Operações israelitas deixaram economia palestina “em ruínas”, afirma a ONU

  • Lusa
  • 12 Setembro 2024

"O Produto Interno Bruto de Gaza caiu 81%, deixando a sua economia em ruínas" e "ultrapassa de longe o impacto de todos os anteriores confrontos militares em 2008, 2012, 2014 e 2021".

As operações militares israelitas nos territórios palestinas provocaram “devastação económica” na Faixa de Gaza e um “declínio sem precedentes da atividade económica” também na Cisjordânia, segundo um relatório divulgado esta quinta-feira pela ONU.

O relatório sobre a “evolução da economia dos territórios palestinos ocupados”, publicado pela Comissão das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), revela que, na sequência da operação israelita em Gaza que se seguiu aos ataques do Hamas de 07 de outubro de 2023, “o Produto Interno Bruto (PIB) de Gaza caiu 81%, deixando a sua economia em ruínas”.

Sublinhando “a dimensão impressionante da devastação económica e o declínio sem precedentes da atividade económica”, que “ultrapassa de longe o impacto de todos os anteriores confrontos militares em 2008, 2012, 2014 e 2021”, a UNCTAD aponta que “as pressões inflacionistas, combinadas com o aumento do desemprego e o colapso dos rendimentos, empobreceram gravemente as famílias palestinas”.

“A operação militar causou uma perda de vidas sem precedentes, deslocações e destruição generalizada de infraestruturas. Entretanto, na Cisjordânia assistiu-se a um aumento da violência, à demolição de bens palestinos, a confiscos e à expansão dos colonatos. O impacto combinado da operação militar em Gaza e das suas repercussões na Cisjordânia provocou um choque sem precedentes que esmagou a economia palestina em todo o território ocupado, incluindo Jerusalém Oriental”, lê-se no relatório.

A análise da UNCTAD indica que o PIB de Gaza caiu para um sexto do seu valor anterior a outubro de 2023, sendo que, no início do corrente ano, “entre 80% e 96% dos ativos agrícolas de Gaza – incluindo sistemas de irrigação, explorações pecuárias, pomares, maquinaria e instalações de armazenamento – tinham sido dizimados, prejudicando a capacidade de produção alimentar da região e agravando os já elevados níveis de insegurança alimentar”.

“A destruição também atingiu duramente o setor privado, com 82% das empresas, um dos principais motores da economia de Gaza, danificadas ou destruídas”, prossegue o relatório, assinalando que “os danos causados à base produtiva têm continuado a agravar-se à medida que a operação militar prossegue”.

O relatório centra-se também nas consequências do conflito na Cisjordânia, que, de acordo com a UNCTAD, “tem vindo a sofrer um declínio económico rápido e alarmante”, como resultado de fatores como a expansão dos colonatos, a confiscação de terras, a demolição de estruturas palestinas e o aumento da violência dos colonos ao longo de 2023 e 2024, que deslocaram comunidades e afetaram gravemente as atividades económicas”.

“Estas perturbações afetaram vários setores em toda a Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental, onde o comércio, o turismo e os transportes sofreram uma quebra considerável. Em consequência, 80% das empresas da Cidade Velha de Jerusalém Oriental cessaram parcial ou totalmente as suas atividades”, lê-se no relatório.

Por outro lado, “a estabilidade orçamental do Governo palestiniano está sujeita a uma enorme pressão, o que compromete a sua capacidade de funcionar eficazmente e de prestar serviços essenciais”, adverte ainda o organismo da ONU, apontando que, em 2023, “o apoio dos doadores internacionais atingiu o seu nível mais baixo, com 358 milhões de dólares, o equivalente a apenas 2% do PIB, contra 02 mil milhões de dólares, ou seja, 27% do PIB em 2008”.

Em conclusão, a UNCTAD apela a “uma intervenção imediata e substancial da comunidade internacional para travar a queda livre da economia, resolver a crise humanitária e lançar as bases para uma paz e um desenvolvimento duradouros”, defendendo “um plano de recuperação global para os territórios palestinos ocupados, o aumento da ajuda e do apoio internacionais, a libertação das receitas retidas e o levantamento do bloqueio a Gaza”.

O conflito na Faixa de Gaza foi desencadeado por um ataque sem precedentes do Hamas em solo israelita, em 7 de outubro, onde deixou cerca de 1.200 mortos e levou mais de duas centenas de reféns. Desde então, Israel encetou uma ofensiva em grande escala no território palestino, que já matou mais de 41 mil pessoas, na maioria civis de acordo com as autoridades locais controladas pelo Hamas, além de ter provocado um desastre humanitário e desestabilizado todo o Médio Oriente.

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Exportações da indústria têxtil e vestuário caem 6% até julho

  • Lusa
  • 12 Setembro 2024

Já em cadeia, o setor exportou 529 milhões de euros em julho, mais 3% face ao mesmo mês de 2023.

A indústria têxtil e vestuário (ITV) portuguesa exportou 3.376 milhões de euros nos primeiros sete meses, menos 6% do que no mesmo período de 2023, apesar de as vendas ao exterior terem subido 3% em julho.

Num comunicado, divulgado esta quinta-feira, a ATP – Associação Têxtil e Vestuário de Portugal precisa que o setor exportou 529 milhões de euros em julho, mais 3% face ao mesmo mês de 2023, continuando “a demonstrar a sua capacidade de adaptação e resiliência, mesmo num contexto global desafiante”. A associação refere que este aumento foi “acompanhado por uma expansão de 12% na quantidade exportada, para 43.372 toneladas, evidenciando um mês de forte atividade produtiva e exportadora”.

Em relação à diminuição do valor das exportações, a ATP afirma que “este cenário reflete desafios em mercados tradicionais, como Espanha e Itália, que registaram quebras no valor e volume transacionado”, sublinhando que, “no entanto, em mercados estratégicos como os EUA, foi possível aumentar as oportunidades de negócio, tendo aumentado as exportações 5% em valor e 4% em quantidade”.

“O reforço de Marrocos enquanto alternativa a Portugal para produção a preços mais competitivos é confirmada pelos resultados das exportações para aquele destino que aumentaram 15% em valor e 18% em quantidade”, afirma a ATP. A associação acrescenta que “a Turquia tem também vindo a conseguir maior destaque nas importações europeias e Portugal não é exceção, tendo as importações de produtos desta origem subido 44% em valor e 93% em quantidade”.

Por outro lado, e considerando os dados disponibilizados pelo Eurostat, Portugal tem vindo a reforçar a sua quota de mercado na maioria dos países da União Europeia, incluindo em “importantes e maduros mercados” como é o caso da Itália.

A associação sublinha ainda que “as importações de matérias-primas, essenciais para a produção de têxteis e vestuário em Portugal, aumentaram significativamente em julho, registando uma subida de 40% em quantidade, refletindo a preparação do setor para intensificar a produção e atender à procura internacional, dando sinais de uma retoma há muito esperada”.

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Quinta do Crasto investe 5 milhões de euros em boutique hotel, villas e restaurante panorâmico

O novo projeto de enoturismo da Quinta do Crasto terá um boutique hotel, villas, sala de provas, uma nova loja premium e um restaurante panorâmico, num investimento de cinco milhões de euros.

Quinta do CrastoHugo Amaral/ECO

A Quinta do Crasto, em Sabrosa, vai investir cerca de cinco milhões de euros na construção de um boutique hotel, algumas villas com piscina, uma sala de provas, uma nova loja e um restaurante panorâmico com o Rio Douro e uma manta de retalhos de vinha como pano de fundo. As obras deverão arrancar no início de 2025 e devem demorar dois anos, avançou ao ECO/Local Online o administrador Tomás Roquette.

O objetivo é alargar a oferta de enoturismo já existente numa das mais antigas quintas vinhateiras do Douro, situada no coração do Cima Corgo. Em 2023 atraiu mais de 10 mil de visitantes provenientes sobretudo do Brasil e dos EUA, mas também da Ásia, detalha Roquette. “São pessoas com poder de compra que valorizam a região”, sustenta.

“Atualmente, o nosso enoturismo funciona com visitas, provas, almoços ou jantares com marcação prévia num espaço junto à piscina desenhada por [Eduardo] Souto Moura”, que depois vai passar a ser unicamente para usufruto dos futuros hóspedes.

O projeto já está pronto e as obras deverão arrancar logo no início de 2025. “Vamos recuperar alguns edifícios mais antigos, como aquela ruína no topo do monte”, descreve o empresário, enquanto aponta para uma área com vinhas que se avista ao longe. Serão criadas unidades de alojamento mais independentes, com mais privacidade. Ao todo serão novos 20 quartos, que se somam aos quatro já existentes e que não são de uso público.

Vamos ter uma unidade nova lá em baixo, na entrada da quinta, onde está atualmente a loja: vamos ter ali uma loja maior e mais premium com uma sala de provas, um wine bar e um restaurante panorâmico.

Tomás Roquette

Administrador da Quinta do Crasto

“Vamos ter uma unidade nova na entrada da quinta, onde está atualmente a loja: vamos ter ali uma loja maior e mais premium com uma sala de provas, um wine bar e um restaurante panorâmico”, descreve o empresário, a terceira geração à frente da herdade. “Portanto, vamos ter um espaço verdadeiramente dedicado a quem nos visita para que se sintam ainda mais confortáveis e possam tirar mais partido de um dia passado aqui no Douro e na Quinta do Crasto”, completa.

Tomás Roquette, administrador da Quinta do CrastoHugo Amaral/ECO

Há já alguns anos que a riqueza do património histórico e cultural da propriedade, vinhas e adegas, vinho, a excelência da gastronomia local e a “piscina infinita”, com assinatura do arquiteto Souto Moura, são reconhecidos internacionalmente.

Em 2023 e pelo quinto ano consecutivo, a Quinta do Crasto destacou-se no Top 50 do World’s Best Vineyards (as melhores vinhas do mundo), desta vez com a 15.ª posição a nível mundial, ao lado de mais três nacionais: a Quinta do Noval (Pinhão), a Quinta do Seixo (Tabuaço) e as caves de vinho do Porto da Graham’s (Vila Nova de Gaia).

Com trabalho de casa já feito e reconhecido fora de portas, Tomás Roquette quer apostar ainda mais no enoturismo e numa experiência vínica de excelência. Para acolher os enoturistas com visitas ao espaço, vinhas e dar a conhecer a “gama de vinhos de mesa e fortificados, e de azeite de qualidade superior e premium“ face ao constante aumento de procura por este tipo de serviço.

A Quinta do Crasto já recebeu visitantes famosos como o ator Harrison Ford, Ronnie Wood (Rolling Stones) ou Simon LeBon, vocalista da banda pop britânica Duran Duran.

Quinta do CrastoHugo Amaral/ECO

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“A inflação irá cair para 2% ao longo de 2025”, vaticina Lagarde

A presidente do BCE mostrou-se confiante no controlo da inflação na Zona Euro, mas notou que "os riscos para o crescimento da Zona Euro estão enviesados para o lado negativo".

O Banco Central Europeu (BCE) decidiu, por unanimidade, reduzir as taxas de juro diretoras pela segunda vez este ano, sinalizando uma mudança na política monetária do banco central

No decorrer da conferência de imprensa após o anúncio da decisão, Christine Lagarde, presidente do BCE, justificou a decisão afirmando que “os dados nos confortam de que estamos a caminho da meta” de inflação de 2%, notando que “a trajetória descendente das taxas de juro é bastante óbvia”, dado que as pressões inflacionistas estão a diminuir, embora de forma gradual.

Todavia, Lagarde reforçou a mensagem presente no comunicado do Conselho do BCE, sublinhando que “não há qualquer comprometimento com uma decisão para a reunião de outubro.”

“O crescimento dos custos unitários do trabalho continuará a diminuir”, declarou Lagarde, acrescentando que “o crescimento global dos custos laborais está a moderar-se”. No entanto, alertou que “o crescimento dos salários negociados permanecerá elevado e volátil durante o resto de 2024”.

Quanto ao futuro da economia da Zona Euro, Lagarde mostrou-se cautelosamente otimista: “Espero que a recuperação se fortaleça ao longo do tempo à medida que os salários aumentam”. Contudo, reconheceu que “com base em inquéritos, a recuperação está a enfrentar ventos contrários”.

Christine Lagarde salientou que “as políticas orçamentais e estruturais devem visar o aumento da produtividade”, numa clara mensagem aos governos da Zona Euro.

A líder do BCE revela que a autoridade monetária da Zona Euro mantém uma postura vigilante, sublinhando que “os riscos para o crescimento estão enviesados para o lado negativo”. A presidente do BCE destacou ainda que “o mercado de trabalho é resiliente”, mas advertiu que “os inquéritos apontam para uma maior moderação na procura de mão-de-obra”.

Relativamente às condições financeiras, Lagarde afirmou que “os custos de financiamento permanecem restritivos” e que “o crescimento do crédito está lento devido à fraca procura”. No entanto, acrescentou que “a diminuição da restrição da política monetária deverá apoiar a economia”.

A presidente do BCE salientou ainda a importância das políticas nacionais, notando que “as políticas orçamentais e estruturais devem visar o aumento da produtividade”, numa clara mensagem aos governos da Zona Euro.

Esta decisão do BCE marca uma nova fase na política monetária europeia, equilibrando cuidadosamente o combate à inflação com o apoio ao crescimento económico.

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Deputados chamam ex-presidentes da Parpública e da Inapa ao Parlamento

Deputados aprovaram por unanimidade requerimento para ouvir José Realinho de Matos, Frederico Lupi e o atual secretário de Estado do Tesouro e das Finanças.

Os deputados vão chamar ao Parlamento o ex-presidente da Parpública, José Realinho de Matos, e o ex-presidente do Conselho da Administração da Inapa Frederico Lupi sobre a falência da empresa. A decisão foi tomada por unanimidade na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública (COFAP).

Os parlamentares aprovaram o requerimento do Chega para ouvir três personalidades com caráter de urgência intervenientes no dossiê Inapa: o então presidente do Conselho de Administração da Parpública, José Realinho de Matos, o atual secretário de Estado do Tesouro e das Finanças, João Silva Lopes, e o CEO da Inapa, Fredrico de Moser Lupi.

O pedido de insolvência da empresa foi formalizado no passado dia 29 de julho, depois de a empresa ter comunicado, no dia 21 de julho, que o colapso na Alemanha era inevitável, uma vez que não conseguiu aprovação da Parpública, o seu maior acionista, para uma injeção de emergência de 12 milhões de euros, o teria repercussão na atividade da holding, puxando-a também para a falência. A sentença de declaração de insolvência da Inapa foi proferida a 1 de agosto no Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa Oeste, Juízo de Comércio de Sintra, segundo um anúncio no portal Citius.

Tal como noticiado pelo ECO, um acionista da Inapa, com perto de 5% do capital da empresa, deu entrada com uma ação judicial contra todos os membros do anterior conselho de administração da Inapa, presidido por Frederico Lupi, pelos danos diretos causados.

Como o ECO noticiou, em 14 de agosto, ao longo dos últimos quatro anos, a Inapa tem vindo a pedir a participação da Parpública, o seu maior acionista com cerca de 45% do capital, num plano de reestruturação da distribuidora de papel. Contudo, a empresa pública tinha ordem — que já vinha do anterior Governo de António Costa — para não colocar dinheiro na empresa. Uma informação que a gestão da empresa desconhecia até ao passado dia 18 de julho, três dias antes de anunciar que ia avançar com o pedido de insolvência na Alemanha e, consequentemente, em Portugal. O então CEO da Inapa, Frederico Lupi, apelou diretamente ao secretário de Estado do Tesouro e das Finanças para que levantasse essa instrução, apurou o ECO.

José Realinho de Matos foi afastado da gestão da Parpública pelo Governo no final de agosto, que decidiu nomear Joaquim Cadete para a liderança do grupo que gere as participações do Estado. A falência da Inapa levou a Parpública a uma rever das contas do ano passado, nomeadamente para passar a incluir um impacto de 8,7 milhões de euros relativo a perdas por imparidade. O investimento inicial de 18,9 milhões na distribuidora de papel, e sobre o qual já estavam contabilizadas perdas por imparidade de mais de dez milhões, passou a valer zero em dezembro de 2023.

Deputados adiam votação de requerimentos sobre a TAP

Os deputados tinham na agenda a votação de seis requerimentos para audições sobre o relatório da Inspeção-Geral das Finanças (IGF) sobre a TAP. Contudo, a votação foi adiada a pedido do Chega.

Na quarta-feira, a Comissão de Economia, Obras Públicas e Habitação aprovou os requerimentos para ouvir 14 personalidades relacionadas com o processo de privatização da TAP em 2015, entre os quais o atual ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, da ex-ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, do ex-ministro das Infraestruturas e atual secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, e até do ex-primeiro-ministro José Sócrates, entre outos.

A votação dos requerimentos na COFAP determinarão apenas se as audições serão feitas em conjunto pelas duas comissões.

(Notícia atualizada às 14h32)

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Feira da Nova SBE liga alunos a vagas em empresas internacionais

  • ECO
  • 12 Setembro 2024

A Nova SBE Career Fair conta com 43 empresas de 27 países com oportunidades profissionais e vagas em vários setores para os alunos de licenciatura e mestrado.

A Nova SBE lança mais uma edição da Nova SBE Career Fair, que vai decorrer no dia 17 de setembro, no campus de Carcavelos. O evento conta com 43 empresas de 27 países, nomeadamente da Itália, Reino Unido e Suíça.

Na feira, vão estar representados vários setores de atividade, desde consultoria, serviços financeiros, bens de consumo, tecnologia, saúde, mobilidade, energia, recursos humanos e biotecnologia. Burger King (RBI), Citi, European Bank for Reconstruction and Development (EBRD), Gartner, Moody’s, Uniqlo e UniCredit são algumas empresas que vão estar presentes na iniciativa, de acordo com uma nota enviada às redações.

O objetivo deste projeto é “criar uma proximidade constante entre o conhecimento académico e a realidade empresarial”, indica Sofia Pena Monteiro, diretora executiva de carreiras da Nova SBE. E apresentar as diferentes oportunidades profissionais e vagas em vários setores para os alunos de licenciatura e mestrado da faculdade.

“A Nova SBE Career Fair reflete o nosso compromisso em oferecer uma educação que vai além da sala de aula”, acrescenta a diretora.

O evento da Nova SBE Career Fair acontece anualmente, com uma edição em fevereiro para as empresas no mercado nacional e outra em setembro para o mercado internacional.

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Montenegro pede “sentido de Estado” ao PS na viabilização do Orçamento do Estado para 2025

O primeiro-ministro quer "estabilidade" e "evitar umas terceiras eleições legislativas" no espaço de dois anos. É a reação "às condições mínimas" exigidas por Pedro Nuno Santos nas negociações do OE.

O primeiro-ministro pediu esta quinta-feira “responsabilidade” e “sentido de Estado” ao PS para a viabilização do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025). Luís Montenegro aproveitou o discurso do arranque do ano letivo, na Escola Secundária Alves Martins, em Viseu, para responder às “condições mínimas” exigidas uma hora antes pelo líder dos socialistas, Pedro Nuno Santos.

“Queremos um país estável e onde todos tenham sentido de Estado, que esta cultura educativa possa espalhar-se para todos os desafios que o país enfrenta”, declarou o chefe do Executivo.

Para isso, é preciso “evitar mais instabilidade na Europa e no mundo”, continuou Montenegro dando respaldo aos vários alertas que têm sido dados pelo Presidente da República. Marcelo Rebelo de Sousa tem defendido que o país precisa de um Orçamento aprovado e de estabilidade face às incertezas da conjuntura internacional. E até convocou dois Conselhos de Estado, um para 1 de outubro, a duas semanas antes da entrega do OE no Parlamento, e outro para depois da apresentação do documento, com o objetivo de tentar erguer pontes de entendimento entre o Governo e o maior partido da oposição (PS).

O primeiro-ministro defende que é preciso evitar “acrescentar mais eleições às duas” — Autárquicas, em 2025, e Presidenciais, em 2026 –, que vão existir “no espaço de mais ou menos de um ano” e “evitar umas as terceiras eleições legislativas no espaço de pouco mais de dois anos”. Tal como tem insistido, Montenegro não quer ir para eleições antecipadas na sequência de um eventual chumbo do OE, em nome da “estabilidade” do país.

“Estabilidade e sentido de responsabilidade é aquilo que as pessoas reclamam, é o que os alunos, professores, colaboradores, funcionários não docentes reclamam para a escola e é aquilo que as portuguesas e os portugueses reclamam para o país”. Foi assim que o primeiro-ministro encerrou o seu discurso do início do ano letivo.

Luís Montenegro quis introduzir o tema do OE numa reação às declarações prestadas pelo secretário-geral do PS uma hora antes. Pedro Nuno Santos defendeu que, para negociar, é preciso que “o PS sinta que tem condições mínimas que lhe permitam viabilizar” a proposta. Para tal pretende que “algumas medidas defendidas pelo Governo não estejam no Orçamento”, como é o caso do IRS Jovem e do IRC, afirmou numa visita à Escola Básica e Secundária Ibn Mucana, Alcabideche, para marcar o início do ano letivo.

“Temos de dizer aquilo que queremos introduzir no Orçamento. Há uma primeira parte que é garantir que há políticas que são erradas que não constem do Orçamento. É o caso do regime que foi apresentado para o IRS e para o IRC, com que o PS não concorda“, afirmou, realçando que esta é “uma condição muito importante” para os socialistas.

Pedro Nuno Santos disse ainda esperar que o primeiro-ministro, Luís Montenegro, “esteja presente” numa próxima reunião, justificando ser “muito importante que os líderes políticos do PS e Governo se comprometam também com a negociação”.

“António Costa dava o pontapé de saída para as reuniões para o Orçamento com líderes políticos dos partidos que estavam disponíveis para viabilizar o Orçamento”, recordou.

(Notícia atualizada às 14h12)

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Governo admite subir metas de armazenamento. Offshore à espera de análise económica

A participação no concurso de armazenamento, que fechou esta semana, deu um "sinal claro" de que faz sentido aumentar a ambição nesta vertente, indicou a secretária de Estado da Energia.

A secretária de Estado da Energia, Maria João Pereira, avançou que o Governo está a considerar rever em alta as metas de armazenamento que constam do Plano Nacional de Energia e Clima (PNEC), cuja versão preliminar terminou recentemente a consulta pública.

Maria João Pereira, secretária de Estado da EnergiaHugo Amaral/ECO

“Em relação às metas de armazenamento de energia, quer hídrica quer de baterias, não descartamos a possibilidade de revisão em alta desses valores“, afirmou Maria João Pereira, no encerramento da conferência Energy 2024, organizada pelo ECO. De momento, a versão preliminar do plano aponta como objetivo uma capacidade instalada de 1 gigawatt (GW) de baterias e de 3,9 GW de bombagem (sistema que permite às centrais hídricas reaproveitar a água de uma descarga).

O concurso de armazenamento que fechou esta segunda-feira, e que tal como o ECO/Capital Verde avançou, recebeu candidaturas correspondentes a uma capacidade quase três vezes superior aos 500 megawatts que eram o objetivo. Deu um “claro sinal de que podemos ser mais ambiciosos nesta matéria”, afirmou a secretária de Estado, considerando por isso “natural” a revisão.

À margem da conferência, questionada acerca do ponto em que se encontra o concurso para a instalação de capacidade eólica offshore, Maria João Pereira esclareceu que está nas mãos de um grupo de trabalho a elaboração de um relatório compreensivo sobre a capacidade e áreas possíveis.

Além disso, terá uma adenda em relação ao relatório anterior: um capítulo sobre o impacto económico, tanto em termos de tarifas da eletricidade como a quantificação do benefício para a economia nacional.

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Reveja a conferência de Christine Lagarde que justifica um novo corte das taxas do BCE

  • ECO
  • 12 Setembro 2024

A presidente do Banco Central Europeu detalhou as razões que levaram ao corte das taxas diretoras pela segunda vez este ano.

No seguimento do anúncio do segundo corte das taxas diretoras do Banco Central Europeu (BCE) este ano, Christine Lagarde explicou com mais detalhe as decisões do Comité de Política Monetária do BCE em conferência de imprensa.

Acompanhe aqui as declarações da presidente do BCE:

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Lojistas concordam com redução de horário dos centros comerciais, mas recusam fecho aos domingos

  • Joana Abrantes Gomes
  • 12 Setembro 2024

Inquérito revela que a maioria dos lojistas é flexível quanto ao fecho mais cedo dos centros comerciais, mas apenas 40% defendem o encerramento aos domingos.

A esmagadora maioria dos lojistas concorda que os centros comerciais possam encerrar mais cedo do que às 24 horas atuais, mas apenas dois em cada cinco defendem o fecho dos estabelecimentos ao domingo, segundo os resultados de um inquérito realizado pela Associação de Marcas e Restauração (AMRR).

À pergunta “concorda genericamente com a redução de horários dos centros comerciais?”, 92,9% dos 130 associados da AMRR — que, segundo esta, detêm cerca de três mil lojas em todo o país — responderam que sim, o que significa que apenas 7,1% discordam.

Dos 92,9% de associados que defendem o encerramento mais cedo, a maior parte (61,6%) consideram que a hora ideal de fecho era às 22 horas e 30,3% preferiam encerrar às 21 horas. Os restantes 8,1% optaram pelas 23 horas. No que diz respeito a fechar uma hora mais cedo na véspera de dias de descanso, 64,6% dos associados da AMRR concordam e apenas 35,4% são contra.

Relativamente ao fecho dos centros comerciais aos domingos, a disponibilidade dos lojistas já é menor. Neste caso, apenas 39,4% dos inquiridos concorda, enquanto 43,4% admitem encerrar os estabelecimentos mais cedo (5% às 14 horas, 20,2% às 18 horas e 18,2% às 21 horas); 17,2% dos associados, por outro lado, prefere manter a situação atual.

No setor da restauração, 85,9% dos associados que responderam ao inquérito concorda que os restaurantes possam encerrar uma hora mais tarde do que os restantes estabelecimentos de comércio, seja qual for a hora de fecho estabelecida para estes.

Entre as 99 respostas ao inquérito da Associação de Marcas e Restauração, 64,6% são proprietários de lojas de retalho, 21,2% de serviços e 10,1% pertencem ao setor da restauração. Os restantes 4,1% de associados que responderam detêm pastelarias, lojas de saúde e perfumaria, serviços financeiros ou cinema.

O inquérito, realizado durante o mês de julho, surgiu na sequência do lançamento de uma petição com o objetivo de encerrar o comércio aos domingos e feriados e de reduzir o horário de fecho dos estabelecimentos para as 22 horas. A iniciativa legislativa, levada a cabo pelo Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal, ultrapassou os 20 mil subscritores e, por isso, terá de ser discutida e votada pelos deputados na Assembleia da República.

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Rádio Comercial estreia nova grelha. Humorista Manuel Cardoso integra as manhãs

  • + M
  • 12 Setembro 2024

O humorista Manuel Cardoso é uma das principais novidades da nova grelha da estação liderada por Pedro Ribeiro.

O humorista Manuel Cardoso vai passar a marcar presença nas Manhãs da Comercial. Esta é uma das principais novidades da nova grelha, que estreia segunda-feira, dia 16.

“Bem-vindos a mais um Episódio de.”, um podcast fictício por dia, onde Manuel Cardoso explora o aspeto cómico dessa proliferação de podcasts e aparecimento de novos protagonistas, é a rubrica do humorista, no ar de segunda a sexta-feira, às 9h15, avança a rádio da Bauer Media Áudio Portugal.

A estação vai ter também novas vozes. Para o horário 13h00-16h00, transita da Cidade FM para a Comercial a locutora Tecas, “assumindo um horário essencial no quadro da estratégia de rejuvenescimento da antena”, e o período “daytime da Rádio Comercial muda, ainda, completamente” com a chegada de Pedro Andrade ao horário 10h00-13h00.

O programa noturno “Comercial By Night” passa a ser conduzido por Ana Delgado Martins, “multifacetada profissional, com muitos anos de experiência, que ganha assim o seu espaço e traz uma nova atmosfera ao By Night”.

“Estou muito entusiasmado com estas novidades e estamos ainda a preparar muitas outras. O nosso objetivo é continuar a liderar e a conseguir cativar público dos 25 aos 45 anos, acompanhando a passagem do tempo e estando atentos às mudanças de hábitos e gostos do auditório”, comenta Pedro Ribeiro, diretor da estação, citado em comunicado.

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Morais Leitão inaugura novo auditório no Porto com colóquio de Direito Penal

A tarde de debate arranca com as boas-vindas e apresentação de Bernardo Lobo Xavier e Rui Patrício, da Morais Leitão.

A Morais Leitão inaugura o seu novo auditório no escritório do Porto com um colóquio dedicado ao Direito Penal, promovido pelo Departamento de Criminal, Contraordenacional e Compliance e pelo Instituto Miguel Galvão Teles (IMGT), no dia 17 de outubro. O evento reúne figuras de destaque do panorama jurídico nacional para discutir temas centrais da agenda anticorrupção.

A tarde de debate arranca com as boas-vindas e apresentação de Bernardo Lobo Xavier e Rui Patrício, da Morais Leitão, e com intervenções iniciais subordinadas ao tema “Algo muda ou fica tudo na mesma? A nova agenda anticorrupção”, por José Mouraz Lopes, Juiz-Conselheiro do Tribunal de Contas, e Tiago Félix da Costa, da Morais Leitão.

Segue-se a mesa-redonda “Estratégia, prevenção, repressão e capacitação no combate à corrupção”, liderada por David Silva Ramalho, da Morais Leitão, e contando com a participação de Cláudia Cruz Santos, deputada e professora associada da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, Artur Marques, advogado, Nuno Serdoura dos Santos, Procurador da República, Duarte Santana Lopes e Tiago Monfort, da Morais Leitão.

Tiago Geraldo, da Morais Leitão, moderará o painel seguinte, intitulado “Corrupção: megaprocessos, mega-regimes e megacomunicação”, com intervenções de Manuel da Costa Andrade, professor catedrático jubilado e ex-Presidente do Tribunal Constitucional, João Matos Viana, da Morais Leitão, e Rita Marrafa de Carvalho, jornalista.

O encerramento ficará a cargo de Eduardo Verde Pinho, da Morais Leitão, concluindo uma tarde de reflexão profunda sobre os desafios e as estratégias no combate à corrupção em Portugal, contemplando as diferentes visões do tema.

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