Deputados chamam ex-presidentes da Parpública e da Inapa ao Parlamento

Deputados aprovaram por unanimidade requerimento para ouvir José Realinho de Matos, Frederico Lupi e o atual secretário de Estado do Tesouro e das Finanças.

Os deputados vão chamar ao Parlamento o ex-presidente da Parpública, José Realinho de Matos, e o ex-presidente do Conselho da Administração da Inapa Frederico Lupi sobre a falência da empresa. A decisão foi tomada por unanimidade na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública (COFAP).

Os parlamentares aprovaram o requerimento do Chega para ouvir três personalidades com caráter de urgência intervenientes no dossiê Inapa: o então presidente do Conselho de Administração da Parpública, José Realinho de Matos, o atual secretário de Estado do Tesouro e das Finanças, João Silva Lopes, e o CEO da Inapa, Fredrico de Moser Lupi.

O pedido de insolvência da empresa foi formalizado no passado dia 29 de julho, depois de a empresa ter comunicado, no dia 21 de julho, que o colapso na Alemanha era inevitável, uma vez que não conseguiu aprovação da Parpública, o seu maior acionista, para uma injeção de emergência de 12 milhões de euros, o teria repercussão na atividade da holding, puxando-a também para a falência. A sentença de declaração de insolvência da Inapa foi proferida a 1 de agosto no Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa Oeste, Juízo de Comércio de Sintra, segundo um anúncio no portal Citius.

Tal como noticiado pelo ECO, um acionista da Inapa, com perto de 5% do capital da empresa, deu entrada com uma ação judicial contra todos os membros do anterior conselho de administração da Inapa, presidido por Frederico Lupi, pelos danos diretos causados.

Como o ECO noticiou, em 14 de agosto, ao longo dos últimos quatro anos, a Inapa tem vindo a pedir a participação da Parpública, o seu maior acionista com cerca de 45% do capital, num plano de reestruturação da distribuidora de papel. Contudo, a empresa pública tinha ordem — que já vinha do anterior Governo de António Costa — para não colocar dinheiro na empresa. Uma informação que a gestão da empresa desconhecia até ao passado dia 18 de julho, três dias antes de anunciar que ia avançar com o pedido de insolvência na Alemanha e, consequentemente, em Portugal. O então CEO da Inapa, Frederico Lupi, apelou diretamente ao secretário de Estado do Tesouro e das Finanças para que levantasse essa instrução, apurou o ECO.

José Realinho de Matos foi afastado da gestão da Parpública pelo Governo no final de agosto, que decidiu nomear Joaquim Cadete para a liderança do grupo que gere as participações do Estado. A falência da Inapa levou a Parpública a uma rever das contas do ano passado, nomeadamente para passar a incluir um impacto de 8,7 milhões de euros relativo a perdas por imparidade. O investimento inicial de 18,9 milhões na distribuidora de papel, e sobre o qual já estavam contabilizadas perdas por imparidade de mais de dez milhões, passou a valer zero em dezembro de 2023.

Deputados adiam votação de requerimentos sobre a TAP

Os deputados tinham na agenda a votação de seis requerimentos para audições sobre o relatório da Inspeção-Geral das Finanças (IGF) sobre a TAP. Contudo, a votação foi adiada a pedido do Chega.

Na quarta-feira, a Comissão de Economia, Obras Públicas e Habitação aprovou os requerimentos para ouvir 14 personalidades relacionadas com o processo de privatização da TAP em 2015, entre os quais o atual ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, da ex-ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, do ex-ministro das Infraestruturas e atual secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, e até do ex-primeiro-ministro José Sócrates, entre outos.

A votação dos requerimentos na COFAP determinarão apenas se as audições serão feitas em conjunto pelas duas comissões.

(Notícia atualizada às 14h32)

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Feira da Nova SBE liga alunos a vagas em empresas internacionais

  • ECO
  • 12 Setembro 2024

A Nova SBE Career Fair conta com 43 empresas de 27 países com oportunidades profissionais e vagas em vários setores para os alunos de licenciatura e mestrado.

A Nova SBE lança mais uma edição da Nova SBE Career Fair, que vai decorrer no dia 17 de setembro, no campus de Carcavelos. O evento conta com 43 empresas de 27 países, nomeadamente da Itália, Reino Unido e Suíça.

Na feira, vão estar representados vários setores de atividade, desde consultoria, serviços financeiros, bens de consumo, tecnologia, saúde, mobilidade, energia, recursos humanos e biotecnologia. Burger King (RBI), Citi, European Bank for Reconstruction and Development (EBRD), Gartner, Moody’s, Uniqlo e UniCredit são algumas empresas que vão estar presentes na iniciativa, de acordo com uma nota enviada às redações.

O objetivo deste projeto é “criar uma proximidade constante entre o conhecimento académico e a realidade empresarial”, indica Sofia Pena Monteiro, diretora executiva de carreiras da Nova SBE. E apresentar as diferentes oportunidades profissionais e vagas em vários setores para os alunos de licenciatura e mestrado da faculdade.

“A Nova SBE Career Fair reflete o nosso compromisso em oferecer uma educação que vai além da sala de aula”, acrescenta a diretora.

O evento da Nova SBE Career Fair acontece anualmente, com uma edição em fevereiro para as empresas no mercado nacional e outra em setembro para o mercado internacional.

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Montenegro pede “sentido de Estado” ao PS na viabilização do Orçamento do Estado para 2025

O primeiro-ministro quer "estabilidade" e "evitar umas terceiras eleições legislativas" no espaço de dois anos. É a reação "às condições mínimas" exigidas por Pedro Nuno Santos nas negociações do OE.

O primeiro-ministro pediu esta quinta-feira “responsabilidade” e “sentido de Estado” ao PS para a viabilização do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025). Luís Montenegro aproveitou o discurso do arranque do ano letivo, na Escola Secundária Alves Martins, em Viseu, para responder às “condições mínimas” exigidas uma hora antes pelo líder dos socialistas, Pedro Nuno Santos.

“Queremos um país estável e onde todos tenham sentido de Estado, que esta cultura educativa possa espalhar-se para todos os desafios que o país enfrenta”, declarou o chefe do Executivo.

Para isso, é preciso “evitar mais instabilidade na Europa e no mundo”, continuou Montenegro dando respaldo aos vários alertas que têm sido dados pelo Presidente da República. Marcelo Rebelo de Sousa tem defendido que o país precisa de um Orçamento aprovado e de estabilidade face às incertezas da conjuntura internacional. E até convocou dois Conselhos de Estado, um para 1 de outubro, a duas semanas antes da entrega do OE no Parlamento, e outro para depois da apresentação do documento, com o objetivo de tentar erguer pontes de entendimento entre o Governo e o maior partido da oposição (PS).

O primeiro-ministro defende que é preciso evitar “acrescentar mais eleições às duas” — Autárquicas, em 2025, e Presidenciais, em 2026 –, que vão existir “no espaço de mais ou menos de um ano” e “evitar umas as terceiras eleições legislativas no espaço de pouco mais de dois anos”. Tal como tem insistido, Montenegro não quer ir para eleições antecipadas na sequência de um eventual chumbo do OE, em nome da “estabilidade” do país.

“Estabilidade e sentido de responsabilidade é aquilo que as pessoas reclamam, é o que os alunos, professores, colaboradores, funcionários não docentes reclamam para a escola e é aquilo que as portuguesas e os portugueses reclamam para o país”. Foi assim que o primeiro-ministro encerrou o seu discurso do início do ano letivo.

Luís Montenegro quis introduzir o tema do OE numa reação às declarações prestadas pelo secretário-geral do PS uma hora antes. Pedro Nuno Santos defendeu que, para negociar, é preciso que “o PS sinta que tem condições mínimas que lhe permitam viabilizar” a proposta. Para tal pretende que “algumas medidas defendidas pelo Governo não estejam no Orçamento”, como é o caso do IRS Jovem e do IRC, afirmou numa visita à Escola Básica e Secundária Ibn Mucana, Alcabideche, para marcar o início do ano letivo.

“Temos de dizer aquilo que queremos introduzir no Orçamento. Há uma primeira parte que é garantir que há políticas que são erradas que não constem do Orçamento. É o caso do regime que foi apresentado para o IRS e para o IRC, com que o PS não concorda“, afirmou, realçando que esta é “uma condição muito importante” para os socialistas.

Pedro Nuno Santos disse ainda esperar que o primeiro-ministro, Luís Montenegro, “esteja presente” numa próxima reunião, justificando ser “muito importante que os líderes políticos do PS e Governo se comprometam também com a negociação”.

“António Costa dava o pontapé de saída para as reuniões para o Orçamento com líderes políticos dos partidos que estavam disponíveis para viabilizar o Orçamento”, recordou.

(Notícia atualizada às 14h12)

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Governo admite subir metas de armazenamento. Offshore à espera de análise económica

A participação no concurso de armazenamento, que fechou esta semana, deu um "sinal claro" de que faz sentido aumentar a ambição nesta vertente, indicou a secretária de Estado da Energia.

A secretária de Estado da Energia, Maria João Pereira, avançou que o Governo está a considerar rever em alta as metas de armazenamento que constam do Plano Nacional de Energia e Clima (PNEC), cuja versão preliminar terminou recentemente a consulta pública.

Maria João Pereira, secretária de Estado da EnergiaHugo Amaral/ECO

“Em relação às metas de armazenamento de energia, quer hídrica quer de baterias, não descartamos a possibilidade de revisão em alta desses valores“, afirmou Maria João Pereira, no encerramento da conferência Energy 2024, organizada pelo ECO. De momento, a versão preliminar do plano aponta como objetivo uma capacidade instalada de 1 gigawatt (GW) de baterias e de 3,9 GW de bombagem (sistema que permite às centrais hídricas reaproveitar a água de uma descarga).

O concurso de armazenamento que fechou esta segunda-feira, e que tal como o ECO/Capital Verde avançou, recebeu candidaturas correspondentes a uma capacidade quase três vezes superior aos 500 megawatts que eram o objetivo. Deu um “claro sinal de que podemos ser mais ambiciosos nesta matéria”, afirmou a secretária de Estado, considerando por isso “natural” a revisão.

À margem da conferência, questionada acerca do ponto em que se encontra o concurso para a instalação de capacidade eólica offshore, Maria João Pereira esclareceu que está nas mãos de um grupo de trabalho a elaboração de um relatório compreensivo sobre a capacidade e áreas possíveis.

Além disso, terá uma adenda em relação ao relatório anterior: um capítulo sobre o impacto económico, tanto em termos de tarifas da eletricidade como a quantificação do benefício para a economia nacional.

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Reveja a conferência de Christine Lagarde que justifica um novo corte das taxas do BCE

  • ECO
  • 12 Setembro 2024

A presidente do Banco Central Europeu detalhou as razões que levaram ao corte das taxas diretoras pela segunda vez este ano.

No seguimento do anúncio do segundo corte das taxas diretoras do Banco Central Europeu (BCE) este ano, Christine Lagarde explicou com mais detalhe as decisões do Comité de Política Monetária do BCE em conferência de imprensa.

Acompanhe aqui as declarações da presidente do BCE:

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Lojistas concordam com redução de horário dos centros comerciais, mas recusam fecho aos domingos

  • Joana Abrantes Gomes
  • 12 Setembro 2024

Inquérito revela que a maioria dos lojistas é flexível quanto ao fecho mais cedo dos centros comerciais, mas apenas 40% defendem o encerramento aos domingos.

A esmagadora maioria dos lojistas concorda que os centros comerciais possam encerrar mais cedo do que às 24 horas atuais, mas apenas dois em cada cinco defendem o fecho dos estabelecimentos ao domingo, segundo os resultados de um inquérito realizado pela Associação de Marcas e Restauração (AMRR).

À pergunta “concorda genericamente com a redução de horários dos centros comerciais?”, 92,9% dos 130 associados da AMRR — que, segundo esta, detêm cerca de três mil lojas em todo o país — responderam que sim, o que significa que apenas 7,1% discordam.

Dos 92,9% de associados que defendem o encerramento mais cedo, a maior parte (61,6%) consideram que a hora ideal de fecho era às 22 horas e 30,3% preferiam encerrar às 21 horas. Os restantes 8,1% optaram pelas 23 horas. No que diz respeito a fechar uma hora mais cedo na véspera de dias de descanso, 64,6% dos associados da AMRR concordam e apenas 35,4% são contra.

Relativamente ao fecho dos centros comerciais aos domingos, a disponibilidade dos lojistas já é menor. Neste caso, apenas 39,4% dos inquiridos concorda, enquanto 43,4% admitem encerrar os estabelecimentos mais cedo (5% às 14 horas, 20,2% às 18 horas e 18,2% às 21 horas); 17,2% dos associados, por outro lado, prefere manter a situação atual.

No setor da restauração, 85,9% dos associados que responderam ao inquérito concorda que os restaurantes possam encerrar uma hora mais tarde do que os restantes estabelecimentos de comércio, seja qual for a hora de fecho estabelecida para estes.

Entre as 99 respostas ao inquérito da Associação de Marcas e Restauração, 64,6% são proprietários de lojas de retalho, 21,2% de serviços e 10,1% pertencem ao setor da restauração. Os restantes 4,1% de associados que responderam detêm pastelarias, lojas de saúde e perfumaria, serviços financeiros ou cinema.

O inquérito, realizado durante o mês de julho, surgiu na sequência do lançamento de uma petição com o objetivo de encerrar o comércio aos domingos e feriados e de reduzir o horário de fecho dos estabelecimentos para as 22 horas. A iniciativa legislativa, levada a cabo pelo Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal, ultrapassou os 20 mil subscritores e, por isso, terá de ser discutida e votada pelos deputados na Assembleia da República.

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Rádio Comercial estreia nova grelha. Humorista Manuel Cardoso integra as manhãs

  • + M
  • 12 Setembro 2024

O humorista Manuel Cardoso é uma das principais novidades da nova grelha da estação liderada por Pedro Ribeiro.

O humorista Manuel Cardoso vai passar a marcar presença nas Manhãs da Comercial. Esta é uma das principais novidades da nova grelha, que estreia segunda-feira, dia 16.

“Bem-vindos a mais um Episódio de.”, um podcast fictício por dia, onde Manuel Cardoso explora o aspeto cómico dessa proliferação de podcasts e aparecimento de novos protagonistas, é a rubrica do humorista, no ar de segunda a sexta-feira, às 9h15, avança a rádio da Bauer Media Áudio Portugal.

A estação vai ter também novas vozes. Para o horário 13h00-16h00, transita da Cidade FM para a Comercial a locutora Tecas, “assumindo um horário essencial no quadro da estratégia de rejuvenescimento da antena”, e o período “daytime da Rádio Comercial muda, ainda, completamente” com a chegada de Pedro Andrade ao horário 10h00-13h00.

O programa noturno “Comercial By Night” passa a ser conduzido por Ana Delgado Martins, “multifacetada profissional, com muitos anos de experiência, que ganha assim o seu espaço e traz uma nova atmosfera ao By Night”.

“Estou muito entusiasmado com estas novidades e estamos ainda a preparar muitas outras. O nosso objetivo é continuar a liderar e a conseguir cativar público dos 25 aos 45 anos, acompanhando a passagem do tempo e estando atentos às mudanças de hábitos e gostos do auditório”, comenta Pedro Ribeiro, diretor da estação, citado em comunicado.

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Morais Leitão inaugura novo auditório no Porto com colóquio de Direito Penal

A tarde de debate arranca com as boas-vindas e apresentação de Bernardo Lobo Xavier e Rui Patrício, da Morais Leitão.

A Morais Leitão inaugura o seu novo auditório no escritório do Porto com um colóquio dedicado ao Direito Penal, promovido pelo Departamento de Criminal, Contraordenacional e Compliance e pelo Instituto Miguel Galvão Teles (IMGT), no dia 17 de outubro. O evento reúne figuras de destaque do panorama jurídico nacional para discutir temas centrais da agenda anticorrupção.

A tarde de debate arranca com as boas-vindas e apresentação de Bernardo Lobo Xavier e Rui Patrício, da Morais Leitão, e com intervenções iniciais subordinadas ao tema “Algo muda ou fica tudo na mesma? A nova agenda anticorrupção”, por José Mouraz Lopes, Juiz-Conselheiro do Tribunal de Contas, e Tiago Félix da Costa, da Morais Leitão.

Segue-se a mesa-redonda “Estratégia, prevenção, repressão e capacitação no combate à corrupção”, liderada por David Silva Ramalho, da Morais Leitão, e contando com a participação de Cláudia Cruz Santos, deputada e professora associada da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, Artur Marques, advogado, Nuno Serdoura dos Santos, Procurador da República, Duarte Santana Lopes e Tiago Monfort, da Morais Leitão.

Tiago Geraldo, da Morais Leitão, moderará o painel seguinte, intitulado “Corrupção: megaprocessos, mega-regimes e megacomunicação”, com intervenções de Manuel da Costa Andrade, professor catedrático jubilado e ex-Presidente do Tribunal Constitucional, João Matos Viana, da Morais Leitão, e Rita Marrafa de Carvalho, jornalista.

O encerramento ficará a cargo de Eduardo Verde Pinho, da Morais Leitão, concluindo uma tarde de reflexão profunda sobre os desafios e as estratégias no combate à corrupção em Portugal, contemplando as diferentes visões do tema.

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OE2025: IL avisa que quanto mais o Governo se aproximar do PS mais se afasta da IL

  • Lusa
  • 12 Setembro 2024

Para Rui Rocha as declarações do ministro Pedro Duarte que disse ser possível ficar "meio caminho" com o PS no IRC e IRS Jovem são um mau sinal. IL defende uma redução ainda maior de impostos.

O presidente da Iniciativa Liberal (IL) avisou esta quinta-feira que, quanto mais o Governo se aproximar do PS no Orçamento do Estado, mais se afastará do seu partido, salientando que as propostas sobre impostos já são insuficientes sem o contributo dos socialistas.

“Quanto mais o Governo e o PSD se aproximarem daquilo que o PS quer, mais longe está do caminho da Iniciativa Liberal”, advertiu Rui Rocha, em declarações aos jornalistas após uma visita a uma escola profissional em Alvalade, Lisboa.

O presidente da IL reagia às declarações do ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, que, em entrevista ao jornal Público, disse considerar ser possível o PS e o Governo se encontrarem “a meio caminho” sobre o IRC e o IRS Jovem nas negociações do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025).

Rui Rocha salientou que a IL sempre defendeu que “o ritmo e a ambição deste Governo em termos de IRC era insuficiente”, considerando que “é preciso dar-se sinais claros e rápidos de redução da tributação para que consigamos atrair investimento estrangeiro e para que as empresas portuguesas possam crescer”.

“Portanto, se para nós já era insuficiente aquilo que está no programa eleitoral e no programa do Governo, imagine o que é ficar a meio do caminho daquilo que para nós já era insuficiente”, frisou. Já sobre o IRS, o presidente da IL salientou que “ainda ninguém percebeu o que é que o PS quer”.

“O PS colocou o IRS Jovem como uma linha vermelha, mas o que é que isso significa? Não quer de todo, está a falar de alguns escalões, o que é que pretende?”, perguntou.

Rui Rocha salientou que o seu partido “sabe bem o que quer” sobre o IRS, frisando que não faz uma crítica ao IRS Jovem “porque reduz a carga tributária sobre os jovens”, mas por entender que esse esforço “deveria ser estendido aos outros”, porque “não faz sentido uma discriminação por idades”.

“Portanto, qual é o caminho do PS para se perceber onde é que fica a meio do caminho que poder ter com o PSD? Parece-nos que fica cada vez mais longe daquilo que a IL quer”, disse.

Rui Rocha referiu, contudo, que a IL “continua com a sua posição em aberto” sobre o Orçamento do Estado, referindo que só tomará uma posição quando conhecer o documento em concreto.

“Ao contrário de outros partidos, nós somos um partido responsável: queremos ver o documento e avaliaremos em função disso. Não nos pomos fora da negociação: aquelas questões das irrevogabilidades não são para nós. Nós queremos analisar o documento e tomaremos uma posição”, frisou, numa crítica ao Chega.

Interrogado sobre quais são as matérias em que o partido será intransigente, o presidente da IL disse que considera que é necessário “pôr o país a crescer“, manifestando preocupação com o facto de os primeiros dados divulgados pelo Governo apontarem para um crescimento de 2% em 2025.

“É francamente insuficiente, ao nível daquilo que era também o crescimento com os governos de António Costa. Parece-nos que ficamos aquém e que é precisar reforçar no Orçamento as medidas que possam impulsionar o crescimento da economia”, frisou.

Por outro lado, Rui Rocha disse também continuar com uma “preocupação séria relativamente à questão do desagravamento fiscal”, reiterando que deve ser “para todos” e que não percebe porque é que portugueses com mais de 35 anos “ficam praticamente fora desse desagravamento”.

Por último, o líder da IL disse também que é preciso reformular e rever o setor empresarial do Estado, salientando que o Estado está presente em vários setores “onde não devia estar” e há vários exemplos, como a TAP ou a EFACEC, onde o “dinheiro dos contribuintes não foi respeitado”.

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BCE corta taxas de juro pela segunda vez este ano

O Banco Central Europeu confirmou as expectativas de investidores e analistas e cortou a taxa de depósitos em 25 pontos base e em 60 pontos base as restantes taxas diretoras.

O Banco Central Europeu (BCE) anunciou esta quinta-feira um novo corte de 25 pontos base da taxa de juro de facilidade permanente de depósito, que a coloca agora nos 3,5%. Esta é a taxa através da qual o Conselho do BCE define a orientação da política monetária.

“Tendo em conta a avaliação atualizada realizada pelo Conselho do BCE quanto às perspetivas de inflação, à dinâmica da inflação subjacente e à força da transmissão da política monetária, é agora apropriado dar mais um passo no sentido de moderar o grau de restritividade da política monetária“, refere o BCE em comunicado.

Esta decisão, amplamente antecipada pelos analistas, marca o segundo corte realizado pela autoridade monetária da Zona Euro este ano (o primeiro foi anunciado em junho seguido de uma pausa intercalar em julho), sinalizando uma mudança gradual na política monetária do banco central.

“As razões para o corte de taxas de hoje parecem óbvias: a inflação global continuou a descer e as previsões de crescimento e inflação do próprio BCE confirmaram o quadro macroeconómico do BCE dos últimos meses”, referiram os analistas do ING.

Além disso, também como alguns analistas previam, o BCE decidiu alargar o diferencial entre as taxas diretoras, que durante vários anos se manteve nos 50 pontos base, ao cortar em 60 pontos base a taxa de juro de refinanciamento e a taxa de juro aplicável à facilidade permanente de cedência de liquidez, que agora se fixam nos 3,65% e 3,9%, respetivamente.

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Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir o gráfico.

O Conselho do BCE destaca que “os dados recentemente disponibilizados sobre a inflação são, em geral, como esperado e as mais recentes projeções elaboradas por especialistas do BCE confirmam as anteriores perspetivas de inflação.”

Os especialistas do BCE continuam projetar que a inflação global se situe, em média, em 2,5% em 2024, 2,2% em 2025 e 1,9% em 2026, em consonância com o avançado nas projeções de junho, mas que volte “a subir na parte final deste ano, parcialmente porque anteriores quedas acentuadas dos preços dos produtos energéticos deixarão de ser incluídas nas taxas homólogas.”

Relativamente à inflação subjacente, as novas projeções do BCE para este ano e para o próximo foram revistas ligeiramente em alta, em virtude de a inflação dos serviços ter sido mais elevada do que o esperado. Ao mesmo tempo, os especialistas continuam a esperar uma descida rápida da inflação subjacente, de 2,9% em 2024 para 2,3% em 2025 e 2,0% em 2026, lê-se no comunicado da autoridade monetária da Zona Euro.

O Conselho do BCE não se compromete previamente com uma trajetória de taxas específica.

Conselho do BCE

Comunicado publicado a 12 de setembro

O Conselho do BCE liderado por Christine Lagarde volta a sublinhar que está determinado a assegurar o retorno atempado da inflação ao seu objetivo de médio prazo de 2% e, “para o efeito, manterá as taxas de juro diretoras suficientemente restritivas enquanto for necessário” e “continuará a seguir uma abordagem dependente dos dados e reunião a reunião na determinação do nível e da duração adequados da restritividade.”

Além disso, salienta que “o Instrumento de Proteção da Transmissão está disponível para contrariar dinâmicas de mercado desordenadas, injustificadas e passíveis de representar uma ameaça grave para a transmissão da política monetária em todos os países da área do euro, permitindo, assim, ao Conselho do BCE cumprir mais eficazmente o seu mandato de estabilidade de preços.”

Em comunicado, o Conselho do BCE esclarece ainda que “as suas decisões sobre as taxas de juro basear-se-ão na avaliação das perspetivas de inflação à luz dos dados económicos e financeiros que forem sendo disponibilizados, da dinâmica da inflação subjacente e da robustez da transmissão da política monetária”, sublinhando ainda que “o Conselho do BCE não se compromete previamente com uma trajetória de taxas específica.”

O BCE revela ainda que, como anunciado a 13 de março, algumas alterações ao quadro operacional para a execução da política monetária terão efeitos a partir dos próximos dias (18 de setembro). Entre essas alterações está o facto de “o diferencial entre a taxa de juro das operações principais de refinanciamento e a taxa de juro da facilidade permanente de depósito será fixado em 15 pontos base”, enquanto “o diferencial entre a taxa da facilidade permanente de cedência de liquidez e a taxa das operações principais de refinanciamento permanecerá inalterado em 25 pontos base.”

A autoridade monetária liderada por Christine Lagarde revela ainda que a carteira do programa de compra de ativos (asset purchase programme – APP) “está a diminuir a um ritmo comedido e previsível, dado que o Eurosistema deixou de reinvestir os pagamentos de capital de títulos vincendos”, sublinhando novamente que o Conselho do BCE tenciona descontinuar os reinvestimentos no contexto do PEPP (programa de compra de ativos devido à emergência pandémica) no final de 2024.

“O Conselho do BCE continuará a aplicar flexibilidade no reinvestimento dos reembolsos previstos no âmbito da carteira do PEPP, a fim de contrariar os riscos para o mecanismo de transmissão da política monetária relacionados com a pandemia”, lê-se no comunicado.

A presidente do BCE exporá as razões que determinaram estas decisões numa conferência de imprensa a realizar hoje às 14h45.

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Estarreja incentiva agricultores a voltar a produzir arroz

  • Lusa
  • 12 Setembro 2024

Com a reabilitação de uma antiga fábrica de descasque de arroz, autarquia espera incentivar a orizicultura, fazendo com que atividade volte a ser importante em termos económicos para Estarreja.

A Câmara de Estarreja vai inaugurar no sábado o Museu Fábrica da História – Arroz, um equipamento que custou cerca de 1,7 milhões de euros e que a autarquia espera que ajude a estimular uma atividade outrora importante na região.

Este novo espaço museológico ligado à identidade do cultivo do arroz em Estarreja está instalado no edifício reabilitado da antiga “Hidro-Elétrica” de Estarreja, uma antiga fábrica de descasque de arroz que funcionou de 1922 até ao final da década de 80.

“A cultura do arroz em Estarreja, que na altura era de facto muito importante na economia estarrejense, deixou de ter essa expressão e a fábrica foi à vida”, disse à Lusa o presidente da Câmara de Estarreja, Diamantino Sabina.

Com o passar dos anos, o prédio foi-se degradando e a câmara mandou demolir o imóvel, o que não chegou a acontecer, porque o município decidiu reabilitar o edifício para promover e salvaguardar a herança cultural local e a prática tradicional do cultivo do arroz na região do Baixo Vouga Lagunar.

“Um dia acordei durante a noite e disse que não podíamos demolir um pedaço de história importantíssima para o concelho, porque de facto era um edifício onde trabalharam centenas de pessoas de Estarreja”, contou o autarca.

Após ter sido doado ao município, o edifício foi alvo de obras de reabilitação e adaptação, num investimento de 1,2 milhões de euros, que teve uma comparticipação comunitária, a que acresceram cerca de 500 mil euros na museografia.

Juntamente com outros projetos de maior dimensão, que estão atualmente em curso, a autarquia espera incentivar a orizicultura, fazendo com que esta atividade volte a ser importante em termos económicos para o concelho.

“A nossa ideia é de facto fazer crescer isto, fazer valer novamente a cultura do arroz como uma das principais culturas agrícolas do concelho de Estarreja e este polo museológico vai ter esse condão de promover a cultura do arroz, mas trazer novamente à luz aquilo que foi a cultura do arroz em Estarreja”, disse Diamantino Sabina.

O autarca assinala que com a fábrica do arroz já surgiu a Confraria da Cultura do Arroz de Estarreja, que “também vai ajudar neste estímulo e nesta venda da ideia da qualidade do arroz de Estarreja”.

“Neste momento, o nosso arroz tem valor acrescentando, porque é pouco e a procura é muito grande. Todos os agricultores que produzem arroz em Salreu vendem-no todo com muita rapidez”, referiu, adiantando que, atualmente, a produção de arroz é “menos de um vinte avos” da que havia há 50 anos.

O novo museu incorpora uma zona multifuncional, uma loja e um restaurante no piso superior que irá servir pratos confecionados com o arroz de Estarreja.

O programa inaugural do Museu, que se estende até domingo, inclui visitas guiadas aos campos do cultivo deste cereal. Até ao final do mês as entradas serão gratuitas.

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Galamba é “contra a utilização de um cêntimo do PRR para painéis fotovoltaicos”

O antigo secretário está contra a concessão de apoios para a instalação de painéis fotovoltaicos e deixou críticas ao Governo por deixar a eletrificação da indústria fora das medidas para a economia.

João Galamba, ex-secretário de Estado da Energia, criticou esta quinta-feira a utilização de fundos europeus para a instalação de painéis fotovoltaicos, durante a Conferência Energy 2024, organizada pelo ECO. Lamentou também a ausência da eletrificação da indústria no pacote do Governo para acelerar a economia.

“Sou contra a utilização de um cêntimo do PRR para painéis fotovoltaicos”, afirmou João Galamba, orador do painel “Roadmap para as Metas da Transição Energética”, em que participaram também Nuno Ribeiro da Silva, professor universitário e antigo presidente da Endesa em Portugal, e Luís Pinho, CEO da Helexia Portugal.

Para o ex-secretário da Energia, “os apoios aos painéis solares não fazem sentido porque têm um período de payback curto”, ou seja, o investimento paga-se em poucos anos. Também Luís Pinho criticou “a utilização de apoios em tecnologias que não necessitam de apoios”, dando como exemplo o uso do PRR para investimento em fotovoltaico. Para o CEO da Helexia Portugal, o dinheiro deveria ser usado “para tecnologias que necessitam de apoio inicial, como o lítio, o hidrogénio e o armazenamento que ainda têm custos inviáveis”.

Nuno Ribeiro da Silva, professor universitário e antigo presidente da Endesa em Portugal, João Galamba, ex-secretário de Estado da Energia e Luís Pinho, CEO da Helexia PortugalHugo Amaral/ECO

Para João Galamba, “neste momento o grande desafio é ter políticas de eletrificação da economia. Só é possível eletrificando consumos que hoje não são elétricos e criar novos consumos”. E apontou que a eletrificação da indústria “é uma área que não está em curso”. O ex-secretário de Estado deixou mesmo críticas ao Governo por ter deixado esta dimensão de fora do pacote para a economia: “Quer o PNEC (Plano Nacional de Energia e Clima) quer o Programa Acelerar a Economia são omissos. Não fala nem de energia nem de descarbonização, o que é extraordinário, e muito menos em eletrificação da indústria”.

 

A Indústria é o setor mais sensível a uma otimização, mais que os serviços e as famílias. São os atores da procura mais sensíveis e ansiosos de novidades, porque é o setor mais exposto a bens transacionáveis e à competitividade.

Nuno Ribeiro da Silva

Professor universitário e antigo presidente da Endesa em Portugal

“A Indústria é o setor mais sensível a uma otimização, mais que os serviços e as famílias. São os atores da procura mais sensíveis e ansiosos de novidades, porque é o setor mais exposto a bens transacionáveis e à competitividade”, assinalou Nuno Ribeiro da Silva. O antigo presidente da Endesa em Portugal criticou a estrutura de impostos sobre a energia, que nos EUA são “muito mais competitivos que a Europa”. “A Europa adotou os serviços e produtos energéticos como vaca leiteira”, atirou.

Nuno Ribeiro da Silva salientou ainda que com as renováveis “Portugal e Espanha têm uma oportunidade histórica de passar para uma situação em que há um novo paradigma em que temos condições muito favoráveis” e atrair investimentos industriais. Sem interligação de redes que permita exportar através dos Pirinéus, “não vai a energia ter com eles, vêm eles buscar a energia”, acrescentou.

Luís Pinho alertou que a transição para as energias renováveis e a redução da utilização de gás vai exigir investimentos elevados, que podem “fazer os preços da energia subir”, defendendo que deve existir transparência sobre esse cenário.

João Galamba fez um “mea culpa” em relação ao hidrogénio verde. “Sou hoje menos entusiasta”, afirmou, apontando que a utilização estará reservada sobretudo para o transporte, nomeadamente o marítimo. “Tenho hoje uma visão em que atribuo uma relevância muito menor ao hidrogénio”, disse. Nuno Ribeiro da Silva também considerou a visão do PNEC para o hidrogénio “pouco focada e demasiado otimista”, defendendo uma revisão do plano que olhe para o que correu mal e o que correu bem.

O ex-secretário de Estado da Energia criticou ainda a falta de ambição do PNEC na bombagem de água, ao prever apenas 300 megawatts. “Quanto mais peso da bombagem tivermos, mais fácil é reciclar a água e fazer face à variabilidade hídrica”.

(Notícia atualizada às 13h28)

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