Governo apoia orquestras regionais até 9,7 milhões de euros

A Direção-Geral das Artes vai abrir concursos para apoiar com 9,7 milhões de euros as entidades promotoras das orquestras regionais, durante os próximos quatro anos.

O Ministério da Cultura vai apoiar, durante quatro anos e até um total de 9,7 milhões de euros as entidades promotoras das orquestras regionais do país. O Governo autorizou esta segunda-feira a Direção-Geral das Artes (DGARTES) a abrir procedimentos para avançar com contratos de apoio financeiro, em decreto de lei publicado em Diário da República.

Fica a Direção-Geral das Artes autorizada a assumir os encargos referentes aos contratos de apoio financeiro que venham a ser celebrados no âmbito do concurso limitado de atribuição do estatuto de orquestra regional, até ao montante máximo de 9,7 milhões de euros”, lê-se na portaria publicada nesta segunda-feira.

Ministra da Cultura, Dalila Rodrigues. MIGUEL A. LOPES/LUSAMIGUEL A. LOPES/LUSA

O Governo estipulou, contudo, um teto máximo para cada um dos anos económicos abrangidos por este apoio financeiro: 1,9 milhões de euros em 2025; 2,4 milhões de euros em 2026 e 2027 e 2028; e 495.000 euros em 2029.

“Os valores fixados em cada ano económico podem ser acrescidos do saldo que se apurar na execução orçamental do ano anterior”, lê-se na portaria assinada pela ministra da Cultura, Dalila Rodrigues, e pelo secretário de Estado Adjunto e do Orçamento, José de Brito.

Esta medida surge no seguimento da democratização de acesso à cultura e de descentralização. “As orquestras regionais prosseguem fins de interesse público no domínio da divulgação da música erudita e de valorização do património musical, nacional e contemporâneo nas diferentes comunidades em que estão inseridas”, refere o mesmo documento.

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Presidente da Casa do Douro admite “lacunas”, mas pede às empresas de vinho para saírem da “trincheira”

  • ECO e Lusa
  • 27 Janeiro 2025

"Não sei se há receio de perda de capacidade de empurrar os preços para baixo”, refere Rui Paredes, depois de AEVP admitir recorrer ao tribunal para contestar a constitucionalidade da lei.

O novo presidente da Casa do Douro, que foi restaurada pelo Parlamento como associação pública de inscrição obrigatória, diz não entender a posição da Associação das Empresas de Vinho do Porto (AEVP) para impedir o regresso desta instituição, salientando estar disponível para o diálogo e construir pontes.

“Da minha parte estarei sempre disponível para construir pontes e, por isso, não entendo esta tomada de posição, penso que é ficar entrincheirado. Não sei se há receio de uma perda de capacidade de empurrar os preços para baixo”, afirmou Rui Paredes, que toma posse esta segunda-feira.

Como o ECO noticiou a 8 de janeiro, a AEVP diz que “tudo fará” para impedir o regresso da Casa do Douro, admitindo recorrer ao tribunal para a apreciação da constitucionalidade da lei que restaurou a instituição.

Criada em 1932 para representar os produtores de vinho da mais antiga região demarcada e regulamentada do mundo – o Douro –, a Casa do Douro viu os seus estatutos alterados em 2014, passando a ser uma associação privada de inscrição facultativa, depois de anos asfixiada em dívidas ao Estado e a credores privados. Depois de uma tentativa em 2019, primeiro vetada pelo Presidente da República e depois considerada, em algumas normas, inconstitucional pelo Tribunal Constitucional, a associação foi restaurada em janeiro de 2024.

“Naturalmente, acho que passa muito por uma discussão com a própria AEVP, para perceber que este modelo – da reinstitucionalização da Casa do Douro – é um modelo que está em constante melhoramento, porque sabemos que há lacunas. É um modelo de partida”, afirmou Rui Paredes, defendendo que o “viticultor não pode continuar a ser o parente pobre da atividade, como tem sido”.

Rui Paredes, presidente da Casa do DouroPedro Sarmento Costa / LUSA 18 dezembro, 2024

“Tem sido a pessoa que anda de chapéu na mão para vender o seu produto, a não ganhar dinheiro, e isto não pode continuar a acontecer. Se eventualmente, neste modelo, entendem que passam a ser eles o parente pobre, não, nunca o serão. Nós entendemos que tem de haver um comércio forte, mas também tem que haver uma viticultura e um pequeno e um médio e um grande viticultor”, realçou.

O novo presidente defendeu que é preciso “dar empoderamento ao viticultor”, para que se sinta realizado, sinta novamente prazer em trabalhar a vinha e para que a vindima volte a ser uma festa com alegria e não com a tristeza de não saber o que vai acontecer às uvas.

“A economia da região vive do que é a vinha e o vinho, se nós retirarmos desta equação a vinha e o vinho estamos a contribuir para um maior empobrecimento da região e isto não pode continuar a acontecer. Os concelhos do Douro não podem frequentar os últimos lugares do que é o rendimento per capita do país”, frisou.

Rui Paredes deixou ainda um repto para o Estado que tem a ver com a “componente regional do que é a faturação das grandes empresas e que não está definida”. “Na realidade, a sede está no Porto e é no Porto que fazem o pagamento dos impostos, é no Porto que criam riqueza e é no Porto que fica tudo o que é retirado da região. E nós o que entendemos é que cada vez mais este tipo de empresas tem de estar sediado no Douro, tem de contribuir para a economia regional e não pode só retirar daqui o que é o melhor e depois levar para outra região”, referiu, assumindo que “esta é uma discussão difícil”.

Esta segunda-feira, no salão nobre da Casa do Douro, no Peso da Régua, distrito de Vila Real, tomam posse os órgãos eleitos a 21 de dezembro: conselho regional de viticultores e direção. O mandato é de três anos e Rui Paredes terá como vogais Fernando Alonso e Justina Teixeira. O conselho regional é composto por 51 membros eleitos por sufrágio direto dos associados singulares, sendo depois designados representantes das adegas cooperativas, cooperativas agrícolas e associações de viticultores.

Incorporação de aguardente no vinho do Porto

Por outro lado, o presidente da ‘nova’ Casa do Douro sublinha que quer “criar laços e “desatar muitos nós” que a região teme que “precisam de ser desatados”, além de trabalhar nas fundações e atribuições da instituição e ajudar na tomada de medidas, como a aguardente regional.

Nesta primeira fase da ‘nova’ associação, Rui Paredes quer passar uma mensagem de entendimento. “Que estamos imbuídos do mesmo espírito, na defesa do pequeno e médio viticultor, de toda a região. Nós temos de trabalhar muito nas fundações da nova Casa do Douro, ou seja, estruturá-la de uma forma que permita mantermo-nos como um legado eterno e não como algo efémero”, referiu.

As competências da instituição estão definidas na lei, mas, segundo o responsável, para as efetivar será necessário “um envelope financeiro que as sustente” e uma discussão grande com os vários parceiros deste processo, como o Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP) e o Governo. Em simultâneo, acrescentou, é necessário continuar a trabalhar em medidas que ajudem os viticultores, a região, a crise nas vendas de vinhos e uvas e um “certo fundamentalismo” contra o setor.

Esta estruturação da Casa do Douro será algo que nos vai levar algum tempo. Agora, nada disto pode impedir a tomada de medidas urgentes, e isso é algo que nós não podemos deixar para um momento mais oportuno. Não. O momento oportuno era ontem.

Rui Paredes

Presidente da Casa do Douro

“Esta organização, esta estruturação da Casa do Douro será algo que nos vai levar algum tempo. Agora, nada disto pode impedir a tomada de medidas urgentes, e isso é algo que nós não podemos deixar para um momento mais oportuno. Não. O momento oportuno era ontem”, realçou, salientando que se quer “empoderar o viticultor”. Na sua opinião, “é importante que o viticultor não se sinta como um parente pobre, como alguém que anda sempre de chapéu na mão”.

Foram já tomadas medidas como o fecho da região à importação de vinhos, o Governo descativou verbas do IVDP para aplicar na promoção e a vindima em verde está vertida como uma proposta a ser apoiada caso haja necessidade este ano. “O consumidor tem de perceber que quando consome um vinho do Douro está efetivamente a consumir um vinho que tem atrás de si toda uma história, uma tradição, um saber fazer e fruto muito da sua especificidade enquanto região, tem custos”, defendeu.

Um dos grandes debates na região tem a ver com a produção de aguardente para incorporar no vinho do Porto a partir dos excedentes do Douro. A medida tem sido discutida no interpessoal e até deveria ter sido votada neste mês de janeiro, mas, segundo Rui Paredes, há um compasso de espera por um esclarecimento por parte do IVDP e do Governo.

A decisão é considerada importante para a região e foi muito reclamada por viticultores que, na última vindima, não conseguiram vender todas as uvas ou as venderam a preços baixos. “Uma outra situação que depois vai impactar com isto tudo é a definição de qual é o custo de produção”, afirmou.

A Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) está a realizar um estudo que, segundo explicou, vai ajudar a perceber quais são os gastos do viticultor na sua vinha e os custos de produção que o produtor do Douro tem e irá apurar um preço abaixo do qual se está a vender abaixo do custo de produção.

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Filiais dos EUA na UE lideram no volume de negócios líquido

  • Joana Abrantes Gomes
  • 27 Janeiro 2025

Volume de negócios líquido de sucursais de empresas da UE em países terceiros foi mais elevado do que o das filiais estrangeiras presentes no bloco comunitário.

As filiais de empresas estrangeiras na União Europeia (UE) geraram um volume de negócios líquido de 5.657 mil milhões de euros em 2022, segundo o Eurostat. Este número equivale a 14,7% do total de volume de negócios líquido gerado por todas as empresas do bloco comunitário no mesmo ano, que foi de 38.494 mil milhões de euros.

Os dados do serviço estatístico europeu, divulgados esta segunda-feira, mostram que, entre todos os países com sucursais na UE, os Estados Unidos são os que contribuíram com a quota mais elevada (de 43,7%) para o total do volume de negócios líquido. No período em análise, as filiais norte-americanas geraram vendas descontadas de impostos no valor de 2.474 mil milhões de euros.

Fonte: Eurostat

Com um volume de negócios líquido de 900 mil milhões de euros, o Reino Unido teve a segunda maior quota (15,9%), seguindo-se a Suíça (580 mil milhões de euros; 10,3%), o Japão (429 mil milhões de euros; 7,6%), a Coreia do Sul (156 mil milhões de euros; 2,8%) e a Noruega (140 mil milhões de euros; 2,5%).

Por outro lado, os dados do Eurostat revelam que as sucursais de empresas da UE localizadas em países terceiros geraram um volume de negócios líquido mais elevado em 2022, num total de 6.526 mil milhões de euros, do que as filiais de empresas estrangeiras presentes no bloco comunitário.

Neste caso, os EUA também lideram, com um volume de negócios líquido de 2.030 mil milhões de euros, que equivale a uma quota de 31,1%, sendo seguido pelo Reino Unido (770 mil milhões de euros; 11,8%), a China (570 mil milhões de euros; 8,7%), o México (190 mil milhões de euros; 2,9%), o Canadá (181 mil milhões de euros; 2,8%) e a Austrália (132 mil milhões de euros; 2,0%).

Filiais russas na UE com queda de 20%

Em 2022, ano marcado pela invasão russa da Ucrânia e, consequentemente, pela aplicação de sanções contra Moscovo por Bruxelas, observou-se uma quebra homóloga de 20% no volume de negócios líquido gerado pelas empresas russas controladas por países da UE.

De acordo com o Eurostat, também o número de empresas na UE controladas por unidades institucionais residentes na Rússia diminuiu 11% nesse ano face a 2021, o que conduziu a uma queda do volume de negócios líquido de 6%.

Já as sucursais de países do bloco comunitário na Ucrânia geraram menos 34% de volume de negócios líquido em 2022, em comparação com o ano anterior. Mas o volume de negócios líquido das filiais ucranianas na UE cresceu 12%, após um aumento de 8% do número destas empresas.

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Lucros da Ryanair encolhem 12% devido a descida de preço das passagens

O CEO do grupo, Michael O'Leary, antecipa que a consolidação na Europa, incluindo a venda da TAP, irá contribuir para limitar a capacidade de oferta de voos.

A Ryanair teve lucros de 1,94 mil milhões de euros entre março e dezembro, os primeiros nove meses do seu ano fiscal. O número representa uma quebra de 12% face ao período homólogo, que a companhia aérea de baixo custo irlandesa atribui à descida de 8% no preço das passagens.

Esta descida acontece apesar de a Ryanair ter aumentado em 9% o número de passageiros, para 160,2 milhões, e as receitas em 3%, para 11,65 mil milhões de euros. No entanto, os custos operacionais saltaram 8% para 9,6 mil milhões.

No terceiro trimestre fiscal a evolução foi positiva, com os lucros a disparem de 15 milhões de euros em 2024 para 149 milhões este ano. As receitas subiram 10% para 2,96 mil milhões e os custos operacionais 8% para 1,93 mil milhões, estas últimas influenciadas pelo aumento dos custos com pessoal e o atraso da Boeing da entrega de novas aeronaves, refere a empresa.

Michael O’Leary, CEO do grupo, antecipa que “a capacidade europeia no médio curso se mantenha limitada em 2025″. O responsável aponta que muitos operadores europeus de Airbus continuam a trabalhar nas reparações de motores da Pratt & Whitney e os principais OEM (fabricantes de aeronaves) deparam-se com atrasos nas entregas. Refere ainda o impacto “da consolidação nas companhias aéreas da União Europeia, incluindo a aquisição da ITA pela Lufthansa, a participação da Air France-KLM na SAS e a venda próxima da TAP“.

O atraso na entrega de aviões pela obrigou a Ryanair a rever a meta para o crescimento do tráfego de 210 para 206 milhões de passageiros. “Durante o próximo ano, vamos realocar esta escassa capacidade para as regiões e aeroportos (na Polónia, Suécia e Itália) que estão a investir no crescimento ao cortar ou abolir as taxas aeroportuárias“, afirmou Michael O’Leary.

Michael O’Leary, CEO do grupo Ryanair, em conferência de imprensa em LisboaHugo Amaral/ECO

“Estas restrições de capacidade, combinadas com a nossa significativa vantagem de custos, um balanço forte, encomendas de aeronaves de baixo custo e resiliência operacional líder do setor irão, acreditamos, facilitar o crescimento rentável da Ryanair com tarifas baixas para 300 milhões de passageiros durante a próxima década”, acrescentou.

A companhia aérea informou ainda que vai pagar um dividendo interino de 0,223 euros por ação a 26 de fevereiro e que já tinha completado mais de 50% do programa de recompra de ações de 800 milhões de euros a 31 de dezembro.

Os títulos reagiram em alta à apresentação das contas. Às 11h20 estavam a valorizar 3,5% para os 20,42 euros.

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Portugueses voltaram a viajar no verão do ano passado

Verão marcou inversão da tendência e viagens de residentes em território nacional aumentaram 1,4% e as com destino ao estrangeiro subiram 9,8%.

As viagens dos residentes em Portugal inverteram a tendência decrescente e voltaram a crescer no terceiro trimestre do ano passado. De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) esta segunda-feira, subiram 2,6%, totalizando 8,2 milhões, após uma queda de 13,4% entre abril e junho. Mas com um desempenho muito inferior face ao terceiro trimestre de 2022, embora em números absolutos haja um aumento.

Os dados do organismo de estatística revelam que as viagens em território nacional inverteram a trajetória descendente dos dois trimestres anteriores e aumentaram 1,4% no terceiro trimestre, atingindo 6,9 milhões. Paralelamente, as viagens com destino ao estrangeiro também aumentaram, com uma variação de de 9,8%, totalizando 1,3 milhões de deslocações.

Fonte: Instituto Nacional de Estatística

O “lazer, recreio ou férias” continuou a ser a principal motivação para viajar, registando uma subida de 4,2% e representando 67,7% do total, enquanto as deslocações para “visita a familiares ou amigos” também registaram um acréscimo, de 4,3%, o correspondente a 26,1% do total.

Os “hotéis e similares” concentraram 25,2% das dormidas resultantes das viagens turísticas dos residentes, sendo superados pelo “alojamento particular gratuito”, que se manteve como a principal opção de alojamento, correspondendo a mais de metade das dormidas.

No processo de organização das deslocações, a internet foi utilizada em 30,2% das situações, tendo este recurso sido opção em 67,3% das viagens para o estrangeiro e em 23,3% das realizadas em território nacional.

A duração média das viagens fixou-se ligeiramente abaixo dos níveis do trimestre homólogo de 2023, com uma duração média de 5,62 noites vs 5,90 no período correspondente do ano anterior. A duração média mais longa foi registada em agosto (6,39 noites) e a mais baixa em setembro (3,92 noites).

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Taxas Euribor sobem a seis e 12 meses

  • Lusa
  • 27 Janeiro 2025

Taxas que servem de base para o cálculo da prestação da casa subiram nos prazos a seis e 12 meses, mantendo-se a três meses no nível mais baixo em cerca de um ano.

As taxas Euribor, que servem de base para o cálculo da prestação da casa, subiram a seis e 12 meses, mantendo-se no prazo a três meses ao nível mais baixo em quase um ano.

  • A taxa Euribor a seis meses avançou para 2,600%, mais 0,019 pontos do que na sexta-feira.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor também subiu para 2,528%, mais 0,029 pontos.
  • Já a Euribor a três meses manteve-se em 2,641%, o mesmo valor de sexta-feira e um mínimo desde 10 de fevereiro de 2023.

Em dezembro, a média da Euribor desceu de novo a três, a seis e a 12 meses, menos acentuadamente do que em novembro e com mais intensidade no prazo mais curto.

A média da Euribor em dezembro desceu 0,182 pontos para 2,825% a três meses (contra 3,007% em novembro), 0,156 pontos para 2,632% a seis meses (contra 2,788%) e 0,070 pontos para 2,436% a 12 meses (contra 2,506%).

Em 12 de dezembro, como esperado pelos mercados, o BCE cortou, pela quarta vez em 2024 e pela terceira reunião consecutiva, as taxas diretoras em 25 pontos base.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se esta quinta-feira em Frankfurt.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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STCP lança concurso de 13 milhões para comprar mais 30 autocarros elétricos e estação de carregamento

Com os novos veículos elétricos na frota, no segundo trimestre de 2026, a maior operadora rodoviária da Área Metropolitana do Porto passará a contar com 126 viaturas 100% livres de emissões.

A STCP – Sociedade de Transportes Coletivos do Porto lançou esta segunda-feira um concurso público internacional para a aquisição de mais 30 autocarros standard 100% elétricos e a instalação de uma estação de carregamento elétrico com 15 postos de carregamento duplos.

O investimento ascende a 12,9 milhões de euros, com a maior operadora rodoviária da Área Metropolitana do Porto a estimar que a introdução na frota destes autocarros elétricos com 12 metros e autonomia mínima de 320 quilómetros venham a acontecer no segundo trimestre do próximo ano.

Nessa altura, contabiliza em comunicado, a STCP passará a contar com um total de 126 viaturas 100% livre de emissões. Atualmente, a frota da transportadora liderada por Cristina Pimentel é composta por 446 veículos: 75% são movidos a gás natural, 15% são viaturas 100% elétricas e há ainda 10% que utilizam diesel.

Quanto à nova estação de carregamento, no valor de 900 mil euros, será instalada na estação de recolha da Via Norte, instalações a que ficarão alocadas também estas novas viaturas da frota. Os anúncios dos procedimentos já foram publicados no Jornal Oficial da União Europeia e no Diário da República, seguindo-se a publicação na Plataforma Vortal.

“A STCP está comprometida em liderar a transição para um transporte público mais sustentável e eficiente. O lançamento deste concurso (…) representa mais um passo concreto no nosso compromisso com a mobilidade limpa, em benefício da qualidade de vida dos nossos passageiros e das populações dos concelhos nos quais operamos”, refere, citada na mesma nota, a presidente do conselho de administração da STCP, Cristina Pimentel.

Cristina Pimentel, presidente da STCP

Este novo concurso é lançado numa altura em que a Mota-Engil Renewing está ainda a impugnar o fornecimento de oito autocarros elétricos ‘midi’ (nove metros de comprimento) e respetivas estações de carregamento, considerando que a sua proposta não devia ter sido excluída e que foi ilegal a adjudicação por 2,9 milhões de euros à concorrente Green Urban Mobility, representante da chinesa Zhongtong.

No arranque deste ano entra em vigor o novo contrato de serviço público, válido por uma década, no qual os municípios da região que são acionistas da STCP — Porto, Vila Nova de Gaia, Matosinhos, Gondomar, Maia e Valongo – são obrigados a desembolsar, em conjunto, 344 milhões de euros à transportadora até 2034.

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FC Porto confirma contratação do treinador argentino Martin Anselmi

Ex-técnico do Cruz Azul assina com os dragões por duas épocas e meia e traz equipa técnica. Mudança no comando técnico surge na pior série de resultados em mais de 50 anos.

A SAD do FC Porto anunciou esta segunda-feira a contratação do treinador argentino Martin Anselmi, que assina por duas épocas e meia (2026-2027), uma mudança que ocorre na pior série de resultados em mais de 50 anos.

Anselmi, 39 anos, vem do Cruz Azul, clube mexicano que nos últimos dias ameaçou avançar com procedimentos legais contra o clube português por falta de acordo para a transferência do técnico. Com ele vem também a sua equipa técnica, de acordo com o comunicado partilhado na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

André Villas Boas (E), presidente do FC Porto, durante a apresentação do novo treinador, Martín Anselmi, que decorreu no Museu do clube, Porto, 27 de janeiro de 2025.FERNANDO VELUDO/LUSA

É o segundo treinador da era de André Villas-Boas, que tomou posse em abril, depois da curta passagem de Vítor Bruno no comando técnico da equipa de futebol.

O FC Porto vai no quinto jogo seguido sem qualquer vitória. Este domingo empatou com o Santa Clara a um golo para a liga portuguesa, e passou a somar 41 pontos, em igualdade pontual com o Benfica e seis pontos de atraso para o líder Sporting.

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China considera extremamente improvável que Covid-19 tenha vazado de laboratório

  • Lusa
  • 27 Janeiro 2025

"Os Estados Unidos devem parar de politizar e explorar esta questão e parar de difamar e culpar outros países", sublinhou porta-voz do Governo chinês, após acusação da CIA.

A China afirmou esta segunda-feira ser “extremamente improvável” que a Covid-19 tenha vazado de um laboratório chinês, na sequência de uma acusação nesse sentido, feita pela agência de espionagem norte-americana CIA.

A conclusão científica autorizada a que chegou o grupo conjunto de peritos da China e da Organização Mundial de Saúde (OMS), com base em visitas no terreno aos laboratórios relevantes em Wuhan, é que é extremamente improvável que tenha havido uma fuga do laboratório“, disse Mao Ning, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês.

“Este facto foi amplamente reconhecido pela comunidade internacional e pela comunidade científica”, sublinhou a porta-voz, em conferência de imprensa.

Este fim de semana, a CIA considerou que o “mais provável” é que o vírus tenha escapado de um laboratório chinês, ao invés de ter sido transmitido por animais. Esta posição surge na sequência da confirmação, na quinta-feira, de John Ratcliffe como diretor da CIA, após o início do segundo mandato do Presidente norte-americano, Donald Trump.

“A CIA acredita, com um baixo grau de confiança e com base em todos os relatórios disponíveis, que uma origem relacionada com trabalhos de pesquisa da Covid-19 é mais provável do que uma origem natural”, afirmou no sábado um porta-voz da agência.

Até à data, a agência não tinha chegado a qualquer conclusão sobre se a Covid-19 resultou de um acidente de laboratório ou se foi transmitida por animais.

Os Estados Unidos devem parar de politizar e explorar esta questão e parar de difamar e culpar outros países“, sublinhou Mao Ning.

As autoridades norte-americanas devem “responder o mais rapidamente possível às preocupações legítimas da comunidade internacional” e “partilhar proativamente com a OMS os dados sobre os primeiros casos suspeitos”, acrescentou.

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A procurar dar uma consolidação maior à JLL, Madalena Pereira, na primeira pessoa

Madalena Pereira é head of marketing da JLL desde dezembro. Foi para a Suíça aos dois anos e regressou no 10º ano, o que ajudou a que se adapte bem às mudanças. O violino é onde se refugia ainda hoje.

Consolidar a comunicação da JLL, tanto a nível interno como externo, é o grande desafio que Madalena Pereira encontra na função de head of marketing da JLL em Portugal, que assumiu em dezembro passado.

Depois de oito anos na JLL como residential marketing manager, Madalena Pereira assume assim a gestão de marketing de toda a estrutura, a nível nacional, da JLL, multinacional que tem uma “estrutura muito grande mas com especificidades locais”. “Já conheço muito bem o negócio B2C, agora estou a inteirar-me dos outros negócios B2B, que claro têm outras nuances, outro público-alvo. E o meu desafio é fazer disto uma única voz, para cada vez mais termos uma consolidação maior na marca JLL. Esse é o meu grande desafio para este novo cargo“, refere.

“Nós temos vários canais, um canal global, no LinkedIn, mas também temos plataformas e especificidades locais em relação à comunicação. Temos as nossas próprias páginas de residencial em social media. E o que gostaria era de ter uma linha condutora. Obviamente que o público-alvo é diferente, mas queria agregar tudo para a marca ter mais força“, explica.

E essa linha condutora passa pelas plataformas da consultora, pela sua comunicação aos media, porta-vozes e líderes. “Em termos de linha gráfica, temos de consolidar e de ter uma linha condutora, em que quem olha para a marca vê uma linha una, tanto em B2B como em B2C“.

Acredito que unindo a marca, havendo uma consistência na sua linha gráfica e na forma como se dirige ao público, esta ganha mais força, obviamente estando sempre alinhada com a marca global. Uma marca coerente, mas que se adapta a nuances locais“, acrescenta.

A comunicação da marca em Portugal passa por campanhas de notoriedade, por networking que é fomentado ao nível de algumas áreas de negócio com “eventos específicos e estratégicos“, bem como pelas plataformas, redes sociais e parcerias da empresa.

A marca também se encontra a trabalhar para se posicionar num segmento premium, médio-alto e alto. Além disso, a JLL está também a trabalhar a componente de experiência.

Hoje em dia o público está muito informado, já viu o apartamento na internet, já sabe o que espera, mais do que isso, queremos criar experiências. E queremos proporcionar uma experiência e a distinção do imóvel através da arte. Aliar a arte ao imobiliário, sendo que a arte pode ser uma pintura, uma escultura, uma peça de mobiliário ou até música. Já fizemos eventos de apresentações de imóveis com música, cria uma experiência imersiva com o cliente e com os parceiros“, explica a head of marketing de 51 anos.

“Traduz-se depois em materiais e conteúdos que vão depois para as nossas plataformas e que nos diferenciam em termos de posiconamento. Queremos posicionar-nos neste segmento prime através da experiência”, acrescenta.

A liderar uma equipa constituída por outras nove pessoas, Madalena Pereira conta ainda com o contributo no seu trabalho das agências Adagietto (em termos de comunicação) e White Way (no que toca à criatividade).

Foi ao fazer o curso de Línguas Estrangeiras Aplicadas, na Universidade Católica, que as cadeiras de comunicação lhe despertaram o primeiro interesse pela área, pelo que acabou por fazer depois uma pós-graduação em Marketing. A primeira experiência no mercado de trabalho foi na área de produto e de marketing de produto na Mundial Confiança, uma empresa de seguros, tendo depois passado para o departamento de comunicação e imagem da empresa.

Após cerca de dois anos, foi durante um ano marketing & commercial assistant na Atlantic Company Development, após o que ingressou no Grupo Espírito Santo, ficando responsável pelo marketing da Herdade da Comporta, quando o projeto estava ainda “muito embrionário e atrasado”. Foi depois marketing manager da Espírito Santo Property Portugal, onde fez parte do seu rebranding, e onde esteve quase 15 anos, até integrar a JLL, em 2016.

Há quase 20 anos no setor, Madalena Pereira presenciou e testemunhou vários ciclos imobiliários, considerando que hoje em dia as coisas são “muito mais rápidas e mais baseadas no digital”, pelo que teve de ir adaptando às mudanças. “Mas adapto-me bem à mudança, desde sempre“, diz.

Para isso contribuiu o facto de ter vivido muitos anos na Suíça, para onde foi aos dois anos, no pós-25 de Abril, altura em que os seus pais decidiram mudar de vida e ir para um país “mais neutro”, tendo ido viver para a cidade de Lausanne, na parte francesa.

Só regressou a Portugal, com os pais, na altura em que iria entrar no ensino secundário. Embora bilingue, uma vez que falava francês na escola e português em casa, Madalena Pereira não sabia escrever português quando veio para o décimo ano, pelo que se teve de adaptar. “Foi vir da escola para casa e ir ao dicionário. Tive muito apoio da escola. Mas também estudei muito e li muito. Foi difícil, mas consegui adaptar-me bastante bem à escolaridade portuguesa, com resiliência, trabalho e disciplina, que foi aquilo que também me trouxe a escolaridade suíça“, refere.

O que mais estranhou na mudança foi a diferença entre culturas. “Os suíços são mais frios, mais distantes, e o facto de as pessoas se tocarem, se abraçarem, rirem, e toda esta nossa cultura e forma de falar é diferente. Alguns amigos que ainda tenho na Suíça dizem que parece que estamos a discutir. Temos uma forma de exteriorizar e de expressar as nossas emoções diferente da deles. E isso fez-me alguma confusão no início”, recorda.

Mas, de forma geral, considera que todo este processo a ajudou a ser uma “pessoa aberta à mudança”. “Consigo adaptar-me bastante bem às mudanças, em muito por causa desse meu percurso de infância, que me ajuda a que seja bastante adaptável às mudanças que vão surgindo, seja nas empresas, no mercado imobiliário, nas pessoas, em tudo“, considera.

Concluiu também o conservatório de violino, o que teve impacto na sua vida, tanto a nível pessoal como profissional. A música, na verdade, faz parte da sua vida desde a altura em que ainda estava na barriga da mãe, tendo em conta que Maria José Falcão era a primeira violoncelista da Orquestra Gulbenkian. “Já oiço música desde os primórdios da minha existência”, recorda.

Madalena Pereira tem uma irmã gémea, que também deu alguns passos no mundo da música, nomeadamente tocando violoncelo. Nenhuma das irmãs, no entanto, trilhou o caminho da mãe em fazer da música vida. “Eu não segui porque, quando completei o conservatório de violino, já estava na universidade e tive que escolher entre essas duas vidas. E quando olhei para a vida da minha mãe, que era muito difícil com duas filhas e a ter concertos, recitais e viagens… pensei que se calhar não era bem para mim. Gostava muito de violino, ainda hoje faz parte de mim e toco nas horas vagas, ainda me refugio um pouco no violino e vou muito a concertos, mas não me revi muito nessa vida“, explica.

Para lá da música, as viagens são outra paixão, sendo que “todas elas são diferentes e têm um caráter especial”. Fazendo questão de viajar com os filhos, a viagem deste verão foi precisamente à Suíça, para lhes mostrar onde viveu e estudou. Além disso, também gosta muito de cinema, apontando “O Discurso do Rei”, “A Teoria de Tudo” ou “O Jogo da Imitação” como alguns dos filmes preferidos.

Atualmente vive em Campo de Ourique, em Lisboa, com o marido (que concilia a vida familiar com um emprego em Espanha), com o filho com 18 anos e a filha de 13.

O grande desafio da sua vida está relacionado precisamente com um dos filhos e teve lugar em março de 2020, quando o seu filho foi o primeiro caso entre crianças com síndrome pós-covid. “Foi o grande desafio da minha vida e hoje ponho tudo em perspetiva“, diz Madalena Pereira, ao relembrar o episódio da sua vida em que teve o filho hospitalizado, sem ninguém saber o que se iria seguir.

Madalena Pereira, em discurso direto

1 – Que campanhas gostava de ter feito/aprovado? Porquê?

A nível nacional gostava de ter aprovado a campanha de Natal da Vodafone de 2022 “O primeiro passo”. Já entre as campanhas a nível internacional vou pela “Think Different”, da Apple. Esta é uma campanha icónica que ajudou a posicionar a Apple como uma marca inovadora em todo o mundo.

2 – Qual é a decisão mais difícil para um marketeer?

A decisão mais difícil para um marketeer é equilibrar a inovação com resultados mensuráveis. Inovar é essencial, mas garantir que as estratégias gerem resultados concretos é fundamental.

3 – No (seu) top of mind está sempre?

A resposta às necessidades do mercado e aos desejos dos clientes, sejam eles internos ou externos. Compreender o público-alvo é a base de qualquer estratégia de marketing eficaz.

4 – O briefing ideal deve…

Ser claro, conciso e inspirador, fornecendo informações suficientes sem limitar a criatividade da equipa de criação.

5 – E a agência ideal é aquela que…

Atua como uma extensão da equipa interna, compreendendo profundamente a marca e colaborando de forma proativa para atingir os objetivos.

6 – Em publicidade é mais importante jogar pelo seguro ou arriscar?

Arriscar, com inteligência. A inovação e a coragem frequentemente levam à diferenciação e ao sucesso.

7 – O que faria se tivesse um orçamento ilimitado?

Oferecer experiências personalizadas e imersivas, permitindo que os clientes “explorem” propriedades de formas inéditas. No entanto, um orçamento limitado pode direcionar o foco e estimular a criatividade, resultando em comunicações mais claras e eficazes. Assim, mesmo com recursos abundantes, manter o foco é crucial para garantir que a mensagem ao cliente seja impactante e precisa.

8 – A publicidade em Portugal, numa frase?

Em constante evolução, cheia de potencial criativo e inovação, mas ainda com espaço para mais diferenciação e ousadia.

9 – Construção de marca é?

Um compromisso contínuo com a entrega de valor consistente e relevante, criando uma ligação emocional com os clientes, potenciais clientes e admiradores da marca.

10 – Que profissão teria, se não trabalhasse em marketing?

Seria violinista. A música é uma paixão desde a infância e é uma parte essencial de quem sou. Concluí o conservatório de violino, mas optei por não seguir a profissionalização no instrumento.

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Excedente orçamental de 2024 pode ser maior devido a atrasos na execução do PRR

  • ECO
  • 27 Janeiro 2025

Unidade Técnica de Apoio Orçamental antevê que a menor execução da despesa do PRR em 2024 pode beneficiar o saldo orçamental desse ano, ficando acima dos 0,4% do PIB estimados pelo Governo.

Como a despesa executada do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) nos primeiros nove meses de 2024 foi pouco mais do que um terço (35,3%) do previsto para o conjunto do ano, o investimento que ficou por realizar pode dar margem extra para obter um excedente orçamental mais positivo em 2024, noticia o Jornal de Negócios (acesso pago).

Em causa está um aviso deixado pela Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) na análise à execução orçamental até ao final de setembro, em que assinala que o atraso na realização da despesa adia a necessidade de financiamento com recurso a empréstimos, o que pode levar a menos investimento e, consequentemente, a um saldo orçamental mais positivo do que os 0,4% do PIB esperados pelo Governo.

Porém, a entidade coordenada por Rui Baleiras ressalva que os atrasos na execução do PRR em 2024 podem penalizar o excedente orçamental relativo a este ano, que o Executivo antecipa em 0,3% do PIB. Isto porque a execução da despesa que não tiver ocorrido em 2024 terá de acontecer este ano, ou o mais tardar em 2026, pressionando os saldos desses dois anos — o que se junta à pressão dos impactos de medidas como o IRS Jovem e a redução do IRC.

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Governo prepara travão às reformas antecipadas

  • ECO e Lusa
  • 27 Janeiro 2025

Governo cria grupo de trabalho para estudar reforma da segurança social. Travão às reformas antecipadas é um dos objetivos. Ministra Maria do Rosário Palma Ramalho quer dar "prioridade à vida ativa”.

O Governo prepara-se para limitar o acesso à reforma antecipada, no âmbito de um conjunto de medidas que visa garantir a “sustentabilidade orçamental a médio prazo” do sistema de segurança social, revela esta segunda-feira o Correio da Manhã (acesso pago). A reavaliação do regime de antecipação da idade legal é um dos objetivos assumidos pelo gabinete da ministra da tutela, Maria do Rosário Palma Ramalho, numa resposta a uma auditoria do Tribunal de Contas.

Por um lado, o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social quer dar “prioridade à promoção da vida ativa e, consequentemente, garantir um maior número de contribuições para o sistema“, e, por outro, criar e consolidar “um sistema complementar de Segurança Social que seja central na tomada de decisão dos contribuintes”.

Atualmente, a lei prevê a reforma antecipada de trabalhadores com longas carreiras contributivas (46 anos de contribuições) ou que integrem profissões desgastantes (como mineiros e bailarinos), bem como de trabalhadores com 60 anos e 40 anos de descontos e de desempregados de longa duração, caso tenham sido despedidos involuntariamente a partir dos 52 anos.

Outra das medidas neste âmbito, de acordo com um despacho assinado por Rosário Palma Ramalho a que a Lusa teve acesso, é a criação de um grupo de trabalho que terá como missão “aprofundar a análise da temática da sustentabilidade a longo prazo do sistema de Segurança Social e propor a definição de linhas de ação estratégicas, elaborando propostas exequíveis e alinhadas com as melhores práticas nacionais e europeias, assegurando um sistema robusto, inclusivo e preparado para enfrentar os desafios demográficos e económicos futuros”.

Segundo o despacho, o grupo de trabalho composto por dez pessoas inicia funções na quinta-feira e deverá apresentar um relatório final com as propostas e recomendações no início de 2026. Antes do documento final, o grupo deve apresentar um relatório a 30 de julho e, em função “do progresso dos trabalhos”, poderão ser revistos alguns pontos do despacho.

O grupo de trabalho vai proceder também “a uma revisão atuarial da taxa contributiva global do Sistema Previdência” e “promover uma análise integrada da sustentabilidade, adequação e equidade intra e intergeracional dos sistemas públicos de proteção social, englobando o Sistema Previdencial, o regime de proteção social convergente da Caixa Geral de Aposentações, e o Sistema de Proteção Social de Cidadania, considerando as diferentes eventualidades cobertas, com uma visão estratégica de longo prazo do Sistema Integrado da Segurança Social”.

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