Leiria vai ter nova residencial de estudantes

  • ECO
  • 7 Maio 2025

O grupo Mais vai avançar com a construção de uma nova residencial para estudantes, com 80 quartos, numa zona central da cidade. Abertura previsível para 2026.

A cidade de Leiria vai receber uma nova residencial para estudantes com 80 quartos, totalmente independentes, localizada numa zona privilegiada, próxima de instituições de ensino, comércio e serviços, com investimento 100% privado, promovido pelo grupo Mais.

Com um total de 80 quartos totalmente independentes, a nova residencial destaca-se pelas suas características inovadoras. As obras já tiveram início e o grupo Mais tem a expectativa de que a nova residencial abra as portas em 2026, contribuindo para o crescimento e a modernização da infraestrutura estudantil na cidade.

Cada unidade contará com uma cozinha integrada e casa de banho privativa, proporcionando aos residentes conforto e privacidade. O projeto pretende unir bem-estar e sofisticação, criando um ambiente ideal para o desenvolvimento acadêmico e pessoal dos estudantes.

O novo projeto que promete revolucionar a experiência de acomodação para estudantes, num momento em que a oferta é limitada face às necessidades do mercado. A construção de uma residencial de estudantes, caracterizada por uma arquitetura autêntica e localização privilegiada (Rotunda Santa Clara junto ao restaurante Frangus a dois minutos a pé da Escola Superior de Tecnologias).

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Kgsa reforça área de Imobiliário e Urbanismo com a integração de Maria Luísa Bruges

Maria Luísa Bruges traz competências em operações imobiliárias complexas, projetos de desenvolvimento turístico e, regulação, também na área da saúde.

A Kgsa, no seguimento estratégico de aposta da sua área de Imobiliário e Urbanismo, acaba de reforçar a sua equipa com a integração de Maria Luísa Bruges como advogada associada.

Com experiência numa sociedade de referência internacional, Maria Luísa Bruges traz competências em operações imobiliárias complexas, projetos de desenvolvimento turístico e, regulação, também na área da saúde. “A sua integração representa um importante reforço da capacidade técnica da Kgsa, aumentando a sua capacidade de resposta num mercado cada vez mais exigente e competitivo em matérias de imobiliário, urbanismo e ambiente”, segundo comunicado do escritório.

“A Maria Luísa é reconhecidamente uma advogada com um talento extraordinário, que encarna muito bem a visão e a ambição do que queremos para a advocacia do futuro. A sua chegada, vinda de uma sociedade de referência, é também fruto do que tem sido a nossa capacidade de atuar em áreas de prática e assuntos relevantes”, afirma José Diogo Marques, sócio da área de Imobiliário e Urbanismo”, diz o mesmo comunicado.

Licenciada em Direito pela Universidade de Lisboa, Maria Luísa Bruges possui uma Pós-Graduação em Direito do Ordenamento, do Urbanismo e do Ambiente pela Universidade de Coimbra, e frequenta atualmente o Mestrado em Direito Empresarial e a Pós-Graduação em Direito Imobiliário na Universidade Católica Portuguesa, com foco na governança de veículos de investimento imobiliário.

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Índia lança “operação Sindoor” contra o Paquistão

  • ECO e Lusa
  • 6 Maio 2025

As autoridades indianas confirmaram o ataque com mísseis a nove locais na região disputada de Jamu e Caxemira. Paquistão diz que "provocação hedionda não vai ficar sem resposta".

As forças armadas indianas atacaram esta terça-feira nove zonas disputadas entre o Paquistão e Índia na região de Jamu e Caxemira. No âmbito da “Operação Sindoor”, segundo um comunicado das autoridades indianas, o objetivo era atingir infraestruturas terroristas nesta zona.

Os ataques, com mísseis, foram “focados, equilibrados, sem o objetivo de escalar” a tensão e não foram visadas quaisquer instalações militares paquistanesas. O comunicado refere que a “operação Sindoor” – pó vermelho usado pelos indianos – surge na sequência do ataque “bárbaro” em que 26 pessoas foram assassinadas em Pahalgam, na Caxemira, a 22 de abril.

Apesar de o atentado de abril não ter sido reivindicado, Nova Deli acusou Islamabad da sua autoria, que o negou categoricamente. “A justiça foi servida”, indica a conta do exército indiano na sua conta na rede social X, que acrescenta ainda “Jai Hind!” ou “vitória para a Índia”.

As autoridades militares paquistanesas adiantaram que os mísseis indianos mataram pelo menos três pessoas, feriram 12 e entre os edifícios atingidos estava uma mesquita. “Deixem-me que diga isto de forma inequívoca: o Paquistão responderá no momento e no lugar que escolher. Esta provocação hedionda não ficará sem resposta”, disse o general Ahmed Sharif Chaudhry, citado pelo Guardian.

Várias companhias aéreas suspenderam, entretanto, os voos para o Paquistão devido à “recente evolução das tensões” entre os dois países, indica a Air France. Também a alemã Lufthansa confirmou à Reuters que iria “evitar o espaço aéreo paquistanês até novo aviso”.

Os dois países estão em pé de guerra desde este atentado, o mais mortífero contra civis desde há mais de 20 anos na parte indiana daquela região de maioria muçulmana. Há mais de uma semana que se regista fogo cruzado de artilharia ligeira entre soldados indianos e paquistaneses durante a noite, ao longo da fronteira que separa os dois países.

Esta terça-feira, a Índia anunciou que ia “cortar a água” dos rios que correm do seu território para o Paquistão, em retaliação pelo atentado. “A água pertencente à Índia costumava fluir para o exterior, mas agora será cortada para servir os interesses da Índia e será utilizada para o país”, declarou Narendra Modi num discurso público.

O Paquistão já tinha acusado a Índia de alterar o caudal do rio Chenab, um dos três rios sob o controlo de Islamabad ao abrigo do tratado de 1960. “Notámos alterações no Chenab que nada têm de natural (…) o caudal do rio, que é normal, foi consideravelmente reduzido de um dia para o outro”, declarou o ministro da Irrigação do Punjab, Kazim Pirzada.

Após a decisão indiana de suspender unilateralmente o tratado, o Paquistão advertiu de que qualquer tentativa de perturbar o fluxo destes rios seria considerada “um ato de guerra”. Situada na fronteira com a Índia, a província do Punjab, que alberga quase metade dos 240 milhões de habitantes do Paquistão, é o coração agrícola do país.

O Tratado do Indo concede a Nova Deli o direito de utilizar os rios partilhados para as suas barragens ou culturas, mas proíbe-a de desviar cursos de água ou alterar o volume de água a jusante.

(atualizado às 22h21)

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Índia e Reino Unido chegam a acordo comercial em plena guerra de tarifas

  • Lusa
  • 6 Maio 2025

"Este é o maior acordo comercial que o Reino Unido concluiu desde que saímos da UE", destacou o primeiro-ministro britânico. O acordo aumentará o comércio bilateral em cerca de 30 mil milhões.

Índia e Reino Unido anunciaram esta terça-feira a conclusão de um acordo de comércio livre, apresentado por Londres como o mais ambicioso desde o Brexit, após negociações reiniciadas no final de fevereiro na sequência das ameaças tarifárias de Donald Trump.

“Este é o maior acordo comercial que o Reino Unido concluiu desde que saímos da UE”, frisou o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, apontando que o Reino Unido “mais uma vez se tornou um parceiro comercial atraente”.

O seu homólogo indiano, Narendra Modi, saudou na rede social X como um “marco histórico” entre os dois países. Londres, que recuperou a sua autonomia comercial graças ao Brexit, beneficiará, juntamente com a Índia, o país mais populoso do mundo, de um gigantesco mercado de 1,4 mil milhões de habitantes.

O país deverá também tornar-se “a terceira maior economia do mundo dentro de três anos”, de acordo com o comunicado de imprensa britânico. As negociações com Nova Deli foram reiniciadas no final de fevereiro, quando o Presidente norte-americano, Donald Trump começou a abalar as relações transatlânticas com ameaças de tarifas, que já executou parcialmente.

As discussões com Washington, que começaram ao mesmo tempo que com a Índia, para remover a totalidade ou parte destes impostos (10% de impostos “recíprocos”, 25% sobre a indústria automóvel, o aço e o alumínio) ainda estão em curso. Se estas negociações forem bem-sucedidas, o acordo com os Estados Unidos, o segundo maior parceiro comercial dos britânicos, será muito mais pequeno do que aquele que sonham finalizar desde que saíram da UE.

O Reino Unido já tinha concluído vários acordos comerciais pós-Brexit antes daquele com a Índia, por exemplo, com a Austrália e a Nova Zelândia, e aderiu à Parceria Transpacífica (CPTPP), que conta com 12 membros, incluindo o Japão e o Canadá. Mas, dado o baixo volume de comércio com a maioria destes países, estes acordos têm um âmbito mais estratégico e político do que comercial, e o acordo de comércio livre com a UE, que o Reino Unido pretende aprofundar ainda mais, continua a ser de longe o mais importante.

O acordo com a Índia aumentará o comércio bilateral em 25,5 mil milhões de libras (30 mil milhões de euros, à taxa de câmbio atual), mas, no final do dia, acrescentará apenas 4,8 mil milhões de libras ao PIB nominal do Reino Unido, de cerca de 2,8 biliões de libras, de acordo com a Câmara dos Comuns.

Londres, que importa cerca de um terço mais da Índia do que exporta, manteve fortes laços económicos e culturais com a sua antiga colónia – 1,9 milhões de pessoas de origem indiana vivem no Reino Unido. O comércio entre os dois países vale mais de 40 mil milhões de libras (47 mil milhões de euros) por ano, segundo o governo britânico.

As visitas turísticas, mas também as visitas profissionais ou educativas, bem como os serviços profissionais representam uma parte predominante dos intercâmbios. Os consumidores britânicos deverão assistir a uma descida dos preços de certos produtos de vestuário, calçado e alimentos, como o camarão congelado, referiu ainda o comunicado britânico.

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Esta é a chave do Euromilhões. Jackpot é de 110 milhões de euros

  • ECO
  • 6 Maio 2025

O jackpot desta terça-feira é de 110 milhões de euros, depois de não terem sido registados vencedores do primeiro prémio no sorteio anterior.

Com um primeiro prémio no valor de 110 milhões de euros, decorreu esta terça-feira mais um sorteio do Euromilhões. O valor do jackpot subiu depois de não ter havido vencedores do primeiro prémio no sorteio anterior.

Veja a chave vencedora do sorteio desta terça-feira, 6 de maio:

Números: 8, 23, 24, 47 e 48

Estrelas: 4 e 9

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Regulador coloca em consulta pública investimento nas redes de gás

  • Lusa
  • 6 Maio 2025

A proposta prevê um montante global de investimento de 472,7 milhões de euros, entre 2026 e 2035, no desenvolvimento de projetos de investimento nas três infraestruturas em alta pressão.

A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) colocou em consulta pública, até junho, o plano de investimento da REN de 472,7 milhões de euros para as redes de gás.

“A ERSE coloca hoje em consulta pública a proposta de PDIRG 2025 relativa ao plano decenal indicativo de desenvolvimento e investimento da Rede Nacional de Transporte, Infraestruturas de Armazenamento e Terminais de GNL (RNTIAT) para o período 2026-2035, elaborada pela REN Gasodutos”, lê-se num comunicado divulgado esta terça-feira.

A proposta prevê um montante global de investimento de 472,7 milhões de euros, entre 2026 e 2035, no desenvolvimento de projetos de investimento nas três infraestruturas em alta pressão – Rede Nacional de Transportes (RNTG), Terminal de GNL de Sines (TGNL) e o Armazenamento Subterrâneo do Carriço (AS).

O montante de investimentos pode ser divido em quatro blocos de projetos. O primeiro, no valor de 225,4 milhões de euros, diz respeito aos projetos base e o segundo, de 98,6 milhões de euros, a projetos complementares, como a construção de duas novas cavidades de armazenamento subterrâneo.

Por sua vez, o terceiro bloco também se refere a projetos complementares, englobando “investimentos associados a projetos que permitam o blending entre gás natural e hidrogénio, no total de 111,2 milhões de euros”. O último bloco de projetos complementares, de 38 milhões de euros, inclui investimentos relativos ao desenvolvimento da Rede Nacional de Transporte de Gás.

Os interessados devem enviar comentários a esta proposta até 20 de junho. Após terminada a consulta pública, a ERSE vai preparar, no prazo de 22 dias, o respetivo relatório, seguindo-se a emissão do parecer sobre a proposta, dentro de até 30 dias após a conclusão do relatório. Com base nos resultados da consulta, será emitido um parecer não vinculativo. A aprovação da proposta cabe ao Governo.

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Governo apela a desconvocação de greve da CP “vazia de objetivos”

  • Lusa
  • 6 Maio 2025

A CP já tinha alertado para a possibilidade de "fortes perturbações na circulação" a partir de quarta-feira. Ministro Pinto Luz diz que "houve total boa fé do Governo".

O Governo apelou esta terça-feira aos sindicatos da CP para que desconvoquem a greve que considera “vazia de objetivos”, revelando ter apresentado uma proposta de aumentos salariais no valor de 5,75 milhões de euros, que não obteve resposta.

“Houve total boa fé do Governo, mas, até ao momento, não houve abertura por parte dos sindicatos”, lamentou o ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, que falava numa conferência de imprensa, em Lisboa.

A CP já tinha alertado para a possibilidade de “fortes perturbações na circulação” a partir de quarta-feira, e até 14 de maio, devido a greves convocadas por vários sindicatos, e por não terem sido definidos serviços mínimos pelo Tribunal Arbitral do Conselho Económico Social.

O ministro confessou que foram surpreendidos com a marcação “das maiores greves desde que tomaram posse”, principalmente numa altura em que o Governo está em gestão e há “barreiras legais” que impedem de implementar os pedidos dos sindicatos. “Independentemente da bondade ou da justiça dos aumentos exigidos, a situação de Governo de gestão, impede que se ultrapasse a barreira de 4,7% de aumento da massa salarial constante em despacho do Governo, bem como ultrapassar o valor definido no Plano de Atividades e Orçamento da CP para 2025”, explicou.

Miguel Pinto Luz foi mais longe nas críticas, defendendo que estas greves “não são ferramenta de negociação. São greves vazias de objetivos, são greves políticas”, defendeu.

Mas apesar de todas estas limitações, “o Governo não desistiu e propôs de viva-voz aos sindicatos um aumento de 5,75 milhões de euros da massa salarial com uma reestruturação extraordinária de carreiras. O máximo que nesta situação de Governo de gestão nos é permitido”, anunciou, acrescentando que, até ao momento, não houve resposta por parte dos sindicatos.

Pinto Luz lembrou que a CP garante a mobilidade de 700 mil portugueses diariamente que recorrem aos seus serviços, ou seja, a avançar, a greve vai prejudicar milhares de pessoas. “A CP existe para servir os portugueses que trabalham e estudam, […] o capital de confiança da CP não pode ser desbaratado desta forma”, referiu. “Os portugueses estão fartos das greves na CP, querem é ir trabalhar”, acrescentou.

Neste seguimento, o ministro, em nome do Governo, “apela, aos sindicatos, mas também a todos os trabalhadores da CP, para ponderarem, para fazerem um verdadeiro exame de consciência e decidirem se se justifica prejudicarem tantos Portugueses e a própria CP, numa ação que não pode ter outro efeito prático do que prejudicar milhares de concidadãos nossos”.

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ECO da campanha. Direita disputa ideias de Passos, esquerda quer tração na “estabilidade”

ECO da Campanha. Partidos aceleram e têm mais 36.972 eleitores a convencer do que há um ano. No dia em que Passos voltou com avisos, discutiram-se coligações que podem "ir além da troika".

Em carros de corrida, em autocarros apinhados ou com os ‘pés debaixo da mesa’, começa a acelerar a campanha eleitoral para as eleições legislativas de 18 de maio, em que o número de eleitores recenseados ascende a 10.850.215 (dos quais quase 1,6 milhões nos dois círculos da emigração). Serão mais 36.972 votantes a convencer pelos partidos do que nas legislativas do ano passado, segundo dados oficiais.

A precisar de recuperar terreno para a AD, a acreditar nas últimas sondagens, Pedro Nuno Santos sentou-se ao cockpit de um carro de corrida desenvolvido de raiz para ser utilizado na “Fórmula Student”, durante uma visita ao Instituto Politécnico de Leiria. Já nas oficinas da CP no Entroncamento, assegurou que, se vencer, encontrará uma “solução de estabilidade política” em diálogo com os grupos parlamentares saídos das eleições, recordando que “já [deu] provas de que [consegue] fazer isso” no período da geringonça.

Quem também andou sobre rodas foi Mariana Mortágua, que logo de madrugada apanhou o autocarro 711 da Carris para acompanhar a rotina dos trabalhadores por turnos, como as empregadas domésticas Adelina e Fernanda, entre a Amadora e as Portas de Benfica.

“Para um país onde se ouve falar tanto de meritocracia, ninguém me convence que alguém tem mais mérito na sociedade portuguesa que uma mulher que se levanta às quatro e meia da manhã e apanha três autocarros para limpar três casas ou três instituições e volta à casa às nove da noite para cuidar dos seus filhos”, atirou a líder bloquista.

Mais confortável foi a viagem de Luís Montenegro entre Leiria e a sede do PSD, em Lisboa, onde almoçou com quase todos os ex-líderes do partido (ver abaixo). Após visitar o Bolhão e descer Santa Catarina, André Ventura considerou o seu partido o que melhor representa as ideias de Passos Coelho, um dos participantes no evento laranja, defendendo que os eleitores preferem o original às “cópias geralmente contrafeitas, malfeitas e farsolas”.

Noutro mercado nortenho, em Matosinhos, com Rui Tavares (Livre) a acusá-lo de fazer do Parlamento um lugar de “má fama e má reputação”, o líder do Chega foi obrigado a defender a inclusão nas listas de Cristina Rodrigues, ex-dirigente do PAN acusada pelo Ministério Público de dois crimes.

André Ventura durante uma ação de campanha eleitoral no mercado de MatosinhosLusa

E meio ano depois de recusar o desafio do ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes, para comer uma “francesinha de carne barrosã” para demonstrar “tolerância e moderação”, mostrando-se disponível para provar uma opção vegan, Inês de Sousa Real (PAN) propôs que o país implemente as “segundas-feiras sem carne” – um dia por semana onde fosse promovida uma refeição vegetariana em instituições públicas, como escolas e o próprio Parlamento – e ainda apelou à criação de uma estratégia nacional de produção de leguminosas.

Tema quente

Maioria entre AD e IL é para ir além da troika?

Mesmo com o número de indecisos a disparar, já estando muito perto dos 20%, a sondagem diária da Pitagórica para o JN, TSF e TVI/CNN mostrou que as intenções de voto conjuntas na AD (35,8%) e Iniciativa Liberal (7,5%) apontam para a hipótese de uma coligação pós-eleitoral maioritária entre as duas forças políticas.

Esta terça-feira, durante uma visita à feira semanal de Viseu, Rui Rocha disse que saberá “interpretar a vontade dos portugueses e o que é necessário para o país”.

“Já disse que faremos uma coligação no dia 18 à noite, no dia 19 de manhã, com os portugueses, com os interesses dos portugueses, com a necessidade de termos um país que muda”, referiu o líder dos liberais, mesmo considerando que Montenegro “às vezes dispara da realidade” e “vê um país que não é o real”, em particular na saúde, habitação e no crescimento económico.

Mais tarde, após ter visitado uma empresa de vestuário em Mangualde, assegurou que o partido terá o “ímpeto reformista” que Passos Coelho exigiu à AD, que não trouxe “a mudança necessária” ao país.

O presidente do PSD, Luís Montenegro, durante uma ação de rua em Sintra. MIGUEL A. LOPES/LUSA

Mais a sul, no final de uma visita à AICEP Global Parques em Sines, no distrito de Setúbal, naquela que foi a sua primeira ação de campanha do dia, o porta-voz do Livre defendeu que uma maioria entre o “montenegrismo” da AD e o “motosserismo” da Iniciativa Liberal seria “para ir mais longe do que a troika”.

Se uns assumem a tarefa da austeridade com “uma face mais fofinha”, os outros vão fazendo a “política da extrema-direita, do medo, do preconceito e do discurso do ódio”, completou Rui Tavares, acusou-os ainda de terem “o rei na barriga” e estarem a cantar vitória antes da ida às urnas.

“Está tudo muito a contar já com o resultado das eleições, a pôr o carro à frente dos bois e a verem-se juntos ao horizonte no poder”, censurou.

A figura

Pedro Passos Coelho

O antigo líder do PSD, acarinhado por uma parte do partido e que espera o seu regresso, marcou presença no almoço de antigos líderes do partido. Recebido por Luís Montenegro, posou ao seu lado e de Pedro Santana Lopes, antes de alertar que o partido deve “fazer pleno jus à sua tradição reformista em Portugal”, avisando o atual líder social-democrata que não basta ter estabilidade política, é preciso avançar com as reformas que o país precisa.

As duas coisas são necessárias: a estabilidade – para a qual os eleitores podem dar uma contribuição importante através das suas escolhas –, mas também reformismo, que é aquilo que os líderes dos partidos têm de fazer. As duas coisas são essenciais para os próximos anos. E é importante que o país não se alheie do que está a acontecer no mundo e se vá preparando para o que aí vem”, rematou.

Na campanha das últimas legislativas, Pedro Passos Coelho fez uma única aparição, que originou uma polémica sobre a imigração. “As pessoas sentem hoje insegurança, o que é o resultado da falta de investimento e prioridade a essas matérias”, afirmou em 2024.

O presidente do PSD, Luís Montenegro, durante um almoço com antigos líderes do partido: Fernando Nogueira, Passos Coelho, Rui Rio, Cavaco Silva, Manuela Ferreira Leite, Marques Mendes, Santana Lopes e Luis Filipe Menezes, no âmbito da campanha para as eleições legislativasMIGUEL A. LOPES/LUSA 6 maio, 2025

 

A frase

"Acho que estou a ver qual é a ementa desse almoço. Deve ser batatas fritas de Bruxelas, deve ser uma salsicha alemã e deve ser uma sopa ralinha, com muita água. E a fatura é para quem?”

Paulo Raimundo

Secretário-geral do PCP

A surpresa

Verdes sonham com o regresso ao Parlamento

Em Sesimbra, numa ação dedicada a questões ambientais, o secretário-geral do PCP apareceu ao lado de Heloísa Apolónia, ex-deputada e número três no distrito de Setúbal, apontando ao regresso ao Parlamento do Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV), que integra a CDU. Apesar de nas últimas duas eleições a coligação só ter conseguido eleger um deputado por Setúbal (ao contrário dos três em 2019 e dos quatro em 2015), Paulo Raimundo mostrou-se confiante nessa hipótese.

Numa visita à Lagoa de Albufeira, o líder comunista disse que essa possibilidade não é “uma fezada”, mostrando-se convencido e com “muita confiança” de que “é possível” isso acontecer no círculo de Setúbal, com a eleição de Heloísa Apolónia, que apresentou como “uma deputada com coragem para este embate” no distrito.

 

Prova dos 9

"Na realidade, o aumento das pensões apresentado por Luís Montenegro foi feito por nós na oposição. Fizemos um aumento acima do que estava previsto na lei com o voto contra da AD. Aquilo que a AD fez foi enganar os pensionistas. Primeiro, na festa do Pontal, anunciam um aumento que depois se veio a verificar que era um bónus sem repetição. O segundo engano foi terem criado a expectativa que tinha havido uma redução do IRS maior do que aquela que fizeram e chegaram agora a esta altura, habituados a receber reembolsos e perceberam que têm de pagar IRS.”

Pedro Nuno Santos

Secretário-geral do PS

A maioria das pensões aumentou 3,9% em janeiro deste ano à boleia do crescimento da economia e da inflação, mas também com a subida extraordinária proposta pelo PS e aprovada pelo Parlamento, à revelia do Governo.

Pela via regular, isto é, em resultado do crescimento da economia e da inflação, as pensões mais baixas (até 1.045 euros) tiveram aumentos de 2,6%. As pensões intermédias (entre 1.045 euros e 3.135 euros) uma subida regular de 2,1% e as pensões mais altas (acima de 3.135 euros) uma atualização de 1,85%. (acima dos 12 indexantes dos apoios sociais, continuaram congeladas).

No entanto, esses não foram os únicos aumentos a que os pensionistas tiveram direito no arranque de 2025. O PS propôs e o Parlamento aprovou (contra a vontade do Governo e do PSD, que preferiam dar um novo suplemento aos reformados, em vez desta subida extra permanente) que as reformas até três vezes o Indexante dos Apoios Sociais (IAS) tivessem um reforço extraordinário de 1,25 pontos percentuais.

Em consequência disto, as pensões mais baixas subiram 3,9% e as pensões acima de 1.045 euros, mas abaixo de 1.567 euros, subiram 3,35%. Às demais reformas, aplicaram-se apenas os referidos aumentos regulares decorrentes da inflação e do crescimento económico.

Importa notar que o PSD e o CDS-PP viram aprovada uma proposta, no âmbito do Orçamento do Estado para 2025, que abria a porta a que os pensionistas tivessem mesmo direito também a um suplemento extraordinário (além dos aumentos regulares e da subida extraordinária do PS), caso as contas públicas o permitissem.

Porém, o fim antecipado da legislatura colocou essa medida em suspenso. A AD já prometeu que, caso vença, poderá atribuir um novo suplemento aos pensionistas, novamente na condição de as contas do país o permitirem.

Ainda antes destes aumentos em janeiro, os pensionistas já tinham recebido um suplemento extraordinário, que foi, como refere Pedro Nuno Santos, anunciado na Festa do Pontal. Logo nesse dia foi noticiado que o Governo tencionava atribuir um suplemento extra de 100 a 200 euros às reformas mais baixas.

“Disse que, se tivéssemos condições financeiras, iríamos ajudar mais os pensionistas e reformados com pensões mais baixas. Vamos atribuir e pagar no próximo mês de outubro um suplemento extraordinário aos pensionistas que têm mais baixas pensões”, assinalou Montenegro na rentrée do partido. Indicou que a sua vontade até seria dar um aumento permanente aos pensionistas (em vez de um suplemento), mas justificou a decisão com as condições financeiras do país.

“No próximo ano, se tivermos uma situação financeira igual ou melhor, tomaremos de acordo com essa disponibilidade”, garantiu. Pago no mês da apresentação do Orçamento do Estado para 2025, que acabou por ser viabilizado pelo PS após uma longa negociação, o apoio abrangeu 2,4 milhões de beneficiários (incluindo cerca de 280 mil pensionistas da Caixa Geral de Aposentações) e custou 422 milhões de euros aos cofres públicos.

No que toca ao IRS, no período para a entrega da declaração, que arrancou a 1 de abril e que se prolonga até 30 de junho, é verdade que muitas famílias estão a ser surpreendidas com um reembolso menor e outras até vão ter de pagar imposto pela primeira vez. Mas isto não significa um agravamento fiscal. Pelo contrário, no ano passado, o IRS desceu por duas vezes, via Orçamento do Estado para 2024 (OE2024) e, depois, na sequência de uma proposta do PS aprovada pelo Parlamento.

O Fisco está a devolver menos dinheiro, não porque a tributação aumentou, mas porque os contribuintes descontaram ou adiantaram um montante inferior do imposto ao Estado, na sequência de duas descidas das tabelas de retenção na fonte, em janeiro e em setembro do ano passado. E, no acerto de contas, verificou-se uma efetiva aproximação entre a retenção mensal e o imposto final, o que dá origem a um reembolso bastante menor.

Conclusão: parcialmente correto.

Norte-Sul

A AD começou a terça-feira num contacto com a população em Sintra, de onde Luís Montenegro seguiu para o almoço com os ex-líderes do PSD, fechando o dia com o jantar do 51º aniversário do partido, em Lisboa.

O PS passou por Leiria, Marinha Grande e Entroncamento, encerrando o périplo em Santarém, num jantar comício.

Por sua vez, durante a manhã, a IL visitou a Feira Semanal de Viseu e, de tarde, uma unidade de produção têxtil em Mangualde, enquanto o Chega passou por dois mercados no Grande Porto: o de Matosinhos e o do Bolhão.

Depois de ter acompanhado de madrugada trabalhadoras domésticas no percurso da Amadora a Lisboa, Mariana Mortágua (BE) visitou o Bairro do Zambujal.

E Paulo Raimundo (CDU) dividiu-se entre Sesimbra, Covilhã e Lamego, onde fecha o dia com um jantar/comício. Finalmente, Inês de Sousa Real (PAN) começou na Maia e no Porto com visitas a associações de proteção animal e acabou o dia com uma reunião com a Associação Académica de Lisboa.

Já na quarta-feira, Luís Montenegro ‘acorda’ no Mercado do Livramento (Setúbal), almoça na União Mutualista Nossa Senhora da Conceição (Montijo) e termina o dia em Évora.

Mais a sul andará Pedro Nuno Santos da parte da manhã – visita o mercado semanal de Quarteira, almoça em Olhão e visita uma IPSS em Faro – subindo depois para comícios em Évora e Portalegre.

O PAN vai andar entre Montijo e Lisboa e o Bloco entre Alpiarça, acompanhando a greve na Sumol+Compal, e ações em Leiria.

Os restantes partidos com representação parlamentar andarão a Norte. Rui Rocha (IL) no seu círculo eleitoral, prevendo terminar em convívio com jovens estudantes de Braga. É também na cidade dos Arcebispos que Rui Tavares termina o dia, depois de visitar o Hospital de Gaia e a feira dos Carvalhos, no mesmo concelho.

O comunista Paulo Raimundo vai contactar com a população em Matosinhos, tem agendada uma sessão pública em Gondomar e comícios em Gaia e Espinho.

 

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Índia anuncia que vai “cortar a água” de rios que irrigam Paquistão

  • Lusa
  • 6 Maio 2025

A Índia suspendeu a sua participação num tratado de partilha de água com o Paquistão, assinado em 1960, em retaliação pelo atentado que matou 26 pessoas a tiro, a 22 de abril.

A Índia vai “cortar a água” dos rios que correm do seu território para o Paquistão, em retaliação pelo atentado mortal cometido na Caxemira indiana, anunciou esta terça-feira o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi. “A água pertencente à Índia costumava fluir para o exterior, mas agora será cortada para servir os interesses da Índia e será utilizada para o país”, declarou Modi num discurso público.

A Índia suspendeu a sua participação num tratado de partilha de água com o Paquistão, assinado em 1960, em retaliação pelo atentado que matou 26 pessoas a tiro, a 22 de abril, na cidade turística de Pahalgam, na Caxemira indiana. Apesar de o atentado não ter sido reivindicado, Nova Deli acusou da sua autoria Islamabad, que o negou categoricamente.

Os dois países estão em pé de guerra desde este atentado, o mais mortífero contra civis desde há mais de 20 anos na parte indiana daquela região de maioria muçulmana. Há mais de uma semana que se regista fogo cruzado de artilharia ligeira entre soldados indianos e paquistaneses durante a noite, ao longo da fronteira que separa os dois países.

Esta terça-feira, o Paquistão acusou a Índia de alterar o caudal do rio Chenab, um dos três rios sob o controlo de Islamabad ao abrigo do tratado de 1960. “Notámos alterações no Chenab que nada têm de natural (…) o caudal do rio, que é normal, foi consideravelmente reduzido de um dia para o outro”, declarou o ministro da Irrigação do Punjab, Kazim Pirzada.

Após a decisão indiana de suspender unilateralmente o tratado, o Paquistão advertiu de que qualquer tentativa de perturbar o fluxo destes rios seria considerada “um ato de guerra”. Situada na fronteira com a Índia, a província do Punjab, que alberga quase metade dos 240 milhões de habitantes do Paquistão, é o coração agrícola do país.

O Tratado do Indo concede a Nova Deli o direito de utilizar os rios partilhados para as suas barragens ou culturas, mas proíbe-a de desviar cursos de água ou alterar o volume de água a jusante.

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Avião da TAP com destino a Viena regressa a Lisboa devido maus odores

  • Lusa
  • 6 Maio 2025

Em abril, um avião Airbus A320 da TAP tinha aterrado de urgência no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, devido a um caso de inalação de odores.

Um avião da TAP, que partiu de Lisboa com destino a Viena, regressou ao Aeroporto Humberto Delgado, “em absoluta segurança”, devido a maus odores a bordo, confirmou a companhia aérea. “A TAP confirma que o voo de hoje de Lisboa para Viena regressou a Lisboa, em absoluta segurança”, indicou fonte oficial da companhia aérea à Lusa.

Os passageiros seguem viagem noutro avião. O voo TP1272 descolou pelas 14:13, tendo regressado a Lisboa pouco mais de uma hora depois, segundo o FlightRadar24, site que permite acompanhar os voos.

Em 17 de abril, a TAP já tinha garantido estar atenta aos episódios de odores que têm levado a aterragens de emergência, realçando que se trata de uma percentagem residual de voos e uma questão transversal ao setor. Um dia antes, um avião Airbus A320 da TAP tinha aterrado de urgência no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, devido a um caso de inalação de odores (‘fumes’, em inglês).

No dia 11 de março, a alegada presença de cheiros a bordo e a indisposição de alguns elementos da tripulação levaram o Airbus A321neo da TAP, com 192 passageiros, a divergir para o Porto, depois de descolar de Lisboa com destino a Londres, segundo o boletim trimestral do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF), a que a Lusa teve acesso.

Segundo o GPIAAF, havia informação prévia da tripulação de voo sobre problemas anteriores com cheiros na aeronave, referente ao mesmo dia, nos dois voos anteriores. No primeiro voo entre Lisboa e o Funchal foi reportada “a presença de cheiros estranhos na zona traseira da aeronave”.

No Funchal, os serviços de manutenção realizaram uma inspeção aos dois motores e à APU (Unidade Auxiliar de Potência) “sem qualquer anomalia reportada”, enquanto no segundo voo, do Funchal para Lisboa, “foram reportados cheiros estranhos à descolagem, contudo terão desaparecido logo de seguida”.

Em 2024, houve 1.249 reportes deste tipo de ocorrências na base de dados europeia, revelou o mesmo gabinete.

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Trump admite que afinal ainda não falou com a China sobre tarifas

  • Lusa
  • 6 Maio 2025

"A economia deles está a sofrer muito porque não comercializam com os EUA, e a maior parte do dinheiro vem dos EUA", disse o presidente norte-americano.

O Presidente dos Estados Unidos admitiu esta terça-feira que ainda não reuniu com a China para discutir tarifas, apesar de ter dito o contrário nas últimas semanas, explicando que as reuniões vão decorrer “no momento apropriado”.

“Querem negociar, querem ter uma reunião, e nós vamos reunir-nos com eles no momento apropriado. Não me encontrei com eles”, disse Donald Trump, no início do encontro com o primeiro-ministro canadiano, Mark Carney, na Sala Oval da Casa Branca.

Nas últimas semanas, o Governo norte-americano anunciou ter mantido contactos com Pequim sobre as tarifas que Trump quer impor a nível global, e o próprio Presidente chegou a afirmar ter falado com o homólogo chinês, Xi Jinping, algo que Pequim negou e Washington não esclareceu posteriormente.

“A economia deles está a sofrer muito porque não comercializam com os EUA, e a maior parte do dinheiro vem dos EUA. Não se deixem enganar. Não lucram com outros países como lucram com este”, acrescentou Trump, referindo-se à China. O líder norte-americano defendeu que está a abordar as negociações tarifárias com diferentes países com uma “atitude amigável”, mas insistiu que a principal preocupação é proteger os interesses dos cidadãos que representa.

“Pensem em nós como uma loja de super luxo, uma loja que tem os produtos que vai comprar e pagar. Vamos oferecer um preço muito bom. Vamos fazer grandes negócios e, em alguns casos, fazer ajustes, mas é assim que funciona”, disse Trump.

“Podíamos assinar 25 contratos agora mesmo se quiséssemos. Mas são eles que têm de assinar os acordos connosco. Querem uma fatia do nosso mercado. Nós não queremos uma fatia do deles. Não nos preocupamos com o mercado deles”, acrescentou o Presidente norte-americano. Trump lembrou que Washington “é flexível” e “em algum momento, em alguns casos”, vai assinar alguns acordos, mas sublinhou que, embora queira ajudar outras nações, não vai aceitar que o comércio norte-americanos seja prejudicado.

“Em alguns casos, diremos que queremos que abram o país. Noutros, queremos que reduzam as tarifas. Por exemplo, a Índia tem uma das tarifas mais elevadas do mundo. Não vamos tolerar isso, e eles já concordaram numa redução. Vão reduzi-la a zero. Eles já concordaram com isso. Nunca o teriam feito por ninguém além de mim”, acrescentou.

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Chega é o partido que melhor representa as ideias de Passos, diz Ventura

  • Lusa
  • 6 Maio 2025

"Quando chegar ao dia 18, no seu momento de ir votar, o dr. Pedro Passos Coelho irá dizer 'em quem é que eu vou votar e que melhor representa aquilo que eu digo'? O Chega e o dr. André Ventura", diz.

O presidente do Chega, André Ventura, considerou esta terça-feira que o seu partido é aquele que mais bem representa as ideias do antigo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho e alertou o PSD que as pessoas preferem o original à cópia. “Eu acho que quando chegar ao dia 18, no seu momento de ir votar, o doutor Pedro Passos Coelho irá dizer ‘em quem é que eu vou votar e que melhor representa aquilo que eu digo’? O Chega e o dr. André Ventura”, afirmou.

O líder do Chega considerou que “todas as intervenções do dr. Pedro Passos Coelho até hoje foram no sentido de mostrar que a linha política que o Chega estava a seguir era a linha certa na família, na integração, na imigração, nas questões de ideologia de género, na segurança” e disse ficar convencido de que ele “vai votar no Chega nestas eleições”.

No terceiro dia da campanha para as eleições legislativas, dedicado ao distrito do Porto, André Ventura visitou o mercado do Bolhão e fez a tradicional arruada na Rua de Santa Catarina.

Em declarações aos jornalistas no arranque desta ação de campanha, o líder do Chega foi instado a comentar as palavras do antigo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho que, à entrada para o almoço de aniversário do PSD, pediu que o partido continue a sua “tradição reformista” e que o país “não se alheie” do que se passa no mundo.

André Ventura disse concordar com o antigo líder social-democrata que “é preciso mesmo um espírito reformista”, e acusou o atual presidente do PSD e primeiro-ministro, Luís Montenegro, de “governar como o PS governa”.

“Nós temos que ter coragem na segurança, na saúde, na luta contra a corrupção, na imigração, de fazer mesmo reformas e não aparências de reformas”, argumentou. O líder do Chega classificou-se também como o original, e Luís Montenegro como a cópia, e defendeu que “quando as pessoas têm de escolher entre o original e a cópia, escolhem sempre o original”, porque “as cópias geralmente são contrafeitas, malfeitas e são farsolas, também geralmente são ilegais”.

“Eu acho que nestas eleições há o original, que sempre disse que vai controlar a imigração, lutar contra a corrupção, fazer na educação as reformas que é preciso, e há a cópia, que lembrou-se agora há dois dias, ou três, para afastar o assunto da Spinumviva, que é preciso controlar a imigração, lutar contra a corrupção e fazer pela educação”, continuou.

Ventura considerou também que o antigo primeiro-ministro entre 2011 e 2015 “tem feito um esforço dentro do PSD para mostrar ao seu presidente e aos seus dirigentes que estão a ir pelo caminho errado”.

“Pedro Passos Coelho até tem alertado para isto de forma mais ou menos pública, que o PSD errou no caminho que seguiu. E agora chega perto das eleições, vê que provavelmente o Chega está em crescimento, que está com um apoio popular enorme, e opta por copiar. Se copiar para melhorar o país, isso não é mau, porque nós preferimos que o país melhore, mas entre o original e a cópia, as pessoas geralmente querem sempre o original, e o original é o Chega”, salientou.

André Ventura considerou ainda que apenas o voto no Chega garante estabilidade. “Neste momento só há um único partido que pode garantir essa estabilidade, porquê? Porque se o Chega vencer à direita as eleições, a liderança do PSD vai mudar. E isso significa que podemos ter uma maioria histórica à direita para governar Portugal”, afirmou, sustentando que “todos os outros cenários são de instabilidade”.

Nós já tivemos um Governo da AD no último ano, deu estabilidade? Não. Nós tivemos um Governo do PS com maioria absoluta que caiu por causa de corrupção, houve estabilidade? Não”, acrescentou.

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