2025, o ano da transformação no bem-estar e na cultura empresarial

  • Maria João Maia
  • 14:00

Para navegar neste mundo de incertezas que se tornou o mercado laboral, as pessoas são essenciais. Nunca, até agora, existiu uma aposta tão forte na satisfação das necessidades destas pessoas.

É altura de fazer um balanço dos últimos 12 meses e perspetivar o ano que acabou de começar. E no que diz respeito aos Recursos Humanos, as tendências são variadas, mas há um ponto que 2024 partilha com o próximo ano: o foco no bem-estar dos colaboradores.

Na verdade, esta deixou de ser uma tendência para se tornar uma aposta real das empresas ou, pelo menos, daquelas que já perceberam que, para navegar neste mundo de incertezas que se tornou o mercado laboral, as pessoas são essenciais. Sempre foram, mas nunca, até agora, existiu uma aposta tão forte e real na satisfação das necessidades destas pessoas.

A prioridade dada, cada vez mais, à saúde mental e ao equilíbrio entre a vida pessoal e profissional torna a oferta de regimes de trabalho flexíveis e de programas de bem-estar um imperativo para as empresas, sobretudo tendo em conta os desafios associados à retenção de talento. Esta é uma realidade que conhecemos bem, já que é uma prioridade para nós e com resultados que confirmam que se trata, sem dúvida, de uma aposta ganha.

A implementação de iniciativas que ajudem na gestão do stress, como medidas que facilitem o acesso a apoio psicológico, podem ser fatores diferenciadores para as empresas. Aqui, juntam-se, ainda, as medidas de auscultação dos colaboradores, que tornam a sua voz e os seus desejos ou sentimentos audíveis, o que aumenta o sentimento de pertença, contribuindo, uma vez mais, para a tão desejada retenção.

Se em 2024 a questão tecnológica já foi um dos grandes temas na área dos Recursos Humanos, em 2025 não há dúvidas que se vai manter, sobretudo, no que diz respeito à Inteligência Artificial, cada vez mais incorporada nos diferentes departamentos das empresas, não sendo o departamento de recursos humanos uma exceção, e que reforça a necessidade de uma aposta na formação.

O reskilling e upskilling tornam-se conceitos que traduzem uma real necessidade ao nível do reforço de competências. Tendo como cenário a crescente falta de mão-de-obra qualificada, que em 2025 não se prevê que venha a sofrer alterações, pelo menos não no sentido da sua resolução, a aprendizagem e o desenvolvimento contínuos tornam-se essenciais.

Em 2025, iremos, certamente, continuar a falar muito de equidade salarial, até porque esta continua a ser uma meta por atingir em muitos setores. A questão da transparência e justiça salarial tornou-se um verdadeiro movimento, com cada vez mais empresas a darem prioridade a iniciativas de RH com foco crucial na diversidade, equidade e inclusão. A questão das práticas de remuneração transparentes e justas ajuda, ainda, no aumento da confiança por parte dos colaboradores, o que contribui para um ambiente de trabalho mais positivo.

Finalmente, como tendência para 2025, gostaria de destacar o tema da cultura empresarial, que acaba por ir ao encontro de tudo o que já foi dito: incorporar a cultura e os valores organizacionais em toda a experiência dos colaboradores é também essencial. Tal passa pela liderança, que tem de ser capaz de navegar por um ambiente de constante mudança, inspirando as suas equipas a estarem alinhadas com os objetivos da empresa, promovendo um sentimento de pertença e fortalecendo a coesão e a motivação de todos.

  • Maria João Maia
  • Human resources & legal director na AstraZeneca Portugal

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