Listas de deputados do Chega violam paridade

  • ECO
  • 9 Maio 2025

Nas listas para a Europa e Fora da Europa, só 25% dos candidatos do Chega são mulheres, um número que fica muito aquém dos 40% estipulados por lei.

As listas do Chega para os círculos da emigração violam a lei da paridade, tendo em conta que apenas 25% dos candidatos são mulheres, um número que fica muito aquém dos 40% estipulados por lei, avança o Público. O Tribunal da Comarca de Lisboa deixou passar a irregularidade.

André Wemans, porta-voz da Comissão Nacional de Eleições (CNE), explicou que as listas que foram entretanto publicadas “já são definitivas” e “portanto não há nada a fazer”, destacando que a CNE não tem competência para intervir neste processo.

O partido liderado por André Ventura é o único que tem apenas uma mulher por círculo, ao contrário de todas as outras forças políticas com representação parlamentar (que têm dois homens e duas mulheres nos círculos da emigração).

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Montenegro salienta continuidade com Governo de Costa na política externa

  • Lusa
  • 9 Maio 2025

Montenegro disse não ter qualquer problema em reconhecer essa continuidade política, considerando que talvez o faça "com maior convicção do que alguns da família socialista" do ex-primeiro-ministro.

O presidente do PSD assumiu esta sexta-feira que adotou uma linha de continuidade face aos executivos de António Costa na política externa e considerou que o faz com maior convicção do que alguns da família socialista do ex-primeiro-ministro.

Luís Montenegro falava perante um auditório completamente cheio na Associação Nacional de Jovens Empresários, no Porto, numa iniciativa que assinala o Dia da Europa.

A sessão abriu com o eurodeputado social-democrata Sebastião Bugalho a atacar a estratégia de “medo” que disse estar a ser usada pelo PS na campanha eleitoral e a fazer a Luís Montenegro a primeira pergunta sobre a necessidade de Portugal investir em Defesa para cumprir os compromissos com os seus aliados.

Tendo na plateia a ouvi-lo os ministros Paulo Rangel, Nuno Melo e Pedro Duarte, o primeiro-ministro reiterou a sua posição de que o necessário aumento de investimento em Defesa, ao longo dos próximos anos, pode ser uma oportunidade para alavancar vários setores da indústria nacional, rejeitando assim que essa opção se resuma a “passar cheques” através da compra de armamento a outros países.

O presidente do PSD salientou depois que a Europa está sob ameaça e não pode hesitar no seu apoio à Ucrânia contra a invasão russa — uma linha política que fez questão de assinalar ter herdado do anterior executivo socialista.

Neste ponto, foi mesmo incisivo quando explicou o seu posicionamento em matéria de política externa, aproveitando igualmente para visar a oposição.

“Ao contrário daquilo que os outros fazem connosco, não tenho nenhum problema em assumir uma continuidade relativamente ao meu antecessor António Costa, que é presidente do Conselho Europeu, cargo que aliás exerce também com o apoio do Governo de Portugal e o meu pessoalmente”, acentuou.

Luís Montenegro disse não ter qualquer problema em reconhecer essa continuidade política. “Se calhar faço isso com maior convicção do que alguns que fazem parte da família política [de António Costa], mas, enfim, isto é apenas um pequeno aparte”, completou.

O que interessa, de acordo com Luís Montenegro, é que Portugal apresenta uma “grande convergência” nas políticas externa, de segurança e defesa.

“O que está em causa na defesa europeia, na guerra da Ucrânia, é a salvaguarda do nosso modo de vida europeu, da nossa soberania e da nossa liberdade”, advogou, antes de classificar como fundamental que Portugal cumpra “os seus deveres de solidariedade e de responsabilidade” no quadro da União Europeia e da NATO, aumentando os seus investimento em defesa.

Uma área em que Portugal “não pode ficar na cauda da Europa, como vinha acontecendo”, apontou, aqui numa crítica dirigida aos anteriores executivos socialistas.

A seguir, o primeiro-ministro apresentou qual a sua estratégia para que o aumento do investimento em Defesa não se traduza apenas numa subida da despesa do Estado, através do crescimento das importações.

“Temos de aproveitar esse investimento, não para fazer despesa, mas para fazer investimento. Não estamos aqui para passar cheques, não estamos aqui só para comprar material, não estamos aqui para dar a outras nações, com todo o respeito, os dividendos do aumento dos nossos gastos na área da defesa”, advertiu.

Em contrapartida, de acordo com Luís Montenegro, com o investimento em Defesa, Portugal tem uma “oportunidade de alavancar e desenvolver a sua indústria de defesa”.

“Devemos utilizar o aumento do nosso investimento em novas fábricas, em novas áreas de negócio, em serviços, em componentes, eventualmente no setor do armamento, ou em negócios complementares”, considerou, especificando depois setores como a indústria têxtil para o fornecimento de fardamentos, os drones, ou componentes da aeronáutica.

“Aquilo que proponho é cumprirmos os nossos compromissos externos e aproveitarmos essa oportunidade para podermos tirar proveito do investimento que estamos necessariamente obrigados a fazer”, acrescentou.

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Fico censura “política de cortina de ferro” de Kallas por criticar ida a Moscovo

  • Lusa
  • 9 Maio 2025

Robert Fico, que participou na parada militar do Dia D em Moscovo, recordou Kaja Kallas que "não tem qualquer autoridade" para criticar "um primeiro-ministro soberano de um país soberano".

O primeiro-ministro eslovaco reagiu esta sexta-feira às críticas da chefe da diplomacia europeia, por assistir à parada militar moscovita do Dia da Vitória, recordando-lhe que a diplomacia é o contrário da sua “nova política de cortina de ferro”.

“Pergunto-me como se pode fazer diplomacia e política externa se os políticos não podem encontrar-se e manter um diálogo normal sobre temas nos quais divergem”, declarou Robert Fico, numa carta aberta à Alta Responsável da União Europeia (UE) para a Política Externa e de Segurança, Kaja Kallas, que durante uma visita à Ucrânia, atacou o chefe do Governo eslovaco.

Fico criticou a “nova política de cortina de ferro” que a Europa está a tentar “tão intensamente” impor e recordou a Kallas que “não tem qualquer autoridade” para criticar “um primeiro-ministro soberano de um país soberano que está a abordar de forma construtiva a agenda europeia”.

“Registo as suas declarações. Aparentemente, não estou do lado certo da História, nem de outras profundas considerações geopolíticas semelhantes”, ironizou o chefe do executivo da Eslováquia, no princípio de uma missiva dividida em quatro pontos publicada nas suas contas das redes sociais. Robert Fico sublinhou que a sua visita a Moscovo faz parte da sua obrigação, enquanto primeiro-ministro, de “prestar homenagem” aos “mais de 60 mil soldados do Exército Vermelho que morreram a libertar a Eslováquia”.

“Não é, para mim, claro o que é que estas pessoas corajosas têm que ver com a atual situação internacional”, observou Fico, a quem as autoridades russas reconheceram “a vontade” que demonstrou ao estar presente na homenagem do 80.º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), “apesar das flagrantes e desenfreadas pressões”.

A Eslováquia foi um dos cerca de 20 países que marcaram presença, a nível de chefes de Estado ou de Governo, na parada militar russa, com a particularidade de ser um Estado-membro da UE. Outro dos presentes foi o Presidente da Sérvia, Aleksandar Vucic, cujo país aspira à adesão ao bloco comunitário europeu.

O Kremlin está a aproveitar as comemorações do 80.º aniversário da vitória sobre a Alemanha nazi para consolidar o patriotismo no seu país e fazer uma demonstração de força no estrangeiro, enquanto as suas tropas combatem na Ucrânia, desde a invasão do país vizinho a 24 de fevereiro de 2022.

O Presidente russo, Vladimir Putin, que lidera as cerimónias, louvou esta sexta “a coragem” dos soldados russos envolvidos na Ucrânia, perante milhares de soldados reunidos na Praça Vermelha e cerca de 20 líderes estrangeiros, entre os quais, além de Robert Fico e Aleksandar Vucic, aliados e parceiros de Moscovo, como China, Brasil, Cazaquistão, Bielorrússia, Vietname, Arménia, Cuba e Venezuela.

Putin voltou a estabelecer paralelos históricos entre a Segunda Guerra Mundial e a agressãO em grande escala à Ucrânia, por ocasião do 09 de maio, a data central do calendário patriótico russo. “Todo o país, a sociedade e o povo apoiam os participantes na operação militar especial” na Ucrânia, declarou Putin, utilizando o eufemismo para designar a guerra que já custou dezenas de milhares de vidas civis e militares e está a devastar o território ucraniano.

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AD continua na frente em nova sondagem, PS com subida ligeira

  • ECO
  • 9 Maio 2025

Na nova sondagem da Católica, a AD continua em vantagem nas intenções de voto (32%) e PS sobe dois pontos percentuais para 28%. Número de indecisos permanece nos 15%.

A faltar pouco mais de uma semana para as legislativas, uma sondagem da Universidade Católica para a RTP, Antena 1 e jornal Público mostra que a coligação PSD/CDS continua em vantagem nas intenções de voto e mantém a estimativa de 32% dos votos.

Já o PS reúne 28% das intenções de voto, mais dois pontos percentuais do que no estudo anterior, mantendo-se a possibilidade de um empate técnico entre os dois partidos. O Chega continua a ser apontado como a terceira força política ao subir de 19 para 20%. O número de indecisos permanece nos 15%.

A Iniciativa Liberal surge em quarto lugar mantendo os 6% de intenção de voto do inquérito anterior, seguido do Livre (4%), a CDU (3%) e Bloco de Esquerda (2%), cada um com a perda de um ponto percentual em relação à última sondagem. O PAN tem agora uma estimativa de 1,5% (compara com o 1% do último inquérito).

Os inquiridos foram contactados, por telemóvel, entre 28 e de abril e 6 de maio de 2025. Das 5.010 entrevistas, 1.464 aceitaram participar na sondagem, com 44% a ser do sexo feminino.

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Esta é a chave do Euromilhões. Jackpot é de 124 milhões de euros

  • ECO
  • 9 Maio 2025

O jackpot desta sexta-feira é de 124 milhões de euros, depois de não terem sido registados vencedores do primeiro prémio no sorteio anterior.

Com um primeiro prémio no valor de 124 milhões de euros, decorreu esta sexta-feira mais um sorteio do Euromilhões. O valor do jackpot subiu depois de não ter havido vencedores do primeiro prémio no sorteio anterior.

Veja a chave vencedora do sorteio desta sexta-feira, 9 de maio:

Números: 15, 18, 25, 29 e 47

Estrelas: 5 e 9

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Serviços mínimos permitem oferta “significativa” de comboios a partir de domingo, avança a CP

  • Lusa
  • 9 Maio 2025

Empresa acredita que "nos dias 12 e 13 de maio [segunda e terça-feira] se assegurem aproximadamente 50% dos comboios programados"

A CP – Comboios de Portugal avançou esta sexta-feira que os serviços mínimos decididos pelo Tribunal Arbitral para a greve dos revisores e trabalhadores das bilheteiras permitem assegurar uma “parte significativa” da oferta habitual, a partir de domingo.

“Esta decisão permitiu à CP assegurar uma parte significativa da oferta habitual, garantindo que os impactos nos serviços Urbanos de Lisboa e do Porto, nos dias 11 e 14 de maio [domingo e quarta-feira], sejam residuais, e contribuindo também para que nos dias 12 e 13 de maio [segunda e terça-feira] se assegurem aproximadamente 50% dos comboios programados”, salientou em comunicado.

A transportadora lembrou que “propôs a fixação de 30% de serviços mínimos, tendo o Tribunal Arbitral considerado que 25% seriam suficientes para garantir a mobilidade essencial”.

O Tribunal Arbitral do Conselho Económico e Social definiu a realização de serviços mínimos de 25% em todos os comboios programados”, nomeadamente Longo Curso, Regionais e Urbanos de Lisboa, Porto e Coimbra, “na sequência da greve decretada pelo SFRCI – Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante, entre as 00:00 de 11 de maio e as 24:00 de 14 de maio de 2025”.

A operadora “manifestou a sua concordância com esta decisão, contrária às mais recentes, nas quais a proposta de realização de serviços mínimos abaixo dos limites que permitam operar o transporte ferroviário com garantias mínimas de segurança dos passageiros, obrigou a uma supressão total de comboios”.

Esta decisão é, no seu entender, “mais justa, uma vez que protege os direitos dos clientes à mobilidade, ao trabalho, à saúde e à educação, assegurando simultaneamente o respeito pelo direito à greve”. As greves na CP continuam no fim de semana, mas o impacto deverá reduzir-se, prevendo-se sábado a paralisação dos maquinistas ao trabalho suplementar e, no domingo, os revisores e trabalhadores das bilheteiras juntam-se ao protesto.

Assim, de sábado a quarta-feira mantém-se a greve convocada pelo Sindicato dos Maquinistas (SMAQ), abrangendo apenas o trabalho suplementar, incluindo o trabalho em dia de descanso semanal, de acordo com informação no site da estrutura sindical. A partir de domingo começa uma nova paralisação, também até quarta-feira, do Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI), dos revisores e trabalhadores de bilheteiras.

Esta greve é parcial, decorrendo entre as 05:00 as 8:30 de segunda-feira e terça-feira, segundo explicou à Lusa o presidente SFRCI, Luís Bravo. No domingo e na quarta-feira a greve só afeta os comboios de longo curso “de forma residual”, acrescenta.

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ECO Local: “O modelo europeu é mesmo a solução destes tempos”

  • Local Online
  • 9 Maio 2025

O 2º ECO Local decorreu em Coimbra, no Salão Nobre da Câmara Municipal, e teve como tema o Futuro da Europa. Deputados e eurodeputados reuniram-se, em debate, para discutir os desafios.

No dia em que se comemora o Dia da Europa, a segunda conferência do ECO Local esteve em Coimbra para discutir, precisamente, o Futuro da Europa. Estas conferências são uma iniciativa do ECO e do Local Online, que vão promover vários encontros em diferentes localidades do país para debater temas de interesse nacional. No painel de debate foram abordadas as quatro liberdades europeias e as perspetivas de futuro.

O futuro da Europa não está escrito, constrói-se todos os dias. E os desafios que a Europa tem não são só económicos, são também geopolíticos e sociais”, começou por dizer Diogo Agostinho, COO do ECO, na abertura da sessão, onde justificou a escolha de Coimbra para este segundo debate pelo facto de ser uma cidade onde há “conhecimento, reflexão e capacidade de liberdade”.

Diogo Agostinho, COO do ECO

A mesma opinião foi partilhada por José Manuel Silva, Presidente da Câmara Municipal de Coimbra, que destacou as intenções positivas que a criação da União Europeia tinha, já que pretendia antecipar a cooperação económica e estabelecer um paradigma político com visão estratégica. “Uma Europa unida, na qual a guerra não só seria impensável, mas materialmente impossível”, realçou.

Apesar das boas intenções, o presidente relembrou que a questão da segurança tem merecido maior atenção devido à guerra da Rússia contra a Ucrânia: “A Europa deve ser capaz de assegurar um futuro seguro. Olhamos com orgulho para o caminho percorrido, mas temos de olhar para o futuro“.

José Manuel Silva, Presidente da Câmara Municipal de Coimbra

Liberdades europeias e os benefícios para Portugal

“O valor da liberdade é o valor absoluto mais importante do projeto europeu”, garantiu Lídia Pereira, Eurodeputada. Apesar de alguns desafios que se colocam no âmbito da internacionalização de empresas, por exemplo, a eurodeputada explicou que, desde a adesão de Portugal à UE, muitos avanços e transições já aconteceram e o objetivo será olhar a “União Europeia como referência de estabilidade“.

Perante um mundo que está a mudar a uma “velocidade enorme”, Lídia Pereira alertou para a necessidade de também a Europa mudar e de Portugal “repensar-se”. “O que temos de ter da Europa? Autonomia estratégica, mas com uma cautela devida para não cairmos no erro do que está a acontecer nos EUA. Temos de proteger os empregos e as empresas, mas proteção não é protecionismo“, lembrou.

E é precisamente neste equilíbrio que cabem as quatro liberdades de circulação europeias que, de acordo com a Ana Vasconcelos, Eurodeputada, “tiveram um enorme contributo para o nosso crescimento”. Contudo, enalteceu a liberdade de circulação de pessoas como aquela que teve um “impacto mais direto”, já que “permitiu às pessoas compararem a realidade de outros países ao seu”, mas também fez com que outras pessoas pudessem visitar Portugal, “o que contribuiu para o setor turístico”, mas também para crescimento nos investimentos no país.

Estes investimentos foram destacados por Marcelo Nico, Diretor Geral da Tabaqueira, que usou o exemplo da Tabaqueira: “Portugal tem um futuro brilhante, tem muito talento que pode ser aproveitado pelas empresas para um mercado europeu forte e previsível. Por isso, tentamos reter o talento aqui. E esse é um dos motivos pelos quais a Tabaqueira continua a querer investir em Portugal”.

Ainda assim, e reforçando a importância da livre circulação de pessoas, Marcelo Nico também destacou a relevância desta liberdade para obter um intercâmbio de conhecimento, que considera essencial ter dentro da empresa. “É fundamental a livre circulação de pessoas também, até porque temos funcionários de mais 40 nacionalidades diferentes. Esse intercâmbio traz experiências novas e precisamos disso“, disse.

Por sua vez, Carlos Pereira, Deputado, explicou que, apesar de também ter simpatia pela livre circulação de pessoas, não é capaz de dizer que ela é mais importante que as outras “porque se não garantíssemos a livre circulação de bens e serviços, não teríamos a Europa que temos hoje – mais coesa, mais desenvolvida, com mais crescimento económico, a conseguir dar melhores garantias, salários e condições de vida às pessoas. O reforço do mercado interno depende da garantia das quatro liberdades“.

Contudo, apesar das vantagens que a adesão trouxe, Ana Vasconcelos alertou para a dependência de Portugal relativamente aos fundos europeus, já que, “perante os desafios que a UE enfrenta sobre o destino desses fundos, Portugal tem de ser ainda mais rigoroso e os cidadãos têm de ser mais exigentes com os governantes sobre a forma como os fundos são usados”.

“Vivemos momentos difíceis porque estamos a ser confrontados com muitas variáveis ao mesmo tempo: a estagnação; a rigidez da política monetária da UE e a sustentabilidade das dívidas. Mas a necessidade aguça o engenho. Por isso, eu acredito que a Europa vai conseguir fazer esse caminho e Portugal vai conseguir acompanhar“, disse Carlos Pereira, destacando o investimento público como extremamente necessário neste processo.

Rita Júdice, Ministra da Justiça

Mas, então, “como será a Europa num futuro próximo? O que será do crescimento económico face ao envelhecimento da população? O que será da Europa que depende de outras geografias? Qual será o melhor caminho para a defesa da justiça?”. Foram estas as questões lançadas por Rita Júdice, Ministra da Justiça, no encerramento da sessão.

“Não tenho resposta para estas perguntas”, admitiu, mas reforçou que a criação de um espaço de justiça e defesa dos direitos humanos está na génese da criação da Europa e que, por essa razão, “o modelo europeu é mesmo a solução destes tempos”. “Mais do que estarmos a negociar novos instrumentos jurídicos, devemo-nos concentrar na plena implementação de mecanismos que já foram aprovados para responder às necessidades dos europeus”, concluiu.

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Galp aprova redução do capital social em até 9% por extinção de ações próprias

  • Lusa
  • 9 Maio 2025

Os acionistas da empresa aprovaram também a distribuição de um dividendo de 0,34 euros por ação, que se somam aos 0,28 euros já pagos.

A Galp aprovou esta sexta-feira a redução do seu capital social em até 9% por extinção de ações próprias, segundo um comunicado enviado ao mercado. Foi também aprovada a distribuição de um dividendo de 0,34 euros por ação, que se somam aos 0,28 euros já pagos.

A proposta previa a distribuição de 0,34 euros por ação em circulação. Somam-se 0,28 euros por ação, já pagos, a título de adiantamento de lucros de 2024, perfazendo um dividendo total de 0,62 euros por ação. O valor total estimado é de 468.589.722,26 euros.

De acordo com a informação enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), foram também aprovadas as contas de 2024 e a ratificação da cooptação de Nuno Holbech Bastos como membro do Conselho de Administração, para complementar o mandato em curso (2023-2026).

Da ordem de trabalhos fez também parte a apreciação geral do Conselho de Administração, Conselho Fiscal e do Revisor Oficial de Contas, que receberam igualmente “luz verde”.

Os acionistas da petrolífera autorizaram ainda o Conselho de Administração a comprar ou vender ações e obrigações próprias e deliberaram sobre a política de remuneração dos membros dos órgãos sociais da empresa.

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Greves na CP devem ter menos impacto durante o fim de semana

  • Lusa
  • 9 Maio 2025

De sábado a quarta-feira mantém-se a greve convocada pelo Sindicato dos Maquinistas, abrangendo apenas o trabalho suplementar, incluindo o trabalho em dia de descanso semanal.

As greves na CP continuam no fim de semana, mas o impacto deverá reduzir-se, prevendo-se sábado a paralisação dos maquinistas ao trabalho suplementar e, no domingo, os revisores e trabalhadores das bilheteiras juntam-se ao protesto.

Assim, de sábado a quarta-feira mantém-se a greve convocada pelo Sindicato dos Maquinistas (SMAQ), abrangendo apenas o trabalho suplementar, incluindo o trabalho em dia de descanso semanal, de acordo com informação no site da estrutura sindical. A partir de domingo começa uma nova paralisação, também até quarta-feira, do Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI), dos revisores e trabalhadores de bilheteiras.

Esta greve é parcial, decorrendo entre as 05:00 as 8:30 de segunda-feira e terça-feira, segundo explicou à Lusa o presidente SFRCI, Luís Bravo. No domingo e na quarta-feira a greve só afeta os comboios de longo curso “de forma residual”, acrescenta. Além disso, para esta paralisação, o Tribunal Arbitral decretou 25% de serviços mínimos, com a lista dos comboios a estar disponível na página da CP.

De quarta-feira, 7 de maio e até esta sexta, vários sindicatos, incluindo o SMAQ, estiveram em greve, sendo que nesse caso não houve serviços mínimos, o que resultou na paragem total da circulação. O SMAQ exige o cumprimento do acordo alcançado em 24 de abril entre a administração da CP e os sindicatos, considerando que “o Governo não pode querer os méritos da negociação e depois fugir às suas responsabilidades na aplicação”.

A paralisação, que começou na quarta-feira e se prolonga até 14 de maio, foi convocada contra a imposição de aumentos salariais “que não repõem o poder de compra”, pela “negociação coletiva de aumentos salariais dignos” e pela “implementação do acordo de reestruturação das tabelas salariais, nos termos em que foi negociado e acordado”, disseram os sindicatos.

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ECO da Campanha. Partidos já ‘cozinham’ acordos a uma semana das eleições

Antes da pausa para a bola, Montenegro revive pesadelo com uma década e Pedro Nuno Santos treme com o “perigo terrível” daqui a uma semana. Ventura foi apertado por ciganos e aliviado pelo tribunal.

O alerta de Marcelo Rebelo de Sousa de que só vai nomear um Governo se tiver a “certeza de que tem condições para arrancar com o seu programa” – leia-se, passar o primeiro teste no Parlamento – arrastou a campanha para uma acesa troca de declarações sobre potenciais acordos pós-eleitorais e sobre as condições de governabilidade que conseguirão assegurar a partir de 18 de maio.

No final da primeira semana na estrada em que tiveram de dividir as atenções mediáticas com a escolha do novo Papa, e antes do decisivo dérbi no estádio da Luz entre Benfica e Sporting que obrigou a ajustes nas ações programadas para este sábado, as caravanas arriscam passar os derradeiros dias da campanha a ser ‘ignorados’ por mais 333 mil eleitores: os que se inscreveram para depositar antecipadamente o boletim de voto em mobilidade, já este domingo.

Tema quente

Coligações pós-eleitorais: pesadelo com uma década vs. “perigo terrível” daqui a uma semana

Se “é de evitar um Governo que, logo à partida, não tem condições nenhumas para ser viabilizado”, como advertiu o Presidente da República, então os candidatos quase fizeram fila para tentar convencê-lo, desde já, de que “pode ficar descansado”, como referiu Pedro Nuno Santos em Trancoso, puxando dos ‘galões’ da geringonça.

“Um Governo liderado pelo PS vai garantir estabilidade política ao país e diálogo entre todas as forças políticas. Eu, quando estive nos Assuntos Parlamentares a coordenar negociações com quatro partidos, ninguém acreditava que se conseguisse aprovar um e conseguimos aprovar quatro” orçamentos, recordou o secretário-geral socialista.

Pedro Nuno Santos fez campanha na feira semanal de Trancoso.Lusa

Luís Montenegro até começou o dia a recusar traçar cenários ou a esclarecer se viabilizaria um programa de um Governo PS minoritário. Mas depois do almoço já estava a dramatizar o apelo à mobilização para garantir “o reforço das condições de estabilidade e de governabilidade” para a AD.

“Pensem qual é o Governo que querem para não acordarem, como aconteceu há dez anos, na segunda-feira com um Governo diferente daquele que queriam”, disse em Pombal, numa referências às eleições de 2015 em que a coligação PSD/CDS venceu, mas foi o PS de Costa a formar Governo com o apoio da esquerda.

Enquanto André Ventura continua a acreditar que “o Chega não vai ser muleta” porque “vai liderar esse espaço” à direita, em Aveiro, numa loja de ovos moles onde vestiu o avental e cozinhou o tradicional doce aveirense, Rui Rocha mostrou-se disponível para uma “solução de centro-direita, reformista e estável do ponto de vista político”.

O líder da Iniciativa Liberal falou numa “oportunidade única”, ao passo que Pedro Nuno Santos vê na chamada coligação ADIL “um perigo terrível para o país”.

À esquerda, o porta-voz do Livre valorizou o aviso de Belém, traduzindo-o da seguinte forma: “Toda a discussão acerca de quem é que fica em primeiro é completamente espúria; a discussão essencial é quem é que assegura condições de governabilidade”.

“O que estamos a discutir não é quem é que sai em primeiro. Isso é o que vamos discutir no sábado e depois no outro fim de semana no campeonato nacional de futebol. Mas isto não é a Superliga, chama-se parlamentarismo”, equiparou Rui Tavares.

Mariana Mortágua, coordenadora do Bloco de Esquerda, visitou o Bairro de Aldoar, no Porto, onde defendeu a necessidade de alargar a tarifa social da água e propôs a existência de um mínimo garantido de eletricidade para quem tem rendimentos mais baixos.Lusa

 

A figura

André Ventura, ‘apertado’ pelos ciganos e ‘aliviado’ pelo tribunal

Uma “vitória para o Chega” e para a liberdade de expressão, e “uma derrota” para o primeiro-ministro. Foi assim que André Ventura reagiu à decisão do Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa de recusar o pedido de Luís Montenegro para a retirada dos cartazes do Chega (e uma compensação de 10 mil euros) em que aparece ao lado do ex-chefe do Governo socialista José Sócrates e associado ao tema da corrupção.

“Espero que Montenegro retire desta decisão do tribunal, em plena campanha eleitoral, as consequências também de que a liberdade tem de ser para garantir, os direitos têm de ser para garantir, e não pode tentar silenciar os adversários. A luta contra a corrupção também ficou salvaguardada”, reclamou.

A providência cautelar que tinha sido apresentada no final de março pelo primeiro-ministro foi agora indeferida. “Perante este contexto de disputa política e de discussão pública” e em que está em causa “a escolha de decisores políticos”, figurando Montenegro como candidato e o Chega como concorrente, refere a decisão que está “em causa o exercício do direito à liberdade de expressão”.

O tribunal considera também que os cartazes não associam diretamente Montenegro à “prática de qualquer facto suscetível de integrar o crime de corrupção”, “nem se afirma que é corrupto”, apesar de surgir ao lado “de um ex-primeiro-ministro que, não obstante ser arguido em processo-crime, beneficia da presunção de inocência”.

Protesto da comunidade cigana contra a caravana do Chega durante uma ação de campanha em Viana do CasteloLusa

 

No entanto, o último dia útil da semana continuou agitado na comitiva do Chega que, pelo terceiro dia consecutivo, se envolveu num momento de tensão com cerca de duas dezenas de elementos da comunidade cigana. Depois de Aveiro e de Braga, desta feita numa feira em Viana do Castelo, no Alto Minho, com estes elementos a gritarem acusações de racismo, fascismo e incitamento ao ódio.

O momento de tensão relatado pela Lusa aconteceu numa altura em que André Ventura se dirigia ao carro para abandonar o local. “Não têm mais nada para fazer do que vir para aqui a toda a hora? Não têm trabalho para fazer? Vão-se embora, vão trabalhar”, atirou Ventura aos manifestantes. Do lado da comitiva do Chega, ouviram-se expressões como “[vão] para a vossa terra, vagabundos”.

 

Os números

Entre 2019 e 2022, isto é, no período de quatro anos em que Pedro Nuno Santos ocupou o cargo de ministro das Infraestruturas – rendeu nestas funções Pedro Marques, que teve de sair do cargo para encabeçar a lista do PS às eleições europeias; e demitiu-se na sequência do caso da indemnização paga pela TAP a Alexandra Reis –, houve 212 greves no setor dos transportes e armazenagem.

De acordo com os cálculos do ECO, a partir dos relatórios do Gabinete de Estratégia e Planeamento do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, essas paralisações no setor tutelado pelo atual secretário-geral socialista corresponderam a um acumulado de 27.728 trabalhadores em greve e 52.883 dias de trabalho perdidos.

 

A frase

"Parece-nos que Marcelo Rebelo de Sousa, que se tem remetido ao silêncio no caso de tantas outras circunstâncias recentemente no nosso país, podia ter aproveitado para se manter em silêncio e não apelar ao voto útil no PSD.”

Inês de Sousa Real

Porta-voz do PAN

 

Inês de Sousa Real, porta-voz do PAN, durante uma ação de campanha junto à Casa da Música, no PortoLusa

 

A surpresa

Na campanha da CDU, o dia ficou marcado pela entrada de Arménio Carlos numa ação de rua na Amadora. Um dia depois de o debate ‘descarrilar’ com a greve na CP, quando Luís Montenegro admitiu alterações à lei da greve, o antigo secretário-geral da CGTP veio a terreno dizer que “aqueles que andavam com pele de cordeirinhos já começaram a mostrar a verdadeira pele de lobos”.

O histórico sindicalista, que em fevereiro de 2020 foi substituído por Isabel Camarinha à frente da poderosa confederação dos trabalhadores portugueses, advertiu que “as empresas não podem ser um bunker vedado aos sindicatos” nem obrigar a “deixar à porta” os direitos dos trabalhadores.

“A liberdade sindical é um elemento estruturante da democracia, no qual não podemos ceder e pelo qual temos de continuar a lutar”, rematou.

Paulo Raimundo abraço um operário junto à fábrica da EXIDE em Castanheira do Ribatejo, no concelho de Vila Franca de Xira.Lusa 9 maio, 2025

 

Prova dos 9

"Há aqui uma grande dose de incoerência. Eu não sei como é que se pode governar um país com dúvidas, com hesitações, com ziguezagues tão declarados. É preciso ter estabilidade política e na opinião política.”

Luís Montenegro

Líder da AD - Coligação PSD/CDS-PP

Depois de Luís Montenegro ter falado numa greve “absolutamente injusta” na CP e aberto a porta a alterações à lei da greve ao avisar que “um dia vamos ter de pôr cobro a isto” – o que levou Pedro Nuno Santos a atacar o “autoritarismo” e de uma “ameaça inaceitável” –, o candidato da AD aproveitou o comício de quinta-feira à noite, em Santarém, para atacar a “incoerência” e os “ziguezagues tão declarados” do secretário-geral socialista, remetendo para declarações do rival sobre a lei da greve ou as paralisações a coincidir com campanhas eleitorais proferidas enquanto ministro das Infraestruturas.

Luís Montenegro almoçou com autarcas em PombalLusa

Quais as declarações de Pedro Nuno Santos a que Luís Montenegro fez referência? Em abril de 2019, aquando da greve dos motoristas de matérias perigosas que paralisou o país, o então ministro de António Costa disse, em entrevista à TVI, ser preciso “com cautela, sem pôr em causa direitos constitucionalmente consagrados, refletir sobre a lei da greve, sobre a organização sindical, sobre o abastecimento das nossas infraestruturas críticas, sobre a independência energética de Portugal”.

“Há muitos aspetos que devem ser alvo de reflexão: em matéria de serviços mínimos, como fazê-los cumprir, como conseguir recorrer a alternativas. Temos também de refletir sobre a proliferação quase infinita de sindicatos”, referiu então Pedro Nuno Santos.

Por outro lado, o atual líder socialista, que tem acusado o Governo de ter “falhado na negociação” com os sindicatos, recusando a tese da AD de que esta é uma paralisação com motivações políticas pelo aproximar da ida às urnas, referiu a 24 de julho de 2019 ser “[preocupante] que os atos eleitorais, momentos fundamentais na vida democrática de um país, sejam tidos em consideração quando se decide fazer uma contestação ou uma greve”.

Em declarações aos jornalistas, à margem de uma visita às oficinas da CP em Matosinhos, Pedro Nuno reagia a um vídeo no qual o advogado do Sindicato dos Motoristas de Matérias Perigosas dizia ser preciso aproveitar ser ano de eleições para dar força ao protesto.

Confrontado esta sexta-feira, o líder do PS acusou Montenegro de “misturar alhos com bugalhos”, argumentando que nessa altura “foi uma greve que parou o país, que impediu o abastecimento de infraestruturas críticas e em que os serviços mínimos não estavam a ser cumpridos”.

“Estamos a falar de situações completamente diferentes, que não têm comparação”, sublinhou Pedro Nuno Santos, falando aos jornalistas durante uma ação de campanha na feira de Trancoso, no distrito da Guarda.

Conclusão: correto.

Norte-Sul

Luís Montenegro acordou no mercado municipal de Porto de Mós, teve um almoço com autarcas em Pombal, rumou à Praia do Furadouro (Ovar) e terminou o dia num encontro com jovens no Porto, a propósito do Dia da Europa. Já Pedro Nuno Santos visitou a feira de São Bartolomeu (Trancoso) e passou depois pela Guarda e por Chaves, para acabar num comício em Vila Real.

Nos outros partidos, o Chega rumou a Bragança, a Iniciativa Liberal à zona de Aveiro, o Bloco de Esquerda a Braga e a CDU à Amadora e Vila Franca de Xira, antes de se deslocar até ao Alentejo para um comício em Évora.

Rui Tavares visitou o Politécnico de Setúbal durante a manhã e fechou o dia com um comício em Almada, enquanto Inês de Sousa Real ficou por Lisboa.

Este sábado, as ações de campanha dos dois maiores partidos vão acabar mais cedo por causa do dérbi entre Benfica e Sporting, marcado para as 18h, que pode ser decisivo para o título de campeão nacional de futebol.

O PS terá passagem por Santo Tirso, Vila Nova de Famalicão e Bragança, com o comício a acabar antes do início do jogo. E a AD terminará ainda mais cedo, ao início da tarde em Vila Nova de Famalicão, já depois de passar por Viana do Castelo.

Os liberais só têm agenda até à hora de almoço – a partir das 11h, Rui Rocha vai estar na praia de Santo Amaro de Oeiras para uma “manhã desportiva” – e o Livre também tem a última paragem marcada para as 15h com uma visita e reunião com a YouthCoop, no Cacém. André Ventura realiza uma arruada em Vila Real e segue depois para Viseu.

A CDU arranca em Guimarães e à tarde está já na cidade do Porto, onde vai terminar o dia com um comício na estação da Campanhã. O Bloco de Esquerda vai estar na Associação de Moradores da Bouça, igualmente na Invicta, enquanto o PAN arranca de uma ação de rua em Lisboa para Paredes, onde vai ver um jogo feminino de andebol, seguindo depois para Paços de Ferreira e Porto.

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México processa Google por alteração de nome do Golfo do México

  • Lusa
  • 9 Maio 2025

A chefe de Estado mexicana disse que a queixa contra o Google "já foi apresentada”. Trump assinou uma ordem executiva alterando o nome do Golfo do México para “Golfo da América”.

O México processou a gigante tecnológica Google por mudar o nome do Golfo do México para “Golfo da América”, para os utilizadores da aplicação Google Maps nos Estados Unidos, anunciou esta sexta-feira a Presidente, Claudia Sheinbaum. “A queixa já foi apresentada”, declarou a chefe de Estado mexicana na conferência de imprensa da manhã, sem especificar a data ou a jurisdição.

A 20 de janeiro, no seu primeiro dia de regresso à Casa Branca para um segundo mandato (2025-2029), o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma ordem executiva alterando o nome do Golfo do México para “Golfo da América”.

O principal serviço de cartografia digital passou, assim, a indicar a existência do “Golfo da América” no sudeste dos Estados Unidos, no mar que banha os Estados norte-americanos da Florida, Luisiana e Texas e também o México e Cuba, para os utilizadores localizados nos Estados Unidos.

A Câmara dos Representantes (câmara baixa do Congresso norte-americano) aprovou na quinta-feira um projeto de lei que formaliza a mudança de nome e confere força de lei ao decreto presidencial. Sheinbaum tinha avisado em fevereiro a Google, uma subsidiária da Alphabet, que estava a considerar uma ação judicial, a não ser que a gigante tecnológica revertesse a sua decisão.

O Governo de esquerda nacionalista mexicano defende que o decreto de Donald Trump só se aplica à parte da plataforma continental pertencente aos Estados Unidos. “Tudo o que queremos é que o decreto emitido pelo Governo dos Estados Unidos seja respeitado”, afirmou Sheinbaum.

“O Governo norte-americano apenas designa a parte da plataforma continental norte-americana como ‘Golfo da América’ e não o Golfo inteiro, porque não teria autoridade para designar o Golfo inteiro”, argumentou. A Presidente do México sugeriu, por sua vez, que os Estados Unidos passem a chamar-se “América Mexicana”, referindo-se a um mapa anterior a 1848, quando um terço do México foi cedido aos Estados Unidos ao abrigo do Tratado de Guadalupe.

O México está também na linha da frente das guerras tarifárias lançadas por Donald Trump contra os parceiros comerciais dos Estados Unidos, destino de mais de 80% das exportações mexicanas.

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Seis urgências do SNS encerradas no fim de semana

  • Lusa
  • 9 Maio 2025

Está previsto o fecho de serviços de urgência de ginecologia e obstetrícia nos hospitais de Nossa Senhora do Rosário (Barreiro), São Bernardo (Setúbal), Vila Franca de Xira e Santo André (Leiria).

Quatro serviços de urgência de ginecologia e obstetrícia e dois de pediatria vão estar encerrados no fim de semana, principalmente na Península de Setúbal e na região Centro, segundo o Portal do Serviço Nacional de Saúde (SNS). O Portal SNS previa esta , pelas 17:40, seis serviços fechados no sábado e no domingo.

De acordo com as escalas de urgência do SNS, atualizadas pelos hospitais, está previsto o fecho no sábado de sete serviços de urgência de ginecologia e obstetrícia, nomeadamente nos hospitais de Nossa Senhora do Rosário (Barreiro), São Bernardo (Setúbal), Vila Franca de Xira e Santo André (Leiria).

Os hospitais de Vila Franca de Xira e Beatriz Ângelo, em Loures, registam também o encerramento da pediatria, situação que se repete no domingo. Na informação do Portal SNS, consultada pela agência Lusa às 17:40 de hoje, foi possível verificar que domingo volta a haver quatro serviços de urgência de ginecologia e obstetrícia encerrados, como no sábado, mas com a troca do Hospital Vila Franca de Xira pelo Hospital Distrital das Caldas da Rainha.

A urgência pediátrica do Hospital Amadora-Sintra vai manter-se referenciada no fim de semana, entre as 00:00 e as 08:00 e entre as 20:00 e a meia-noite, recebendo apenas casos de urgência interna ou referenciados pelo INEM ou pela linha SNS 24.

As escalas disponibilizadas no portal do SNS indicam ainda que cerca de 130 serviços de urgência estarão abertos em todo o país durante o fim de semana, a que se juntam cerca de 30 de ginecologia e obstetrícia que estarão a funcionar, mas no âmbito do projeto-piloto, que implica um contacto prévio das utentes com a linha SNS 24.

Os constrangimentos dos serviços de urgência devem-se, sobretudo, à falta de médicos especialistas para assegurarem as escalas, uma situação que é mais frequente em períodos de férias, como o verão e final de ano, e fins de semana prolongados.

As autoridades de saúde apelam à população para que, antes de se deslocar a uma urgência, contacte a Linha SNS24 (808 24 24 24) para receber orientação adequada.

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