Patriarca de Lisboa realça “força transformadora” do Natal

  • Lusa
  • 25 Dezembro 2024

O patriarca de Lisboa disse que o Natal "tem uma força transformadora, que é capaz de tornar lugares de ruína e morte em lugares de vida", situação que continua a verificar-se nos dias de hoje.

O patriarca de Lisboa disse esta terça-feira, na noite de Consoada, que o Natal “tem uma força transformadora, que é capaz de tornar lugares de ruína e morte em lugares de vida”, situação que continua a verificar-se nos dias de hoje.

O bispo Rui Valério, na tradicional mensagem de Natal do patriarca de Lisboa, sublinhou que “o Natal ultrapassa barreiras e divisões e resolve diferenças culturais, raciais, religiosas e, até, linguísticas, num encontro com alguém que é sempre ‘alguém’, pessoa, não um anónimo, mas que tem rosto, tem história, tem dignidade”.

“No tempo inaugural foi num curral e numa manjedoura, materialização de não-aceitação, de repúdio; hoje esses lugares improváveis são as ruínas da guerra, as bermas das estradas, lar de tantos pobres e de sem-abrigo”, afirmou Rui Valério, acrescentando que o “Natal é caminho de Paz, porque aproxima todos os homens e mulheres, reunindo-os por um mesmo ideal de humanidade que enxerga na dignidade de cada homem o alicerce dos valores da vida, da justiça, da fraternidade e da liberdade“.

Neste contexto, “deve renovar-se a súplica pela paz na Ucrânia, na Terra Santa, lugar onde Jesus nasceu, na República Centro Africana e em tantas outras geografias, onde Jesus quer instaurar o caminho da civilização do amor e do encontro“, sublinhou o bispo titular do Patriarcado de Lisboa.

Para o prelado, que na última noite transmitiu a sua mensagem através da RTP, o “Natal é também caminho de Esperança”, recordando que “Jesus nasceu no Presépio e não num lugar aconchegante”.

“À sua volta não tinha todos os cuidados, nem um berço preparado, nem a assistência básica dos nossos dias, contudo, isso não impediu que no meio de um lugar improvável emergisse a vida”, afirmou.

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Filho de ex-presidente angolano em liberdade a 1 de janeiro com indulto presidencial

  • Lusa
  • 25 Dezembro 2024

O presidente angolano concedeu um indulto a 51 condenados, entre os quais o filho de José Eduardo dos Santos, quatro ativistas e uma influenciadora digital.

O presidente angolano concedeu um indulto a 51 condenados, entre os quais o filho de José Eduardo dos Santos, quatro ativistas e uma influenciadora digital, que deixam de cumprir pena de prisão a partir de 01 de janeiro.

O indulto tem em conta “o bom comportamento” e a “ausência de perigosidade social da restituição à liberdade” dos vários condenados, que estão detidos em diferentes provincias.

Entre estes encontram-se José Filomeno de Sousa dos Santos “Zénu”, filho do antigo Presidente José Eduardo dos Santos, e ex-presidente do Fundo Soberano de Angola, que tinha sido condenado com mais três arguidos por crimes de peculato, burla e tráfico de influências, e a influenciadora digital Ana da Silva Miguel “Neth Nahara” condenada a dois anos de prisão por ofensas ao Presidente da República, João Lourenço, no TikTok

São também abrangidos pelo indulto os ativistas Abrão Pedro dos Santos “Pensador”, Adolfo Miguel Campos André, Gilson da Silva Moreira “Tanaice Neutro”, Hermenegildo José Victor André “Gildo das Ruas” presos desde setembro de 2023 por ultraje e injúrias ao Presidente da Republica quando participavam num protesto de mototaxistas.

A Amnistia Internacional tinha em curso uma campanha para a libertação dos ativistas e de Neth Nahara, defendendo que a Constituição angolana protege a liberdade de expressão.

O Presidente João Lourenço que tinha anunciado o indulto na sua mensagem de fim de ano dirigida aos angolanos destacou que o “ato de clemência” se insere nas celebrações dos 50 anos de independência nacional, de Natal e do Ano Novo

Angola comemora o 50.º aniversário da independência no dia 11 de novembro de 2025 e João Lourenço pretende que as celebrações desta data sejam feitas em clima de harmonia, concórdia e fraternidade e que o “sentimento de patriotismo e amor à pátria possa incluir cidadãos em cumprimento de pena privativa de liberdade”.

O decreto presidencial entra em vigor a 01 de janeiro de 2025.

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Quem é John Arrigo, o novo embaixador em Portugal escolhido por Trump

O empresário do setor automóvel foi escolhido para a embaixada dos EUA em Portugal. Liderou a Arrigo Auto, com concessionárias na cidade de West Palm Beach, onde Donald Trump tem casa.

O presidente eleito dos Estados Unidos aproveitou a véspera de Natal para anunciar o nome do embaixador norte-americano em Portugal. A escolha recaiu sobre o empresário John Arrigo, uma personalidade da sua confiança e ligada ao setor automóvel.

Donald Trump escreveu na rede social Truth o motivo da sua decisão e admitiu que conhece o gestor que vai ocupar a embaixada dos EUA em Portugal há mais de três décadas.

“John é um empresário de grande sucesso na indústria automóvel e um campeão de golfe. Há mais de trinta anos que é um líder incrível nos negócios em West Palm Beach e é respeitado por todos. Conheço o João há muito tempo. Fará um trabalho incrível pelo nosso país e colocará sempre a América em primeiro”, anunciou o presidente norte-americano eleito.

John Arrigo foi vice-presidente da Arrigo Auto Group, uma empresa de venda de automóveis, até 2020, segundo a rede social Linkedin. Entre 1982 e 1985, frequentou a Florida Atlantic University e foi durante a licenciatura que entrou para a empresa Arrigo Auto, do grupo Morgan Automotive. A Arrigo Auto tem concessionárias em três cidades no estado da Flórida: West Palm Beach, onde Donald Trump tem casa, Fort Pierce e Tamarac.

“O Arrigo Auto Group na Flórida trata as necessidades de cada cliente individual com extrema preocupação. Sabemos que tem grandes expectativas e, como concessionários de automóveis, gostamos do desafio de corresponder e superar esses padrões sempre. Permita-nos demonstrar o nosso compromisso com a excelência”, lê-se no site oficial da empresa do futuro embaixador.

Em 2019, John Arrigo disse ao jornal “The Palm Beach Post” que geria cinco stands automóveis no sul da Flórida juntamente com o irmão, Jim Arrigo, com cerca de 600 funcionários.

Foi há precisamente uma semana que ainda embaixadora dos EUA em Portugal, Randi Charno Levine, anunciou que iria renunciar ao cargo a 19 de janeiro de 2025, na véspera da tomada de posse do republicano Donald Trump e após quase três anos de serviço.

Numa mensagem de despedida divulgada online, a embaixadora Randi Charno Levine agradeceu a Joe Biden pela oportunidade de servir o seu país, destacou as principais conquistas económicas do seu mandato e anunciou que no próximo ano irá ser professora honorária de Diplomacia da Arte na Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa.

Servir como embaixadora foi uma das maiores honras da minha vida e uma aventura extraordinária. Foi um privilégio representar os Estados Unidos em Portugal – um país rico em história, cultura e uma amizade de longa data. Juntos, trabalhámos para fortalecer os profundos e duradouros laços económicos e culturais entre as nossas duas nações”, afirmou Randi Charno Levine.

No ano passado, o investimento dos EUA em Portugal quadruplicou para 2,1 mil milhões de euros, o que fez da maior economia do mundo o maior investidor estrangeiro em Portugal e o principal parceiro comercial do país fora da União Europeia. Quanto às receitas do turismo vindo do outro lado do Atlântico, aumentou 30%, em termos homólogos, para 2,5 mil milhões de euros à boleia dos 2 milhões de norte-americanos que visitaram Portugal em 2023.

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Zelensky acusa Putin de “ataque desumano” no dia de Natal

  • Lusa
  • 25 Dezembro 2024

O presidente ucraniano fez esta quarta-feira acusações ao chefe de Estado russo por lançar várias dezenas de mísseis e mais de 100 drones explosivos contra a Ucrânia.

O presidente ucraniano acusou esta quarta-feira o chefe de Estado russo, Vladimir Putin, de realizar um ataque “desumano” no dia de Natal, lançando várias dezenas de mísseis e mais de 100 drones explosivos contra a Ucrânia.

“Hoje Putin escolheu conscientemente o Natal para o seu ataque. O que pode ser mais desumano?”, afirmou Volodymyr Zelensky no Telegram.

“Mais de 50 mísseis” e vários drones foram abatidos, mas alguns ataques provocaram “cortes de eletricidade em várias regiões”, acrescentou o Presidente ucraniano.

Este “terror de Natal é a resposta de Putin àqueles que falaram de um ilusório ‘cessar-fogo de Natal'” entre Kiev e Moscovo, referiu, por sua vez, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Andrii Sybiha.

O ataque causou a morte de, pelo menos, uma pessoa e deixou pelo menos seis feridos, segundo as autoridades.

Um dos mísseis russos lançados durante o ataque atravessou o espaço aéreo da Moldova e da Roménia, disse o chefe da diplomacia ucraniana, acrescentando: este facto “recorda-nos que a Rússia não ameaça apenas a Ucrânia”, sublinhou na rede social X.

A Roménia, membro da NATO, afirmou já que não detetou qualquer violação do seu espaço aéreo por um míssil russo apontado à Ucrânia, na sequência destas alegações de Kiev.

“O sistema de vigilância aérea, parte integrante do sistema da NATO, não detetou tal situação”, refere um comunicado do Ministério da Defesa, indicando que “os dados não confirmam” que um míssil “tenha violado o espaço aéreo romeno”.

Desde o início da invasão da Ucrânia, em fevereiro de 2022, a Rússia tem bombardeado regularmente a rede elétrica do país vizinho, mergulhando centenas de milhares, se não milhões, de pessoas na escuridão e no frio, muitas vezes durante o inverno.

O grupo DTEK, o principal fornecedor privado de energia do país, declarou na quarta-feira que as suas centrais térmicas tinham sido alvo deste novo ataque, tendo registado “danos graves” no seu equipamento.

“Este é já o 13.º ataque maciço ao sistema energético ucraniano este ano”, declarou a DTEK num comunicado.

“Privar de luz e calor milhões de pessoas pacíficas que celebram o Natal é um ato depravado e maléfico que deve ser combatido”, disse o diretor executivo da DTEK, Maxim Timchenko, no X, apelando aos aliados de Kiev para que forneçam mais defesas aéreas.

Na madrugada de quarta-feira foi acionado um alerta aéreo em toda a Ucrânia, enquanto a força aérea comunicava o lançamento de mísseis balísticos e de cruzeiro russos.

As autoridades de Kharkiv, a segunda maior cidade do país, situada no nordeste, perto da fronteira com a Rússia, comunicaram “pelo menos sete ataques” contra a cidade.

Pelo menos seis pessoas ficaram feridas, anunciou o governador regional Oleg Synegoubov no Telegram.

A região de Dnipropetrovsk (centro-leste) também foi atacada. Foram ouvidas explosões na capital, Dnipro, e em Kryvyï Rig, a cidade natal do Presidente Zelensky.

“Uma pessoa foi morta em consequência do ataque com mísseis a instalações de energia”, disse o governador regional, Serguiï Lyssak.

A administração regional de Ivano-Frankivsk anunciou que parte deste território, situado no oeste do país, a centenas de quilómetros da linha da frente, estava sem eletricidade.

Na região de Poltava (centro), as autoridades comunicaram danos nas infraestruturas.

A companhia nacional de eletricidade, Ukrenergo, anunciou restrições no fornecimento.

“O inimigo está, mais uma vez, a levar a cabo um ataque maciço ao setor da energia” e as autoridades estão a tomar “‘as medidas necessárias para limitar o consumo, a fim de minimizar as consequências negativas para o sistema energético”, escreveu no Telegram o ministro da Energia ucraniano, German Galushchenko.

Os ataques desta quarta-feira ocorreram no dia em que a Ucrânia, pela segunda vez na sua história moderna, celebra o dia de Natal a 25 de dezembro, como no mundo ocidental, e já não em 07 de janeiro, como no calendário juliano seguido pela Igreja Ortodoxa Russa.

Esta mudança de data foi oficializada no verão de 2023 por uma lei promulgada pelo Presidente, Volodymyr Zelensky, em sinal de desafio à Rússia.

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Negócio de 950 milhões da Uber travado por Taiwan

A Uber recebeu um presente ‘envenenado’ neste Natal. A tecnológica pretendia adquirir o negócio da Foodpanda em Taiwan à Delivery Hero, mas o regulador levantou preocupações.

A Uber recebeu um presente ‘envenenado’ neste Natal. A tecnológica de transporte de passageiros e encomendas pretendia adquirir o negócio da Foodpanda – delivery de refeições e mercearias – em Taiwan à Delivery Hero em Taiwan, por 950 milhões de dólares (cerca de 912 milhões de euros), mas a transação foi travada.

A Comissão de Comércio Justo de Taiwan decidiu esta quarta-feira que a proposta de aquisição gera preocupações anticoncorrenciais, avançou a Agência Central de Notícias da China citada pela Bloomberg. O relatório da autoridade taiwanesa sobre este negócio no mercado das entregas surge cerca de duas semanas após a prorrogação do período de revisão da fusão, anunciada em meados de maio.

A Uber pretendia concluir a operação até ao primeiro semestre de 2025. Quando assinou ao acordo inicial para esta compra, o diretor geral da Uber Eats em Taiwan disse que “se for aprovada e concluída, plataforma combinada permitir-nos-á entregar uma gama mais ampla de alimentos e bens, os melhores preços para os consumidores, uma procura mais forte por restaurantes e lojas”.

“Como resultado, mais oportunidades de ganhos para parceiros de entrega. Continuaremos a ouvir as vozes dos consumidores, parceiros de entrega, parceiros comerciais e reguladores à medida que embarcamos na próxima etapa da nossa jornada em Taiwan”, referiu Chai Lee.

Na bolsa de Nova Iorque, as ações da Uber encerraram a sessão desta terça-feira – a última antes do Natal – com uma desvalorização de 0,26% para 61,71 dólares.

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Marcelo pede que se recuse “monopólio da verdade” e se superem “discriminações injustas”

  • Lusa
  • 25 Dezembro 2024

O Presidente da República sublinhou que, para muitos, o dia de hoje é apenas "o Natal possível".

O Presidente da República apelou para que se recuse o “monopólio da verdade” e se superem “discriminações injustas” e sublinhou que para muitos o dia de hoje é apenas “o Natal possível”.

Marcelo Rebelo de Sousa assina hoje, como habitualmente, um artigo de opinião publicado no Jornal de Notícias, intitulado “O Natal possível“.

Todos os dias – se estivermos atentos – descobriremos que o Natal de muitos, quase todos, é, sempre, o Natal possível. Não o Natal sonhado ou idealizável“, referiu.

No texto, o chefe de Estado lembrou “os milhões que nem sequer podem ter um dia em que a sua vida de miséria, de fome, de guerra, de exploração, de sofrimento, seja diverso de todos os demais”, bem como os doentes, os reclusos ou os servidores da causa pública “em missão nas mesmas lonjuras do universo”.

“Mais perto de nós, vizinhos, formal ou informalmente cuidadores, sem abrigo, com abrigo e sem teto, sem emprego, sem esperança, sem razões para continuar a lutar. O Natal possível, para uns, é, na verdade, impossível ou quase”, lamentou.

O Presidente da República disse ter-se deparado com exemplos nos últimos dias “nas comunidades distantes das famílias, a fazerem natais possíveis”, nos soldados perto de guerras ou conflitos, mas também cá dentro “noutras comunidades onde a pobreza e a solidão ainda encontram um esconderijo para conviver e evocar pessoas e lugares motivadores”.

“Ou, então, comunidades vindas do outro lado do mundo, a mitigarem agruras pela duração de um instante. O Natal possível acaba por ser – por ter de ser – fruto de esperança e insatisfação feita luta por valores, por princípios e por causas concretas”, referiu.

Marcelo Rebelo de Sousa salientou que a dignidade da pessoa tem de ser sinónimo de liberdade e de igualdade.

“A liberdade determinando diversidade de ideias, pluralismo de modos de pensar e agir, tolerância, aceitação da diferença, recusa do monopólio da verdade. A igualdade exigindo a superação das discriminações injustas, os guetos, as exclusões, a perpetuação da pobreza de geração para geração”, afirmou.

Para o chefe de Estado, “não deixar morrer estes e outros valores e princípios e causas concretas de os fazer valer é encontrar um espaço para o Natal possível”.

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Trabalhadores do lixo de Lisboa em greve até 2025

  • Lusa
  • 25 Dezembro 2024

Os trabalhadores da higiene urbana no município de Lisboa vão estar, a partir desta quarta-feira e até 2 de janeiro, em greve ao trabalho extraordinário, a que se junta uma greve geral de dois dias.

Os trabalhadores da higiene urbana no município de Lisboa vão estar, a partir desta quarta-feira e até 2 de janeiro, em greve ao trabalho extraordinário, a que se junta uma greve geral de dois dias, na quinta e sexta-feira.

Convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa (STML) e pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local (STAL), a greve na área da higiene urbana, entre o Natal e o Ano Novo, vai contar com serviços mínimos, decretados para quinta-feira, sexta-feira e sábado (de 26 a 28 de dezembro).

O colégio arbitral da Direção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP) decretou como serviços mínimos a realização de 71 circuitos diários de recolha de lixo, envolvendo 167 trabalhadores, entre cantoneiros e condutores de máquinas pesadas e veículos especiais, o que, segundo o STML, representa “cerca de 1/3 do trabalho” que se realiza num dia normal.

Discordando da decisão do colégio arbitral da DGAEP, por considerarem que “são serviços mínimos máximos” e representam “uma limitação ao direito à greve”, o STML e o STAL apresentaram, na segunda-feira, uma contestação junto dos tribunais, com uma reclamação e uma providência cautelar para “anular” ou “minimizar” os serviços mínimos decretados.

A greve geral dos trabalhadores da higiene urbana em Lisboa foi convocada para 26 e 27 de dezembro (quinta-feira e sexta-feira), a que se junta uma greve ao trabalho extraordinário, entre 25 e 31 de dezembro, e uma paralisação no dia de Ano Novo, prevista apenas no período noturno, ao trabalho normal e suplementar, entre as 22:00 de dia 01 e as 06:00 de dia 02 de janeiro.

Os sindicatos justificam a realização da greve com a ausência de respostas do executivo municipal, liderado por Carlos Moedas (PSD), aos problemas que afetam o setor da higiene urbana, em particular o cumprimento do acordo celebrado em 2023, que prevê, por exemplo, obras e intervenções nas instalações.

No âmbito dos problemas na higiene urbana em Lisboa, 45,2% das viaturas essenciais à remoção encontram-se inoperacionais, 22,6% da força de trabalho está diminuída fisicamente ou de baixa por acidentes de trabalho e existe um défice de 208 trabalhadores, segundo o STML.

Ainda de acordo com o STML, “todos as semanas, inúmeros circuitos ficam por fazer”.

A Câmara de Lisboa assegurou que o acordo celebrado em 2023 está a ser cumprido e tentou negociar com os sindicatos para que a greve fosse desconvocada, tendo mesmo apelado ao apoio dos 24 presidentes de junta de freguesia, mas sem sucesso.

Apesar de terem sido decretados serviços mínimos, os sindicatos perspetivaram “uma grande adesão” à greve, segundo disse à Lusa o presidente do STML, Nuno Almeida.

Para minimizar os efeitos da greve, a Câmara de Lisboa decidiu implementar um conjunto de medidas (https://www.lisboa.pt/deposicao-de-residuos), nomeadamente criar uma equipa de gestão de crise, disponível 24 horas; distribuir contentores de obra, em várias zonas da cidade, para deposição de lixo; pedir aos cidadãos que não coloquem o lixo na rua, sobretudo papel e cartão; apelar aos grandes produtores que façam a sua recolha durante estes dias; e colaboração com municípios vizinhos, com possibilidade de utilização de eco-ilhas móveis.

Há também conselhos gerais da Câmara de Lisboa para os dias de greve, como minimizar a produção de resíduos; se possível, manter o lixo em casa até que a recolha seja retomada; não colocar o lixo no chão ou à volta dos contentores e ecopontos; e acondicionar bem o cartão, permitindo mais espaço dentro do contentor.

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Trump escolhe empresário automóvel John Arrigo como embaixador em Portugal

  • Lusa
  • 25 Dezembro 2024

"John é um empresário de grande sucesso na indústria automóvel e um jogador campeão de golfe. Há mais de trinta anos que é um incrível líder empresarial", resumiu o presidente eleito dos EUA.

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a nomeação do empresário do ramo da venda de automóveis John Arrigo como novo embaixador norte-americano em Portugal.

“É uma grande honra para mim anunciar que John Arrigo será o próximo Embaixador dos Estados Unidos em Portugal”, disse Trump na sua rede social Truth Social.

John é um empresário de grande sucesso na indústria automóvel e um jogador campeão de golfe. Há mais de trinta anos que é um incrível líder empresarial em West Palm Beach [cidade da Flórida, no sudeste dos Estado Unidos] e é respeitado por todos”, acrescentou o republicano.

“Conheço o John há muito tempo. Ele fará um trabalho incrível pelo nosso país e colocará sempre a América em primeiro lugar. Parabéns, John!”, disse Trump.

Arrigo é um colaborador próximo do magnata pelo menos desde 2006, disse em 2018 o portal de notícias norte-americano BuzzFeed News.

De acordo com o perfil de Arrigo na rede social LinkedIn, o empresário foi durante mais de 35 anos vice-presidente do Arrigo Automotive Group, que opera em West Palm Beach, onde se localiza a residência de Trump, Mar-a-Lago.

Em 2019, Arrigo disse ao The Palm Beach Post que geria cinco stands automóveis no sul da Flórida juntamente com o irmão, Jim Arrigo, com cerca de 600 funcionários.

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Criança a chorar e impostos. A mensagem de Natal da IL

Um vídeo publicado nas redes sociais mostra uma criança a queixar-se que perdeu o dinheiro no jogo Monopólio por causa dos impostos. "Feliz Natal Liberal!", deseja o partido de Rui Rocha.

A Iniciativa Liberal (IL) decidiu desejar um Feliz Natal com a publicação, nas redes sociais, de um vídeo norte-americano que mostra uma criança a chorar porque perdeu o dinheiro ganho no jogo Monopólio por causa do pagamento de impostos.

“Para onde foi todo o teu dinheiro, Donny?”, começa por perguntar uma familiar, presumivelmente a mãe da criança. “Impostos”, responde o filho em pranto. A mãe tenta acalmá-lo, explicando que “está tudo bem”, que “faz parte do jogo”. Mas a criança continua a chorar e conclui que “a pior parte do jogo são os impostos”.

A mensagem foi publicada esta terça-feira pelo partido liderado por Rui Rocha, poucas horas antes da consoada. “Crescer é difícil e mais difícil se torna quando percebes que a pior parte do jogo são os impostos. É como deixar de acreditar no pai Natal”, segundo a publicação.

O vídeo termina, desejando um “Feliz Natal Liberal!”.

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Irão levanta bloqueio ao WhatsApp após dois anos de restrições

  • Lusa
  • 24 Dezembro 2024

Tanto o WhatsApp como a plataforma Google Play foram bloqueados durante os protestos que começaram no Irão em setembro de 2022, na sequência da morte da jovem Mahsa Amini.

O Conselho Supremo do Ciberespaço iraniano, que gere as questões relativas à Internet e ciberespaço no país, aprovou esta terça-feira o levantamento da interdição da aplicação WhatsApp, alvo de restrições há mais de dois anos, informou a agência IRNA.

“A interdição do WhatsApp e do Google Play foi levantada por voto unânime dos membros do Conselho Supremo do Ciberespaço”, declarou a agência noticiosa oficial iraniana IRNA.

“Trata-se de uma primeira etapa do plano que visa levantar as restrições”, acrescentou.

Tanto o WhatsApp como a plataforma Google Play foram bloqueados durante os protestos que começaram no Irão em setembro de 2022, na sequência da morte da jovem Mahsa Amini, que se encontrava sob custódia policial após ser detida por não usar corretamente o véu islâmico.

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Nova rusga em Lisboa. PSP apreende material contrafeito no Largo de São Domingos

  • Lusa
  • 24 Dezembro 2024

A PSP, em conjunto com a Polícia Municipal de Lisboa, realizou 22 autos de contraordenação com apreensões de comida, vestuário e calçado, e diversas apreensões por suspeita de crimes de recetação.

A PSP e a Polícia Municipal (PM) de Lisboa realizaram uma operação de fiscalização no Largo de São Domingos esta segunda-feira, tendo apreendido diverso material suspeito de ser contrafeito e levantado 22 autos de contraordenação.

Em comunicado divulgado esta terça, o Comando Metropolitano da PSP de Lisboa refere que a operação decorreu no âmbito da sua “atividade de prevenção de atividades ilícitas”, tendo como suporte para a tomada de decisão “o mapeamento de ocorrências criminais como o tráfico de estupefacientes de menor gravidade”.

De acordo com a nota, para a realização da operação foi tido também em conta o “crime de recetação e de outras atividades ilegais”, como a venda ambulante não licenciada e o consumo de droga, considerando não só o registo de ocorrências efetuadas formalmente, mas também as “diversas reclamações e queixas de insegurança” no Largo de São Domingos.

Desta forma, a PSP, em conjunto com a PM de Lisboa realizou 22 autos de notícia por contraordenação com apreensões de comida, vestuário e calçado, e diversas apreensões por suspeita de crimes de recetação de 24 artigos de natureza diversa, no valor estimado de mil euros e 46 artigos desportivos contrafeitos, no valor aproximado de dois mil euros.

Foi ainda apreendido um telemóvel, artigos em outro no valor estimado de 220 euros, perto de 1.600 euros em numerário diverso. Foram também realizadas notificações para abandono voluntário de território nacional a dois cidadãos estrangeiros, por situação ilegal em território nacional.

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Pelo menos 16 mortos em Moçambique desde segunda-feira na contestação aos resultados eleitorais

  • Lusa
  • 24 Dezembro 2024

Há ainda registo de 42 pessoas baleadas, das quais 15 na cidade de Maputo, sul, e 11 em Nampula, mas também 73 detenções, incluindo 37 na capital moçambicana e 17 em Sofala.

Pelo menos 16 pessoas morreram em Moçambique e 42 foram baleadas desde segunda-feira nas manifestações de contestação aos resultados das eleições gerais de 9 de outubro proclamados pelo Conselho Constitucional, segundo balanço feito esta terça-feira pela plataforma eleitoral Decide.

De acordo com o balanço daquela Organização Não-Governamental (ONG) que monitoriza os processos eleitorais em Moçambique, com dados de 23 e 24 de dezembro, até às 13:30 locais (menos duas horas em Lisboa), as províncias de Nampula, Zambézia e Sofala, norte e centro do país, registaram, cada, quatro mortos, além de dois em Tete e dois na província e cidade de Maputo.

Há ainda registo de 42 pessoas baleadas, das quais 15 na cidade de Maputo, sul, e 11 em Nampula, mas também 73 detenções, incluindo 37 na capital moçambicana e 17 em Sofala.

O Conselho Constitucional de Moçambique proclamou na tarde de segunda-feira Daniel Chapo, candidato apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, no poder), como vencedor da eleição a Presidente da República, com 65,17% dos votos, sucedendo no cargo a Filipe Nyusi, bem como a vitória da Frelimo, que manteve a maioria parlamentar, nas eleições gerais de 09 de outubro.

Este anúncio provocou o caos em todo o país, com manifestantes nas ruas, barricadas, pilhagens e confrontos com a polícia, que tem vindo a realizar disparos para tentar a desmobilização.

A capital, Maputo, vive um novo dia de caos, com avenidas bloqueadas por manifestantes, pneus a arder e todo o tipo de barricadas, em contestação ao anúncio dos resultados, que envolvem saque e destruição de vários estabelecimentos privados e públicos, incluindo bancos.

Estas manifestações e paralisações, que desde 21 de outubro – balanço anterior a segunda-feira – já tinham provocado a morte de pelo menos 120 pessoas, têm sido convocadas pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane, que não reconhece os resultados inicialmente anunciados pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) e agora proclamados pelo Conselho Constitucional, que lhe atribuem cerca de 24% dos votos.

Além de Venâncio Mondlane, também Ossufo Momade, líder da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo, até agora maior partido da oposição) e Lutero Simango, presidente do Movimento Democrático de Moçambique (MDM, terceira força parlamentar), ambos candidatos presidenciais, anunciaram que não reconhecem os resultados eleitorais.

A proclamação destes resultados pelo Conselho Constitucional confirmou a vitória de Daniel Chapo, jurista de 47 anos, atual secretário-geral Frelimo anunciada em 24 de outubro pela CNE, mas na altura com 70,67%.

“Chegou a hora de pensarmos com calma e serenidade sobre a melhor forma de criar uma realidade democrática que representa a riqueza, a diversidade do país. Esse diálogo é chave para superar as nossas diferenças”, afirmou Chapo, logo após a proclamação dos resultados.

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