“Vamos reproduzir o APG People Hub em vários locais do país nos próximos tempos”

Dois dias para debater temas como people analytics, marketing na gestão de pessoas, coaching, social media na gestão de pessoas, HR agile. O APG People Hub realiza-se a 20 e 21 de maio, em Coimbra.

Coimbra vai ser, durante dois dois, o epicentro da discussão sobre os desafios dos RH e do coaching. É a cidade escolhida pela Associação Portuguesa de Gestão de Pessoas (APG) para receber, nos dias 20 e 21 de maio, na Coimbra Business School – ISCAC, o APG People Hub, o primeiro grande encontro organizado pela nova direção da associação, liderada por Pedro Ramos.

“Esta é a Coimbra Edition, mas queremos muitos People Hub, queremos levar o People Hub a todas as terras”, diz Pedro Ramos, desde o início de abril, o novo presidente da APG.

Serão dois dias para discutir e debater temas como people analytics, marketing na gestão de pessoas, coaching, social media na gestão de pessoas, HR agile, transformação digital, neurociências e competências, felicidade no trabalho, entre outros, num evento que tem como propósito unir a comunidade lusófona da gestão de pessoas.

A APG realiza em Coimbra o APG People Hub, “um novo conceito de celebração da gestão de pessoas” da associação. O que pretendem com este encontro, com esta nova abordagem?

A APG está integrada na Associação Europeia de Associações que representam os gestores de pessoas que, por sua vez, está integrada na associação federal das associações que gerem as pessoas no mundo. O dia 20 de maio é o Dia Internacional dos RH. Por sua vez, essa semana é a semana internacional de coaching.

Temos neste ano o melhor dos dois mundos. Por isso, entendemos que deveríamos ter um evento, diferente, de dois dias — um mais dedicado à gestão das pessoas (dia 20) e um mais dedicado ao coaching (21) –, e rumamos a Coimbra, exatamente, para sair de Lisboa e Porto, para estarmos próximos dos alunos, das empresas, das autoridades locais, porque a APG é de todos. Temos um novo conceito, a APG de Todos. Representamos os gestores de pessoas, dos diferentes níveis, de diretores até aos técnicos de recursos humanos, mas também empresas que são feitas de pessoas. Por isso, representamos as empresas que primam pela gestão de pessoas. Este é um novo conceito que queremos passar e transmitir.

Esta é a Coimbra Edition, mas queremos muitos People Hub, queremos levar o People Hub a todas as terras. Na APG entendemos que devemos discutir a gestão de pessoas onde as pessoas e as empresas estão. E estão em Braga, Aveiro, Viseu, Covilhã… Vamos reproduzir o APG People Hub em vários locais do país nos próximos tempos.

O encontro, como referiu, integra-se nas Celebrações do Dia Internacional dos Recursos Humanos, em colaboração com a Associação Europeia de Gestão de Pessoas, e na Semana Internacional de Coaching. Ao nível de conteúdos, temas, oradores? O que destacaria?

Podemos esperar dois dias de conteúdo muito rico. Temos um dia mais dedicado aos temas RH, desde o atual e o futuro papel das gestão das pessoas nas empresas, o das pessoas nas empresas, até aos temas mais relevantes na gestão de pessoas, como o people analytics, os temas da humanização, do empreendedorismo digital, da ligação do marketing aos recursos humanos, ou seja, como é que a comunicação de diferentes plataformas pode também aqui ter impactos extraordinários.

Há uma hoje uma centralidade enorme das pessoas nas empresas. Neste momento, as empresas acabam por ser mais escolhidas pelas pessoas, do que ser as empresas a escolher as pessoas.

Depois temos também os temas do coaching, não na perspetiva de se falar de forma fechada em coaching, mas na perspetiva de por o coaching ao serviço das empresas, das organizações. Por isso, vamos ter líderes de empresas, CEO, diretores a falar de coaching, juntamente com os coaches profissionais. Vai ser um momento muito bonito a esse nível.

Que tendências estão a marcar a gestão de pessoas e liderança vão dar visibilidade?

As tendências têm a ver com o novo papel das pessoas nas organizações. Há uma hoje uma centralidade enorme das pessoas nas empresas. Neste momento, as empresas acabam por ser mais escolhidas pelas pessoas, do que ser as empresas a escolher as pessoas. Esta é a grande tendência. Depois, tem a ver com a experiência, com a oportunidade de proporcionar boas experiências aos colaboradores, a todos os níveis, trabalhando temas muito críticos como, mais uma vez, a importância do analytics, do conhecer, do quantificar, do medir. Mas, também, trabalhar como, com as mudanças todas do mundo do trabalho e na organização do trabalho, nos podemos e devemos reposicionar para estarmos, gestores de pessoas, alinhados com a estratégia das empresas e, de certa forma, decifrar essa estratégia, difundi-la, passá-la em ações para toda a organização.

Existem boas práticas, excelentes, que resultaram até de um mundo pandémico que, neste momento, queremos amplificar e traduzir isto numa gestão de pessoas, numa liderança verdadeiramente lusófona.

É o primeiro grande evento da APG sob a nova direção e parece haver foco no tema da lusofonia. Nesse campo, é de esperar mais parcerias, eventos?

A APG sempre liderou muito as pessoas, os gestores de pessoas, as boas práticas para todo o mundo lusófono, só que, de facto, não apresentava isso como sua vocação. A nova direção assume como nova vocação, de facto, liderar, pilotar, em conjunto com as outras associações dos países lusófonos. Desde logo, com a associação brasileira, que é muito grande e importante, que há três semanas realizou o segundo maior congresso mundial de gestão de pessoas, em São Paulo, o CONAR 2022, e onde a APG esteve presente na abertura e a moderar debates. Cada vez mais, estamos alinhados. Por sua vez, os países lusófonos de África estão cada vez mais alinhados connosco. Queremos transmitir, partilhar boas práticas, mas também queremos receber.

Existem boas práticas, excelentes, que resultaram até de um mundo pandémico que, neste momento, queremos amplificar e traduzir isto numa gestão de pessoas, numa liderança verdadeiramente lusófona. Por isso, estamos a estabelecer parcerias com outras entidades, com outras organizações que já trabalham estes temas. A APG quer congregar esforços, acrescentando valor pela partilha, pela agregação e não só ser mais uma entidade no mercado dos RH para passar mensagens. A APG é reconhecida em todo o mundo lusófono como uma entidade que pensa, que sabe pensar gestão de pessoas, negócio e no que, no fundo, é o mais importante das empresas: as pessoas, porque sem elas não há negócio.

Essa é uma das grandes missões, vocação, diria até propósito da APG na construção de uma melhor liderança, melhor gestão de pessoas, neste mundo lusófono. E temos tanto a aprender com as boas práticas que veem dai.

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