O 5G vai ser a quinta geração de rede móvel de comunicações.

Da mesma forma que passámos a poder enviar e-mails e abrir sites no telemóvel quando o 3G suplantou o 2G, e do mesmo modo que passámos a poder ouvir música e ver séries quando o 4G ofuscou o 3G, espera-se que o 5G dê origem a um novo ecossistema digital que ligará pessoas, cidades e coisas.

Para os utilizadores, numa fase mais avançada, o 5G trará velocidades de acesso superiores às da fibra ótica, permitindo novas tecnologias como os streamings de vídeo a 360 graus em direto, ou a condução autónoma nos automóveis.

Para as empresas, a redução na latência permitirá o controlo de máquinas de precisão a grandes distâncias ou a digitalização completa das fábricas, e desbloqueará muitas tecnologias que ainda nem existem.

Há ainda benefícios para áreas como a medicina, permitindo, por exemplo, as cirurgias remotas.

Em suma, o desenvolvimento do 5G será crítico para a competitividade do país ao longo da próxima década.

À partida, as três principais operadoras: Meo, Nos e Vodafone.

A Anacom, que é o regulador das comunicações em Portugal, está ainda a criar condições para que surja uma quarta operadora no mercado.

A entidade criou ainda condições para surgirem “operadores móveis virtuais”. Em linhas gerais, são marcas que poderão lançar-se em Portugal sem terem rede própria, funcionando, para tal, “em cima” da rede de uma outra operadora.

É o processo através do qual as operadoras interessadas em lançar redes 5G em Portugal “compram” à Anacom as licenças para usarem as frequências.

Estas licenças são válidas por 20 anos, mas podem ser renovadas.

As empresas que participam no leilão não têm necessariamente de lançar tarifários 5G ao público em geral.

Por exemplo, a Dense Air, uma empresa que excecionalmente já tem licenças 5G, vai operar no mercado grossista. Significa que terá como clientes as próprias operadoras.

Ainda não há certezas sobre que regiões do país terão 5G numa primeira fase. Mas Lisboa estará certamente incluída.

As operadoras já fizeram testes 5G na capital e tudo indica que tenham as antenas já montadas, somente à espera da licença para poderem começar a irradiar.

Mais concretamente, a Altice Portugal disse recentemente estar pronta para lançar o 5G também no Algarve e Aveiro, entre outras cidades não reveladas. A empresa tem uma antena 5G no topo da sua sede em Picoas e já instalou equipamentos 5G na Altice Arena.

Também é público que a Vodafone Portugal tem antenas 5G montadas na sua sede, no Parque das Nações.

A Nos também confirmou que tem tudo pronto para lançar o 5G em Matosinhos.

É muito provável que sim. O 5G funciona em frequências diferentes, pelo que é necessário ter um smartphone capaz de se ligar à rede.

Vários topos de gama da Samsung e da Huawei já suportam 5G.

Além disso, todos os iPhones lançados este ano (12, 12 Mini, 12 Pro e 12 Pro Max) já suportam 5G.

Alguns utilizadores nos países com 5G apontam, contudo, alguns problemas com os telemóveis 5G no geral: a bateria esgota-se rapidamente, os aparelhos tendem a aquecer e a cobertura de rede é fraca.

Neste momento, os preços dos telemóveis 5G tendem a ser superiores aos dos smartphones 4G, visto ser uma tecnologia relativamente nova.

Mas não é obrigatório ter 5G. Poderá continuar a usar o seu equipamento atual mesmo depois de lançado o 5G em Portugal.

Não há evidências científicas de que a exposição às ondas do 5G seja prejudicial para a saúde humana.

Aliás, de acordo com a Anacom, o lançamento do 5G não cria riscos “novos”, porque as frequências da quinta geração já são usadas por outros serviços há muitos anos.

É o caso da faixa dos 700 MHz, que era usada até agora pela Televisão Digital Terrestre (TDT).