa Agência de Emprego acaba por ser contratada pela empresa utilizadora, o que confirma que “o nosso setor é um aliado para que as pessoas regressem ao mercado de trabalho depois de períodos de inatividade. E, ao mesmo tempo, oferecemos uma primeira abordagem ao mercado de trabalho para muitas pessoas”, concluiu.

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No poupar é que está o ganho. Já começou a preparar a sua reforma?

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  • 30 Outubro 2024

Definir uma estratégia para alcançar segurança financeira não tem de ser um bicho de sete cabeças. O Universo tem soluções para começar já a engordar a sua poupança com rentabilidades atrativas.

A propósito do Dia Mundial da Poupança, que se celebra a 31 de outubro, o ECO e o Universo juntam-se para mostrar que poupar é possível, mesmo a partir de montantes baixos. E é fácil perceber a importância deste hábito: quanto mais cedo começar, mais segurança financeira conseguirá alcançar na fase de reforma – e, de acordo com os dados, tudo indica que a pensão de reforma atribuída pela Segurança Social será muito inferior ao último salário recebido. Os números atuais não são animadores: segundo o Livro Verde da Segurança Social, nos últimos anos, os homens levam para casa uma pensão bruta equivalente a 74% do seu último ordenado, enquanto as mulheres não vão além dos 58%.

Significa isto que em 1000 euros de ordenado, um homem ficaria com uma pensão bruta de 740 euros, enquanto uma mulher receberia 580 euros. Juntando a estes valores o peso da inflação, o dinheiro disponível não será muito.

Esta situação afetará muitos portugueses que, por várias razões, não conseguiram poupar ao longo da sua vida ativa e que estão mesmo entre aqueles que, na Zona Euro, menos dinheiro conseguem guardar e investir. Em Portugal, a taxa de poupança das famílias atingiu 9,8% no segundo trimestre deste ano, um dos valores mais altos dos últimos anos, mas muito abaixo dos 15,7% registados na Zona Euro.

Em Portugal, a taxa de poupança das famílias atingiu 9,8% no segundo trimestre deste ano

Mas qual é, afinal, a solução? O mais importante é decidir começar a poupar, analisar as suas finanças (remuneração mensal e despesas) e estabelecer um objetivo realista para a poupança que pretende fazer. Depois, a questão que se coloca é o que fazer com esse montante que consegue reservar mensalmente.

A pensar nos desafios que os portugueses enfrentam a este nível, o Universo fez uma parceria com a Mapfre para criar o conjunto de soluções Universo Poupança & Investimento. Trata-se de um portefólio de produtos desenhados para incentivar a poupar, com rentabilidades atrativas e zero esforço na definição de uma estratégia: só precisa de decidir quanto quer investir e qual a sua estratégia.

Seja um investidor iniciante ou experiente, o Universo permite-lhe escolher um perfil de risco que pode ser Defensivo (4%), Equilibrado (6,1%) ou Dinâmico (8,2%), cada opção com uma rentabilidade anual estimada diferente. Depois de escolher a opção que melhor se enquadra nos seus objetivos financeiros, é tempo de definir quanto pretende investir e se pretende fazê-lo com uma só entrega inicial ou através de entregas mensais.

Vamos a exemplos práticos. Se optar pelo perfil Equilibrado, com uma rentabilidade anual estimada de 6,1%, iniciar o investimento com 1000 euros e fizer reforços mensais de 100 euros durante cinco anos, poderá, segundo a simulação no site do Universo, acumular um total de 8.355 euros. Destes, 1.355 euros serão correspondentes aos juros ganhos durante esse período.

Com os mesmos valores, na opção Defensivo conseguiria poupar 7.837 euros, enquanto no perfil Dinâmico alcançaria cerca de 8.880 euros nos mesmos cinco anos.

Como funciona?

Os produtos Universo Poupança & Investimento são geridos pelos especialistas da Mapfre Asset Management, ou seja, a sua carteira de investimentos é cuidadosamente gerida e supervisionada por profissionais experientes. O objetivo destes gestores é maximizar os retornos e minimizar os riscos, investindo em várias classes de ativos – desde ações, obrigações, imobiliário ou ouro, por exemplo.

A subscrição destes produtos não tem qualquer custo (aplica-se apenas uma comissão de 1,2% para gestão dos ativos)

Os três perfis de risco já mencionados permitem encontrar uma solução de poupança e investimento para todas as carteiras. Depois de aderir a um destes produtos, poderá monitorizar, em tempo real e na app móvel, a evolução dos seus investimentos.

Uma das grandes vantagens é a possibilidade de mobilização antecipada do seu dinheiro, a qualquer altura e a valores de mercado. Por outro lado, a subscrição destes produtos não tem qualquer custo (aplica-se apenas uma comissão de 1,2% para gestão dos ativos).

Vantagens fiscais são mais-valia

Por se tratar de um seguro associado a um fundo de investimento, a linha Universo Poupança & Investimento permite uma redução de 60% no IRS, para alguns tipos de produtos, a partir do oitavo ano e um dia – o que terá grande impacto no retorno do cliente.

Investir num futuro de segurança financeira não precisa de ser difícil ou acessível apenas a quem tem montantes elevados para investir. A partir de 30 euros, já pode começar a consolidar o seu património e assegurar tranquilidade a longo prazo. Não se esqueça: no poupar é que está o ganho.

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APS lança site para explicar riscos e seguros a PME

SegurosPME é o novo site lançado pela associação dos seguradores dirigido a empresários e gestores de micro, pequenas e médias empresas.

3ª Conferência Anual ECO Seguros - 20OUT22
José Galamba de Oliveira: “Muitas vezes as PME limitam-se a fazer os seguros obrigatórios desconhecendo que existe proteção para muitos outros riscos importantes”.Hugo Amaral/ECO

A Associação Portuguesa de Seguradores (APS) acaba de lançar o portal SegurosPME com o objetivo de aumentar a literacia de seguros junto de empresários e gestores de empresas. Será um auxílio para identificar riscos e saber como os enfrentar nas suas organizações, independentemente da sua dimensão.

O portal é dinâmico e terá novos conteúdos, em diferentes formatos, em atualização permanente. Começa com quatro grandes áreas: Gestão de riscos nas PME, Riscos Cibernéticos, Princípios ESG nas PME e Plano de Continuidade de Negócios.

A iniciativa da APS, que representa todas as seguradoras que operam em Portugal e, logo, 100% do mercado, quer juntar rigor técnico a uma imagem atual de site noticioso e já está online. Será também um instrumento de sensibilização e de apoio aos distribuidores de seguros junto dos seus contactos nas empresas.

Em entrevista a ECOseguros, José Galamba de Oliveira, Presidente da APS, revelou a evidente necessidade que levou a associação a lançar este projeto.

Qual o objetivo da APS ao lançar este site?

Pretendemos continuar a alargar o público-alvo para as nossas ações de literacia dos seguros. Já temos um programa consolidado dirigido aos jovens. Fazemos também algumas ações dirigidas à população sénior e entendemos que haveria interesse em alargar estas ações ao segmento das micro e das pequenas e médias empresas

Nota que a literacia em seguros está muito longe do desejável nas PME?

O setor das PME’s revela alguns “gaps” de proteção que podem, de facto, ficar a dever-se a uma menor literacia em matéria de seguros. Muitas vezes limitam-se a fazer os seguros obrigatórios desconhecendo que existe proteção para muitos outros riscos importantes. Esse não é, todavia, um problema específico das PME’s, sendo transversal à sociedade portuguesa que revela níveis de penetração dos seguros abaixo dos verificados na média da União Europeia e que é importante ir aproximando.

O portal arranca alertando para a Gestão de riscos nas PME, para os Riscos Cibernéticos, para os Princípios ESG nas PME e para a existência de um Plano de Continuidade de Negócios.

Quais as principais linhas de comunicação? riscos, produtos, provocar consultoria junto de distribuidores?

O principal objetivo é sensibilizar os gestores sobre os mais variados riscos, pessoais e patrimoniais, que enfrentam nas várias áreas da sua atividade económica, e ajudá-los a efetuar uma análise ponderada sobre aqueles a que estão mais expostos e de que forma se podem mitigar desenvolvendo por um lado, ações preventivas e por outro, procurando proteção através de contratos de seguro.

O site será dinâmico? vai manter-se online por tempo indeterminado?

Pretendemos contribuir para um site dinâmico e amigável, que se posicione como um repositório de informação e de conhecimento sobre riscos e seguros para os gestores de pequenas e médias empresas, mas não só! Toda a informação constante do site será útil para qualquer empresa, para os empresários em nome individual e até para aqueles que desejem iniciar a sua própria atividade.

O novo site SegurosPME pode ser visto aqui .

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Sporting aumenta emissão de obrigações para 40 milhões

  • ECO
  • 29 Outubro 2024

A SAD leonina aumentou a emissão de obrigações em dez milhões de euros. Ofertas de subscrição e troca terminam 31 de outubro.

A SAD do Sporting anunciou, esta terça-feira, o aumento da emissão obrigacionista de 30 milhões para 40 milhões de euros, em nota divulgada no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). A operação, que combina uma oferta de subscrição e uma oferta de troca, termina no dia 31 de outubro.

O empréstimo, denominado de “Sporting SAD 2024-2028”, tem uma maturidade de quatro anos e oferece uma taxa de juro fixa anual bruta de 5,25%. Cada obrigação terá um valor nominal de cinco euros.

A operação, anunciada no dia em que se soube do interesse do Manchester United no treinador do clube de Alvalade, surge num contexto em que a Sporting SAD procura diversificar as suas fontes de financiamento, recorrendo ao mercado de capitais para reforçar a sua estrutura financeira.

Os fundos angariados, segundo o prospeto da operação, serão utilizados para “financiamento da atividade corrente da Sporting SAD e reforço de liquidez” da Sporting SAD. Já a oferta de troca visa “permitir à Sporting SAD substituir a sua dívida com vencimento em 2024 por dívida com vencimento em 2028”.

Com este aumento, a operação inclui agora uma oferta de subscrição de até oito milhões de obrigações e mantém a oferta de troca para até quatro milhões de obrigações “Sporting SAD 2021-2024”, atualmente em circulação, e que também têm uma taxa de cupão de 5,25%.

O período de subscrição das obrigações teve início a 18 de outubro e acaba a 31 de outubro, estando prevista a admissão à negociação das novas obrigações no Euronext Lisbon para 6 de novembro.

Para os pequenos investidores que pretendam subscrever estas obrigações, o prospeto salienta riscos que os potenciais subscritores devem ter em conta, como o risco de crédito do emitente, uma vez que o pagamento de juros e reembolso de capital dependem da capacidade financeira da Sporting SAD; o facto de o capital próprio da sociedade ser inferior a metade do capital social; a dependência da Sporting SAD de receitas variáveis como direitos televisivos, prémios de competições e transferências de jogadores; e os riscos associados ao desempenho desportivo da equipa, nomeadamente a não qualificação para competições europeias

A Sporting SAD alerta para o facto de à subscrição das obrigações “Sporting SAD 2024-2028” poderem estar associadas despesas, nomeadamente comissões ou outros encargos, com impacto negativo na rendibilidade do investimento.

Ainda assim, e de acordo com o prospeto das obrigações, “considerando a generalidade dos preçários dos intermediários financeiros, o investimento terá rendibilidade positiva para investidores que subscrevam apenas 500 obrigações [investimento mínimo permitido] ‘Sporting SAD 2024-2028’ e pretendam mantê-las até à data de reembolso.”

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Temporal em Espanha corta autoestradas, paralisa alta velocidade e portos. Há dezenas de desalojados e seis feridos

  • ECO
  • 29 Outubro 2024

As chuvas torrenciais no sudeste de Espanha já levaram ao corte de estradas, comboios interrompidos, aulas suspensas e portos encerrados. Há dezenas de desalojados e seis feridos.

O sudeste de Espanha está a ser atingido por uma vaga de chuvas torrenciais que transbordaram rios e provocaram, consequentemente, inundações em várias regiões, obrigando ao encerramento de dezenas de estradas, escolas, serviços e até à circulação de comboios. No aeroporto de Valência, uma dúzia de voos foram desviados e dez foram cancelados. A Proteção Civil espanhola já registou centenas ocorrências, entre as quais seis desaparecidos e cerca de 30 desalojados, descreve o El País.

A noite deverá continuar a ser de chuva intensa, segundo as previsões meteorológicas. Valência e Málaga já emitiram alerta vermelho. Em resposta, o Governo espanhol mobilizou a Unidade Militar de Emergência (UME) para a cidade de Utiel, inundada pelo transbordo do rio Magro. Por seu turno, o presidente da Comunidade Valenciana, Carlos Mazón, pediu aos cidadãos que permaneçam em casa e não circulem nas estradas, especialmente os que vivem na província de Valência.

Aqueles que estão perto de leitos de rios ou ravinas devem procurar o ponto mais alto e mais próximo. Vai ser uma noite longa”, cita o El País, as declarações de Mazón.

O ministro dos Transportes recorreu à rede social X para anunciar a suspensão da circulação de comboios na linha de alta velocidade entre Madrid e Valência, e também os comboios com origem e/ou destino a Valência “até que a situação da rede volte ao normal”. Já estradas da região deverão continuar cortadas, incluindo duas autoestradas: a A-3, que liga Madrid a Valência, e a A-7, que percorre toda a costa mediterrânica espanhola.

O Centro de Coordenação de Emergências da Generalitat emitiu um aviso especial de alerta hidrológico devido ao aumento do caudal do Magro, que pode atingir os mil metros cúbicos por segundo na barragem de Forata, em Valência, em consequência das chuvas acumuladas. O aviso foi notificado a todos os municípios.

Na Andaluzia, a Proteção Civil registou 600 ocorrências. Nesta região, o rio Guadalhorce também transbordou, obrigando uma vez mais ao corte da circulação na linha de alta velocidade que liga Málaga a Madrid. Na mesma cidade onde o rio chegou à linha de caminhos de ferro, a Proteção Civil está a realizar operações de resgate, retirando as pessoas das suas casas onde ficaram isoladas, com recurso a um helicóptero.

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OE2025. Municípios dão parecer positivo mas dizem que muitas reivindicações ficam de fora

  • Lusa
  • 29 Outubro 2024

Entre as propostas que a ANMP tinha apresentado ao Governo e que não foram consideradas na proposta estão a avaliação dos centros eletroprodutores para efeitos de pagamento de IMI.

A Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) deu um parecer globalmente positivo à proposta de Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), mas destacou que muitas das reivindicações que apresentou ao Governo, importantes para estas autarquias, ficaram de fora.

Segundo um parecer aprovado esta terça-feira, a que a Lusa teve acesso, entre as propostas que a ANMP tinha apresentado ao Governo e que não foram consideradas na proposta estão a avaliação dos centros eletroprodutores para efeitos de pagamento de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), a suspensão do aumento da taxa de resíduos no próximo ano e a isenção de obrigatoriedade de revisão de projeto em obras cofinanciadas pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), uma medida considerada essencial para agilizar a sua execução.

A ANMP considerou, no entanto, que o documento merece um “parecer globalmente favorável” porque cumpre em relação às matérias estritamente orçamentais, nomeadamente com o reforço das transferências relativas ao cumprimento da Lei das Finanças Locais (LFL), e com atualização dos critérios de distribuição.

“Respeitando o previsto na LFL, o montante global a atribuir aos municípios totalizará 4.292.574.597€, mais 432M€ do que em 2024 (+11,2%), considerando a participação no IRS a 5% e excluindo o Fundo de Financiamento da Descentralização (FFD)”, salientou a ANMP. A distribuição assegura que os 308 municípios “assistem a um aumento das transferências acima da inflação de 2023 (4,3%), variando entre 4,8% e 15,5%”.

No parecer que será enviado à Assembleia da República, ao Governo e aos partidos políticos com assento parlamentar, a ANMP insiste na necessidade de uma nova LFL e considera que faltam medidas programáticas à proposta de OE, que contém “muito poucas alterações legislativas” e não inclui “uma grande parte das reivindicações” propostas pelos municípios ao executivo.

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Esta é a chave do Euromilhões. Prémio sobe para 85 milhões de euros

  • ECO
  • 29 Outubro 2024

O jackpot desta terça-feira ronda os 85 milhões de euros, depois de não terem sido registados vencedores do primeiro prémio no sorteio anterior.

Com um primeiro prémio no valor de 85 milhões de euros, decorreu esta terça-feira mais um sorteio do Euromilhões. O valor do jackpot voltou a subir depois de não ter havido vencedores do primeiro prémio no sorteio anterior.

Veja a chave vencedora do sorteio desta terça-feira, 29 de outubro:

Números: 1, 2, 19, 30 e 45

Estrelas: 10 e 12

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“É óbvio que a IA vai tirar postos de trabalho”, assume administradora da Sonae

A responsável pelos recursos humanos da dona dos supermercados Continente avisa que se não houver um planeamento estratégico dos recursos humanos no país, a IA poderá ser um problema.

António Portela, CEO da Bial, e Isabel Barros, administradora da Sonae MC, no II Congresso Empresarial da AEPRicardo Castelo/ECO

A Inteligência Artificial (IA) é uma oportunidade para aumentar a produtividade e a eficiência, mas estes avanços tecnológicos vão ter impacto no trabalho. Não podemos ser negacionistas. A Inteligência Artificial vai tirar postos de trabalho”, reconheceu Isabel Barros, administradora executiva da Sonae MC, que detém os supermercados Continente, e responsável pelo pelouro dos recursos humanos.

“É óbvio que a Inteligência Artificial é uma oportunidade e é óbvio vai tirar postos de trabalho”, atirou a responsável da MC durante um painel dedicado ao tema do ESG no II Congresso Portugal Empresarial, organizado pela AEP sob o tema “Escalar as Empresas, Fazer Crescer o País”, que decorreu esta tarde na Exponor. A porta-voz da Sonae MC garante que a IA “vai trazer eficiência às empresas” e é uma oportunidade para melhorar processos, contudo tarefas operacionais poderão sentir o impacto desta tecnologia.

“Tira postos de trabalho em determinados setores e liberta noutras. Na gestão de recursos humanos é um tema sobre o qual falamos pouco: planear a médio e longo prazo nos diversos setores”, explica.

Isabel Barros alerta mesmo que “num país que não faz um planeamento estratégico do seu talento, isto é uma preocupação” e dentro de três ou quatro anos poderá existir um problema. “Se não começamos a fazer reskilling de algumas pessoas vai haver um problema. [A IA] deixa de ser uma oportunidade e passa a ser um problema”, alerta.

António Portela, CEO da BialRicardo Castelo/ECO

Orador na mesma conferência, António Portela, CEO da Bial, mostrou uma visão mais otimista sobre este tema: “Tudo nas empresas começa e acaba nas pessoas. As ferramentas vão permitir-nos fazer mais”. Para o líder da farmacêutica, que já utiliza modelos de inteligência artificial, “as empresas não vão deixar de ter pessoas ou reduzir as pessoas; vão é conseguir fazer mais com as ferramentas que têm”.

“Nós hoje já trabalhamos muito com IA”, explica o empresário nortenho, referindo as vantagens que estes modelos trazem na investigação e referindo que “a IA vai permitir-nos desenvolver cada vez mais compostos”. “Não andamos a testar à sorte. Testamos de uma forma mais sistemática. Já estamos a fazer isto e vamos utilizar mais no futuro”, esclarece.

Em relação à investigação, Portela refere uma preocupação em relação à questão do genoma humano e como este está a ser usado. Enquanto na Europa não se pode usar, “na China estes dados não pertencem as pessoas, pertencem aos governos e estão a ser usados para desenvolver novos medicamentos, enquanto na Europa estamos a ficar para trás”.

Outra área incontornável é a sustentabilidade. E também aqui o líder da Bial deixou vários apelos para que as empresas europeias não percam competitividade em relação a outras geografias. “É preciso ter algum cuidado que ao nível da Europa haja bom senso relativamente ao green deal e que não se extremem posições para que na Europa se faça A, B ou C”, enquanto noutros países as exigências são muito menores. Por outro lado, “o que se vai ser pedido às PME é demasiado pesado relativamente à dimensão das empresas”.

Quanto a este tema, Isabel Barros é perentória: “Para nós, a sustentabilidade tem de ser negócio, tem de dar dinheiro”.

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EDP não foi notificada e lembra que não é “arguida”

  • ECO
  • 29 Outubro 2024

A energética avança que "até ao momento" não foi notificada sobre o processo EDP/CMEC que envolve antigos executivos da empresa.

A EDP garante que não recebeu qualquer notificação, nem é “arguida” do processo EDP/CMEC, que envolve dois antigos gestores da empresa, António Mexia e João Manso Neto, tal como o ex-ministro Manuel Pinho.

“A EDP não recebeu, até ao momento, qualquer notificação por parte do Ministério Público ou de outra autoridade judicial sobre este processo”, indica nota publicada no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), esta terça-feira.

A energética garante estar “convicta da correção da sua atuação” e por isso “reafirma a ausência de qualquer irregularidade relativamente ao processo a que a referida nota alude, de transição dos CAE para os CMEC, processo este amplamente escrutinado por diversas instituições nacionais e supra-nacionais”.

A gigante agora liderada por Miguel Stillwell d’Andrade lembra que tem vindo a prestar informações sobre os processos nos seus relatórios anuais e diz que o vai continuar a fazer sempre que surgirem informações necessárias em função de eventuais desenvolvimentos relevantes que venham a ocorrer.

“A EDP manterá o acompanhamento deste tema e, tal como sempre o fez, prestará as informações necessárias em função de eventuais desenvolvimentos relevantes que venham a ocorrer”, diz ainda o comunicado.

Em causa estão as acusações de corrupção ativa sobre António Mexia e João Manso Neto que, de acordo com o Ministério Público, terão corrompido o ex-ministro da Economia Manuel Pinho e lesado o Estado em 840 milhões de euros nos Custos de Manutenção do Equilíbrio Contratual (CMEC). Foram também acusados João Conceição, ex-consultor de Pinho, o assessor Rui Cartaxo e o ex-diretor-geral de Energia Miguel Barreto.

(Notícia atualizada pela última vez às 20h09)

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Industriais exigem “ética” no acolhimento de imigrantes. “Se vivesse debaixo da ponte também ia roubar”

Líderes da TMG Automotive, Navigator e Logoplaste lamentam “preconceito ideológico contra grandes empresas” e criticam as falhas na imigração, sem a qual as fábricas portuguesas “não conseguem viver".

Portugal precisa de “importar mão-de-obra com consciência e com ética”, o que envolve “abrir as portas, mas saber acolher”, advertiu Isabel Furtado, CEO da TMG Automotive, descrevendo que “o que está a acontecer é totalmente desgovernado e péssimo”.

“Quando os imigrantes vêm para Portugal sem perspetiva de emprego, e sem um sítio para morar, vão criar problemas. Se eu estivesse a viver debaixo da ponte também ia roubar. Ter imigrantes a viver nestas condições de precariedade não está certo”, ilustrou a empresária nortenha.

Se eu estivesse a viver debaixo da ponte também ia roubar. Ter imigrantes a viver nestas condições de precariedade não está certo.

Isabel Furtado

CEO da TMG Automotive

Também o chairman executivo da Logoplaste, atestou que “não há em Portugal uma verdadeira política de imigração”. “Era bom que os ministros fossem ao terreno visitar onde vivem muitos dos imigrantes que temos em Portugal. Devemos ter vergonha de assumir que isto acontece no nosso país. São condições infra-humanas”, resumiu Filipe de Botton.

As instalações de apoio aos trabalhadores agrícolas, que demoravam meses a ser aprovadas, passaram a ser autorizadas em 30 dias, mesmo envolvendo sete organismos do Estado na avaliação. No entanto, o aval final tem de ser dado por todas estas agências do Estado, presencialmente, no dia da aprovação. “Todos nos rimos, mas isto são coisas gravíssimas. Tivemos de ter 32 pessoas no campo, na região de Odemira, no mesmo dia e à mesma hora, para confirmarem o que está escrito num papel”.

A burocracia e a complexidade que introduzimos leva muitas vezes à corrupção. Somos um país corrupto, ponto. E somos porque criamos leis e burocracias absolutamente desnecessárias.

Filipe de Botton

Chairman executivo da Logoplaste

O episódio foi relatado pelo porta-voz da Logoplaste para ilustrar um exemplo que “depois leva a situações menos claras”. “A burocracia e a complexidade que introduzimos leva muitas vezes à corrupção. Somos um país corrupto, ponto. E somos porque criamos leis e burocracias absolutamente desnecessárias”, acrescentou o empresário.

Durante o II Congresso Portugal Empresarial, alertou igualmente para o “estigma sobre pagar para ter recursos de qualidade” também no setor público, à imagem do que se faz no mundo empresarial. É que, resumiu, “o Estado também tem de pagar para ter recursos de qualidade e não podemos ter vergonha de contratar os melhores e pagar o que merecem”. “Sem desprimor para quem o faz a bem da nação, temos de quebrar o paradigma”, completou.

Filipe de Botton, chairman executivo da LogoplasteRicardo Castelo/ECO

Presente na mesma conferência, organizado pela AEP na Exponor, também o CEO da The Navigator Company frisou que “o país não consegue viver sem os trabalhadores imigrantes”, notando que a integração está a ser feita pelas empresas. No entanto, alertou para a importância da “seletividade”, apostando no recrutamento de estrangeiros que “com esta integração se consigam integrar nos padrões culturais” do país.

“Estamos a olhar para os PALOP e para o Brasil, que têm alguma proximidade nos padrões culturais, e a integrá-lo em equipas multidisciplinares. Que tipo de imigração queremos e como a conseguimos integrar? Tem de ser um desígnio da sociedade como um todo. (…) Não podemos estigmatizar os imigrantes, mas temos de perceber onde os vamos buscar e como os podemos integrar”, resumiu o líder da gigante papeleira.

António Redondo, CEO da The Navigator CompanyRicardo Castelo/ECO

Para compensar a falta de mão-de-obra, além de atrair imigrantes, as fábricas portuguesas precisam de “automatizar e robotizar o mais possível”, lembrou a CEO da TMG Automotive, que tem uma unidade na China e diz que “a cada seis meses que lá [vai], eles andam dois ou três anos dos nossos [europeus]. O “cenário assustador” em Portugal, contrapõe, é que essa automatização implica investimento em tecnologia que só as grandes empresas podem fazer – e em Portugal elas representam apenas 0,1% do total.

Nas agendas mobilizadoras do PRR não se teve a coragem de apostar em 20 ou 30 grandes empresas para depois arrastarem centenas de empresas. O ritmo de tomada de decisão e a capacidade de investimento são complexos.

António Redondo

CEO da The Navigator Company

A este propósito, já depois de Isabel Furtado ter falado na “diabolização” das grandes empresas, também António Redondo, CEO da Navigator, que diz ter 6.000 fornecedores nacionais que “crescem” com o grupo, atacou o “preconceito ideológico” contra as empresas de maior dimensão. Algo que disse ter ficado visível na idealização das chamadas agendas mobilizadoras do PRR, que obrigaram à formação de consórcios envolvendo dezenas de empresas.

“A dificuldade é que quando temos agendas com 20, 30, por vezes mais de 50 empresas, o ritmo de tomada de decisão e a capacidade de investimento são complexos. Não se teve a coragem de apostar em 20 ou 30 grandes empresas para depois arrastarem centenas de empresas. Optou-se por este sistema intricado, com níveis de execução muito abaixo daquilo que deviam ser”, descreveu o gestor.

Do “flagelo” do IRC aos “tiros nos pés” da Europa

Em matéria de política fiscal, a CEO da TMG Automotive apelidou de “uma loucura” as “taxas que se pagam por tudo” em Portugal, incluindo o IRC. “Estamos sufocados em impostos e taxas. O IRC é quase um flagelo para as empresas porque o objetivo é gerar riqueza e, se o Estado vem tirar essa riqueza, a empresa não tem grande hipótese de investir. É obvio que baixar IRC das empresas, só por si, não é solução para tudo, mas temos de ir passo a passo. A Irlanda estava tão mal ou pior do que nós há uns anos e agora veja como está”, frisou Isabel Furtado.

Isabel Furtado, CEO da TMG AutomotiveRicardo Castelo/ECO

A empresária nortenha aproveitou ainda esta conferência para falar sobre o mau hábito da Europa legislar sobre tudo, o que acaba por retirar competitividade aos industriais europeus, ao aplicar regras locais num mercado globalizado. “Temos a produção na Europa constrangida entre medidas regulamentares a todos os níveis, fiscal, laboral e ambiental. Mas alegremente deixamos importar tudo o que não cumpre com esta mesma regulamentação. Gostamos de dar tiros nos pés. Estamos a complicar a vida ao industrial europeu, sem exigir reciprocidade a tudo o que vem da Ásia para a Europa”, concluiu.

Sobre o relatório de Mario Draghi sobre a competitividade na União Europeia, que foi apresentado em setembro pelo antigo presidente do Banco Central Europeu (BCE), Isabel Furtado analisa que “veio com 10 anos de atraso”. “E se demorarmos 10 anos a implementar ‘já fomos’. A China não espera. É muito complicado empreender na Europa quando a própria Europa não defende os seus empresários”, concluiu.

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Novo imposto não vai afetar reputação das Bermudas como centro global dos seguros

  • ECO Seguros
  • 29 Outubro 2024

Até então as empresas sediadas na Bermuda não pagavam imposto sobre os rendimentos mas a nova lei impõe imposto de 15% a multinacionais com receitas anuais de 750 milhões de euros ou mais.

O novo imposto de 15% sobre os rendimentos das sociedades das Bermudas (equivalente a IRC), que deverá entrar em vigor em janeiro do próximo ano, provavelmente não vai diminuir o status da ilha como um centro global para seguros e resseguros, segundo a S&P Global Ratings.

Até então as empresas sediadas na Bermuda não pagavam imposto sobre os rendimentos, mas com a nova lei de 2023, promulgada em dezembro, as multinacionais com receitas anuais de 750 milhões de euros ou mais terão de pagar um de 15%.

A medida coloca as Bermudas alinhadas com o quadro global de tributação mínima da OCDE que visa garantir que as empresas multinacionais pagam um nível mínimo de imposto de rendimento nos países onde operam.

Apesar da mudança, os efeitos no setor segurador e ressegurador devem ser limitados. Segundo o relatório, algumas empresas podem deslocar-se para outras jurisdições, mas as empresas já estabelecidas devem permanecer devido a fatores além dos incentivos fiscais.

Além do imposto …

O ambiente regulatório bem desenvolvido, um regime de solvência robusto e uma força de trabalho experiente no setor segurador são algumas das vantagens apontadas para lá permanecerem.

O CEO do Grupo Convex, Paul Brand, assinalou que a principal razão para a empresa ter estabelecido as suas operações nas Bermudas foi pelos seus padrões regulatórios e o seu papel como um mercado-chave, e não a ausência do imposto.

A nova lei inclui disposições para facilitar a transição, como permitir que as empresas estabeleçam ativos fiscais deferidos para compensar as obrigações fiscais na próxima década.

Além disso, algumas empresas podem qualificar-se para adiar o início dos pagamentos de impostos por até cinco anos em certas condições, como ter operações em seis ou menos países ou possuir menos de 50 milhões de euros em ativos tangíveis líquidos fora da jurisdição principal.

O governo de Bermuda indicou que outras medidas podem ser introduzidas, incluindo créditos fiscais projetados para apoiar os objetivos económicos da ilha e manter sua atratividade como um destino global de negócios.

Os prémios brutos emitidos em 2023 por 25 dos 31 membros das Associação de Seguradoras e Resseguradoras da Bermuda chegaram aos 171 mil milhões de dólares nas linhas de propriedade e acidentes. Nas seguradoras e resseguradoras de vida e anuidades esse valor foi de 134 mil milhões de dólares em 2022 segundo a Autoridade Monetárias das Bermudas, mencionada pela S&P.

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Fábrica de unicórnios abre Greenhub em Lisboa virado para promover cidades sustentáveis

O hub, o terceiro a abrir em Lisboa sob a égide da fábrica de unicórnios, é dedicado à sustentabilidade e mobilidade. Critical Software, grupo Brisa e Mota-Engil Renewing são parceiros estratégicos.

Depois de um hub dedicado aos jogos e da abertura em maio do hub de web3 em Alvalade, a Unicorn Factory acaba de inaugurar o Greenhub, no edifício da Critical Software, dedicado aos temas da sustentabilidade e mobilidade. Até ao final do ano, deverá surgir o AIHub, focado na inteligência artificial.

“Este hub é na área da sustentabilidade e mobilidade, áreas em franca expansão, onde quer empresas, governos, quer os consumidores, têm vindo a reforçar cada vez mais atenção e pôr muito foco”, justifica Gil Azevedo, diretor executivo da Unicorn Factory Lisboa, ao ECO.

É um setor que já está e vai atrair cada vez mais investimento a nível europeu, até por todas as regulações em curso nesta área. Portugal e Lisboa têm a oportunidade de criar uma comunidade forte, por forma a conseguir capturar uma parte relevante desse investimento, e que seja relevante a nível internacional e possa atrair projetos internacionais (a juntarem-se) aos projetos portugueses”, aponta. Ou seja com o GreenHub o objetivo é, “juntar as startups com investidores, com empresas e com as universidades e desta forma, criar inovação”, sintetiza e, ao mesmo tempo, promover cidades mais sustentáveis.

O edifício da Critical Software em Lisboa, na zona de Entrecampos, foi o espaço escolhido para acolher este hub. Gil Azevedo explica a opção. “Sendo a Critical uma empresa portuguesa e líder nesta área da mobilidade, fez-nos todo o sentido associarmo-nos ao edifício deles e também, mais uma vez, entrar na lógica dos bairros de inovação, fazendo (este hub) parte do Saldanha Innovation District”, diz.

É um setor que já está e vai atrair cada vez mais investimento a nível europeu, até por todas as regulações em curso nesta área. Portugal e Lisboa têm a oportunidade de criar uma comunidade forte, por forma a conseguir capturar uma parte relevante desse investimento, e que seja relevante a nível internacional.

O espaço com 600 metros quadrados, conta já no arranque com 16 empresas e 110 trabalhadores. Tem nove salas privadas (55% já ocupadas) e um espaço de coworking para mais 12 pessoas. Ao todo são cerca de 70 postos de trabalho disponíveis, adianta. Tem ainda um lounge para a realização de eventos, sessões de networking e workshops.

Além da Critical Software, o hub tem como parceiros estratégicos o grupo Brisa e a Mota-Engil Renewing. “Mas o projeto acaba por estar aberto a toda a comunidade empresarial que procura e queira também associar-se à inovação nestes verticais de sustentabilidade ou de mobilidade”, destaca. “Já temos várias conversas de várias empresas interessadas a também ir acompanhando e fazer parte desta comunidade”, acrescenta.

O Greenhub conta ainda com a parceria com a Cleantech for Iberia — organização Ibérica de promoção da inovação em sustentabilidade, apoiada pela Breakthrough Energy fundada por Bill Gates —, assim como com o Clean Energy Accelerator da Amazon Web Services. Este terá a sua primeira base física para acolher os empreendedores que participem no acelerador, onde poderão desenvolver e testar as suas soluções a partir de Lisboa.

Quarto hub até final do ano

Depois do gaming hub e web3 hub, projetos que já contam com 98 empresas e 438 pessoas, o GreenHub é o terceiro hub temático a abrir em Lisboa sob o chapéu da fábrica de unicórnios no espaço de dois anos, numa área onde têm vindo a apostar.

Este ano a Unicorn Factory lançou o “Clean Future”, um programa de aceleração para startups na área da sustentabilidade ambiental, em conjunto com outras três cidades: Helsínquia (Finlândia), San Sebastián (Espanha) e com Marselha (França). “Uma área que acreditamos que pode ter peso na sociedade e que, potencialmente pode evoluir para um hub“, adiantava em maio Gil Azevedo ao ECO. Intenção que agora se concretizou.

E até ao final do ano espera-se a abertura do dedicado à inteligência artificial, a nascer na zona de Alvalade. As parcerias com o Google e Microsoft para este novo hub são já conhecidas.

“Estamos a trabalhar mais num conjunto de parcerias, uma vez mais, exatamente com o mesmo objetivo: criar uma comunidade relevante e com escala que possa posicionar Lisboa e o país, para conseguirmos ser relevantes a nível internacional”, disse em maio Gil Azevedo.

Em dois anos de operações, a Unicorn Factory Lisboa já ajudou centenas de startups e scaleups a escalarem, através do programa de “Scaling Up”, tendo vindo nesse período vindo a instalar-se mais de 70 empresas tecnológicas em Lisboa, criando cerca de 15 mil vagas de emprego, e 13 unicórnios abriram escritório na cidade. O mais recente foi o norte-americano Interable.

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