Proveitos turísticos cresceram 17% em novembro à boleia dos residentes

  • Joana Abrantes Gomes
  • 14 Janeiro 2025

No penúltimo mês de 2024, os hotéis e outros alojamentos turísticos geraram proveitos totais de mais de 385 milhões de euros, impulsionados pelo aumento de 22% nas dormidas de residentes.

Os proveitos totais do setor do alojamento turístico em Portugal subiram 16,7% em novembro, para 385,9 milhões de euros, em comparação com o mesmo mês de 2023. Nas receitas relativas ao aposento, verificou-se um crescimento homólogo na mesma proporção (+16,7%), totalizando 285,3 milhões de euros.

No que toca à variação em cadeia, os dados da atividade turística, divulgados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), mostram uma aceleração face a outubro, quando os proveitos totais e os de alojamento registaram subidas de 10,9% e 10,7%, respetivamente.

Evolução da taxa homóloga mensal dos proveitos turísticos

Fonte: INE

O crescimento das receitas do turismo — que “foi transversal aos três segmentos de alojamento” — resulta, sobretudo, do aumento expressivo de 22,2% nas dormidas de residentes, que no penúltimo mês do ano totalizaram 1,65 milhões. As dormidas de estrangeiros, como o gabinete estatístico já havia avançado na estimativa rápida, ficaram-se por um crescimento mais modesto, de apenas 4,6%.

Segundo detalha o INE, todas as regiões do país registaram crescimentos nos proveitos turísticos, com os maiores aumentos a ocorrerem no Centro (+31,4% nos totais e +31,9% nos de aposento) e na Madeira (+26,3% e +28,8%, respetivamente), embora a Grande Lisboa e o Norte sejam as que mais contribuem para a globalidade das receitas.

Avaliando os dados desde o início de 2024, tanto os proveitos totais como os de aposento subiram 11% face aos primeiros 11 meses do ano anterior — o que, em termos acumulados, se traduz, na mesma ordem, em 6,4 mil milhões de euros e 4,9 mil milhões de euros. Trata-se de um crescimento mais acelerado do que o verificado nas dormidas (+4,1%) entre janeiro e novembro.

Já o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 48,0 euros (+11,3%), com o gabinete estatístico a destacar a Grande Lisboa (95,1 euros) e a Madeira (72,0 euros) como as regiões onde este indicador atingiu os valores mais elevados no penúltimo mês do ano.

O rendimento médio por quarto ocupado (ADR), por sua vez, atingiu os 98,0 euros (+6,8%) em novembro, destacando-se também a Grande Lisboa (138,7 euros) e a Madeira (98,5 euros) com os números mais altos.

(Notícia atualizada pela última vez às 12h16)

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Amazon prepara nova assistente virtual Alexa com IA generativa

  • Joana Abrantes Gomes
  • 14 Janeiro 2025

Empresa fundada por Jeff Bezos começou a redesenhar assistente virtual há dois anos para que passe a personalizar tarefas práticas, como sugerir restaurantes e configurar luz mediante ciclos do sono.

A Amazon está a redesenhar a sua assistente virtual Alexa, que usa tecnologia de reconhecimento de voz, de modo a incorporar inteligência artificial (IA) generativa para a tornar capaz de realizar tarefas práticas.

Segundo avança esta terça-feira o Financial Times (acesso pago), o processo de remodelação da Alexa arrancou há dois anos, na altura em que a OpenAI lançou o ChatGPT.

Mas, de acordo com Rohit Prasad, que lidera a equipa de inteligência artificial geral (AGI) da Amazon, ainda é preciso ultrapassar vários obstáculos técnicos antes do lançamento da nova versão da assistente de voz, entre os quais as “alucinações” — que “têm de ser quase nulas” — ou respostas fabricadas, a velocidade de resposta ou “latência” e a fiabilidade.

O objetivo da empresa norte-americana do comércio eletrónico é que a Alexa passe de realizar tarefas simples, como reproduzir música e definir alarmes, a um serviço personalizado que pode incluir desde sugerir restaurantes até configurar as luzes do quarto com base nos ciclos de sono de uma pessoa.

Enquanto outras gigantes como a Microsoft, o Google e a Meta já incorporaram IA generativa nos seus serviços, a Amazon tem visto o seu esforço afetado por dificuldades na mudança e na combinação dos algoritmos mais simples e predefinidos em que a Alexa se baseou, com modelos de linguagem mais poderosos mas imprevisíveis.

“Por vezes subestimamos o número de serviços integrados na Alexa, e é um número enorme. Estas aplicações recebem milhares de milhões de pedidos por semana, por isso, quando se está a tentar fazer com que ações fiáveis aconteçam a determinada velocidade (…), tem de se conseguir fazê-lo de uma forma muito rentável”, afirmou Prasad, citado pelo jornal britânico.

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Novo secretário-geral do Governo já tomou posse. “Está a pagar para trabalhar”, diz Montenegro

Primeiro-ministro elogia "dedicação" de Costa Neves, que ocupa o novo alto cargo do Executivo "com custos pessoais e financeiros". Abdica não só da subvenção vitalícia como de outras duas pensões.

Tomada de posse do secretário-geral do Governo, Carlos Costa Neves - 14JAN25

Carlos Costa Neves já tomou posse como secretário-geral do Governo e assume funções a partir desta terça-feira, segundo o despacho de nomeação publicado em Diário da República. “Vai pagar para trabalhar”, afirmou o primeiro-ministro, Luís Montenegro, durante a cerimónia que se realizou esta terça-feira na residência oficial, em Lisboa. O esclarecimento surge para sanar a polémica em torno do salário que o então consultor do Banco de Portugal, Hélder Rosalino, iria auferir caso tivesse aceitado o convite para o cargo.

Assim, o antigo ministro dos Assuntos Parlamentares de Passos Coelho, agora empossado, vai abdicar não só da subvenção vitalícia superior a três mil euros, que recebia por ser ex-titular de cargo político, como também das pensões da Segurança Social e da Caixa Geral de Aposentações (CGA). Isto significa que Costa Neves vai ganhar cerca de menos quatro mil euros brutos por mês, revelou ao ECO fonte oficial do gabinete do primeiro-ministro.

A remuneração deste cargo da Administração Pública será de 4.989,47 euros brutos por mês, o que corresponde “a 100 % do nível remuneratório 80 da Tabela Remuneratória Única (TRU)” da Administração Pública em vigor para 2025 e que conta já com a atualização geral anual de 2,15% para ordenados superiores a cerca de 2.630 euros. O novo secretário-geral terá direito a mais 25% do seu vencimento em despesas de representação, o que se traduz numa retribuição adicional de 1.247,37 euros. Tudo somado dá 6.236,84 euros brutos por mês, quando, neste momento, Costa Neves aufere cerca de 9.000 euros brutos por via da subvenção vitalícia e de outras duas reformas.

Carlos Costa Neves, secretário-geral do Governo

“Não deixo de anotar o esforço e a prova de dedicação à causa pública que o secretário-geral dá o vir vestir esta camisola com custos pessoais e financeiros. Está a pagar para trabalhar, uma vez que terá um rendimento inferior do que se aqui não estivesse”, sublinhou Luís Montenegro.

O primeiro-ministro reconheceu ainda que não foi “fácil” para Costa Neves “aceitar este desafio”, designadamente por ser “alguém que [tinha] uma vida tão tranquila e tão merecidamente preenchida depois de uma carreira muito longo como funcionário público e agente política em diversas aras de atividade”.

Mudanças “são dolorosas” para dirigentes da Função Pública

“Conheço o Costa Neves, sei que é um homem de consenso e, com toda a sua experiência, vai cumprir esta missão e vai ultrapassar as resistências que sabemos que existem quando, em particular, se reduzem estruturas e cargos dirigentes”, sinalizou Montenegro. O chefe do Executivo admitiu que estas mudanças “são dolorosas para quem as vive”. “Parte dessas estruturas vão desaparecer e deixam os seus responsáveis um pouco baralhados. Não é uma crítica, é uma constatação de algo que aconteceria com qualquer um de nós”.

No âmbito da reforma do Estado, as secretarias-gerais de oito ministérios serão fundidas na secretaria-geral do Governo que irá concentrar Ambiente, Economia, Educação, Finanças, Justiça, Saúde, Trabalho e Presidência do Conselho de Ministros. Mantêm-se autónomas as secretarias-gerais dos Negócios Estrangeiros, da Defesa Nacional e da Administração Interna. Assim, de 11 secretarias-gerais, o Executivo terá apenas quatro.

Luís Montenegro, primeiro-ministro

O novo secretário-geral, Carlos Costa Neves, vai ficar responsável pelos gabinetes de oito ministérios, é “nomeado e exonerado livremente pelo primeiro-ministro” e será coadjuvado por seis secretários-gerais adjuntos, segundo o decreto-lei que aprova a orgânica da secretaria-geral.

Para além disso, serão extintos 79 cargos diretivos e libertados 27 edifícios, o que deverá gerar uma poupança anual de 23 milhões de euros por ano, segundo as contas do Executivo.

A secretaria-geral do Governo, liderada por Costa Neves, terá um “papel crucial” nesta reforma da Administração Pública, salienta Montenegro. “A caminhada não é fácil, não foi fácil e não será fácil, mas tem de ser percorrida”, reconhece. “Esta alteração esteve demasiados anos e muito tempo por executar. A postura deste Governo não é de aventureirismos nem de contemplações. Não estamos a dar um passo maior do que deve ser dado”, afirmou.

“Estamos a avançar com esta alteração que funde entidades, reduz estruturas e cargos dirigentes, mas esse não é o fim da reforma, é uma consequência das melhorias de gestão dos serviços. O objetivo é o ganho de eficiente, de capacidade, de previsibilidade, de organização e de capacidade de resposta”, defendeu. Para Montenegro, as dores da mudança e da racionalização dos dinheiros públicos são necessárias para tornar a Administração Pública “mais ágil e eficiente” e para “servir de forma mais expressiva o interesse de cada cidadão e empresa”, sublinhou.

O chefe do Executivo destacou ainda outra vertente da reforma do Estado que passa pela “valorização dos trabalhadores da Administração Pública, das condições remuneratórias e da perspetiva de carreira”. “Queremos que, na Administração Pública, sejam atraídos e retidos os melhores quadros que a sociedade é capaz de formar, queremos uma Administração Pública competitiva, o que só é possível com profissionais qualificados”, reforçou.

“Com a valorização do mérito, com a retenção dos melhores, nós queremos competir com as empresas na Administração Pública, queremos que as pessoas sintam que a Administração Pública vale a pena não por ser um reduto, como tradicionalmente era encarado, de estabilidade ou de coleção de privilégios laborais face a outras áreas de atividade”, frisou Montenegro.

O primeiro-ministro considera que, “hoje, essa não é a vontade das pessoas que vêm para a Administração Pública”. O primeiro-ministro quer que os trabalhadores ingressem no Estado, “porque as funções que vão desempenhar correspondem às suas expectativas profissionais” e para poderem “encontrar os mecanismos para serem retribuídos do seu esforço de trabalho e para poderem progredir nas suas carreiras”. “Queremos uma cultura cada vez mais direcionada para premiar o desempenho e o mérito”, vincou.

No discurso de tomada de posse, Carlos Costa Neves agradeceu a confiança do primeiro-ministro e por várias vezes afirmou: “Cumprirei com lealdade as funções que me são confiadas”.

“Acredito no sucesso da missão que me é atribuída e que serve os seguintes objetivos: uma cultura de resultados e de serviço público aos cidadãos, de valorização profissional dos trabalhadores, de simplificação, desburocratização e racionalização dos meios usados, de multidisciplinaridade e de trabalho em equipa, de responsabilidade e transparência e de controlo das atividades desempenhadas“, detalhou. Para Costa Neves, esta tarefa “não é coisa pouca”, enfatizou.

(Notícia atualizada às 11h27)

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Media enfrentam ataques de políticos hostis e batalhas sobre propriedade intelectual em 2025

  • Lusa
  • 14 Janeiro 2025

Apesar das dificuldades que se levantam para o presente ano, muitas empresas de media tradicionais "permanecem otimistas", com 41% dos editores e CEO "confiantes sobre as perspetivas do jornalismo".

As empresas de media enfrentam este ano desafios como novos ataques de políticos hostis e batalhas para proteger propriedade intelectual na inteligência artificial (IA), com 41% dos editores a manifestarem-se otimistas, segundo um estudo do Reuters Institute.

Esta é uma das principais conclusões do relatório sobre as tendências e previsões para o jornalismo e tecnologia em 2025 (Journalism and Technology Trends and Predictions 2025, nome do documento na versão inglesa), elaborado por Nic Newman e Federica Cherubini, do Reuters Institute/University of Oxford, divulgado este mês.

As organizações de notícias estão preparadas para múltiplos desafios em 2025 que provavelmente incluirão novos ataques de políticos hostis, a continuação de constrangimentos económicos e as batalhas para proteger a propriedade intelectual” contra a voracidade das plataformas assentes em IA, lê-se no documento resultante de um inquérito à industria, feito a partir de uma amostra estratégica de 326 líderes do setor de 51 países e territórios.

Por exemplo, as alterações no sistema de pesquisa, em particular, “tornar-se-ão a grande queixa para uma indústria de notícias que já perdeu tráfego social e teme um declínio maior na visibilidade, à medida que os interfaces de IA começam a gerar” respostas ‘tipo histórias’ para consultas de notícias, acrescenta o estudo.

Por sua vez, as eleições norte-americanas realçaram o poder crescente de um ecossistema de notícias alternativo que inclui personalidades partidárias e criadores que muitas vezes operam fora das normas jornalísticas, e alguns afirmam que já eclipsaram os principais media “em termos de influência e confiança”.

Apesar das dificuldades, acrescenta o relatório, muitas empresas de media tradicionais “permanecem otimistas” face a 2025. “Tempos de incerteza tendem a ser bons para o negócio e a perspetiva de ‘Trump à solta’ poderá levar a um aumento no tráfego da internet e até mesmo nas assinaturas”, referem os autores do estudo, embora isso não possa ser garantido.

Um dos principais desafios será voltar a envolver o público que perdeu o hábito de consumir notícias nos últimos anos e encontrar formas de atrair a próxima geração. Muitos editores procurarão melhorar drasticamente a qualidade dos seus próprios websites, criar experiências de notícias mais personalizadas e investir ainda mais em áudio e vídeo”.

Até porque, “com as expectativas dos consumidores a evoluir a um ritmo rápido, abraçar a mudança e ao mesmo tempo permanecer fiel aos valores jornalísticos fundamentais será o principal truque de equilíbrio” para este ano.

Quatro em cada 10 (41%) da amostra de editores, presidentes executivos (CEO) e executivos afirmam “estar confiantes sobre as perspetivas do jornalismo” este ano, “com um em cada seis (17%) a expressar baixa confiança”.

“As preocupações declaradas relacionam-se com a polarização política, o aumento dos ataques à imprensa e a captura dos meios de comunicação social — todos estes fatores combinados são vistos como ameaças significativas à capacidade do jornalismo de operar livremente”, aponta o estudo.

Mais de metade (56%) afirma estar “confiante sobre as suas próprias perspetivas de negócio”, o que representa um “salto significativo em relação aos números do ano passado, com “muitos publishers [editores]” com expectativas de aumento de tráfego “no meio do caos esperado de uma segunda presidência de Trump”, enquanto uns destacam crescimento contínuo nas subscrições online, enquanto outros ainda pensam que o rápido crescimento de conteúdo não fiável gerado pela IA poderia trazer o público de volta aos media de confiança.

A utilização de tecnologias de IA pelos media continua a aumentar em todas as categorias, sendo “a automatização de back-end (60%) considerada muito importante pelos editores entrevistados, muitos dos quais lançaram kits de ferramentas de IA para apoiar novos fluxos de trabalho este ano”. A “vasta maioria (87%)” afirma que as redações estão a ser total ou parcialmente transformadas pela IA generativa.

A utilização de IA orientada para as audiências deverá proliferar este ano, com a maioria dos inquiridos a apostar na personalização do formato como forma de aumentar o envolvimento, nomeadamente os recursos que transformam texto em áudio (75%), resumos das notícias principais (70%) ou tradução de artigos noticiosos para diferentes idiomas (65%).

Mais de metade (56%) dos inquiridos disse que iria apostar nos chatbots de IA e interfaces de pesquisa. Em termos gerais, prevê-se que as plataformas tecnológicas desenvolvam e promovam os seus agentes de IA este ano — “muitos deles com interfaces de conversação melhoradas”, por exemplo, “o ChatGPT, da OpenAI, vem agora com recursos de voz avançados, e tanto a Siri como a Alexa estão a ser atualizadas.

Por último, “os editores estão na dúvida se as tendências em relação aos influenciadores e criadores são boas ou más para o jornalismo”. Mais de um quarto (27%) “tem uma visão negativa”, enquanto 28% são “mais positivos, sentindo que há muito que as organizações noticiosas podem aprender em termos da criatividade na narrativa e na construção de comunidades”.

Mas a preocupação maior é atrair e reter talento em produtos e design (38%), ciência de dados (52%) e engenharia (55%) numa altura em que o desenvolvimento de novos produtos se torna mais importante do que nunca, aponta o estudo.

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Bastonária dos advogados cancela AG sobre alteração dos estatutos, a dois meses das eleições

O Conselho Geral da Ordem tinha convocado uma AG extraordinária para discutir quatro temas, publicada no site. Mas bastonaria diz, agora, que foi erro dos serviços.

A bastonária da Ordem dos Advogados (OA) cancelou a realização da Assembleia Geral Extraordinária que estava marcada para esta terça-feira, dia 14 de janeiro, às 13h00. A reunião iria discutir quatro temas: a proposta de alteração da OA sobre os novos Estatutos dos advogados, o Regulamento de Inscrição de Advogados e de Advogados Estagiários, o do regime do Referendo e o Regulamento de Formação Profissional Contínua.

Mas, essa mesma convocação deixou de estar publicada no site da Ordem dos Advogados. As razões do cancelamento não foram dadas publicamente aos advogados. Contactada pelo ECO/Advocatus fonte oficial da Ordem dos Advogados explicou que “o documento da convocatória da Assembleia Geral Extraordinária foi publicado sítio da internet por erro dos serviços e foi retirado de imediato. A AGE, tinha como tema principal a discussão da proposta do EOA a ser entregue na AR, algo que no momento atual, perante a convocatória de eleições não faz sentido discutir.” A OA enfrenta a realização de eleições antecipadas – marcadas pela bastonária para 18 e 19 de março – em que Fernanda de Almeida Pinheiro é uma das quatro candidatas (até agora) ao cargo de bastonária.

Mas o ECO teve acesso a um email enviado para um advogado que teria contestado a ausência da convocatória no site da OA, depois de ter estado publicada várias semanas, e o gabinete da líder dos mais de 35 mil advogados apenas respondeu que “não está marcada nenhuma assembleia geral para 14 de janeiro, pelo que nenhuma informação terá de ser prestada pela mesma”.

Contactado pelo ECO/Advocatus, João Massano, líder da regional de Lisboa da OA, defendeu que, no passado dia 5 de dezembro, “a senhora Bastonária, a partir do site da Ordem dos Advogados agendou uma Assembleia Geral Extraordinária para discussão do Estatuto do Advogado, que deveria decorrer esta terça-feira às 13h na sede da Ordem”.

A bastonária “chegou a dizer publicamente, nas AG Extraordinárias de 18 e 26 de novembro, que iria agendar essa nova AG Extraordinária para tratar dos assuntos referidos. Depois disso, foi o dito por não dito. No passado dia 10 de janeiro, chegou um esclarecimento do CG a dizer que não se encontra marcada nenhuma AG para dia 14. Posteriormente, uma fonte oficial da Ordem disse que o documento que ‘apareceu’ foi publicado por erro no site do CG. A mesma fonte oficial disse ainda, que inicialmente era objetivo do CG realizar essa AGE, mas que perdia validade face à proximidade das eleições da OA. De facto, não se compreende esta trapalhada por parte da Bastonária e do CG. Todos os advogados que seguem os temas da Ordem conheciam esta intenção de realização de uma AGE”, adiantou João Massano. “Muito provavelmente, esta Assembleia terá sido “desconvocada” por força da contestação que houve em torno do Regulamento sobre a formação contínua; concluiu.

Um dos pontos que estava planeado ser discutido nesta reunião magna dos advogados é o da alteração ao Estatuto da OA – em vigor em abril deste ano. Fernanda Almeida Pinheiro já tinha avançado que uma das prioridades para este ano passa pela proposta de alteração do estatuto da Ordem dos Advogados.

Bem como o regulamento da formação para advogados, referido por João Massano. A proposta da bastonária obriga os advogados (estagiários ou mesmo os com mais anos de atividade) a fazerem 40 horas anuais de formação profissional, de forma não gratuita, mesmo nos casos em que o profissional tenha as quotas em dia.

Fernanda de Almeida Pinheiro, bastonária da Ordem dos Advogados, em entrevista ao ECO/Advocatus - 17JAN23
Fernanda de Almeida Pinheiro, bastonária da Ordem dos Advogados, em entrevista ao ECO/AdvocatusHugo Amaral/ECO

Apesar do artigo 6.º da proposta do Regulamento de Formação Profissional Contínua – aprovada a 31 de outubro e que esteve em consulta pública até 10 de janeiro – relativamente à “obrigatoriedade”, que diz que o advogado deverá frequentar, anualmente, um mínimo de 40 (quarenta) horas de formação profissional certificada, a bastonária diz que esta formação não tem caráter obrigatório. “Não, não é obrigatório efetuar 40 horas de formação, porque não está prevista nenhuma consequência para essa não realização; não, não será obrigatório pagar a formação, porque esta quer-se tendencialmente de qualidade, online e gratuita; não, não é verdade que a advocacia no seu todo tenha aversão à formação como parece estar a ser o caso; não, não deixaremos de trabalhar no sentido de colocar à disposição da advocacia mais e melhor formação; não, não nos contentamos com meia dúzia de formações anuais, sem abrangência nacional; não, não aceitamos que uns gastem centenas de milhares de euros em formação e outros nem dezenas porque nenhum advogado deve ser deixado para trás”, disse Fernanda de Almeida.

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Inspirar o futuro junto das equipas comerciais Ageas Seguros

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  • 14 Janeiro 2025

A Ageas Seguros reuniu mais de 700 parceiros em eventos pelo país para criar mais proximidade, partilhar resultados e apresentar a estratégia 2025, que passa por apostar mais na inovação e no digital.

A Ageas Seguros, marca do Grupo Ageas Portugal, reuniu mais de 700 parceiros de negócio, entre Mediadores exclusivos, multimarca e Corretores, em eventos por todo o país. Realizados entre outubro e dezembro de 2024, os encontros tiveram como objetivo fortalecer a colaboração, partilhar resultados, de onde se destacou o crescimento acima do mercado há seis anos consecutivos, apresentar campanhas para o último trimestre e definir a estratégia para 2025.

Através do roadshow de Agentes (Challenge’24 Proximity Tour), que passou por Lisboa, Porto, Braga, Aveiro, Alcobaça, Évora, Ponta Delgada e Funchal, e de encontros dedicados aos Agentes Gerais Exclusivos (AGEs) e aos principais Corretores, a seguradora promoveu o diálogo sobre os desafios e oportunidades comerciais existentes. Nestes eventos foram também premiados os “melhores dos melhores”, na sua relação com a Ageas Seguros, permitindo, ainda, solidificar as relações comerciais e construir um futuro promissor para 2025.

Em Coimbra, e sob o mote “We are Age – Unidos Pelos Desafios”, realizou-se o encontro com os AGEs, e em Ponta Delgada, nos Açores, o evento com os Corretores “Challenge Tomorrow”. Estas iniciativas de proximidade primaram pelo cariz e compromisso social da seguradora. Em parceria com a Fundação Ageas, a Ageas Seguros apoiou a Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra (APCC) e a Bio Kairós, uma microempresa de produção biológica em São Miguel (Açores).

Estes eventos e encontros permitem, por um lado, o fortalecimento da proximidade com os nossos 2.061 Agentes e Corretores – algo essencial e distintivo face ao setor -, e, por outro, a reafirmação do nosso compromisso social através da colaboração com a Fundação Ageas. Essa relação próxima permite-nos compreender as preocupações dos nossos parceiros, valorizar as suas opiniões e construir, juntos, um futuro mais promissor”, refere Gustavo Barreto, membro da Comissão Executiva do Grupo Ageas Portugal.

Para 2025, a aposta na inovação e no digital continua a ser uma prioridade, tanto para a empresa como para a sua rede de Agentes e Corretores. A Ageas Seguros manterá o investimento num portfólio diversificado para particulares, empresas e profissionais, adaptando-se às necessidades do mercado.

“Queremos ser uma marca forte, inovadora e disruptiva. As parcerias com os nossos Mediadores são essenciais para atingir este objetivo e para isso a nossa estratégia para este novo ano passará igualmente por reforçarmos a nossa proximidade com os Agentes e Corretores, quer através de reuniões e eventos que nos unem, como através da nossa estratégia de comunicação” termina Gustavo Barreto.

Este compromisso materializa-se no novo plano estratégico, que visa impulsionar o crescimento da Ageas Seguros entre 2025 e 2027. Com foco na experiência do Cliente e em soluções digitais inovadoras, o plano prevê consolidar a posição da Ageas Seguros no setor em Portugal.

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Paulo de Sá e Cunha reforça SRS Legal e cria nova área de Direito Penal e Sancionatório

Paulo de Sá e Cunha entra na SRS Legal na qualidade de consultor. Cátia Muchacho será associada. Os advogados assumem funções na nova área de Direito Penal e Sancionatório.

A SRS Legal reforçou a equipa com a contratação de Paulo de Sá e Cunha e Cátia Muchacho. Ambos assumirão – juntamente com Mariana Brandão Rodrigues, associada no departamento de Resolução de Litígios da SRS Legal – a responsabilidade de uma nova área de prática de Direito Penal e Sancionatório, incluindo Contencioso Penal Económico, Contraordenacional, Compliance e Investigações Internas.

“As contratações de Paulo de Sá e Cunha e de Cátia Muchacho constituem um novo marco na consolidação e no crescimento estratégico da SRS Legal. Este reforço traduz o compromisso contínuo da sociedade em fornecer um serviço de excelência, fortalecendo a nossa posição no mercado jurídico e ampliando competências diferenciadas que respondem às necessidades dos nossos clientes e antecipam as exigências de um mercado em constante evolução”, afirmam César Sá Esteves e Octávio Castelo Paulo, managing partners da SRS Legal.

Paulo de Sá e Cunha entra na firma na qualidade de consultor. Com mais de 30 anos de experiência, o seu percurso conta com a liderança de equipas jurídicas, intervenção em casos mediáticos e assessoria preventiva e no acompanhamento de processos sensíveis a pessoas singulares e coletivas. Entre as suas funções, destaca-se a assessoria em matérias relacionadas com a responsabilidade penal de administradores e dirigentes empresariais, crimes económicos e financeiros, bem como a implementação de programas de compliance em organizações de grande dimensão.

Já Cátia Muchacho integra a SRS na qualidade de associada. A advogada tem experiência em Direito Penal Económico, Compliance e Investigações Internas. O seu trabalho tem-se destacado na assessoria jurídica a pessoas singulares e coletivas e no desenvolvimento e implementação de programas de compliance, investigações internas e na resolução de questões legais associadas a processos contraordenacionais. Tem ainda atuação em ações de sensibilização e formação, promovendo boas práticas empresariais e reforçando a importância do compliance nas organizações.

Paulo de Sá e Cunha era consultor na Abreu Advogados desde maio de 2023. Logo após cessar funções na Cuatrecasas, onde era sócio há 16 anos, Paulo de Sá e Cunha aceitou assessorar a ex-CEO da TAP, Christine Ourmières-Widener, em questões de contencioso penal. É ainda advogado do sócio da Morais Leitão, João Tiago Silveira, no processo da Operação Influencer.

Foi também advogado da juíza Fátima Galantes – na Operação Lex – de Manuel Maria Carrilho, no caso de violência doméstica, de Manuel Abrantes no processo Casa Pia, de Vítor Raposo – no processo Homeland que envolvia ainda Duarte Lima – de Sofia Fava, ex-mulher de Sócrates, na Operação Marquês, do ex-administrador Pedro Resende da EDP, no caso dos CMEC, do Sporting no caso E-toupeira, de dois arguidos chineses na Operação Labirinto (Zhu xiaodong e mulher), das empresas do grupo Altri, de Pedro Franco (diretor do Instituto Nacional de Sangue) e Miguel Galvão (do Hospital Santa Maria) – no conhecido processo dos hemofílicos, que envolvia ainda Leonor Beleza – e de Luís Cunha Ribeiro, no processo O RH +.

Foi diretor do departamento jurídico do SUCH – Serviço de Utilização Comum dos Hospitais, entre 1998 e 2002, chefe de Gabinete do Secretário de Estado da Administração da Saúde entre 1989 e 1990, e ainda presidente do Fórum Penal – Associação dos Advogados Penalistas, no biénio 2012-2014.

O advogado é ainda presidente do Conselho Superior da Ordem dos Advogados, o órgão jurisdicional supremo da instituição, que tem competência para “julgar os recursos das decisões dos Conselhos de Deontologia em matéria disciplinar e para dar laudo sobre os honorários a pedido dos tribunais, dos advogados ou dos seus constituintes”. No triénio 2011-2013, foi vogal do Conselho Distrital de Lisboa da Ordem dos Advogados.

Paulo Sá e Cunha é ainda associado fundador da APDI – Associação Portuguesa de Direito Intelectual e da Gestautor – Associação de Gestão Colectiva do Direito de Autor, associado da ACEGE – Associação Cristã de Empresários e Gestores e associado fundador e vice-presidente do OSCOT – Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo.

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“Em 2025 vamos expandir os nossos programas com maior foco em tecnologia, sustentabilidade e ética”

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  • 14 Janeiro 2025

José Crespo de Carvalho, presidente do ISCTE Executive Education, revela quais foram os maiores desafios enfrentados no ano de 2024 e partilha as principais mudanças nas formações em 2025.

Em 2024, o ISCTE Executive Education destacou-se pelo impacto significativo dos seus programas de formação de executivos. Com uma abordagem que integrou inovação, tecnologia e sustentabilidade, a instituição procurou responder às necessidades emergentes do mercado e às exigências dos líderes em diversas indústrias.

A capacidade de adaptação foi um dos marcos do ano, com formatos híbridos, conteúdos ajustados a novos desafios e reconhecimento internacional pela qualidade dos seus programas. Este balanço reflete não apenas os resultados alcançados, mas também as projeções para 2025, que prometem um alinhamento ainda maior com as tendências globais de formação executiva.

José Crespo de Carvalho, presidente do ISCTE Executive Education, revelou algumas dessas projeções e ainda explicou como a instituição conseguiu adaptar-se a um mercado que está em constante mudança.

José Crespo de Carvalho, presidente e CEO do ISCTE Executive Education
José Crespo de Carvalho, presidente do ISCTE Executive Education
Qual foi o impacto dos programas de formação de executivos do ISCTE Executive Education no ano de 2024?

No ano de 2024, os programas de formação de executivos do ISCTE Executive Education tiveram um impacto substancial, quer no desenvolvimento de competências, quer na capacitação de líderes em diversas indústrias. Mas não ficámos, nem podíamos, apenas pelo lado profissional. Quero acreditar que, onde estivemos e com quem estivemos, acrescentámos um bocadinho de coração. Quero acreditar, igualmente, que ajudámos seres humanos a serem mais humanos, com todas as implicações que isso tem. E ajudámos a colocar os corações mais próximos do lado certo.

"Ajustámos os conteúdos programáticos para abordar temas emergentes como a gestão da mudança, a resiliência organizacional e a liderança em tempos de incerteza.”

José Crespo de Carvalho, presidente do ISCTE Executive Education

Na componente profissional, conseguimos adaptar os nossos currículos às necessidades emergentes do mercado, focando em inovação, tecnologia (sobretudo com inteligência artificial e ciência de dados) e sustentabilidade, entra várias outras, o que permitiu aos nossos participantes enfrentar desafios reais com mais eficácia, visão estratégica, autonomia e ganho de capacidade de decisão. A resposta positiva dos participantes – assim o revelam as avaliações transversais de todos os programas – e o aumento da procura, consistente face a anos anteriores, apenas refletem o reconhecimento do valor que agregamos aos profissionais e às suas organizações, bem como às pessoas, per si.

Como é que o ISCTE Executive Education se adaptou às mudanças no ambiente de negócios em 2024?

Em 2024, o ISCTE Executive Education demonstrou grande capacidade de adaptação, integrando formatos híbridos e digitais que ofereceram flexibilidade e acessibilidade a todos os executivos. Isto não só ampliou o nosso alcance geográfico como também enriqueceu a experiência de aprendizagem, permitindo uma troca mais diversificada de conhecimentos e experiências espalhadas por várias geografias, em Portugal e/ou no exterior. Além disso, ajustámos os conteúdos programáticos para abordar temas emergentes como a gestão da mudança, a resiliência organizacional e a liderança em tempos de incerteza. E que tempos de incerteza estes que vivemos. Por isso, temos vindo a defender que uma das grandes armas num futuro próximo será a rapidez de pensamento e de ação e, igualmente, de correção do tiro, se for o caso. Isso implica acréscimos de produtividade e muito foco.

"Ficamos posicionados em TOP 50 em formação executiva no mundo, pelo Financial Times, e vimos o nosso Executive MBA ser classificado em TOP 100 do mundo, também pelo Financial Times. Noto que existem apenas 2 Executive MBAs em Portugal nos 100 melhores do mundo pelo Financial Times e o nosso é um deles.”

José Crespo de Carvalho, presidente do ISCTE Executive Education
Quais foram os principais desafios enfrentados pelo ISCTE Executive Education em 2024 e como foram superados?

Os principais desafios de 2024 estiveram relacionados com a necessidade constante de atualização de formatos e conteúdos e com a adaptação às novas tecnologias de ensino. Enfrentámos esses desafios reforçando parcerias com líderes de indústria e especialistas em tecnologias, o que nos permitiu integrar novidades pedagógicas e conteúdos atuais rapidamente aos nossos programas. A nossa abordagem proativa e colaborativa foi essencial para superar obstáculos e continuar a oferecer uma formação de excelência. E, no final, ficamos posicionados em TOP 50 em formação executiva no mundo, pelo Financial Times, e vimos o nosso Executive MBA ser classificado em TOP 100 do mundo, também pelo Financial Times. Noto que existem apenas 2 Executive MBAs em Portugal nos 100 melhores do mundo pelo Financial Times e o nosso é um deles.

Como é que o ISCTE Executive Education projeta a expansão ou modificação dos seus programas para 2025?

Para 2025, vamos expandir os nossos programas com maior foco em tecnologia (IA no comando), em sustentabilidade e, não menos, em ética, alinhando os nossos cursos com as diretrizes globais para o desenvolvimento sustentável. Além do mais, pretendemos fortalecer a nossa oferta de cursos de curta duração e workshops especializados, que permitem uma atualização rápida e eficaz para os executivos enfrentarem os desafios atuais e futuros. Isto para além da abertura de novas Pós-Graduações que estão a ser lançadas já para o primeiro semestre e outras para o segundo. Estamos também a explorar novas parcerias internacionais para oferecer uma perspetiva ainda mais global e abrangente aos nossos programas.

"De uma coisa estamos certos: não vamos ensinar a beijar humanoides, como fez Elon Musk. Bem pelo contrário. Se dele gostamos do permanente desafio ao status quo, também dele repudiamos a desumanização do trabalho, das empresas e da economia.”

José Crespo de Carvalho, presidente do ISCTE Executive Education
Qual é a importância da inovação na oferta de programas de formação de executivos e como é que o ISCTE Executive Education está posicionado nesse aspeto para 2025? Haverá humanoides envolvidos na formação, desafiando o status quo?

A inovação é a chave para manter quer a relevância, quer a eficácia dos programas de formação executiva, especialmente num contexto tão imprevisível como o que temos e que vai evoluir tão rapidamente.

Para 2025, o ISCTE Executive Education está posicionado como um líder na incorporação de inovação pedagógica e tecnologias, utilizando desde inteligência artificial até metodologias de ensino com várias dinâmicas com impacto nas pessoas, no sentido de enriquecer o processo de aprendizagem. Este foco contínuo em inovação assegura que os nossos programas não só atendem às necessidades atuais dos executivos, mas também os preparem proativamente para futuros desafios empresariais e contextos.

De uma coisa estamos certos: não vamos ensinar a beijar humanoides, como fez Elon Musk. Bem pelo contrário. Se dele gostamos do permanente desafio ao status quo, também dele repudiamos a desumanização do trabalho, das empresas e da economia. Uma coisa é ajudar a colocar o coração das pessoas do lado certo, outra é beijar humanoides ou propor-lhes casamento.

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Sonae Sierra alia-se ao maior banco de investimento da América Latina no crédito imobiliário

Parceira com brasileiro BTG Pactual destina-se principalmente a financiar ativos imobiliários geradores de rendimentos, incluindo centros comerciais, retail parks e comércio de rua.

Aliando o conhecimento local da Sierra no setor imobiliário e a experiência financeira e “ambição de expansão” do BTG Pactual na Europa, a empresa da Sonae e o principal banco de investimento da América Latina formaram uma joint venture para investir em crédito imobiliário na Península Ibérica.

Apresentada como “um passo significativo na reformulação do investimento em crédito imobiliário na região”, esta parceria estará “particularmente focada” no financiamento de ativos imobiliários com potencial para a criação de rendimentos, como centros comerciais, retail parks e comércio de rua.

Luís Mota Duarte, vice-CEO e diretor executivo de Gestão de Investimentos da Sierra

“Esta parceria combina a experiência de ambas as empresas para dar resposta às necessidades em evolução do mercado. Reforça a nossa estratégia de criar soluções inovadoras para o mercado imobiliário e oferecer valor acrescentado aos nossos parceiros e investidores”, refere Luís Mota Duarte, vice-CEO e diretor executivo de Gestão de Investimentos da Sierra, que gere atualmente cerca de 7 mil milhões de euros em ativos.

Citado no mesmo comunicado, que salienta que este modelo prioriza ativos de alta qualidade que ofereçam estabilidade e retorno competitivos, Rogério Stallone, sócio e head de Corporate Lending do BTG, refere que esta joint-venture é “um passo importante para aumentar a oferta de produtos de crédito e soluções financeiras e também reforçar a presença na Península Ibérica” por parte da instituição brasileira.

Aliás, nos últimos meses, o BTG Pactual tem estado particularmente ativo no que toca aos ativos imobiliários em Portugal, tendo comprado, através do fundo de investimento Iberia, os centros comerciais Tavira Gran Plaza (Algarve) e TorreShopping (Torres Novas) e, no ramo turístico, o Estoril Eden Hotel e o The Oitavos, construído pela família Champalimaud, ambos em Cascais.

No ano passado, a Sierra assinou um acordo com a gigante americana PGIM, que gere os investimentos imobiliários da seguradora Prudential, para lançar um novo veículo de investimento em ativos no setor da hotelaria. Depois de se ter estreado com a aquisição de uma unidade de cinco estrelas no centro do Porto, avançou no final de 2024 para o Algarve com o desenvolvimento de um resort de luxo na Meia Praia, em Lagos.

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Antas da Cunha Ecija integra Nuno Castelão como of counsel

O advogado transita da A&O Shearman e terá a seu cargo a gestão da nova área de prática de Bancário, Financeiro e Mercado de Capitais da sociedade.

A Antas da Cunha Ecija acaba de anunciar a integração de Nuno Castelão como of counsel. O advogado transita da A&O Shearman e terá a seu cargo a gestão da nova área de prática de Bancário, Financeiro e Mercado de Capitais da sociedade.

De acordo com Fernando Antas da Cunha, managing partner da Antas da Cunha Ecija: “O percurso profissional do Nuno Castelão fala por si. Ao longo dos últimos 25 anos, tornou-se um dos mais respeitados advogados portugueses a atuar na área financeira, fruto de uma carreira internacional ímpar, dividida entre São Paulo, Londres, Luxemburgo e Lisboa”.

E acrescenta: “A incorporação do Nuno e a aposta na área de prática de Bancário, Financeiro e Mercado de Capitais, estão perfeitamente alinhadas com a estratégia de crescimento que traçámos e que temos vindo a implementar, e reflete o objetivo de construir, em todas as áreas, equipas de referência, com capacidade para dar uma resposta de excelência aos desafios que regularmente nos são lançados pelos nossos clientes”. Fernando Antas da Cunha termina, sublinhando: “O Nuno está em perfeita sintonia com a força, a energia e a forma de estar que nos caracteriza, e partilha dos nossos valores e princípios. Nesse sentido, estamos muito satisfeitos por podermos contar com o seu contributo”.

Nuno Castelão tem 25 anos de experiência na área financeira. Trabalhou no ABNAmroBank (Lisboa), RoyalBankof Scotland (Londres), VdA (Lisboa) e Allen & Overy / A&OShearman (Londres e Luxemburgo). Possui experiência nos mais diversos aspetos jurídicos que caracterizam as operações de financiamento, quer no que diz respeito a empréstimos bancários (bilaterais ou através de sindicatos bancários) – incluindo green loans e sustainability – linked loans – quer através do mercado de capitais nacional e internacional – incluindo green bonds, sustainability-linked bonds, Euro Medium Term Notes (Reg S), Global Medium Term Notes (Rule 144-A), obrigações séniores (Senior Preferred Notes), obrigações subordinadas (Senior Non-Preferred Notes e High Yield Bonds), instrumentos híbridos destinados ao reforço dos rácios de capital de bancos (Additional Tier 1 e Tier 2) e Asset Backed Securities (securitizações e obrigações cobertas).

Ao longo da sua carreira, Nuno Castelão participou ainda em inúmeras operações internacionais de financiamento, com recurso a estruturas de Private Equity / Leverage Finance, Acquisition Finance, Asset Finance, Real Estate Finance, Structured Finance e outras, para o financiamento de operações correntes de empresas (Working Capital). Acompanhou igualmente a reestruturação de diversas operações de financiamento (Liability Management), com destaque para a reorganização da estrutura de capital de bancos, tendo sido responsável, nesse âmbito, pela negociação com o Bank of England e o Financial Stability Board, da reconfiguração da estrutura de capital e fundos próprios do Royal Bank of Scotland, para a tornar compatível com os requisitos aplicáveis de MREL e TLAC.

Nuno Castelão possui também experiência nas áreas da regulação bancária e da regulação de serviços financeiros.

A nova área de prática de Bancário, Financeiro e Mercado de Capitais da Antas da Cunha Ecija aposta em competências ao nível de Fintech, serviços de pagamento, Web3, Blockchain, tokenização, ICOs, IDOs, INOs, Metaverso, Smart Contracts e Smart Contracts Workflows, DeFi, prestação de serviços de criptoativos e legislação de temas tecnológicos.

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Relatório de procurador especial indica que Trump seria condenado se não tivesse sido eleito

  • Lusa
  • 14 Janeiro 2025

Procurador Jack Smith, que se demitiu na semana passada, "defendia que as provas eram suficientes para obter e sustentar uma condenação em julgamento” para Donald Trump.

Um relatório do procurador especial Jack Smith, publicado esta terça-feira pelos media norte-americanos, indica que Donald Trump teria sido condenado pela alegada tentativa de anular o resultado eleitoral de 2020 caso não tivesse vencido agora.

No relatório é dito que o procurador “defendia que as provas eram suficientes para obter e sustentar uma condenação em julgamento”.

O relatório de Smith foi enviado esta madrugada ao Congresso pelo Departamento de Justiça, depois de a juíza Aileen Cannon ter dado luz verde à divulgação do documento.

Smith afirmou no relatório que ele e os colaboradores atuaram sempre segundo a lei e concluíram que Trump, presidente entre 2016 a 2021, levou a cabo “uma série de esforços criminosos para manter o poder” depois de ser derrotado pelo atual Presidente, Joe Biden, nas eleições de novembro de 2020.

O procurador especial Jack Smith demitiu-se do Departamento de Justiça na sexta-feira, três dias depois de entregar o relatório ao procurador-geral dos EUA, Merrick Garland.

A demissão de Jack Smith não é surpreendente, uma vez que Trump tinha dito que uma das primeiras coisas que faria quando regressasse à Casa Branca seria afastar o procurador especial.

O Presidente eleito reagiu à demissão acusando Jack Smith de empreender “uma caça às bruxas com fins políticos”, que também atribuiu à justiça norte-americana.

Trump entra na Casa Branca em 20 de janeiro como o primeiro Presidente norte-americano a ser condenado num processo criminal, após ter sido condenado, sem punições, por pagamentos ilegais para comprar o silêncio da atriz pornográfica Stormy Daniels, com quem terá mantido uma relação extraconjugal.

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Papa condena populismos e defende divorciados e homossexuais na sua autobiografia

  • Lusa
  • 14 Janeiro 2025

Autobiografia com o título "Esperança", escrito na primeira pessoa em colaboração com Carlos Musso, chega esta terça-feira às livrarias com mais de 350 páginas.

O Papa Francisco lamenta o crescimento dos populismos, defende os homossexuais e divorciados, e critica os tradicionalistas católicos ao mesmo tempo que pede um novo papel da Igreja num tempo de conflitos e incertezas, comparável ao primeiro milénio.

Na sua autobiografia Esperança, que sai esta terça-feira para as livrarias, Francisco avisa para o risco do populismo em que vários países estão mergulhados: “as promessas que se baseiam no medo, acima de tudo, o medo do outro são a censura habitual dos populismos e o início das ditaduras e das guerras. Pois para o outro, o outro és tu”.

No seu livro de mais de 350 páginas, o Papa recordou também a declaração que assinou sobre as “bênçãos aos irregulares”, numa referência aos divorciados ou católicos que não cumpram as exigências da doutrina, publicada pelo Dicastério para a Doutrina da Fé, em dezembro de 2023.

“Abençoam-se as pessoas, não as relações”, porque “na Igreja, são todos convidados, mesmo as pessoas divorciadas, mesmo as pessoas homossexuais, mesmo as pessoas transexuais”, escreve Francisco, comentando a polémica.

A “primeira vez que um grupo de transexuais veio ao Vaticano, saíram a chorar, comovidas porque lhes tinha dado a mão, um beijo… Com se tivesse feito algo de excecional para elas. Mas são filhas de Deus! Podem receber o batismo nas mesmas condições dos outros fiéis e nas mesmas condições dos outros, podem ser aceites na função de padrinho ou madrinha, bem como ser testemunhas de um casamento”, acrescentou o Papa, que condenou as leis contra a homossexualidade.

“São mais de 60 os países no mundo que criminalizam homossexuais e transexuais, uma dezena até com a pena de morte, que por vezes é efetivamente aplicada”, mas “a homossexualidade não é um crime, é um facto humano e a Igreja e os cristãos não podem, por isso, permanecer indolentes diante desta injustiça criminosa”, defende.

Sobre as reformas que imprimiu na Igreja, Francisco considera que nunca esteve sozinho no processo de decisão, minimizando a resistência em setores da Igreja, “na maioria das vezes ligadas a um escasso conhecimento ou a alguma forma de hipocrisia”.

“Os pecados sexuais são aqueles que a alguns causam mais rebuliço”, mas “não são, de facto, os mais graves”, ao contrário de outros como “a soberba, o ódio, a mentira, a fraude ou a prepotência”.

“É estranho que ninguém se preocupe com a bênção de um empresário que explora as pessoas, e esse é um pecado gravíssimo, ou com quem polui a casa comum, enquanto se escandaliza quando o Papa abençoa uma mulher divorciada ou um homossexual”, comenta no livro editado pela Nascente, da editora Penguin Random House.

Já sobre as tendências para um regresso ao tradicionalismo, como as missas em latim, pré-Concílio Vaticano II, Francisco recorda que essa possibilidade só será concedida em “casos particulares”, porque “não é saudável que a liturgia se torne ideologia”.

No que respeita à guerra na Ucrânia, Francisco recorda que, no dia a seguir à invasão da Rússia, cancelou todas as audiências e dirigiu-se pessoalmente à embaixada russa na Santa Sé.

“Era a primeira vez que um Papa o fazia” e “foi um Papa claudicante que se apresentou ao embaixador Avdeev para exprimir toda a preocupação”, recorda, acrescentando: “implorei o fim dos bombardeamentos, augurei o diálogo, propus uma mediação do Vaticano entre as partes, dizendo estar disposto a ir a Moscovo o mais depressa possível”, mas o ministro dos Negócios Estrangeiros iria responder depois que este “não era o momento”.

“O povo ucraniano não é apenas um povo invadido, é um povo mártir, perseguido já nos tempos de Estaline com um genocídio por fome, o Holodomor, que causou milhões de vítimas” e, nestes conflitos, “os interesses imperiais, de todos os impérios, não podem, uma vez mais, ser postos à frente das vidas de centenas de milhares de pessoas”, acrescentou.

“Atualmente, existem 59 guerras em curso no mundo: conflitos declarados entre nações ou grupos organizados, étnicos, sociais”, entre outros, envolvendo quase um terço das nações, elencou o Papa.

Isto “deveria bastar para desmascarar a insensatez da guerra como instrumento de resolução dos problemas: é apenas uma loucura que enriquece os mercadores de morte e que os inocentes pagam”, escreveu Francisco, que se mostra preocupado com o peso crescente das redes sociais e dos processos de desinformação.

“Aquela democracia pela qual os nossos avós lutaram em tantas partes do mundo, não parece gozar de ótima saúde, exposta também ela ao risco de uma virtualização que substitui a participação ou o vazio de significado”, com um “sistema informativo baseado nas redes sociais, nas mãos de poderosíssimas oligarquias”.

Quanto ao futuro, escreve, “a Igreja seguirá em frente, na sua história”. “Eu sou apenas um passo” e “também o papado amadurecerá; eu espero que amadureça, olhando também para trás, que assuma cada vez mais o papel do primeiro milénio”, resumiu.

Para o dirigente religioso, a Igreja deve “sair da rigidez, o que não significa cair no relativismo, mas seguir em frente” e “escapar à tentação de controlar a fé, pois o Senhor Jesus não deve ser controlado, não precisa de cuidadores nem de tutores”. “O Espírito é liberdade” e “a liberdade é também risco”, avisou.

O livro Esperança, escrito na primeira pessoa em colaboração com Carlos Musso, chega às livrarias para assinalar o Jubileu da Igreja Católica, dedicado ao mesmo tema. Na obra, Francisco conta as suas origens como Jorge Bergoglio, nascido em 1936, filho de imigrantes italianos e o seu percurso individual, parte dele durante a “longa e terrível noite” da ditadura argentina.

 

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