Incêndio de “grande intensidade” em Aljustrel corta A2 nos dois sentidos

  • ECO
  • 16 Junho 2024

Segundo a Proteção Civil, ainda há meios a serem posicionados no local e, para já, não há feridos a registar nem habitações em risco, noticia a Rádio Observador.

Um incêndio que está avançar este domingo com “grande intensidade” a partir de Messejana, no concelho de Aljustrel, obrigou ao corte da autoestrada A2 nos dois sentidos, noticiou a Rádio Observador.

Fonte do Comando Sub-regional de Emergência e Proteção Civil do Baixo Alentejo confirmou à estação de rádio que o incêndio tem três frentes ativas a ser combatidas por mais de 100 operacionais e seis meios aéreos.

Segundo a Proteção Civil, ainda há meios a serem posicionados no local e, para já, não há feridos a registar nem habitações em risco, adianta a Rádio Observador.

De acordo com o site fogos.pt, o incêndio teve início em Messejana às 17h04.

(Em atualização)

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Mais de 1.900 residentes de Miranda do Douro aderiram ao seguro municipal fornecido pela Lusitania

  • ECO Seguros
  • 16 Junho 2024

Com esta iniciativa a câmara quer melhorar a qualidade de vida da população e atrair novas famílias. O órgão administrativo pagou 690 mil euros que cobre serviços da Lusitania por dois anos.

Mais de 1.900 residentes de Miranda do Douro aderiram ao seguro municipal “Miranda Saudável” desde o seu lançamento em novembro de 2023. Segundo avançou a RTP, nesse período, foram realizadas mais de 500 consultas de medicina geral e familiar, aproximadamente 100 consultas noutras especialidades e cerca de 200 exames complementares de diagnóstico.

As áreas mais procuradas foram dermatologia, reumatologia e ortopedia.

A Câmara Municipal de Miranda do Douro investiu 690 mil euros nesta iniciativa – valor que cobre por dois anos os serviços disponibilizados pela seguradora Lusitania, segundo o relatório de prestação de contas de 2023 do município. A Lusitania foi escolhida num concurso público em que também concorreu a Costa Duarte.

Nota que o acesso a este produto é gratuito para qualquer residente. Este tem de possuir o cartão de saúde municipal que o identifica e lhe “permite o acesso aos cuidados de saúde prestados na rede médica e o acesso aos cuidados de estomatologia e medicina dentárias”, lê-se no caderno de encargos.

Nesse sentido, os beneficiários podem agendar no posto de saúde local, situado na junta de freguesia de Miranda do Douro, a sua consulta junto do médico de clínica geral cuja ligação à equipa médica hospitalar é feita de imediato, “quer seja através de tecnologias que garantam observação remota dos casos em tratamento, quer seja, pelo agendamento prioritário de Consultas e/ou exames no hospital privado de suporte”, cujo transporte está assegurado, lê-se no site do órgão administrativo.

A Câmara Municipal de Miranda do Douro avançou com este procedimento complementar ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) para “aumentar a qualidade de vida no seu concelho e garantir mais e melhor saúde para a sua população”, assim como para atrair “novas famílias”.

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Lucros da Mudum caem 10% em 2023 para 3,81 milhões de euros

  • Lusa
  • 16 Junho 2024

A seguradora registou mais 2% de sinistros que no ano anterior. Mas os custos com cada aumentou, o que justifica parte da queda dos lucros.

A seguradora Mudum teve lucros de 3,81 milhões de euros em 2023, menos 10% face ao ano anterior, uma redução explicada “sobretudo pela subida dos custos com sinistros” no ano em análise.

Em 2023, a Mudum – ex-GNB e antiga BES Seguros – viu o seu volume de prémios brutos subir 3% ao ano, para 79,36 milhões de euros, contando com 453.045 apólices em carteira.

Em comunicado, a Mudum sublinhou os lucros e o rácio de solvência de 232%, num ano “de crescimento continuo e sustentável”.

A seguradora considerou que 2023 apresentou uma “forte dinâmica comercial, em pleno alinhamento com a estratégia do principal parceiro de distribuição, o Grupo Novo Banco”.

A base de clientes cresceu 5,5%, para 17.124.

Os custos com sinistros de seguro direto aumentaram 4%, para 42,668 milhões de euros, destacando-se os contributos dos portfólios multirriscos habitação e de saúde, que subiram, respetivamente, 1,67 milhões de euros e 1,65 milhões de euros devido a um conjunto de eventos climatéricos e com o “aumento generalizado dos custos com saúde no mercado português”.

No total, a seguradora abriu 252.278 sinistros, menos 2% que um ano antes.

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APS organiza seminário sobre alterações climáticas

  • ECO Seguros
  • 16 Junho 2024

O seminário está agendado para dia 26 deste mês entre as 10h00 e 12h30. Os inscritos poderão participar no seminário no auditório da APS em Lisboa ou à distância através da plataforma zoom. 

A Associação Portuguesa de Seguradores (APS) anunciou o seminário “Alterações Climáticas”, a ser realizado no dia 26 de junho, que será um evento de análise e debate sobre a exposição do setor segurador aos riscos relacionados com as alterações climáticas.

A abertura do evento está a cargo de Carlos Ferreira Borges, coordenador do TAR (Técnicos e Analistas de Riscos). De seguida, Pedro Garrett, investigador em questões relacionadas com as alterações climáticas e co-fundador da 2adapt, irá falar sobre os desafios e oportunidades provenientes dos riscos climáticos; e Andrea Bertoldi, CEO Aon Re irá apresentar a perspetiva do mercado ressegurador.

Nota que é o seminário de encerramento do Curso de Qualificação de Técnicos Analistas de Riscos Industriais – TAR 2023 / 24 da APS.

O seminário está agendado para dia 26 deste mês entre as 10h00 e 12h30. Os inscritos poderão participar no seminário no auditório da APS em Lisboa ou à distância através da plataforma Zoom. Para inscrições aqui.

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Aon anuncia programa de seguros de 350 milhões de dólares para a Ucrânia

  • ECO Seguros
  • 16 Junho 2024

Aon, Departamento para o Desenvolvimento dos EUA e seguradora ARX vão cooperar para criar uma carteira de apólices de seguro de guerra para empresas a operar no país.

A corretora Aon e a agência governamental para o Desenvolvimento dos EUA (DFC, sigla em inglês) anunciaram um programa conjunto de seguros de guerra de 350 milhões de dólares para a Ucrânia. O projeto visa atrair investidores para o país e assim acelerar a sua recuperação económica.

Eric Andersen, presidente da Aon: “O capital não vai para onde não está protegido e este programa sem precedentes com a agência governamental para o Desenvolvimento dos EUA destina-se a desbloquear e acelerar o investimento na Ucrânia numa altura em que a necessidade é mais premente”.

Nesse âmbito, a Aon coordenou um mecanismo de resseguro, em colaboração com a DFC e o ministério do Desenvolvimento da Economia e do Comércio ucraniano, que abrange 50 milhões de dólares para apoiar a emissão de apólices de risco de guerra no terreno para empresas que operam na Ucrânia. Já os restantes 300 milhões de dólares resultam da colaboração da Aon e a DFC para um seguro de risco de guerra adicional para os setores da saúde e agricultura ucraniano.

O mecanismo de resseguro assumirá dois formatos: o que cobre empréstimos concedidos por bancos locais ucranianos para facilitar empréstimos a setores e regiões prioritárias; e a subscrição de riscos, sobretudo de guerra e políticos.

A DFC atuará como resseguradora da companhias de seguro autorizadas a emitir apólices na Ucrânia. A primeira seguradora ucraniana qualificada para aceder ao mecanismo de resseguro é a ARX, uma subsidiária da canadiana FairFax Finantial.

“O capital não vai para onde não está protegido e este programa sem precedentes com a agência governamental para o Desenvolvimento dos EUA destina-se a desbloquear e acelerar o investimento na Ucrânia numa altura em que a necessidade é mais premente”, disse Eric Andersen, presidente da Aon, na Conferência de Recuperação da Ucrânia em Berlim. “Este mecanismo inovador permitirá ao setor segurador local avaliar adequadamente o risco e atrair os tão necessários novos capitais para a Ucrânia, criando simultaneamente capacidades e competências no país para apoiar a reconstrução.”, acrescenta.

O anúncio seguiu-se à nomeação, em setembro de 2023, da ex-secretária de Comércio Penny Pritzker como Representante Especial dos EUA para a Recuperação Económica da Ucrânia. Nesta função, “tem sido fundamental para o avanço do trabalho da Aon e da DFC para mobilizar o setor dos seguros para trazer 350 milhões de dólares em capital privado para apoiar a economia e a recuperação da Ucrânia”, lê-se no comunicado da corretora.

Assim, a Aon, a DFC e a ARX vão cooperar para criar uma carteira de apólices de seguro de guerra para empresas que operam no país e apoiar a ARX na expansão da sua oferta de seguros contra riscos de guerra. A longo prazo, pretende-se que este mecanismo incentive a participação de outras resseguradoras no mercado ucraniano.

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Corte de juros pela Fed em dezembro é “previsão razoável”, diz membro do comité de política monetária

  • ECO
  • 16 Junho 2024

Neel Kashkari, membro do comité de politica monetária da Reserva Federal, disse que o banco central está numa posição "muito boa para levar tempo, obter mais dados sobre a inflação".

O presidente da Reserva Federal de Minneapolis, Neel Kashkari, afirmou no domingo que é uma “previsão razoável” que o banco central dos Estados Unidos corte as taxas de juro uma vez este ano, esperando até dezembro para o fazer.

Kashkari fez o comentário numa entrevista ao programa “Face the Nation” da CBS. “Vai realmente depender dos dados, e estamos numa posição muito boa neste momento para levar o nosso tempo, obter mais dados sobre a inflação, obter mais dados sobre a economia, sobre o mercado de trabalho, antes de termos de tomar qualquer decisão”, disse, citado pela Reuters.

Na passada quarta-feira, o Comité de Política Monetária da Fed (FOMC, na sigla em inglês, e do qual Kashari é um dos membros), manteve a taxa dos fundos federais no intervalo de 5,25%-5,5%, o que representa o nível mais elevado desde 2001, numa decisão amplamente esperada por investidores e economistas.

As projeções apontam agora para um ou dois cortes de juros em 2024, mas Jerome Powell, presidente da Fed reforçou que a inflação continua elevada e quer ter mais confiança antes de baixar juros.

 

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📹 Para que servem os impostos?

  • ECO
  • 16 Junho 2024

Os impostos são cobrados pelo Governo, que depois os distribui. Pense neles como dividir um grande bolo em fatias para diferentes necessidades da comunidade.

Imagine que compra um livro. Além do preço, é acrescentado um extra. A este extra chama-se imposto. Uma pequena contribuição que todos fazem ao comprar bens e serviços. Mas, porque os pagamos e para que servem? A Comissão Europeia explica neste vídeo.

http://videos.sapo.pt/YTA9ZY7Q2qEHLpAzaRru

Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para ver o vídeo.

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Rússia não está pronta para ser envolvida em processo para paz justa, diz Zelensky

  • Lusa
  • 16 Junho 2024

Zelensky disse que Moscovo "fez tudo para que os líderes não viessem" à Cimeira da Paz na Ucrânia realizada este fim de semana em Burgenstock, na Suíça.

O Presidente ucraniano afirmou este domingo, no final da Cimeira para a Paz na Ucrânia, que “a Rússia não está preparada para uma paz justa”, pelo que o processo lançado este fim de semana na Suíça deve prosseguir sem Moscovo.

“Temos de fazer o nosso trabalho, não vamos pensar na Rússia, vamos fazer o que temos de fazer. Neste momento, a Rússia e os seus dirigentes não estão preparados para uma paz justa. É um facto”, declarou Volodymyr Zelensky, apontando que Moscovo “fez tudo para que os líderes não viessem” à conferência realizada entre sábado e hoje em Burgenstock, na Suíça.

Falando após uma cimeira, no final da qual cerca de 80 líderes mundiais apoiaram uma declaração comum que defende “os princípios da soberania, da independência e da integridade territorial”, mas apela também ao envolvimento de “todas as partes” no processo de paz, Zelensky comentou que, “nesta reunião, muitos queriam o envolvimento da Federação Russa, mas ao mesmo tempo a maioria dos países não querem apertar a mão” ao Presidente russo, Vladimir Putin.

Zelensky defendeu que, após esta primeira cimeira, o trabalho deve prosseguir com a realização de reuniões a nível ministerial e de grupos de trabalho, num nível mais técnico, com vista à elaboração de um plano de paz comum, e adiantou que tais reuniões deverão ter lugar em diversos países, tendo hoje já vários manifestado disponibilidade para as acolher.

Reiterando uma ideia já deixada na véspera, defendeu que “o processo certo” é prosseguir o trabalho, sem Moscovo envolvido, e quando a comunidade internacional acordar um plano de paz conjunto, que respeite o direito internacional e a Carta das Nações Unidas, será então apresentado aos representantes da Rússia, “e então se verá se estão interessados em pôr fim à guerra”.

Questionado sobre se aceitaria a participação da Rússia numa próxima cimeira, o Presidente ucraniano limitou-se a responder que Kiev está disponível para se sentar à mesa com representantes de Moscovo “amanhã”, mas na condição de as forças russas abandonarem todo o território ucraniano, respeitando a Carta das Nações Unidas.

A Cimeira para a Paz na Ucrânia juntou, entre sábado e hoje, na estância de Burgenstock, nos arredores de Lucerna, perto de uma centena de líderes de países e organizações, tendo Portugal estado representado pelo Presidente da República e pelo ministro dos Negócios Estrangeiros.

Em declarações à imprensa no final dos trabalhos, Marcelo Rebelo de Sousa disse acreditar que esta cimeira lançou uma “via imparável” para o fim do conflito, mas sublinhou que será necessário envolver todas as partes nos próximos passos.

“Este é um passo, há outros passos, e nos outros passos é bom que haja o alargamento a novos parceiros […] E eu acrescentei que, em rigor, deviam ter estado já aqui neste primeiro passo, mas poderão estar em passos seguintes”, afirmou o chefe de Estado.

Questionado sobre quem mais deve ser envolvido no processo, Marcelo, sem mencionar explicitamente a Rússia, respondeu que as conversações devem ser alargadas a “todas as partes envolvidas” no conflito.

“Se se trata de um conflito, envolve várias partes. E é impossível tratar desse conflito, tratar da troca de prisioneiros, tratar do regresso dos deportados, tratar de questões humanitárias, questões que envolvem as partes envolvidas no conflito, como é a saída dos cereais do local da sua produção, é muito difícil tratar de forma pacífica e duradoura sem estarem todos os envolvidos”, declarou.

Na sexta-feira, Putin, prometeu ordenar imediatamente um cessar-fogo na Ucrânia e iniciar negociações se Kiev começasse a retirar as tropas das quatro regiões anexadas por Moscovo em 2022 e renunciasse aos planos de adesão à NATO, exigências que configuram uma rendição, imediatamente rejeitada pela Ucrânia e Aliança Atlântica.

“Ele não apresenta propostas, apresenta simplesmente ultimatos”, comentou hoje Zelensky na conferência de imprensa final.

 

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Primor de Famalicão “fatia” 24º mercado de exportação em Cabo Verde

Com sede em Vila Nova de Famalicão, o grupo Primor emprega 850 pessoas, fatura 154 milhões de euros e exporta charcutaria para 23 países.

A Primor nasceu em 1961 em Vila Nova de Famalicão pelas mãos de Joaquim Moreira Pinto e Ana Amélia. De uma pequena empresa local, o casal criou um verdadeiro império na área das carnes, concentrando todo o processo de abate, desmanche e transformação. Passados 63 anos, o grupo tem unidades de produção em Portugal e Angola, emprega 850 pessoas, exporta para 23 países nos cinco continentes, faturando 154 milhões de euros. Nos planos da empresa familiar está o alargamento dos mercados externos, prevendo chegar ainda este ano a Cabo Verde.

Com capital 100% português, o grupo minhoto detém três marcas: Primor Charcutaria, ICM e Valinho, que são responsáveis por mais de 36 mil toneladas de produtos de charcutaria vendidos por ano. A Primor é a empresa mais antiga do grupo e responsável pela produção de charcutaria, pesando este segmento quase metade (47%) no volume de negócios consolidado.

Diariamente, saem das instalações da Primor cerca de 28 camiões. Da Primor Charcutaria-Prima saem, em média, nove camiões por dia carregados com vários produtos de charcutaria. Já da ICM (carnes frescas) saem perto de 19 camiões todos os dias, carregados de peças de carne de porco e que são distribuídos de norte a sul do país. Tanto para a distribuição moderna e cash&carry, como para o mercado tradicional e profissional, assim como para o internacional.

Na Primor Charcutaria, os mercados mais relevantes são Bélgica, Reino Unido, Moçambique, Alemanha e França, enquanto na ICM os maiores compradores são oriundos de Espanha, França, Bulgária, China e Angola.

Investe em embalagens sustentáveis e automação

Este ano, como revelou ao ECO, o grupo familiar tem previsto um investimento de dois milhões de euros para reforçar os projetos de inovação e sustentabilidade. Em causa estão embalagens mais sustentáveis e equipamentos que garantam esse embalamento, mas também a automação dos processos e máquinas que permitam maior volume e eficiência produtiva.

Entre 2020 e 2023, o grupo famalicense calcula ter investido cerca de 9,3 milhões de euros na indústria, dos quais 50% foram em projetos de inovação e sustentabilidade. Nomeadamente, em áreas como I&D, capacitação produtiva, eficiência energética e descarbonização da indústria.

Recuando na história, foi em 1985 que a Primor entrou pela primeira vez na lista das mil maiores empresas nacionais, de acordo com o ranking Dun & Bradstreet. Em 2002 adquire a ICM Pork, especializada na desmancha e comercialização de carne de suíno, refrigerada e congelada e a “maior exportadora portuguesa do segmento fornecendo para a Europa, América, Ásia e África”. Quatro ano depois, redefine a estratégia e expande cada uma das áreas de negócio, criando três segmentos: abate (Central Carnes); carnes frescas (ICM) e orodutos de charcutaria (Primor Charcutaria).

Em 2011, o ano da entrada da troika em Portugal, adquire metade do Grupo Valinho Angola, apontada como a única indústria de charcutaria em Angola. Nesse mesmo ano, a empresa portuguesa já detinha um entreposto e uma unidade industrial na província de Luanda, que foi transformada para duplicar a capacidade produtiva. Em 2014, a Primor participa na Feira Internacional Foodex Tóquio e, um ano depois, constitui a holding.

Inovação como “segredo do negócio”

Com foco na inovação, a Primor desenvolveu uma unidade produtiva, em pequena escala e equipada tecnologicamente para realizar testes e ensaios no âmbito do desenvolvimento de novos produtos de charcutaria. “A uma escala muito reduzida, conseguimos obter protótipos para a validação de provas de conceito de cada novo produto. Permite-nos reproduzir todo o processo industrial, que antecede o scale-up, reduzindo o time-to-market dos novos produtos”, explicam Pedro Jorge Pinto e André Oliveira, que lideram o grupo.

A uma escala muito reduzida, conseguimos obter protótipos para a validação de provas de conceito de cada novo produto. Permite-nos reproduzir todo o processo industrial, que antecede o scale-up, reduzindo o time-to-market dos novos produtos.

Pedro Jorge Pinto e André Oliveira

Gestores do Grupo Primor

Os representantes máximos da terceira geração da família destacam, por outro lado, que a marca “alia o forte know-how a uma constante procura de inovação, que é o pilar estratégico e motor para o crescimento da empresa, privilegiando o contacto permanente com a comunidade académica e científico tecnológica”. “A participação em projetos de investigação e o acolhimento de universidades e estudantes fazem parte do dia-a-dia do grupo”, concluem.

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IL diz que Governo vai falhar crescimento económico e que já falhou a maiores de 35 anos

  • Lusa
  • 16 Junho 2024

Com as medidas frágeis, insuficientes, pouco ambiciosas que este Governo está a tomar, por muito que anuncie muitos planos, o crescimento económico não será aquele que a AD previu", afirmou Rui Rocha.

O Governo vai falhar o crescimento económico que a Aliança Democrática inscreveu no seu programa eleitoral e já falhou aos maiores de 35 anos que não tiveram alívio fiscal visível, disse este domingo o presidente da Iniciativa Liberal (IL).

“Vai falhar no crescimento económico que a AD tinha colocado no seu programa eleitoral. Com as medidas frágeis, insuficientes, pouco ambiciosas que este Governo está a tomar, por muito que anuncie muitos planos, o crescimento económico não será aquele que a AD previu”, afirmou Rui Rocha, intervindo na abertura do Conselho Nacional da IL, que decorre este domingo em Coimbra.

“Vai falhar aos portugueses aí, porque a descida do IRC [Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas] faseada, mitigada, insuficiente, não vai trazer o investimento estrangeiro de que nós precisamos, não vai trazer as empresas de que nós precisamos, não vai trazer a luta e a competição pelos salários de que o país precisa e que levaria, de facto, a que todos os portugueses vivessem melhor. Isso não vai acontecer e eu responsabilizo aqui a AD pela falta de ambição desse projeto”, argumentou Rui Rocha.

O deputado e dirigente dos liberais portugueses voltou a defender que o crescimento económico e a baixa de impostos estão ligados e acusou o Governo liderado por Luís Montenegro de já ter falhado aos portugueses maiores de 35 anos “que veem que não tiveram nenhum alívio fiscal visível nestas decisões”, nem veem horizonte para que ele possa acontecer.

Dirigindo-se ainda ao Governo, que entra no seu terceiro mês de vigência, Rui Rocha avisou que, depois das eleições europeias e de muitos anúncios de medidas, “agora é o tempo de governar”, exigindo medidas na saúde, onde, alegou “os problemas persistem, e não é com falta de coragem, não é com remendos, não é com planos de emergência” que as reformas se fazem.

E também na habitação, onde apesar de um conjunto de medidas que estimulam a procura, o líder da IL constatou que o problema existe “e não vai ficar resolvido, pelo contrário, vai ser agravado, se o Governo da AD persistir em não tomar medidas que estimulem a oferta”.

Na sua intervenção, e aludindo ao resultado das eleições europeias, onde a IL conseguiu eleger dois deputados ao Parlamento Europeu, Rui Rocha defendeu que o partido tem agora uma responsabilidade acrescida: “É fundamental que os portugueses votem em liberdade, mas que o façam, não só nas eleições europeias, mas também nas legislativas. E este resultado traz-nos a responsabilidade acrescida de lutar (…) para que, a nível das legislativas, seja finalmente introduzido um círculo de compensação, que permita que não haja portugueses com escolhas de primeira e de segunda”, enfatizou.

O presidente da Iniciativa Liberal frisou que no atual quadro político não há possibilidade de fazer grandes previsões sobre o futuro do país, recusando, desse modo, fazer futurologia, garantiu que a IL será sempre contra populismos e extremismos de esquerda ou de direita, e reiterou a luta do seu partido contra o socialismo.

E concluiu a sua intervenção com um desafio ao Governo: “Não é possível mudar estruturalmente o país, não é possível mudá-lo com impacto na habitação, com impacto na saúde, no crescimento e na fiscalidade, se não houver coragem de fazer uma verdadeira reforma administrativa do Estado. Cá estaremos para exigir ao Governo da AD essa reforma”, frisou.

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Ucrânia: Cimeira iniciou via “imparável” para paz que terá de ser alargada à Rússia

  • Lusa
  • 16 Junho 2024

Marcelo Rebelo de Sousa considerou que a Cimeira da Paz na Ucrânia, realizada na Suiça, foi um sucesso, "pela sua representatividade".

O Presidente da República acredita que a Cimeira para a Paz na Ucrânia que este domingo termina na Suíça lançou uma “via imparável” para o fim do conflito, mas sublinhou que será necessário envolver todas as partes nos próximos passos.

Em declarações aos jornalistas depois de intervir na derradeira sessão plenária da cimeira que decorre desde sábado na estância de Burgenstock, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que a conferência foi um sucesso, “pela sua representatividade”, e sublinhou a ideia, deixada na sua intervenção perante os restantes representantes de cerca de uma centena de países e organizações presentes, de que “é imparável esta via, este caminho, este passo que foi dado hoje”.

“Este é um passo, há outros passos, e nos outros passos é bom que haja o alargamento a novos parceiros, naquela expressão que provavelmente o comunicado vai adotar ‘all parties‘ [todas as partes]. E eu acrescentei que, em rigor, deviam ter estado já aqui neste primeiro passo, mas poderão estar em passos seguintes”, afirmou o chefe de Estado.

Questionado sobre quem mais deve ser envolvido no processo, Marcelo, sem mencionar explicitamente a Federação Russa, respondeu que as conversações devem ser alargadas a “todas as partes envolvidas” diretamente no conflito.

“Se se trata de um conflito, envolve várias partes. E é impossível tratar desse conflito, tratar da troca de prisioneiros, tratar do regresso dos deportados, tratar de questões humanitárias, questões que envolvem as partes envolvidas no conflito, como é a saída dos cereais do local da sua produção, é muito difícil tratar de forma pacífica e duradoura sem estarem todos os envolvidos“, declarou.

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Ex-presidente Sarkozy alerta que eleições podem atirar França para o caos

  • ECO
  • 16 Junho 2024

Nicolas Sarkozy, conservador que esteve no poder entre 2007 e 2012 e continua a ser uma figura importante, disse que o caos desencadeado pela dissolução da assembleia pode ser difícil de ultrapassar.

O antigo presidente francês Nicolas Sarkozy alertou no domingo para o facto de a inesperada decisão do presidente Emmanuel Macron de dissolver a Assembleia Nacional e convocar eleições legislativas antecipadas poder mergulhar o país no caos.

Macron convocou a votação antecipada, que terá lugar em duas voltas, a 30 de junho e 7 de julho, depois de a sua aliança centrista ter sido derrotada pelo Rassemblement Nacional (RN), de extrema-direita, nas eleições para o Parlamento Europeu do passado domingo.

Sarkozy, antigo presidente conservador que esteve no poder entre 2007 e 2012 e continua a ser uma figura política importante, disse que o caos desencadeado pela dissolução da assembleia pode ser difícil de ultrapassar, de acordo com uma notícia do Journal du Dimanche, citada pela Reuters.

Dar a palavra ao povo francês para justificar a dissolução é um argumento curioso, uma vez que foi precisamente isso que mais de 25 milhões de franceses acabaram de fazer nas urnas”, afirmou Sarkozy, que mantém relações de amizade com Macron, referindo-se às eleições europeias de 9 de junho.

“O risco é grande de confirmarem a sua raiva em vez de a inverterem”, afirmou. Uma sondagem realizada no sábado parece corroborar as suas preocupações.

A sondagem OpinionWay-Vae Solis, realizada para Les Echos e Radio Classique, mostra que o RN lideraria a primeira volta das eleições legislativas com 33% dos votos, à frente da Frente Popular, a aliança de partidos de esquerda, com 25%. O campo centrista de Macron tinha 20%.

Milhares de pessoas marcharam em Paris e em cidades de toda a França no sábado para protestar contra a extrema-direita.

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