Gouveia e Melo diz que trânsito de navios russos na costa de Portugal é “cada vez mais intenso”

  • Lusa
  • 16 Novembro 2024

Segundo o chefe do Estado-Maior da Armada, num período muito curto passaram em águas portuguesas três navios de guerra, três de pesquisa, dois reabastecedores e um navio espião.

O chefe do Estado-Maior da Armada disse hoje que há um “trânsito cada vez mais intenso” de navios russos na costa de Portugal e que recentemente cruzou águas portuguesas uma embarcação dedicada à espionagem.

Há um trânsito nas nossas águas de navios da federação russa, um trânsito cada vez mais intenso, de Norte para Sul e de Sul para Norte”, afirmou o almirante Henrique Gouveia e Melo aos jornalistas hoje no Alfeite, em declarações transmitidas pelo canal de televisão CNN.

Segundo o almirante, num período muito curto passaram em águas portuguesas três navios de guerra (duas fragatas e uma corveta), dois navios reabastecedores, três navios de pesquisa científica e ainda “um navio que faz espionagem, normalmente espionagem eletrónica”.

Gouveia e Melo explicou que a Marinha acompanha este fluxo de navios russos com apertada vigilância. “A nossa resposta a isso é segui-los, controlá-los, mantê-los sob pressão constante com a nossa presença também constante”, afirmou aos jornalistas.

O almirante Gouveia e Melo esteve hoje presente, na Base Naval de Lisboa, no Alfeite, na chegada do navio D. Francisco de Almeida.

A fragata, com uma guarnição de 167 militares, participou numa missão da NATO (sigla em inglês da Organização do Tratado do Atlântico Norte).

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📹 Como a vitória de Trump mexeu com os mercados

  • ECO
  • 16 Novembro 2024

Da Bitcoin, que chegou a máximos históricos, à Tesla, que atingiu um valor de mercado acima de um bilião de dólares, são vários os ativos que reagiram às eleições americanas.

A vitória de Donald Trump nas eleições norte-americanas abriu o apetite dos investidores por classes de ativos com maior risco. Desde a Bitcoin, que chegou a máximos históricos, passando pela Tesla, que atingiu um valor de mercado acima de um bilião de dólares, foram várias as mexidas nos mercados.

Veja aqui o vídeo.

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Von der Leyen diz que UE tem gás para inverno e que enfrentará “chantagem” de Putin

  • Lusa
  • 16 Novembro 2024

Áustria, que até agora comprava à Rússia mais de 80% do gás que consome, foi obrigada a prescindir dos fornecimentos do consórcio estatal russo Gazprom a partir de sábado.

A presidente da Comissão Europeia acusou hoje a Rússia de usar novamente a energia “como arma” cortando o gás à Áustria, mas disse que a UE tem os depósitos cheios e enfrentará a chantagem do Presidente Vladimir Putin.

Mais uma vez, Putin está a usar a energia como arma. Está a tentar chantagear a Áustria e a Europa cortando o fornecimento de gás”, disse Ursula von der Leyen numa mensagem nas redes sociais.

A presidente da Comissão Europeia disse que os 27 Estados-membros da União Europeia (UE) estão “preparados” para enfrentar a “chantagem” de Vladimir Putin e “prontos para o inverno” pois “os depósitos de gás em toda a UE estão cheios”.

A Áustria, que até agora comprava à Rússia mais de 80% do gás que consome, é obrigada a prescindir a partir de hoje dos fornecimentos do consórcio estatal russo Gazprom ao grupo austríaco OMV.

Em conferência de imprensa, na sexta-feira, o chanceler austríaco, Karl Nehammer, denunciou que a Gazprom tentou pressionar a Áustria ao falhar repetidamente no fornecimento de gás, sendo o objetivo que Viena se retirasse da política de sanções que a UE impõe ao Kremlin pela guerra na Ucrânia.

Não permitiremos que ninguém nos chantageie. Nem mesmo o Presidente russo. Não permitiremos que o Governo de Putin, ou o próprio Putin, nos coloque de joelhos”, disse o chanceler, garantindo ao mesmo tempo que o fornecimento de gás aos austríacos está garantido durante todos os meses frios.

Segundo Nehammer, o armazenamento de gás nos depósitos está a 93%, pelo que, juntamente com a reserva estratégica estatal, existem 94,5 TWh (terawatts/hora) de gás armazenados.

“Isso é mais do que a necessidade anual de toda a Áustria. Em 2023, eram 75,6 Twh”, disse.

O gás alternativo provém da Noruega, de produção própria da OMV ou em forma de gás natural liquefeito, que chega por navio à Alemanha ou à Itália, disse o presidente da OMV, Alfred Stern, à agência de notícias austríaca APA.

Segundo dados oficiais, em fevereiro de 2022, um mês antes do início da invasão russa da Ucrânia, a Áustria comprou 79% do seu gás à Gazprom, uma percentagem que vem aumentando. Este verão, a Áustria importou 90% do seu gás da Rússia, parte dele através da Ucrânia.

A OMV, a maior empresa de hidrocarbonetos da Áustria, com uma participação estatal de 31,5%, afirmou repetidamente estar comprometida em continuar a comprar gás à Gazprom até 2040, cumprindo o acordo assinado em 2018.

A Áustria foi, em 1968, o primeiro país ocidental a assinar um acordo de importação de gás com a então União Soviética.

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“A questão do Orçamento está resolvida”, garante Pedro Nuno Santos. Espera apoio maioritário a aumento extra das pensões

"Não vamos fazer chantagem com nenhum partido político e com o Governo. O que esperamos é que o Governo e o PSD apoiem o aumento das pensões", disse este sábado o secretário-geral do PS.

O secretário-geral do Partido Socialista (PS), Pedro Nuno Santos. RODRIGO ANTUNES/LUSARODRIGO ANTUNES/LUSA

O secretário-geral do PS garantiu este sábado que a viabilização do Orçamento do Estado para 2025 “está resolvida”, mas apelou a que o PSD e o Governo cedam e aprovem a proposta socialista para um aumento extra permanente das pensões. Se isso acontecer, espera um apoio maioritário do Parlamento.

“A questão do Orçamento está resolvida”, afirmou Pedro Nuno Santos à margem de uma iniciativa sindical do partido. Mesmo que o PSD e o CDS continuem a recusar aprovar o aumento extra nas pensões. “Não vamos fazer chantagem com nenhum partido político e com o Governo. O que esperamos é que o Governo e o PSD apoiem o aumento das pensões”, afirmou.

A proposta orçamental do Governo avança com o aumento regular em janeiro, previsto na lei das pensões, o que significa que as pensões até cerca de mil euros terão um acréscimo de 3,10% no arranque de 2025, de acordo com cálculos do ECO.

Já o PS avançou com uma proposta para uma atualização extraordinária de forma estrutural e permanente para as pensões até aos 1.566 euros, o que corresponde a três Indexantes dos Apoios Sociais (IAS) em 1,25 pontos percentuais, acima da atualização regular de janeiro.

Uma possibilidade rejeitada novamente pela ministra da Segurança Social e pelo ministro das Finanças, durante as audições de sexta-feira no Parlamento. Joaquim Miranda Sarmento reiterou que a AD não irá aprovar a proposta “por uma questão de cautela” e no sentido de “não criar mais despesa” permanente e estrutural. “Entendemos que não é o momento de um aumento [das pensões]”, afirmou.

Nós não pedimos apoio. Estamos à espera que a maioria do Parlamento viabilize [aumento extra das pensões].

“Se estavam disponíveis para reduzir em dois pontos o IRC, e o portanto em perder 600 milhões de euros em receita fiscal, espero que tenham menos de 300 milhões para aumentar reformados”, contrapôs hoje Pedro Nuno Santos, em declarações transmitidas pelas televisões.

Questionado sobre se contava com o Chega para viabilizar a proposta, o secretário-geral do PS respondeu que não pediu apoio a outros partidos. “Estamos à espera que a maioria do Parlamento viabilize“, afirmou. “O eu espero é que o PSD e o Governo não falte ao país”, disse.

O aumento extraordinário das pensões poderá ser mesmo aprovado contra a vontade do Governo. Basta que o Chega se abstenha na votação e a esquerda se junte ao PS.

Sobre o anúncio na noite de sexta-feira de que o PS viabilizaria uma descida de um ponto percentual na taxa de IRC prevista na proposta de Orçamento do Estado, depois do PSD ameaçar avançar com um corte de dois pontos caso os socialistas não permitissem que redução inicial fosse aprovada, Pedro Nuno Santos disparou contra o Governo.

Nós temos irresponsáveis além de incompetentes a governar o país. E que em vez de resolvem os problemas que os portugueses sentem todos os dias, estão concentrados no jogo político, na pequena política”, afirmou, acrescentando depois que o PS “nunca” viabilizará um Orçamento com redução de dois pontos percentuais no IRC.

“A única questão verdadeiramente importante que ainda não teve resposta é se o Governo e o PSD vão aprovar a nossa proposta para aumentar as pensões dos nossos reformados”, insistiu.

Pedro Nuno Santos voltou a deixar críticas ao Governo por causa da situação no INEM, reafirmando que cabe à ministra da Saúde e ao primeiro-ministro avaliar se Ana Paula Martins tem condições para governar. Criticou também a possibilidade de o serviço do INEM vir a ser entregue a privados.

(Artigo atualizado às 16h00)

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Albuquerque acusa oposição de “aventureirismo” e rejeita crise política na Madeira

  • Lusa
  • 16 Novembro 2024

"Toda a gente já percebeu que a crise política é o senhor [André] Ventura a fazer aventureirismos", afirmou o presidente do Governo regional da Madeira, sobre a moção de censura, que deverá ser aprov

Miguel Albuquerque, presidente do Governo regional da Madeira.Lusa

O presidente do Governo da Madeira, Miguel Albuquerque, rejeitou hoje haver uma “crise política” na região e acusou os partidos da oposição de “aventureirismo e irresponsabilidade”, referindo-se à moção de censura apresentada pelo Chega ao seu executivo.

A crise não está instalada na governação. A crise está instalada na irresponsabilidade de certos partidos políticos que ainda não perceberam que o que a região precisa agora é de estabilidade e de um bom Governo”, afirmou, para logo reforçar: “O Governo está sereno, o Governo está a governar.”

Miguel Albuquerque falava aos jornalistas à margem de uma visita a um empreendimento habitacional constituído por 25 fogos, na freguesia da Quinta Grande, no concelho de Câmara de Lobos, na zona oeste da Madeira, onde também confirmou que se reuniu com o secretário-geral do PSD, Hugo Soares, sexta-feira, no Funchal.

“[Hugo Soares] esteve comigo, mas não foi para falar nada daquilo que vinha hoje nas notícias, foi para tratar dos assuntos finais do Orçamento [do Estado para 2025]“, disse.

A informação do encontro entre Miguel Albuquerque e Hugo Soares foi divulgada hoje pelo Diário de Notícias da Madeira, que aponta que um dos objetivos foi analisar a crise política na região, incluindo a possibilidade de o presidente do executivo abandonar o cargo.

Toda a gente já percebeu que a crise política é o senhor [André] Ventura a fazer aventureirismos, é o Chega [na Madeira] a servir de bengala para a esquerda e estes partidos de esquerda, que queriam formar um governo quando perderam as eleições, sem ter maioria, para darem cabo disto e prejudicarem a vida de toda a gente. Isto é que é a crise política”, declarou Miguel Albuquerque.

Em 06 de novembro, o Chega apresentou uma moção de censura ao executivo minoritário do PSD, alegando os processos judiciais em curso envolvendo o presidente do executivo e quatro secretários regionais, todos constituídos arguidos.

A confirmarem-se as intenções de voto divulgadas, a moção terá aprovação garantida com os votos de PS, JPP, Chega e IL, que juntos têm maioria absoluta. O parlamento conta ainda, além do PSD, com o CDS-PP (com um acordo com os sociais-democratas) e o PAN.

De acordo com o regimento do Assembleia regional, a moção de censura deveria ser discutida até segunda-feira, 18 de novembro, mas o parlamento aprovou em plenário, por maioria, o seu adiamento para 17 de dezembro, situação que levou o Chega a recorrer aos tribunais para tentar reverter a decisão do parlamento.

"Não há crise política nenhuma. A crise política foi desencadeada por uma situação de apetência pelo poder. Não houve nenhuma alteração de circunstância.”

Miguel Albuquerque

Presidente do Governo da Madeira

Não há crise política nenhuma. A crise política foi desencadeada por uma situação de apetência pelo poder. Não houve nenhuma alteração de circunstância”, afirmou hoje o presidente do Governo Regional.

O chefe do executivo madeirense acusou, no entanto, os partidos da oposição de “aventureirismo e irresponsabilidade”.

A única crise que existe é este aventureirismo e esta irresponsabilidade dos partidos da oposição, que não percebem que há um tempo de eleições e um tempo de Governo, há um tempo de eleições e um tempo de escrutínio do Governo que deve ser feito através do parlamento”, explicou, para logo acrescentar: “Não é deitar governos a baixo a toda a hora”.

Miguel Albuquerque sublinhou, por outro lado, que “está tudo alinhado” com a estrutura nacional do PSD, mas avisou que “o PSD/Madeira não é mandado por Lisboa”, vincando também que não precisa de ser aconselhado pelos dirigentes nacionais.

“Eu não preciso ser aconselhado para nada, eu não nasci ontem, nem estou deprimido, nem estou preocupado com a saída com dignidade, isso é tudo tretas”, disse e reforçou: “Uma coisa que eu não vou fazer é dar o poder da região aos partidos da oposição”.

Albuquerque, que lidera o PSD/Madeira desde 2014 e o executivo regional desde 2015, foi constituído arguido no final de janeiro por suspeitas de corrupção, abuso de poder e prevaricação.

O social-democrata demitiu-se na altura, mas venceu as eleições antecipadas de maio. O PSD não conseguiu, porém, alcançar a maioria absoluta e, mesmo tendo firmado um acordo parlamentar com o CDS-PP, os dois partidos têm um total de 21 deputados, sendo que a maioria absoluta requer 24.

A aprovação da moção de censura implica a demissão do Governo Regional e a permanência em funções até à posse de uma nova equipa.

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Portugal está atrasado na IA e computação quântica, alerta presidente da IBM Portugal

  • Lusa
  • 16 Novembro 2024

Em Espanha já existe um grande modelo de linguagem de inteligência artificial, em espanhol, feito pela IBM, e um computador quântico. Portugal anda "um bocadinho" atrasado, diz Ricardo Martinho.

Ricardo Martinho, diretor geral da IBM Portugal, em entrevista ao ECO - 04FEV22
Ricardo Martinho, presidente da IBM Portugal.Hugo Amaral/ECO

O presidente da IBM Portugal classifica de “ótima iniciativa” o anúncio do lançamento de um grande modelo de linguagem (LLM) de inteligência artificial (IA) feito pelo Governo durante a Web Summit, mas considera que Portugal anda “um bocadinho” atrasado nas tecnologias que tem ao seu dispor.

“Acho que é uma ótima iniciativa. Espero que a IBM seja convidada para pelo menos dar o seu ‘apport’ [contributo] relativamente a isso”, diz Ricardo Martinho, em entrevista à Lusa.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, anunciou na noite de abertura da Web Summit, que no primeiro trimestre do próximo ano seria lançando um LLM (‘Large Language Model’) português. Um LLM é um tipo de programa de inteligência artificial (IA) que pode reconhecer e gerar texto, entre outras tarefas.

Mas “nós já temos isso feito, por exemplo, aqui ao lado em Espanha”, onde há “um modelo de LLM em espanhol feito com a IBM”, uma parceria que a empresa fez com os laboratórios e com o Governo espanhol e já está a funcionar, detalha. Aliás, “já têm um computador quântico no país basco”, acrescenta o presidente da IBM Portugal.

“A minha perspetiva, e estou a lutar, é um sonho que tenho, já estou a lutar há mais de um ano, antes deste novo Governo” para haver um “projeto de computação quântica em Portugal“, salienta o responsável. Ricardo Martinho reforça que “gostava muito que se conseguisse ver antecipadamente as vantagens que esta tecnologia pode trazer para um país como Portugal”.

Eu acho que nós andamos um bocadinho atrasados relativamente à utilização de algumas destas tecnologias que temos ao nosso dispor.

Ricardo Martinho

Presidente da IBM Portugal

Portanto, “eu acho que nós andamos um bocadinho atrasados relativamente à utilização de algumas destas tecnologias que temos ao nosso dispor“, considera.

A IBM Portugal marcou presença na Web Summit, primeiro porque se trata de um “evento internacional” e, depois, a “visibilidade” que a tecnológica quer dar é “global”, pelo que a cimeira das tecnologias ajuda a passar “essa mensagem”, conta.

Além disso, “estamos num momento único na evolução tecnológica que vivemos dentro da IBM, eu diria no mundo em geral, mas em especial aquilo que estamos a fazer dentro da IBM”, prossegue Ricardo Martinho.

Porque “é a primeira vez na história que nós temos os três maiores paradigmas da computação disponíveis ao mesmo tempo: a computação clássica, aquela que nós conhecemos hoje – a IBM é líder há muitos anos -, a questão da inteligência artificial, nós começámos há 51 anos a trabalhar com a inteligência artificial, mas agora com as novas tecnologias criámos uma ferramenta que achamos que vai mudar a vida das empresas tal e qual como elas estão hoje na utilização da inteligência artificial, e depois, com a parte da computação quântica”, elenca.

Só 40% das grandes empresas têm projetos de IA a corrrer

Ricardo Martinho refere que, atualmente, “só 40% das grandes empresas” com quem a IBM trabalha tem algum projeto a correr em produção à volta de IA e “41% ainda estão na fase de experimentação”.

Sobre se essa é uma realidade que também existe em Portugal, o presidente da IBM Portugal diz não ter a percentagem real. Contudo, “acho que ainda é pior em Portugal. Acho que a desconfiança é maior e acho que a adoção não é uma adoção pensada. É uma adoção porque temos que meter em IA. E aquilo que nós defendemos é ao contrário. Nós chamamos a inteligência artificial primeiro”, prossegue.

Ou seja, “pensarmos naquilo que são os nossos modelos, repensarmos aquilo que é a forma como fazemos o nosso negócio e como é que a inteligência artificial pode ser a base de tudo aquilo que nós fazemos em cima”, mas “aquilo que vejo que está a acontecer em Portugal, não na generalidade, mas em algumas das empresas, é que eu tenho os meus negócios, eu tenho as minhas aplicações, eu tenho os meus processos e ponho a IA por cima desses processos”, ilustra.

Aquilo que vejo que está a acontecer em Portugal, não na generalidade, mas em algumas das empresas, é que eu tenho os meus negócios, eu tenho as minhas aplicações, eu tenho os meus processos e ponho a IA por cima desses processos.

Ricardo Martinho

Presidente da IBM Portugal

Em suma, “tiro alguma vantagem, mas não estou a tirar todo o potencial que a inteligência artificial pode trazer”, adverte. Questionado sobre se Portugal está atrasado em relação a outros mercados, Ricardo Martinho diz que “sim”.

Instado a comentar a necessidade de haver padrões de segurança para a IA, sublinha partilhar “totalmente essa visão”.

Os padrões de segurança “são fundamentais” e, além da segurança, “acrescento a questão da regulação e do governo da própria inteligência artificial”.

“Na IBM temos o Watsonx, que vai mudar a forma como as empresas usam a inteligência artificial” porque, assevera, “é realmente a única solução que permite a proteção de dados total”.

Isso significa, acrescenta, que “não tenho que passar os meus dados para nenhuma ‘cloud’, nem tenho que os tornar públicos para tirar o proveito daquilo que são os modelos. Construo os meus dados ‘on-prem’ [‘data centers’ que as empresas hospedam nas próprias instalações], com a segurança que tenho, tradicional e típica, (…) tirando o máximo partido dos dados e da informação que tenho”, explica.

“A segurança é fundamental, mas acima de tudo a questão da ética, a questão da credibilidade dos dados”, sublinha.

Segundo o responsável, “é impossível limitar a utilização da inteligência artificial, geograficamente, setorialmente”.

Aquilo “que temos que garantir, e é isso que nós garantimos neste tipo de ferramentas, é que estas ferramentas tenham a ética incorporada no seu desenvolvimento” e estas “não permitem a utilização não ética por causa dos filtros que têm de raiz, essa é que é a grande diferença”, refere.

“Nós acreditamos tanto no modelo que a IBM nos seus contratos aos clientes diz que, se por acaso um cliente for acusado de violar alguma lei de ‘copyright’, a IBM paga essa multa”, aponta.

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Zelensky quer fim da guerra na Ucrânia em 2025 por “meios diplomáticos”

  • Lusa
  • 16 Novembro 2024

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusou hoje o líder do Kremlin, Vladimir Putin, de não querer a paz, caso se sente para negociar, mas antes acabar com o seu isolamento.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky quer o fim da guerra no seu país em 2025 por “meios diplomáticos” e acusou o líder do Kremlin, Vladimir Putin, de não querer a paz, caso se sente para negociar, mas antes acabar com o seu isolamento.

Devemos fazer tudo para que esta guerra termine no próximo ano. Devemos acabar com ela por meios diplomáticos“, disse numa entrevista por ocasião do centenário da Rádio Ucraniana.

Julgo que Putin não quer a paz. Mas isso não significa que não queira sentar-se à mesa das negociações com nenhum dos líderes. Para ele, trata-se de quebrar o isolamento político, o que é benéfico para si. Sentar-se, conversar e não negociar”, afirmou Zelensky na entrevista.

Para Putin, “é favorável negociar com algum tipo de condições de rendição da nossa parte”, disse, acrescentando que “ninguém lhe dará isso”.

Por outro lado, adiantou que as negociações com Moscovo são possíveis “desde que a Ucrânia não esteja sozinha com a Rússia e [a Ucrânia] seja forte”. “Que tipo de negociações pode haver com um assassino? Se falarmos sozinhos com Putin, apenas com o assassino, e estivermos nas condições em que estamos agora, não fortalecidos por alguns elementos importantes, é desde logo um estatuto de perdedor para a Ucrânia. Numa posição fraca, não há nada a fazer nestas negociações”, frisou, citado pela agência EFE.

Segundo ele, isso não levaria a “um fim justo” para a guerra, desencadeada pela invasão russa de fevereiro de 2022, refere a Agência France Presse.

Kiev teme perder o apoio dos Estados Unidos, após a vitória do republicano Donald Trump nas eleições presidenciais e receia ser forçado a negociações desfavoráveis à Ucrânia.

Zelensky admitiu ainda que a situação na frente oriental está “realmente complicada”, com o exército russo a progredir contra as tropas ucranianas, em menor número e menos bem armadas.

Há uma pressão e um avanço lentos dos russos. Por várias razões, encher as nossas brigadas com gente preparada, encher e equipar as brigadas com armas, todos estes processos foram bastante lentos”, disse Zelensky.

Acrescentou que não se pode simplesmente encher uma brigada com pessoas enquanto se espera por armas. “Esperámos doze meses para que algumas armas nos fossem entregues depois de terem sido aprovadas pelo Congresso dos EUA”, lamentou.

Referindo que no leste existem brigadas que precisam de ser rodadas e substituídas por outras, Zelensky confessou que devido à ofensiva russa e ao cansaço, os soldados “perguntam se podem dar passos atrás” e a liderança militar diz “sim”, porque “esta é a nossa posição comum: primeiro o povo e depois a terra”, acrescentou.

Na sexta-feira, Kiev irritou-se com uma conversa telefónica entre o chanceler alemão, Olaf Scholz, e Vladimir Putin, o primeiro encontro em quase dois anos entre os dois líderes. Falar com Vladimir Putin “abre a caixa de Pandora”, criticou o presidente ucraniano.

Kiev exclui a cedência de territórios ocupados pelo exército russo, enquanto Moscovo a estabelece como condição.

Vladimir Putin voltou a dizer a Olaf Scholz que um acordo de paz com a Ucrânia deveria ter em conta “novas realidades territoriais”, segundo o Kremlin.

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Partidos entregam 2.161 propostas de alteração ao OE2025, um novo recorde

  • Lusa
  • 16 Novembro 2024

Segundo os dados deste sábado, o Chega foi o que apresentou mais propostas, seguido do PCP, Livre e PAN.

Os partidos com assento parlamentar entregaram 2.161 propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), voltando a bater o recorde de 2.123 propostas entregues até ao final do dia de sexta-feira.

No ano passado, tinha-se estabelecido um recorde, com os partidos a entregarem 1.864 propostas de alteração. Este ano, os deputados voltaram, então, a atingir um novo máximo.

Segundo os dados de hoje, o Chega apresentou 639 propostas, o PCP entregou 517, o Livre submeteu 264 e o PAN apresentou 238. Segue-se a Iniciativa Liberal, com 81, o PSD com 76, o CDS com 75 e o PS com 44.

O PSD e o CDS-PP já tinham sinalizado que iriam entregar no parlamento uma proposta de alteração que eleva para 54,5 milhões de euros a dotação da área do Desporto, corrigindo a verba inscrita pelo Governo.

Na sexta-feira, anunciaram que iriam entregar cerca de 40 propostas de alteração ao OE2025 que, entre perda de receita e aumento da despesa, vão ter um custo adicional de 40 milhões de euros.

Já o PS entregou um “conjunto restrito” de alterações que incluem a atualização de forma estrutural e permanente das pensões mais baixas, a criação de um regime de dedicação exclusiva ao Serviço Nacional de Saúde e investimento em habitação a preços acessíveis.

O Chega, por sua vez, propôs uma atualização adicional das pensões em 1,5% e uma redução da taxa de IRC em dois pontos percentuais, de 21% para 19% para a discussão na especialidade do OE2025.

O partido propõe ainda a atualização adicional de 1,5% para todas as pensões até 1.018,52 euros (o equivalente a duas vezes o IAS – indexante de apoios sociais), além da atualização já prevista para cobrir a inflação.

Entre as propostas da IL destaca-se a redução do IRC para 12% para a generalidade das empresas – com exceção das grandes multinacionais, que são abrangidas pelo regime do imposto mínimo global de 15%.

À esquerda, o BE propôs que as pensões sejam aumentadas pelo menos 50 euros no próximo ano e que o subsídio de refeição passe a ser universal, estendendo este direito aos trabalhadores do setor privado. Além disto, o BE avança com uma alteração à lei para que todas as pensões sejam atualizadas pelo menos pelo valor da inflação.

O Bloco de Esquerda defende também a taxação de fortunas acima dos três milhões de euros e a criação de um imposto “Elon Musk” para taxar grandes empresas de serviços digitais, no âmbito da discussão orçamental.

Já o PCP propôs a criação de um passe de 50 euros que dê acesso a todos os transportes entre uma área metropolitana e uma região limítrofe, por exemplo entre Lisboa e Santarém ou Porto e Braga.

Do lado do Livre avançaram propostas para um programa de incentivos para o regresso ao país de profissionais de saúde emigrados, aumentar os professores em início de carreira e estudar a criação de uma ajuda estatal à compra da 1.ª habitação.

O PAN apresentou mais de 200 propostas para o debate na especialidade do Orçamento do Estado entre as quais a exclusão de rendimentos acima dos 45 mil euros anuais do IRS Jovem e o alargamento deste regime a jovens dependentes.

As votações na especialidade arrancam na próxima sexta-feira, culminando na votação final global do documento a 29 de novembro.

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Conselho e Parlamento Europeu acordam orçamento comunitário para 2025. Verba para compromissos aumenta 1,8%

  • Lusa
  • 16 Novembro 2024

Novo orçamento comunitário aumenta 1,78% face a este ano, chegando perto dos 192,8 mil milhões de euros em compromissos. A que acrescem 149,6 mil milhões de euros em pagamentos.

O Conselho da UE e o Parlamento Europeu chegaram hoje a acordo para o orçamento de 2025 no valor de quase 192,8 mil milhões de euros em compromissos, 1,78% acima do de 2024, disseram as instituições em comunicados.

O acordo prevê ainda 149,6 mil milhões de euros em pagamentos, informou o Conselho da União Europeia (UE) em comunicado.

Este ano mantiveram-se disponíveis os 800,5 milhões de euros, dentro dos limites de despesas do atual quadro financeiro plurianual para 2021-2027, que permitem à UE reagir a necessidades imprevisíveis, acrescentou o Conselho.

Se for incluído este valor para instrumentos especiais fora do quadro financeiro plurianual, o orçamento da UE para 2025 ascende a 199,4 mil milhões de euros em autorizações totais e 155,2 mil milhões de euros em pagamentos.

Como parte do orçamento do próximo ano, os negociadores concordaram em adiantar créditos de pagamento no valor de até 3,0 mil milhões de euros para apoiar as regiões europeias afetadas por catástrofes naturais.

Assim, uma vez confirmada a base jurídica, os Estados-membros poderão utilizar até 10% dos fundos existentes da política de coesão para prevenir e recuperar dessas catástrofes, desde que apresentem um programa à Comissão Europeia, informou o Parlamento Europeu em outro comunicado.

A Comissão Europeia propôs em julho um orçamento para 2025 que incluía 199,7 mil milhões de euros em autorizações (os recursos que podem ser atribuídos a programas), equivalentes a 1,08% do rendimento nacional bruto da UE, e 152,7 mil milhões de euros em pagamentos (o dinheiro efetivamente desembolsado).

Em setembro, os Estados-membros propuseram reduzir estes valores, enquanto o Parlamento Europeu apelou ao aumento do nível global de autorizações e de pagamentos.

O Parlamento Europeu queixou-se de que os limites máximos continuam muito baixos e manifestou a sua preocupação com os “custos adicionais” dos juros do fundo de recuperação Next Generation, que ascendem a 2,6 mil milhões de euros.

O Conselho, por seu lado, apelou à concentração nas principais prioridades comunitárias aquando da distribuição de fundos, criticou a utilização excessiva do instrumento de flexibilidade – destinado a fazer face a acontecimentos imprevistos – e insistiu em não aumentar a carga sobre os Estados-Membros num momento em que vários países têm pouca margem fiscal.

Péter Banai, o ministro húngaro responsável pelas negociações orçamentais (a Hungria tem a presidência rotativa do Conselho da UE) considerou hoje que o orçamento acordado é “equilibrado” e “prudente” e que deixa “margem financeira suficiente para responder a circunstâncias imprevistas”, incluindo a reconstrução em países afetados por catástrofes naturais.

O presidente da comissão parlamentar de orçamentos, o belga Johan Van Overtveldt, um dos negociadores em nome do Parlamento Europeu, afirmou que o acordo “demonstra a capacidade da UE para agir e adaptar-se nestes tempos de incerteza”, como as guerras em Ucrânia e Médio Oriente, pressões migratórias, catástrofes naturais e pressões sobre a competitividade económica.

O orçamento comunitário de 2025 é o primeiro elaborado após a revisão do quadro financeiro plurianual 2021-2027, que foi atualizado em fevereiro passado para incluir 50 mil milhões de euros em ajuda à Ucrânia e outras rubricas consideradas prioritárias.

A revisão ascendeu a 64,6 mil milhões de euros (descontando empréstimos a Kiev) e criou um sistema “em cascata” para pagar juros extraordinários da dívida do fundo de recuperação (estimada em cerca de 15 mil milhões para o período).

O Parlamento Europeu e o Conselho têm agora catorze dias para aprovar formalmente o acordo alcançado.

Espera-se que seja aprovado pelo Conselho em 25 de novembro e votado pelo Parlamento na sessão plenária marcada para 27 de novembro, em Estrasburgo, França.

Em outubro, o Tribunal de Contas Europeu disse que existem riscos “cada vez maiores” para o orçamento da União Europeia, devido a dívida recorde, a guerra da Rússia contra a Ucrânia e a forte inflação.

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ECO Quiz. Web Summit, bitcoin e touradas

  • Tiago Lopes
  • 16 Novembro 2024

Agora que termina mais uma semana, chegou a altura de testar o seu conhecimento. Está a par de tudo o que se passou durante a semana?

A semana que agora termina ficou marcada por mais uma edição da Web Summit em Lisboa. Logo na abertura do evento, uma surpresa: o primeiro-ministro, Luís Montenegro, anunciou que o Governo quer, já em 2025, um LLM (large language model) em português.

A vitória de Donald Trump nas eleições americanas continuam a mexer com o mundo das criptomoedas, com a bitcoin, o criptoativo mais popular, a valorizar para um novo recorde.

O ECO publica todas as semanas um quiz que desafia a sua atenção. Tem a certeza que está a par de tudo o que se passou durante a semana? Teste o seu conhecimento.

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Tesla entra na corrida ao robôtaxi. Portugal está fora por falta de legislação

  • ECO
  • 16 Novembro 2024

Os serviços de mobilidade sem condutor já são uma realidade em alguns países. Em Portugal, a legislação continua a não permitir veículos autónomos, nem mesmo para investigação.

Protótipo do futuro robotaxi da Tesla.Tesla

Uma das várias visões de Elon Musk passa por um futuro em que somos transportados nas cidades por um serviço de carros autónomos, sem condutor, pedais ou volante. Esse futuro ficou um pouco mais próximo com a apresentação recente pela Tesla do seu projeto de robôtaxi, mas os desafios até ver a luz do dia são muitos. Um deles é a falta de regulação, de que Portugal é um exemplo e impede até a realização de projetos de investigação.

A Tesla apresentou o seu projeto de robôtaxi no evento “We, Robot”, no passado dia 10 de outubro. O modelo “cybercar” de Elon Musk já chega tarde à corrida. Empresas como a Waymo, da Google, e a Cruise, da General Motors, já operam nos Estados Unidos e a Baidu na China.

O veículo autónomo da Tesla, anunciado há duas semanas, é baseado no modelo Y da marca, contém apenas dois lugares, não tem volante nem travões e o carregamento do veículo, segundo explicou o empresário no evento, não será por “plug in”, mas por carregamento indutivo, o que necessita de infraestruturas para providenciar esse carregamento. Este modelo da Tesla só usará câmaras no sistema autónomo de condução, o que reduz os custos de produção mas também a segurança. A Zoox, subsidiária da Amazon, também já apresentou o seu modelo nos Estados Unidos, mas ainda não iniciou as viagens comerciais.

Em Portugal, não há nenhum projeto robôtaxi a ser posto em prática nem está prevista a sua comercialização, pois, segundo o Código da Estrada, todos os veículos que circulem nas vias públicas têm de ter um condutor legalmente habilitado para tal. Logo, os níveis três, quatro e cinco de condução autónoma da Sociedade de Engenheiros de Automóveis (SAE- sigla em inglês) não podem circular em território nacional, visto que não requerem o controlo total do condutor para conduzir o veículo.

Para os especialistas, a legislação é um dos entraves mais importantes para a adoção desta tecnologia. “A responsabilidade em caso de acidente tem de ser assumida por alguém e há assim necessidade de legislação, que no meu entender deve ser feita a nível da Europa e transposta para cada país. Nessa legislação a prioridade é proteger as pessoas”, afirma João Falcão e Cunha, professor do Departamento de Engenharia e Gestão Industrial, da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.

"A falta de regulamentação está a impedir que a investigação e desenvolvimento nesta área em Portugal possam progredir e aumentar a economia neste setor”

Susana Sargento

Professora no departamento de eletrónica, telecomunicações e informática da Universidade de Aveiro

Susana Sargento, professora no departamento de eletrónica, telecomunicações e informática da Universidade de Aveiro, aponta que a falta de legislação também causa impedimentos na área científica – “a falta de regulamentação está a impedir que a investigação e desenvolvimento nesta área em Portugal possam progredir e aumentar a economia neste setor” – e refere que afeta o projeto em que está inserida, o Route25, por impedir testes reais com veículos autónomos. “Neste projeto adquirimos veículos autónomos na nossa instituição, no Instituto de Telecomunicações (Aveiro), mas temos grandes dificuldades em realizar testes reais com os veículos”, explica a investigadora. Este projeto, financiado pela União Europeia através do Plano de Recuperação e Resiliência, visa desenvolver tecnologias digitais e soluções de condução autónoma para veículos assistidos e autónomos, e facilitar a sua adoção pelo mercado em geral.

Além da legislação, outros entraves são as vias inacessíveis por carro e a informação errada e incompleta dos mapas. “A informação sobre vias muito estreitas não consta em geral dos mapas que temos”, refere o professor João Falcão e Cunha. Para a professora Susana Sargento, “as infra-estruturas de estrada também têm de ser melhoradas com faixas específicas, numa primeira fase, para estes veículos”. Nuno Jardim Nunes, professor e fundador do Instituto de Tecnologias Interativas do Técnico de Lisboa declara que “o principal obstáculo é garantir o seu funcionamento seguro num contexto urbano real muito complexo. Uma coisa é ter um robôtaxi a circular numa zona residencial ou mesmo de escritórios com pouco tráfego e com condições bem definidas”, “outra é termos um robôtaxi a tentar-se movimentar no bairro alto ou em zonas de grande intensidade de tráfego e com velocidades médias altas e sem segregação de modos de transporte, como infelizmente é o caso em grande parte das nossas cidades”.

Os especialistas não acreditam que os serviços de condução autónoma sejam uma solução viável para a mobilidade nas cidades e meios urbanos, destacando antes a importância de investir em meios de transporte públicos e coletivos. Também não acreditam que o serviço de robôtaxis, quando aplicado em Portugal, leve as pessoas a abandonarem os veículos próprios. “Há uma tendência nas cidades para haver progressivamente menos pessoas com o seu próprio carro. Os robôtaxis também teriam um contributo, mas baixo”, explica o professor João Falcão e Cunha. O professor Nuno Jardim Nunes indica que “as soluções para a mobilidade baseadas em carros particulares (sejam a combustão, elétricos ou partilhados – tipo Uber/Bolt) não são soluções sustentáveis para uma mobilidade urbana sustentável. Um carro é um carro, seja partilhado ou autónomo e o que temos que fazer é promover formas de mobilidade coletiva mais sustentáveis e que gerem menos poluição e congestionamentos”.

Os investigadores pensam que esta tecnologia não será adotada rapidamente em Portugal. “Nos Estados Unidos há uma abertura muito maior para os veículos autónomos, e essa generalização poderá ser uma realidade ainda esta década. Para Portugal e países europeus será muito mais difícil”, refere a professora Susana Sargento.

Nos Estados Unidos, já estão em operação os carros da Waymo e da Cruise, desde 2022, nas cidades de São Francisco, Phoenix, Los Angeles e Austin. Após um acidente com um modelo da Cruise, a empresa foi obrigada a retirar os carros, mas já foram repostos em maio deste ano. Nem a Waymo, nem a Cruise utilizam veículos próprios no serviço dos robôtaxis, apenas desenvolveram e adaptaram o software de condução autónoma a veículos existentes como os Hyundai, na Cruise, e os Jaguares elétricos, no caso da Waymo.

Na China – o país com mais patentes registadas de carros autónomos desde 2021, – a Baidu lançou o seu serviço há dois anos e conta com 500 veículos nas cidades de Pequim, Cantão, Xangai, Wuhan, Chongqing e Shenzhen.

Na Europa, a empresa croata Rimac anunciou em julho o seu projeto de robôtaxi, que segundo a empresa vai começar a circular em 2026 em Zagreb. Depois da estreia, a Rimac espera expandir para outras cidades europeias, inicialmente no Reino Unido e Alemanha, e também para o Médio Oriente. O veículo segue a mesma política da Tesla, sem volante ou pedais, com dois lugares e portas deslizantes, mas ao contrário da marca americana, além de câmaras, tem sensores lidar que permitem detalhar o ambiente ao redor do carro, detetando pedestres, outros veículos e animais.

A Rimac está também a desenvolver “mother ships”, estações onde os veículos serão inspecionados, reparados e limpos antes de voltarem a operar. A empresa croata desenvolve e produz carros desportivos elétricos, sistemas de transmissão e sistemas de bateria para empresas automóveis. Na Croácia não há regras que proíbam explicitamente o uso de veículos autónomos de nível 3 a 5 em vias públicas, sendo que as licenças de teste estão sujeitas ao consentimento prévio do Ministério de Assuntos Internos.

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Aumento extra nas pensões pode passar à revelia do Governo

PS insiste num aumento extra permanente das pensões a partir de janeiro, que pode ser viabilizado pela oposição. Governo só admite 'bónus' extraordinário, "caso as condições económicas o permitam".

O Orçamento do Estado poderá sair da discussão na especialidade com uma alteração de fundo sobre um tema que se tornou uma bandeira para a oposição: o aumento extraordinário das pensões, que poderá ser aprovado contra a vontade do Governo. No IRC, o PS acabou por dizer que viabiliza a descida de um ponto percentual, depois do PSD colocar em cima da mesa a possibilidade de avançar com um corte de dois pontos.

A proposta orçamental do Governo avança com o aumento regular em janeiro, previsto na lei das pensões, o que significa que as pensões até cerca de mil euros terão um acréscimo de 3,10% no arranque de 2025, de acordo com cálculos do ECO. Isto porque a ministra do Trabalho revelou esta sexta-feira que prevê que o Indexante dos Apoios Sociais (IAS) aumentará 3,10% no próximo ano, passando dos atuais 509,26 euros para 525,05 euros.

No entanto, a Aliança Democrática (AD), coligação que junta os dois partidos que suportam o Governo – PSD e CDS -, apresentou no âmbito da especialidade uma proposta para verter na lei para o próximo ano o compromisso assumido pelo Executivo de Luís Montenegro de um ‘bónus’ extraordinário para os pensionistas “caso as condições económicos e financeiros” o permitam. A proposta não define, contudo, concretamente o que o Ministério das Finanças entende por condições que o permitam.

AD quer verter na lei do Orçamento para o próximo ano o compromisso assumido pelo Governo de um ‘bónus’ extraordinário para os pensionistas “caso as condições económicos e financeiros” o permitam.

Porém, os pensionistas poderão ter mais do que um ‘bónus’ no próximo ano, uma vez que o PS avançou com a proposta para uma atualização extraordinária de forma estrutural e permanente para as pensões até aos 1.566 euros, o que corresponde a três Indexantes dos Apoios Sociais (IAS) em 1,25 pontos percentuais, acima da atualização regular de janeiro. A medida, avançada pelo ECO, que o partido já tinha levado às negociações orçamentais, foi anunciada esta sexta-feira pela líder parlamentar socialista, Alexandra Leitão.

O aumento suplementar e permanente, que o PS assume como uma das três medidas essenciais, permite dar até mais 275 euros aos reformados, no conjunto do próximo ano, segundo as simulações apresentadas pelo grupo parlamentar socialista, que estima um impacto de 265 milhões de euros, o que, garante, não porá em causa as contas públicas.

“O saldo orçamental definido nesta proposta de Orçamento é de um saldo positivo de 863 milhões de euros e que corresponde ao objetivo de 0,3% de excedente. Com as projeções do Conselho das Finanças Públicas (CFP) teremos um crescimento do PIB maior em 2024, o que terá um efeito de arrastamento no saldo de 2024, que será de 0,6% e, no próximo ano, o CFP e a Comissão Europeia indicam que o saldo será de 0,4%”, explicou o antigo do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais socialista, António Mendonça Mendes. Ou seja, segundo o parlamentar há mais 314 milhões disponíveis para continuar a assegurar um saldo de 0,3%.

PS avançou com uma proposta de atualização extraordinária de forma estrutural e permanente para as pensões até aos 1,566 euros.

O ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, reiterou, contudo, que a AD não irá aprovar a proposta “por uma questão de cautela” e no sentido de “não criar mais despesa” permanente e estrutural. “Entendemos que não é o momento de um aumento [das pensões], afirmou o governante durante a audição parlamentar sobre o OE2025.

Contudo, a proposta do PS pode mesmo ver a luz do dia, passando com a abstenção do Chega, tal como aconteceu com viabilização das alterações ao IRS introduzidas pelos socialistas. O partido de André Ventura já entregou uma proposta de alteração ao OE2025 semelhante à do PS, que determina uma subida extraordinária de 1,5% para reformas até 1.018,52 euros mensais brutos. Também o BE e o PCP apresentaram propostas para um aumento extraordinário, partidos que a par do Livre e do PAN são tradicionalmente favoráveis à melhoria das reformas.

A AD procura, assim, pressionar os socialistas. “O PS parece estar baralhado. O secretário-geral [Pedro Nuno Santos] critica facilitismos, mas depois apresenta essas propostas”, afirmou o líder parlamentar social-democrata, Hugo Soares, acrescentando que se a proposta passar “a cumplicidade entre Chega e PS está à vista”.

Proposta socialista poderá assegurar 92 votos: 78 do PS, 5 do BE, 4 do PCP, 4 do Livre e um do PAN. Ainda assim, seriam insuficientes para viabilizar o diploma, porque são precisos pelo menos 116. Com o voto favorável ou a abstenção dos 50 parlamentares do Chega, a aprovação estaria garantida.

Para passar, a proposta do PS precisa de somar aos 78 votos do PS, o voto favorável ou a abstenção dos 50 parlamentares do Chega. A abstenção favorece sempre o lado com mais votos e o PSD, com 78 lugares, o CDS, com dois, e a IL, com oito, perfazem 88, ou seja, menos do que os 92 de toda a esquerda junta.

A Iniciativa Liberal (IL) já assumiu que aumentos adicionais das pensões não estão entre as prioridades do partido. “Não é, neste momento, uma prioridade da IL fazer aumentos adicionais às pensões. Recordo que, nas pensões, existe uma fórmula de aumento aplicável todos os anos, têm crescido”, disse.

PS viabiliza descida do IRC para 20%

Outro tema que gerou discórdia foi a descida do IRC. PSD e CDS avançaram na sexta-feira com uma proposta para uma descida de dois pontos percentuais na taxa do imposto, caso o corte de um ponto, previsto no Orçamento do Estado, não fosse viabilizado pelo PS.

Para conseguir um compromisso com Pedro Nuno Santos, o Governo de Luís Montenegro teve de ceder em várias matérias: retirar a sua proposta de IRS Jovem que iria custar mil milhões de euros e aprofundar o modelo existente, que dá abstenções faseadas, da autoria do PS, e recuar na descida do IRC em dois pontos, de 21% para 19%.

No que diz respeito ao IRC, o Governo acabou por inscrever uma proposta de baixa do imposto de apenas um ponto, de 21% para 20%. Mas a bancada do PS mantém-se totalmente contra uma “diminuição transversal do imposto”, afirmou esta sexta-feira a líder parlamentar, Alexandra Leitão, durante a apresentação das propostas de alteração do PS para o OE. O ECO apurou mesmo que a indicação é para os socialistas votarem contra a redução do IRC.

“O PS nunca escondeu e afirmou repetidamente que essa não é a nossa visão para o IRC. A nossa visão é de que a economia deve ter reduções seletivas e não uma diminuição transversal”, defendeu Leitão. Aliás, lembrou a deputada, “foi por causa desse um ponto que não houve acordo com o PS para este Orçamento”.

O PS nunca escondeu e afirmou repetidamente que essa não é a nossa visão para o IRC. A nossa visão é de que a economia deve ter reduções seletivas e não uma diminuição transversal. Foi por causa desse um ponto que não houve acordo com o PS para este Orçamento.

Alexandra Leitão

Presidente do grupo parlamentar do PS

Tomada esta posição, PSD e CDS ameaçaram aprovar uma redução mais acentuada do IRC em dois pontos para pressionar o PS a abster-se na proposta de descida de um ponto, que consta da proposta orçamental.

“Vamos apresentar uma proposta de redução de dois pontos percentuais do IRC. Esta proposta só será viabilizada pelos grupos parlamentares da Aliança Democrática se a solução de compromisso que consta no Orçamento de redução do um ponto não for aprovada, revelou esta sexta-feira o líder parlamentar do Hugo Soares em conferência de imprensa, no Parlamento. Assim, se a redução de um ponto do IRC for chumbada, “os grupos parlamentares do PSD e CDS votarão a favor da proposta”, porque terá “legitimidade”, defendeu.

O social-democrata rejeitou qualquer “jogada política” e atirou: “Trata-se de uma questão muito simples. Temos tido ocasião de ouvir dirigentes destacados do PS a dizer que são contra a descida de IRC. Temos de ser responsáveis”. “Quando vemos o PS a dizer que não acompanha a descida de um ponto, então a AD sente-se legitimada em apresentar a sua proposta inicial”, reforçou.

Para Hugo Soares, “o PS tem todas as condições para viabilizar a descida do IRC em um ponto”. “Remeto apenas para as razões indicadas pelo PS para a viabilização do Orçamento do Estado e, perante essas razões, não parece que essa situação esteja em causa”, sublinhou. Ainda assim, e acautelando um eventual chumbo por parte do PS à descida do IRC em um ponto, de 21% para 20%, o PSD vai entregar uma proposta de redução do imposto em dois pontos.

Vamos apresentar uma proposta de redução de dois pontos percentuais do IRC. Esta proposta só será viabilizada pelos grupos parlamentares da Aliança Democrática se a solução de compromisso que consta no Orçamento de redução do um ponto não for aprovada.

Hugo Soares

Presidente do grupo parlamentar do PSD

O desacordo em relação ao IRC acabaria por ser sanado já na noite de sexta-feira, com o PS a garantir a viabilização da proposta para uma descida de um ponto percentual, com críticas ao Governo, acusando-o de protagonizar uma “manobra política infantil e irresponsável”. “

“O PS anunciou que ia viabilizar o Orçamento do Estado para 2025, que incluía a redução de um ponto percentual no IRC [de 21‰ para 20%]. Portanto, não inviabilizará essa redução na especialidade“, indicou o grupo parlamentar do PS numa nota enviada à Lusa.

Mesmo que o PS votasse contra o alívio fiscal em um ponto, a proposta do Governo deveria ter a aprovação garantida com o apoio do Chega. O partido de André Ventura admitiu esta sexta-feira viabilizar reduções mais modestas do IRC face à sua proposta de descida de dois pontos. Ou seja, os 50 deputados do Chega poderão votar favoravelmente a baixa do IRC do Governo em ponto, assegurando assim a sua aprovação.

Para além das pensões, a proposta dos grupos parlamentares da AD para a redução do IVA das touradas para a taxa mínima de 6% vai agravar ainda mais as tensões entre PS e os partidos que suportam o Governo. Para o líder da bancada do CDS, Paulo Núncio, trata-se de “acabar com a discriminação entre os vários espetáculos de natureza artística” que já beneficiem da tributação reduzida. “Esta proposta acaba com esta discriminação criada pelo Governo socialista”, defendeu o parlamentar, indicando que a redução do IVA dos bilhetes das touradas terá um impacto do lado da perda de receita de “cerca de um milhão de euros por ano”.

Foi precisamente o Governo socialista de António Costa que revogou a taxa reduzida da tauromaquia e inscreveu, no Orçamento do Estado para 2020, um agravamento do imposto para a taxa máxima, de 23%. A proposta contou com os votos favoráveis do PS, BE e PAN. PCP, PSD E CDS votaram contra e o Iniciativa Liberal e o Chega abstiveram-se.

O prazo para a entrega das propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2025 termina esta sexta-feira. Até às 20h43, deram entrada, na Assembleia da República, 2.212 iniciativas: 70 do PSD, 69 do CDS, 42 do PS, 637 do Chega, 79 da IL, 301 do BE, 512 PCP, 264 do Livre e 238 do PAN, segundos os registos do site do Parlamento. Trata-se de um novo recorde. No Orçamento do Estado para 2024, foram apresentadas mais de 1.900 propostas.

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