Marcelo pergunta por concurso extraordinário de professores que promulgou

  • Lusa
  • 6 Setembro 2024

Admiro-me como é que a questão foi colocada. O Governo colocou ao Presidente, o Presidente concordou, e como é que não se falou mais nisso, nesse concurso extraordinário", disse o chefe de Estado.

O Presidente da República manifestou-se sta sexta-feira preocupado com o início do ano letivo e questionou “como é que não se falou mais” no concurso extraordinário de professores previsto num diploma do Governo que promulgou em agosto.

“O diploma foi promulgado por mim na hora, chegou num dia e no mesmo dia eu promulguei, porque era urgente, estávamos a duas semanas do começo das aulas, ou duas semanas e meia”, referiu Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações aos jornalistas, durante uma visita à Festa do Livro que decorre no Palácio de Belém, em Lisboa.

“Eu admiro-me como é que a questão foi colocada. O Governo colocou ao Presidente, o Presidente concordou, e como é que não se falou mais nisso, nesse concurso extraordinário”, acrescentou o chefe de Estado, supondo que “este concurso extraordinário ou já avançou ou está para avançar”. O Presidente da República falou neste diploma depois de interrogado pela comunicação social se está preocupado com o início do ano letivo.

“Estou, numa matéria em que, aliás, já intervim, e até me admira como é que o Governo não tem falado dela mais”, respondeu.

Marcelo Rebelo de Sousa referiu então que “o Governo apresentou aqui ao Presidente da República, mas já lá vai quase duas semanas, uma iniciativa legislativa para abrir um concurso extraordinário que desse incentivos extraordinários aos professores para eles irem ensinar ou não tinham tido oportunidade ou não tinham querido candidatar-se”.

“Concretamente, um subsídio de deslocação, para poderem adaptar-se às condições das áreas onde havia vagas não preenchidas. E, por outro lado, condições de ponto de vista de estatuto profissional que fossem também um estímulo, um incentivo”, especificou. Com esse concurso extraordinário, “já se sabia que, nesses casos, as vagas, mesmo que fossem preenchidas, eram preenchidas tarde, porque as aulas começavam entretanto”, observou o chefe de Estado, completando: “Mas é melhor serem preenchidas tarde do que não serem preenchidas”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ucrânia: Austin afasta autorização expressa para uso de armas em território russo

  • Lusa
  • 6 Setembro 2024

O secretário da Defesa norte-americano, Lloyd Austin, diz que a Ucrânia "não se tem saído mal" desde o início da guerra".

O secretário da Defesa norte-americano, Lloyd Austin, descartou esta sexta-feira a possibilidade de os EUA autorizarem expressamente a Ucrânia a usar as armas de longo alcance que estão a enviar para atacar alvos em território russo.

Já tivemos antes esta discussão sobre tanques e outras capacidades. Em cada uma dessas vezes, salientámos que não se trata de uma coisa, mas sim da combinação de capacidades e da forma como estão integradas”, afirmou o responsável, no final de uma reunião do grupo de contacto de Ramstein, na Alemanha.

Presencialmente pela primeira vez, o Presidente ucraniano, Volodymir Zelensky, participou numa destas reuniões, que se realizam na base militar norte-americana de Ramstein para defender que os aliados devem autorizar ataques a alvos em solo russo com as suas armas. “Não existe uma capacidade única que possa ser decisiva na campanha”, respondeu Austin às perguntas feitas pelos jornalistas.

Segundo o governante norte-americano, a Ucrânia “não se tem saído mal” desde o início da guerra, que se iniciou em fevereiro de 2022, o que justifica em grande parte com o apoio militar ocidental. Outros argumentos citados por Austin foram o facto de a Rússia já ter deslocado os caças que utiliza para bombardear a Ucrânia para fora do alcance das armas de longo alcance, como o ATACMS dos EUA.

“Há muitos alvos na Rússia, obviamente, e há muitas capacidades que a Ucrânia tem em termos de ‘drones’, etc., para atingir esses alvos”, notou. Reiterou ainda que, “num futuro previsível”, os EUA “continuarão concentrados” em ajudar a Ucrânia a ser eficaz na defesa do seu território soberano e que o Presidente dos EUA, Joe Biden, anunciará em breve uma ajuda adicional 250 milhões de dólares para sistemas antiaéreos, veículos blindados, armas antitanque e munições para sistemas de foguetes e artilharia.

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e “desnazificar” o país vizinho, independente desde 1991 – após a desagregação da antiga União Soviética – e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kiev têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.

Já no terceiro ano de guerra, as Forças Armadas ucranianas confrontaram-se com falta de soldados e de armamento e munições, apesar das reiteradas promessas de ajuda dos aliados ocidentais, que começaram entretanto a concretizar-se. Nas últimas semanas, as tropas russas, mais numerosas e mais bem equipadas, prosseguiram o seu avanço na frente oriental, apesar da ofensiva ucraniana na Rússia, na região de Kursk.

As negociações entre as duas partes estão completamente bloqueadas desde a primavera de 2022, com Moscovo a continuar a exigir que a Ucrânia aceite a anexação de uma parte do seu território.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Bricomarché assinala 26 anos em Portugal com “Festa para toda a obra”

  • + M
  • 6 Setembro 2024

Presente em televisão, rádio e plataformas digitais, a campanha é assinada pela WYcreative e conta com o planeamento de meios a UM.

De forma a assinalar os 26 anos presentes em Portugal, o Bricomarché lançou a campanha “Festa para toda a obra”, que decorre até 6 de outubro.

Esta campanha de aniversário conta com uma “ação exclusiva” no primeiro dia da campanha, a 7 de setembro, na qual os clientes podem beneficiar de 20% de desconto em cartão em toda a loja. “A promoção é válida em todos os 59 pontos de venda da insígnia, proporcionando aos clientes uma excelente oportunidade para renovar e equipar as suas casas e jardins com vantagens adicionais”, refere a marca.

Presente em televisão, rádio e plataformas digitais, a campanha é assinada pela WYcreative e conta com o planeamento de meios a UM.

Além de celebrar mais de duas décadas de presença em Portugal, a campanha visa também “reafirmar o compromisso do Bricomarché em continuar a oferecer produtos de qualidade aos melhores preços, com um serviço que faz a diferença na vida dos seus clientes”, refere-se em nota de imprensa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Consórcio EDPR-Engie escolhido para desenvolver 1,3 GW de energia eólica offshore nos EUA

O próximo passo é negociar os contratos com as elétricas de ambos os Estados e a expectativa é a de iniciar a construção no final de 2025.

A Ocean Winds, empresa detida em partes iguais pela EDP Renováveis e pela Engie, foi escolhida para desenvolver 1,3 GW de energia offshore nos Estados Unidos, em Massachussets e Rhode Island.

A Ocean Winds foi selecionada para fornecer 1.087 megawatts de energia eólica offshore no Estado de Massachusetts e 200 MW em Rhode Island, a partir do projeto SouthCoast Wind, informa a empresa através de um comunicado enviado às redações.

O próximo passo é negociar os contratos com as elétricas de ambos os Estados e a expectativa é a de iniciar a construção no final de 2025, após a obtenção de todas as licenças e da decisão de investimento final ter sido tomada. A Ocean Winds comprometeu-se ainda a investir cerca de 93 milhões de dólares para o desenvolvimento da mão de obra local, para apoiar a atividade de pesca e para acautelar questões ambientais.

Continuamos a reforçar as nossas atividades nos Estados Unidos“, afirma o CEO da Ocean Winds, Craig Windram, citado na mesma nota de imprensa.

Quando a EDPR e a Engie combinaram os seus ativos de energia eólica offshore e pipeline de projetos para criar a OW em 2019, a empresa tinha um total de 1,5 GW em construção e 4 GW em desenvolvimento. A OW tem vindo a crescer e está agora numa trajetória para atingir a meta de 5 a 7 GW de projetos em operação ou construção em 2025. Atualmente, a capacidade eólica offshore bruta da OW, já em operação, em construção ou com direitos de desenvolvimento avançados concedidos, atingiu mais de 18 GW.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Mpox: Autoridades de saúde lançam plano para África de 541 milhões de euros

  • Lusa
  • 6 Setembro 2024

O custo estimado para o plano, com um horizonte de seis meses, até fevereiro de 2025, "está perto de 600 milhões de dólares, com 55% alocados à resposta à mpox em 14 países".

O Centro Africano para o Controlo e Prevenção de Doenças (Africa CDC) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) criaram um plano continental de resposta à monkeypox (mpox), no valor de 600 milhões de dólares, até fevereiro.

“Num significativo passo para fortalecer e acelerar a resposta ao surto em curso de mpox, o Africa CDC e a OMS lançaram hoje um plano continental de resposta em África, para apoiar os esforços dos países na contenção do contágio do vírus, e para proteger e salvar vidas”, lê-se no anúncio feito hoje numa conferência de imprensa, em Kinshasa.

O custo estimado para este plano, com um horizonte de seis meses, até fevereiro de 2025, “está perto de 600 milhões de dólares [541 milhões de euros], com 55% alocados à resposta à mpox em 14 países afetados, e prontidão em outros 15 Estados membros, ao passo que 45% será direcionado para o apoio operacional e técnico através de outros parceiros”, anunciaram as entidades.

Catorze países membros da União Africana (UA) notificaram 24.851 casos de varíola e 643 mortes desde o início de 2024, o que representa 5.466 novos casos e 26 novas mortes na última semana, 25 das quais na República Democrática do Congo (RDCongo), disse o diretor-geral do Africa CDC, Jean Kaseya, na conferência de imprensa conjunta com a OMS e a Autoridade de Resposta e Preparação para Emergências Sanitárias (HERA) da União Europeia (UE).

A grande maioria dos 24.851 casos (22.091) concentra-se na África Central, com a RDCongo a registar 20.463 casos este ano, 2.662 na última semana. O mesmo acontece com as mortes, já que das 643 mortes registadas até agora, 639 ocorreram na África Central, 635 das quais na RDCongo.

Esta expansão do vírus representa um aumento de 104% em 2024 em comparação com o mesmo período de 2023, com uma tendência de subida particularmente significativa desde maio passado. A monkeypox (mpox) é uma doença viral que se propaga dos animais para os seres humanos, mas que também pode ser transmitida entre seres humanos através do contacto físico, provocando febre, dores musculares e lesões cutâneas.

Esta é a segunda vez em dois anos que a doença infecciosa é considerada uma potencial ameaça para a saúde internacional, tendo o primeiro alerta sido levantado em maio, depois de a propagação ter sido contida e a situação ter sido considerada sob controlo. No entanto, a degradação da situação levou as autoridades de saúde a decretar o estado de emergência, em meados de agosto, face ao crescente contágio entre os países africanos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Alemã Siemens notifica Concorrência da compra da Adacap Portugal

  • Lusa
  • 6 Setembro 2024

A Adacap Portugal fabrica e distribui produtos de imagiologia/diagnóstico, mediante radioligandos, utilizados por hospitais para imagiologia por tomografia.

A Siemens Healthineers notificou a Autoridade da Concorrência (AdC) da aquisição do controlo exclusivo sobre a Adacap Portugal, que fornece serviços de investigação e desenvolvimento para a Novartis. A Siemens Healthineers é maioritariamente detida pela Siemens AG e “fornece soluções e serviços de saúde a nível mundial, divididos em quatro segmentos de negócios: imagiologia; diagnóstico; Varian; e terapias avançadas”, segundo resume a AdC.

Já a Adacap Portugal é uma “empresa de direito nacional, parte integrante dos Ativos Adacap, que, no seu conjunto, fabricam e distribuem produtos de imagiologia/diagnóstico, mediante radioligandos, utilizados por hospitais para imagiologia por Tomografia por Emissão de Positrões (PET), graças à sua rede de ciclotrões”.

Fornecem ainda serviços de radiomarcação através das suas radiofarmácias e certos serviços de investigação e desenvolvimento para a Novartis.

Neste processo, a “operação de concentração consiste na aquisição, pela Siemens Healthineers AG, do negócio europeu de fabrico de produtos de imagiologia mediante radioligandos do Grupo Novartis, compreendendo a aquisição de todas as ações de diversas sociedades detidas pela Advanced Accelerator Applications, SA (Adacap), incluindo, em Portugal, a sociedade Advanced Accelerator Applications Portugal Unipessoal Lda. (Adacap Portugal)”, explica a AdC.

Podem ser enviadas observações sobre esta operação de concentração à Autoridade da Concorrência, no prazo de 10 dias úteis.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Dona da Milaneza já manda a 100% na maior fabricante checa de massas

Detida por Carlos Moreira da Silva e pela família Silva Domingues, empresa da Maia completa aquisição da Europasta, que lidera na Chéquia e tem uma das maiores fábricas de massas do centro da Europa.

A Cerealis anunciou esta sexta-feira um acordo para a compra da totalidade do capital da gigante Europasta, fabricante de massas alimentícias da Chéquia, sublinhando que “a transação seguirá agora o processo de formalização de compra de ações que deverá ser concretizado” ainda em setembro.

Como o ECO noticiou no início deste ano, a empresa da Maia, que é uma das maiores empresas portuguesas do setor agroalimentar, detentora das marcas Milaneza, Nacional ou Napolitana, tinha já assumido o controlo acionista da Europasta ao aumentar a sua participação de 33,33% para 58,33% no capital da empresa checa, com receitas de aproximadamente 70 milhões de euros.

Numa nota enviada às redações, a empresa nortenha, que no verão de 2021 passou para as mãos do empresário Carlos Moreira da Silva e da família Silva Domingues, sublinha que “esta operação dá continuidade à estratégia de consolidação e crescimento inorgânico, aumentando a sua participação num ativo estratégico, já que se trata de uma das principais fábricas de massas do centro da Europa”.

Dedicada exclusivamente à produção de massas alimentícias, a Europasta lidera o mercado na Chéquia e está também presente nas prateleiras de vários retalhistas do Centro da Europa. As operações estão concentradas num único centro de produção, com uma capacidade superior a 100 mil toneladas por ano. E a Cerealis promete avançar com um “importante plano de investimento e modernização”, sem quantificar o valor.

“Esta aquisição, além de consolidar e ir ao encontro à estratégia de crescimento definida, permite ainda melhorar a nossa capacidade de servir clientes presentes em mais do que uma geografia. Vamos ser capazes de escolher o melhor centro de produção para cada ponto de entrega de forma a prestarmos um melhor serviço, aumentarmos a nossa eficiência e minimizarmos as emissões de CO2 na cadeia de abastecimento”, refere o CEO.

A Europasta é um ativo chave no nosso processo de expansão e será também uma base importante para possíveis novas aquisições naquela geografia.

Pedro Moreira da Silva

CEO da Cerealis

Citado no mesmo comunicado, Pedro Moreira da Silva fala na Europasta como “um ativo chave no processo de expansão” do grupo português, que emprega cerca de 760 pessoas e transforma anualmente mais de 440 mil toneladas de cereais em quatro centros de produção. E, completa, “será também uma base importante para possíveis novas aquisições naquela geografia”.

Foi em 2010, para iniciar o processo de internacionalização e através da compra de uma quota inicial de 25% – nessa altura, a espanhola Pastas Gallo ficou com uma percentagem igual –, que o grupo sediado em Águas Santas (concelho da Maia), que soma atualmente perto de 570 trabalhadores em Portugal, entrou no capital desta congénere do leste europeu. Fundada em 2002, explora as marcas próprias Adriana, Zátkovy, Rosické e Ideál.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Oposição tem de dialogar sobre Orçamento “a menos que queira uma crise”, defende Marcelo

O Presidente da República defendeu que o Governo tem de dialogar por ser minoritário e que a oposição ao não ter condições de ser maioritária também o tem de fazer, para evitar uma crise.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, reiterou esta sexta-feira a confiança na viabilização do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), mas aumentou a pressão sobre a oposição, considerando que tem de dialogar com o Governo “a menos que queria uma crise”.

Se o Governo é minoritário, precisa de dialogar senão não passa. A oposição também não tem condições para ser maioritária também precisa de dialogar, a menos que queira que haja uma crise”, afirmou o Chefe de Estado, em declarações aos jornalistas na Festa do Livre de Belém, em Lisboa.

Marcelo de Sousa já tinha sinalizado na quinta-feira que continua confiante de que a proposta orçamental vai ser viabilizada, apesar das vozes mais extremadas do PS e do Governo e afastou a solução proposta pelos socialistas de avançar com retificativo, caso o OE seja chumbado. “O problema não se resolve com um retificativo”, afirmou.

Marcelo Rebelo de Sousa recordou ainda que para a semana terá uma reunião com o primeiro-ministro onde a escolha do próximo Procurador-Geral da República (PGR) será abordada. O Chefe de Estado recusou-se a divulgar publicamente qual considera ser o perfil ideal para o sucessor de Lucília Gago, cujo mandato termina em 11 de outubro, mas avisou que tem sempre a palavra final sobre a escolha.

“A palavra final tenho sempre, porque sem assinatura do Presidente não há procurador ou procuradora”, afirmou, realçando que tem de concordar com a proposta do primeiro-ministro. “Considero mais importante ou tão importante como o nome, o perfil“, vincou.

Sobre a forma como o processo será gerido pelo Governo, Marcelo Rebelo de Sousa remeteu para Luís Montenegro a decisão. “O primeiro-ministro é que decidirá se a proposta é partilhada com os outros partidos ou não, se é a solução final que é partilha, se é apenas um perfil que é partilhado com outros partidos ou se, como aconteceu no passado, é uma escolha do Governo que depois é apresentada ao Presidente”, apontou.

“Nuns casos o Presidente aceitou, noutros casos não aceitou”, recordou, acrescentando que “está fora de questão” a recondução de Lucília Gago, porque seria no seu entendimento contra a lei. “[A lei] é muito clara”, afirmou, salientando que “o mandato é de seis anos”.

O Expresso noticiou esta sexta-feira que o Presidente da República quer começar já as conversas com o primeiro-ministro para decidir quem vai suceder à atual PGR, assim como relativamente ao sucessor do presidente do Tribunal de Contas, José Tavares, cujo mandato finda a 7 de outubro. A meio da próxima semana, Marcelo Rebelo de Sousa receberá Luís Montenegro em audiência no Palácio de Belém, tendo a intenção de, nessa reunião, negociar a escolha destes dois cargos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Mexidas no PRR não eliminam verificação da legalidade, só alteram o momento em que ocorre, diz ministro

Ministro da Coesão garante que alterações ao PRR não põem em causa a exigência ou o rigor a que estes processos estão, e continuarão a estar, sujeitos e diz que são precisas soluções inovadoras.

O Governo aprovou ontem em Conselho de Ministros duas alterações ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) que visam acelerar a execução dos 22,2 mil milhões de euros: um regime especial de fiscalização preventiva e um regime processual especial, que procede ao levantamento do efeito suspensivo automático da impugnação de atos de adjudicação, mediante uma decisão sumária do juiz. Com estas alterações, o ministro da Coesão Territorial, que tem a tutela dos fundos europeus, garante que não está em causa a exigência de rigor e que “não se elimina qualquer forma de verificação da legalidade, apenas se altera o momento em que ocorre“.

“Nenhuma destas medidas põe em causa a exigência ou o rigor a que estes processos estão, e continuarão a estar, sujeitos. Não se elimina qualquer forma de verificação da legalidade, apenas se altera o momento em que ocorre”, sublinha ao ECO Manuel Castro Almeida. “Quer a fiscalização pelo Tribunal de Contas, quer a decisão judicial sobre eventuais pedidos de impugnação, serão realizadas em simultâneo com a execução dos projetos“, acrescentou.

“É convicção do Governo que as soluções tradicionais, atualmente em vigor, não garantem a execução do PRR dentro dos prazos fixados, pelo que se torna necessário encontrar soluções inovadoras mais expeditas“, diz Castro Almeida. Os últimos dados da Recuperar Portugal revelam que até 4 de setembro foram pagos 5,16 aos beneficiários finais (23% da bazuca), um aumento de apenas 13 milhões o espaço de uma semana.

“Poderia ser mais cómodo deixar tudo tal como está e culpar o anterior Governo pelos atrasos de execução do PRR. Mas não é essa a opção do Governo. Não ficamos de braços caídos. Procuramos soluções para ultrapassar as dificuldades e acelerar a execução”, acrescentou o ministro.

Reiterando o que já tinha sido explicado pelo ministro da Presidência, Leitão Amaro, na conferência de imprensa do final da reunião do Conselho de Ministro, Castro Almeida sublinha que o novo diploma, que vai criar o regime especial de fiscalização preventiva, permitirá que os “projetos financiados ou cofinanciados no âmbito do PRR avancem, não tendo de aguardar decisão pelo Tribunal de Contas no âmbito da sua competência de fiscalização prévia, passando esta fiscalização a ser realizada em simultâneo com a execução do projeto”.

“Se, no decurso da análise do Tribunal de Contas, forem detetadas deficiências de instrução do processo, poderão ser corrigidas de seguida, enquanto a obra decorre. Se forem detetadas irregularidades graves (ausência de concurso ou inexistência de rubrica orçamental para pagar a obra), o Tribunal de Contas pode imediatamente mandar parar os trabalhos“, acrescenta o responsável.

Poderia ser mais cómodo deixar tudo tal como está e culpar o anterior Governo pelos atrasos de execução do PRR. Mas não é essa a opção do Governo. Não ficamos de braços caídos. Procuramos soluções para ultrapassar as dificuldades e acelerar a execução.

Manuel Castro Almeida

Ministro da Coesão Territorial

Já nas alterações introduzidas no âmbito da contratação pública, o objetivo é criar “um regime processual especial – excecional e temporário – aplicável aos contratos que se destinem à execução de projetos financiados ou cofinanciados pelo PRR”, de modo a que, “nas ações de contencioso pré-contratual que tenham por objeto a impugnação de atos de adjudicação, se proceda ao levantamento do efeito suspensivo automático mediante uma decisão sumária do juiz”. “Por esta via, levantada a suspensão, podem os projetos prosseguir a sua execução, enquanto a ação judicial esteja a ser decidida”, remata Castro Almeida.

Tal como já tinha sido prometido e aprovado em reunião da comissão interministerial do final de julho, o Governo aprovou um reforço da estrutura de missão Recuperar Portugal para a dotar de mais meios técnicos e recursos humanos. Em causa está o aumento do limite de elementos no quadro de pessoal de 75 para 137.

Tal como o ECO já tinha avançado, são mais 62 quadros, sendo que cerca de 50 vão fazer parte da equipa móvel que está a ser criada. Apesar de integrarem o quadro de pessoal da Recuperar Portugal, estes técnicos serão alocados, consoante as necessidades, aos serviços dos beneficiários diretos ou intermediários para fazer face aos picos de trabalho, reduzindo assim o atraso na análise das candidaturas e prazos de pagamento.

“Para além esta equipa, serão ainda contratados mais seis técnicos superiores que permitirão reforçar a EMRP no âmbito da coordenação técnica, gestão e acompanhamento da execução do PRR, e outros seis que reforçarão as fiscalizações no terreno”, explicou Castro Almeida.

“Este reforço de pessoal da EMRP vem ajustar o número de pessoas ao volume de trabalho que a execução de um plano desta dimensão, e com estas características, representa. Importa reconhecer que os serviços responsáveis pela gestão dos fundos não dispunham de técnicos em número suficiente“, concluiu o responsável.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

BE contesta Maria Luís Albuquerque no Parlamento Europeu

  • Lusa
  • 6 Setembro 2024

O BE sustentou que a antiga ministra das Finanças “é um dos rostos que ficará associada ao esquema escandaloso que permitiu a David Neeleman comprar a TAP com o dinheiro da TAP, lesando a empresa".

O Bloco de Esquerda vai contestar no Parlamento Europeu a nomeação de Maria Luís Albuquerque para integrar a Comissão Europeia, considerando que é um dos rostos associado à polémica com a privatização da TAP, anunciou o partido.

Em comunicado, divulgado na quinta-feira, o BE, representado nos hemiciclos de Bruxelas e Estrasburgo por Catarina Martins, antiga coordenadora do partido, disse que “vai contestar a idoneidade de Maria Luís Albuquerque para o exercício” das funções de comissária europeia.

O BE sustentou que a antiga ministra das Finanças “é um dos rostos que ficará associada ao esquema escandaloso que permitiu a David Neeleman comprar a TAP com o dinheiro da TAP, lesando a empresa e o interesse público, numa privatização executada já após as eleições [legislativas] e a perda da maioria absoluta da coligação de direita”.

Sublinhando que a “esta operação foi recentemente denunciada em auditoria da Inspeção-Geral de Finanças, cujas conclusões foram entregues ao Ministério Público, que abriu uma investigação”, o Bloco considera que a nomeação de Maria Luís Albuquerque “envergonha o país”.

“A sua aprovação seria um péssimo sinal dado pelas instituições europeias. O Bloco irá bater-se no PE para a impedir”, completa o partido na nota divulgada. A antiga ministra das Finanças do executivo do social-democrata Pedro Passos Coelho foi nomeada pelo Governo do social-democrata Luís Montenegro.

Para ser eleita comissária europeia, Maria Luís Albuquerque, assim como os candidatos nomeados pelos restantes 26 Estados-membros, terá de passar pelo crivo da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e dos eurodeputados.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

PCP considera que notícias confirmam que privatização da Efacec foi um “crime económico”

  • Lusa
  • 6 Setembro 2024

A privatização da Efacec foi um “crime económico”, que colocou uma “empresa estratégica” nas “mãos do grande capital alemão”, defendem os comunistas.

O PCP considerou esta sexta-feira que as notícias sobre o relatório preliminar da auditoria do Tribunal de Contas à Efacec confirmam que a sua privatização foi um “crime económico”, que colocou uma “empresa estratégica” nas “mãos do grande capital alemão”.

“As notícias vindas a público a propósito de um relatório preliminar do Tribunal de Contas sobre a Efacec, que admite a entrega de mais de 80 milhões de euros (que se acrescentam aos quase 500 milhões injetados pelo Estado na empresa) ao fundo alemão Mutares confirmam, como o PCP alertou, que a privatização da empresa constituiu um crime económico”, lê-se num comunicado divulgado pelo partido.

O PCP salienta que essa privatização – “concretizada pelo Governo PS e que teve o apoio de PSD, CDS, Chega e Iniciativa Liberal (IL), bem como da própria Comissão Europeia” –, colocou “nas mãos do grande capital alemão uma empresa que tinha sido recuperada e capitalizada pelo Estado português”.

Os comunistas salientam que a Efacec é “uma empresa estratégica para a indústria nacional, com forte impacto na região norte do país, sujeita ao longo dos anos a sucessivos processos de privatização” e cujo papel para a economia nacional “está hoje a ser colocado em causa, bem como os direitos dos seus trabalhadores”.

“O que esta situação evidencia é a necessidade de uma política que rompa com a submissão do país aos interesses do grande capital e com os processos de privatização e corrupção que lhe estão inerentes – a exemplo do que envolve a criminosa privatização da TAP, com as particulares responsabilidades de PSD e CDS nesse processo – que tanto têm prejudicado os trabalhadores, o povo e o país”, lê-se no texto.

O Observador noticiou na quarta-feira que a auditoria em curso do Tribunal de Contas (TdC) – pedida pela Assembleia da República quando a empresa, entretanto vendida à alemã Mutuares, era ainda detida pelo Estado – indica que apoio financeiro público à Efacec pode superar os 500 milhões de euros e que, embora o Estado possa ainda recuperar grande parte, para já a nacionalização falhou os objetivos.

Sobre a nacionalização, a versão preliminar da referida auditoria, segundo sabe o Observador, é contundente na conclusão de que nenhum dos objetivos que fundamentaram a decisão política foi alcançado. Ou seja, falharam todos”, refere o jornal digital, concretizando que “não se evitou a deterioração da situação financeira e comercial da Efacec, não se conseguiu estabilizar o seu valor financeiro e operacional e nem os postos de trabalho foram preservados”.

Segundo a documentação preliminar da auditoria, que o Observador diz já ter passado pela fase de contraditório, foi quantificado um financiamento público de 484 milhões de euros até à privatização, concluída em outubro de 2023, mas este pode ainda aumentar 80 milhões e atingir os 564 milhões de euros, devido às responsabilidades contingentes assumidas pela Parpública na venda à Mutares.

“Há também potencial de ganho para o Estado numa nova venda da Efacec, mas a avaliação feita na versão preliminar da auditoria é a de que a nacionalização da empresa industrial do norte não cumpriu nenhum dos objetivos iniciais”, refere Observador. Em novembro do ano passado, o Estado finalizou a venda ao fundo de investimento alemão Mutares da totalidade do capital da Efacec, que tinha sido nacionalizada em 2020 aquando do escândalo ‘Luanda Leaks’. A empresa era controlada indiretamente por Isabel dos Santos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Alto Tâmega e Barroso está entre as melhores “regiões biológicas” da Europa

Desde que a região integra a rede internacional de bio-regiões, o número de operadores certificados no modo de produção biológico passou de menos de 100 para cerca de 1.000 em cinco anos.

A Comunidade Intermunicipal do Alto Tâmega e Barroso (CIMAT) é uma das três finalistas na categoria “melhor região biológica”, dos prémios europeus de produção biológica de 2024, que pretendem reconhecer a excelência e a inovação em toda a cadeia de valor biológica. A estrutura portuguesa concorre com a região espanhola de Castilla – La Mancha e a finlandesa Savónia do Sul. Os vencedores serão anunciados a 23 de setembro, em Bruxelas.

“Esta nomeação reflete o nosso compromisso com a sustentabilidade, a inovação e o desenvolvimento económico equilibrado da região”, realça Ramiro Gonçalves, primeiro secretário executivo da CIMAT, citado em comunicado. O responsável destaca ainda que “têm feito um esforço contínuo para promover a agricultura biológica, valorizando o que de melhor o território tem para oferecer”.

A região, que integra desde 2018 a Rede Internacional de Bio-Regiões, tem vindo a desenvolver iniciativas para impulsionar a adoção de práticas agrícolas sustentáveis e biológicas. “Este esforço foi bem acolhido pelos produtores locais, resultando num crescimento expressivo do número de operadores certificados no modo de produção biológico, que passou de menos de 100 em 2018 para cerca de 1.000 em 2023″, detalha a Comunidade Intermunicipal do Alto Tâmega e Barroso.

A CIMAT abrange os municípios de Boticas, Chaves, Montalegre, Ribeira de Pena, Valpaços e Vila Pouca de Aguiar. O território, que tem 32 produtos endógenos qualificados como Denominação de Origem Protegida (DOP) e Indicação Geográfica Protegida (IGP), diz possuir o único Sistema Importante do Património Agrícola Mundial (SIPAM) a nível nacional, situado em Boticas e Montalegre.

No ano passado, Idanha-a-Nova (Castelo Branco) venceu o prémio de melhor distrito biológico na segunda edição dos Prémios Europeus de Produção Biológica. Os prémios de bio região e bio cidade foram para a Áustria: Burgenland e Viena, respetivamente.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.