IL diz que Governo vai falhar crescimento económico e que já falhou a maiores de 35 anos

  • Lusa
  • 16 Junho 2024

Com as medidas frágeis, insuficientes, pouco ambiciosas que este Governo está a tomar, por muito que anuncie muitos planos, o crescimento económico não será aquele que a AD previu", afirmou Rui Rocha.

O Governo vai falhar o crescimento económico que a Aliança Democrática inscreveu no seu programa eleitoral e já falhou aos maiores de 35 anos que não tiveram alívio fiscal visível, disse este domingo o presidente da Iniciativa Liberal (IL).

“Vai falhar no crescimento económico que a AD tinha colocado no seu programa eleitoral. Com as medidas frágeis, insuficientes, pouco ambiciosas que este Governo está a tomar, por muito que anuncie muitos planos, o crescimento económico não será aquele que a AD previu”, afirmou Rui Rocha, intervindo na abertura do Conselho Nacional da IL, que decorre este domingo em Coimbra.

“Vai falhar aos portugueses aí, porque a descida do IRC [Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas] faseada, mitigada, insuficiente, não vai trazer o investimento estrangeiro de que nós precisamos, não vai trazer as empresas de que nós precisamos, não vai trazer a luta e a competição pelos salários de que o país precisa e que levaria, de facto, a que todos os portugueses vivessem melhor. Isso não vai acontecer e eu responsabilizo aqui a AD pela falta de ambição desse projeto”, argumentou Rui Rocha.

O deputado e dirigente dos liberais portugueses voltou a defender que o crescimento económico e a baixa de impostos estão ligados e acusou o Governo liderado por Luís Montenegro de já ter falhado aos portugueses maiores de 35 anos “que veem que não tiveram nenhum alívio fiscal visível nestas decisões”, nem veem horizonte para que ele possa acontecer.

Dirigindo-se ainda ao Governo, que entra no seu terceiro mês de vigência, Rui Rocha avisou que, depois das eleições europeias e de muitos anúncios de medidas, “agora é o tempo de governar”, exigindo medidas na saúde, onde, alegou “os problemas persistem, e não é com falta de coragem, não é com remendos, não é com planos de emergência” que as reformas se fazem.

E também na habitação, onde apesar de um conjunto de medidas que estimulam a procura, o líder da IL constatou que o problema existe “e não vai ficar resolvido, pelo contrário, vai ser agravado, se o Governo da AD persistir em não tomar medidas que estimulem a oferta”.

Na sua intervenção, e aludindo ao resultado das eleições europeias, onde a IL conseguiu eleger dois deputados ao Parlamento Europeu, Rui Rocha defendeu que o partido tem agora uma responsabilidade acrescida: “É fundamental que os portugueses votem em liberdade, mas que o façam, não só nas eleições europeias, mas também nas legislativas. E este resultado traz-nos a responsabilidade acrescida de lutar (…) para que, a nível das legislativas, seja finalmente introduzido um círculo de compensação, que permita que não haja portugueses com escolhas de primeira e de segunda”, enfatizou.

O presidente da Iniciativa Liberal frisou que no atual quadro político não há possibilidade de fazer grandes previsões sobre o futuro do país, recusando, desse modo, fazer futurologia, garantiu que a IL será sempre contra populismos e extremismos de esquerda ou de direita, e reiterou a luta do seu partido contra o socialismo.

E concluiu a sua intervenção com um desafio ao Governo: “Não é possível mudar estruturalmente o país, não é possível mudá-lo com impacto na habitação, com impacto na saúde, no crescimento e na fiscalidade, se não houver coragem de fazer uma verdadeira reforma administrativa do Estado. Cá estaremos para exigir ao Governo da AD essa reforma”, frisou.

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Ucrânia: Cimeira iniciou via “imparável” para paz que terá de ser alargada à Rússia

  • Lusa
  • 16 Junho 2024

Marcelo Rebelo de Sousa considerou que a Cimeira da Paz na Ucrânia, realizada na Suiça, foi um sucesso, "pela sua representatividade".

O Presidente da República acredita que a Cimeira para a Paz na Ucrânia que este domingo termina na Suíça lançou uma “via imparável” para o fim do conflito, mas sublinhou que será necessário envolver todas as partes nos próximos passos.

Em declarações aos jornalistas depois de intervir na derradeira sessão plenária da cimeira que decorre desde sábado na estância de Burgenstock, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que a conferência foi um sucesso, “pela sua representatividade”, e sublinhou a ideia, deixada na sua intervenção perante os restantes representantes de cerca de uma centena de países e organizações presentes, de que “é imparável esta via, este caminho, este passo que foi dado hoje”.

“Este é um passo, há outros passos, e nos outros passos é bom que haja o alargamento a novos parceiros, naquela expressão que provavelmente o comunicado vai adotar ‘all parties‘ [todas as partes]. E eu acrescentei que, em rigor, deviam ter estado já aqui neste primeiro passo, mas poderão estar em passos seguintes”, afirmou o chefe de Estado.

Questionado sobre quem mais deve ser envolvido no processo, Marcelo, sem mencionar explicitamente a Federação Russa, respondeu que as conversações devem ser alargadas a “todas as partes envolvidas” diretamente no conflito.

“Se se trata de um conflito, envolve várias partes. E é impossível tratar desse conflito, tratar da troca de prisioneiros, tratar do regresso dos deportados, tratar de questões humanitárias, questões que envolvem as partes envolvidas no conflito, como é a saída dos cereais do local da sua produção, é muito difícil tratar de forma pacífica e duradoura sem estarem todos os envolvidos“, declarou.

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Ex-presidente Sarkozy alerta que eleições podem atirar França para o caos

  • ECO
  • 16 Junho 2024

Nicolas Sarkozy, conservador que esteve no poder entre 2007 e 2012 e continua a ser uma figura importante, disse que o caos desencadeado pela dissolução da assembleia pode ser difícil de ultrapassar.

O antigo presidente francês Nicolas Sarkozy alertou no domingo para o facto de a inesperada decisão do presidente Emmanuel Macron de dissolver a Assembleia Nacional e convocar eleições legislativas antecipadas poder mergulhar o país no caos.

Macron convocou a votação antecipada, que terá lugar em duas voltas, a 30 de junho e 7 de julho, depois de a sua aliança centrista ter sido derrotada pelo Rassemblement Nacional (RN), de extrema-direita, nas eleições para o Parlamento Europeu do passado domingo.

Sarkozy, antigo presidente conservador que esteve no poder entre 2007 e 2012 e continua a ser uma figura política importante, disse que o caos desencadeado pela dissolução da assembleia pode ser difícil de ultrapassar, de acordo com uma notícia do Journal du Dimanche, citada pela Reuters.

Dar a palavra ao povo francês para justificar a dissolução é um argumento curioso, uma vez que foi precisamente isso que mais de 25 milhões de franceses acabaram de fazer nas urnas”, afirmou Sarkozy, que mantém relações de amizade com Macron, referindo-se às eleições europeias de 9 de junho.

“O risco é grande de confirmarem a sua raiva em vez de a inverterem”, afirmou. Uma sondagem realizada no sábado parece corroborar as suas preocupações.

A sondagem OpinionWay-Vae Solis, realizada para Les Echos e Radio Classique, mostra que o RN lideraria a primeira volta das eleições legislativas com 33% dos votos, à frente da Frente Popular, a aliança de partidos de esquerda, com 25%. O campo centrista de Macron tinha 20%.

Milhares de pessoas marcharam em Paris e em cidades de toda a França no sábado para protestar contra a extrema-direita.

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PRR

PRR não corrige atrasos estruturais da economia, mas ajuda a diminui-los, diz Castro Almeida

  • ECO
  • 16 Junho 2024

Manuel Castro Almeida, ministro Adjunto e da Coesão, promete acelerar e fiscalizar o plano, com "zero tolerância para a fraude".

O Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) não vai corrigir os atrasos estruturais da economia portuguesa, mas vai dar um contributo para reduzi-los, afirmou o ministro Adjunto e da Coesão, Manuel Castro Almeida.

Em entrevista publicada este domingo no Jornal de Notícias (acesso pago), o ministro explicou que tem “desde há muito tempo, uma grande esperança nas agendas mobilizadoras“, mas reconheceu que “a sua implementação não foi muito feliz”.

Manuel Castro Almeida explicou que com o PRR “o país inclinou mais, sem dúvida, para o litoral”, com o anterior Governo a optar por trazer para Lisboa uma grande concentração de fundos. “Não foi um instrumento de diminuição de assimetrias regionais, esse é o PT2030”.

Em relação aos alertas do Ministério Público sobre os riscos de fraude no PRR, o ministro recordou que uma das primeiras medidas do Governo foi alargar o quadro de inspetores no terreno da Agência para o Desenvolvimento e Coesão.

“Em Portugal, temos uma prática de nos dedicarmos muito a fiscalizar os papéis”, disse, salientando que os papéis “podem não detetar muitas coisas, abusos e fraudes que o terreno deteta”.

“Do nosso lado, há tolerância zero para a fraude“, garantiu.

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Nome de António Costa para Conselho Europeu é “inquestionável”, diz Elisa Ferreira

  • ECO
  • 16 Junho 2024

A comissária Elisa Ferreira diz ainda que está convicta de que as duas principais famílias políticas se vão entender para a continuidade de Ursula von der Leyen na presidência da Comissão Europeia.

A comissária para a Coesão e Reformas, Elisa Ferreira, acredita que há forte probabilidade de as duas principais famílias políticas europeias escolherem o ex-primeiro-ministro português, António Costa, para suceder a Charles Michel na presidência do Conselho Europeu.

Em entrevista ao Diário de Notícias, Elisa Ferreira afirmou que “temos um nome que é considerado inquestionável para a presidência do Conselho Europeu e esse nome é António Costa”.

A comissária europeia sublinhou ainda que está convicta de que as famílias políticas vão também chegar a acordo para a continuidade de Ursula von der Leyen na presidência da Comissão.

O Conselho Europeu começa, segunda-feira, um debate sobre cargos de topo da União Europeia, que deve culminar com uma decisão na cimeira europeia no final do mês, discutindo-se o nome de António Costa para liderança da instituição.

Na segunda-feira, os líderes da UE — incluindo o chefe de Governo português, Luís Montenegro — reúnem-se num jantar informal em Bruxelas para debater o próximo ciclo institucional, uma semana depois das eleições europeias, que deram vitória ao Partido Popular Europeu (PPE), seguido dos Socialistas e Democratas (S&D) e dos liberais do Renovar a Europa.

 

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Empresários lusos veem sinais de melhoria da situação económica na Venezuela

  • Lusa
  • 16 Junho 2024

Os empresários portugueses começam a ver sinais de "uma abertura" quer das autoridades venezuelanas quer do mercado.

Apesar da contração económica que desde há vários anos afeta a Venezuela, os empresários portugueses começam a ver sinais de “uma abertura” quer das autoridades quer do mercado que dá esperança, mas lança novos desafios.

“Há alguma abertura, mas estamos buscando a maneira de que se abra um pouco mais. Estávamos muito fechados, trancados, mas agora há um pouquinho de luz ao fim do túnel”, disse o vice-presidente da Câmara de Comércio Venezuelana Portuguesa (Cavenport).

Tiago da Silva explicou à Lusa que, nos últimos anos, os empresários portugueses passaram por momentos muito complicados, mas que agora os sinais de melhoria estão acompanhados de novos desafios.

“Parafraseando os navegadores portugueses, às vezes temos tido vento contra, mas sempre pensando chegar a terra firme, buscando o melhor para a nossa comunidade, em particular a de Valência, estado de Carabobo”, no norte da Venezuela, disse.

Para Tiago da Silva, o maior desafio para os empresários é “desenvolver-se e crescer”, principalmente para os “mais pequeninos”.

“Eu próprio comecei com um pequeno empreendimento. Quem não tem uma loja, tem de conseguir e quem tem uma procura ampliar, de ser microempresário a empresário médio ou grande”, exemplificou.

O vice-presidente da Cavenport explicou ainda que “a Venezuela continua a ser uma terra de oportunidades” e que esse é um dos motivos pelos quais os portugueses criaram raízes locais.

Tiago da Silva explicou ainda que a Cavenport foi fundada há mais de 25 anos e que atualmente faz aconselhamento jurídico, contabilístico, em matéria fiscal e orientação em negócios aos comerciantes e empresários do estado de Caracas.

A Cavenport “é a única câmara de comércio reconhecida por Portugal” e dá orientação para a exportação e importação de produtos portugueses e a concretização de fusões e novos investimentos, acrescentou.

Em declarações à Lusa a presidente da Cavenport, Fátima de Ponte, explicou que a câmara de comércio prepara a abertura de filiais em Caracas e nos estados de Miranda e Vargas (ambos no norte).

A empresária acrescentou que a Cavenport organizou, na quinta-feira, um encontro da comunidade portuguesa de Valência, que recordou o 50.º aniversário da Revolução dos Cravos.

No encontro, historiadores locais falaram sobre os portugueses e a contribuição que deram ao desenvolvimento local desde o século 19.

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Orçamento do Benfica para 2024/25 aprovado com 47,61% de votos a favor

  • Lusa
  • 16 Junho 2024

O orçamento para 2024/25 recebeu 47,61% votos a favor, face aos 43,20% contra e aos 9,19% de abstenção, num universo de 1.992 votantes na assembleia-geral.

Os sócios do Benfica aprovaram o orçamento ordinário de exploração e investimentos e o plano de atividades para o exercício 2024/25, em assembleia-geral no Estádio da Luz, que durou sete horas e meia.

A reunião magna foi movida do Pavilhão N.º2 do complexo para o Estádio da Luz, devido à grande afluência de sócios que quiseram marcar presença no sábado.

O orçamento em análise recebeu 47,61% votos a favor, face aos 43,20% contra e aos 9,19% de abstenção, num universo de 1.992 votantes na assembleia-geral, iniciada às 16:00 e terminada às 23:30.

O resultado apertado da votação demonstra a contestação que vive a atual direção do Benfica, presidida por Rui Costa, como foi visível durante todo o dia no complexo encarnado, que também recebeu outra assembleia-geral durante a manhã.

Foram 79 os sócios que tomaram a palavra na assembleia-geral vespertina, com várias críticas e oposições à administração das águias, em temas que marcam a atualidade do Benfica, desde a época desportiva aos casos judiciais e à recente auditoria forense.

O presidente do clube lisboeta discursou aos associados no início da assembleia-geral vespertina, recebendo assobios e gritos a pedir a demissão, tendo utilizado novamente a palavra mais tarde, de forma a responder às muitas perguntas dos sócios do Benfica.

Nesse discurso inaugural, Rui Costa afirmou que “não há nenhuma crise de liderança” no clube, que quer que seja “cada vez mais vitorioso”, rejeitando ainda que os sócios coloquem em causa a seriedade e o caráter dos membros que compõem a sua direção.

“Não há vazios ou ausência de decisão. Assumimos as nossas responsabilidades e temos um projeto para o futuro deste clube. Não viro às costas, nem fujo às minhas obrigações. Eu respondo por mim e pela minha equipa, mesmo por aqueles que decidiram sair. Nós vamos voltar a vencer no futebol e continuar a vencer nas modalidades. O Benfica vai permanecer como o clube mais vencedor em Portugal, como tem sido nas duas últimas épocas”, salientou o dirigente.

 

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#3 História a ser escrita no Euro 2024

O ECO estabeleceu uma parceria com o jornal desportivo online Bola na Rede, para o acompanhamento do Euro 2024. O jornalista Diogo Reis é Enviado Especial à Alemanha e escreve uma crónica diária.

O Euro 2024 ainda agora começou e já se escreveu história. O futebol tem esta pequenina coisinha de seguir o caminho da imprevisibilidade temporada após temporada, com novas personagens no roteiro. No segundo dia da competição, a Suíça surpreendeu a Hungria (que apresentou dificuldades em pressionar e jogar olhos nos olhos, ainda que tenha crescido na segunda parte); a Espanha retirou influência do meio-campo croata, foi eficaz e venceu a Croácia (alguns problemas na finalização) e a Itália fez uma remontada frente a uma Albânia limitada ofensivamente. Não obstante há mérito em ter deixado o jogo em aberto até ao final.

Hoje temos a Polónia x Países Baixos (14h00, Sport TV), Eslovénia x Dinamarca (17h00, Sport TV) e Sérvia x Inglaterra (20h00, TVI).

Os 5 cantos

O que é golo?

Michel Aebischer já não marcava há um ano e cinco meses, contabilizando tanto clube como seleção. Contra a Hungria, o médio de 27 anos, que atua no Bolonha, fez o seu primeiro golo pela Suíça, ao fim de 21 jogos. Tudo bem que não é um avançado e, portanto, está mais livre dessa responsabilidade, porém não deixa de ser interessante. A última vez que tinha balançado as redes foi no dia 15 de janeiro de 2022. Agora marcou e assistiu.

Grão a grão enche o Morata os bolsos

Álvaro Morata marcou o primeiro golo da Espanha diante da Croácia e aproxima-se num par de estatísticas. Principalmente, iguala Alan Shearer e Antoine Griezmann no terceiro lugar dos melhores marcadores de sempre em Europeus (7G) e está a três golos de atingir David Villa (13G), o jogador com mais golos pela Espanha em fases finais (Mundial e Europeu). Podia ter bisado, mas falhou uma grande oportunidade. Nota ainda para Lamine Yamal que bateu o recorde do mais jovem de sempre a jogar num Europeu (16 anos) e ainda assistiu.

O Flash da Albânia

Lembram-se da parte em que “já se escreveu história”? Nedim Bajrami marcou o golo mais rápido de sempre em Campeonatos da Europa. Bastou 23 segundos para o jogador da Albânia faturar contra a Itália e superar a marca dos 67 segundos do russo Dmitri Kirichenko (Rússia 2-1 Grécia no Euro 2004). Foi apenas o segundo golo marcado pela seleção da Albânia em Europeus. Nedim Bajrami é um médio ofensivo de 25 anos que representa o Sassuolo.

Os colegas de quarto Eslovénia e Dinamarca

Já devem estar fartos um do outro. Estiveram juntos na fase de qualificação, onde terminaram colados com 22 pontos (Dinamarca beneficiou do confronto direto). Estão no mesmo grupo do Euro 2024 e até assemelham-se no momento de forma: Dinamarca com uma derrota nos últimos 12 jogos e Eslovénia com uma derrota nos últimos 10. Há curiosidade para perceber o papel de Josip Ilicic (superou uma depressão e não é titular pela Eslovénia desde 2021) e a posição da Dinamarca que tem oscilado entre grande torneio (meias-finais no Euro passado) e último lugar com apenas um ponto no Mundial 2022. Mostraram dificuldades defensivas e, em ocasiões, falta de criatividade ofensiva.

Maldição da Inglaterra

A Inglaterra venceu o seu jogo de estreia apenas uma vez nos últimos oito Campeonatos da Europa, além de que não conquista um grande torneio internacional desde o Mundial de 1966. Coisa pouca. Hoje em dia é, para muitos, uma das favoritas a vencer o Euro 2024 e a verdade é que qualidade técnica não falta. Gareth Southgate ainda deixou de fora alguns nomes, como Jack Grealish, Marcus Rashford e Jadon Sancho.

O primeiro desafio será a Sérvia, uma seleção física e agressiva que aposta constantemente em cruzamentos para também marcar de cabeça. Têm sido irregulares e geram dúvidas sobre o seu rendimento. Há também a Polónia x Países Baixos, e foram ambos atacados pelo vírus das lesões. Robert Lewandowski de um lado e Frenkie De Jong do outro, por exemplo.

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Ucrânia: Sucesso da Cimeira para a Paz será medido por adesão ao comunicado final – Marcelo

  • Lusa
  • 15 Junho 2024

"É um primeiro passo para uma realidade que continua a ser construída com o objetivo da paz", declarou o Presidente da República.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou este sábado que o sucesso da Cimeira para a Paz na Ucrânia será medido, além do número de participantes, pela adesão ao comunicado final e pelo teor do documento.

Em declarações à entrada para a estância suíça de Burgenstock, nos arredores de Lucerna, que acolhe a reunião entre hoje e domingo, Marcelo Rebelo de Sousa, questionado sobre como se poderá ‘medir’ o sucesso desta conferência, respondeu que será pelo “número de participantes, a adesão deles ao comunicado final e a importância do comunicado final“.

“É um primeiro passo para uma realidade que continua a ser construída com o objetivo da paz”, declarou o Presidente da República, que sublinhou o facto de participarem na cimeira “90 e tal países do mundo, mais organizações internacionais”.

A Suíça acolhe entre hoje e domingo a Cimeira para a Paz na Ucrânia, que junta representantes de perto de uma centena de países e organizações, mas sem a participação da Rússia nem da China, entre outros ausentes de peso.

Portugal está representado pelo chefe de Estado e também pelo ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel.

O objetivo da conferência, organizada pela Suíça na sequência de um pedido nesse sentido do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, é “inspirar um futuro processo de paz”, tendo por base “os debates que tiveram lugar nos últimos meses, nomeadamente o plano de paz ucraniano e outras propostas de paz baseadas na Carta das Nações Unidas e nos princípios fundamentais do direito internacional”.

À chegada à cimeira, Zelensky manifestou-se convicto de que “vai ser feita história”, fazendo votos para que os esforços conjuntos a nível global garantam uma “paz justa tão cedo quanto possível”.

Referindo-se sempre à conferência como “inaugural” e a “primeira” de alto nível rumo à paz, o Presidente ucraniano regozijou-se com a grande participação e disse acreditar que os esforços “do mundo forte” podem levar ao estabelecimento de uma “paz justa tão cedo quanto possível”.

Os trabalhos têm hoje início às 17:30 locais (16:30 de Lisboa) e foram destacados quatro mil militares para garantir a segurança do evento.

A Ucrânia espera obter um largo apoio internacional a um plano conjunto de paz, já na perspetiva de uma segunda cimeira, para a qual seria convidada a Rússia, que atualmente ocupa cerca de 20% do território ucraniano, na sequência da ofensiva militar lançada em fevereiro de 2022.

No domingo, estão previstas três sessões temáticas, dedicadas a “aspetos cruciais para o início de um processo de paz sustentável na Ucrânia”, com os líderes a debaterem as questões da segurança alimentar, nomeadamente para os países do denominado Sul Global (em desenvolvimento), a segurança nuclear e várias questões humanitárias.

Da agenda faz também parte uma discussão sobre “a livre navegação no mar Negro”, uma vez que “é um pré-requisito indispensável para a exportação de alimentos entre o ‘celeiro da Europa’ [Ucrânia] e os países do Sul Global”, de acordo com a organização.

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Rui Costa rejeita crise de liderança no Benfica. “Não há vazios nem ausência de decisão”

O presidente do Benfica falou aos sócios na AG, três dias depois da demissão de Luís Mendes, vice-presidente e administrador-executivo da SAD.

O presidente do Sport Lisboa e Benfica, Rui Costa, rejeitou este sábado a existência de uma crise de liderança no clube, afirmando que não há “vazios de decisão, três dias depois de Luís Mendes, vice-presidente e administrador-executivo da Sociedade Anónima Desportiva (SAD) e responsável pela área financeira, ter renunciado ao cargo.

“Caros consócios, não há nenhuma crise de liderança no Benfica”, afirmou Rui Costa este sábado aos sócios no início de Assembleia Geral Ordinária do Clube no Estádio da Luz, em declarações divulgadas no site do clube.

Não há vazios nem ausência de decisão. O Presidente do Benfica está aqui, como sempre esteve, como também está aqui a sua Direção para dar a cara perante todos vós”, explicou.

“Assumimos as nossas responsabilidades e temos um projeto para o futuro do Clube. Não viro as costas nem fujo às minhas obrigações. Respondo por mim e pela minha equipa, mesmo por aqueles que decidiram sair“, sublinhou.

A informação da demissão de Luís Mendes foi confirmada esta quarta-feira pelo Benfica, através de comunicação à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), após de ter sido conhecido, publicamente, a existência de divergências com Rui Costa.

Luís Mendes era responsável pelo pelouro financeiro, entre outros, depois da saída do CEO Domingos Soares de Oliveira.

“Encontrar mártires onde eles não existem”

Segundo o Correio da Manhã terão sido os elevados gastos com a empresa de segurança que trabalha para as águias na base da divergência entre o líder do clube e o seu ‘braço direito’. Este sábado, Rui Costa não se referiu especificamente a esse tema, mas falou sobre os Fornecimentos e Serviços Externos (FSE).

“Relativamente aos FSE, tenho lido e ouvido muito durante estes dias, mas vamos ser claros: tem sido um cavalo de batalha desta direção estancar o crescimento anual dos FSE e garantir total prioridade à componente desportiva”, referiu. “Não há nenhum contrato que não tenha sido revisto e examinado em detalhe ao longo dos últimos três anos”.

Explicou que é uma trajetória “que está a ser revista e uma batalha que está a ser ganha apesar dos valores de inflação, dos compromissos assumidos e apesar de termos todas as equipas a competir na Europa como nunca tivemos, com todos os respetivos custos que tal representa”.

“Insisto: tem sido das maiores batalhas internas garantir um investimento máximo na componente desportiva, diminuindo tudo o que é acessório. A prioridade máxima é vencer”, adiantou, sublinhando: “Não vale a pena fazer disto um tema ou encontrar mártires onde eles não existem“.

“Justifico cada transferência”

Rui Costa falou também aos sócios sobre a auditoria forense da EY feita à SAD do Benfica e que – entre 1 de setembro de 2021 e 13 de outubro de 2023 – analisou os contratos de transferência de 51 jogadores do clube dos encarnados e respetivos 76 agentes – de 2008 a 2022 – no seguimento do chamado processo Cartão Vermelho.

O presidente do Benfica disse que, relativamente às questões da transparência e boas práticas, a direção tem procurado informar os sócios.

A cada mercado justifico cada uma das contratações, o seu racional e o que representa em termos de custos, bem como as vendas de jogadores”, disse.

“Fizemos uma auditoria a todos os contratos que estão na Operação Cartão Vermelho. Todos. Disponibilizámos essas conclusões aos sócios antes desta AG e entregámo-las ao Ministério Público”, vincou.

Anunciou que “vamos fazer uma nova auditoria aos contratos que estão sob investigação das autoridades, e assim será sempre que haja dúvidas por parte da justiça”.

“Mais importante ainda, posso garantir que neste mandato praticamos as melhores práticas de compliance e aplicamos as indicações da FIFA para garantir total transparência”, precisou Rui Costa.

A segunda assembleia-geral do Benfica está realizar-se esta tarde no Estádio da Luz, a partir das 16:00, ao invés do Pavilhão n.º2 do complexo, devido à grande afluência de sócios que criou atrasos e alguma desorganização nas entradas.

A assembleia-geral extraordinária, para discussão e votação das propostas de alteração dos estatutos do clube, estava prevista iniciar-se às 10h30, mas apenas arrancou pelas 12h15, face aos milhares de pessoas que começaram a fazer fila desde bem cedo no complexo.

A afluência causou algumas dúvidas sobre a capacidade do pavilhão em albergar todos os associados, mas a sessão manteve-se no mesmo local e durou cerca de 30 minutos, quando ainda existiam dezenas de pessoas na fila, à espera para entrarem no recinto.

(Notícia atualizada às 17h25)

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📹 Quais são os jogadores mais valiosos da seleção nacional?

  • ECO
  • 15 Junho 2024

O Euro 2024 já começou e na prova estão alguns dos jogadores mais valiosos do futebol mundial. Conheça quais são os jogadores mais "caros" da seleção nacional.

Já arrancou o Euro 2024. Durante um mês, 24 seleções vão competir no campeonato europeu que se realiza na Alemanha. No torneio vão estar presentes alguns dos jogadores mais valiosos do mundo. Veja, no vídeo abaixo, segundo dados da plataforma Transfermarkt, quais os dez jogadores mais valiosos da seleção portuguesa de futebol.

http://videos.sapo.pt/NAv0MEvIElfQZt90qF4a

Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para ver o vídeo.

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Países da UE não vão participar no empréstimo do G7 à Ucrânia, diz Meloni

  • ECO
  • 15 Junho 2024

A Europa já está a contribuir, ao fornecer mecanismos de garantia para o empréstimo, disse Meloni, citada pela Reuters no final da cimeira do G7 em Borgo Egnazia.

Os estados-membros da União Europeia não vão estar, por enquanto, diretamente envolvidos num empréstimo de 50 mil milhões de dólares (cerca de 476,7 mil milhões de euros) que o Grupo dos Sete (G7) planeia obter para a Ucrânia com base nos rendimentos dos ativos russos congelados, disse a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni no sábado.

A Europa já está a contribuir, ao fornecer mecanismos de garantia para o empréstimo, disse Meloni, citada pela Reuters no final da cimeira do G7 em Borgo Egnazia, acrescentando que os Estados Unidos, o Canadá, a Grã-Bretanha e, provavelmente, o Japão irão contribuir.

 

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