Que espaço para a energia eólica?

  • Pedro Amaral Jorge
  • 10 Dezembro 2021

É preciso não esquecer o papel que outras tecnologias já maduras, como a eólica, desempenham num sistema elétrico que queremos cada vez mais verde, sustentável,

O boom do solar fotovoltaico, que começa a ganhar expressão na produção de eletricidade, tem concentrado grande parte da atenção mediática, mas é preciso não esquecer o papel que outras tecnologias já maduras, como a eólica, desempenham num sistema elétrico que queremos cada vez mais verde, sustentável, diversificado e a preços mais baixos para o consumidor.

O aperfeiçoamento da tecnologia eólica na produção de eletricidade permite que seja possível hoje, por exemplo, produzir mais eletricidade verde com menor impacto na paisagem, o que significa que as novas infraestruturas são mais eficientes e também por isso mais amigas do ambiente.

No dia 8 de dezembro a energia eólica deu resposta a 70 por cento do consumo de eletricidade em Portugal. O país surgiu no top 10 da produção eólica da Europa e só foi ultrapassado pela Dinamarca, que conta com uma capacidade offshore instalada significativa que permitiu alcançar os 84%, segundo dados da WindEurope.

A meta de neutralidade climática, que Portugal quer atingir já em 2045, conta com o papel fundamental das eólicas na produção base do sistema elétrico. Não falamos apenas das grandes centrais eólicas no cimo das colinas, tal como as conhecemos, mas das novas explorações offshore que irão tirar partido dos recursos eólicos oceânicos para produção de eletricidade verde.

Outras infraestruturas aproveitarão este recurso endógeno com mais ou menos criatividade a nível local. Já estão a ser testadas as mini turbinas em árvores artificiais. Todas estas possibilidades serão potenciadas pelo armazenamento de eletricidade para suprir o consumo.

A imaginação é o limite para a forma como chegaremos a emissões nulas nas próximas duas décadas. É preciso diversificar para complementar as várias tecnologias de forma a criarmos um sistema resiliente e sustentável, que nos garanta a segurança de abastecimento e a aumente a independência energética que procuramos. E isso só pode ser feito com um significativo contributo das tecnologias verdes já com amplas provas dadas, como é o caso da eólica

  • Pedro Amaral Jorge
  • Presidente da APREN

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